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Processo Administrativo

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. 
 
UNIFACEMP - CENTRO UNIVERSITÁRIO 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
DERCIVÂNIA SOARES DE FRANÇA 
EMANUELA BRAZ SOUZA MARTINS 
REGINALDO SANTOS OLIVEIRA JUNIOR 
 
 
 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
 
 
Santo Antônio de Jesus- BA 
2022 
 
 
DERCIVÂNIA SOARES DE FRANÇA 
EMANUELA BRAZ SOUZA MARTINS 
REGINALDO SANTOS OLIVEIRA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Bacharel 
em Direito, noturno, 7º semestre, do Centro 
Universitário – UNIFACEMP, como requisito 
parcial à obtenção de nota e aprendizagem 
acadêmica na disciplina de Direito 
Administrativo. 
Orientador: Prof. Felipe Montenegro. 
 
 
 
 
SANTO ANTÔNIO DE JESUS-BA 
2022 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
 
O objetivo do presente trabalho é estudar a temática do processo 
administrativo. A lei de processo administrativo federal é um marco nessa temática, 
estabelecendo diretrizes gerais e base principiológica, sem ferir a autonomia 
administrativa da regulação setorial e dos demais entes federativos. Os princípios, 
enquanto norteadores interpretativos e teleológicos, são elemento-chave desse 
fenômeno. A Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 regula o procedimento 
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal direta e indireta federal. 
Além disso, o STJ tem reconhecido a aplicação desta lei federal para entes estaduais 
e municipais que ainda não aprovaram leis próprias. Em que pese o esforço 
doutrinário, o presente trabalho busca sistematizar os princípios do processo 
administrativo, com base nos princípios gerais de processo com os princípios 
constitucionais da Administração Pública, apresentando o seu conteúdo 
individualmente, os quais são: a ampla defesa, o contraditório, a gratuidade, a 
transparência, a oficialidade, o formalismo mitigado, a isonomia, a boa-fé e a proteção 
da confiança e a razoabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO 5 
2. FINALIDADE DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 6 
3. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO PROCESSO ADMINISTRATIVO 8 
3.1. Princípio da Oficialidade (Impulso Oficial) 8 
3.2. Devido Processo Legal 9 
3.3. Contraditório e Ampla Defesa 9 
3.4. Instrumentalidade das formas 13 
3.5. Informalismo ou Formalismo Necessário 13 
4. PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL 16 
4.1. Aplicação subsidiária 17 
4.2. Princípios previstos na lei 9.784/99 17 
5. DIREITOS E DEVERES DOS PARTICULARES 19 
5.1. legitimidade processual 20 
6. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 20 
 20 
6.1. Sindicância 20 
6.2.Processo Administrativo Disciplinar Propriamente Dito 21 
6.3. Fases do Processo Administrativo Disciplinar 22 
7. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR SUMÁRIO 23 
7.1. Abandono de cargo 25 
7.2. Procedimento a ser adotado em caso de abandono de cargo 26 
7.3. Acumulação indevida de cargos públicos 27 
8. CONCLUSÃO 28 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem como objetivo tratar a temática do processo 
administrativo. De início, na análise dos processos administrativos, ressalta-se que 
não há consenso na doutrina acerca de sua conceituação, isso porque alguns 
doutrinadores diferenciam processos de procedimentos administrativos, sendo estes 
últimos os trâmites e formalidades obedecidos pelos primeiros, o que não possui 
qualquer aplicação prática. 
Segundo Carlos Ari Sundfeld (31ª Editora 2014) Processo ou procedimentos 
administrativos é uma sucessão de atos que tendem a um resultado final. Portanto 
para haver um processo administrativo é necessário haver uma sucessão de atos 
ordenados os quais compõem uma cadeia, sendo cada um destes atos autônomos 
concomitantes para culminar determinado fim. Através dessa citação, notamos que 
o ato administrativo nos trás a orientação de que entre a Lei e o ato administrativo 
existe um intervalo, pois se trata de uma manifestação de vontade do requerente ou 
de ofício quando verificada a exigência de assim proceder. 
No entanto, para fins teóricos, é relevante distinguir processos 
administrativos de procedimentos administrativos. 
• Processo administrativo - se configura por uma série relacionada de atos 
administrativos, respeitando uma ordem posta por lei, com uma finalidade 
específica, ensejando a prática de um ato final. A doutrina costuma dizer que todos 
os atos administrativos devem ser precedidos de um processo formal que justifica 
sua prática e serve de base para sua legitimidade, documentando todas as etapas 
até a formação válida da atuação da Administração Pública. 
• Procedimento administrativo - se traduz na forma pela qual os atos do 
processo se desenvolvem. O procedimento é o rito respeitado pela Administração 
para se alcançar a finalidade do processo. 
Trataremos neste trabalho a expressão processo administrativo, de forma 
ampla, sem distinção com o procedimento, ao passo, que o processo administrativo 
é uma sucessão lógica de atos praticados pela administração pública com a intenção 
de se alcançar um objetivo final, seja a punição de determinado servidor, seja a 
contratação ou até mesmo a anulação de atos anteriormente praticados. Enfim, toda 
atuação do ente estatal depende de um prévio processo que a instrua e fundamente. 
 
 
 
2. FINALIDADE DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 
 O processo administrativo, no Estado Democrático de Direito, serve para 
tornar as decisões administrativas do Poder Público previsíveis, organizadas e 
estruturadas de forma com que as competências dos órgãos, entidades e 
autoridades sejam claras e eficientes. A atuação do administrador público deve ser 
pautada na busca do interesse da coletividade. A função administrativa tem como 
regra basilar o fato de que o administrador público deve exercer atividades em nome 
do povo. 
Pode-se dizer, por esses motivos expostos, que a realização de processos 
administrativos possui quatro finalidades básicas, apontadas pela doutrina quais 
sejam: o controle da atuação nos processos administrativos estatais, a realização 
da democracia, a redução dos encargos do Poder Judiciário e a garantia de uma 
atuação eficiente e menos defeituosa. 
Primeiramente, se analisa o processo como instrumento de controle da 
atividade pública. Com efeito, a realização do processo divide o poder entre vários 
agentes públicos, evitando uma decisão tomada em um único momento, 
concentrada nas mãos de um único agente. 
Diante disso, divide-se o poder da prática do ato em uma série de atos 
administrativos, com uma diluição dessas competências entre diferentes pessoas. 
Da mesma forma, o controle também se manifesta pelo fato de que a realização do 
processo, de forma regular e em garantia ao princípio da publicidade, imprime 
transparência à atividade administrativa, permitindo ao particular interessado ter 
acesso aos motivos pelos quais os atos foram praticados e todos os trâmites pelos 
quais passou sua formação. 
Todos os atos praticados no bojo do processo ficam sujeitos ao controle e 
fiscalização a ser exercido pela autoridade responsável pela prática do ato 
subsequente, sendo possível a reconsideração pela própria autoridade que praticou 
um ato decisório indevido, mediante provocação ou de ofício. 
O processo ainda é enxergado como garantia da democracia, ou seja, como 
instrumento hábil a impedir condutas arbitrárias pelo Poder Público. Isso ocorre 
porque o processo não visa somente a garantir os direitos dos particulares que 
possam ser prejudicados pelos seus termos, mas também a defesa do interesse 
público e do patrimônio público, pertencente ao povo em geral. O processo visa a 
 
 
impedir práticas administrativas viciadas e incompatíveis com o Estado democrático. 
O agente público, ao conduzir o processo, tem o dever de justificar cada um dosatos praticados e os motivos que ensejaram cada uma de suas condutas, evitando 
abusos e arbitrariedades por parte da autoridade pública. 
O processo administrativo funciona como consagração do princípio da 
moralidade, enquanto probidade e honestidade no exercício das atividades estatais, 
tornando-se um mecanismo de defesa posto ao particular em face da atuação dos 
agentes públicos. 
Por fim, pode-se dizer que o processo administrativo se destina a 
aperfeiçoar a atuação estatal, na eterna busca por uma atividade eficiente. Com 
efeito, a dialética promovida pelo processo administrativo faz com que a atuação 
administrativa seja realizada de forma mais eficiente e isenta de defeitos, 
protegendo, não somente os interesses dos particulares, mas também garantindo o 
direito fundamental à boa administração pública. 
 
 2.1 Obrigatoriedade dos processos administrativos 
 A doutrina moderna enxerga o processo administrativo prévio como condição 
para edição de atos administrativos, mas não se confunde com o ato propriamente 
dito que surgirá após a realização do procedimento, não somente a doutrina, mas a 
jurisprudência dos tribunais superiores está orientada no sentido de que a validade 
dos atos administrativos que podem repercutir na esfera jurídica dos particulares está 
condicionada à prévia realização de processo regular, em que se respeite o 
contraditório e ampla defesa. 
Existem situações, consoante se demonstrará doravante, em que o 
contraditório poderá ser postergado, como forma de evitar um prejuízo ao interesse 
coletivo, em situações emergenciais. Ressalte-se que o processo é mecanismo da 
função administrativa e não do Estado somente, do que decorre o entendimento de 
que a realização do procedimento é indispensável para atuação de autarquias e 
empresas estatais, quando exercendo função pública, seja na prestação de serviços, 
seja no exercício das atividades de polícia. 
O processo configura um requisito para formação regular dos atos, além de 
representar uma garantia aos cidadãos e uma limitação à atividade estatal, evitando 
 
 
ou, ao menos, obstaculizando a prática de atos arbitrários e carentes de justificativa 
plausível embasada no interesse público. 
3. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 
A condução dos processos deve respeitar os princípios da legalidade, 
impessoalidade, publicidade, moralidade e eficiência e todos os demais relacionados 
à atividade administrativa, sejam eles expressamente definidos ou implicitamente 
postos na Constituição Federal. 
 
3.1. Princípio da Oficialidade (Impulso Oficial) 
 Diferentemente do que ocorre na função jurisdicional, os processos 
administrativos podem ser instaurados sem a necessidade de provocação de 
qualquer particular interessado. Logo, é possível que a Administração Pública seja 
instada a manifestar-se, inclusive, em decorrência do direito de petição, estampado 
no art. 5º, XXXIV da Constituição Federal. 
Ainda que o processo administrativo tenha se iniciado por iniciativa do 
particular, não depende da manifestação deste para seu impulso, ou seja, a 
movimentação do processo incumbe ao poder público que deve atuar, independente 
da provocação do interessado. Com efeito, o processo administrativo se desenvolve 
em uma série concatenada de atos administrativos, em uma série lógica e legalmente 
definida e, para a prática desses atos, o particular não precisa ser questionado por 
qualquer interessado. 
Isso decorre do entendimento de que o processo tem finalidade pública, 
mesmo nas situações em que o particular dá início a sua tramitação. Em decorrência 
deste princípio, os agentes públicos encarregados do processo poderão solicitar 
pareceres, perícias e laudos, realizar a tomada de depoimentos, efetivar diligências, 
entre outras. 
Em resumo, a administração pública pode atuar, de ofício, na condução de 
todas as fases do processo, inclusive com iniciativa de investigação dos fatos, 
 
 
podendo produzir provas de ofício e proteger os direitos dos cidadãos interessados 
na regular condução do processo. 
 
3.2. Devido Processo Legal 
 O texto constitucional, em seu art. 5°, LIV estabelece que "ninguém será 
privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal". Até a edição da 
Constituição Federal de 1988, o entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante 
era de que tal princípio serviria como norte tão somente para os processos realizados 
na esfera judicial, não se estendendo à atuação processual dentro da Administração 
Pública. Atualmente, é consenso entre os estudiosos da matéria, que a norma 
constitucional posta é de eficácia plena e norteia a condução de todos os 
procedimentos a serem realizados, inclusive na esfera administrativa. 
Trata-se de princípio de ampla conceituação, abarcando a garantia de 
transparência na condução do processo, com a finalidade de se evitar o cometimento 
de abusos e arbitrariedades por parte do administrador, bem como a necessidade de 
a Administração Pública seguir padrão de conduta na condução de seus processos, 
sem que haja alteração ou supressão das fases postas legalmente e que são de 
importância singular a justificar a conduta que será desencadeada pelo procedimento. 
O processo é indispensável no exercício da autotutela administrativa, sempre 
que o Poder Público, em observância ao disposto na súmula 473 do Supremo Tribunal 
Federal, atua na anulação de atos viciados ou revogação de atos inoportunos ou 
inconvenientes. Acontece que, muitas vezes, a manutenção deste ato enseja direitos 
a particulares e, consequentemente, sua extinção terá efeitos diretos na esfera 
jurídica desses cidadãos, razão pela qual não se faz possível que essa retirada se dê 
sem o devido processo legalmente instituído. Nesse sentido, diversos julgados da 
Suprema Corte e dos demais tribunais pátrios. 
 
3.3. Contraditório e Ampla Defesa 
 Esses princípios estão expressos, no texto constitucional de 1988, em seu 
artigo 5º, LV, como garantia fundamental do cidadão. Em síntese, é o direito conferido 
 
 
ao particular de saber o que acontece no processo administrativo ou judicial de seu 
interesse, bem como o direito de se manifestar na relação processual, requerendo a 
produção de provas e provocando sua tramitação. Eis o dispositivo constitucional. 
Art. 5°, LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes. 
A garantia de conhecimento dos atos processuais e a manifestação do 
particular em sua defesa são decorrência lógica do princípio do devido processo legal, 
anteriormente analisado. Importante ressaltar que o texto constitucional determina 
explicitamente a aplicação destes princípios em sede de processos administrativos, 
sendo que o desrespeito a essas garantias enseja a nulidade do processo e de todos 
os atos administrativos dele decorrentes. 
Primordialmente, o contraditório é tema de suma importância na história 
processual, haja vista ser indiscutível a premissa de que ninguém pode ser 
processado e julgado sem ter amplo conhecimento dos fatos relatados nesse 
processo e dos motivos que deram ensejo a sua instauração. 
Para que o contraditório seja exercido de forma regular, é indispensável o 
respeito ao princípio da igualdade na relação processual. O particular interessado 
deve ter o mesmo poder de convencimento que qualquer outra pessoa nesta relação 
processual e, para tanto, terá direito a ser notificado dos atos a serem praticados, 
bem como de produzir provas e participar da produção de todas as provas produzidas 
nos autos. Não é suficiente ter conhecimento do feito, mas sim poder participar e 
praticar atos de relevância no curso do procedimento. Sendo assim, é importante que 
o direito à produção de provas não seja meramente formal, sendo necessária a real 
avaliação da prova produzida peloparticular como instrumento a influenciar a decisão 
do julgador, sendo vedadas provas ilícitas ou meramente procrastinatórias. 
Quando se fala em ampla defesa, a doutrina processual a define como 
indispensável para a concepção de democracia, abarcando o direito de ação e à tutela 
jurisdicional e administrativa para proteção de direitos. Ao tratar do tema, costuma-se 
definir como inerente à ampla defesa o direito à defesa prévia, a garantia de defesa 
técnica e o direito ao duplo grau de julgamento. 
 
 
Defesa técnica: no que tange a essa garantia, a súmula 343 do Superior 
Tribunal de Justiça define que é indispensável a presença de advogado em todas as 
fases do processo administrativo disciplinar, impondo uma interpretação garantista ao 
art. 156 da lei 8.112/90, o qual dispunha ser uma faculdade do acusado a 
representação por advogado. Essa súmula decorreu da evolução jurisprudencial 
acerca das garantias constitucionais e do reconhecimento da importância de defesa 
técnica como forma de evitarem-se abusos por parte das autoridades públicas, diante 
da ausência de conhecimento específico pelo particular interessado no feito. 
No entanto, essa orientação não prevaleceu, diante da edição da Súmula 
Vinculante N°.5 do Supremo Tribunal Federal, em 07 de maio de 2008, que 
estabelece que "A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo 
disciplinar não ofende a Constituição". Para alguns doutrinadores, a edição desta 
súmula representa um retrocesso no direito brasileiro e tem caráter de decisão 
política. É inegável que, com a edição da súmula do STJ, todos aqueles servidores 
demitidos sem a presença de advogados previamente teriam o direito à anulação do 
ato praticado com o imediato retorno ao serviço público, em claro prejuízo à 
Administração Pública. O fato é que, em 2008, com a edição da súmula vinculante 
ora transcrita, afasta-se a aplicabilidade da súmula 343 do Superior Tribunal de 
Justiça, restando aos particulares acusados em processos administrativos 
disciplinares a faculdade de se fazerem à representar por advogado. 
Defesa prévia: para o exercício pleno da garantia, é imprescindível que o 
particular possa se manifestar antes de ser proferida decisão administrativa acerca 
da matéria objeto do processo. Em decorrência dessa prerrogativa, todo o 
procedimento a ser seguido pela Administração Pública em um processo, bem como 
todas as penalidades que possam dele resultar precisam ser de conhecimento prévio 
do particular interessado, para que seja possível traçar planos e estratégias de 
defesa. 
Duplo grau de julgamento ou direito ao recurso administrativo: trata-se de 
prerrogativa que possibilita a reanálise dos atos praticados pela Administração, por 
provocação do particular, com a finalidade de evitar que se perpetuem injustiças ou 
decisões ilegais. Nesse sentido, reforça o conhecimento desta garantia a edição da 
Súmula Vinculante N° 21 pelo Supremo Tribunal Federal dispondo que: "É 
 
 
inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens 
para admissibilidade de recurso administrativo.", 
Analisando este dispositivo, interpreta-se que tal exigência seria 
inconstitucional por restringir o acesso ao duplo grau e consequentemente inviabilizar 
o exercício pleno da ampla defesa. Na mesma esteira, o Superior Tribunal de Justiça 
também editou a Súmula 373, definindo que "é inconstitucional a exigência de 
depósito ou arrolamento prévio de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso 
administrativo". 
Direito à informação: configura-se corolário da garantia do contraditório o 
direito de todos os interessados de conhecer o conteúdo das decisões do processo, 
bem como de seus atos e das provas produzidas. Dessa forma, não pode ser negada 
ao particular interessado do feito o direito de ter vista dos autos e de tirar cópia (sob 
suas expensas) dos atos processuais considerados, por si, relevantes, quando não 
for possível a realização de carga dos autos para análise acurada do procedimento. 
Acerca das garantias do contraditório e da ampla defesa, cabe mencionar a 
Súmula Vinculante N° 03, abaixo transcrita. 
"Nos processos perante o tribunal de contas da união 
asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da 
decisão puder resultar anulação ou revogação de ato 
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a 
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de 
aposentadoria, reforma e pensão". 
A súmula, estende os princípios de contraditório e ampla defesa às decisões 
proferidas pelo Tribunal de Contas, todas as vezes que a atuação do órgão puder 
afetar os direitos do particular, por meio da retirada de ato administrativo que lhe criou 
garantias. A súmula é relevante pelo fato de que a anulação do ato, a princípio, 
decorre de uma relação travada entre o administrador público e o Tribunal de Contas. 
Ocorre que, mesmo não sendo parte direta no processo que justificou e motivou a 
anulação do ato, o particular atingido por essa decisão deve ter o direito de 
manifestar-se previamente, inclusive, com a produção de provas e todos os meios 
necessários a formar o convencimento do órgão julgador. 
 
 
 
3.4. Instrumentalidade das formas 
 Esse princípio se aplica à formação dos atos administrativos e estipula que 
todas as vezes que o texto legal prevê uma determinada forma para a prática de um 
ato administrativo, tem a intenção de garantir a busca pelo interesse público que é a 
finalidade do ato. Logo, a forma é somente o instrumento necessário para alcançar o 
interesse coletivo. Nesse sentido, a forma é o instrumento para alcance dos objetivos 
do ato. Por isso, o vício de forma é sanável quando não gerar prejuízo, desde que 
mantido o interesse público face à aplicação do referido princípio. 
Este princípio é tratado pela Maria Sylvia Zanella di Pietro in Direito 
Administrativo, como princípio da economia processual, quando então, ela estipula 
que "0 processo é instrumento para aplicação da lei, de modo que as exigências a ele 
pertinentes devem ser adequadas proporcionais ao fim que se pretende atingir". 
Arremata ainda a referida doutrinadora, estabelecendo que "desse princípio decorre 
outro, que é o aproveitamento dos atos processuais, que admite o saneamento do 
processo quando se tratar de nulidade sanável, cuja inobservância não prejudique a 
administração ou o administrado." 
 
3.5. Informalismo ou Formalismo Necessário 
 O informalismo norteia os atos do processo administrativo praticados pelos 
particulares visando evitar prejuízos a este, em virtude da exigência de formalidades 
legais. Portanto, como regra geral, os atos praticados pelos particulares em processos 
administrativos não dependem de forma prescrita em lei. 
A não exigência de formalismos desnecessários ou a forma simples do 
processo visa impedir prejuízos aos particulares, através da exigência de formalismos 
para a prática A motivação é indispensável ao controle dos atos administrativos pela 
sociedade, sendo inviável a qualquer cidadão controlar o ato sem ter conhecimento 
das razões legais e fáticas que justificaram sua prática. De fato, a Constituição 
Federal reconhece a cidadania como fundamento da República e atribui ao povo a 
titularidade de todo o poder, no Estado brasileiro, sendo, portanto, indispensável que 
 
 
o titular do interesse público tenha ampla ciência das razões que motivam e justificam 
a atuação da Administração Pública. 
Além de se tratar de princípio implícito na Carta Magna, a motivação encontra 
fundamento, no âmbito federal, no art. 50 da lei 9.784/99 que estabelece que "Os atos 
administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos 
jurídicos(...)". 
 
3.6. Verdade Real 
O princípio da verdade material ou verdade real, vinculado ao princípio da 
oficialidade, exprime que a Administração deve tomar decisões com base nos fatos 
taiscomo se apresentam na realidade, não se satisfazendo com a versão oferecida 
pelos sujeitos. O processo administrativo busca a verdade material em contraponto 
aos processos judiciais, na esfera cível, que apontam na busca da verdade formal, ou 
seja, verdade apresentada nos autos. Assim, o processo civil não admite provas 
extemporâneas e segue um formalismo rígido definido na legislação pertinente. Os 
processos administrativos, por sua vez, admitem todos os tipos lícitos de provas, 
apresentados em qualquer fase do processo, ainda que após o encerramento da 
instrução, bem como admite a produção de provas realizada, de ofício, pela própria 
Administração Pública condutora do feito. Isso tudo ocorre em respeito à busca pelo 
conhecimento do fato efetivamente ocorrido, a verdade absoluta. 
A busca pela verdade real não pode violar o dever de celeridade do processo, 
ou seja, a verdade tem limites temporais e materiais. A busca pela verdade terá que 
se adequar aos limites impostos pela limitada estrutura administrativa, bem como 
deve respeitar a razoável duração do processo. Dessa forma, o art. 5°, LXXVIII, 
incluído na Constituição Federal pela Emenda Constitucional n. 45/2004, dispõe que 
"a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação". Tal norma se 
apresenta como garantia fundamental dos cidadãos e justifica o chamado princípio 
da celeridade na atuação administrativa. 
 
 
 
3.7. Gratuidade 
Diferente da maioria dos processos judiciais, os processos administrativos são 
gratuitos, não havendo cobrança de custas, emolumentos ou ônus sucumbencíais 
aos particulares envolvidos. A atuação administrativa visa, antes de tudo, a alcançar 
o interesse coletivo e, portanto, deve ser exercida sem ônus para outras partes 
interessadas, haja vista o fato de que a Administração Pública é a maior interessada 
na solução da controvérsia. Nesse sentido, dispõe o art. 2°, parágrafo único, XI, da 
lei 9.784/99, que é vedada à Administração Pública a cobrança de despesas 
processuais, ressalvadas as previstas em lei. 
 
3.8. Princípio da Legalidade 
A legalidade se caracteriza como a garantia de que todos os conflitos sejam 
solucionados pela lei. Celso Antônio Bandeira de Mello dispõe que "o princípio da 
Legalidade é específico do Estado de Direito, é justamente aquele que o qualifica e 
que lhe dá identidade própria, por isso considerado é basilar para o Regime Jurídico-
administrativo". Diferentemente do direito privado em que vigora o princípio de não 
contradição à lei, estipulando que o cidadão pode fazer tudo desde que não contrarie 
o texto legal, no Direito Administrativo vigora o princípio da Subordinação à lei, ou 
seja, o administrador público só pode atuar quando a lei autorizar essa atuação. Não 
havendo previsão legal, está proibida a atuação do ente público. Todos os atos do 
processo estão previamente estipulados em lei e são de observância obrigatória do 
administrador público. 
3.9. Princípio da motivação 
A motivação é o dever imposto ao ente estatal de indicar os pressupostos de 
fato e de direito que determinaram a prática dos atos administrativos. Dessa forma, a 
validade da atuação administrativa depende da apresentação formal dos 
fundamentos fáticos e jurídicos justificadores da decisão adotada. 
O princípio da motivação impõe à Administração Pública a obrigatoriedade de 
fundamentar o ato praticado, bem como o dever de indicação dos pressupostos de 
fato e de direito que determinaram a decisão do ato nos termos do art. 2º, §único, VII, 
 
 
da Lei n. 9.784/99. Em obediência a este princípio, o parágrafo único do artigo 6° da 
lei 9784/99 regulamenta que "É vedada à Administração a recusa imotivada de 
recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao 
suprimento de eventuais falhas". 
Tal princípio encontra-se expresso na Constituição Federal de 1988, prevendo 
a exigência de motivação apenas para as decisões administrativas dos Tribunais e 
do Ministério Público. Contudo, o princípio da motivação não deve ser interpretado 
restritivamente ao que dispõe a Constituição Federal já que lei infraconstitucional 
regulamenta de forma ampla que os atos administrativos (todos) deverão ser 
motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos tal como dispõe o 
art. 50 da Lei n. 9.784/99. 
A motivação também se encontra implicitamente na Constituição Federal, no 
art. 1º, II, que indica a cidadania como um dos fundamentos da República; no §único 
do art. 1º, que dispõe que todo poder emana do povo; e no art. 5º, XXXV, que 
assegura o direito à apreciação judicial nos casos de ameaça ou lesão de direito. 
Então, nada mais oportuno que o interessado tenha o direito de saber o porquê, o 
motivo, os fundamentos, que justificam os atos praticados pelo administrador até 
mesmo para que lhe seja assegurado o princípio do contraditório e da ampla defesa. 
 
4. PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL 
 
A lei 9784/99 estabelece todas as normas atinentes aos processos 
administrativos no âmbito da União e será analisada, neste capítulo, em virtude de 
sua cobrança rotineira em provas de concursos. Saliente-se que as normas 
estabelecidas neste dispositivo legal não serão aplicadas aos processos 
administrativos em estados e municípios que não editarão leis próprias para 
regulamentação da matéria em suas administrações. 
Saliente-se, porém, que, naqueles estados ou municípios em que não haja lei 
para tratar da matéria, a lei 9.784/99 poderá ser utilizada. Muitos pontos tratados na 
referida lei já foram devidamente analisados quando do estudo dos atos 
 
 
administrativos. Isso porque, não obstante a lei se proponha a tratar acerca dos 
processos administrativos federais, traçam importantes normas acerca dos elementos 
e princípios atinentes à atuação administrativa. 
 
4.1. Aplicação subsidiária 
A lei 9784/99 se propõe a evitar lacunas na legislação processual 
administrativa, sem substituir leis específicas. Por isso, a própria lei determina 
expressamente sua subsidiariedade. Assim, somente será possível a aplicação deste 
dispositivo legal, se não houver nenhuma outra legislação específica a tratar a 
matéria. Toda vez que houver uma legislação específica tratando de determinado 
processo administrativo, a lei 9.784/99 será aplicada somente de forma subsidiária a 
este regramento. A aplicabilidade integral da lei ocorrerá nas situações em que não 
haja lei específica a regular o processo administrativo em curso. Por exemplo, no caso 
de processos administrativos disciplinares para aplicação de penalidades a servidores 
públicos, é imposta a aplicação da lei 8.112/90 que é lei específica a regular tais 
procedimentos. 
Diante disso, a lei 9784/99 será utilizada subsidiariamente, para sanar as 
eventuais omissões da lei específica. 
Nesse sentido, o art. 69 da lei 9.784/99 dispõe que "Os processos administrativos 
específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente 
os preceitos desta Lei". 
 
4.2. Princípios previstos na lei 9.784/99 
As primeiras diretrizes, para a Administração Pública, nas suas mais variadas 
representações encontram-se fixadas na Constituição Federal de 1988, precisamente 
no seu art. 37, caput. Podemos afirmar que os princípios auxiliares dos princípios 
contidos no Art. 37 da CF e por consequência da Administração Pública Brasileira 
são: a finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa, 
contraditório, segurança jurídica e interesse público. 
 
 
Entretanto, no presente estudo, daremos o destaque para nortear 
principiológico a partir dos apontamentos explícitos e implícitos da Lei nº 9.784/99. 
Assim diz a lei: 
 Art. 2º, caput, Lei 9.784/99 - A Administração Pública 
obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, 
finalidade,motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, 
interesse público e eficiência. (Lei nº 9.784/99). 
O parágrafo único do artigo dispõe que, nos processos administrativos, serão 
observados, entre outros, os critérios de: 
I - atuação conforme a lei e o Direito; II - atendimento a fins de interesse 
geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, 
salvo autorização em lei; III - objetividade no atendimento do interesse 
público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; IV - 
atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; V - 
divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses 
de sigilo previstas na Constituição; VI - adequação entre meios e fins, 
vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida 
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse 
público; VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que 
determinarem a decisão; VIII - observância das formalidades 
essenciais à garantia dos direitos dos administrados; IX - adoção de 
formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, 
segurança e respeito aos direitos dos administrados; X - garantia dos 
direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à 
produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de 
que possam resultar sanções e nas situações de litígio; XI - proibição 
de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em 
lei; XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo 
da atuação dos interessados; XIII - interpretação da norma 
administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim 
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
 
Note-se que o caput do artigo estabelece os princípios regentes dos processos 
administrativos e da atuação administrativa como um todo e que os incisos previstos 
 
 
no parágrafo único do dispositivo definem a atuação do Estado no curso do 
procedimento, de forma a evitar prejuízos aos interessados, bem como ao interesse 
público. 
 
5. DIREITOS E DEVERES DOS PARTICULARES 
 
A lei 9.784/99 em seu artigo 3º prevê os direitos dos administrados, sendo 
eles: ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o 
exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; ter ciência da 
tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, 
ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as 
decisões proferidas; formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, 
os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; fazer-se assistir, 
facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força 
de lei. 
Os administrados também possuem deveres, esses estão previstos no artigo 
4º da mesma lei supracitada, sendo eles: expor os fatos conforme a verdade; proceder 
com lealdade, urbanidade e boa-fé; não agir de modo temerário; prestar as 
informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
A grande problemática, quando nos referimos a esses direitos e deveres, está 
no cumprimento dos mesmos, uma vez que existe um resguardo extremo dos 
interesses da Administração. Não se pode abster-se do princípio da supremacia do 
interesse público, porém esse princípio não exclui os direitos dos cidadãos, 
principalmente visando o devido processo legal, que devem ser sempre respeitados. 
Quanto ao princípio do Devido Processo Legal Nelson Nery Júnior discorre: 
“Bastaria a norma constitucional haver adotado o princípio do “due 
processo of law” para que daí decorressem todas as consequências 
processuais que garantiam os litigantes o direito a um processo e a uma 
sentença justa. É, por assim dizer, o gênero do qual todos os demais 
princípios constitucionais do processo são espécie.” 
 
 
 
5.1. legitimidade processual 
No processo administrativo são legitimados como interessados no processo 
administrativo: a) pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos 
ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; b) aqueles que, 
sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados 
pela decisão a ser adotada; c) as organizações e associações representativas, no 
tocante a direitos e interesses coletivos; d) as pessoas ou as associações legalmente 
constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. 
 
6. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 
 
 
Sempre que houver alguma irregularidade dentro de uma instituição pública 
envolvendo um servidor, deverá ser feito, por escrito, uma denúncia de irregularidade 
com identificação e endereço do denunciante, logo após a autoridade tomar ciência, 
ela fica obrigada a investigar e possivelmente aplicar uma penalidade naquele 
servidor, para isso deverá fazê-lo através do Processo Administrativo Disciplinar 
(PAD) que é dividido em três modalidades: a Sindicância, o Processo Administrativo 
Disciplinar e o Processo Administrativo Disciplinar Sumário. 
 
 6.1. Sindicância 
É a modalidade de PAD mais simples e com aplicações de penalidade mais 
leves, ela tem o prazo de 30 dias, podendo ser prorrogada por igual período, antes 
de mais nada é importante ressaltar que a abertura de sindicância nem sempre 
antecede o PAD propriamente dito, esta modalidade poderá ser dispensada se for 
verificado que o fato ocorrido enseja em penalidade mais severas, é formada por uma 
comissão transitória com 2 ou 3 servidores estáveis que busca apurar os fatos e 
coletar materiais suficientes para o prosseguimento da sindicância, se não houver 
irregularidade a denúncia poderá ser arquivada, mas se houver, culminará em 
advertência ou suspensão de até 30 dias. Considerando que seja necessária uma 
 
 
aplicação de penalidade superior a essa, deverá ser através do PAD. Dessa forma, a 
sindicância poderá ser dividida em 2 partes: 
Sindicância Investigativa ou Preparatória: É uma análise preliminar sem nenhuma 
punição, criada para coletar provas e analisar se a irregularidade denunciada é 
verídica, o servidor não tem a chance de se defender neste momento, mas não 
prejudica o procedimento pois é uma fase preliminar. Se houver mais indícios de que 
o fato realmente ocorreu, deverá ser aberta uma Sindicância Acusatória ou o PAD. 
Sindicância Contraditória ou Acusatória: Pode começar de imediato ou após a 
sindicância investigativa, não podendo ser feita pelos mesmos servidores do 
procedimento anterior, os denunciados são notificados de forma que apresentem sua 
defesa, observando o princípio da ampla defesa e do contraditório e por serem 
denunciados por uma infração de menor gravidade que poderá resultar no 
arquivamento, advertência, suspensão de até 30 dias ou na instauração de um 
Processo Administrativo Disciplinar. 
 
6.2. Processo Administrativo Disciplinar Propriamente Dito 
Com previsão estabelecida pelo Estatuto do Servidor Público, Lei 8.112/1990, 
tem o objetivo de analisar os fatos, é obrigatório em penalidades mais graves e seu 
prazo para conclusão é de 60 dias, podendo ser prolongado por igual período. O 
servidor tem a faculdade quanto a constituição de sua defesa técnica, ao mesmo 
tempo em que é aplicado o afastamento preventivo de até 120 dias, para que o 
mesmo não atrapalhe nas investigações, por esse ato ser considerado uma mera 
medida cautelar, ele continuará recebendo seu salário normalmente. 
O fato será avaliado através de uma comissão formada por 1 presidente, com 
o cargo efetivo ou nível de escolaridade igual ou maior que o indiciado, em conjunto 
com mais 2 servidores, em que todos deverão ter cargos estáveis e fazer reuniões de 
caráter reservado para a deliberação sobre o caso, não podendo o cônjuge, 
companheiro ou parente de até 3º graudo acusado participar. A comissão deverá 
elaborar um relatório de forma conclusiva e poderá fazer a aplicação de suspensão 
de 30 dias, demissão, cassação ou destituição. O servidor que estiver respondendo 
 
 
o PAD não pode fazer pedido de exoneração e nem aposentadoria voluntária, 
somente após aplicada a penalidade. 
 
6.3. Fases do Processo Administrativo Disciplinar 
1. Instauração: É a primeira fase que inicia o PAD, se dá somente com a 
publicação do ato que constitui a comissão, descreverá os fatos que caracterizam 
a autoria e a materialidade da suposta infração disciplinar. 
2. Inquérito Administrativo: Dotado de ampla defesa, no inquérito vemos 3 
partes, a instrução, defesa e relatório 
a) Na instrução, há verificação se houve algum ilícito penal, e caso seja 
constatado, deverá ser oficiado ao Ministério Público, o servidor 
poderá acompanhar este processo pessoalmente ou através de 
procurador, o acusado é citado para oferecer defesa no prazo de 10 
dias, sendo mais de 1 acusado o prazo se estende para o máximo 
de 20 dias de forma comum, podendo ainda ser citado por edital 
caso não seja encontrado. 
b) Na defesa, é o momento em que o servidor poderá utilizar de provas 
e argumentos através de um advogado, ou não, para contradizer os 
fatos que lhe foram imputados, caso servidor citado não apresente 
sua defesa, ele se torna revel e a comissão nomeará um defensor 
dativo, que deve ter cargo efetivo ou nível de escolaridade igual ou 
superior ao do acusado. 
c) Já o relatório, deve ter todas as informações necessárias para o 
encerramento do PAD, deve ser conclusivo em relação à inocência 
ou responsabilidade do indiciado com a indicação expressa do 
dispositivo violado. 
3. Julgamento: O julgamento deve acatar o relatório, salvo se houver prova contrária 
aos autos, sendo feito através da autoridade máxima do setor que aquele servidor 
está lotado, que tenha poderes suficientes para aplicar legalmente as penalidades 
dispostas no PAD no prazo de 20 dias. Se houver pluralidade de indiciados e de 
 
 
sanções, a autoridade competente é aquela que pode aplicar a penalidade mais 
grave. 
 
 
7. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR SUMÁRIO 
 
O procedimento sumário tem como finalidade propiciar maior celeridade na 
aplicação de sanções aos servidores públicos em determinadas situações,com 
prazos menos dilatados para aplicação dessas sanções aos servidores públicos, a 
Lei 8.112/90 prevê o processo sumário nos casos de aplicação de penalidades por 
abandono de cargo, inassiduidade habitual (art. 140) e também de acumulação ilegal 
de cargos (art.133) - hipóteses que ensejam a aplicação da penalidade de demissão. 
O procedimento é aplicável somente em três situações: apuração de 
acumulação ilegal de cargos, abandono de cargo e inassiduidade habitual, é mais 
célere que as outras modalidades, pois visa apurar fatos com materialidade pré-
constituída no prazo de 30 dias podendo ser prorrogado por mais 15 dias, mas se 
houver dúvida quanto a qual procedimento ser instaurado, em regra deve ser feito 
através do PAD normal. Poderá ser aplicada a demissão, destituição do cargo em 
comissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, observados os princípios 
do contraditório e da ampla defesa. 
· Impugnações Administrativas, Julgamentos, Recurso e Pedido de 
Reconsideração e Revisão: 
 
 
 
(Primeira Seção, aprovada em 09/05/2018, DJe 14/05/2018.) 
 
· SÚMULA N. 635 STJ 
 
Os prazos prescricionais previstos no art. 142 da Lei n. 8.112/1990 iniciam-se 
na data em que a autoridade competente para a abertura do procedimento 
administrativo toma conhecimento do fato, interrompem-se com o primeiro ato de 
instauração válido - sindicância de caráter punitivo ou processo disciplinar - e voltam 
a fluir por inteiro, após decorridos 140 dias desde a interrupção. 
 
(Primeira Seção, julgado em 12/06/2019, DJe 17/06/2019.) 
 
 
 
7.1. Abandono de cargo 
O abandono de cargo público consiste na ausência intencional do servidor ao 
serviço por mais de 30 dias consecutivos. É o que diz o art. 138 da Lei nº 8.112/90. 
Nesse sentido, se o servidor público faltar ao serviço por mais de 30 (trinta) dias 
seguidos com a intenção de abandonar o cargo é que se entende por inassiduidade 
habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta dias), 
interpoladamente, durante o período de doze meses. O art. 132 do mesmo diploma 
legal determina a aplicação de demissão para tais casos. 
O texto da lei determina a realização de processo administrativo sumário para 
aplicação da penalidade de demissão, em face da facilidade de comprovação da 
materialidade das irregularidades, terá o prazo máximo de duração de 30 (trinta) dias 
prorrogáveis por mais 15 (quinze) dias. É composta por uma comissão de 2 (dois) 
servidores estáveis e a fase de instrução será breve, uma vez que a materialidade do 
fato e da autoria estaria comprovada documentalmente. 
Importante mencionar, que para que haja o abandono de cargo é indispensável 
a presença de dois requisitos: 
a) Ausência do servidor ao serviço por mais de 30 dias consecutivos; 
b) Ausência intencional do servidor para abandonar o cargo. 
Nessa linha já julgou o Tribunal Regional Federal da 1º Região (TRF1): 
Para fins de aplicação do ato de demissão por abandono de cargo, 
impõe-se averiguar o animus específico do servidor, a fim de avaliar o 
seu grau de desídia. No caso, restou comprovado que o servidor 
obteve autorização verbal de sua chefia imediata para as ausências e 
que houve requerimento de remoção, antes das faltas ao serviço. Tais 
fatos apontam para a inexistência de vontade de abandonar o cargo e, 
ainda, o fato de o servidor ter voltado voluntariamente, antes mesmo 
da instauração do processo administrativo, revela o perdão tácito da 
Administração. (Ap 2007.35.00.021355-5/GO, Rel. Juiz Federal Renato 
Martins Prates (convocado), em 05.08.2013.) 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10987534/artigo-138-da-lei-n-8112-de-11-de-dezembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97937/regime-jur%C3%ADdico-dos-servidores-publicos-civis-da-uni%C3%A3o-lei-8112-90
 
 
Caso o servidor público se ausente de forma intencional ao serviço público por 
mais de 30 dias consecutivos, este poderá ser processado pela infração 
administrativa de abandono de cargo. Nesse caso, a penalidade a ser aplicada no 
processo administrativo disciplinar é a demissão conforme o art. 132 da Lei nº 
8.112/90: 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime 
contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - 
inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - 
incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - 
insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a 
servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; 
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de 
segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres 
públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - 
acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - 
transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
Por isso, caso o servidor público não tenha mais interesse em permanecer no 
cargo público, deve pedir exoneração em vez de sofrer eventual demissão que poderá 
lhe prejudicar para a posse em outros cargos públicos. 
7.2. Procedimento a ser adotado em caso de abandono de cargo 
Para se apurar a infração administrativa de abandono de cargo, deve ser 
instaurado o processo administrativo disciplinar sumário conforme o art. 140 da Lei nº 
8.112/90. O processo administrativo disciplinar sumário se desenvolve nas seguintes 
fases (Art. 133 da Lei nº 8.112/90): 
a) Instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta 
por dois servidores estáveis, e simultaneamenteindicar a autoria e a materialidade 
da transgressão objeto da apuração; 
b) Instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; 
c) Julgamento. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10988607/artigo-132-da-lei-n-8112-de-11-de-dezembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97937/regime-jur%C3%ADdico-dos-servidores-publicos-civis-da-uni%C3%A3o-lei-8112-90
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10987450/artigo-140-da-lei-n-8112-de-11-de-dezembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97937/regime-jur%C3%ADdico-dos-servidores-publicos-civis-da-uni%C3%A3o-lei-8112-90
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10988127/artigo-133-da-lei-n-8112-de-11-de-dezembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97937/regime-jur%C3%ADdico-dos-servidores-publicos-civis-da-uni%C3%A3o-lei-8112-90
 
 
No caso da infração administrativa de abandono de cargo público, a comissão 
processante, na indiciação, deve identificar o período da suposta ausência ao serviço. 
Além disso, o servidor deve estar atento quanto aos membros da comissão 
processante. Isto porque não é incomum que haja servidores comissionados ou 
efetivos, mas não estáveis. Tais fatos redundam em nulidade do processo 
administrativo disciplinar sumário tendo em vista que a Lei nº 8.112/90 disciplina que 
os servidores membros da comissão processante devem ser estáveis. 
Na elaboração do relatório, a comissão processante, além de identificar o 
período de ausência do servidor, deve fundamentar a intenção do servidor em 
abandonar o serviço com provas do alegado. No processo administrativo disciplinar 
sumário, é possível requerer a coleta de provas, inclusive orais, e o interrogatório do 
servidor, tendo em vista a efetividade do direito de defesa do servidor público. 
Dessa forma, o fato do processo administrativo disciplinar sumário ser mais 
célere que o processo administrativo disciplinar comum não significa que se deve 
atropelar o direito de defesa do servidor público. O prazo máximo para a conclusão 
do processo administrativo disciplinar sumário por abandono de cargo é de 50 dias 
conforme a Lei nº 8.112/90. Portanto, o servidor público e sua defesa, preferível com 
advogado especialista na matéria, devem estar atentos às disposições da Lei para 
influir na justiça da decisão de eventual processo administrativo disciplinar sumário 
por abandono de cargo. 
7.3. Acumulação indevida de cargos públicos 
Na administração pública, a acumulação indevida de cargos públicos pode 
causar várias penalidades, pois, em geral, a duplicidade de cargos é proibida. Na 
nossa Constituição Federal de 1988, foram criadas várias regras para os servidores 
públicos, seja no âmbito federal, estadual ou municipal. 
Ainda, para os servidores federais, em 1990 foi aprovada a Lei nº 8.112. 
Inclusive, com diferentes formas de contratação de pessoal para o serviço público: o 
servidor estatutário, celetista e temporário. Nessa legislação, também foram 
elaboradas as regras sobre a proibição de acumular cargos. Ou seja, quem já ocupa 
um emprego, cargo ou função pública, em regra, não pode acumular com outro 
serviço no governo. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97937/regime-jur%C3%ADdico-dos-servidores-publicos-civis-da-uni%C3%A3o-lei-8112-90
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97937/regime-jur%C3%ADdico-dos-servidores-publicos-civis-da-uni%C3%A3o-lei-8112-90
https://concursos.adv.br/direito-administrativo/
https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_37_.asp
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8112cons.htm
https://concursos.adv.br/regime-estatutario/
https://concursos.adv.br/regime-celetista-servidores-publicos/
https://concursos.adv.br/contratacao-temporaria-excepcional-interesse-publico/
 
 
E essa regra da acumulação de cargos se aplica ao servidor que trabalha no 
âmbito da administração pública: 
● direta (União, Estados, Municípios ou Distrito Federal); ou 
● indireta (autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia 
mista ou suas subsidiárias); ou 
● sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. 
 
O texto constitucional dispõe que é vedada a acumulação remunerada de 
cargos e empregos públicos, ressalvadas as exceções dispostas na própria carta 
maior de dois cargos de professor, dois de profissionais de saúde com profissão 
regulamentada, além da possibilidade de acumulação de um cargo técnico ou 
científico mais um cargo de professor, sempre que houver compatibilidade de horários 
para essa acumulação. 
Ademais, o art. 132 da lei 8.112/90 capitula a acumulação ilegal de cargos 
como infração punível com demissão. 
No caso de acumulação ilegal de cargos, o estatuto dispõe que, antes da 
instauração do processo, o servidor será notificado para fazer a opção entre os cargos 
ocupados, dentro do prazo legal de 10 (dez) dias. Toda via, caracterizada a 
acumulação ilegal de cargos e provada a má-fé do agente público, aplicar-se-á a pena 
de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em 
relação a todos os cargos, empregos ou função públicas em regime de acumulação 
ilegal. 
 
8. CONCLUSÃO 
 
O trabalho proposto para estudo sobre os processos administrativos, abrange 
desde conceituação, finalidade do processo, as obrigatoriedades, os princípios 
aplicáveis, os processos e sanções aplicáveis aos servidores e funcionários públicos. 
Através desse trabalho podemos analisar que os processos administrativos é um dos 
pilares que pressupõe a legalidade e a legitimidade dos atos realizados pela 
Administração Pública. O ordenamento jurídico confere à Administração um ônus 
argumentativo, qual seja, o de justificar e demonstrar a formação de uma vontade 
 
 
administrativa em função dos direitos e garantias fundamentais ou seja, os processos 
administrativos é de sua importância para administração pública visto que não existe 
uma lei específica regulamento o limite de atuação dos agentes públicos, faz 
necessário os procedimentos administrativos para regulamentar o poder do Estado 
para que não se tornasse arbitrário e disforme, onde cada um agiria de forma 
conveniente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Carvalho, Matheus. Manual de direito administrativo/ Matheus Carvalho - 4. ed. rev. 
ampl. e atual. - Salvador: 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Editora Jurídico Atlas. 19ª 
Edição - 2006. 
https://concursos.adv.br/diferenca-entre-sindicancia-investigativa-e-
punitiva/#:~:text=A%20sindic%C3%A2ncia%20investigativa%20%C3%A9%20u
ma,p%C3%BAblica%20deve%20analisar%20esses%20atos. (Acesso 
18/09/2022) 
 
https://processo.stj.jus.br/jurisprudencia/externo/informativo/ . (Acesso 18/09/2022) 
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/O-servidor-e-o-
PAD-a-jurisprudencia-do-STJ-sobre-o-processo-administrativo-
disciplinar.aspx#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20S%C3%BAmula,amparo%
20em%20investiga%C3%A7%C3%A3o%20ou%20sindic%C3%A2ncia. (Acesso 
18/09/2022) 
Nohara, Irene, Patrícia e Marrara, Thiago. Processo Administrativo. Lei 9.784/1999 
Comentada - 2ª ed. mai 2018. 
ROSA, Márcio Fernando Elias. Sinopses Jurídicas - Direito Administrativo. Editora 
Saraiva. 8ª edição - 2006. 
 
 
https://concursos.adv.br/diferenca-entre-sindicancia-investigativa-e-punitiva/#:~:text=A%20sindic%C3%A2ncia%20investigativa%20%C3%A9%20uma,p%C3%BAblica%20deve%20analisar%20esses%20atos
https://concursos.adv.br/diferenca-entre-sindicancia-investigativa-e-punitiva/#:~:text=A%20sindic%C3%A2ncia%20investigativa%20%C3%A9%20uma,p%C3%BAblica%20deve%20analisar%20esses%20atos
https://concursos.adv.br/diferenca-entre-sindicancia-investigativa-e-punitiva/#:~:text=A%20sindic%C3%A2ncia%20investigativa%20%C3%A9%20uma,p%C3%BAblica%20deve%20analisar%20esses%20atos
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/O-servidor-e-o-PAD-a-jurisprudencia-do-STJ-sobre-o-processo-administrativo-disciplinar.aspx#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20S%C3%BAmula,amparo%20em%20investiga%C3%A7%C3%A3o%20ou%20sindic%C3%A2nciahttps://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/O-servidor-e-o-PAD-a-jurisprudencia-do-STJ-sobre-o-processo-administrativo-disciplinar.aspx#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20S%C3%BAmula,amparo%20em%20investiga%C3%A7%C3%A3o%20ou%20sindic%C3%A2ncia
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/O-servidor-e-o-PAD-a-jurisprudencia-do-STJ-sobre-o-processo-administrativo-disciplinar.aspx#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20S%C3%BAmula,amparo%20em%20investiga%C3%A7%C3%A3o%20ou%20sindic%C3%A2ncia
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/O-servidor-e-o-PAD-a-jurisprudencia-do-STJ-sobre-o-processo-administrativo-disciplinar.aspx#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20S%C3%BAmula,amparo%20em%20investiga%C3%A7%C3%A3o%20ou%20sindic%C3%A2ncia
https://www.amazon.com.br/Processo-Administrativo-9-784-1999-Comentada/dp/8554947703/ref=sr_1_4?qid=1663610183&refinements=p_27%3AIrene+Patr%C3%ADcia+Nohara&s=books&sr=1-4&ufe=app_do%3Aamzn1.fos.db68964d-7c0e-4bb2-a95c-e5cb9e32eb12
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