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<p>LÍNGUA PORTUGUESA NA</p><p>EDUCAÇÃO 1</p><p>-Pedagogia /UERJ</p><p>-Mediadora presencial: Maria Andrade Rodrigues Silva</p><p>-Polo: Três Rios 2024.1</p><p>Imagem Disponível em:https://nordesteusou.com.br/coluna-nes/vamos-tentar-descomplicar-a-lingua-portuguesa/</p><p>LÍNGUA= uma das manifestações da linguagem , uma forma de comunicação : viva,</p><p>histórica, cultural e social.</p><p>LINGUAGEM = todas as formas de expressão e comunicação criadas pelo homem:</p><p>língua, teatro, cinema ,música , libras, etc.</p><p>LINGUÍSTICA = ciência que estuda a língua em uso. A Linguística traz e fomenta a</p><p>discussão da Língua como função social porque a considera em um contexto</p><p>próprio e que, por isso mesmo, apresenta as marcas da fala e da escrita muito</p><p>particulares de cada grupo. Parte, além disso, de unidades mais complexas do que</p><p>simplesmente a “palavra” ou a “frase” – pela exigência de um contexto, a</p><p>Linguística passa a privilegiar o texto como unidade de sentido.</p><p>Relação língua e poder</p><p>Em geral , a prática dos educadores advém de um modelo: a norma padrão, que está diretamente relacionada com a</p><p>cultura da classe dominante. Sendo assim, nós professores acabamos repetindo um discurso ideologicamente</p><p>incorporado que só reproduz e mantém o domínio. Portanto, a língua torna –se uma arma, pois, através dela podemos</p><p>manter ou modificar uma situação e quem domina a norma culta se destaca e passa a exercer ainda mais poder sobre</p><p>o outro. Poder que se dá em todas as nossas relações e situações do</p><p>nosso cotidiano, portanto, a relação língua e poder se dá quando utilizamos a língua para dominar , manipular ou</p><p>persuadir alguém.</p><p>Com isso devemos sempre pensar a quem a escola/professor estão servindo quando se trata do ensino da língua?</p><p>Estamos levando os nossos alunos a refletir e construir ou meramente reproduzimos um discurso?</p><p>Relação língua e ideologia</p><p> IDEOLOGIA –ideias utilizadas para reforçar, amenizar, esconder, aceitar uma realidade( falsa</p><p>consciência)</p><p>A relação língua e ideologia se dá quando a língua é utilizada como instrumento ideológico</p><p>para manutenção de uma realidade .</p><p>Relação língua e escola</p><p> 1.Visão tradicional – técnico –instrumental - produto – ideológica(manutenção da realidade )</p><p>baseado na gramática e suas normas - aprender a língua é incorporar regras - visão única de</p><p>ensino. REPETIÇÃO, CÓPIA E MEMORIZAÇÃO DE REGRAS ISOLADAS.</p><p>2. Visão sociointeracionista- processo-contra-ideológico (mudança , desvelar a realidade ) o</p><p>ensino é baseado em uma relação dialógica e em trocas discursivas- aprender é interagir</p><p>com a língua , visão transformadora- o aluno deve conhecer e saber utilizar a norma culta a</p><p>partir do contexto do uso.</p><p> REPENSAR AS PRÁTICAS DE ENSINO DA LÍNGUA- INTERAÇÃO COM DIVERSOS TEXTOS E</p><p>SITUAÇÕES REAIS DE COMUNICAÇÃO E ANALISE DA LÍNGUA( estudo da estrutura gramatical e</p><p>ortográfica do texto)</p><p>Relação língua e cidadania</p><p> Cidadania - é a capacidade que cada um deve ter de poder fazer escolhas,</p><p>decidindo seus caminhos , de forma livre e independente, conhecendo seus direitos e</p><p>deveres de forma coletiva e participativa.</p><p>A relação língua e cidadania se dá quando colocamos o acesso à norma culta da língua</p><p>como um direito do cidadão, pois através do conhecimento e utilização da mesma ,</p><p>também exercemos a nossa cidadania.</p><p>Relação língua e identidade cultural</p><p> A identidade de uma nação são suas características, seus costumes , sua cultura é</p><p>tudo aquilo que o diferencia dos demais povos.</p><p>A nossa língua é mais um traço desta identidade , que deve ser respeitada</p><p>preservada, pois é através dela que nossa cultura é transmitida para as gerações</p><p>futuras, além de funcionar como elemento de unificação do país , que apesar de tão</p><p>imenso, mantém uma única língua oficial.</p><p>Sabemos, que nossa língua não é realmente nossa, ela constituiu-se pela influência de</p><p>muitos povos e nações, mas devemos tentar manter sua unidade, sua essência, pois</p><p>como ela se constitui a todo momento ,continuamos recebendo influência de todos</p><p>as culturas ( estrangeirismos) .</p><p>Língua e diversidade</p><p> DIVERSIDADE LINGUÍSTICA : “ nos faz ser unos e múltiplos, ao mesmo tempo”(p.94)</p><p>Nosso país é rico em diversidade cultural , somos formados por milhares de dialetos,</p><p>jeitos diferentes de falar e expressar, que se dá de acordo com a região (</p><p>regionalismo) ou por vários outros fatores: grupos sociais diferentes, idade, sexo,</p><p>profissão, situação socioeconômica, etc.</p><p> Mas, esta diversidade também se modifica de acordo com o contexto social e</p><p>cultural. Cabe à escola diante dessa variedade linguística utilizá-la como forma de se</p><p>trabalhar a língua , mostrando ao aluno que “seu jeito “ de falar não é errado, mas</p><p>para ser respeitado por todos, deve aprender a maneira</p><p>utilizada pela classe dominante (norma culta) para lidar de forma mais consciente e</p><p>não ser manipulado. Ou seja, devemos usar as diferenças, aproveitar a diversidade</p><p>linguística para fazer o aluno pensar sobre a língua e sua construção.</p><p>Gramática na escola</p><p>Norma: são regras, exigências de uma determinada situação, quando relacionamos</p><p>com a língua, pensamos norma culta ou padrão, que é a maneira de falar e expressar-</p><p>se de uma camada elitizada da população,</p><p>defendia por alguns gramáticos como a correta e a única que deve ser respeitada.</p><p>Mas, quem pode garantir toda essa maneira única de se falar e escrever ? Visto que, a</p><p>língua é viva e se constrói no coletivo, na interação entre as pessoas.</p><p>Sendo assim, essa norma passa a ser considerado dentro de um contexto de</p><p>interlocução através do seu uso no dia a dia. Com isso, precisamos reconsiderar o erro,</p><p>que deve também ser visto dentro de um contexto, a partir de quem fala ou escreve e</p><p>sua história.</p><p>Erros em relação à norma culta são caminhos para se pensar o ensino da língua.</p><p> “ Em resumo, poderíamos enunciar uma espécie de lei, que seria: não se aprende por</p><p>exercícios , mas por práticas significativas (...)O domínio de uma língua, repito, é o resultado de</p><p>práticas efetivas, significativas, contextualizadas.(..)O modo de seguir na escola a eficácia obtida</p><p>nas casas e nas ruas é “ imitar “ da forma mais próxima possível as atividades linguísticas da</p><p>vida. ( Possenti, 1996, p 47-48)</p><p> PROPOSTA DE TRABALHO COM A GRAMÁTICA : ( contextualizada ,a partir dos gêneros</p><p>textuais )</p><p>“Resgatando o esquema apresentado anteriormente, estaremos</p><p>trabalhando com duas classes básicas: os substantivos e os verbos.</p><p>Os dependentes do substantivo – artigos, numerais, pronomes e adjetivos</p><p>– e os dependentes do verbo – advérbios – aparecem ligados às classes</p><p>principais. “ (Aulas 14/15.p.43)</p><p>A PARTIR DA CHARGE ACIMA QUAL A FUNÇÃO DO ENSINO DA LÍNGUA</p><p>PORTUGUESA NAS ESCOLAS ???</p>