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<p>TEORIA E PRÁTICA TRABALHISTA</p><p>Revisão:</p><p>Normas constitucionais</p><p>Eficácia plena: plenamente aplicável.</p><p>Eficácia limitada: precisa de outra lei para regulamentar.</p><p>Eficácia contida ou restringível: restringe um direito já assegurado. “salvo se,”</p><p>Tribunal superior do trabalho = sumula</p><p>Sessão de Dissídios Individuais OJ’s</p><p>Sessão de dissídios coletivos DC</p><p>Sumula e OJ’s – entendimentos não tem obrigação de seguir</p><p>Precedentes (926 CPC) - é obrigatório a sua aplicação</p><p>Saúde e segurança do trabalho</p><p>- Aspectos gerais:</p><p>1. condições do trabalho: Condições especiais que geram efeitos no contrato de trabalho;</p><p>2. previsão normativa: há a obrigatoriedade de previsão normativa expressa;</p><p>3. Salário condição: em decorrência dessa condição de trabalho recebo essa remuneração.</p><p>Globalidade dos valores pagos, incluindo o salário condição, pois o mesmo não é obrigatoriamente devido ao trabalhador, somente se houver exercício dessa condição</p><p>Remuneração = salário + gorjeta</p><p>Reflexos de terceiros</p><p>Contraprestações pelo serviço</p><p>Súmula 248 TST: A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.</p><p>Súmula 265 TST: A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.</p><p>Súmula 139 TST: Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais.</p><p>Súmula 80 TST: A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.</p><p>Adicional noturno:</p><p>Urbano: 20%</p><p>Rural: 25%</p><p>Exercícios:</p><p>a) Empregado que está em regime de 12x36</p><p>59-A da CLT Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.</p><p>Não tem adicional noturno.</p><p>b) Empregados:</p><p>- H.T.: 00 h às 07 hrs: Tem direito ao adicional noturno de 20%, art. 73 da CLT, hora noturna remunerada de 52 min e 30 segundos.</p><p>Não tem direito a hora extra, pois no horário noturno 7 horas equivalem a 8 horas diurnas, mas caso trabalhe mais de 7 horas conta como hora extra.</p><p>- HT: 18 hrs às 02 hrs: Tem direito de adicional noturno das 22 às 02 horas de 20%, mais meia hora de hora extra com adicional de 50 % já que trabalhou 30 min a mais com o horário reduzido.</p><p>18 as 02 = 8 hrs trabalhadas</p><p>18 as 22 = 4 horas normais</p><p>22 as 02 hrs = 4hrs e 30 min noturnas</p><p>+30 min de hr extra por causa do horário noturno.</p><p>- HT: 04 às 12 hrs: não há prorrogação, pois, a maior parte da jornada foi trabalhada em horário diurno</p><p>Adicional de insalubridade</p><p>A caracterização da insalubridade se da quando o empregado exerce suas funções em contato com agentes físicos, químicos ou biológicos acima dos limites de segurança estabelecidos em norma</p><p>Fundamento: art 7º, XXIII da CF</p><p>Regulamentação: art. 189 e 190 clt</p><p>Atenção:</p><p>Súmula 80 do TST: A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo5 órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.</p><p>Súmula 289 do TST: O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado</p><p>Graus: em razão da existência de graus de insalubridade é necessário se verificar por perícia o contato dos trabalhadores com as agentes. A perícia é imprescindível nesses casos.</p><p>a) mínimo = 10% b) médio = 20% c) máximo = 40%</p><p>Adicional de periculosidade:</p><p>-> Fundamento: 193 CLT</p><p>Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:</p><p>XII - enquadramento do grau de insalubridade;</p><p>Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:</p><p>XXVII - direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender;</p><p>Súmula 448 TST: ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA No 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO No 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurisprudencial no 4 da SBDI-1 com nova redação do item II ) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014.</p><p>I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.</p><p>II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE no 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano</p><p>OJ 173. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012</p><p>I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE).</p><p>II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE.</p><p>Sumula 47 TST INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003</p><p>O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.</p><p>---- Só não tem direito ao adicional de periculosidade e insalubridade a exposição eventual.</p><p>OJ 165. PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. VÁLIDO. ART. 195 DA CLT (inserida em 26.03.1999)</p><p>O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.</p><p>Qual o pressuposto para o adicional de periculosidade? Estar em contato com agentes perigosos.</p><p>a) inflamáveis / radiação / Ionizantes / explosivas</p><p>b) sistema elétrico de potência</p><p>c) trabalhadores motocicletas</p><p>d) vigia / vigilante / trabalhar em segurança patrimonial ou pessoal.</p><p>OJ 45 SBI . ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO (DJ 22.06.2005)</p><p>A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial</p><p>OJ 324 SBI DICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. DECRETO Nº 93.412/86, ART. 2º, § 1º(DJ 09.12.2003)</p><p>É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em sistema elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica.</p><p>OJ 347 SDBI ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. LEI Nº 7.369, DE 20.09.1985, REGULAMENTADA PELO DECRETO Nº 93.412, DE 14.10.1986. EXTENSÃO DO DIREITO AOS CABISTAS, INSTALADORES E REPARADORES</p><p>garantias processuais e o direito fundamental dos trabalhadores pobres à gratuidade judiciária para acesso à justiça trabalhista.</p><p>O primeiro ponto em discussão foi o artigo 790-B da CLT (caput e parágrafo 4o) da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que responsabiliza a parte vencida (sucumbente) pelo pagamento de honorários periciais, ainda que seja beneficiária da justiça gratuita. Na redação anterior da norma, os beneficiários da justiça gratuita estavam isentos; com a nova redação, a União custeará a perícia apenas quando ele não tiver auferido créditos capazes de suportar a despesa, “ainda que em outro processo”.</p><p>O outro dispositivo questionado é o artigo 791-A, parágrafo 4o, da CLT, que considera devidos os honorários advocatícios de sucumbência sempre que o beneficiário de justiça gratuita tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa.</p><p>REGULARIZAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL</p><p>Súmula 383. TST. Recurso. Mandato. Irregularidade de representação. CPC de 2015, arts. 104 e 76, §2o (nova redação em decorrência do CPC de 2015). I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso. II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2o, do CPC de 2015).</p><p>PROCURAÇÃO. MANDATO TÁCITO.</p><p>Há possibilidade de interposição de recurso por advogado que possua mandato tácito ou “apud acta” (art. 791, §3o da CLT), ou seja, se o nome do advogado constou na ata de audiência sua representação já é válida até para fins recursais.</p><p>Obs. 1:</p><p>OJ-SDI1-200. Mandato tácito. Substabelecimento inválido. É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito.</p><p>Obs. 2:</p><p>OJ-SDI1-319. Representação regular. Estagiário. Habilitação posterior. Válidos são os atos praticados por estagiário se, entre o substabelecimento e a interposição do recurso, sobreveio a habilitação, do então estagiário, para atuar como advogado.</p><p>PERDAS E DANOS. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. MULTA.</p><p>A Reforma Trabalhista de 2017 incluiu no Capítulo - DO PROCESSO EM GERAL – a Seção IV-A e passou a prever a possibilidade de responsabilidade por dano processual, em decorrência da litigância de má-fé. Nesse sentido, vejamos :</p><p>Art. 793-A. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como reclamante, reclamado ou interveniente. (PERDAS E DANOS)</p><p>Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que:</p><p>I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;</p><p>IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;</p><p>V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;</p><p>VI - provocar incidente manifestamente infundado;</p><p>VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.</p><p>(LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ)</p><p>Art. 793-C. De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.</p><p>§1o Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.</p><p>§2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.</p><p>§3o O valor da indenização será fixado pelo juízo ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. (MULTA)</p><p>Art. 793-D. Aplica-se a multa prevista no art. 793-C desta Consolidação à testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa.</p><p>Parágrafo único. A execução da multa prevista neste artigo dar-se-á nos mesmos autos.</p><p>SUGESTÃO DE LEITURA:</p><p>CLT: Arts. 791 a 793</p><p>CPC: Art. 5o; 70 a 81 e 104</p><p>Lei 8078 de 1990: Arts. 81 a 104 CF: Art. 8o, inciso III.</p><p>LITISCONSÓRCIO</p><p>Entende-se por litisconsórcio a autorização legal para que mais de uma pessoa figure no polo ativo (autor), no passivo (réu) ou em ambos da relação processual.</p><p>Classificação</p><p>O litisconsórcio pode ser classificado segundo a formação, a obrigatoriedade, os polos e os efeitos:</p><p>A - Quanto à formação: pode ser inicial, já na propositura da ação ou, ulterior, no decorrer dela. Neste último caso, por exemplo, quando há intervenção de terceiros (espontânea ou provocada);</p><p>B - Quanto à obrigatoriedade: pode ser necessário, quando a lei ou a natureza da relação jurídica exige mais de um litigante no processo, em qualquer dos polos ou em ambos, para a validade do processo. Também pode ser facultativo, quando a formação do litisconsórcio é opção da parte (art. 113, NCPC);</p><p>C - Quanto aos polos ou posição: pode ser ativo (mais de um reclamante); passivo (mais de um reclamado); misto, quando há pluralidade de partes em ambos os polos (ativo e passivo simultaneamente);</p><p>D - Quanto aos efeitos ou resultado: pode ser simples, quando o juiz pode julgar de modo diverso para cada litisconsorte, isto eu, a decisão pode ser diferente para as partes. Pode ser unitário, quando a decisão é unitária às partes, isto é, a decisão atinge todos os litisconsortes por ser uniforme.</p><p>Litisconsórcio previsto na CLT</p><p>A única previsão do instituto jurídico é o art. 842, aplicando-se, todavia, CPC no que for compatível (art. 769 da CLT).</p><p>CLT.Art. 842 –Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento.</p><p>Obs.1:</p><p>OJ 310 da SDI-1, TST (REDAÇÃO NOVA) LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1o E 2o, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016. Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1o e 2o, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.</p><p>Obs. 2:</p><p>SÚMULA No. 36 DO TST.CUSTAS. Nas ações plúrimas, as custas incidem sobre o valor global.</p><p>SUGESTÃO DE LEITURA: CLT: Arts. 769 e 842.</p><p>CPC: 113 a 118.</p><p>ADVOGADO E CAPACIDADE POSTULATÓRIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO</p><p>Entende-se por capacidade postulatória a possibilidade de ingressar em juízo (postular), isto é, praticar os atos processuais que dão andamento ao processo judicial. Na Justiça do Trabalho, contudo, há o princípio do jus postulandi, o qual permite que a própria parte (empregado ou empregador) postule em juízo pessoalmente, SEM a representação de advogado.</p><p>Nesse sentido, art. 791 da CLT, in verbis: “Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até</p><p>o final”.</p><p>Contudo, quando a parte escolhe ser representada por advogado, exige- se, como regra, um instrumento que outorgue poderes para a prática dos atos processuais. Tal mandato é instrumentalizado pela procuração. No entanto, o mandato pode se dar de modo EXPRESSO ou TÁCITO e VERBAL ou ESCRITO.</p><p>O mandato é expresso quando os poderes são outorgados por meio da procuração, isto é, ocorre o registro escrito de concessão dos poderes.</p><p>Já o mandato tácito ocorre quando, SEM procuração escrita, a parte comparece com o advogado à audiência e faz consta tal fato em ata, sendo tácita a outorga.</p><p>O mandato “apud acta” é aquele que consta na ata, com previsão no §3o do art. 791:“A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada”.</p><p>Obs.:</p><p>Súmula 436, TST. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE INSTRUMENTO DE MANDATO. I – A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão DISPENSADAS da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação; II – Para os efeitos do item anterior, É ESSENCIAL QUE O SIGNATÁRIO AO MENOS SE DECLARE EXERCENTE DO CARGO DE PROCURADOR, NÃO bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.</p><p>SUGESTÃO DE LEITURA:</p><p>CLT: Arts. 791 a 793</p><p>CPC: Art. 103 a 107</p><p>Lei no. 5584 de 1970: Integralmente</p><p>ASSISTÊNCIA E JUSTIÇA GRATUITA</p><p>A assistência judiciária gratuita é prestada pelo sindicato ao trabalhador que declara sua miserabilidade.</p><p>Justiça gratuita é a possibilidade de a parte postular em juízo sem pagar custas processuais, isto é, taxas judiciais, emolumentos, custas, honorários de perito, despesas com editais etc., não fazendo jus, contudo, a advogado do Estado (gratuito), que é função do sindicato, ainda que o trabalhador não seja associado à categoria.</p><p>Art. 790 (...)</p><p>§3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.</p><p>§4o: O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.</p><p>Art. 14 da Lei 5.584/70. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei no 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador.</p><p>§1o A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.</p><p>§2o A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas.</p><p>§3o Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde resida o empregado.</p><p>Obs.</p><p>Súmula no 463 do TST. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial no 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo.</p><p>SUGESTÃO DE LEITURA:</p><p>CLT: Arts. 790 e 790-A CPC: Art. 98 a 102 Lei no. 5584 de 1970: Art. 14</p><p>MÓDULO 2 - ATOS, PROCESSO E PROCEDIMENTOS</p><p>1. Atos processuais</p><p>1.1. Da Preclusão</p><p>Os fatos processuais são acontecimentos naturais que, independente da vontade humana, causam efeitos processuais, como, por exemplo, a revelia e a morte das partes.</p><p>Os atos processuais, decorrentes da vontade humana, têm por finalidade um determinado efeito processual para desenvolvimento da demanda e não se confundem com os atos jurídicos em geral, que criam, modificam ou extinguem direitos.</p><p>Art. 770 da CLT - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.</p><p>Não confundir com os horários de audiência na justiça do trabalho: das 8 às 18h. Entende-se, contudo, que o art. 212 do CPC é plenamente aplicável ao Processo do Trabalho:</p><p>Art. 212, NCPC. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.</p><p>§1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.</p><p>§2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.</p><p>§3o Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local.</p><p>A preclusão permite que o processo se desenvolva, isto é, tenha um começo, meio e fim visando à composição da lide. A preclusão é a perda do direito de se praticar uma faculdade processual, evitando que o processo se prolongue ad eternum, aguardando a manifestação da parte. Pode ser: temporal; consumativa; ordinária ou lógica.</p><p>Obs.1:</p><p>Súmula 16. Notificação. Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.</p><p>Obs. 2:</p><p>Súmula 427. Intimação. Pluralidade de advogados. Publicação em nome de advogado diverso daquele expressamente indicado. Nulidade. Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo.</p><p>1.2. Comunicação dos Atos Processuais</p><p>A comunicação dos atos processuais é o meio para dar conhecimento dos atos realizados no processo. Trata-se de uma necessidade prática de divulgação dos atos processuais. Podem ser classificadas em: comunicação entre juízos (cartas precatórias, rogatórias, de ordem ou arbitral); ou comunicação NÃO entre juízos: podem ser intimações e citações. Na Justiça do Trabalho, tanto a citação quanto a intimação são tratadas como NOTIFICAÇÃO.</p><p>A comunicação do reclamado para que apresente defesa pode se dar de 4 formas: postal, por edital, por oficial de justiça ou por meio eletrônico. Ressalta-se que o art. 774, parágrafo único, CLT, criou uma obrigação para os Correios, os quais devem devolver em 48h a correspondência não entregue. Com isso, criou se a presunção relativa de a parte foi notificada após 48h da postagem da notificação (Sum 16).</p><p>Obs.: Pela análise do §1o do art.</p><p>841 da CLT, observa-se a possibilidade de notificação por edital em 2 hipóteses: embaraços da parte ou quando não é encontrado, depois da notificação postal.</p><p>§1o - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.</p><p>Com relação à intimação, ressalta-se que a intimação do Ministério Público é sempre pessoal e não por diário oficial. Assim, os autos são encaminhados à procuradoria do MP para que o membro tenha ciência dos atos.</p><p>SUGESTÃO DE LEITURA: CLT: Arts. 770 a 782</p><p>CPC: Art. 236 a 275</p><p>2. Prazos Processuais</p><p>2.1. Contagem dos Prazos</p><p>Entende-se por prazo processual o lapso de tempo dado a parte para a prática de um ato processual. Este período pode ser estabelecido pela lei, pelo juiz ou pela parte, sob pena de preclusão processual. A classificação mais importante para provas é de que os prazos processuais podem ser peremptórios (preclusivos ou fatais) ou dilatórios (arts. 222 e 190 do CPC).</p><p>Art. 775. CLT. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.</p><p>O Dec. Lei 779/69 determina, em seu art. 1o, incisos II e III:</p><p>Art. 1o Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica: II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, da Consolidação das Leis do Trabalho; III - o prazo em dôbro para recurso;</p><p>2.2. Interrupção e Suspensão dos Prazos</p><p>Obs. 1:</p><p>Súmula 1, TST: PRAZO JUDICIAL. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda- feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir.</p><p>Obs. 2:</p><p>Súmula 262, TST: PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE. I – Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato [SEGUNDA-FEIRA, SE ÚTIL] e a contagem, no subsequente [TERÇA-FEIRA, SE ÚTIL]; II – O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (art. 177, §1o, do RITST) suspendem os prazos recursais.</p><p>Obs. 3:</p><p>Súmula 197, TST: PRAZO. O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença, conta-se de sua PUBLICAÇÃO.</p><p>Obs. 4:</p><p>Súmula 30, TST: INTIMAÇÃO DA SENTENÇA. Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, §2o, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença.</p><p>Obs. 5 (REFORMA!):</p><p>Art. 775, § 1o Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóteses: I – quando o juízo entender necessário; II – em virtude de força maior, devidamente comprovada. § 2o Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito.</p><p>Obs. 6:</p><p>OJ 310 SDI-I. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1o E 2o, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016. Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1o e 2o, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.</p><p>Quando o prazo é suspenso, a contagem é paralisada e retomada do ponto em que parou. Por exemplo, são 8 dias para recurso ordinário. No 4o dia do prazo tem início o recesso forense. Neste caso, quando as atividades forenses retornarem, a parte terá 4 dias para interposição do recurso, fechando os 8 dias recursais.</p><p>Por outro lado, o prazo é interrompido quando a contagem é zerada, fazendo com que todo o prazo seja devolvido à parte. Por exemplo, recurso ordinário de 8 dias, com interposição de embargos de declaração no 3o dia. A interposição dos embargos zera todo o período já transcorrido e após o julgamento deste, a parte terá novamente 8 dias para interposição de recurso ordinário.</p><p>3. Despesas Processuais</p><p>Entende-se por despesas processuais todas aquelas realizadas para o desenvolvimento, dentro ou fora do processo, as quais são arcadas pela parte, salvo justiça gratuita. Nas despesas estão incluídas: custas, emolumentos, honorários, despesas com testemunhas, edital etc.</p><p>CUIDADO! A ausência do reclamante à audiência importa o arquivamento da ação. Nesse caso, este será condenado ao pagamento das custas, ainda que beneficiário da justiça gratuita? Sim. De acordo com o art. 844 da CLT, caso o reclamante não compareça à audiência, haverá o arquivamento da ação, com a consequente condenação ao pagamento de custas, ainda que beneficiário da justiça gratuita. No entanto, tal condenação poderá ser dispensada se o reclamante comprovar, no prazo de 15 (quinze) dias, que a ausência ocorreu por motivo justificável.</p><p>As despesas processuais obrigatórias podem ser classificadas em: taxa judiciária; custas processuais e emolumentos.</p><p>As taxas judiciárias são espécies de tributos, compulsória, e decorrem dos serviços jurisdicionais.</p><p>As custas referem-se às despesas relativas ao expediente e movimentação, nos termos do regimento.</p><p>Já os emolumentos correspondem ao ressarcimento de despesas provocadas ao órgão</p><p>de interesse do requerente, normalmente não jurisdicionais, por exemplo, certidões e traslados.</p><p>ATENÇÃO (REFORMA!):</p><p>Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: (...)</p><p>Art. 789-A. No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do</p><p>executado e pagas ao final, de conformidade com a seguinte tabela: (...)</p><p>Art. 789-B. Os emolumentos serão suportados pelo Requerente, nos valores fixados na seguinte</p><p>tabela: (...)</p><p>Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente</p><p>na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.</p><p>$1° Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo</p><p>estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.</p><p>§2° O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais.</p><p>§3° O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.</p><p>§4° Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos</p><p>capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo.</p><p>SUGESTÃO DE LEITURA:</p><p>CLT: Arts. 789 a 790-B; 793-A a 793-D 5</p><p>4. Isenção das Custas</p><p>O art. 790-A da CLT prevê que são isentos das custas processuais a administração direta, autarquias e fundações públicas que não explorem atividade econômica, bem como o MPT. Ainda prevê que a isenção das custas não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional (CREA e similares).</p><p>São, ainda, isentos do pagamento de custas: o beneficiário da justiça gratuita; as Empresas Brasileiras de Correios e Telégrafos;</p><p>os Estados estrangeiros, missões diplomáticas e reparticões consulares</p><p>Obs.</p><p>Súmula 170, TST: SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. CUSTAS. Os privilégios e isenções no foro da Justiça do Trabalho NÃO abrangem as sociedades de economia mista, ainda que gozassem desses benefícios anteriormente ao Decreto-Lei no 779, de 21.08.1969.</p><p>Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas.</p><p>As custas são, em regra, pagas ao final, sendo adiantadas no caso de interposição de recurso (estudaremos isso em Recursos), conforme o §1o do art. 789:</p><p>§1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal.</p><p>5. Nulidades Processuais</p><p>A nulidade do ato ocorre quando lhe falta algum requisito que a lei prescreve como necessário para a sua validade, acarretando a privação dos efeitos jurídicos do ato praticado. A exemplo dos atos jurídicos em geral, os atos processuais podem estar eivados de vícios ou irregularidades que podem vir a contaminar ou não a sua validade.</p><p>A NULIDADE ABSOLUTA será declarada toda vez que o ato processual viciado violar normas de interesse público, podendo ser declarada de ofício pelo magistrado, não se permitindo às partes disporem sobre esse interesse, como no caso da incompetência absoluta, a qual deve ser declarada de ofício e pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção (art. 64, §1o do NCPC).</p><p>Quanto à NULIDADE RELATIVA, o vício do ato processual viola normas de interesse privado, dependendo sempre da provocação do interessado, não podendo ser declarada de ofício pelo magistrado, como ocorre nos casos de incompetência relativa, em que a mesma pode ser prorrogada se não oposta exceção pelo reclamado no momento da apresentação da defesa.</p><p>Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.</p><p>Vige, no particular aspecto, o princípio da instrumentalidade das formas ou da finalidade, que preconiza que a forma é apenas um instrumento para se alcançar a finalidade do processo, não sendo, em regra, essencial para a validade do ato. Logo, se a lei prescrever que o ato tenha determinada forma, sem cominar nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outra forma, lhe alcançar a finalidade.</p><p>Vige, no particular aspecto, o princípio da instrumentalidade das formas ou da finalidade, que preconiza que a forma é apenas um instrumento para se alcançar a finalidade do processo, não sendo, em regra, essencial para a validade do ato. Logo, se a lei prescrever que o ato tenha determinada forma, sem cominar nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outra forma, lhe alcançar a finalidade.</p><p>sumula 427, TST: INTIMAÇÃO. PLURALIDADE DE ADVOGADOS. PUBLICAÇÃO EM NOME DE ADVOGADO DIVERSO DAQUELE EXPRESSAMENTE INDICADO. NULIDADE. Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo.</p><p>Obs. 2: O art. 795, §1o, da CLT estabelece que deverá ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro, sendo considerados em tal caso nulos os atos decisórios. No entanto, a redação do artigo mencionado é frágil, sendo desprovida da boa técnica legislativa. Com efeito, quando tal dispositivo menciona a “incompetência de foro”, em verdade referiu-se à incompetência absoluta (seja em razão da matéria ou da pessoa), a qual pode ser declarada de ofício, e não à incompetência territorial (foro), que é relativa, dependendo de provocação do interessado.</p><p>O princípio do interesse está previsto no art. 796, “b”, da CLT, segundo o qual a nulidade do ato processual não será pronunciada quando arguida por quem lhe tiver dado causa, não podendo a parte obter vantagem, prevalecendo-se de sua própria torpeza.</p><p>O princípio da utilidade encontra suporte no art. 798 da CLT, o qual determina que a</p><p>nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência.</p><p>SUGESTÃO DE LEITURA:</p><p>CLT: Arts. 794 a 798</p><p>CPC: Arts. 11; 64; 104 e 276 a 283.</p><p>6. Dissídio Individual</p><p>6.1. Classificação</p><p>Nos dissídios individuais discutem-se interesses concretos de pessoas determinadas, visando à aplicação de normas jurídicas preexistentes. Portanto, caracteriza-se dissídio individual pela natureza do conflito, independentemente do número de litigantes, ou seja, ainda que haja diversos reclamantes, desde que as pretensões sejam pessoais e exclusivas, o dissídio individual será simples, porém, por envolver mais de um autor, formando-se um litisconsórcio ativo, é denominado de plúrimo.</p><p>a) segundo os sujeitos:</p><p>- Dissídio individual simples: envolve como autor um empregado, e como réu um ou mais empregadores.</p><p>- Dissídio individual plúrimo: é o litisconsórcio de dois ou mais empregados agindo contra um ou mais empregadores. Caracteriza-se pela pluralidade de autores.</p><p>b) segundo o procedimento:</p><p>- Procedimento descrito na L. 5.584/70, em seus art. 2o, §3o e §4o, cabível nos processos de alçada, ou seja, aqueles que possuem valor da causa até dois salários-mínimos. (DISCUTÍVEL SE REVOGADO TACITAMENTE PELA L. 9.957/2000.)</p><p>- Rito sumaríssimo: instituído através da L. 9.957/2000, cabível em causas de até 40 salários- mínimos.</p><p>- Rito Ordinário: causas acima de 40 salários mínimos. - Inquérito p/ apuração de falta grave</p><p>- Medidas cautelares e especiais do CPC: A CLT não possui cautelares descritas em seu texto. Possui medidas de antecipação de tutela (sustação liminar de transferência de empregado e reintegração de empregado dirigente sindical). Assim, as medidas cautelares e os procedimentos especiais previstos no CPC, quando compatíveis, são aplicáveis na Justiça do Trabalho.</p><p>7.RECLAMAÇÃO TRABALHISTA</p><p>A petição inicial é peça formal que rompe a inércia do Judiciário e individualiza os sujeitos da lide e limita os pedidos da demanda. Na JT a petição inicial é chamada de reclamação e há o princípio do “jus postulandi”, o qual permite que a própria parte (empregado ou empregador) postule em juízo pessoalmente, sem a representação de advogado. Por sua vez, a reclamação trabalhista poderá ser feita escrita ou verbalmente.</p><p>A petição escrita, tão logo apresentada (em duas vias), será distribuída à Vara competente, para aguardar audiência inaugural. Já a reclamação verbal será distribuída, e posteriormente, reduzida a termo, no prazo de 5 dias, com o comparecimento da parte interessada na Secretaria da Vara.</p><p>Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 2o Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo. § 3o Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito.</p><p>7.2. VALOR DA CAUSA</p><p>Quanto ao valor da causa, na justiça do trabalho, temos que tal requisito é utilizado apenas para determinar o rito processual (ordinário, sumário ou sumaríssimo). Relembrando</p><p>Ordinário: superior a 40 salários mínimos; Sumário: até 2 salários mínimos; Sumaríssimo: entre 2 e 40 salários mínimos</p><p>7.3. EMENDA</p><p>E ADITAMENTO DA INICIAL</p><p>Entende-se por emenda a correção da petição inicial e por aditamento, o acréscimo de dados, informações ou pedidos. A CLT é omissa quanto ao assunto, assim, aplica-se subsidiariamente o CPC.</p><p>A emenda será́ feita quando houver vicio ou irregularidade cabendo ao juiz conceder prazo de 15 dias para que o reclamante corrija a peça, nos termos do art. 321 do NCPC.</p><p>Súmula 263: PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO. INSTRUÇÃO OBRIGATÓRIA DEFICIENTE. Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015).</p><p>Com base no CPC, sem a anuência do réu, pode-se aditar a inicial antes da citação do réu (art. 329, I, NCPC). Por outro lado, a inicial poderá ser aditada ou emendada após a citação do réu, desde que este dê sua anuência (art. 329, II, NCPC), e até o saneamento do processo.</p><p>Art. 329 CPC. O autor poderá:</p><p>I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;</p><p>II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.</p><p>Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.</p><p>OBS. (Reforma!): A CLT passou a prever expressamente que após oferecida a contestação o reclamante não poderá desistir da ação sem o consentimento do reclamado.</p><p>Art. 841, § 3o. Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação.</p><p>MÓDULO 3 – AUDIÊNCIA TRABALHISTA</p><p>1 - CONCEITO</p><p>É o ato público, em princípio indispensável, no qual o réu pode apresentar sua resposta à petição inicial, e o juiz procede a instrução, fórmula propostas destinadas à solução consensual do litígio, concede prazo para razões finais e profere sentença.</p><p>OJ 245 da SDI-1, TST: REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA. Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na audiência.</p><p>2. PRINCÍPIOS DA AUDIÊNCIA TRABALHISTA</p><p>- Presença obrigatória das partes: A CLT exige a presença pessoal das partes.</p><p>art. 843: Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.</p><p>§ 1o. É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.</p><p>§ 2o. Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.</p><p>art. 844: O não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. PU: Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência.</p><p>- Concentração dos atos processuais numa única audiência (una): Pela sistemática da CLT, a audiência é única, onde o Juiz do Trabalho toma conhecimento da inicial, faz proposta de conciliação, apresenta defesa, produz-se provas, e se prolata a sentença.</p><p>Art. 849: A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.</p><p>- Publicidade:</p><p>Art. 93, IX da CF: todos os julgamentos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.</p><p>Art. 189 CPC. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:</p><p>I - em que o exija o interesse público ou social;</p><p>II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;</p><p>III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;</p><p>IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.</p><p>- Oralidade: Tanto o juiz como as partes e advogados se utilizam das palavras para praticar os atos processuais em audiência. O juiz do Trabalho, também, sempre que possível, deve sanear o processo na audiência, resolver eventuais incidentes, e fixar os pontos controvertidos para a produção de provas.</p><p>- Imediatidade: o Juiz do Trabalho obriga-se a ter um contato direto com as partes e a sua prova testemunhal, ou qualquer outro meio de prova para termos esclarecimentos na busca da verdade real. O princípio da Imediatidade privilegia o julgamento da causa pelo juiz que presidiu a produção de prova (mediou os atos da oitiva das partes e testemunhas, por exemplo), possibilitando ao juiz avaliar a credibilidade da mesma.</p><p>- Poderes mais acentuados ao Juiz do Trabalho na condução da audiência (inquisitivo): O juiz tem ampla liberdade na direção da audiência.</p><p>art. 765 da CLT: Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.</p><p>Art. 852-D da CLT: O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.</p><p>Art. 844 - O não- comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.</p><p>§ 1o Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência. (REFORMA A PARTIR DAQUI)</p><p>§ 2o Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.</p><p>§ 3o O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura de nova demanda.</p><p>§ 4o A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se:</p><p>I – havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;</p><p>II – o litígio versar sobre direitos indisponíveis;</p><p>III – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;</p><p>IV – as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.</p><p>§ 5o Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.</p><p>Em verdade, os juízes do trabalho, com base no art. 765</p><p>(ampla liberdade na direção do processo) e no art. 849, ambos da CLT, vêm adotando a praxe de dividir a audiência em 3 sessões, quais sejam:</p><p>- Audiência de conciliação: também chamada de audiência inaugural, objetiva buscar a conciliação, e, não sendo esta possível, a apresentação da defesa pela reclamada;</p><p>- Audiência de instrução: também chamada de audiência em prosseguimento, com o objetivo de colher as provas;</p><p>- Audiência de julgamento: com o único objetivo de dar ciência da sentença as partes, mediante sua publicação em audiência. Normalmente, é dado em gabinete com a respectiva publicação de sentença.</p><p>3. AUSÊNCIA DAS PARTES NA AUDIÊNCIA</p><p>A ausência do reclamante na audiência inaugural provoca o ARQUIVAMENTO da reclamação (art. 844, CLT). Arquivada a ação, poderá́ o reclamante ajuizá-la novamente. Contudo, dando causa o reclamante a 2 arquivamentos seguidos por ausência a audiência inaugural, ficará impossibilitado de ajuizá-la novamente pelo prazo de 6 meses. Trata-se da PEREMPÇÃO TRABALHISTA.</p><p>Ressalta-se que estas sanções (arquivamento e perempção) SOMENTE OCORREM NA AUDIÊCIA INAUGURAL. Isso porque quando for designada posterior audiência de instrução (audiência de prosseguimento), o não comparecimento do reclamante ou do reclamado gera a CONFISSÃO FICTA (presumem-se verdadeiros os fatos alegados).</p><p>Súmula 9, TST: AUSÊNCIA DO RECLAMANTE. A AUSÊNCIA DO RECLAMANTE, QUANDO ADIADA A INSTRUÇÃO APÓS CONTESTADA A AÇÃO EM AUDIÊNCIA, NÃO IMPORTA ARQUIVAMENTO DO PROCESSO.</p><p>Súmula no 74 do TST CONFISSÃO. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016. I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula no 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978) II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), na o implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ no 184 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.</p><p>OJ 152 da SDI-1, TST: REVELIA. PESSOA JURIDICA DE DIREITO PUBLICO. APLICAVEL. (ART. 844 DA CLT). PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO SUJEITA-SE À REVELIA PREVISTA NO ARTIGO 844 DA CLT.</p><p>Súmula 122, TST: REVELIA. ATESTADO MÉDICO. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é REVEL, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.</p><p>4. PECULIARIDADES DA AUDIÊNCIA TRABALHISTA</p><p>A) Designação. Prazos.</p><p>No processo do trabalho não existe o despacho de recebimento de inicial. Quem recebe é o diretor de secretaria (art. 841 da CLT), e o juiz só toma contato com a inicial em audiência.</p><p>Entre a ciência da audiência e a realização desta, deve existir um prazo mínimo de 5 dias para o reclamado apresentar defesa e contatar as testemunhas (841 da CLT).</p><p>B) Limites Temporais</p><p>Art. 813 da CLT: As audiências dos órgãos da JT serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados entre 8 e 18 horas, não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.</p><p>Obs.: Não confundir com o horário dos ATOS processuais: dias úteis das 6 às 20 horas (art. 770 da CLT).</p><p>C) Local de realização</p><p>Na sede do juízo ou tribunal. Excepcionalmente, nos termos do §1o do art. 813, poderá ser designado outro local para realização das audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com antecedência mínima de 24 horas.</p><p>Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer.</p><p>§ 2º Se, até 30 (trinta) minutos após a hora marcada, a audiência, injustificadamente, não houver sido iniciada, as partes e os advogados poderão retirar-se, consignando seus nomes, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências.</p><p>D) Poder de Polícia do Juiz</p><p>Art. 816 da CLT: O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do recinto os assistentes que a perturbarem.</p><p>E) Hipóteses de adiamento</p><p>§1o do art. 844: Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência.</p><p>5. PROCEDIMENTO DA AUDIÊNCIA QUANDO HÁ COMPARECIMENTO DAS PARTES</p><p>Art. 814: Às audiências deverão estar presentes, comparecendo com a necessária antecedência. os escrivães ou secretários.</p><p>Art. 815: À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas devam comparecer.</p><p>Por tradição, o reclamante e seu advogado se sentam ao lado esquerdo do juiz, o reclamado e seu advogado, do lado direito. Iniciada a audiência, o juiz fará a primeira proposta conciliatória (art. 846 da CLT).</p><p>§1o do art. 846. Se houver acordo, lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento.</p><p>O processo é assim extinto COM resolução de mérito (art. 831 da CLT: a decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação), exceto para o INSS que poderá recorrer quanto às parcelas objeto de incidência previdenciária.</p><p>Não aceita a proposta conciliatória, passa-se à leitura da inicial (podendo ser dispensada), tendo o Reclamado 20 minutos para apresentação de defesa oral.</p><p>A CLT não prevê a possibilidade de manifestação sobre a defesa. Dessa feita, aplica-se subsidiariamente o CPC.</p><p>No rito sumaríssimo, o Reclamante fará a manifestação em audiência, salvo impossibilidade material de fazê-lo (art. 852-H da CLT), a critério do juiz.</p><p>Posteriormente são ouvidas as partes e testemunhas.</p><p>Após a oitiva, as partes terão 10 minutos sucessivos para apresentação de razões finais (art. 850 da CLT), nessa ocasião, poderá a parte também arguir eventuais nulidades do processo (art. 795 da CLT).</p><p>Não há previsão legal para razões finais no procedimento sumaríssimo. Após o juiz fará a última proposta de conciliação. Se não aceita, será prolatada a decisão em audiência (art. 832 da CLT).</p><p>6. RESPOSTA DO RECLAMADO</p><p>Optando pela defesa, o reclamado poderá fazê-la por três modalidades, inclusive, cumulativamente: contestar, reconvir ou apresentar exceção. Na Justiça do Trabalho a sistemática pensada foi que a defesa (contestação, exceções e reconvenção) devem ser apresentadas na audiência e de forma oral (20 minutos). Lembre-se de que audiência deve ser marcada com antecedência mínima de 5 dias, exceto para as pessoas jurídicas de direito público e privadas prestadoras de serviços públicos (Correios), e o MPT, ocasião em que será de 20 dias.</p><p>Na prática trabalhista, a defesa é apresentada de forma escrita na própria audiência.</p><p>Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência (REFORMA!).</p><p>6.1. CONTESTAÇÃO</p><p>Como visto, pode ser apresentada de forma oral ou de forma escrita (processo eletrônico). A contestação possui 2 princípios fundamentais, previstos pelo CPC: da impugnação específica e da eventualidade da defesa.</p><p>A impugnação específica consiste na exigência do reclamado impugnar</p><p>detalhadamente os fatos narrados na inicial, sob pena de serem presumidos verdadeiros. Portanto, é vedada a contestação por negativa geral, salvo ao MP, ao curador especial e ao advogado dativo, cujo princípio não é aplicável.</p><p>A eventualidade, também chamada de princípio da concentração da defesa, disciplina que o réu deverá apresentar todas as defesas (de fato e de direito) que tiver naquele momento, sob pena de preclusão consumativa. Tal ataque deve ser processual (a relação jurídica) e de mérito (pedido do autor), para que o magistrando, em não reconhecendo o primeiro, eventualmente adote o segundo.</p><p>É na contestação que se deve fazer as defesas processuais (ou preliminares de mérito). As preliminares de mérito estão dispostas no art. 337 do NCPC, utilizado subsidiariamente em âmbito trabalhista.</p><p>A COMPENSAÇÃO e a RETENÇÃO devem ser alegadas como preliminar de mérito, sob pena de preclusão, é o disposto na Súmula 48 do TST.</p><p>Súmula 48 do TST: COMPENSAÇÃO. A compensação só poderá ser arguida com a contestação.</p><p>Súmula 18, TST: COMPENSAÇÃO. A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas de natureza trabalhista.</p><p>ATENÇÃO: Compensação e dedução não se confundem, sendo que apenas a primeira é limitada ao pagamento de uma remuneração. Nesse sentido, aplica-se o parágrafo 5o do artigo 477 da CLT, que estabelece que qualquer compensação na rescisão contratual não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.</p><p>A compensação envolve:</p><p>a) parcelas de mesma natureza;</p><p>b) identidade recíproca entre credor e devedor, na forma do artigo 368 do Código Civil.;</p><p>c) dívida, líquida, vencida e de coisas fungíveis, na forma do artigo 369 do Código Civil. Por outro lado, a dedução apenas ocorre quando se verifica o pagamento parcial de parcelas deferidas na sentença, a fim de se evitar o enriquecimento ilícito. Como exemplo, os casos de adiantamentos salariais.</p><p>A apresentação de contestação é uma faculdade do reclamado, mas não o fazendo, sofrerá os efeitos da revelia, que podem ser materiais ou processuais. Os efeitos materiais fazem presumir a veracidade dos fatos alegados na inicial, ou seja, confissão ficta, a qual poder ser ilidida por prova em contrário. Já os efeitos processuais permitem o julgamento antecipado da lide e a não obrigatoriedade de intimação do reclamado, exceto da sentença.</p><p>Admite-se a reconvenção de forma subsidiária, já que a CLT é omissa e não há incompatibilidade (art. 343 do CPC). Ressalta-se, contudo, que no rito sumário e sumaríssimo não se admite a reconvenção, tendo em vista celeridade processual. Contudo, aplica-se supletivamente o art. 31 da Lei dos juizados especiais (comum), admitindo-se o pedido contraposto.</p><p>Além disso é possível apresentar a exceção de incompetência em razão do lugar, remetendo-se à aula e ao material da aula 1.</p><p>7. DO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO</p><p>Trata-se de um procedimento previsto para ser mais célere e mais simples no processo do trabalho. A leitura e compreensão dos artigos são essenciais.</p><p>Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional.</p><p>Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado; III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. § 1o O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. § 2o As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação.</p><p>Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.</p><p>Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.</p><p>Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência.</p><p>Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova testemunhal.</p><p>Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença.</p><p>Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. § 1o Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. § 2o As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. § 3o Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. § 4o Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito. § 5o (VETADO) § 6o As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias. § 7o Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa.</p><p>Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. § 1o O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum. § 2o (VETADO) § 3o As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada.</p><p>8. PROVAS</p><p>Provas são os instrumentos processuais considerados pelo ordenamento jurídico como aptos para a demonstração da veracidade dos fatos alegados em juízo. Na Consolidação das Leis do Trabalho, as provas encontram amparo legal nos arts. 818 a 830. O CPC é aplicado subsidiariamente. Para efeitos de prova de primeira e segunda fase da OAB, a leitura dos artigos da CLT é indispensável.</p><p>8.1. Ônus da Prova</p><p>Quanto ao ônus da prova no processo do trabalho, o art. 818 da CLT estabelece que a prova das alegações incumbe à parte que as fizer.</p><p>Art. 818 (REFORMA!!). O ônus da prova incumbe: I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante. § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade</p><p>ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. § 2o A decisão referida no § 1o deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido. § 3o A decisão referida no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.</p><p>Portanto:</p><p>- ao autor (reclamante) incumbe a prova do fato constitutivo do seu direito;</p><p>- ao réu (reclamado) cabe a prova da existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.</p><p>A inversão do ônus da prova é exceção!</p><p>8.2. Súmulas e OJ’s do TST aplicáveis</p><p>Súmula no 443 do TST. DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO - Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego.</p><p>Sum. 460 do TST. VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA - É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os requisitos indispensáveis para a concessão do vale- transporte ou não pretenda fazer uso do benefício.</p><p>Sum. 6, VII – VIII: É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial.</p><p>Sum. 16: Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.</p><p>Sum. 212: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.</p><p>Obs. (artigos com possibilidade de incidência em exame da OAB):</p><p>Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.</p><p>Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis).</p><p>Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação. Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.</p><p>Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.</p><p>9. SENTENÇA E COISA JULGADA</p><p>Os pronunciamentos do juiz estão previstos nos arts. 203 a 205 do Código de Processo Civil de 2015. Consistem em (art. 205): a) sentenças; b) decisões interlocutórias; e c) despachos.</p><p>- despacho: é o ato do juiz de mera movimentação processual, pautado no princípio do impulso oficial. Traduz ato de andamento do processo, sem conteúdo decisório, como nos casos dos despachos de citações, intimações, juntada de documentos, manifestações etc.;</p><p>- sentença: ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487 do CPC/2015, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução; e</p><p>- decisão interlocutória: é o todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no conceito de sentença acima ventilado. Trata-se de um critério por exclusão.</p><p>As sentenças são:</p><p>a) terminativas ou processuais: aquelas em que o juiz resolve o procedimento em 1o grau sem adentrar no mérito da causa. Exemplos: indeferimento da petição inicial; ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais; desistência da ação etc.</p><p>b) definitivas ou de mérito: aquelas em que o juiz resolve o procedimento em 1o grau de jurisdição adentrando no mérito da causa. Exemplos: quando o juiz acolhe ou rejeita o pedido do autor; quando as partes transigem; quando o autor renuncia ao direito sobre que se funda a ação etc.</p><p>Os trâmites de instrução e julgamento serão resumidos em ata, de que constará, na íntegra, a decisão (cf. art. 851 da CLT).</p><p>A ata será juntada ao processo no prazo improrrogável de 48 horas, contado da audiência de julgamento.</p><p>Sum. 30 TST: INTIMAÇÃO DA SENTENÇA Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2o, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença.</p><p>A regra da CLT é a notificação da sentença na própria audiência, em conformidade com os princípios da celeridade e da economia processual, bem como do jus postulandi, inerentes ao processo do trabalho.</p><p>Segundo a Súmula 197 do TST, o prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação, que ocorre na própria audiência de julgamento.</p><p>Art. 831, Parágrafo único da CLT. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas.</p><p>IMPORTANTE:</p><p>Art. 790, §3o (alterado pela reforma) É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. § 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.</p><p>Obs.: Justiça gratuita não é o mesmo que assistência judiciária gratuita.</p><p>MÓDULO 4 - RECURSOS E EXECUÇÃO TRABALHISTA</p><p>TEORIA GERAL DOS RECURSOS TRABALHISTAS</p><p>É o meio processual que dispõe a parte, o terceiro prejudicado e o Ministério Público para impugnar, reformar, esclarecer, invalidar ou integrar decisão judicial, dentro da mesma relação jurídica processual.</p><p>1. PRINCÍPIOS</p><p>- Princípio do duplo grau de jurisdição: Trata-se de princípio implícito da CF/88, advindo de uma interpretação sistemática do ordenamento jurídico brasileiro. Temos a previsão de recursos, de tribunais superiores, e, portanto, a possibilidade jurídica da existência do princípio.</p><p>-> no processo do trabalho sempre haverá duplo juízo de admissibilidade, ou seja, o juiz de piso sempre fara a analise dos requisitos recursais para decidir se vai receber ou não os recursos.</p><p>- Princípio da taxatividade, da legalidade ou da reserva legal: somente é possível o interpor recurso que esteja previsto em lei, ou seja, na CLT ou na legislação extravagante. Relembrando que compete privativamente à União legislar sobre direito processual conforme estabelece o art. 22, I, da CF/88. Assim, o rol dos recursos trabalhistas é taxativo e os recursos que não estejam previstos na legislação processual trabalhista não são admitidos.</p><p>São recursos trabalhistas:</p><p>a) embargos de declaração (art. 897-A da CLT);</p><p>b) recurso ordinário (art. 895 da CLT);</p><p>c) agravo de instrumento (art. 897, b, da CLT);</p><p>d) agravo regimental (interno) (art. 1.021 do CPC/2015);</p><p>e) recurso de revista (arts. 896, 896-A,</p><p>896-B e 896-C da CLT); 6. f) embargos no TST (art. 894</p><p>da CLT);</p><p>g) recurso extraordinário (art. 102, III, da CF/88);</p><p>h) recurso ordinário constitucional (art. 102, II, da CF/88); 9. i) agravo de petição (art. 897, a, da CLT);</p><p>j) recurso (pedido) de revisão (art. 2o, §§ 1o e 2o, da Lei n. 5.584/70); e 11. k) recurso adesivo (art. 997 do CPC/2015 e Súmula 283 do TST).</p><p>- Princípio da unicidade dos prazos recursais no processo do trabalho: regra geral é que os prazos no processo do trabalho é de 8 dias. Somente os Embargos de Declaração (5 dias) e o Recurso Extraordinário para o STF (15 dias) que têm prazo diferenciado.</p><p>- Princípio da unirrecorribilidade, singularidade ou unicidade recursal: À parte é possível interpor somente um único recurso específico para cada decisão.</p><p>- Princípio da vedação da reformatio in pejus (non reformatio in pejus): o Tribunal NÃO pode agravar a situação do Recorrente. Não confundir com a possibilidade de que todas as partes recorrem.</p><p>- Princípio da fungibilidade ou da conversibilidade recursal: O recurso que foi interposto de forma incorreta poderá ser convertido em recurso corretamente cabível. São três requisitos ou pressupostos para a aplicação do referido princípio: a) inexistência de erro grosseiro ou de má- fé; b) existência de dúvida objetiva em relação ao recurso cabível no caso concreto; e c) o recurso que foi interposto de forma errada deve observar o prazo do recurso corretamente cabível.</p><p>Obs.:</p><p>Súmula 421 do TST. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CABIMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR CALCADA NO ART. 932 DO CPC DE 2015. ART. 557 DO CPC DE 1973 I – Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator prevista no art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte pretende tão somente juízo integrativo retificador da decisão e, não, modificação do julgado. II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o, do CPC de 2015.</p><p>OJ 69 SDI-2. FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRT. Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da petição inicial de ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal, ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo regimental.</p><p>OJ 152 SDI-2. AÇÃO RESCISÓRIA E MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO DE REVISTA DE ACÓRDÃO REGIONAL QUE JULGA AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. INAPLICABILIDADE. ERRO GROSSEIRO NA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. A interposição de recurso de revista de decisão definitiva de Tribunal Regional do Trabalho em ação rescisória ou em mandado de segurança, com fundamento em violação legal e divergência jurisprudencial e remissão expressa ao art. 896 da CLT, configura erro grosseiro, insuscetível de autorizar o seu recebimento como recurso ordinário, em face do disposto no art. 895, “b”, da CLT.</p><p>OJ 412 SDI-1. AGRAVO INTERNO OU AGRAVO REGIMENTAL. INTERPOSIÇÃO EM FACE DE DECISÃO COLEGIADA. NÃO CABIMENTO. ERRO GROSSEIRO. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. É incabível agravo interno (art. 1.021 do CPC de 2015, art. 557, §1o, do CPC de 1973) ou agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida por Órgão colegiado. Tais recursos destinam-se, exclusivamente, a impugnar decisão monocrática nas hipóteses previstas. Inaplicável, no caso, o princípio da fungibilidade ante a configuração de erro grosseiro.</p><p>Súmula no 303 do TST FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; c) 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em: a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses dos incisos anteriores. IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa.</p><p>- Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias na Justiça do Trabalho: as decisões interlocutórias não ensejam recurso, de imediato, na Justiça do Trabalho.</p><p>Súmula no 214 do TST. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1o, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2o, da CLT.</p><p>EFEITOS DOS RECURSOS TRABALHISTAS</p><p>- Efeito devolutivo: Recursos Trabalhistas, em regra, são dotados de mero efeito devolutivo.</p><p>Art. 899 CLT. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.</p><p>Se subdivide em:</p><p>a) Efeito devolutivo em extensão ou horizontal: tribunal só vai analisar o que foi objeto de recurso. Ex.: na petição inicial foram formulados dois pedidos, ambos julgados improcedentes, se o autor recorre apenas de um, somente este poderá ser apreciado pelo tribunal. O outro transitará em julgado; e</p><p>b) Efeito devolutivo em profundidade ou vertical: está no art. 1.013 do CPC.</p><p>Art. 1.013 do CPC. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. § 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. § 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.</p><p>Obs.:</p><p>Súmula no 393 do TST RECURSO ORDINÁRIO.</p><p>EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. ART. 1.013, § 1o, DO CPC DE 2015. ART. 515, § 1o, DO CPC DE 1973. I - O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1o do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1o, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado. II - Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o recurso ordinário, deverá decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3o do art. 1.013 do CPC de 2015, inclusive quando constatar a omissão da sentença no exame de um dos pedidos.</p><p>- Efeito suspensivo: o efeito suspensivo suspende a eficácia da decisão enquanto não julgado o recurso interposto contra essa decisão.</p><p>SÚMULA IMPORTANTE(!!!):</p><p>Súmula no 414 do TST MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5o, do CPC de 2015. II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória.</p><p>TEMAS PARA TOMAR CUIDADO (1a e 2a fases da OAB)</p><p>- Tema Recorrente: O PREPARO compreende o depósito recursal e as custas processuais (taxas judiciárias). Sem o pagamento dessas parcelas o recurso é considerado DESERTO e, consequentemente, não conhecido, salvo quando a parte for beneficiária da justiça gratuita, tornando-se isenta das custas no momento de recorrer.</p><p>- CUSTAS: 2% sobre o valor da condenação. Com a REFORMA TRABALHISTA a CLT</p><p>passou a prever valor limite máximo para as custas: QUATRO VEZES O LIMITE MÁXIMO DOS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL.</p><p>- ISENTOS de Custas: U, E, DF, M e respectivas Autarquias, Fundações (que não explorem atividade econômica), MPT, Beneficiários da Justiça Gratuita, e Massa Falida.</p><p>- DEPÓSITO RECURSAL: visa à garantia futura do juízo e somente é devido nas sentenças com condenação pecuniária, tendo um valor específico para cada tipo de recurso.</p><p>IMPORTANTE: O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os mesmos índices da poupança. (art. 899, §4o).</p><p>ATENÇÃO! A Reforma Trabalhista trouxe situações expressas de redução do valor do depósito pela metade e, ainda, de isenção.</p><p>Art. 899, § 9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. § 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.</p><p>RECURSOS EM ESPÉCIE</p><p>1. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO</p><p>Art. 897-A CLT. Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de 5 dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.</p><p>Art. 1.022 CPC. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III – corrigir erro material.</p><p>- DECISÃO OMISSA: Entende-se por omissão a decisão que deixa de apreciar algo pleiteado, dando origem à sentença citra petita. Contra a decisão citra petita a parte tem três caminhos: opor embargos de declaração; interpor, desde logo, recurso ordinário para anular a sentença; ou ajuizar ação rescisória, se já houver trânsito em julgado.</p><p>- FINALIDADE DE PREQUESTIONAMENTO: Entende-se por pré-questionada a matéria que tenha adotado explicitamente tese a respeito. Aliás, cabe à parte opor embargos de declaração para obter o prequestionamento da matéria, desde que ela já tenha sido invocada no recurso principal.</p><p>OBS.:</p><p>Súmula no 297 do TST PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. III. Considera- se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração.</p><p>- DA DECISÃO CONTRADITÓRIA: A contradição estará configurada quando houver conflito lógico de pretensões deferidas. Por exemplo: reconhece-se que o empregado foi demitido por justa causa, mas são julgados improcedentes os pedidos de verbas rescisórias que ele não recebeu.</p><p>- DA DECISÃO OBSCURA: Apesar de não estar previsto expressamente na CLT, os embargos de declaração também são oponíveis quando a sentença é de difícil compreensão, em que falta clareza.</p><p>- DO MANIFESTO EQUÍVOCO NO EXAME DOS PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS DO RECURSO: quando, por exemplo, o juiz ou desembargador diz que o recurso é intempestivo, mas na realidade ele não é.</p><p>- DO ERRO MATERIAL: O §1o do art. 897-A da CLT possibilita a oposição de embargos no caso de mero erro material, embora seja possível também ser feito por meio de simples petição.</p><p>IMPORTANTE:</p><p>Súmula no 421 do TST. EMBARGOS de DECLARAÇÃO. CABIMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR CALCADA NO art. 932 do CPC de 2015. ART. 557 DO CPC de 1973. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016. I – Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator prevista no art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte pretende tão somente juízo integrativo retificador da decisão e, não, modificação do julgado. II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o, do CPC de 2015.</p><p>Obs.: O § 2o do art. 897-A da CLT, passou a prever que Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias.</p><p>2. RECURSO ORDINÁRIO</p><p>Cabe Recurso Ordinário (RO) (equivalente à apelação do direito comum), no prazo de 8 dias, de decisão definitiva (com resolução de mérito) e terminativa (sem resolução de mérito) de primeiro grau prolatada pelo juiz da Vara do Trabalho (art. 895, CLT). Cabe recurso ordinário das decisões terminativas ou definitivas dos Tribunais Regionais do Trabalho em processo de sua competência</p><p>originária. Lembre-se que as decisões interlocutórias terminativas do feito para a justiça do trabalho são atacáveis por recurso ordinário. Por exemplo, acolhimento de exceção de incompetência da Justiça do Trabalho com remessa</p><p>DE LINHAS E APARELHOS EM EMPRESA DE TELEFONIA (DJ 25.04.2007)</p><p>É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência</p><p>Base de cálculo: salário base.</p><p>Insalubridade</p><p>Periculosidade</p><p>Contato acima dos limites de tolerância</p><p>Exposição</p><p>Obrigatório a perícia</p><p>Não é obrigatório a perícia</p><p>Aspectos processuais:</p><p>Sumula 453 TST – com pagamento espontâneo do adicional o juiz pode não requerer a perícia.</p><p>** é necessário perícia mesmo quando há revelia na insalubridade</p><p>** não é necessário perícia em revelia na periculosidade, pois se assume verídico os fatos narrados.</p><p>Adicional de penosidade:</p><p>Fundamento: artigo 7º, inciso XXIII da CF</p><p>Não há definição do que é penoso.</p><p>71 da lei 8112/90 (estatuto dos servidores públicos federais): regulamenta o que é penosidade.</p><p>Princípio da adequação salarial negociável: condições mínimas que podem ser negociados em convenções coletivas</p><p>Responsabilidade civil no contrato de trabalho</p><p>Contratual -> dano -> $</p><p>Responsabilidade civil</p><p>Extracontratual -> ato ilícito</p><p>Responsabilidade do empregado para com o empregador:</p><p>Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.</p><p>§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.</p><p>OJ-SDI1-251 DESCONTOS. FRENTISTA. CHEQUES SEM FUNDOS (inserida em 13.03.2002)</p><p>É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo.</p><p>Fundamentos da responsabilidade civil: art. 7, inciso XXVIII e Art. 5, inciso X da CF</p><p>- Regra geral é que a responsabilidade civil do empregador é subjetiva, ou seja, necessita de dolo ou culpa, no entanto, há exceção, uma vez que a responsabilidade objetiva do empregador ser da quando a atividade normalmente desenvolvida pelo empregado for de risco.</p><p>Art. 927 do CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.</p><p>Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.</p><p>Responsabilidade do empregador por danos causados ao empregado</p><p>Lei 813 Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.</p><p>§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.</p><p>Art. 223-F. A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida cumulativamente com a indenização por danos materiais decorrentes do mesmo ato lesivo</p><p>§ 1o Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir a decisão, discriminará os valores das indenizações a título de danos patrimoniais e das reparações por danos de natureza extrapatrimonial</p><p>§ 2o A composição das perdas e danos, assim compreendidos os lucros cessantes e os danos emergentes, não interfere na avaliação dos danos extrapatrimoniais</p><p>Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará</p><p>I - a natureza do bem jurídico tutelado</p><p>II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação</p><p>III - a possibilidade de superação física ou psicológica;</p><p>IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;</p><p>V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;</p><p>VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral</p><p>VII - o grau de dolo ou culpa</p><p>VIII - a ocorrência de retratação espontânea</p><p>IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa</p><p>X - o perdão, tácito ou expresso</p><p>XI - a situação social e econômica das partes envolvidas</p><p>XII - o grau de publicidade da ofensa</p><p>§ 1o Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação</p><p>I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido</p><p>II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido;</p><p>III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido;</p><p>IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do ofendido.</p><p>§ 2o Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será fixada com observância dos mesmos parâmetros estabelecidos no § 1o deste artigo, mas em relação ao salário contratual do ofensor.</p><p>§ 3o Na reincidência entre partes idênticas, o juízo poderá elevar ao dobro o valor da indenização.</p><p>Indenização para o empregado:</p><p>Art. 944 do CC. A indenização mede-se pela extensão do dano.</p><p>- Dano in re ipsa: o dano é presumido, exemplo: o empregado perde um braço em um acidente, é presumido que houve um dano, não precisa comprovar</p><p>Extinção do contrato de trabalho</p><p>Introdução:</p><p>Art. 7º da CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:</p><p>I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;</p><p>Princípios:</p><p>SÚMULA Nº 212 - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.</p><p>a) Continuidade da relação de emprego</p><p>b) Presunção favorável ao trabalhador</p><p>c) Norma mais favorável</p><p>Terminologia:</p><p>a) Gratificação normal do CT: contrato com prazo determinado</p><p>b) Ato voluntario imotivado (resilição): o contrato é extinto sem explicação, ou seja, renúncia vazia de qualquer contrato, sem justa causa, tem verbas rescisórias.</p><p>c) Ato voluntário motivado (resolução): dispensa com justa causa.</p><p>- Ocorrência de uma justa causa pelo empregado.</p><p>- Ocorrência de uma justa causa pelo empregador</p><p>- Culpa recíproca</p><p>d) extinção atípica do contrato por fato involuntário</p><p>- Força maior</p><p>- Caso fortuito</p><p>- Factun principis</p><p>- Morte</p><p>- Extinção da empresa</p><p>e) Extinção por acordo (dishato)</p><p>verbas rescisórias típicas</p><p>são verbas rescisórias que estarão presentes em quase todas as extinções do contrato de trabalho, exceto na rescisão por justa causa do empregado.</p><p>a) Saldo de salário: serão os dias trabalhados no mês que ocorreu a extinção do contrato de trabalho</p><p>b)13º salário proporcional: proporcionalidade pelo trabalho exercido no ano que o contrato foi extinto</p><p>c) férias proporcionais: trabalhador exerce função por 12 meses (período aquisitivo); empregador tem que conceder as férias de 12 meses (período concessivo)</p><p>- Só conto o mês se tiver 15 dias trabalhados.</p><p>exemplo: contrato iniciado em 10/06/2023, extinção 05/04/2022</p><p>a) 10/06/2018 a 10/06/2019</p><p>b) 10/06/2019 a 10/06/2020</p><p>c) 10/06/2020 a 10/06/2021</p><p>d) 10/06/2021 a 10/06/2022</p><p>e) 10/06/2022 a 05/04/2023- proporcionalidade 09/12 até dia 10/03</p><p>f) 10/03/2023 a 05/04/2023 - +25 dias, ou seja, proporcionalidade 10/12</p><p>salário: 3.500,00</p><p>fórmula:</p><p>férias = salário / 12. o período aquisitivo + 1/3 constitucional</p><p>férias = 3500 / 12. 9 = 2916.66 = 2916.66/3 = 972,22 + 2916.66 = 3888,88</p><p>aviso prévio:</p><p>Declaração unilateral de vontade da parte que pretende extinguir o contrato de trabalho</p><p>Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado</p><p>para a Justiça Comum (Súmula 214 do TST).</p><p>Atenção! apesar de ser decisão definitiva, a homologação de acordo pelo Juiz do Trabalho é irrecorrível para as partes, atacável somente, em tese, por ação rescisória.</p><p>É no recurso ordinário que se rediscute amplamente a decisão na 1o instância – matéria de fato e de direito. O efeito de sua interposição segue a regra geral: meramente devolutivo, com possibilidade de pedido para efeito suspensivo (relator).</p><p>3. AGRAVO DE PETIÇÃO</p><p>Recurso cabível das decisões no processo em fase de execução. O §1o do art. 897 exige que a parte DELIMITE A MATÉRIA e VALORES impugnados no agravo de petição, permitindo a execução dos valores incontroversos (efeito meramente devolutivo). Entende-se por delimitação de matéria a impugnação do próprio direito, por exemplo, horas extras. Já a delimitação de valores corresponde aos valores devidos a referidas parcelas.</p><p>OBS.:</p><p>Súmula 416, TST: MANDADO DE SEGURANÇA. EXECUÇÃO. LEI No 8.432/1992. ART. 897, §1o, DA CLT. CABIMENTO. Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores objeto de discordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo.</p><p>Não há custas para recorrer (como no RO), pois na execução ELAS SÃO PAGAS AO FINAL. E, se já totalmente garantido o juízo, será dispensado o depósito recursal (Sum. 128, II do TST).</p><p>Quando a matéria impugnada no agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais devidas, serão extraídas cópias dos processos e remetidas, em apartado, à instância superior (art. 897, §8o).</p><p>4. RECURSO DE REVISTA</p><p>Recurso de natureza jurídica extraordinária. O recurso de revista possui fundamentação vinculada e, ao contrário dos recursos de natureza ordinária que possuem fundamentação livre, tem fundamentação vinculada às hipóteses legais.</p><p>Portanto, seu cabimento é restrito às hipóteses previstas no art. 896 da CLT.</p><p>Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela</p><p>Lei no 13.015, de 2014) b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.</p><p>Somente caberá recurso de revista em dissídio individual e se já interposto recurso ordinário anteriormente!</p><p>- Prazo: 8 dias.</p><p>- Competência: interpõe-se o recurso para o presidente do TRT, onde foi prolatada a decisão em RO, que fará a primeira análise dos pressupostos recursais. Admitido, o RR é encaminhado a uma das turmas do TST.</p><p>- Pressupostos específicos: o prequestionamento e a transcendência. E também (IMPORTANTE!):</p><p>1o-A do art. 896 da CLT. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: I – indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; II – indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; III – expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte. IV – transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão (reforma trabalhista).</p><p>1o do art. 896-A da CLT (REFORMA). São indicadores de transcendência, entre outros: I – econômica, o elevado valor da causa; II – política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; III – social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; IV – jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. § 2o Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado. § 3o Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. § 4o Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal.</p><p>IMPORTANTE:</p><p>- RECURSO DE REVISTA NA FASE DE EXECUÇÃO: Nos termos do §2o do art. 896 da CLT, apenas a ofensa direta e literal da CF autoriza a interposição de recurso de revista na execução</p><p>de sentença.</p><p>RECURSO DE REVISTA NO RITO SUMARÍSSIMO: Art. 896 § 9o da CLT. Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.</p><p>A primeira lição deste recurso é que ele não tem similaridade com o agravo de instrumento do direito comum! Na justiça do trabalho, as decisões interlocutórias não são recorríveis imediatamente, portanto, não cabe interposição de agravo de instrumento para atacá-las.</p><p>5. AGRAVO DE INSTRUMENTO</p><p>Art. 897. Cabe agravo, no prazo de 8 dias: b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.</p><p>Perceba pelo disposto no art. 897 da CLT que o agravo de instrumento serve para destrancar recursos cujo seguimento foi negado. Atente-se que a nomenclatura trazida pelo dispositivo acima está equivocada, pois os despachos são irrecorríveis, ademais, a decisão que indefere o prosseguimento de recurso não tem caráter de despacho, pois lesivo à parte, logo, natureza interlocutória.</p><p>Pois bem, a interposição dos recursos possui dois juízos de admissibilidade: a quo e ad quem. O juízo a quo faz análise superficial dos pressupostos recursais podendo negar prosseguimento quando entender inexistente algum deles. Contra essa decisão é que cabe agravo de instrumento.</p><p>Assim, o agravo de instrumento é recurso cabível para destrancar recurso negado no primeiro juízo de admissibilidade (a quo). O agravo de instrumento é interposto no prazo geral dos recursos trabalhistas, isto é, 8 dias, contados da decisão que negou prosseguimento ao recurso. O mesmo prazo será observado para as contrarrazões.</p><p>Frise-se que o agravado deverá juntar as contrarrazões do agravo de instrumento bem como do recurso que foi trancado, já que o Tribunal passa para o julgamento do recurso principal se conhecido o agravo de instrumento (art. 897, §6o).</p><p>O agravo de instrumento será dirigido ao juízo que negou seguimento ao recurso, por petição escrita e as razões</p><p>respectivas e não por simples petição, já que o agravante deve demonstrar o equívoco do juízo a quo na apreciação dos pressupostos recursais. Contudo, o julgamento é realizado pelo Tribunal competente para conhecer do recurso denegado (art. 897, §4o).</p><p>O agravo de instrumento observa os pressupostos recursais intrínsecos e os extrínsecos gerais dos recursos, com exceção do preparo, que tem peculiaridades próprias. Lembre-se de que o preparo corresponde às custas e ao depósito recursal.</p><p>Pois bem, NÃO é exigido o recolhimento de custas processuais no agravo de instrumento. Já o depósito recursal corresponde a 50% do valor do depósito do recurso que se pretende destrancar (art. 899, §7o). Todavia, NÃO SERÁ EXIGIDO depósito recursal quando o</p><p>agravo de instrumento tiver como única finalidade destrancar recurso de revista contra decisão que contrariar Súmula do TST ou OJ, nos termos do §8o do art. 899 da CLT.</p><p>6. EMBARGOS NO TST</p><p>Como a própria nomenclatura denuncia, os embargos no TST são recursos cabíveis exclusivamente no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, os quais têm por finalidade unificar a interpretação de suas turmas ou de decisões não unânime de competência originária.</p><p>A previsão legal deste recurso está no art. 894 da CLT</p><p>Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 dias: I – de decisão não unânime de julgamento que:</p><p>1. a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e</p><p>2. b) VETADO.</p><p>II – das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.</p><p>Conclui-se dos dispositivos que há 2 espécies de embargos ao TST: embargos infringentes e embargos de divergência (à SDI).</p><p>1. EMBARGOS INFRINGENTES</p><p>Caso a sentença normativa seja prolatada de forma originária pelo TST, sendo a decisão não unânime, caberão embargos infringentes (Lei 7.701/1988, art. 2o, II, “c”, a serem julgados pela SDC), salvo se a decisão atacada estiver em consonância com precedente jurisprudencial do TST ou da súmula de sua jurisprudência predominante.</p><p>Os embargos infringentes serão cabíveis nos dissídios coletivos, desde que a competência seja originária do TST de acórdão não unânime (art. 894, I, “a”).</p><p>Lembre-se de que a competência funcional para processar e julgar dissídio coletivo é originária dos Tribunais, portanto, cabe ao TRT onde ocorreu o conflito processar e julgar o dissídio coletivo, salvo se exceder os limites jurisdicionais de um TRT quando a competência passa a ser do TST.</p><p>Os embargos infringentes surgem para dar duplo grau de jurisdição à decisão julgada em única instância pelo TST, como no caso do dissídio coletivo de sua competência originária. Desse modo, sendo a decisão não unânime, caberão embargos infringentes para atacar cláusulas divergentes, sendo parcial ao objeto divergente.</p><p>O julgamento dos embargos infringentes será realizado pela SDC e, tendo natureza ordinária, comporta efeito devolutivo amplo, isto é, matéria fática e jurídica, mas limitado às cláusulas que tiveram julgamento não unânime.</p><p>Por fim, não cabem embargos infringentes se a decisão estiver em consonância com súmula do TST ou STF e jurisprudência já consolidada (OJ e precedentes).</p><p>1. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA</p><p>Esta modalidade de embargos no TST visa unificar o entendimento divergente entre as Turmas do TST no âmbito dos dissídios individuais. Este recurso, ao contrário dos embargos infringentes, possui natureza extraordinária e vinculada, portanto, não há reapreciação de matéria fática (art. 894, II).</p><p>Perceba que o prazo dos embargos de divergência segue a regra geral, 8 dias, sendo que seu julgamento será realizado pela Seção de Dissídios Individuais I do TST (SDI-I). Por sua vez, diante da natureza extraordinária, é exigido o prequestionamento e deve ser comprovada a divergência, nos termos da Súmula 337 do TST[1].</p><p>Assim, cabem Embargos de Divergência quando a(s) turma(s): - Divergem entre si;</p><p>- Divergem da SDI;</p><p>- É contrária à súmula ou OJ do TST;</p><p>- É contrária à súmula vinculante do STF.</p><p>Frise-se que a divergência oriunda da mesma turma, segundo TST, não justifica a oposição dos embargos de divergência</p><p>EXECUÇÃO</p><p>CONCEITO: conjunto de atos praticados pela Justiça do Trabalho destinados à satisfação de uma obrigação consagrada num título executivo judicial ou extrajudicial, da sua competência, não voluntariamente satisfeita pelo devedor.</p><p>RECORDANDO (Fontes do Processo do Trabalho): Art. 889. Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.</p><p>PORTANTO:</p><p>- FASE DE CONHECIMENTO: 1a fonte é a CLT; 2a fonte é o CPC (havendo omissão e compatibilidade)</p><p>- FASE DE EXECUÇÃO: 1a fonte é a CLT; 2a fonte é o LEF; e, ainda assim, havendo omissão e compatibilidade, como 3a fonte é o CPC.</p><p>DISPOSITIVOS LEGAIS</p><p>1o) CLT, em seus arts. 876 a 892 (20 artigos);</p><p>2o) Lei de Execução Fiscal – Lei n. 6.830/80; e</p><p>3o) Código de Processo Civil – Lei n. 13.105/2015. TÍTULOS EXECUTIVOS TRABALHISTAS</p><p>Art. 876 da CLT - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo.</p><p>TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS: As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos;</p><p>TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS: os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia.</p><p>A doutrina vem entendendo que esse rol trazido pelo art. 876 da CLT é exemplificativo, de forma que é possível a aplicação subsidiária do CPC para efeitos de execução na Justiça do Trabalho.</p><p>COMPETÊNCIA:</p><p>Art. 877. É competente para a execução das decisões o juiz ou presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio.</p><p>Art. 877-A. É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria.</p><p>LEGITIMIDADE: Legitimidade ativa:</p><p>Art. 878 da CLT. A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado (CUIDADO, artigo alterado pela reforma).</p><p>Art. 878-A. Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da parte que entender devida à Previdência Social, sem prejuízo da cobrança de eventuais diferenças encontradas na execução ex officio.</p><p>Legitimidade passiva:</p><p>Sobre a matéria, prevalece o entendimento de que outras pessoas poderão figurar no polo passivo da execução trabalhista, restando subsidiariamente aplicáveis ao Processo do Trabalho os arts. 4o da Lei n. 6.830/80 (LEF) e 779 do CPC/2015.</p><p>Art. 4o da LEF: A execução fiscal poderá ser promovida contra: I – o devedor; II – o fiador; III – o espólio; IV – a massa; V – o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e VI – os sucessores a qualquer título.</p><p>Art. 779 do CPC/15. A execução pode ser promovida contra: I</p><p>– o devedor, reconhecido como tal no título executivo; II – o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; III – o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo; IV – o fiador do débito constante em título extrajudicial; V – o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; VI – o responsável tributário, assim definido em lei.</p><p>EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE</p><p>1o) Mandado de citação, penhora e avaliação – art. 880 da CLT.</p><p>Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora.</p><p>2o) Será aberto um prazo de 48 horas da efetivação da citação, a partir do qual o executado poderá ter cinco comportamentos:</p><p>a) pagar a dívida, sendo lavrado o termo de quitação – art. 881 da CLT</p><p>Art. 881 - No caso de pagamento da importância reclamada, será este feito perante o escrivão ou secretário, lavrando-se termo de quitação, em 2 (duas) vias, assinadas pelo exeqüente, pelo executado e pelo mesmo escrivão ou secretário, entregando-se a segunda via ao executado e juntando-se a outra ao processo.</p><p>b) garantir o juízo, ante o depósito da importância devida;</p><p>c) garantir o juízo, mediante apresentação de seguro garantia judicial;</p><p>d) garantir o juízo, pela nomeação de bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 do Código de Processo Civil de 2015.</p><p>- art. 882 da CLT:</p><p>Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil.</p><p>e ) ficar inerte (não pagar nem garantir o juízo), com a consequente penhora coativa realizada pelo oficial de justiça – art. 883 da CLT.</p><p>Art. 883 - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial.</p><p>Art. 883-A. A decisão judicial transitada em julgado somente poderá ser levada a protesto, gerar inscrição do nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo de quarenta e cinco dias a contar da citação do executado, se não houver garantia do juízo. (REFORMA!!)</p><p>3o) Garantida a execução ou penhorados os bens, será aberto um prazo de 5 (cinco) dias para o executado, que poderá apresentar embargos à execução – art. 884 da CLT.</p><p>Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.</p><p>1o - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da divida.</p><p>6o A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições. (REFORMA!)</p><p>4o) Será aberto um prazo de 5 dias para o exequente apresentar impugnação (defesa, resposta, contestação) aos embargos à execução.</p><p>5o) Sentença do magistrado trabalhista julgando os embargos à execução, no prazo de 5 dias – conforme os arts. 885 e 886 da CLT.</p><p>6o) Avaliação dos bens penhorados pelo oficial de justiça, a ser concluída em 10 dias, contados da data da nomeação do avaliador, caso seja julgada subsistente a penhora – arts. 886 e 887 da CLT.</p><p>7o) Fase de expropriação dos bens (adjudicação e arrematação).</p><p>Lembrando: a adjudicação pelo exequente prefere a arrematação. A adjudicação pode ser conceituada como a transferência do bem penhorado ao próprio patrimônio do exequente. Já a arrematação, que é a venda judicial dos bens penhorados mediante praça (bens imóveis) ou leilão (bens móveis), será anunciada por edital afixado na sede do juízo ou Tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de 20 dias.</p><p>image1.png</p><p>a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato.</p><p>Parágrafo único - Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte variável ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da indenização referente à rescisão dos contratos por prazo indeterminado.</p><p>Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.</p><p>§ 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições.</p><p>Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.</p><p>Indenização em caso de rescisão antecipada do contrato e trabalho – não se coadunam com o aviso prévio. Assim, SEMPRE vai se aplicar OU a indenização OU aviso prévio</p><p>Hipóteses de incidência de aviso prévio</p><p>- Rescisão sem justa causa do contrato por prazo indeterminado (tanto dado pelo empregador, quanto pelo empregado)</p><p>- Rescisão indireta</p><p>- Contrato por prazo determinado, quando houver clausula assecuratória do direito recíproco de rescisão.</p><p>- Culpa recíproca: devido pela metade (fundamento da sumula 14 do TST)</p><p>- Rescisão pro distrato</p><p>- Extinção da empresa.</p><p>Tipos de aviso prévio:</p><p>- Trabalhado</p><p>- Indenizado</p><p>Proporcionalidade do aviso prévio (lei 12506/11)</p><p>- é um direito exclusivo do empregado, art. 7, caput e inciso XXI da CF</p><p>A cada ano completo de trabalho, há um acréscimo de 3 dias de AP. O acréscimo é de no máximo de 60 dias (totalizando 90 dias)</p><p>O aviso prévio sempre integra o contrato de trabalho para todos os efeitos (paragrafo 1º, art 487 da CLT)</p><p>E o empregador tem direito de descontar do empregado o aviso prévio que lhe foi concedido (art. 487, parágrafo 2)</p><p>FGTS:</p><p>como direito fundamental do trabalhador</p><p>- A lei traz as hipóteses em que se pode utilizar o FGTS</p><p>- Ocorrendo desemprego involuntário, há a possibilidade de movimentação do FGTS</p><p>- Extinção sem junto motivo por inciativa do empregador, a lei de FGTS, prevê o pagamento de uma multa de 40% sobre o saldo depositado em conta, multa essa que faz as vezes daquela prevista no artigo 7, inciso I da CF, até que sobrevenha lei complementar que a regule.</p><p>Modalidades de extinção do contrato e verbas devidas</p><p>Extinção normal do contrato de trabalho</p><p>- Prazo determinado</p><p>Verbas típicas:</p><p>Saldo de salário (dias em que trabalhou)</p><p>13o salário proporcional (meses em que trabalhou)</p><p>Ferias proporcional + 1/3</p><p>Desemprego involuntário podendo, assim, sacar o FGTS (guias para o levantamento do FGTS)</p><p>Extinção antecipadamente</p><p>- Iniciativa do empregador</p><p>Verificar cláusula assecuratória ou aviso prévio (multa ou aviso prévio)</p><p>Saldo de salário</p><p>13o proporcional</p><p>Férias proporcionais + 1/3</p><p>Multa de 40% do FGTS</p><p>Guias para levantamento do FGTS e habilitação no seguro desemprego §</p><p>- Iniciativa do empregado</p><p>Verificar se tem ou não a cláusula assecuratória ou aviso prévio (multa ou aviso prévio)</p><p>Saldo de salário</p><p>13o proporcional</p><p>Ferias proporcionais + 1/3</p><p>Extinção do contrato de trabalho por ato imotivado por prazo indeterminado (resilição contratual)</p><p>- Iniciativa do empregador</p><p>Aviso prévio</p><p>Saldo de salário</p><p>13o proporcional</p><p>Férias proporcionais + 1/3</p><p>Multa de 40% do FGTS</p><p>Guias para levantamento do FGTS e habilitação no seguro desemprego 7</p><p>OBS: Multa do Artigo 477, §8o da CLT (prazo §6o): "Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo.</p><p>§8o A inobservância do disposto no § 6o deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora."</p><p>§6o "A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato."</p><p>- Em qualquer modalidade de extinção, tem o prazo de 10 dias, se não pagar aplica essa multa do 477</p><p>ATENÇÃO!!! Não confundir com a multado artigo 467 da CLT, pois é de caráter processual</p><p>- Iniciativa do empregado</p><p>Aviso prévio</p><p>Saldo de salário</p><p>13o proporcional</p><p>Férias proporcionais + 1/3</p><p>Extinção do contrato de trabalho por ato motivado (resolução contratual)</p><p>- Justa causa do empregado: É a modalidade de finalização do contrato de trabalho pelo cometimento de falta grave pelo empregado, em decorrência do princípio da continuidade da relação de emprego a comprovação desse ato faltoso compete ao empregador.</p><p>É a penalidade máxima do Direito do Trabalho</p><p>Requisitos:</p><p>Tipicidade: ocorre somente nas hipóteses previstas em lei - Artigo 482 da CLT e 158</p><p>Autoria e materialidade: (tenho que saber se foi aquele empregado que fez e tenho que ter provas)</p><p>Nexo de causalidade (nexo entre o ato cometido e as provas que tenho)</p><p>Imediatidade: a não aplicação de forma imediata de sanção implica no perdão tácito</p><p>Proporcionalidade</p><p>Indenizações: dizendo a respeito ao trabalhador que tinha estabilidade</p><p>Requisito de Imediatidade deve ser verificado caso a caso, por poder ser</p><p>considerado perdão tácito se continuar</p><p>Singularidade da punição: não se pode punir 2 vezes</p><p>Não alteração da punição</p><p>Corresponde á vedação ao bis in idem</p><p>Aplicou uma penalidade, deve manter ela, e só aplicar ela</p><p>Não alteração da punição</p><p>plicou a penalidade, ela não pode ser alterada</p><p>Não discriminação</p><p>Vinculação aos motivos</p><p>Tem que ter fundamentação</p><p>Hipóteses:</p><p>Art. 482. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:</p><p>a) ato de improbidade; (ato de desonesto - precisa de comprovação)</p><p>b) incontinência de conduta (ofensa a sexual, ligada a qualquer conduta sexual, não consegue se conter) ou mau procedimento (ofensa a moral geral, ex. fumar um dentro do local de trabalho)</p><p>c) Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;</p><p>d) condenação criminal do empregado, passada (transitado) em julgado, caso não tenha havido suspensão (condicional) da execução da pena; (Finalidade de cumprimento da pena, pois não vai conseguir cumprir o serviço)</p><p>e) desídia (= preguiça) no desempenho das respectivas funções; (preguiça em conceito mais amplo)</p><p>f) embriaguez habitual (não confundir com alcoolismo) ou em serviço; (situação que está</p><p>interferindo no trabalho)</p><p>g) violação de segredo da empresa;</p><p>h) ato de indisciplina (descumprimento de normas gerais - ex: não usa uniforme) ou de insubordinação (descumprimento de regras específicas);</p><p>i) abandono de emprego; (para que haja abandono de emprego há necessidade da comprovação da vontade do empregado deixar o emprego, ex: faltar injustificadamente mais de 30 dias)</p><p>j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;</p><p>k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; (fora do serviço, ex: churrasco da firma)</p><p>l) prática constante de jogos de azar.</p><p>m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos</p><p>em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. (Tem que ter dolo)</p><p>Súmula 32 do TST: Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.</p><p>Outras figuras da justa causa espalhadas na CLT:</p><p>art. 433: O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5o do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses:</p><p>I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência quando desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao desempenho de suas atividades;</p><p>II – falta disciplinar grave;</p><p>III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;</p><p>Art. 240, p.u: Nos casos de urgência ou de acidente, capazes de afetar a segurança ou regularidade do serviço, poderá a duração do trabalho ser excepcionalmente elevada a qualquer número de horas, incumbindo à Estrada zelar pela incolumidade dos seus empregados e pela possibilidade de revezamento de turmas, assegurando ao pessoal um repouso correspondente e comunicando a ocorrência ao Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, dentro de 10 (dez) dias da sua verificação.</p><p>Parágrafo único - Nos casos previstos neste artigo, a recusa, sem causa justificada, por parte de qualquer empregado, à execução de serviço extraordinário será considerada falta grave.</p><p>Art. 158, p.u: Cabe aos empregados:</p><p>I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior;</p><p>II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:</p><p>a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior;</p><p>b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.</p><p>- Rescisão Indireta:</p><p>Hipótese de resolução</p><p>Boa parte da doutrina vai entender que os mesmos requisitos para aplicação da justa causa ao empregado, também são aplicados ao empregador</p><p>Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:</p><p>a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; (análise de caso a caso)</p><p>Art. 198. "É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher"</p><p>Art. 390. "Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional.</p><p>Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos."</p><p>b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;</p><p>c) correr perigo manifesto de mal considerável;</p><p>d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;</p><p>e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;</p><p>f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;</p><p>g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.</p><p>1) Comunicação da rescisão indireta</p><p>Aceita e paga verbas rescisórias (10 dias)</p><p>2) aceitação ou não da justa causa</p><p>Não aceita e acata como pedido de demissão</p><p>Contra modificar (em 10 dias) V.R. e indicar incontroversas (se não indica incide multa do art 477, p. 8 da CLT</p><p>§ 1o - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço.</p><p>§ 2o - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho.</p><p>§ 3o - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo.</p><p>Confirmada judicialmente a rescisão indireta, fará jus o empregado às mesmas parcelas devidas na demissão sem justa causa:</p><p>Saldo de salário</p><p>Décimo terceiro salário proporcional § Aviso prévio</p><p>Indenização de 40% do FGTS</p><p>Saque FGTS</p><p>Seguro-desemprego</p><p>- Extinção do Contrato por culpa recíproca</p><p>Alto faltoso tanto do empregado como empregador</p><p>Requisitos: falta grave recíproca, proporcionalidade, nexo de causalidade e contemporaneidade (os fatos que desencadeiam essa hipótese eles devem ter sido ocorridos aos mesmo tempo)</p><p>Deve ter uma declaração judicial</p><p>Artigo 484 da CLT</p><p>Artigo 18, §2o da Lei no 8.036/90</p><p>A aplicabilidade da culpa recíproca tem como fundamento a súmula 14 do TST:</p><p>Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.</p><p>Verbas devidas:</p><p>Saldo de salários (integral, porque já adquirido/trabalhado);</p><p>Metade doa viso prévio</p><p>Metade do décimo terceiro proporcional</p><p>Metade das férias proporcionais</p><p>Metade da multa do FGTS (20%)</p><p>férias vencidas e décimo terceiro vencido são devidos integralmente, naturalmente</p><p>Saque FGTS (é obvio que o saque é de todo o valor depositado na conta vinculada)</p><p>Seguro-desemprego não é devido</p><p>- Extinção por fato involuntário:</p><p>Rescisão (nulidade)</p><p>A. Trabalho ilícito: verifica-se o objeto do trabalho, efeito ex tunc, isto é, não produz qualquer efeito, visto que juridicamente inviável a validação de atividade criminosa</p><p>OJ-SDI-1 no 199 do TST: JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico.</p><p>B. Trabalho proibido: normalmente o contrato é rescindido com efeitos ex nunc, como no caso de menor de 16 anos, ou seja, são devidas ao trabalhador todas as verbas rescisórias. Por sua vez, reitera-se que, no caso de contratação de servidor público sem o devido concurso público, o TST firmou entendimento no sentido que só são devidos salários + FGTS, consoante a súmula 363 do TST</p><p>Súmula 383 do TST: MANDATO. ARTS. 13 E 37 DO CPC. FASE RECURSAL. INAPLICABILIDADE</p><p>I - É inadmissível, em instância recursal, o oferecimento tardio de procuração, nos termos do art. 37 do CPC, ainda que mediante protesto por posterior juntada, já que a interposição de recurso não pode ser reputada ato urgente.</p><p>II - Inadmissível na fase recursal a regularização da representação processual, na forma do art. 13 do CPC, cuja aplicação se restringe ao Juízo de 1o grau.</p><p>Súmula 363 do TST: CONTRATO NULO. EFEITOS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003</p><p>A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2o, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.</p><p>- Força Maior Art. 502 da CLT</p><p>Eventos da natureza geram consequências suficientes a impossibilitar a continuidade</p><p>Não pode o empregador</p><p>ter concorrido para o fechamento da empresa, inclusive quando se tem um ato de imprevidência do empregador (agir sem cuidado)</p><p>Assim, em caso de extinção do contrato por fechamento da empresa decorrente de força maior, o empregado faz jus às seguintes parcelas:</p><p>Aviso prévio</p><p>Saldo salário</p><p>Décimo terceiro proporcional</p><p>Férias (vencidas, simples, proporcionais)</p><p>50% da multa compensatória do FGTS (20% )</p><p>50% da indenização do artigo 479, se for o caso</p><p>Saque do FGTS</p><p>Habilitação do seguro-desemprego</p><p>Fato do príncipe (Factum princips): ato da administração pública que impossibilite a continuidade do serviço - Artigo 486 da CLT</p><p>- Morte do empregado</p><p>Quais são as verbas que a família dele vai ter direitos?</p><p>Saldo de salário</p><p>Férias proporcionais</p><p>1/3 do 13o salário proporcional</p><p>Liberação do FGTS</p><p>Não são devidos aviso prévio nem indenização, pois não foi de vontade do empregador a extinção do contrato de trabalho</p><p>- Morte do empregador</p><p>Causa a extinção somente se o empregador for pessoa física</p><p>Se a pessoa é jurídica há a sucessão trabalhista</p><p>Artigo 483, §2o da CLT: morte do empregador pessoa física = faculdade do empregado = dispensa imotivada por iniciativa do empregador</p><p>Os bens deixados pelo decujo terão que arcar com as verbas rescisórias</p><p>- Distrato (Art. 484-A da CLT e Art. 20, inciso I-A da lei 8.036/90)</p><p>Mútuo acordo da extinção do contrato de trabalho</p><p>São devidas as seguintes verbas:</p><p>50% do Aviso prévio. Se for trabalhado é integral</p><p>20% da multa sobre os depósitos do FGTS</p><p>80% dos depósitos do FGTS</p><p>Saldo de Salário</p><p>Décimo terceiro salário proporcional</p><p>Férias + 1/3 vencidas, se houver</p><p>Férias + 1/3 proporcional</p><p>Prescrição:</p><p>É a perda do direito de ação, que no âmbito trabalhista implicará nos créditos que podem ou não ser cobrados.</p><p>- Prescrição quinquenal (5 anos): período em que, durante a vigência do contrato de trabalho que poderão ser apurado os créditos, é contada a partir do ajuizamento da ação.</p><p>- Prescrição bienal: prazo para a ajuizamento da reclamação trabalhista após o término do contrato de trabalho.</p><p>- Prescrição parcial: é aquela que diz respeito a cobrança de créditos relativos as parcelas previstas em lei, que se renovam mês a mês pela sistemática do contrato de trabalho.</p><p>- Prescrição total: prescrição de parcelas contratuais que deixaram de ser pagas, por ato único no decorrer do contrato de trabalho.</p><p>Relações coletivas de trabalho:</p><p>São as relações que envolvem Sindicatos, empresas e representação coletiva dos empregados</p><p>- Organização sindical brasileira:</p><p>sistema em que não há nenhuma liberdade sindical</p><p>sistema em que há alguma liberdade sindical</p><p>sistema em que há ampla liberdade sindical</p><p>Confederações</p><p>Federações</p><p>Sindicatos: natureza jurídica de associação, vige no sistema brasileiro a organização sindical em categorias (Organização sindical em categorias: econômica (interesse econômico - empregador), profissional (profissão que está ligada ao interesse econômico) e diferenciada (aquelas profissões regulamentadas por lei) , e a regra da unicidade sindical. (Regra da unicidade sindical: 1 categoria + 1 base territorial (base territorial mínima = município)</p><p>Negociação coletiva: acordos ou convenções coletivas de trabalho (normas jurídicas)</p><p>Acordo coletivo</p><p>Convenção Coletiva</p><p>Empresa x Sindicato profissional</p><p>Sindicato categoria econômica x sindicato profissional</p><p>Conflito entre acordo e convenção: A CLT prevê que prevalece o Acordo coletivo de trabalho.</p><p>Arts. 611-A (rol exemplificativo do que pode ser objeto da negociação coletiva) e 611-B da CLT (o que não pode ser objeto de negociação coletiva) – principio da adequação setorial negociada ( a limitação do objeto de negociação coletiva)</p><p>Direito de greve – arts 8 e 9 da CF</p><p>Suspensão temporária, total ou parcial (pode ser da empresa ou de setores), da prestação de serviços pelos empregados, visando melhoria das condições de trabalho</p><p>- não remunerado</p><p>Lockout – empresa faz a paralisação – é proibido por lei</p><p>É proveniente de conflito coletivo de trabalho – gera eventuais dissídios coletivos de trabalho</p><p>REQUISITOS PAR AO EXERCICIO DE GREVE</p><p>- Negociação coletiva previa</p><p>- Prévio aviso; (48 hrs atividades comuns e 72 hrs p/ atividades essenciais)</p><p>Atividades especiais: Art. 10o da lei 7.783/89</p><p>Reforma Trabalhista e Dano extrapatrimonial</p><p>- Leitura obrigatória dos Artigo 223-A ao 223-G</p><p>- A honra subjetiva e objetiva do empregado é afetada</p><p>- Não se fala não só da responsabilização do empregador, mas também do empregado</p><p>- Dano em Ricochete (direito de indenização de pessoas intimamente ligadas à vítima direta de ato ilícito que tiveram seus direitos fundamentais atingidos, de forma indireta, pelo evento danoso. Trata-se, portanto, de indenização autônoma em relação ao dano sofrido pela vítima direta).</p><p>Art. 223-A. Aplicam-se à reparação de danos de natureza extrapatrimonial decorrentes da relação de trabalho apenas os dispositivos deste Título.</p><p>Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação.</p><p>Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física.</p><p>Art. 223-D. A imagem, a marca, o nome, o segredo empresarial e o sigilo da correspondência são bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa jurídica.</p><p>Art. 223-E. São responsáveis pelo dano extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado, na proporção da ação ou da omissão.</p><p>Art. 223-F. A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida cumulativamente com a indenização por danos materiais decorrentes do mesmo ato lesivo.</p><p>§ 1o Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir a decisão, discriminará os valores das indenizações a título de danos patrimoniais e das reparações por danos de natureza extrapatrimonial.</p><p>§ 2o A composição das perdas e danos, assim compreendidos os lucros cessantes e os danos emergentes, não interfere na avaliação dos danos extrapatrimoniais.</p><p>Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará: (STF tem considerado inconstitucional)</p><p>I - a natureza do bem jurídico tutelado;</p><p>II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação;</p><p>III - a possibilidade de superação física ou psicológica;</p><p>IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;</p><p>V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;</p><p>VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral; VII - o grau de dolo ou culpa;</p><p>VIII - a ocorrência de retratação espontânea;</p><p>IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa;</p><p>X - o perdão, tácito ou expresso;</p><p>XI - a situação social e econômica das partes envolvidas;</p><p>XII - o grau de publicidade da ofensa</p><p>§ 1o Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação:</p><p>I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido;</p><p>II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido; III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido; IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do ofendido.</p><p>§ 2o Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será fixada com observância dos mesmos parâmetros estabelecidos no § 1o deste artigo, mas em relação ao salário contratual do ofensor.</p><p>- Acidente - pedidos</p><p>Dano próprio (moral)</p><p>Dano estético</p><p>Dano Material</p><p>Lucro cessantes (é por perícia): pensão vitalícia de tantos % da remuneração dele)</p><p>- Morte - pedidos</p><p>Espólio:</p><p>Dano próprio (moral)</p><p>Dano em ricochete (familiares)</p><p>Danos materiais</p><p>Lucros cessantes (pensão vitalícia para a família) 1/3 do salário até a expectativa de vida do empregado</p><p>DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO</p><p>Direito Processual do Trabalho é o ramo da ciência jurídica que se constitui de um conjunto de princípios, regras, instituições e institutos próprios que regulam a aplicação do Direito do Trabalho às lides trabalhistas (relação de emprego e relação de trabalho), disciplinando as atividades da Justiça do Trabalho, dos operadores do Direito e das partes, nos processos individuais, coletivos e transindividuais do trabalho.</p><p>Sua natureza jurídica é de Direito Público, por compor-se de um conjunto de princípios, regras, instituições e institutos próprios definido em normas estatais cogentes, imperativas ou de ordem pública, de observância obrigatória.</p><p>PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO</p><p>– PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO</p><p>Trata-se de princípio informativo do Processo do Trabalho, uma vez que não se trata de criar desigualdades a uma das partes no processo, e as partes devem ser tratadas igualmente.</p><p>Ex.: ausência do reclamante em audiência inaugural causa arquivamento da reclamação, enquanto a ausência do reclamado implica revelia e confissão ficta (art. 844 da CLT) e o depósito recursal que só é exigido do empregador.</p><p>– PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO</p><p>O Processo do Trabalho dá ênfase à solução do conflito por meio da conciliação (art. 764 da CLT).</p><p>No rito sumaríssimo, o art. 852-E da CLT estabelece que “aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência”.</p><p>E no rito ordinário, a CLT prevê dois momentos obrigatórios de tentativa de</p><p>conciliação:</p><p>1o) Na abertura da audiência, antes da apresentação da defesa (art. 846); e 2o) Depois das razões finais e antes da sentença (art. 850).</p><p>A obrigação existe em tentar a conciliação, e não necessariamente na sua celebração, uma vez que o juiz não está obrigado a homologar acordo judicial apresentado pela partes (Sum. 418 do TST).</p><p>– PRINCÍPIO DO IUS POSTULANDI</p><p>No processo do trabalho admite-se que o empregado e o empregador postulem em juízo pessoalmente, sem a necessidade de advogado (art. 791 da CLT).</p><p>O alcance, contudo, do referido princípio não é para todos os tipos de ações e recursos. As hipóteses de limitação estão na Sum. 425 do TST.</p><p>– PRINCÍPIO DA ORALIDADE</p><p>Embora não seja princípio específico do processo do trabalho, a sua maior incidência justifica o seu estudo, isso porque, em regra, os atos práticos no processo trabalhista são orais. Ex.: reclamação verbal (art. 840), defesa oral (art. 847), razões finais orais (art. 850) etc.</p><p>Este princípio se subdivide em três outros princípios:</p><p>1) - Identidade física do juiz: O TST entendia que esse princípio não era aplicável no processo do trabalho, uma vez que existiam os juízes classistas. Após a extinção dos classistas, e com base no art. 132 do CPC de 1973, o TST alterou o entendimento para entender que existia o referido princípio, cancelando a sum. 136. Atualmente, considerando que o art. 132 do CPC/73 não foi reproduzido pelo CPC/15, entende-se que o referido princípio não seria mais obrigatório tanto no processo civil, quanto no processo do trabalho. Contudo, a base do princípio é que o juiz que toma conhecimento das provas deve decidir, sendo essencial ao processo do trabalho.</p><p>2) Concentração dos atos processuais: numa ou em poucas audiências os atos processuais devem ser praticados.</p><p>3) Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: diante da necessidade de um processo célere, uma vez que envolve, geralmente, verbas de natureza alimentar, o art. 893, §1o da CLT estabeleceu que as decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato. Exceções: Sum. 214 do TST. Além dessas hipóteses, convém relembrar que a declaração de incompetência absoluta também enseja recurso de imediato.</p><p>– PRINCÍPIO DA EXTRAPETIÇÃO</p><p>Permite que o juiz, nos casos expressamente previstos em lei, condene o réu em pedidos não contidos na petição inicial, ou seja, autoriza o julgador a conceder mais do que o pleiteado, ou mesmo vantagem diversa do que foi requerida.</p><p>Ex.: juros e correção (sum. 211 do TST); adicional de horas extras de no mínimo 50%, mesmo só havendo pedido de horas extras; terço de férias, quando há pedido somente de férias; decisão que deferir salário, quando o pedido for reintegração, dado os termos do art. 496 da CLT (sum. 396, II do TST).</p><p>ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO</p><p>A Justiça do Trabalho, nos termos do art. 111 da CF/88, possui os seguintes órgãos:</p><p>I – o Tribunal Superior do Trabalho;</p><p>II – os Tribunais Regionais do Trabalho; III – Juízes do Trabalho.</p><p>ATENÇÃO. É possível se chegar ao STF quando houver violação constitucional, mas ele obviamente não integra a estrutura da justiça do trabalho.</p><p>- DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO</p><p>O TST é o órgão de cúpula do Poder judiciário trabalhista, com JURISDIÇÃO EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL, sediado na capital do país, Brasília. Ele confere a palavra final em matéria trabalhista infraconstitucional, tendo a função de UNIFORMIZAR a interpretação da legislação trabalhista no âmbito de sua competência. Dispõe o art. 111-A da CF:</p><p>Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional no 45, de 2004).</p><p>I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; (Incluído pela Emenda Constitucional no 45, de 2004).</p><p>II – os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. (Incluído pela Emenda Constitucional no 45, de 2004).</p><p>O TST, por meio de seu regimento interno (art. 59), estabeleceu que possui os seguintes órgãos:</p><p>· TRIBUNAL PLENO</p><p>· ÓRGÃO ESPECIAL</p><p>· SEÇÃO ESPECIALIZADA DE DISSÍDIOS COLETIVOS</p><p>· SEÇÃO ESPECIALIZADA DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS, dividida em DUAS seções: SBDI-I e SBDI-II; e</p><p>· TURMAS (atualmente, oito turmas).</p><p>SUM-201. TST. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade.</p><p>- DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO</p><p>Os TRT's estão situados no segundo grau de jurisdição. Assim como TST, seus atos, em regra, decorrem de órgão colegiado. Nos termos do art. 115 da CF:</p><p>Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, SETE JUÍZES, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional no 45, de 2004).</p><p>I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; (Redação dada pela Emenda Constitucional no 45, de 2004).</p><p>II – os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. (Redação dada pela Emenda Constitucional no 45, de 2004).</p><p>§1o Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos</p><p>limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional no 45, de 2004).</p><p>§2o Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional no 45, de 2004)</p><p>SUM-158. TST. AÇÃO RESCISÓRIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista (ex-Prejulgado no 35).</p><p>- DO JUIZ DO TRABALHO</p><p>Os juízes do trabalho integram o primeiro grau de jurisdição, exercendo suas funções nas denominadas Varas do Trabalho.</p><p>Atenção para a Sum. 425 do TST:</p><p>Jus Postulandi na Justiça do Trabalho. Alcance. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.</p><p>ATENÇÃO: A EC 24/99 excluiu a chamada junta de conciliação e julgamento – então quando lermos na CLT junta de conciliação e julgamento* passaremos a ler vara do trabalho.</p><p>Em regra, a competência trabalhista é conferida aos juízes do trabalho. No entanto, nas localidades não compreendidas na jurisdição das Varas do Trabalho, o juiz de direito poderá exercer a competência trabalhista. Nesse caso, atente-se para o fato de que havendo recurso (ordinário), ele será encaminhado ao TRT e não ao Tribunal de Justiça. É o que disciplina o art. 112 da CF:</p><p>Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional no 45, de 2004).</p><p>- DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA</p><p>*Atenção para a alteração legislativa promovida pela Reforma Trabalhista, que modificou o art. 790-B :</p><p>Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, AINDA QUE beneficiária da justiça gratuita. (Redação dada pela Lei no 13.467, de 2017)</p><p>§1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.</p><p>§2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais.</p><p>§3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.</p><p>§4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo.</p><p>SUGESTÃO DE LEITURA: CLT: Arts. 643 a 721. CPC: Art. 149.</p><p>CF: Arts. 95, 111-A, 112 e 115.</p><p>COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO</p><p>A jurisdição é una e indivisível, contudo, para maior efetividade, ela é ramificada por meio da competência, a qual delimita o exercício legítimo para “dizer o direito”. Por exemplo, nas ações de reconhecimento de vínculo empregatício, todos os juízes do território nacional possuem jurisdição, sendo que apenas os juízes trabalhistas (exceto quando não houver Vara na localidade) têm competência para resolver o caso. A competência corresponde, portanto, à distribuição, à medida da jurisdição entre os diversos juízes.</p><p>Com base nesses dados, a doutrina brasileira informa que os critérios de competência são:</p><p>a) Em razão da natureza da relação jurídica (competência em razão da matéria ou objetiva) – para a Justiça do Trabalho tal disciplina está no art. 114, CF e art. 652 da CLT;</p><p>b) Em razão da qualidade das partes envolvidas (competência em razão da pessoa – irrelevante para o Processo do Trabalho);</p><p>c) Em razão da hierarquia os órgãos judiciários (competência interna ou funcional) – no processo do trabalho, vem disciplina na CLT e nos Regimentos Internos dos TRTs e TST.</p><p>d) Em razão do lugar (competência territorial) – no processo do trabalho, é disciplinada no art. 651 da CLT; regra geral, utiliza-se o local da prestação do serviço;</p><p>e) Em razão o valor da causa – no processo do trabalho, serve SOMENTE para definir o rito processual, e portanto é irrelevante (até 2 SM, rito sumário; de 2 a 40 SM – sumaríssimo e acima de 40 SM, rito ordinário.</p><p>As 3 primeiras são absolutas e de interesse público. Por sua vez, são relativas a competência territorial e pelo valor da causa. Quanto ao valor da causa, guarde, na JT serve tão somente para delimitação de rito processual.</p><p>COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO</p><p>4.1.1. As ações oriundas da relação de trabalho abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios</p><p>Na lição de Mauro Schiavi, “relação de trabalho” pressupõe trabalho prestado por conta alheia, em que o trabalhador (pessoa física) coloca sua força de trabalho em prol de outra pessoa (física ou jurídica), podendo o trabalhador correr ou não os riscos da atividade. Exclui-se da relação de trabalho quando o trabalho for prestado por pessoa jurídica.</p><p>Inserem-se, portanto, na competência da Justiça do trabalho as ações que demandam qualquer espécie de prestação de trabalho humano, PREPONDERANTEMENTE PESSOAL, qualquer que seja a modalidade de vínculo jurídico, prestada por pessoa natural para pessoa (jurídica ou natural).</p><p>STJ. SÚMULA 363. Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.</p><p>Diferencia-se a relação estatutária, que é aquela regulada por estatuto (lei) dos servidores públicos da relação empregatícia, que é aquela referente aos empregados públicos regidos pela CLT por ausência de estatuto ou previsão legal. Por fim, as relações de caráter jurídico- administrativas correspondem àquelas situações previstas pela lei, para contratação temporária de servidor público, que podem ser estatutárias ou celetistas a depender da legislação respectiva. Assim, trabalhadores contratados com vínculo precário (tempo determinado, exemplo do PSS, o STJ entendeu que a competência é da Justiça Comum).</p><p>Súmula 137, STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando direitos relativos ao vínculo estatutário.</p><p>Súmula 218, STJ: Compete à Justiça dos Estados processar e julgar ação de servidor estadual decorrente de direitos e vantagens estatutárias no exercício de cargo em comissão.</p><p>#ATENÇÃO ÀS SÚMULAS DO TST</p><p>OJ 138 da SDI-1, TST. COMPETÊNCIA RESIDUAL. REGIME JURÍDICO ÚNICO. LIMITAÇÃO DA EXECUÇÃO. Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previstos na legislação trabalhista referente a período ANTERIOR à Lei no 8.112/90, mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveniência de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a sentença, limita a execução ao período celetista.</p><p>SUM 382, TST. MUDANÇA DE REGIME CELETISTA PARA ESTATUTÁRIO. EXTINÇÃO DO CONTRATO. PRESCRIÇÃO BIENAL. A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime.</p><p>OBS.: Há expressa menção ao referido tipo de contrato no art. 652 da CLT: “Compete às Varas do Trabalho: a) conciliar e julgar III – os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice”.</p><p>Para a maioria da doutrina, a competência da Justiça do Trabalho, nos contratos de empreitada, se circunscreve</p><p>aos casos de pequeno empreiteiro.</p><p>Com relação aos entes de Direito Público Externo:</p><p>OJ-SDI1-416. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU ORGANISMO INTERNACIONAL. (DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012)(mantida conforme julgamento do processo TST-E-RR-61600- 41.2003.5.23.0005 pelo Tribunal Pleno em 23.05.2016). As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional.</p><p>Estados estrangeiros, abrangendo as embaixadas e as repartições consulares</p><p>Organismos Internacionais</p><p>Não tem imunidade de jurisdição</p><p>Regra: tem imunidade de execução</p><p>Tem imunidade absoluta</p><p>As ações que envolvam exercício do direito de greve</p><p>O direito de greve no setor privado é regulado pela Lei no 7.783/89, considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador (art. 2o). A Justiça do Trabalho não tem competência para julgar ações penais, inclusive as decorrentes do exercício do direito de greve.</p><p>Quando diz respeito aos servidores públicos (inclusive os celetistas), a competência é da Justiça Comum.</p><p>As ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores</p><p>Abarcam: a) Lides intersindicais não coletivas; b) Lides intrasindicais; c) Conflitos sobre contribuições sindicais; d) Eleições sindicais; e) Danos morais e materiais decorrentes de inadequada atuação do sindicato como substituto processual; e f) Outras questões envolvendo sindicatos (exemplo, prestação de contas envolvendo os sindicatos).</p><p>As ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho</p><p>Obs. 1:</p><p>Sum. Vinculante 22 do STF: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional no 45/04.</p><p>Obs. 2:</p><p>OJ 130 da SDI-2 do TST: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMPETÊNCIA. LOCAL DO DANO. LEI No 7.347/1985, ART. 2o. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, ART. 93. I – A competência para a Ação Civil Pública fixa-se pela extensão do dano; II – Em caso de dano de abrangência REGIONAL, que atinja cidades sujeitas à jurisdição de mais de uma Vara do Trabalho, a competência será de QUALQUER DAS VARAS DAS LOCALIDADES ATINGIDAS, ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos; III – Em caso de dano de abrangência SUPRARREGIONAL ou NACIONAL, há competência concorrente para a Ação Civil Pública das VARAS DO TRABALHO DAS SEDES DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO; IV – Estará prevento o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída.</p><p>As ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho</p><p>Eventuais multas cobradas por autoridades de fiscalização (ex. Ação de nulidade da multa etc.)</p><p>A execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir</p><p>Obs.:</p><p>Sum. Vinculante n. 53 do STF: A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.</p><p>COMPETÊNCIA PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL</p><p>Trata-se de inovação trazida pela Reforma Trabalhista. Destaca-se que como se trata de homologação de acordo extrajudicial, tem-se no caso a hipótese de jurisdição voluntária, sendo, em tese, competente qualquer juízo.</p><p>Todavia, o entendimento predominante é de que - na proteção ao trabalhador – é incabível o foro de eleição na Justiça do Trabalho, e deve-se considerar as disposições do art. 651 da CLT. Portanto, será competente o foro laboral da localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.</p><p>COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR Art. 651 da CLT.</p><p>Regra geral: local da prestação dos serviços (caput);</p><p>1a exceção: agente ou viajante comercial. Nesse caso, verifica-se que a regra principal é na localidade onde a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado. E a regra subsidiária, na falta de agência ou filial ou se o empregado não estiver subordinado a nenhuma delas, ele (empregado) poderá optar entre ajuizar ação no seu domicílio ou na localidade mais próxima;</p><p>2a exceção: empregado brasileiro que trabalha no exterior. Veja-se que se trata de hipótese de empregado brasileiro (nato ou naturalizado), podendo, se trabalhar no exterior, ajuizar ação na justiça brasileira. Quanto à VT, prevalece o entendimento que a competência seria o local onde a empresa tem sede ou filial no Brasil. Observação importante: trata-se de regra de direito processual, e não de direito material;</p><p>3a exceção: empregador que promove a prestação dos serviços fora do lugar da prestação do contrato. Duas teses tentam explicar a situação, uma vez que não se trata de intepretação pacífica. A tese clássica, entende pela aplicação restritiva desse parágrafo, tendo incidência somente quando o empregador exercer atividades em locais incertos, transitórios ou eventuais. Já a tese moderna, que vem sendo observada pela jurisprudência do TST é no sentido de alargar o acesso ao judiciário, viabilizando, inclusive, ação no domicílio do empregador. Há críticas, uma vez que essa interpretação estaria em confronto com a disposição do caput.</p><p>EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR</p><p>Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.</p><p>§1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.</p><p>§2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.</p><p>§3o Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente.</p><p>§4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designac��ão de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente.</p><p>A natureza jurídica da decisão que reconhece a incompetência, como regra, é decisão interlocutória. E nesse caso, não caberia recurso de imediato.</p><p>As exceções estão no art. 799, §2o da CLT e na Sum. 214 do TST, respectivamente:</p><p>§2o Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas (incompetência), se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final.</p><p>Neste caso, o que se verifica é que quando há reconhecimento da incompetência absoluta, é cabível recurso de imediato. Ex.: juiz reconhece a incompetência e determina o envio dos autos para a justiça comum.</p><p>Sum. 214 do TST. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE.</p><p>Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1o, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2o, da CLT.</p><p>SUGESTÃO DE LEITURA:</p><p>CF: Arts. 5o (incisos XXXV, LXIX, LXXII), 102, I, o; 105, I, d; 109 e 114 CLT: Arts 643, 651 a 653, 659, 678, 680, 808, 809, 867, 876</p><p>CPC: Arts 2o, 54, 59, 62, 64 e 140</p><p>Lei no. 7701 de 1998: Arts. 2o, I, a e 6o Lei no. 7347 de 1985: Art. 2o</p><p>PARTES E PROCURADORES</p><p>Considera-se parte em uma demanda judicial o autor (quem pleiteia o direito) e réu (a quem é pleiteado). Na Justiça do Trabalho, as denominações são diferentes, o autor é chamado de reclamante e o réu, de reclamado, esta denominação advém da época em que a Justiça do trabalho era administrativa.</p><p>A capacidade de ser parte refere-se à pessoa natural, isto é, pessoa física ou pessoa jurídica (a pessoa ficta). É possível que entes despersonalizados possam figurar como parte, por exemplo, a massa falida e o espólio. Grosso modo, basta ser pessoa para que haja capacidade de ser parte.</p><p>Classifica-se a capacidade para fins processuais em: a) Capacidade de direito ou de ser parte: para toda pessoa que possui personalidade; b) Capacidade de fato ou ad processum: é a capacidade de estar em juízo. É a aptidão da pessoa de estar em juízo sem assistência ou representação; e c) Capacidade postulatória ou jus postulandi: capacidade para postular em juízo, em causa própria ou em favor de terceiros.</p><p>OBS.:</p><p>Súmula 425. Jus Postulandi na Justiça do Trabalho. Alcance. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.</p><p>O jus postulandi não se restringe as ações decorrentes de vínculos de emprego, mas a todas aquelas relacionadas à Justiça do Trabalho.</p><p>REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO</p><p>Conforme destaca Mauricio Godinho Delgado, a CLT adotou o gênero representação, que se subdivide em a) representação stritu sensu, dos incapazes; e b) assistência, para os que são relativamente incapazes.</p><p>Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.</p><p>SUCESSÃO DAS PARTES NO PROCESSO DO TRABALHO</p><p>A sucessão processual corresponde a alteração da titularidade da ação – no polo ativo ou passivo – pode decorrer por ato intervivos ou causa mortis.</p><p>REPRESENTAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL</p><p>Salienta-se que a REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL não se confunde com a SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL (LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA). Na substituição, o substituto pleiteia em nome próprio direito alheio. Na representação, o representante pleiteia direito alheio em nome alheio.</p><p>Na JT o substituto processual, por excelência, é o sindicato, mas também o Ministério Público do Trabalho nos casos de direitos individuais homogêneos.</p><p>Art. 843. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes, salvo nos casos de RECLAMATÓRIAS PLÚRIMAS ou AÇÕES DE CUMPRIMENTO, quando os empregados poderão fazer- se representar pelo SINDICATO de sua categoria.</p><p>§1o É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro PREPOSTO que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.</p><p>§2o Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por OUTRO EMPREGADO QUE PERTENÇA À MESMA PROFISSÃO, ou pelo seu SINDICATO.</p><p>§3o O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.</p><p>Obs.1:</p><p>OJ-SDI1-359. Substituição processual. Sindicato. Legitimidade. Prescrição. Interrupção. A ação movida por sindicato, na qualidade de substituto processual, interrompe a prescrição, ainda que tenha sido considerado parte ilegítima “ad causam”.</p><p>Obs. 2:</p><p>Súmula 122, TST: REVELIA. ATESTADO MÉDICO. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, É REVEL, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida à revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, EXPRESSAMENTE, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.</p><p>HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO</p><p>Com a Reforma Trabalhista, passou-se a admitir o arbitramento de honorários advocatícios em situações que não esteja presente o sindicato (como previa a Sum. 219 do TST), assim, conforme estabelece o artigo 791-A da CLT, ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. Vejamos o dispositivo na íntegra (sem correspondente antes da Reforma acima mencionada), in verbis:</p><p>Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.</p><p>§1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria.</p><p>§2o Ao fixar os honorários, o juízo observará: I – o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.</p><p>§3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.</p><p>§4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.</p><p>§5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.[1] ATENÇÃO!</p><p>O Supremo Tribunal Federal (STF) invalidou regras da Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) que determinavam o pagamento dos honorários periciais e advocatícios por beneficiários da justiça gratuita, caso perdessem a ação, mas obtivessem créditos suficientes para o pagamento dessas custas em outra demanda trabalhista. Também por maioria, foi considerada válida a imposição do pagamento de custas pelo beneficiário da justiça gratuita que faltar à audiência inicial e não apresentar justificativa legal no prazo de 15 dias.</p><p>A questão foi discutida na Ação Direita de Inconstitucionalidade (ADI) 5766, ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Para a PGR, as normas violam as</p>