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<p>INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO DE SONGO</p><p>LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA</p><p>Qualidade Ética e Deontologia Profissional</p><p>III Nivel, VI Semestre</p><p>TEMA: Reflexão da Ética Geral e Profissional e o seu Enquadramento na</p><p>Engenharia</p><p>Discentes: Docente:</p><p>Edna José Geraldo Laquene José Herculano Matsinhe</p><p>Osvaldo Luís Charles Chidula</p><p>Songo, Agosto de 2024</p><p>INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO DE SONGO</p><p>LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA</p><p>Qualidade Ética e Deontologia Profissional</p><p>III Nível, VI Semestre</p><p>TEMA: Reflexão da Ética Geral e Profissional e o seu Enquadramento na</p><p>Engenharia</p><p>Discentes: Docente:</p><p>Edna José Geraldo Laquene José Herculano Matsinhe</p><p>Osvaldo Luís Charles Chidula</p><p>Songo, Agosto de 2024</p><p>Trabalho eleborado pelos estudantes</p><p>do 3ᵒ ano, do curso de Engenharia</p><p>Eléctrica na unidade de competência</p><p>de Qualidade Ética e Deontologia</p><p>Profissional, para fins de avaliação.</p><p>Indíce</p><p>Capítulo I…………………………………………………………….……………………....1</p><p>1. Introdução........................................................................................................................ 1</p><p>1.1. Contextualização ...................................................................................................... 2</p><p>1.2. Problematização ....................................................................................................... 3</p><p>1.3. Objectivos ................................................................................................................ 4</p><p>1.3.1. Objectivo Geral................................................................................................. 4</p><p>1.3.2. Objectivos Específicos ..................................................................................... 4</p><p>1.4. Questões de investigação ......................................................................................... 4</p><p>1.5. Relevância do estudo ............................................................................................... 4</p><p>1.6. Justificativa .............................................................................................................. 5</p><p>1.7. Delimitação Espacial e Temporal do Tema ............................................................. 5</p><p>1.8. Estrutura do Trabalho .............................................................................................. 5</p><p>Capítulo II ............................................................................................................................... 6</p><p>2. Fundamentação Teórica .................................................................................................. 6</p><p>2.1. Ética Geral: Principais Teorias ................................................................................ 6</p><p>2.1.1. Objectivismo e Subjectivismo da Ética ............................................................ 6</p><p>2.2. Ética Aplicada: Ética Profissional ........................................................................... 8</p><p>2.2.1. Requisitos Éticos que deve apresentar um profissional.................................... 9</p><p>2.2.2. Conduta Ética ................................................................................................. 10</p><p>2.3. O conceito de Ética na Engenharia ........................................................................ 10</p><p>Capítulo - III ......................................................................................................................... 12</p><p>3. Metodologia .................................................................................................................. 12</p><p>3.1. Técnica de Recolha de dados ................................................................................. 12</p><p>Capítulo - IV ......................................................................................................................... 13</p><p>4. Descrição e Discussão dos resultados ........................................................................... 13</p><p>4.1. Ética na Engenharia como factor chave para salvaguardar o elo engenharia e</p><p>sociedade ........................................................................................................................... 13</p><p>Capítulo V ............................................................................................................................ 14</p><p>5. Conclusões e Referências Bibliográficas ...................................................................... 14</p><p>5.1. Conclusões ............................................................................................................. 14</p><p>5.2. Referências Bibliográficas ..................................................................................... 15</p><p>1</p><p>Capítulo I</p><p>Introdução</p><p>O trabalho de investigação com o tema: Reflexão da Ética Geral e Profissional e o seu</p><p>Enquadramento na Engenharia, busca reflectir os conceitos fundamentais da ética e</p><p>enquadra-los na área da engenharia.</p><p>O trabalho visa descrever a Ética sob o ponto de vista Geral e Profissional, analisando a sua</p><p>influência na tomada de decisões e na prática profisssional dos engenheiros, uma vez que, se</p><p>a mesma for negligenciada pode afectar inúmeras vidas e o bom andamento dos processos</p><p>de trabalho e o alcance de objectivos.</p><p>A Ética enquanto ramo da Filisofia, que se preucupa com princípios que regem o</p><p>comportamento humano, desempenha um papel fundamental em diversos aspectos da vida</p><p>social e profissional.</p><p>O trabalho de estudo irá explorar os desafios éticos comuns enfrentados pelos engenheiros</p><p>como segurança pública, sustentabilidade e responsabilidade social, e a melhor forma de</p><p>gerenciar esses conflitos de maneira transparente e justa.</p><p>O trabalho está dividido em cinco capítulos: No primeiro capítulo tem a introdução,</p><p>justificativa, problema de pesquisa e os objectivos. Segundo capítulo é a fundamentação</p><p>teórica, o terceiro capítulo contém a metodologia a ser usada na condução deste trabalho, no</p><p>quarto capítulo será feita a descrição e discussão dos resultados do estudo e por fim o quinto</p><p>capítulo contém as conclusões e as referências bibliográficas.</p><p>2</p><p>Contextualização</p><p>A reflexão sobre Ética Geral e Profissional é fundamental para a prática da engenharia em</p><p>Moçambique.</p><p>No campo da engenharia, a aplicação desses princípios éticos é crucial. Engenheiros devem</p><p>considerar não apenas a viabilidade técnica de seus projectos, mas também os impactos</p><p>sociais, económicos e ambientais das suas soluções. E questões como segurança,</p><p>sustentabilidade e responsabilidade social são componentes centrais na prática da engenharia.</p><p>Contudo, o desenvolvimento e a implementação de códigos de ética profissional na</p><p>engenharia em Moçambique visam assegurar que os engenheiros ajam com responsabilidade</p><p>e em conformidade com padrões que protejam o bem estar público e promovam a confiança</p><p>na profissão.</p><p>Portanto, a reflexão sobre ética geral e profissional no contexto da engenharia não só fortalece</p><p>a integridade da prática profissional, mas também contribui para a construção duma</p><p>sociedade mais justa e segura, onde as inovações tecnológicas são desenvolvidas e aplicadas</p><p>de forma responsável e consciente.</p><p>3</p><p>Problematização</p><p>A Ética sendo um pilar para o crescimento de qualquer profissional na área da engenharia,</p><p>assegurando assim o desenvolvimento interno, assim como, externo de qualquer organização</p><p>eles inseridos</p><p>é fundamental analisar a importância da ética na vida profissional dos</p><p>engenheiros, visto que quando negligenciada passa a vigorar desconfiança entre empresas,</p><p>falta de lealdade dos profissionais, colocando assim em jogo o destino da organização.</p><p>Neste contexto, o presente estudo pretende responder a seguinte questão de partida: Qual é o</p><p>enquadramento da ética na área de engenharia e de que forma as boas práticas éticas</p><p>contribuem para garantir a harmonia no ambiente de trabalho e na tomada de decisões</p><p>acertivas durante o exercício da sua actividade.</p><p>4</p><p>Objectivos</p><p>Objectivo Geral</p><p> Examinar os conceitos fundamentais da ética e como eles se traduzem em princípios</p><p>e normas para a engenharia.</p><p>Objectivos Específicos</p><p> Discutir como a ética influencia na tomada de decisões e na prática profissional dos</p><p>engenheiros;</p><p> Descrever os requisitos éticos de um profissional;</p><p> Explorar desafios éticos comuns enfrentados por engenheiros como: segurança</p><p>pública, sustentabilidade e responsabildade social.</p><p>Questões de investigação</p><p> Como é vista a ética sob o ponto de vista Geral e Profissional;</p><p> De que forma ética influencia na tomada de decisões e na prática profisssional dos</p><p>engenheiros;</p><p> Quais os desafios comuns infrentados por engenheiros na prática profissional;</p><p>Relevância do estudo</p><p>A relevância do tema: ``A reflexão da ética geral e profissional e o seu enquadramento na</p><p>área da Engenharia´´ é significativa por várias razões:</p><p> Impacto Social e Ambiental: Partindo do preceito de que engenheiros protegem e</p><p>gerenciam sistemas que afectam a vida das pessoas e o meio ambiente, decisões</p><p>éticas são essenciais para minimizar riscos e garantir a segurança e o bem-estar</p><p>público;</p><p> Responsabilidade Profissional: A ética orienta os engenheiros a actuar com</p><p>integridade, compêtencia e respeito. Isso inclui a honestidade na comunicação de</p><p>resultados, a trasperência em práticas e a manutenção de padrões elevados de</p><p>qualidade;</p><p>5</p><p> Conflitos de Interesse: Engenheiros frequentemente enfrentam problemas onde</p><p>interesses pessoais ou comerciais podem colidir com a ética profissional. A</p><p>capacidade de identificar e gerenciar esses conflitos é crucial para preservar a</p><p>confiança pública e a reputação da profissão;</p><p> Transparência e honestidade: A Engenharia exige a apresentação honesta de</p><p>dados, resultados e riscos. A ética profissional assegura que informações sejam</p><p>comunicadas de forma clara e verdadeira.</p><p>Justificativa</p><p>Durante o exercício de suas actividades, os engenheiros enfrentam problemas, onde</p><p>interesses pessoais ou comerciais podem colidir com a ética profissional.</p><p>Assim, surge a necessidade de desenvolver o tema sobre: o enquadramento da ética na área</p><p>de engenharia como factor para a garantir a segurança pública, bem-estar e harmonia no</p><p>ambiente de trabalho e na tomada de decisões acertivas durante o exercício da sua actividade.</p><p>Delimitação Espacial e Temporal do Tema</p><p>Partindo do pressuposto defendido pelo Lakatos e Marconi (1995), de que o projecto de</p><p>pesquisa é dotado necessariamente da relação de um sujeito e de um objecto, o tema passa</p><p>por um processo de especulação no sentido em que, nessa fase ainda não tem resultados</p><p>concretos. Daí que, o processo de delimitação do tema só é dado por concluído quando se faz</p><p>a sua limitação espaço temporal, com vista a realização da pesquisa.</p><p>Concordando com a posição do autor, pretendemos que o nosso estudo sob o tema: Reflexão</p><p>da Ética Geral e Profissional e o seu Enquadramento na área de Engenharia seja analisado a</p><p>nível das organizações na cidade de Tete, no período de Novembro a Dezembro de 2024.</p><p>Estrutura do Trabalho</p><p>O presente trabalho está dividido em cinco capítulos: o primeiro capítulo tem a ver com a</p><p>introdução em que estão aglutinados os elementos seguintes: justificativa, problema de</p><p>pesquisa, perguntas de pesquisa, objectivos. Segundo capítulo encontramos a fundamentação</p><p>teórica e terceiro capítulo é da metodologia a ser usada na condução do trabalho, e no quarto</p><p>capítulo será feita a descrição e discussão dos resultados do estudo e por fim, o quinto</p><p>capítulo contém as conclusões e as referências bibliográficas.</p><p>6</p><p>Capítulo II</p><p>Fundamentação Teórica</p><p>Ética Geral: Principais Teorias</p><p>O comportamento humano foi, desde sempre, avaliado sob o ponto de vista do bem e do mal,</p><p>do certo e do errado. A ética diz-nos, não o que o homem pode fazer, mas o que o homem</p><p>deve fazer. Ou seja, elucida-nos sobre as escolhas que o homem deve fazer em liberdade e</p><p>através das quais se desenvolve e aperfeiçoa.</p><p>Estas escolhas (entre o bem e o mal, entre o certo e o errado) podem ser baseadas em várias</p><p>doutrinas, desenvolvidas ao longo da história por diversos filósofos, para denotar o estudo</p><p>teórico dos padrões de julgamentos morais, inerentes a decisões de boa conduta, mas</p><p>atualmente são estudadas também por sociólogos, psicólogos e outros estudiosos do</p><p>comportamento humano. Tais doutrinas estabelecem conjuntos de princípios morais</p><p>interligados de forma consistente. Os pressupostos e opções das várias doutrinas éticas devem</p><p>merecer uma análise crítica, para que cada indivíduo possa identificar a que mais se adequa</p><p>à sua concepção de humanidade.</p><p>Falar de ética como ciência normativa da retidão dos actos humanos segundo princípios</p><p>racionais, é falar duma ética geral, que se move principalmente no campo da filosofia, a qual</p><p>diz respeito aos princípios de conduta que norteiam um indivíduo ou grupo de indivíduos.</p><p>(FONSECA, 2019)</p><p>Esta ética geral motiva a reflexão sobre aspetos fundamentais da vida humana tendo como</p><p>objectivo, a observância do comportamento humano, apontando os erros e desvios e</p><p>formulando os princípios básicos para definir a conduta do indivíduo na sociedade.</p><p>Objectivismo e Subjectivismo da Ética</p><p>Para muitos, a ética é essencialmente subjetiva, ou seja, tem haver com valores e opiniões</p><p>pessoais, o que explica a razão das pessoas discordarem sobre tantas questões éticas. Esta</p><p>discussão entre objetivismo e subjetivismo remonta aos Sofistas e a Sócrates e Platão.</p><p>Enquanto que os sofistas consideravam que o bem e o mal refletem as opiniões subjetivas,</p><p>Platão e Sócrates acreditavam que o bem e o mal faziam parte da natureza objectiva das</p><p>7</p><p>coisas. No mundo de hoje, o individualismo e a concorrência feroz fez triunfar o utilitarismo:</p><p>os fins justificam os meios.</p><p>Esta é uma doutrina consequencialista, segundo a qual são as consequências previsíveis das</p><p>acções que relevam de um ponto de vista ético e não as intenções, as virtudes ou os deveres</p><p>com que se conformam. E é um consequencialismo individualista, pois o bem último que</p><p>preside à avaliação das consequências reduz-se ao agregado dos bens individuais (o interesse</p><p>coletivo é a soma dos interesses individuais, embora não se trate de egoísmo, pois o interesse</p><p>colectivo deve prevalecer sobre o interesse individual). É um consequencialismo de bem-</p><p>estar onde o bem dos indivíduos reduz-se ao seu nível de bem-estar que nas interpretações</p><p>mais modernas, pode nem se reduzir ao prazer e à dor, incluindo também a satisfação das</p><p>preferências das pessoas. (FONSECA, 2019)</p><p>Uma das linhas de pensamento mais seguidas pelos utilitaristas defende que cada indivíduo</p><p>pode utilizar as suas preferências como guia para a acção, embora cada pessoa deva também</p><p>promover as condições que permitam aos outros prosseguir as suas próprias preferências.</p><p>Nesta perspetiva, cada pessoa tem uma dupla obrigação de maximizar o seu próprio bem-</p><p>estar, que cada um define, desde que seja compatível com a promoção das condições que</p><p>permitam aos outros maximizar o seu próprio bem-estar, tal como eles o definirem. É</p><p>necessário que pelo menos duas condições estejam presentes para que um indivíduo prossiga</p><p>o seu bem-estar, em primeiro lugar, cada indivíduo deve dispor da</p><p>máxima liberdade pessoal,</p><p>para que possa prosseguir o bem-estar tal como ele o define e em segundo lugar, deve dispor</p><p>das condições de existência básicas físicas, como a saúde, e não físicas, como a educação</p><p>para concretizar o mesmo.</p><p>O utilitarismo não é isento de críticas. Por um lado, requer um amplo conhecimento dos</p><p>factos, o que nem sempre é possível, sobretudo em termos de análise das consequências a</p><p>longo prazo de um dado projecto. Por outro lado ainda, mesmo que se consiga calcular a</p><p>utilidade de uma acção, não se consegue simplesmente somar e subtrair as diversas</p><p>consequências positivas e negativas das várias ações alternativas. Outras teorias</p><p>salvaguardam melhor a posição dos indivíduos, sobretudo de minorias. Podemos, ainda,</p><p>questionar se os fins justificam os meios, se uma ação é sempre justificável se tiver</p><p>8</p><p>consequências boas, independentemente da intenção de quem a pratica ou do tipo de acção</p><p>em causa.</p><p>Efectivamente, para alguns filósofos, como Platão e Socrates há coisas que não se deve fazer</p><p>independentemente dos resultados da acção: não são só as consequências que interessam,</p><p>mas também os objectivos, as intenções e as ações que, apesar de aparentemente necessárias,</p><p>violam o nosso sentido de justiça (colocando-nos perante dilemas éticos). Todavia, o</p><p>utilitarismo é uma perspetiva essencial para a ética da engenharia, confrontada com inúmeras</p><p>decisões que devem ser analisadas em termos de custo/benefício ou risco/benefício (análises</p><p>que aplicam os princípios do utilitarismo). Efetivamente, a análise utilitarista de um problema</p><p>ético é muito útil num processo de decisão, uma vez que se inicia com a identificação das</p><p>consequências para quem é afetado pela decisão. Comporta basicamente quatro passos:</p><p>a) Identificar as várias acções possíveis;</p><p>b) Identificar todos aqueles que possam ser afetados (positiva ou negativamente) pela</p><p>decisão ou nela ter interesse;</p><p>c) Determinar os efeitos positivos e negativos das várias decisões possíveis;</p><p>d) Decidir qual a ação que produz a maior utilidade global (maiores benefícios com o</p><p>menor dano possível) – “o maior bem para o maior número”.</p><p>É desta feita, que cientistas como Platão e Sócrates afirmam que a ética tem de residir num</p><p>fundamento objectivo, válido para todos. Sob pena de não ser operativa e de não contribuir</p><p>para reforçar a coesão social, na medida em que é incapaz de enquadrar o homem na</p><p>sociedade.</p><p>Ética Aplicada: Ética Profissional</p><p>Já foi definida a Ética como um conjunto de princípios que balizam as acções dos seres</p><p>humanos nas sociedades em que vivem, devendo ser incorporada pelos indivíduos, sob a</p><p>forma de atitudes e comportamentos quotidianos.</p><p>O que nos leva a percepção de que a Ética não é estática mas sim dinâmica não só, sob o</p><p>ponto de vista geral mas também no profissional pois procura aplicar na prática os</p><p>fundamentos gerais da ética na forma de servir a sociedade, com uma finalidade que</p><p>transcende os meros interesses pessoais.</p><p>9</p><p>Actualmente, o interesse por atitudes éticas na organizações tem aumentado, pois quando a</p><p>mesma é nigligenciada passa a vigorar desconfiança entre as empresas, a falta de lealdade</p><p>dos empregados e o uso da tecnologia a serviço da fraude, colocando assim em jogo o destino</p><p>da organização. (ANDRADE, 2017)</p><p>Ou seja, a falta de ética no ambiente de trabalho não prejudica somente ao profissional aético,</p><p>prejudica também a organização.</p><p>Sendo assim, é necessario aplicar padrões éticos da sociedade e as suas regras internas para</p><p>o bom andamento dos processos de trabalho, alcance de metas e objectivos.</p><p>A Ética Profissional proporciona um exercício diário de honestidade, comprometimento,</p><p>confiabilidade no comportamento do profissional e na tomada de decisões em suas</p><p>actividades.</p><p>Requisitos Éticos que deve apresentar um profissional</p><p> Honestidade enquanto ser humano e profissional;</p><p> Perseverança na busca de seus objectivos;</p><p> Conhecimento Geral e Profissional para oferecer segurança na execução das</p><p>actividades profissionais;</p><p> Responsabilidade na execução de qualquer tarefa;</p><p> Iniciativa para buscar e solucionar as questões apresentadas;</p><p> Imparcialidade na execução do trabalho e na apresentação de resultados e sugestões;</p><p> Actualização constante e contínua;</p><p> Trabalho em grupo de modo que seja construido um espírito de equipe;</p><p> Eficiência na execução das tarefas, buscando aprimorar a qualidade;</p><p> Eficácia ao fazer o trabalho, visando atingir o resultado esperado;</p><p> Ambição na busca de crescimento pessoal e profissional;</p><p> Controle emocional nos relacionamentos pessoais e profissionais, visando a</p><p>administração de conflitos;</p><p> Relacionamento interpessoal baseado na compreensão, ajuda mútua, respeito e</p><p>consideração;</p><p>10</p><p> Postura profissional, previlegiando as boas maneiras, a boa educação, a comunicação</p><p>adequada, os bons hábitos e a boa aparência.</p><p>Conduta Ética</p><p>Um profissional que executa suas actividades com zelo e cuidado dentre as obrigações</p><p>destacamos:</p><p> Cuidar da sua apresentação pessoal;</p><p> Comunicar-se correctamente;</p><p> Aprender a ouvir os outros;</p><p> Melhorar o seu vocabulário;</p><p> Nunca insultar ou gritar;</p><p> Evitar violência;</p><p> Oferecer informações;</p><p> Praticar a ética profissional.</p><p>Desta forma, os padrões de conduta a aplicar no exercício da profissão, uns comuns a várias</p><p>profissões, outros específicos da profissão em causa, ajuda os indivíduos a pertencerem a</p><p>um determinado grupo e distingue esse mesmo grupo dos demais grupos profissionais, ajuda</p><p>a tomar decisões profissionais que sejam acertadas do ponto de vista ético, e a boa reputação</p><p>que o grupo profissional consegue alcançar com a sua conduta ética ajudará os seus membros</p><p>a poder exercer as suas funções na sua área de formação. (FONSECA, 2019)</p><p>O conceito de Ética na Engenharia</p><p>Todas as profissões têm uma ética, pois implicam sempre o relacionamento com as pessoas</p><p>de maneira directa ou indirecta e a engenharia não é uma excepção.</p><p>A discussão sobre o papel da ética na engenharia é uma discussão natural, porque são</p><p>evidentes as suas ligações às pessoas e ao ambiente onde encontram-se inseridas.</p><p>Os projetos de engenharia, quaisquer que sejam, não têm significado fora dos seus contextos</p><p>sociais, económicos e ambientais. Desta forma, a ética da engenharia é uma parte essencial</p><p>da engenharia porque nenhum aspeto da profissão existe isolado do contacto com a</p><p>11</p><p>economia, as pessoas e o ambiente e, por esse motivo, o engenheiro deve estar apto a</p><p>considerar as consequências, esperadas e inesperadas, das suas acções. (FONSECA, 2019)</p><p>Tomando em conta que a ética na engenharia é uma dimensão valorativa da engenharia,</p><p>constituindo convicções fundamentais, que surgem como um ideal a atingir ou algo a</p><p>defender. A mesma tem haver com saber traçar a difícil fronteira entre as acções admissíveis</p><p>e as ações inadmissíveis. Por isso, afirma-se que a ética na engenharia não é o estudo daquilo</p><p>que os engenheiros podem fazer, mas o estudo daquilo que os engenheiros devem fazer,</p><p>atendendo aos impactos sociais e ambientais do desenvolvimento tecnológico.</p><p>Com efeito e como já vimos, a engenharia é uma forma de experimentação social e, como</p><p>qualquer experiência, comporta riscos, ou seja, a probabilidade de ocorrer um dano, e a</p><p>primeira obrigação ética dos engenheiros que certifica a sua responsabilidade social e</p><p>lealdade profissional é proteger o bem-estar público no exercício da sua profissão.</p><p>Em face dos riscos, os engenheiros devem estar preparados para tomar decisões informadas</p><p>pois uma decisão de um engenheiro pode afectar inúmeras vidas. Por isso, é importante</p><p>lembrar que a primeira obrigação do engenheiro é para com a segurança das pessoas, facto</p><p>este que se torna difícil quando os engenheiros não são profissionais autónomos, trabalham</p><p>em ambientes nos quais são determinantes no processo de decisão, factores</p><p>como os</p><p>orçamentos e os prazos de resposta apertados. Onde o mesmo deve definir, avaliar e gerir o</p><p>risco à luz de obrigações para com o público, o empregador e a sua profissão. Nestas</p><p>circunstâncias, o engenheiro deve ser, em primeiro lugar, um profissional da engenharia.</p><p>Devendo atender, em primeiro lugar, às exigências éticas e às obrigações para com a</p><p>segurança pública. (OLIVEIRA, 2012)</p><p>12</p><p>Capítulo - III</p><p>Metodologia</p><p>Qualquer pesquisa deve seguir uma certa metodologia uma vez que, segundo Gil (1999), a</p><p>metodologia “é um conjunto de procedimentos e regras utilizadas por determinado método”.</p><p>Desta forma “o método é a via ou o modo para se alcançar determinado objectivo” (pág.:</p><p>281).</p><p>Entende Lakatos & Marconi (1992) “método é o conjunto de actividades sistemáticas e</p><p>racionais, com maior segurança e economia e permitem alcançar o objectivo de</p><p>conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e</p><p>auxiliando as decisões da ciência”.</p><p>Técnica de Recolha de dados</p><p>Quanto as técnicas de recolha de dados serão privilegiadas consultas bibliográficas,</p><p>questionários, entrevista e observação directa.</p><p>13</p><p>Capítulo - IV</p><p>Descrição e Discussão dos resultados</p><p>Ética na Engenharia como factor chave para salvaguardar o elo engenharia e</p><p>sociedade</p><p>Feita a reflexão da Ética Geral e Profissional e feito o seu enquadramento na Engenharia,</p><p>percebeu-se a necessidade do cumprimento dos padrões éticos por parte dos engenheiros,</p><p>como forma de garantir a segurança e bem-estar da sociedade.</p><p>Como Engenheiro, é necessário estar apto pra lidar com as situações adversas deparadas no</p><p>exercício da actividade, por forma a servir a sociedade, com uma finalidade que transcende</p><p>os meros interesses pessoais.</p><p>Com efeito, a engenharia é uma forma de experimentação social e, como qualquer</p><p>experiência, comporta riscos. E em face desses mesmos riscos, os engenheiros devem estar</p><p>preparados para tomar decisões informadas pois uma decisão de um engenheiro pode afectar</p><p>inúmeras vidas, sendo a primeira obrigação ética dos engenheiros que certifica a sua</p><p>responsabilidade social e lealdade profissional, proteger o bem-estar público no exercício da</p><p>sua profissão. E a capacidade de identificar e gerenciar esses conflitos é crucial para preservar</p><p>a confiança pública e a reputação da profissão.</p><p>Portanto, entender a necessidade do cumprimento das normas e padrões éticos não é apenas</p><p>um exercício acadêmico, mas uma necessidade prática para assegurar o desenvolvimento</p><p>sustentável, o bem-estar e a construção duma sociedade mais justa e segura.</p><p>14</p><p>Capítulo V</p><p>Conclusões e Referências Bibliográficas</p><p>Conclusões</p><p>O enquadramento das normas e princípios éticos à engenharia, contribue para a garantia da</p><p>harmonia no ambiente de trabalho e na tomada de decisões acertivas durante o exercício da</p><p>actividade, assim como também, assegura que a profissão evolua de maneira responsável e</p><p>respeitosa com as demandas e expectactivas da sociedade moderna, garantindo que a</p><p>Engenharia contribua positivamente para o desenvolvimento sustentável e para o bem-estar</p><p>da sociedade em geral.</p><p>15</p><p>Referências Bibliográficas</p><p> CARPETO. C e FONSECA. F. (2019). Ética e Deontologia. Lisboa: OET.</p><p> OLIVEIRA. A. R. (2012). Ética Profissional. Santa Maria: UFSM, 2012.</p><p> ANDRADE, I. R. (2017). Ética Geral e Profissional. Salvador: FBA, Faculdade de</p><p>Ciências.</p><p> ABREU. F. (2020). Ética Geral e Profissional. São Paulo: IPTAN.</p>