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<p>ÓRTESE E PRÓTESE</p><p>PROFA. MA. ANDREZA DIAS DE ALMEIDA</p><p>REITORIA:</p><p>Dr. Roberto Cezar de Oliveira</p><p>PRÓ-REITORIA:</p><p>Profa. Ma. Gisele Colombari Gomes</p><p>DIRETORIA DE ENSINO:</p><p>Profa. Dra. Gisele Caroline Novakowski</p><p>EQUIPE DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS:</p><p>Diagramação</p><p>Revisão textual</p><p>Produção audiovisual</p><p>Gestão</p><p>WWW.UNINGA.BR</p><p>33WWW.UNINGA.BR</p><p>U N I D A D E</p><p>01</p><p>SUMÁRIO DA UNIDADE</p><p>INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................4</p><p>1 ÓRTESE .......................................................................................................................................................................5</p><p>1.1 DEFINIÇÃO DAS ÓRTESES .....................................................................................................................................5</p><p>1.2 MATERIAIS UTILIZADOS PARA CONSTRUÇÃO DAS ÓRTESES ..........................................................................6</p><p>1.3 OBJETIVO PARA USO DAS ÓRTESES .................................................................................................................... 7</p><p>1.4 PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS DAS ÓRTESES .................................................................................................... 10</p><p>1.5 CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ÓRTESES .............................................................................................................. 10</p><p>1.5.1 TERMINOLOGIA .................................................................................................................................................. 10</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................... 13</p><p>ÓRTESES (DEFINIÇÃO E</p><p>PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS)</p><p>ENSINO A DISTÂNCIA</p><p>DISCIPLINA:</p><p>ÓRTESE E PRÓTESE</p><p>4WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>1</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Caro(a) aluno(a), é com enorme satisfação que apresento a você a disciplina de “Órtese</p><p>e Prótese”. Nela, trazemos conteúdos importantes para o processo de formação no curso de</p><p>Fisioterapia, por meio de uma abordagem didática e clara.</p><p>Buscaremos, neste material, através de definições, conceitos e abordagens apresentar as</p><p>órteses e tecnologia assistiva mais utilizadas na prática clínica. A principal finalidade das órteses</p><p>é proporcionar melhor alinhamento postural de vários segmentos do corpo, buscando sempre</p><p>uma posição funcional e adequada.</p><p>Para nós, fisioterapeutas é de suma importância o conhecimento acerca dos princípios de</p><p>aplicação e do manuseio de materiais mais utilizados. Para fabricação de uma órtese correta para</p><p>cada paciente, são necessários conhecimentos complementares de patologia, fisiologia, anatomia,</p><p>cinesiologia e biomecânica.</p><p>Além disso, devemos considerar que cada paciente é diferente e possui necessidades</p><p>individuais, o que torna cada órtese personalizada. Portanto, para indicarmos uma órtese é</p><p>necessário realizar o diagnóstico cinético-funcional, identificando as principais disfunções e</p><p>queixas do paciente.</p><p>5WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>1</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>1 ÓRTESE</p><p>1.1 Definição das Órteses</p><p>A palavra órtese (Orthos) possui origem grega, que significa correção, direito, reto ou</p><p>normal. Dentre os seus conceitos básicos, pode-se definir como órtese o dispositivo aplicado</p><p>externamente ao segmento corpóreo com objetivo de proporcionar melhora funcional aos</p><p>pacientes que apresentam algum tipo de disfunção ou necessidade de suporte (CARVALHO,</p><p>2005).</p><p>As órteses consistem em um aparelho ou ferramenta que auxilia nas funções de um</p><p>membro e sua colocação ou remoção não necessita de ato cirúrgico. Devem ser utilizadas em</p><p>conjunto com o processo de reabilitação, pois favorece o tratamento fisioterapêutico. Porém, elas</p><p>devem ser indicadas adequadamente e elaboradas visando às necessidades de cada indivíduo e</p><p>devidamente adaptada (BRASIL, 2009).</p><p>A história das órteses e próteses estão intimamente ligadas à evolução da medicina e</p><p>também com a 1º e 2º guerra mundial, foram as guerras que impulsionaram a evolução e</p><p>produção das órteses e próteses, para que os soldados pudessem ser reabilitados e até mesmo</p><p>voltar ao campo de batalha, porém, nessa época, as órteses e próteses eram utilizadas apenas para</p><p>substituir um membro (NORTON, 2007).</p><p>Quanto à utilização das órteses, elas podem ser utilizadas para estabilizar articulações,</p><p>tendões e músculos que se encontram sem condições de sustentação própria. Prevenir, impedir</p><p>e/ou minimizar deformidades articulares e reduzir movimentos involuntários. De acordo com</p><p>o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), o Sistema Único de</p><p>Saúde (SUS) reconhece o direito desses profissionais de prescrever “órteses, próteses e materiais</p><p>especiais não relacionados ao ato cirúrgico”. Desta forma, o profissional fisioterapeuta deverá</p><p>realizar indicação de uma órtese somente após elaborar o diagnóstico cinético-funcional, é ele</p><p>que vai identificar, quantificar e qualificar as disfunções presentes para recomendar ao ortesista</p><p>(BARSIL, 2004).</p><p>Dentre as contra indicações para o uso de órtese podemos citar: Restrição de articulações</p><p>funcionais, piora da postura e marcha, aparecimento ou evolução da dor, surgimento de escaras,</p><p>desconforto emocional ou dependência física e/ou psicológica (CARVALHO, 2005).</p><p>Figura 1 – Utilização da órtese AFO. Fonte: Loja Ortopédica (2020).</p><p>6WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>1</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>1.2 Materiais Utilizados para Construção das Órteses</p><p>Para a escolha dos materiais a serem utilizados na confecção das órteses, devem ser</p><p>consideradas algumas características importantes de cada material (AGNELLI, 2003):</p><p>• Couro: O couro foi um material muito utilizado nas primeiras órteses criadas, atualmente</p><p>é usado para revestir estruturas metálicas, como em correias. É um material bom em</p><p>sua durabilidade, resistência, porosidade (permitir a ventilação), além de permitir uma</p><p>estética melhor para órtese e não possuir toxicidade (evita alergias).</p><p>• Metais: Podem ser de aço inoxidável, alumínio e titânio. O aço inoxidável é o mais</p><p>comum por ser barato, porém apresenta como desvantagem ser pesado, rígido e de fácil</p><p>corrosão. Já o alumínio, comparado ao aço é mais leve, resistente e durável, porém como</p><p>desvantagem pode ser mais caro e pouco maleável. O titânio é extremamente mais leve que</p><p>o aço e alumínio, apresenta-se altamente resistente à corrosão, porém não são utilizadas</p><p>frequentemente por possuir alto custo. Comumente encontrado em atletas paralímpicos.</p><p>• Termoplásticos: Os termoplásticos são materiais que se deformam quando aquecidos e</p><p>quando resfriados endurecem, portanto, podem ser moldados e remoldados com o calor,</p><p>sendo construído de acordo com cada parte do corpo do paciente. É um material forte,</p><p>rígido e muito resistente. Dentre os termoplásticos mais utilizados estão o polipropileno.</p><p>• Carbono: É um material leve, resistente e durável, é considerado melhor que os</p><p>termoplásticos, porém não é comumente utilizado pois possuí alto custo.</p><p>• Polímeros: São viscoelásticos para absorção de impactos utilizadas no revestimento das</p><p>órteses. São considerados leves, flexíveis e com boa resistência a corrosão.</p><p>• Espumas/ EVA: São essenciais para o revestimento e proteção da órtese.</p><p>Você sabia que existem diferenças na escolha dos materiais para confecção</p><p>das órteses? A escolha dos materiais é feita pensando principalmente em qual</p><p>segmentos corpóreos serão utilizados e ainda de acordo com a idade do paciente.</p><p>Isso é importante para reduzir o gasto energético durante o seu uso em tronco e</p><p>membros superiores e inferiores, o ideal é que se utilizem materiais mais leves. Já</p><p>nos casos de órteses infantis, é indicado o duralumínio devido às trocas frequentes</p><p>por causa do crescimento da criança.</p><p>Para a escolha dos materiais, além de levar</p><p>REABILITAÇÃO AMPUTADOS</p><p>ENSINO A DISTÂNCIA</p><p>DISCIPLINA:</p><p>ÓRTESE E PRÓTESE</p><p>57WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>4</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A Fisioterapia tem papel fundamental voltada a reabilitação de pacientes pré e pós</p><p>amputações. Sendo que a intervenção precoce é de suma importância visando prevenir as</p><p>consequências pós amputações e evitando riscos pré protetização, além disso, a fisioterapia visa</p><p>devolver uma qualidade de vida e conservar suas capacidades preservadas (MELO, 2020).</p><p>Para que ocorra uma boa programação de tratamento, é necessária uma avaliação</p><p>qualificada, contemplando as necessidades do paciente, bem como seus potenciais, com o intuito</p><p>de planejamento de metas, objetivos e recursos para um programa de reabilitação (CHAMLIAN,</p><p>2008).</p><p>Esta ocorre através de diversos instrumentos e estes fornecem uma avaliação do estado</p><p>cognitivo, funcional e independência do paciente, assim como do coto residual após amputação.</p><p>58WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>4</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>1 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES AMPUTADOS</p><p>1.1 Avaliação Pré Amputação</p><p>A avaliação deve ser constituída por uma anamnese constando a história pregressa (essa</p><p>serve para contextualizar a progressão da doença e o fato que levou a amputação e protetização)</p><p>e história atual (na qual relata o que o paciente está sentindo, as observações encontradas pelo</p><p>fisioterapeuta em sua inspeção) (PROTESE E ORTESE, 2017).</p><p>Além disso, as informações pessoais do indivíduo avaliado, como nome, idade, sexo,</p><p>patologias concomitantes, bem como informações sobre atividade sedentária ou ativo fisicamente,</p><p>buscando informações de atividade realizada e quantidade de vezes na semana em que realiza.</p><p>Posteriormente, deve ser realizado um bom exame físico, de modo a inspecionar o membro que</p><p>será amputado, verificando também o membro contralateral funcional testando seus aspectos</p><p>como força muscular, amplitude de movimento, tônus, trofismo, postura, além de alterações</p><p>sensitivas (PROTESE E ORTESE, 2017).</p><p>É de suma importância verificar o estado cognitivo do paciente, para que haja uma</p><p>boa compreensão dos aspectos relacionados a amputação, evitando ansiedade, negação e que</p><p>compreendam a importância e manuseio das próteses. Além deste estado, a propriocepção e</p><p>percepção corporal são elementos fundamentais, para que a reabilitação flua, em que o déficit de</p><p>propriocepção pode interferir diretamente no tratamento, afetando seu equilíbrio (PROTESE E</p><p>ORTESE, 2017). Outra avaliação importante é quanto a audição e visão, aspectos fundamentais</p><p>para a evolução da terapia, pois facilita a compreensão do que é proposto e também facilite as</p><p>atividades de vida diária (AVDs). Além desta fase pré amputação, é necessária uma avaliação do</p><p>possível coto, preservando ao máximo seu comprimento, visando uma melhor cicatrização, esta</p><p>avaliação deve dar sequência após a cirurgia e pré e pós protetização (PROTESE E ORTESE, 2017).</p><p>1.2 Avaliação Pós Amputação</p><p>É importante verificar o membro residual quanto ao coto, pois suas alterações interferem</p><p>na estrutura e postura do corpo. Para que este seja considerado um bom coxim é importante</p><p>apresentar alguns aspectos como musculatura adequada local, onde esteja livre de aderências e</p><p>cicatrizes, sem contraturas musculares presentes. É importante ressaltar que este membro estará</p><p>limitado quanto a amplitude de movimento (ADM) e força muscular (MELO, 2020).</p><p>A capacidade cardiorrespiratória é de suma importância para a manutenção</p><p>da homeostase, em indivíduos pré e pós amputação e pré e pós protetização,</p><p>o controle e verificação desses sistemas deve ser frequente, pois estes serão</p><p>submetidos a atividades e exercícios que exigiram aumento da carga de trabalho,</p><p>o que acarretara em aumento da frequência cardíaca, pressão arterial, frequência</p><p>respiratória. Assim como devem ser trabalhados exercícios que visem aumentar</p><p>este condicionamento, principalmente pós repouso onde ocorrera uma volta</p><p>abrupta aos exercícios.</p><p>59WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>4</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>A medida do comprimento do coto é realizada nas amputações transfemorais a partir do</p><p>trocânter maior do fêmur até a extremidade do coto para as amputações longas, já para as medias,</p><p>é realizada da espinha ilíaca anterossuperior até a região distal do coto. Para as curtas, a medida</p><p>deve partir da borda inferior da patela até a extremidade do coto. A medida circunferencial deve</p><p>ser realizada com marcações a cada 5 centímetros partindo da sua região distal (PROTESE E</p><p>ORTESE, 2017).</p><p>Figura 1 – Medidas de comprimento e circunferência do coto Fonte: Pedrinelli (2004).</p><p>Já para avaliar a cicatrização, existem três classificações, e estas devem ser observadas na</p><p>inspeção, podendo ser inadequada, quando apresentar uma deiscência da sutura (sutura aberta),</p><p>aderida, quando os tecidos ao redor se aderem a cicatriz, ou se encontrarem normal onde a</p><p>cicatrização ocorreu sem intercorrências (PROTESE E ORTESE, 2017).</p><p>Figura 2 – Deiscência de sutura Fonte: Sutura (2017).</p><p>É importante avaliar a sensação da presença do membro, que é chamado de</p><p>fantasma, e ainda o relato de dor neste membro não existente. A sensação</p><p>fantasma é quando o paciente relata sentir o membro que já foi amputado, e a</p><p>dor geralmente pode vir como forma de queimação, aperto e pode ser continua</p><p>ou intervalada, sendo frequente no início da amputação, mas podendo perdurar o</p><p>resto da vida.</p><p>60WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>4</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Além de todos os dados anteriormente constados na avaliação pré amputação, deve ser</p><p>realizada, neste momento, uma boa anamnese, contendo seu histórico de doença, motivo de</p><p>amputação, local e dia de cirurgia e seus dados pessoais, como nome, idade, devem ser avaliados</p><p>o estado cognitivo e os aspectos físicos de todos os segmentos corporais, a fim de verificar seus</p><p>potenciais e necessidades, sendo necessário, deste modo, testar os grupos musculares presentes</p><p>no coto. Avaliação realizada pela prova de função muscular da qual classifica a força muscular de</p><p>0 a 5 do grupo testado (PROTESE E ORTESE, 2017).</p><p>Figura 3 – MRC Força muscular. Fonte: Praticando fisio (2018).</p><p>Outra avaliação é quanto à agilidade, verificando a independência do paciente em suas</p><p>atividades na sociedade e também em suas AVDs. Podendo classificar em 4 níveis sendo 3 a</p><p>maior independência.</p><p>Figura 4 – Avaliação da agilidade Fonte: Pedrinelli (2004).</p><p>O fisioterapeuta deve atuar na prevenção e no tratamento das alterações encontradas,</p><p>com treinamentos para melhorar a força, orientações e introdução a protetização. Trabalhando</p><p>também com a propriocepção e esquema corporal, visando o equilíbrio, transferências, mudanças</p><p>de decúbitos e ortostatismo, colaborando para melhorar as AVDs.</p><p>61WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>4</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>2 REABILITAÇÃO PRÉ AMPUTAÇÃO</p><p>Esta fase tem por objetivo:</p><p>• Manter mobilidade no leito;</p><p>• Diminuir quadro álgico;</p><p>• Reduzir edemas;</p><p>• Prevenir contraturas e deformidades;</p><p>• Manter ADM de ambos os MMSS e MMII;</p><p>• Manutenção da capacidade cardiorrespiratória;</p><p>• Dessensibilização do local a ser amputado;</p><p>• Orientações quanto as órteses/próteses e os cuidados.</p><p>A atuação nesta fase deve ser multiprofissional, e os cuidados devem ser voltados ao nível</p><p>de amputação, orientações, expectativas e potenciais. Para uma boa conduta fisioterapêutica, as</p><p>técnicas utilizadas devem abranger os objetivos e de fácil execução pois nem sempre o ambiente</p><p>hospitalar oferece amplos recursos (MELO, 2020).</p><p>Figura 5 – Níveis de amputação. Fonte: Silva (2014).</p><p>Para a diminuição do quadro álgico, deve-se pensar em recursos com efeitos analgésicos,</p><p>como a eletroterapia, porém recursos com o mesmo efeito e de fácil aplicação temos a crioterapia</p><p>e cinesioterapia. Estes recursos auxiliam também para a dessensibilização local e diminuição</p><p>de edemas. Visando</p><p>66WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>4</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O processo de amputação exige diversos cuidados e atenção multiprofissional. Durante</p><p>este, o fisioterapeuta tem papel fundamental, atuando indiretamente com orientações desde o</p><p>início pré amputação e com papel direto atuando até o processo de pré e pós protetização.</p><p>Vale ressaltar que o preparo para um bom coto é de suma importância, sendo</p><p>necessário manter uma boa musculatura, posteriormente, com este membro residual estimular</p><p>a dessensibilização, força muscular, estimular processo de cicatrização para que esteja apto a</p><p>receber uma prótese.</p><p>E no processo de protetização é necessário o estimulo a adaptação desta, bem como a volta</p><p>gradual a sua independência e suas atividades de vida diária. A fisioterapia tem total participação</p><p>neste processo de reabilitação, incentivando o ortostatismo, deambulação e equilíbrio ou tarefas</p><p>e posturas caso a prótese for de outros membros como o superior, para que se adapte a sua nova</p><p>realidade e volte ao processo de integração na sociedade.</p><p>67WWW.UNINGA.BR</p><p>ENSINO A DISTÂNCIA</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AGNELLI, L. B.; TOYODA, C. Y. Estudo de materiais para a confecção de órteses e sua utilização</p><p>prática por terapeutas ocupacionais no Brasil. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional,</p><p>São Carlos, v. 11, n. 2, 2003.</p><p>ALIEXPRESS. Órtese abdutora de ombro. 2022. Disponível em: https://pt.aliexpress.</p><p>com/?gatewayAdapt=glo2bra. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>ARTRITE REUMATOIDE. Órtese para proteção articular do punho. 2022. Disponível em:</p><p>https://artritereumatoide.blog.br/. Acesso em: 20 nov. 2022.</p><p>ASSOCIAÇÃO PRIMEIRO PASSO. Órtese Dennis Browne. 2022. Disponível em: https://</p><p>associacaoprimeiropasso.wordpress.com/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>BARBIN, I. C. C. Prótese e órtese. Londrina: Educacional, 2017.</p><p>BARBIN, I. C. C. Protese e órtese. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional SA, 2017.</p><p>BRASIL. Guia para Prescrição, Concessão, Adaptação e Manutenção de Órteses, Próteses</p><p>e Meios Auxiliares de Locomoção. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção</p><p>Especializada à Saúde, Departamento de Atenção Especializada e Temática, 2019.</p><p>BRASIL. Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas</p><p>de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria-</p><p>Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS, 2004.</p><p>CARE HOSPITALAR. Colar cervical com apoio mentoniano. 2022. Disponível em: https://</p><p>cfcarehospitalar.com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>CARVALHO, J. A. Órteses: um recurso terapêutico complementar. Barueri, SP: Manole, 2005.</p><p>CENTRO DE TRATAMENTO DE ESCOLIOSE. Ângulo de Cobb. 2022. Disponível em: https://</p><p>www.escoliose.org/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>CENTRO ORTOPÉDICO. Órtese Sling. 2022. Disponível em: https://centroortopedico.com.br/.</p><p>Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>CHAMILIAN, T. R.; MELO, A. C. O. Avaliação funcional em pacientes amputados de membros</p><p>inferiores. ACTA FISIÁTRICA, São Paulo, v. 15, n. 1, 2008.</p><p>CLÍNICA DO JOELHO. Brace para Joelho. 2022. Disponível em: https://www.clinicadojoelho.</p><p>med.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>68WWW.UNINGA.BR</p><p>ENSINO A DISTÂNCIA</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>CUNHA, A. L. L. M.; ROCHA, L. E. M.; CUNHA, L. A. M. Método de Cobb na escoliose idiopática</p><p>do adolescente: avaliação dos ângulos obtidos com goniômetros articulados e fixos.  Coluna/</p><p>Columna, São Paulo, v. 8, n. 2, 2009.</p><p>EXPANSÃO. Órtese facilitadora de mão. Disponível em: https://expansaolab.blogspot.com/.</p><p>Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>FERREIRA, B. T. et al. Reabilitação pós-protetização de paciente com desarticulação coxofemoral:</p><p>um estudo de caso. Salão de ensino e extensãoo-Inivação na aprendizagem, Santa Cruz do Sul,</p><p>2017.</p><p>GALVÃO FILHO, T. A. A construção do conceito de Tecnologia Assistiva: alguns novos</p><p>interrogantes e desafios. Revista entreideias: educação, cultura e sociedade, Salvador, v. 2, n. 1,</p><p>2013.</p><p>GUIA VIVER BEM. Colete de Milwaukee. 2022. Disponível em: https://guiaviverbem.com.br/.</p><p>Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Manual técnico de prescrição de</p><p>órteses, próteses ortopédicas não implantáveis e meios auxiliares de locomoção: diretrizes</p><p>para a perícia médica. Brasília, DF: Instituto Nacional do Seguro Social, 2017. Disponível em:</p><p>https://extra268.files.wordpress.com/2017/10/rs611presinssmanual1.pdf. Acesso em: 30 nov.</p><p>2022.</p><p>INSTITUTO TRATA. Prótese implantável de artroplastia de quadril. 2020. Disponível em:</p><p>https://www.institutotrata.com.br/protese/. Acesso em: 30 nov. 2022.</p><p>ISP SAÚDE. Colar Cervical sem apoio mentoniano. 2022a. Disponível em: https://www.</p><p>ispsaude.com.br/?gclid=Cj0KCQiA-JacBhC0ARIsAIxybyNvUtDDPIyvy-4SWK6EBluyvQcCSZ</p><p>L7fX0zj4X4vekqg2L8rKJZ8lYaAj7fEALw_wcB. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>ISP SAÚDE. Colete tipo Putti. 2022b. Disponível em: https://www.ispsaude.com.</p><p>br/?gclid=Cj0KCQiA-JacBhC0ARIsAIxybyNvUtDDPIyvy-4SWK6EBluyvQcCSZL7fX0zj4X4ve</p><p>kqg2L8rKJZ8lYaAj7fEALw_wcB. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>LOJA INCLUSIVA. Órtese extensora de cotovelo. 2022. Disponível em: https://www.lojainclusiva.</p><p>com/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>LOJA ORTOPÉDICA. Utilização da órtese AFO. 2020. Disponível em: https://blog.</p><p>lojaortopedica.com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>https://extra268.files.wordpress.com/2017/10/rs611presinssmanual1.pdf</p><p>https://www.institutotrata.com.br/protese/</p><p>https://blog.lojaortopedica.com.br/</p><p>https://blog.lojaortopedica.com.br/</p><p>69WWW.UNINGA.BR</p><p>ENSINO A DISTÂNCIA</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>LOJAS SHOPPING ORTOPÉDICO. Órtese manguito de antebraço. 2022. Disponível em:</p><p>https://www.lojashoppingortopedico.com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>MAITIN, I. B. (org.). Current medicina física e reabilitação: diagnóstico e tratamento. Porto</p><p>Alegre: AMGH, 2016.</p><p>MEDICAL EXPO. Órtese de apoio do cotovelo. 2022a. Disponível em: https://www.medicalexpo.</p><p>com/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>MEDICAL EXPO. Órtese do tipo Halo. 2022b. Disponível em: https://www.medicalexpo.com/.</p><p>Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>MEDICAL EXPO. Órtese rígida KAFO. 2022c. Disponível em: https://www.medicalexpo.com/.</p><p>Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>MEDICAL EXPO. Órtese tipo CASH. 2022d. Disponível em: https://www.medicalexpo.com/.</p><p>Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>MELO, M. F. L.P. Protocolo de Reabilitação Fisioterapêutica em Amputados de Membro</p><p>Inferior: uma Revisão Integrativa da Literatura. Recife: Faculdade Pernambucana de Saúde –</p><p>FPS, 2020</p><p>MY PEPOPLE CREATIVE. Colete tipo milwaukee. 2022. Disponível em: https://</p><p>mypeoplecreative.com/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>NORTON, K. M. A Brief History of Prosthetics. In Motion, v. 17, n.7, 2007. Disponível em:</p><p>Acesso em 12 nov. 2018.</p><p>NÚCLEO DE ORTOPEDIA ESPECIALIZADA. Utilização de órtese tipoia. 2022. Disponível</p><p>em: https://nucleodeortopedia.com.br/. Acesso em 29 nov. 2022.</p><p>ORTODIL. Órtese corretiva KAFO. 2022. Disponível em: https://ortodil.com.br/. Acesso em:</p><p>29 nov. 2022.</p><p>ORTOLIFE. Colete cervical. 2022. Disponível em: https://www.ortolifego.com.br/. Acesso em:</p><p>29 nov. 2022.</p><p>ORTOPÈDIA LLORET SALUT. Tirante Infrapatelar. 2022. Disponível em: https://www.</p><p>ortopedialloretsalut.com/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>ORTOPEDIA MERGULHÃO. Colar Minerva. 2022. Disponível em: Acesso em: https://www.</p><p>ortopediamergulhao.com.br/. 29 nov. 2022.</p><p>https://nucleodeortopedia.com.br/</p><p>70WWW.UNINGA.BR</p><p>ENSINO A DISTÂNCIA</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ORTOPÉDICOS SHOP. AFO articulada. 2022a. Disponível em: https://www.ortopedicoshop.</p><p>com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>ORTOPÉDICOS SHOP. Colete tipo CASH. 2022b. Disponível em: https://www.ortopedicoshop.</p><p>com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>ORTOPÉDICOS SHOP. Colete tipo Knigth Taylor. 2022c. Disponível em: https://www.</p><p>ortopedicoshop.com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>ORTOPONTO. Calcanheiras. 2022. Disponível em: https://www.ortoponto.com.br/. Acesso em:</p><p>30 nov. 2022.</p><p>ORTOSAN. Órtese plantar. 2022a. Disponível em: https://www.ortosan.com.br/. Acesso em: 29</p><p>nov. 2022.</p><p>ORTOSAN. Órtese SMO. 2022b.</p><p>Disponível em: https://www.ortosan.com.br/. Acesso em: 29</p><p>nov. 2022.</p><p>ORTOSETE. Órtese de abdução do Quadril. 2022. Disponível em: https://ortosete.com.br/.</p><p>Acesso em|: 29 nov. 2022.</p><p>OTHOCAMPUS. AFO dinâmica. 2022. Disponível em: Acesso em: https://orthocampus.com.</p><p>br/. 30 nov. 2022.</p><p>PÉ DE APOIO. Órtese dinâmica de punho-mão. 2022. Disponível em: Acesso em: https://www.</p><p>pedeapoio.com.br/. 29 nov. 2022.</p><p>PONTOMED. Órtese do tipo tornozeleira. 2022. Disponível em: https://www.pontomed.com/.</p><p>Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>PROSENSE. Órteses. 2022. Disponível em: https://prosense.com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>SAÚDE STORE. Fralda de Freika e Suspensório de Pavlick. 2022. Disponível em: https://www.</p><p>saudestore.com.br/. Acesso em: 20 nov. 2022.</p><p>SHOPPING DO PACIENTE. Órtese de proteção (tipoia). 2022. Disponível em: https://www.</p><p>shoppingdopaciente.com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>SHOPPING ORTOPÉDICO. Colete tipo Boston. 2022a. Disponível em: https://</p><p>shoppingortopedico.com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>71WWW.UNINGA.BR</p><p>ENSINO A DISTÂNCIA</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>SHOPPING ORTOPÉDICO. Órtese do tipo AFO. 2022b. Disponível em: https://</p><p>shoppingortopedico.com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>SHOPPING ORTOPÉDICO. Órtese Toracocostal. 2022c. Disponível em: https://</p><p>shoppingortopedico.com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>SHOPPING ORTOPÉDICO. Órtese toracoesternal. 2022d. Disponível em: https://</p><p>shoppingortopedico.com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>SLIDE PLAYER. Órtese balanceada para antebraço. 2022. Disponível em: https://slideplayer.</p><p>com.br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>ULTRAPÉDICOS. Colar Philadelphia. 2022a. Disponível em: https://www.ultrapedicos.com.</p><p>br/. Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>ULTRAPÉDICOS. Colete de Jewett. 2022b. Disponível em: https://www.ultrapedicos.com.br/.</p><p>Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>ULTRAPÉDICOS. Colete tipo Jewett. 2022c. Disponível em: https://www.ultrapedicos.com.br/.</p><p>Acesso em: 29 nov. 2022.</p><p>VASCONCELOS, G. S. D.; MATIELLO, A. A. Órtese e prótese: Porto Alegre: SAGAH. Grupo</p><p>A, 2020.</p><p>WIESBAUER. Colar SOMI. 2022. Disponível em: https://wiesbauer.com.br/. Acesso em: 29 nov.</p><p>2022.</p><p>em consideração o tempo de uso,</p><p>a durabilidade, o peso do material e a existência de reações alérgicas, deve-se</p><p>considerar o custo do material, sendo possível substituir materiais para baratear</p><p>e viabilizar o uso, por exemplo, o caso de uma órtese longa laminada em carbono</p><p>substituída por uma órtese plástica termomoldável.</p><p>7WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>1</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Segundo Barbin (2017), a escolha dos materiais dependerá de alguns fatores, para isso,</p><p>devemos sempre pensar e analisar nos requisitos abaixo:</p><p>• Tempo de utilização: Pode ser temporário para poucos dias/semanas (ex: joelheiras,</p><p>cotoveleiras) ou pode ser definitivo por um tempo prolongado e indefinido, geralmente</p><p>feito sob medida e com materiais mais resistentes (ex: órteses pós acidente vascular</p><p>encefálico).</p><p>• Leveza do material: Hastes e articulações de alumínio resultam em órteses mais leves. É</p><p>importante observar vários fatores como moradia, tempo de uso da órtese e rotina para</p><p>elaboração de uma órtese leve e que favoreça o uso do paciente por um longo período.</p><p>Outro aspecto a ser considerado é o peso do paciente e a força aplicada durante o uso, as</p><p>hastes de alumínio ou carbono exigem menor gasto energético por ser leve.</p><p>• Durabilidade: Para definir o material mais durável a ser utilizado também é considerado</p><p>o tempo de uso do paciente e o peso. É importante que as órteses sejam feitas com material</p><p>resistente e durável afim de suportar e sustentar a rotina diária do paciente.</p><p>• Condições financeiras do paciente: Esse é um dos itens mais importantes, precisa ser</p><p>conversado com o paciente e expor os custos e melhores opções. Existe a possibilidade de</p><p>fornecimento da órtese via SUS, porém existe o fato que ela demora mais para conseguir.</p><p>É preciso expor todas as possibilidades e o paciente decide o que é melhor para ele, nem</p><p>sempre o mais caro é o melhor.</p><p>• Reações alérgicas: Considerar e questionar possíveis alergias a alguns dos materiais</p><p>presentes nas órteses é fundamental, além disso, após começar utilizar a órtese deve-se</p><p>atentar-se para reações como vermelhidão ou coceira. A sudorese provocada por alguns</p><p>materiais é um dos maiores problemas, para isso, deve-se manter uma boa higiene da</p><p>órtese, afim de evitar complicações.</p><p>• Local de moradia e tipo de atividade: Pacientes com moradia ou atividades em regiões</p><p>úmidas devem evitar materiais que se deterioram com facilidade ou que sejam muito</p><p>quentes.</p><p>1.3 Objetivo para uso das Órteses</p><p>O principal objetivo das órteses é ser considerada um recurso terapêutico complementar</p><p>durante o tratamento fisioterapêutico, diante disso, elas são indicadas para diversos objetivos.</p><p>Sendo eles (BARBIN,2017):</p><p>• Repouso: É utilizada para manutenção de um segmento corporal livre da ação de forças</p><p>que levam a movimentos indesejados, geralmente utilizados em processos inflamatórios</p><p>(Ex: órtese de punho-mão ou tipoia).</p><p>• Imobilização: São utilizadas para evitar o movimento de uma determinada articulação</p><p>ou estrutura acometida por trauma ou pós operatório (Ex: órtese de Jewett para fratura de</p><p>corpo vertebral ou órtese de sarmiento para estabilização de fratura do braço).</p><p>8WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>1</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Figura 2 – Utilização de órtese tipoia. Fonte: Núcleo de Ortopedia Especializada (2022).</p><p>Figura 3 – Colete de Jewett. Fonte: Ultrapédicos (2022b).</p><p>• Proteção: São usados principalmente para evitar lesões repetitivas ou limitar movimentos</p><p>indesejados (Ex: órtese protetora de lesões para pacientes neuropáticos).</p><p>Figura 4 – Órtese plantar. Fonte: Ortosan (2022a).</p><p>9WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>1</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>• Propriocepção: São órteses que permitem a realização de atividades com menor risco de</p><p>recidivas e manutenção postural. Elas lembram o posicionamento correto do segmento</p><p>(Ex: Tornozeleiras, munhequeiras).</p><p>Figura 5 – Órtese do tipo tornozeleira. Fonte: Pontomed (2022).</p><p>• Corretivas: São órteses que agem através de forças aplicadas sobre um segmento, com</p><p>objetivo de reverter desvios estruturados (Ex: órteses corretivas para escoliose).</p><p>Figura 6 – Colete de milwaukee. Fonte: Guia Viver Bem (2022).</p><p>Para aprender um pouco mais sobre quais são as técnicas e os requisitos</p><p>específicos para a confecção das órteses confeccionadas sob medidas, leia o</p><p>capítulo 2, intitulado “Classificação das órteses”, do livro Órteses – um recurso</p><p>terapêutico complementar. CARVALHO, J A. Órteses – Um Recurso Terapêutico</p><p>Complementar. 2. ed. Barueri: Manole, 2013.</p><p>10WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>1</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>1.4 Princípios Biomecânicos das Órteses</p><p>Os princípios biomecânicos são importantes para compreender o que deve ser feito para</p><p>alcançar o objetivo da órtese. Para isso, é utilizado um vetor de força para compreender a função</p><p>da órtese. Deve-se pensar onde ela vai corrigir, o que vai manter, ou seja, onde a força será aplicada.</p><p>A biomecânica vai controlar e adequar as forças que incidem sobre a articulação. Sempre</p><p>o vetor de força maior deve estar no sentido de correção e os outros para estabilizar e fornecer</p><p>apoio. O braço de alavanca age sobre o vetor, portanto, o braço de alavanca maior terá uma maior</p><p>área de distribuição de pressão, deve-se tomar cuidado para não causar ulceração (BARBIN,</p><p>2017).</p><p>1.5 Classificação Geral das Órteses</p><p>1.5.1 Terminologia</p><p>Inicialmente, utilizavam nomes de pesquisadores, institutos ou cidades que eram</p><p>desenvolvidas as órteses, não existia uma preocupação com a região, função ou objetivo tornando</p><p>difícil a aplicação e compreensão de cada modelo. Nos dias atuais, as órteses receberam nova</p><p>terminologia, pensando no segmento corpóreo e função de cada uma. Conforme as normas da</p><p>ISSO, Harris, em 1973, padronizou as iniciais em inglês das articulações ou segmentos corporais</p><p>envolvidos em um plano crânio-caudal somados pela letra “O” (BARBIN,2017).</p><p>Segue abaixo alguns exemplos:</p><p>➢ AFO (Ankle foot orthose) – Tornozelo/pé;</p><p>➢ KAFO (Knee ankle foot orthose) – Joelho/ tornozelo/ pé;</p><p>➢ TLSO (Thoracic lumbar sacral orthose) – Torácica/ lombar/sacral;</p><p>➢ WHO (Wrist hand orthose) – Punho/ mão.</p><p>Nos casos de órteses com mais de cinco letras, deve-se fracionar o nome em duas partes</p><p>como no exemplo: Órtese bilateral longa de MMII com cinto pélvico e suporte toracolombar</p><p>seria denominada TLSOHKAFO fracionando ficará: TLSO + HKAFO.</p><p>Figura 7 – Terminologia das Órteses. Fonte: Carvalho (2013).</p><p>11WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>1</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>As classificações das órteses podem ser feitas de acordo com sua funcionalidade ou</p><p>confecção. Quanto à sua funcionalidade, podem ser subdivididas em estáticas ou dinâmicas</p><p>(BARBIN,2017).</p><p>• Estáticas: são recomendadas quando o objetivo é repouso, imobilização, correção e</p><p>proteção do segmento comprometido.</p><p>• Dinâmicas: são aquelas que permitem o movimento, recomendadas quando os objetivos</p><p>são de auxiliar, limitar ou direcionar movimentos.</p><p>Quanto à confecção, pode ser dividida em pré-fabricadas, pré-fabricadas ajustáveis e</p><p>confeccionadas sob medidas (BARBIN, 2017):</p><p>• Órteses pré-fabricadas: são encontradas no mercado prontas para o uso, geralmente são</p><p>confeccionadas por materiais flexíveis, como espumas, tecidos, elásticos e gel polímero.</p><p>São encontrados nos tamanhos (P, M, G) e desempenham funções de imobilização,</p><p>repouso e limitação de movimentos.</p><p>Figura 8 – Colete cervical. Fonte: Ortolife (2022).</p><p>Órteses pré-fabricadas ajustáveis: são aquelas que permitem ajuste do profissional</p><p>durante a reabilitação, por meio de velcro e parafusos, de acordo com a melhor adaptação ao</p><p>paciente.</p><p>Figura 9 – Órtese tipo CASH. Fonte: Medical Expo (2022d).</p><p>12WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>1</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>• Órteses confeccionadas sob medidas: São aquelas que seguem as indicações específicas</p><p>da prescrição, podem ser feitos alguns ajustes,</p><p>porém dentre suas desvantagens estão o</p><p>alto custo e o prazo maior de tempo para sua entrega.</p><p>Figura 10 – Órtese do tipo AFO. Fonte: Shopping Ortopédico (2022b).</p><p>Uma ótima referência e opção de como fabricar utensílios de baixo</p><p>custo utilizando o material PVC. Assista: Órteses e Adaptações em</p><p>PVC – Dr Ruy Moreira.</p><p>Disponível em:</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=mX2Bt88ZORs.</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=mX2Bt88ZORs</p><p>13WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>1</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Nesta primeira unidade, conhecemos a respeito dos principais conceitos das órteses, os</p><p>materiais utilizados, objetivos, biomecânica e classificação das órteses.</p><p>Para o fisioterapeuta, é fundamental o conhecimento a cerca desses aspectos pois auxilia</p><p>e direciona no momento do diagnóstico cinético funcional, e também durante a seleção das</p><p>intervenções fisioterapêuticas a serem tomadas.</p><p>Vimos que compreender a necessidade de cada paciente é imprescindível para eleger e</p><p>quantificar as condutas. Nas unidades seguintes, conheceremos os tipos de órteses mais utilizada</p><p>em membros superiores, inferiores e coluna.</p><p>1414WWW.UNINGA.BR</p><p>U N I D A D E</p><p>02</p><p>SUMÁRIO DA UNIDADE</p><p>INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................... 16</p><p>1 ÓRTESES PARA COLUNA VERTEBRAL ................................................................................................................... 17</p><p>1.1 ÓRTESES CERVICAIS ............................................................................................................................................. 17</p><p>1.2 ÓRTESES TORÁCICAS ...........................................................................................................................................20</p><p>1.3 ÓRTESES TORACOLOMBARES E LOMBOSACRAIS (TLSO) ............................................................................... 21</p><p>1.4 ÓRTESES PARA DESVIOS POSTURAIS ...............................................................................................................23</p><p>1.4.1 HIPERCIFOSE ......................................................................................................................................................23</p><p>1.4.2 ESCOLIOSE..........................................................................................................................................................24</p><p>2 ÓRTESES PARA MEMBROS SUPERIORES ............................................................................................................26</p><p>2.1 ÓRTESES DE OMBRO ............................................................................................................................................26</p><p>2.2 ÓRTESES PARA ANTEBRAÇO E COTOVELO .......................................................................................................28</p><p>TIPOS DE ÓRTESES</p><p>ENSINO A DISTÂNCIA</p><p>DISCIPLINA:</p><p>ÓRTESE E PRÓTESE</p><p>1515WWW.UNINGA.BR</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>2.3 ÓRTESES PARA PUNHO E MÃO ..........................................................................................................................29</p><p>3 ÓRTESES PARA MEMBROS INFERIORES .............................................................................................................30</p><p>3.1 ÓRTESES DE QUADRIL - HO .................................................................................................................................30</p><p>3.2 ÓRTESES PARA JOELHO – KAFO .........................................................................................................................32</p><p>3.3 ÓRTESES CORRETIVAS ........................................................................................................................................33</p><p>3.4 ÓRTESES PARA TORNOZELO-PÉ – AFO .............................................................................................................34</p><p>3.5 PALMILHAS E CALÇADOS ORTOPÉDICAS .........................................................................................................36</p><p>4 TECNOLOGIA ASSISTIVA .........................................................................................................................................37</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................42</p><p>16WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Caros alunos, vimos anteriormente os materiais mais utilizados na composição dos</p><p>diversos tipos de órteses, além disso, vimos seus principais objetivos e a forma de classifica-las</p><p>segundo sua terminologia.</p><p>Nessa unidade, aprenderemos os principais tipos e modelos de órteses utilizados como</p><p>coadjuvantes na reabilitação das alterações da coluna vertebral, membros superiores, inferiores e</p><p>também os vários tipos de tecnologia assistiva.</p><p>Vale ressaltar que a escolha das órteses deve ser pautada nas necessidades individuais do</p><p>usuário e na avaliação e reabilitação terapêutica. Para prescrição das órteses, devem-se considerar</p><p>diversos aspectos individuais para que as órteses ofereçam maior independência e funcionalidade</p><p>ao usuário.</p><p>Figura 1 – Órteses. Fonte: Prosense (2022).</p><p>Você sabe qual a diferença das órteses estáticas e dinâmicas? As estáticas</p><p>são utilizadas para posicionamento do membro, por exemplo, no caso da artrite</p><p>reumatoide, impede a formação de contraturas. As dinâmicas são utilizadas</p><p>para auxiliar um determinado movimento, por exemplo, em casos de paralisias</p><p>periféricas, em que o músculo perde parte de sua função; nesse caso, a órtese, por</p><p>meio de dispositivos específicos, auxilia a execução do movimento.</p><p>17WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>1 ÓRTESES PARA COLUNA VERTEBRAL</p><p>As órteses para coluna são designadas a restringir o movimento dos segmentos da</p><p>coluna, são constituídas por dispositivos aplicados externamente ao corpo. Podem ser utilizadas</p><p>na recuperação de lesões ósseas e ligamentares, redução da dor e prevenção de deformidades</p><p>progressivas na coluna (AGNELLI, 2003).</p><p>As órteses para coluna vertebral são divididas por segmentos da coluna onde deseja-se</p><p>imobilizar ou tratar, dentre elas: coluna cervical, coluna torácica, coluna lombar e região sacral.</p><p>Além disso, as órteses espinhais podem ser divididas em corretivas ou imobilizadoras (AGNELLI,</p><p>2003).</p><p>1.1 Órteses Cervicais</p><p>As órteses cervicais também são conhecidas como colares e auxiliam na imobilização</p><p>e posicionamento da coluna cervical. O objetivo principal do seu uso é diminuir a mobilidade</p><p>local ou proporcionar a imobilização da cabeça sobre o tronco. Podem ser feitas sob medida,</p><p>mas, comumente, são órteses pré-fabricadas. Esses tipos de colares são utilizados nos casos de</p><p>hipermobilidade, pós-traumatismo, cervicalgias, torcicolos, pós-operatório de cirurgias cervicais</p><p>e artrose e artrite leves. Para eleger cada um deles dependerá do grau de imobilização necessária</p><p>para cada caso. A seguir, você encontrará alguns tipos de órteses cervicais mais utilizados</p><p>(BRASIL, 2019):</p><p>• Colares cervicais sem apoio mentoniano: conhecidos como flexíveis, permitem que a</p><p>cervical se mantenha em posição neutra e realize apenas a manutenção da cabeça. São</p><p>encontradas na forma pré-fabricadas em tecido ou em termoplástico (BARBIN, 2017).</p><p>Figura 2 – Colar Cervical sem apoio mentoniano. Fonte: ISP Saúde (2022a).</p><p>• Colares cervicais com apoio mentoniano: conhecidos como rígidos, também são</p><p>pré-fabricados em termoplástico e ajuste de velcro. Permitem o apoio do mento, com</p><p>limitação de alguns movimentos, inibe principalmente as inclinações, rotações e extensão</p><p>(BARBIN, 2017).</p><p>18WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Figura 3 – Colar cervical com apoio mentoniano. Fonte: Care Hospitalar (2022).</p><p>• Colares cervicais com</p><p>apoio occipto-mentoniano-torácico: apoia as regiões</p><p>mentoniana, occipital, manúbrio e torácica. Visa a imobilização total da região cervical.</p><p>São encontrados nos seguintes modelos (BARBIN, 2017):</p><p>Órtese tipo colar Philadelphia: É pré-fabricado, de espuma, com reforços anterior e</p><p>posterior em polipropileno. Muito utilizado em pacientes com fraturas estáveis sem compressão</p><p>nervosa, casos graves que necessitam de maior estabilidade (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 4 – Colar Philadelphia. Fonte: Ultrapédicos (2022a).</p><p>Órtese tipo SOMI: Possui hastes metálicas e almofadas de apoio para as regiões esternal,</p><p>mandibular, occipital e torácica, indicada para os casos de instabilidade da região cervical alta</p><p>(BRASIL, 2019).</p><p>Figura 5 – Colar SOMI. Fonte: Wiesbauer (2022).</p><p>19WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Órtese tipo Minerva: conhecido como órtese cervicotorácica de contato total, fabricado</p><p>por material termoplástico sobre molde de gesso, é indicada para os casos de instabilidade cervical</p><p>baixa, possuí maior fixação e é indicada para traumatismos e pós operatórios (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 6 – Colar Minerva. Fonte: Ortopedia Mergulhão (2022).</p><p>• Colares cervicais com halo craniano: É a única que garante a total imobilização da</p><p>cervical, utilizada em lesões com risco de lesão na medula. Possui um halo que é fixado</p><p>diretamente na calota craniana por parafusos, é um procedimento invasivo (BARBIN,</p><p>2017).</p><p>Figura 7 – Órtese do tipo Halo. Fonte: Medical Expo (2022b).</p><p>20WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>1.2 Órteses Torácicas</p><p>As órteses torácicas são utilizadas para auxiliar nas deformidades da parede anterior do</p><p>tórax, em alterações morfológicas de esterno e arcos costais. Não apresentam uma característica</p><p>estética agradável. Existem dois tipos de órteses compressivas dinâmicas que atendem as principais</p><p>patologias dessa região do tórax (Pects carinatium e Pects excavatum) (BRASIL, 2019):</p><p>• Órtese de compressor dinâmico toracoesternal: Indicado para o tratamento de Pects</p><p>carinatium. Possui almofadas anteriores e posteriores ajustáveis.</p><p>Figura 8 – Órtese Toracoesternal. Fonte: Shopping Ortopédico (2022d).</p><p>• Órtese de compressor dinâmico toracocostal: Indicada para o tratamento de Pects</p><p>excavatum. Possui almofadas abaixo da depressão.</p><p>Figura 9 – Órtese Toracocostal. Fonte: Shopping Ortopédico (2022c).</p><p>21WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>1.3 Órteses Toracolombares e Lombosacrais (TLSO)</p><p>As órteses toracolombares são utilizadas nos segmentos da coluna torácica e lombar e</p><p>podem ser imobilizadoras utilizadas em fraturas de vértebras sem sinais neurológicos ou em</p><p>osteoporose em estágio avançado. Além disso, podem ser também corretivas com o objetivo de</p><p>correção de deformidades da coluna como as escolioses, lordoses e cifoses (BRASIL, 2019).</p><p>As órteses TLSO visam controlar a flexão, estabilizar a região com hiperextensão, por meio</p><p>dos apoios do esterno, púbis e posteriores, além de deixar os MMSS livres, agem imobilizando a</p><p>coluna de T7 a L4 (BRASIL, 2019).</p><p>As órteses lombosacrais atuam em L2-L4 e são menos eficientes que as toracolombares</p><p>em restringir a movimentação da coluna. A evidências mostram sua eficiência no tratamento de</p><p>lombalgias agudas (BRASIL, 2019).</p><p>São exemplos dessas órteses:</p><p>• Órteses do tipo Colete de JEWETT: Possui hastes laterias da axila até a asa ilíaca. Permite</p><p>a manutenção da posição da coluna vertebral toracolombar em extensão, impedindo a</p><p>flexão. Muito utilizada no tratamento conservador de fratura na coluna e bloqueio da</p><p>cifose torácica (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 10 – Colete tipo Jewett. Fonte: Ultrapédicos (2022c).</p><p>• Órtese do tipo CASH: Conhecido como colete de hiperextensão em cruz, pois permitem</p><p>movimentos de flexão lateral. Indicados para situações em que não é possível utilizar o de</p><p>Jewett, como em pacientes com seios volumosos ou com bolsas de colostomia (BRASIL,</p><p>2019).</p><p>22WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Figura 11 – Colete tipo CASH. Fonte: Ortopédicos shop (2022b).</p><p>• Órtese de contenção e imobilização toracolombar do tipo (Knigth e Taylor): São</p><p>órteses fechadas com velcro e tem efeito de compressão abdominal. São utilizadas para</p><p>lombalgias, osteoporose, P.O de fraturas de vertebras, seu ponto negativo é a necessidade</p><p>de um tempo prolongado de uso (BARBIN, 2017).</p><p>Figura 12 – Colete tipo Knigth Taylor. Fonte: Ortopédicos shop (2022c).</p><p>• Órtese de contenção e imobilização lombossacral do tipo (Putti/Willians): Também</p><p>conhecida como cinta abdominal. Possuem o objetivo de reduzir a mobilidade desse</p><p>local, usadas em pacientes com lombalgias, lombociatalgias, osteoporose avançada, pós</p><p>operatórios e traumas (BARBIN, 2017).</p><p>23WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Figura 13 – Colete tipo Putti. Fonte: ISP Saúde (2022b).</p><p>Atenção: O uso contínuo pode resultar em dependência física e psicológica, provocar</p><p>atrofia, hipotonia e perda de força.</p><p>1.4 Órteses para Desvios Posturais</p><p>1.4.1 Hipercifose</p><p>As órteses nos desvios posturais de Hipercifose são recomendadas quando a curvatura for</p><p>maior que 40 graus, como no diagnóstico de doença scheuermann, que apresenta uma curvatura</p><p>cifótica acima de 50 graus, quadro doloroso com deformidade dos corpos vertebrais, neste caso,</p><p>utiliza-se órteses CTLSO do tipo milwaukee (BARBIN, 2017).</p><p>• Colete tipo milwaukee: é uma órtese CTLSO (cervical/torácica/lombar/sacral) que realiza</p><p>uma pressão abdominal e sacral, posicionando a pelve em posição neutra e diminuindo</p><p>a lordose compensatória. Esse tipo de órtese deve ser utilizado de 16 a 23 horas por dia,</p><p>juntamente com a realização de terapias (BARBIN, 2017).</p><p>Figura 14 – Colete tipo milwaukee. Fonte: My People Creative (2022).</p><p>24WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>1.4.2 Escoliose</p><p>As órteses são ferramentas importantes para evitar a progressão da curvatura anormal,</p><p>são úteis nos casos de escoliose idiopática aliadas ao tratamento. Para indicação das órteses,</p><p>é importante investigar: etiologia, alteração postural, comprimento dos membros, nível da</p><p>curvatura, rotação vertebral e principalmente a angulação e a maturidade esquelética (CUNHA,</p><p>2009).</p><p>• Angulação: Para medir a angulação, é utilizado o método de cobb que avalia a intensidade</p><p>da deformidade angular em escolioses. Trata-se de uma medição realizada nas radiografias</p><p>para documentar a progressão da curva, é determinado traçando uma linha na borda</p><p>superior da vértebra mais inclinada e outra na borda inferior da vértebra mais inclinada,</p><p>o cruzamento das linhas desenhadas é a medida do ângulo de Cobb (CUNHA, 2009).</p><p>Figura 15 – Ângulo de Cobb. Fonte: Centro de Tratamento de Escoliose (2022).</p><p>Gravidade da Escoliose Ângulo de Cobb</p><p>Suave 10-30º</p><p>Moderada 30-45°</p><p>Severa >45º</p><p>Quadro 1 – Ângulos e gravidade de cobb. Fonte: A autora.</p><p>Ângulos entre 20-25° e 40-45° apresentam indicações para uso de órteses, valores de ângulos</p><p>acima disso apresentam indicação cirúrgica, pois apresenta-se sujeitos a comprometimentos</p><p>respiratórios (CUNHA, 2009).</p><p>25WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>• Maturidade esquelética: A classificação de Risser é utilizada para avaliar a maturidade</p><p>esquelética com base no nível de ossificação da asa ilíaca. Sendo assim, quanto maior a</p><p>classificação de Risser, maior a probabilidade de ossificação das cartilagens de crescimento,</p><p>ou seja, menor acentuação da curva (CUNHA, 2009).</p><p>➢ Estágio 0: nenhuma ossificação no nível da apófise da crista ilíaca;</p><p>➢ Estágio 1: calcificação da apófise da crista ilíaca < 25%;</p><p>➢ Estágio 2: calcificação da apófise da crista ilíaca de 25-50%;</p><p>➢ Estágio 3: calcificação da apófise da crista ilíaca de 50-75%;</p><p>➢ Estágio 4: calcificação da apófise da crista ilíaca > 75%;</p><p>➢ Estágio 5:</p><p>ossificação completa.</p><p>Recomenda-se uso de órtese para pacientes que ainda não apresentam linha fechada, ou</p><p>seja, Risser entre 0-4.</p><p>As órteses mais recomendadas nesses casos são:</p><p>Colete do tipo Milwaukee: Tipo de colete CTLSO, regulável, feito sob medida. Ajuda na</p><p>redução de pelo menos 50% da rotação e da angulação.</p><p>Colete do tipo Boston: São confeccionados por termoplástico, não é regulável. Muito</p><p>utilizado na escoliose lombar, também podem ser utilizadas por pessoas com espondilólise e</p><p>espondilolistese (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 16 – Colete tipo Boston. Fonte: Shopping Ortopédico (2022a).</p><p>26WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>2 ÓRTESES PARA MEMBROS SUPERIORES</p><p>As órteses de membros superiores, geralmente, são indicadas para os casos pré e</p><p>pós cirúrgicos, imobilização, amplitude de movimento (ADM), prevenção de contratura e</p><p>deformidades, alongamento, repouso, redução da dor e auxiliar em diversas doenças (BARBIN,</p><p>2017).</p><p>As órteses de membros superiores podem ser classificadas quanto à sua confecção e</p><p>função. Quanto à confecção, normalmente são pré-fabricadas, confeccionadas com neoprene, ou</p><p>confeccionadas sob medida com material termoplástico ou em gesso (BARBIN, 2017).</p><p>Quanto à função, as órteses são classificadas em estáticas ou dinâmicas. Estáticas têm</p><p>a função de manter um segmento imobilizado, seu objetivo é o repouso e a prevenção de</p><p>deformidades. Já as dinâmicas são utilizadas para auxiliar no movimento articular e prevenir</p><p>contraturas e aderências (BARBIN, 2017).</p><p>A seguir, encontram-se alguns exemplos de órteses de membro superior e sua classificação</p><p>quanto a função:</p><p>2.1 Órteses de Ombro</p><p>• Órteses de proteção: Utilizadas para proteger e manter o segmento posicionado.</p><p>Comumente usadas nos casos de tendinites ou pós fraturas (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 17 – Órtese de proteção (tipoia). Fonte: Shopping do paciente (2022).</p><p>27WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>• Órteses corretivas: Utilizada para a correção de contraturas e aderências, como a órtese</p><p>abdutora de ombro, nos casos de lesão do plexo braquial (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 18 – Órtese abdutora de ombro. Fonte: Aliexpress (2022).</p><p>• Órteses de apoio: Utilizadas em pacientes que mantêm a função da mão e do cotovelo,</p><p>mas que tenham perdido o controle do ombro, como nos casos de distrofia muscular de</p><p>Duchenne (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 19 – Órtese balanceada para antebraço. Fonte: Slide Player (2022).</p><p>28WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>2.2 Órteses para Antebraço e Cotovelo</p><p>• Órteses de proteção: Utilizada para diminuir o estresse sobre os extensores do punho,</p><p>como os manguitos para o antebraço (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 20 – Órtese manguito de antebraço. Fonte: Lojas Shopping Ortopédico (2022).</p><p>• Órteses corretivas: Utilizadas para corrigir contraturas e deformidades, como nas órteses</p><p>extensoras de cotovelo. A extensão é ajustada à medida que a contratura é revertida ou a</p><p>extensão é forçada constantemente (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 21 – Órtese extensora de cotovelo. Fonte: Loja Inclusiva (2022).</p><p>• Órteses de apoio: Utilizada para manter o cotovelo em flexão parcial e o antebraço em</p><p>posição neutra. Utilizadas em portadores de paralisia dos flexores e extensores do cotovelo</p><p>(BRASIL, 2019).</p><p>Figura 22 – Órtese de apoio do cotovelo. Fonte: Medical Expo (2022a).</p><p>29WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>2.3 Órteses para Punho e Mão</p><p>• Órteses de proteção: Utilizada para manter uma posição ou limitar um determinado</p><p>movimento, são mais conhecidas como talas, muito usada nos casos de artrite reumatóide</p><p>(BRASIL, 2019).</p><p>Figura 23 – Órtese para proteção articular do punho. Fonte: Artrite reumatoide (2022).</p><p>• Órteses corretivas: Utilizadas para corrigir contraturas. Aplicam força constante e de</p><p>baixa intensidade (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 24 – Órtese dinâmica de punho-mão. Fonte: Pé de Apoio (2022).</p><p>• Órteses de apoio: Auxiliam alguma função da mão, como possibilita a preensão palmar.</p><p>Estão indicadas em tetraparesias (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 25 – Órtese facilitadora de mão. Fonte: Expansão (2022).</p><p>30WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>3 ÓRTESES PARA MEMBROS INFERIORES</p><p>As órteses de membros inferiores são indicadas para facilitar o ortostatismo, imobilizar</p><p>durante processos inflamatórios ou após cirurgias, prevenir deformidades, diminuir a dor e,</p><p>principalmente, favorecer uma marcha funcional e segura para a pessoa com deficiência (BRASIL,</p><p>2019).</p><p>3.1 Órteses de Quadril - HO</p><p>As órteses de quadril são indicadas nos casos de desenvolvimento inadequado</p><p>coxofemoral, necrose avascular, processos inflamatórios, processos degenerativos, pós traumáticos</p><p>e operatórios. São órteses que promovem correto posicionamento do quadril, reduzem risco de</p><p>luxações e subluxações.</p><p>Essas órteses podem ser metálicas, de polipropileno, resina ou mistas. A escolha dependerá</p><p>do peso, idade e da indicação de uso (BRASIL, 2019).</p><p>São alguns exemplos de órteses de quadril:</p><p>• Fralda de Frejka: Geralmente, são utilizadas em displasias coxofemoral congênita nos</p><p>primeiros meses de vida. Seu objetivo é manter a cabeça do fêmur centralizada em flexão</p><p>e abdução, prevenindo luxações e proporcionando vascularização. Após a evolução do</p><p>bebê, esta órtese é substituída pelo Suspensório de Pavlick, que apresentam o mesmo</p><p>objetivo.</p><p>Figura 26 – Fralda de Frejka e Suspensório de Pavlick. Fonte: Saúde Store (2022).</p><p>31WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>• Atlanta Brace: São indicadas para pacientes com a doença legg calve perthes que consiste</p><p>na destruição do quadril na criança. Essa doença é causada por um fornecimento de</p><p>sangue insuficiente na articulação do quadril.</p><p>Figura 27 – Órtese de abdução do Quadril. Fonte: Ortosete (2022).</p><p>Dennis Browne: São indicadas para crianças com anteversão femoral, torção tibial e</p><p>metatarso aduzido. São sapatilhas unidas por barras rígidas.</p><p>Figura 28 – Órtese Dennis Browne. Fonte: Associação Primeiro Passo (2022).</p><p>Sling: São utilizadas para desvios rotacionais. O tirante é tensionado no sentido anti-</p><p>horário para ROTAÇÃO EXTERNA, ou é tensionado no sentido horário para ROTAÇÃO</p><p>INTERNA. Seu Efeito terapêutico é observado em cadeia cinética aberta.</p><p>Figura 29 – Órtese Sling. Fonte: Centro Ortopédico (2022).</p><p>32WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>3.2 Órteses para Joelho – KAFO</p><p>As órteses de joelho são conhecidas como Knee-ankle-foot-orthosis (KAFO) e também</p><p>podem ser denominadas de tutores longos. São comumente usadas por pessoas com paralisia de</p><p>membro inferior, proveniente de lesões de coluna ao nível lombar, poliomielite e outras doenças</p><p>neuromusculares (BRASIL, 2019).</p><p>Também são indicadas para Instabilidades: laterais, mediais, anteroposteriores e patelares,</p><p>doenças degenerativas, pós operatório, reduzir edemas, corrigir desalinhamentos, melhorar</p><p>funcionalidades, reduzir dor, diminuir inflamação dos tendões, aumentar a temperatura local,</p><p>evitar luxações e subluxações, aumentar e controlar ADM (BRASIL, 2019).</p><p>• Órteses Profiláticas: São órteses confeccionadas em materiais elásticos ou em neoprene,</p><p>indicadas para prevenir ou reduzir o risco de lesões em indivíduos que realizam atividades</p><p>esportivas de alto risco. Em pacientes com instabilidade femoro-patelar e casos com</p><p>doença degenerativa (BRASIL, 2019).</p><p>Joelheira em neoprene: São indicadas para manter melhor alinhamento femoropatelar,</p><p>evitando as luxações e subluxações patelares.</p><p>Figura 30 – Brace para Joelho. Fonte: Clínica do Joelho (2022).</p><p>Tirante Infrapatelar: São indicados nos casos de tendinites patelares. Diminuem as forças</p><p>compressivas entre as superfícies articulares, e também ajudam a dissipar a tensão do tendão</p><p>patelar em sua inserção, na tuberosidade anterior da tíbia.</p><p>Figura 31 – Tirante Infrapatelar. Fonte: Ortopèdia Lloret Salut (2022).</p><p>33WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>3.3 Órteses Corretivas</p><p>As órteses corretivas são responsáveis por melhorar o alinhamento da articulação nos</p><p>planos frontal e sagital, permitir um desenvolvimento dentro dos padrões de desvios considerados</p><p>normais e manter uma maior funcionalidade articular. São muito utilizadas para correção das</p><p>alterações posturais valgo, varo e hiperextensão (BRASIL, 2019).</p><p>Figura 32 – Órtese corretiva KAFO. Fonte: Ortodil (2022).</p><p>Órteses Joelheira Rígida: São órteses indicadas para neutralizar totalmente os movimentos</p><p>da articulação do joelho. Geralmente, são mais longas tanto na parte superior, quanto na inferior</p><p>(BRASIL, 2019).</p><p>Figura 33 – Órtese rígida KAFO. Fonte: Medical Expo (2022c).</p><p>34WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>3.4 Órteses para Tornozelo-Pé – AFO</p><p>As órteses tornozelo-pé, são utilizadas para manutenção das articulações tibiotársica</p><p>e subtalar em posição funcional. Geralmente, são indicadas para pacientes com sequelas</p><p>neuromotora (BRASIL, 2019).</p><p>Podem ser classificadas quanto à sua função: em submaleolares, supramaleolares,</p><p>dinâmicas, semirrígidas, articuladas, rígidas, redutoras de tônus, de reação ao solo e AFO com</p><p>estimulação elétrica funcional. Ou podem ainda ser divididas de acordo cm o segmento anatômico</p><p>envolvido, proximal, média e distal, são essas características que estabelecem e alteram as funções</p><p>dos diferentes tipos de AFO (BRASIL, 2019).</p><p>Região Característica Função</p><p>Proximal</p><p>Com apoio anterior Evitar Flexão</p><p>Com apoio posterior Evitar Hiperextensão</p><p>Média</p><p>Rígida Limitar ADM</p><p>Flexível Permitir dorsiflexão</p><p>Articulada Auxiliar a dorsiflexão ou</p><p>flexão plantar</p><p>Distal</p><p>Rígida Auxiliar extensão do</p><p>joelho</p><p>Flexível</p><p>Facilitar flexão do</p><p>joelho, rolamento e</p><p>impulso</p><p>Quadro 2 – Características Funcionais da AFO. Fonte: Carvalho (2013).</p><p>Órtese submaleolar: também conhecida como SubMO, indicada para pés neurológicos,</p><p>planos valgos ou hiperpronados (BARBIN, 2017).</p><p>Órtese supramaleolar: também conhecida como SMO, indicada nos casos de instabilidade</p><p>e desvios em eversão (BARBIN, 2017).</p><p>Figura 34 – Órtese SMO. Fonte: Ortosan (2022b).</p><p>AFO dinâmica: indicada nos casos de paralisias periféricas flácidas com alteração</p><p>da marcha. É encontrada tanto na forma pré-fabricada, quanto na confeccionada sob medida</p><p>(BARBIN, 2017).</p><p>35WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Figura 35 – AFO dinâmica. Fonte: Orthocampus (2022).</p><p>AFO semirrígida: indicada para os casos de lesões periféricas com desvios rotacionais na</p><p>fase de apoio da marcha e para os casos de lesões centrais com sequelas de espasticidade com pé</p><p>equino (BARBIN, 2017).</p><p>AFO articulada: permite movimentos controlados de flexão plantar e dorsal. Possui eixos</p><p>localizados no nível do centro de rotação do tornozelo (BARBIN, 2017).</p><p>Figura 36 – AFO articulada. Fonte: Ortopédicos shop (2022a).</p><p>AFO rígida: indicada para pacientes com espasticidade grave e em deformidades de pé</p><p>equino. Não permite movimento no tornozelo (BARBIN, 2017).</p><p>AFO para redução de tônus: também conhecida como TRAFO (tone-reducing AFO), é</p><p>neurofisiológica e indicada nos casos de hipertonicidade (BARBIN, 2017).</p><p>AFO de reação ao solo: indicada para casos de fraqueza muscular de sóleo e gastrocnêmio,</p><p>com o objetivo de proporcionar a extensão do joelho na fase do apoio (BARBIN, 2017).</p><p>Você já se deparou com alguma pessoa com sequela de AVC que utiliza órtese</p><p>nas regiões do pé, tornozelo e perna para deambular? Se sim, você sabe o porquê</p><p>de utilizá-la? Essa órtese, geralmente, é um tipo de AFO, que tem como principal</p><p>objetivo a manutenção das articulações do tornozelo em posição funcional,</p><p>evitando, assim, possíveis deformidades.</p><p>36WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>3.5 Palmilhas e Calçados Ortopédicas</p><p>As palmilhas ou órteses plantares apresentam o objetivo de manter a correta adequada do</p><p>segmento e aliviar pontos dolorosos e a pressão durante ortostatismo e marcha. Além de prevenir</p><p>as deformidades, alinhar e dar suporte ao pé. As indicações para o uso de órteses plantares são</p><p>as úlceras, calosidades, esporão de calcâneo, contratura do tendão de Aquiles, pé valgo, varo,</p><p>equino, plano, cavo, pé neuropático e fascite plantar (BRASIL, 2019).</p><p>As palmilhas são utilizadas dentro de calçados confortáveis e que não apresentem solado</p><p>com salto elevado, elas precisam ser resilientes o suficiente para absorver choques, gerar conforto</p><p>e redistribuir as pressões plantares (BRASIL, 2019).</p><p>As palmilhas podem ser personalizadas ou pré-fabricadas. As pré-fabricadas são</p><p>produzidas seguindo um padrão pré-definido, enquanto as personalizadas são customizadas</p><p>para um determinado indivíduo. Podem ser confeccionadas em diversos materiais: naturais,</p><p>poliméricos ou couro. As palmilhas feitas sob medida apresentam o tamanho e o contorno</p><p>adequado e oferecem maior confiabilidade e garantia de êxito no tratamento (BRASIL, 2019).</p><p>As órteses plantares são usualmente divididas em:</p><p>• Calcanheiras - quando apoiam somente o calcanhar;</p><p>• Palmilhas 2/3 - quando terminam antes da cabeça dos metatarsos;</p><p>• Palmilhas 3/4 - quando terminam na altura da cabeça dos metatarsos;</p><p>• Palmilhas inteiras - quando acomodam todo o pé.</p><p>Figura 37 – Calcanheiras. Fonte: Ortoponto (2022).</p><p>Para compreender quais órteses AFO utilizar em cada tipo de</p><p>deficiência, assista:</p><p>Disponível em:</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=6uBvOZSLbd4.</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=6uBvOZSLbd4</p><p>37WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>4 TECNOLOGIA ASSISTIVA</p><p>A tecnologia assistiva é uma área interdisciplinar que se caracteriza por estratégias,</p><p>métodos e práticas que objetivam promover a funcionalidade do paciente. Possibilitando</p><p>sua participação, independência, e qualidade de vida, bem como a sua inclusão na sociedade</p><p>(GALVÃO FILHO, 2013).</p><p>São classificadas segundo a ISSOS 9999/2002 em 11 categorias, sendo elas:</p><p>• Auxílios para a vida diária: Estes são materiais e produtos que possibilitam um auxílio</p><p>para as tarefas de vida diária, assim como as necessidades básicas, sendo essas: Comer, se</p><p>vestir, tomar banho, dentre outras (GALVÃO FILHO, 2013).</p><p>Figura 38 – Tecnologia assistiva para a vida diária (comer). Fonte: Galvão Filho (2013).</p><p>Comunicação Alternativa e Ampliada: Estes são recursos de modo eletrônico ou não, que</p><p>visam a comunicação podendo ser o emissor ou receptor, auxiliando as pessoas com deficiências</p><p>na fala e visão (GALVÃO FILHO, 2013).</p><p>Para você aprofundar mais seus estudos sobre as órteses de membros inferiores,</p><p>leia o capítulo 3, intitulado “Componentes para órteses de membros inferiores”,</p><p>do livro Órteses – um recurso terapêutico complementar, e conheça também</p><p>as órteses de membros inferiores compostas por articulações de quadril, joelho</p><p>e tornozelo. Aproveite também para pesquisar sobre as órteses plantares,</p><p>tornozeleiras e joelheiras. CARVALHO, J. A. Órteses – Um Recurso Terapêutico</p><p>Complementar. 2. ed. Barueri: Manole, 2013.</p><p>38WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Figura 39 – Tecnologia assistiva de ampliação. Fonte: Recursos de Ampliação Retina Brasil [s. d.].</p><p>Recursos de Acessibilidade ao Computador: Modificações de entrada e saída de voz,</p><p>auxílios para manuseios em computadores como ponteiras de cabeça, teclados adaptados,</p><p>software especializados que permitem o reconhecimento de voz, permitindo essas pessoas com</p><p>deficiência sensoriais ou motoras a utilização (GALVÃO FILHO, 2013).</p><p>Figura 40 – Tecnologia assistiva para acessibilidade ao computador. Fonte: Galvão Filho (2013).</p><p>Sistema de Controle do Ambiente: Sistemas para permitir controles eletrônicos, realizar</p><p>chamadas, manusear objetos elétricos, através de um controle remoto, no qual pessoas</p><p>com</p><p>deficiência podem ajustar som, ventiladores, abrir e fechar janelas, por meio de acionadores</p><p>localizados nas partes do corpo (GALVÃO FILHO, 2013).</p><p>39WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Figura 41 – Representação de controle de ambiente. Fonte: Galvão Filho (2013).</p><p>Projetos Arquitetônicos para acessibilidade: Projetos de edificação e urbanismo que</p><p>garantem acesso para funcionalidade e mobilidade, promovendo independência de suas</p><p>condições. Por meio de adaptações e reformas, como rampas, utensílios de suporte, elevadores e</p><p>outros (GALVÃO FILHO, 2013).</p><p>Figura 42 – Projetos de acessibilidade. Fonte: Galvão Filho (2013).</p><p>Próteses e Órteses: Próteses são peças artificiais projetadas para substituir partes do corpo.</p><p>Órteses são peças colocadas junto a um segmento para garantir funcionalidade e estabilização</p><p>(GALVÃO FILHO, 2013).</p><p>Figura 43 – Próteses e Órteses. Fonte: Galvão Filho (2013).</p><p>40WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Adequação postural: Recursos que promovam adequação postural em todas as posturas,</p><p>podendo utilizar de equipamento de estabilização, ortostatismo ou utensílios para adequações</p><p>como almofadas, bancos e outros (GALVÃO FILHO, 2013).</p><p>Figura 44 – Correções Posturais. Fonte: Galvão Filho (2013).</p><p>Auxilio de Mobilidade: São as cadeiras de rodas motorizadas ou manuais, andadores,</p><p>muletas, carrinhos, ou outras adaptações como scooters, sendo assim, qualquer veículo ou</p><p>equipamento (GALVÃO FILHO, 2013).</p><p>Figura 45 – Auxilio de Mobilidade Fonte: Tecnologias assistivas (2013).</p><p>Auxílios para cegos ou Baixa Visão: São as adaptações como lupas, lentes, braile, sínteses</p><p>de voz, que permitem uma leitura de documentos, assistir TV, ou manusear aparelhos como</p><p>telefone celular. Visando a independência.</p><p>Figura 46 – Adaptação de lente e voz para pessoas com deficiência visual. Fonte: Galvão Filho (2013).</p><p>41WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Adaptações em Veículos: Estes são adaptações e ferramentas que permitem a condução</p><p>para cadeira de rodas, por exemplo, em que são adaptados elevadores e rampas e também</p><p>modificações no automóvel que garantem para um indivíduo deficiente a possibilidade de dirigir</p><p>(GALVÃO FILHO, 2013).</p><p>Figura 47 – Adaptação em veículos. Fonte: Galvão Filho (2013).</p><p>Auxilio para Surdos: Estes são equipamentos como infravermelho, alertas táteis-visual</p><p>para promover e incluir o acesso à informação desejada (GALVÃO FILHO, 2013).</p><p>Figura 48 – Aparelho auditivo retro- auricular. Fonte: Galvão Filho (2013).</p><p>42WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>2</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Considera-se que as órteses são indicadas para diversos tipos de alterações posturais,</p><p>articulares, musculares e/ou neuromusculares, promovem a estabilização do segmento envolvido,</p><p>facilitando e auxiliando no tratamento fisioterapêutico.</p><p>Nesta unidade, podemos observar que existem uma enorme variedade de órteses e que</p><p>elas são classificadas de acordo com a região envolvida, como nos exemplos da KAFO (Joelho/</p><p>Tornozelo/Pé), AFO (Tornozelo/Pé).</p><p>4343WWW.UNINGA.BR</p><p>U N I D A D E</p><p>03</p><p>SUMÁRIO DA UNIDADE</p><p>INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................44</p><p>1 PRÓTESE ...................................................................................................................................................................45</p><p>1.1 INTRODUÇÃO À PRÓTESE .....................................................................................................................................45</p><p>2 NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO MMSS .............................................................................................................................48</p><p>3 NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO MMII ...............................................................................................................................49</p><p>4 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS CIRÚRGICAS .................................................................................................50</p><p>5 TIPOS DE PRÓTESES MMSS E MMII .................................................................................................................... 51</p><p>5.1 PRÓTESE DE MMSS .............................................................................................................................................. 51</p><p>5.2 PRÓTESE DE MMII ............................................................................................................................................... 51</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................55</p><p>PRÓTESE</p><p>ENSINO A DISTÂNCIA</p><p>DISCIPLINA:</p><p>ÓRTESE E PRÓTESE</p><p>44WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Segundo o INSS (2017), uma prótese é um dispositivo utilizado para substituir a função</p><p>de um membro. São adequados para pacientes que tiveram membros amputados total ou</p><p>parcialmente.</p><p>Conhecer a classificação das próteses e as principais características delas é essencial ao</p><p>fisioterapeuta, para que este possa atender de maneira integral e efetiva pacientes que necessitam</p><p>desses equipamentos, melhorando sua qualidade de vida.</p><p>45WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>1 PRÓTESE</p><p>1.1 Introdução à Prótese</p><p>As próteses são utilizadas desde a Antiguidade para melhorar a funcionalidade e a</p><p>qualidade de vida de pacientes. No decorrer dos anos, a principal mudança relacionada a elas foi</p><p>quanto aos materiais utilizados para a sua confecção, uma vez que, graças ao desenvolvimento de</p><p>novas ciências, foram desenvolvidas próteses cada vez mais tecnológicas e efetivas (INSS, 2017).</p><p>Figura 1 – Próteses de ferro utilizados em 1580. Fonte: Barbin (2017).</p><p>Meados do século XIX, surgiram próteses mais leves, confeccionadas com madeira.</p><p>Em geral, essas próteses proporcionavam um pouco de movimento ao membro, pois eram</p><p>confeccionadas com a utilização de materiais que simulavam a função de tendões, e, desse</p><p>modo, por meio do movimento de partes íntegras, a prótese tinha alguns pequenos movimentos</p><p>(BARBIN, 2017).</p><p>Figura 2 – Próteses de madeira utilizando tendões artificiais. Fonte: Barbin (2017).</p><p>A primeira prótese desenvolvida, criada na Segunda Guerra Púnica, no século</p><p>II a.C., formulada para substituir a mão de um general romano que teve uma</p><p>amputação durante uma batalha, o qual recebeu uma prótese mecânica de ferro.</p><p>Este modelo foi muito utilizado em época de guerras, com o objetivo de substituir</p><p>principalmente extremidades de membros, de modo que os soldados pudessem</p><p>continuar lutando, mesmo que estas não permitissem muita funcionalidade, como</p><p>a deambulação, por exemplo.</p><p>46WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>A partir do século XX, a confecção de próteses passou a ser vista com novos olhos, devido</p><p>ao avanço de inúmeras ciências, que possibilitaram o desenvolvimento de muitas tecnologias</p><p>empregadas nessa área. Os principais avanços foram relacionados com o desenvolvimento de</p><p>materiais para confecções mais leves e práticas, a fim de facilitar o uso e a adaptação do paciente</p><p>a esse recurso (BARBIN, 2017).</p><p>Os metais são ainda bastante utilizados em próteses. A principal característica dos metais</p><p>utilizados nas próteses é que eles possuem alta densidade e, ao mesmo tempo, boa maleabilidade,</p><p>o que garante a capacidade de se deformarem sem sofrer quebra. Dentre os metais, destacam-se</p><p>o aço inoxidável, o titânio e o tântalo (VASCONCELOS; MATIELLO, 2020).</p><p>As próteses podem ser formuladas e utilizadas por meio de implantação cirúrgica,</p><p>denominadas próteses implantáveis, ou podem ser utilizadas através de implantação não</p><p>cirúrgica, nomeadas</p><p>próteses não implantáveis. Por exemplo, entre as próteses implantáveis,</p><p>existem as próteses para artroplastia de quadril. Essas próteses são projetadas para substituir</p><p>parcial ou totalmente a função de determinadas estruturas, substituindo estruturas como joelhos,</p><p>quadris ou até mesmo partes da coluna (VASCONCELOS; MATIELLO, 2020).</p><p>Figura 3 – Prótese implantável de artroplastia de quadril. Fonte: Instituto Trata (2020).</p><p>Para colocar essas próteses, o paciente precisa passar por um procedimento cirúrgico em</p><p>que a prótese é implantada na área desejada. As próteses não implantáveis são mais frequentemente</p><p>usadas para amputados, porque não requerem cirurgia. Esses tipos de próteses são divididos em</p><p>diferentes grupos com base em sua função, estrutura e tipo de energia utilizada para gerar a</p><p>função (INSS, 2017).</p><p>Função Estrutura Energia</p><p>Ativa Endoesquelética Endoenergética</p><p>Passiva Exoesquelética Exoenergética</p><p>Híbrida</p><p>Quadro 1 – Classificação de próteses quanto à função, à estrutura e à energia. Fonte: A autora.</p><p>47WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Classificação em relação à função:</p><p>• Próteses ativas: Permitem maior movimentação funcional, permitindo aos pacientes</p><p>graus variados de movimento com maior funcionalidade.</p><p>• Próteses passivas: Conhecidas também como estéticas ou cosméticas, utilizadas para</p><p>melhorar os aspectos estéticos do membro ausente além de auxiliar para maior conforto,</p><p>dessensibilização do coto e melhoram a percepção da imagem corporal (INSS, 2017).</p><p>Em relação à estrutura, classificam-se em:</p><p>• Próteses exoesqueléticas, ou próteses convencionais, são confeccionadas com uma</p><p>característica específica, com estrutura interna oca, tornando-se mais leve.</p><p>• Próteses endoesqueléticas, ou modulares, são produzidas com um sistema especial,</p><p>chamado de sistema tubular. Seus componentes são resistentes, compactos e com alto grau</p><p>de funcionalidade, sendo utilizado materiais como titânio e fibra de carbono, tornando-</p><p>se mais leve e sofisticadas que as exoesqueleticas (BARBIN, 2017).</p><p>Quanto ao tipo de energia usada, as próteses se dividem em:</p><p>• Próteses endoenergéticas: São próteses do tipo mecânicas e utilizam a propulsão</p><p>muscular para gerar movimento. Nesses casos, a energia do paciente é transmitida para a</p><p>prótese por estruturas, como correias e tirantes, gerando o movimento. Apresentam, em</p><p>geral, um peso moderado e uma funcionalidade superior às próteses passivas, além de</p><p>terem alta durabilidade (BARBIN, 2017).</p><p>• Próteses exoenergéticas: Possuem um mecanismo de propulsão de modo artificial,</p><p>utilizando propulsões elétricas, pneumáticas ou mioelétricas. Dentre estas, as de propulsão</p><p>artificial mioelétrica são as mais utilizadas.</p><p>• Próteses híbridas: Esse tipo de próteses combina duas características em uma mesma</p><p>prótese.</p><p>Quanto aos componentes básicos presentes nas próteses, são encontrados: encaixe rígido,</p><p>encaixe flexível, interface entre o encaixe rígido e o coto de amputação, articulação protética,</p><p>tubos e conectores, revestimento cosmético, válvulas, acessório de colocação e adaptadores para</p><p>rotação (INSS, 2017).</p><p>48WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>2 NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO MMSS</p><p>O nível de amputação tem uma importância relevante na indicação do tipo de prótese,</p><p>uma vez que cada prótese é indicada para um nível de amputação específico.</p><p>Em relação aos membros superiores, é fundamental compreender qual estrutura foi</p><p>removida e trabalhar para maior funcionalidade das articulações foram mantidas. Tendo os</p><p>níveis de amputação:</p><p>• Desarticulação escapulotorácica: Amputação em que é feita a separação entre a escápula</p><p>e o gradil costal, removendo a clavícula e a escápula (MAITIN, 2016).</p><p>• Desarticulação do ombro: Amputação na qual remove-se todo o braço desde o úmero,</p><p>rádio, ulna e os ossos da mão.</p><p>• Amputação transumeral: Amputação acima do cotovelo, entre a articulação do cotovelo</p><p>e a articulação do ombro este nível pode ser classificado de três maneiras diferentes com</p><p>relação aos tamanhos: Transumeral proximal, medial ou distal.</p><p>• Amputação transradial: Amputação abaixo do cotovelo, entre a articulação do punho e</p><p>a articulação do cotovelo. Também sendo classificada de acordo com tamanho: proximal,</p><p>medial ou distal.</p><p>• Desarticulação de punho: Essa amputação consiste na retirada total da mão, preservando</p><p>a integridade distal dos ossos do antebraço. (VASCONCELOS; MATIELLO, 2020).</p><p>Além desses níveis de amputação de membro superior, as amputações podem ocorrer</p><p>na região da mão, podendo ser feitas em diferentes níveis nessa região, desde amputações que</p><p>promovam a desarticulação intercárpica, carpometacarpal, transmetacarpal, amputações</p><p>metacarpofalangeanas até amputações de interfalangeanas distais ou proximais (INSS, 2017).</p><p>Figura 4 – Níveis de amputação para membros superiores. Fonte: INSS (2017).</p><p>49WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Figura 5 – Níveis de amputação para membros inferiores. Fonte: INSS (2017).</p><p>3 NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO MMII</p><p>• Amputação dos artelhos: Remoção dos dedos dos pés.</p><p>• Amputação parcial do pé: Amputação transmetatarsiana é a mais comum, pois preserva</p><p>grande parte dos movimentos do pé (MAITIN, 2016). As principais são: Amputação de</p><p>Lisfranc: faz a retirada de todos os artelhos e metatarsos, ao passo que preserva alguns</p><p>ossos do tarso. Amputação de Chopart: Faz a remoção de todos os ossos do tarso e do</p><p>metatarso (EBSERH, 2015).</p><p>• Amputação de tornozelo: Na amputação de Syme preserva-se parte do calcanhar.</p><p>• Amputação transtibial: Entre a articulação de joelho e articulação de tornozelo, realizada</p><p>em três níveis: proximal, medial ou distal.</p><p>• Desarticulação de joelho: Esse nível não envolve secção de estruturas ósseas, apenas</p><p>articulares, os desequilíbrios musculares não são tão comuns e, com isso, não se observa</p><p>riscos elevados de formação de deformidades.</p><p>• Amputação transfemoral: Amputação realizada entre a articulação do quadril e</p><p>articulação do joelho, dividida em três níveis: proximal, medial ou distal.</p><p>• Desarticulação de quadril: Nesse tipo não há formação de um coto ósseo.</p><p>• Hemipelvectomia: Amputação da perna inteira e partes da pelve até região de sacro</p><p>(INSS, 2017).</p><p>50WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Figura 6 – Anatomia e níveis de amputação dos ossos do pé, vista dorsal. Fonte: INSS (2017).</p><p>4 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS CIRÚRGICAS</p><p>As amputações possuem diversas complicações. Durante a reabilitação, elas precisam</p><p>receber um cuidado especial, uma vez que afeta, diretamente a evolução do paciente, desta forma,</p><p>dificultando o processo terapêutico eficiente. Sendo as principais:</p><p>• Edema: Comum em amputações, se não tratado, pode progredir para eczema crônico e</p><p>ulceração; é causado por comprometimento do retorno venoso e linfático.</p><p>• Contraturas: Ocorrem nas articulações e podem ocorrer antes ou após a amputação; sua</p><p>causa, geralmente, é devido ao desalinhamento de um membro ou coto.</p><p>• Dor: Pode ter origem no coto, chamada de dor local, ou pode se manifestar como dor</p><p>“fantasma”, a qual o paciente se queixa de dor de amputação; essas dores geralmente são</p><p>causadas por um neuroma.</p><p>• Sensação fantasma: Nessa condição, o paciente relata sentir a falta de parte do membro</p><p>amputado; possivelmente relacionado a uma sensação de “formigamento”. Quando</p><p>um nervo é seccionado, ele envia uma série de impulsos nervosos para as fibras que o</p><p>compõem e, como existe um mapa da área seccionada no córtex motor do cérebro, isso</p><p>causa a sensação de que essa parte ainda está presente no corpo (BARBIN, 2017).</p><p>51WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>5 TIPOS DE PRÓTESES MMSS E MMII</p><p>5.1 Prótese de MMSS</p><p>Amputações transumerais: Podem empregar próteses do tipo: não implantável, ativa,</p><p>exoesqueléticas e endoenergéticas (VASCONCELOS; MATIELLO, 2020).</p><p>Figura 7 – Prótese ativa mecânica para membro superior. Fonte: INSS (2017).</p><p>Amputação parcial de mão: Para amputações parciais de mão, que envolvam</p><p>principalmente a remoção dos 3°, 4° e 5° dedos, indicam-se próteses: não implantável, passiva ou</p><p>estética e exoesqueléticas (VASCONCELOS; MATIELLO, 2020).</p><p>Figura 8 – Prótese passiva para membro superior. Fonte: INSS (2017).</p><p>5.2 Prótese de MMII</p><p>Desarticulação de quadril: Esta desarticulação é considerada de maior dificuldade para</p><p>protetização, pois esse nível de amputação apresenta déficits significativos no braço de alavanca e</p><p>maior gasto energético na marcha em comparação com outros níveis de amputação. As próteses</p><p>devem proporcionar conforto, componentes mais leves possíveis e a marcha mais prática na</p><p>montagem protética. Para fixação, utilizam velcro, fivelas e passantes, suspensas sobre a região</p><p>suprailíaca do paciente (INSS, 2017).</p><p>52WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Figura 9 – Prótese endoesquelética para membro inferior com encaixe hemicesto. Fonte: INSS (2017).</p><p>Amputações transfemorais: Indicam-se, normalmente, próteses não implantáveis,</p><p>endoesqueléticas ou modulares (INSS, 2017).</p><p>Figura 10 – Prótese para membro inferior em amputação transfemoral distal. Fonte: INSS (2017).</p><p>Amputações de joelho: Existem vários modelos de joelhos protéticos. São classificados</p><p>como unicêntricos ou multicêntricos. O joelho monocêntrico pode fornecer movimento de flexão</p><p>e extensão por meio de um mecanismo pneumático ou mecânico e é projetado para um único</p><p>eixo de rotação, de modo que o movimento atua como uma simples dobradiça. Já os joelhos</p><p>policêntricos proporcionam o mesmo movimento, mas por meio de um sistema hidráulico ou</p><p>eletrônico. Eles são projetados com múltiplos eixos de rotação. Nesse tipo de joelho protético, o</p><p>centro de rotação é variável, o que garante estabilidade em todas as fases da marcha e promove</p><p>um contato mais adequado do pé com o solo (INSS, 2017).</p><p>53WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Figura 11 – Joelho policêntrico (desarticulação de joelho). Fonte: INSS (2017).</p><p>Amputações transtibiais: Para próteses no nível de amputação tibial, há especificação</p><p>de quatro tipos de encaixes protéticos para a prótese: PTB, PTS, KBM e TSWB, os três primeiros</p><p>para suporte do tendão patelar e o último para suporte total. O encaixe da prótese transtibial</p><p>tipo PTB permite que a parede anterior cubra de metade a um terço da superfície anterior da</p><p>patela. O encaixe PTS permite a sustentação de peso no tendão patelar, cobrindo toda a patela.</p><p>(VASCONCELOS; MATIELLO, 2020).</p><p>Figura 12 – Prótese de membro inferior com encaixe PTB em amputação transtibial. Fonte: INSS (2017).</p><p>Amputações de pé: Podem ser rígidos, dinâmicos, articulados uniaxiais ou multiaxiais,</p><p>pés protéticos dinamicamente responsivos, dispositivos eletrônicos, pés não articulados e pés para</p><p>prática de locomoção. Os pés rígidos são os mais simples, de baixo custo, peso leve e durabilidade</p><p>importante. No entanto, promovem pouca alteração na velocidade da marcha, sendo indicados</p><p>para pacientes que caminham de forma limitada (INSS, 2017).</p><p>Figura 13 – Prótese rígida de pé. Fonte: INSS (2017).</p><p>54WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>Os pés articulados são para pacientes que necessitam e são capazes de realizar movimentos</p><p>de flexão e extensão do tornozelo. Os pés articulados poliaxialmente podem realizar movimentos</p><p>de flexão plantar, dorsiflexão, inversão e eversão, e são adequados para amputados ativos porque</p><p>podem andar em terrenos irregulares (VASCONCELOS; MATIELLO, 2020). O Dynamic Response</p><p>Foot é adequado para pacientes com mobilidade moderada a alta, são confeccionados em fibra de</p><p>carbono (INSS, 2017).</p><p>Visando compreender o perfil de paciente amputado assim ampliar</p><p>o conhecimento em relação aos níveis de amputação, sugerem-se</p><p>os vídeos disponíveis em: FELIPE CERQUEIRA. Amputados 1/2.</p><p>Disponível em:</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=faHJqE1uBQA&list=PLOOTm</p><p>HpaT0XedA1GGp3Eqb55arQwf6iz3&index=8.</p><p>E FELIPE CERQUEIRA. Amputados 2/2.</p><p>Disponível em:</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=DqwD1Z3Hqwk&t=9s.</p><p>Para mais informações sobre o cuidado à saúde da pessoa com</p><p>amputação, sugere-se a leitura: Diretrizes de atenção à pessoa</p><p>amputada Brasília:</p><p>Disponível em:</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_</p><p>pessoa_amputada.pdf.</p><p>O paciente submetido à uma amputação, seja ela traumática ou cirúrgica, passa</p><p>por um processo emocionalmente instável e difícil, sentindo-se frágil e, em alguns</p><p>momentos, culpado. Sentimento em relação à dor, medo, ansiedade e incerteza de</p><p>como será seu futuro, tornam este processo ainda mais delicado.</p><p>Desta forma, é fundamental ao profissional que saúde que compreenda que</p><p>além de suas questões físicas, há questões psicológicas importantes que fazem</p><p>a diferença para um processo de reabilitação, com isso, é imprescindível uma</p><p>abordagem biopsicossocial.</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=faHJqE1uBQA&list=PLOOTmHpaT0XedA1GGp3Eqb55arQwf6iz3&index=8</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=faHJqE1uBQA&list=PLOOTmHpaT0XedA1GGp3Eqb55arQwf6iz3&index=8</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=DqwD1Z3Hqwk&t=9s</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_pessoa_amputada.pdf</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_pessoa_amputada.pdf</p><p>55WWW.UNINGA.BR</p><p>ÓR</p><p>TE</p><p>SE</p><p>E</p><p>P</p><p>RÓ</p><p>TE</p><p>SE</p><p>|</p><p>U</p><p>NI</p><p>DA</p><p>DE</p><p>3</p><p>EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Através desta unidade, foi possível compreender o histórico das próteses, assim como sua</p><p>evolução tecnológica, confeccionada inicialmente com materiais pouco funcionais e de difícil</p><p>manipulação, como ferro e madeira, no entanto, nos dias de hoje as próteses visam cada vez mais</p><p>disponibilizar maior funcionalidade e conforto aos pacientes, sendo produzidas com materiais</p><p>mais leve e práticos. Estas próteses podem ser implantáveis ou não implantáveis, a depender da</p><p>necessidade do paciente.</p><p>A classificação das próteses depende de fatores como: função, estrutura e energia</p><p>necessária, em que em relação a função há próteses passiva e ativa, já quanto à estrutura, podem</p><p>ser endoesqueléticas ou exoesquelética, por fim, para energia necessária, existem próteses</p><p>endoenergéticas, exoenergéticas e hibridas.</p><p>Ainda, nesta unidade, você pôde entender quais são os níveis de amputações de membro</p><p>superior e inferior, assim como as principais complicações decorrentes de amputações, sendo</p><p>edema, contraturas, dor e sensação fantasma. Além disso, foi abordado, nesta unidade, quais são</p><p>as próteses são mais indicadas para cada nível.</p><p>5656WWW.UNINGA.BR</p><p>U N I D A D E</p><p>04</p><p>SUMÁRIO DA UNIDADE</p><p>INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................................57</p><p>1 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES AMPUTADOS .........................................................................58</p><p>1.1 AVALIAÇÃO PRÉ AMPUTAÇÃO ..............................................................................................................................58</p><p>1.2 AVALIAÇÃO PÓS AMPUTAÇÃO .............................................................................................................................58</p><p>2 REABILITAÇÃO PRÉ AMPUTAÇÃO .......................................................................................................................... 61</p><p>3 REABILITAÇÃO PÓS AMPUTAÇÃO .........................................................................................................................62</p><p>4 REABILITAÇÃO PRÉ PROTETIZAÇÃO .....................................................................................................................63</p><p>5 REABILITAÇÃO PÓS PROTETIZAÇÃO .....................................................................................................................64</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................................................................66</p>Disponível em: https://www.ortosan.com.br/. Acesso em: 29 
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ENSINO A DISTÂNCIA
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