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<p>1.</p><p>A Modernidade é marcada por teorias de cunho racional que demarcam uma ruptura com o pensamento medievo. Nesse contexto, o pensamento moderno tem a razão como fundamento e princípio de reflexão sobre o mundo e a existência. Partindo disso, pode-se dizer que o movimento racionalista inaugurado por Descartes tem uma posição extremamente vertical aos seus contemporâneos.</p><p>A partir dessas afirmações, considere as alternativas a seguir em relação à relevância do pensamento cartesiano na história da filosofia e assinale a alternativa correta.</p><p>Você acertou!</p><p>B.</p><p>Descartes aponta uma filosofia que rejeita o ceticismo.</p><p>Ao desenvolver uma filosofia racionalista, Descartes rebatia o ceticismo de seu tempo, que se baseava no empirismo. Por isso, não se pode dizer que o empirismo faça parte da filosofia racionalista. Ou seja, se Descartes desenvolve uma filosofia exclusivamente racionalista, ele nega o empirismo. Caso contrário, o filósofo decorreria em uma contradição filosófica, uma vez que o empirismo sobrepõe os sentidos à razão, e não o contrário. É desse modo também que Descartes refuta o ceticismo de seu tempo, que se baseava no empirismo, pois consistia em uma desconfiança em relação ao poder da razão. Já a dialética é um método platônico retomado na modernidade com Hegel, Marx e outros.</p><p>que Descartes refuta o ceticismo de seu tempo, que se baseava no empirismo, pois consistia em uma desconfiança em relação ao poder da razão. Já a dialética é um método platônico retomado na modernidade com Hegel, Marx e outros.</p><p>2.</p><p>Até o Renascimento, o fundamento da filosofia era Deus, ou seja, o âmago para tudo o que existia era tido como divino, bem como o conhecimento era visto como um resquício da divindade no humano. Durante o Renascimento, a filosofia passou a ter como fundamento o homem. Assim, a máxima de que “o homem é a medida de todas as coisas” é retomada durante o chamado Renascimento Cultural. Contudo, o fundamento que norteia a Modernidade e a inaugura é outro.</p><p>A esse respeito, assinale a alternativa correta.</p><p>Você acertou!</p><p>B.</p><p>Descartes afirma que o homem é uma "coisa pensante" devido ao fato de a razão ser um elemento universal entre os homens.</p><p>O humano, como “coisa pensante”, é um ser racional, ou seja, tem a capacidade universal de reflexão racional e pode produzir conhecimento. Por outro lado, Descartes nega que os sentidos sejam um princípio de conhecimento, mesmo porque as sensações nos enganam. Portanto, ele refuta o empirismo, desenvolvendo uma filosofia exclusivamente racionalista que se fundamenta no fato de que o homem consegue construir conhecimento independente dos sentidos. A matemática é um exemplo disso. Assim, não se pode afirmar, a partir de Descartes, que a relação entre verdade e conhecimento seja empírica, uma vez que há a primazia da razão frente aos sentidos.</p><p>.</p><p>3.</p><p>O conhecimento, para Descartes, não é algo meramente dado, apesar de termos ideias inatas. Nesse sentido, o ser humano busca acessar a verdade e isso só é possível por meio do processo da dúvida metódica, que depende, essencialmente, de um princípio. É dessa forma que Descartes chega à máxima “penso, logo existo”.</p><p>Acerca da afirmação cartesiana, analise as alternativas a seguir e marque a alternativa correta.</p><p>Resposta correta.</p><p>D.</p><p>A afirmação "penso, logo existo" designa o "pensar" como elemento central do conhecimento.</p><p>O homem, ser pensante, consegue duvidar, analisar e agir por meio da razão com vistas à verdade da coisa-em-si. Ou seja, o ser humano é pensante e, por isso, pode conhecer racionalmente. Por esse motivo, Descartes desenvolve uma filosofia racionalista que rebate o ceticismo de seu tempo, que era, fundamentalmente, baseado no empirismo na medida em que atribuía o conhecimento somente à experiência humana. Desse modo, se as sensações, como fonte de conhecimento, enganam e, assim, o homem deve se afastar ao máximo daquilo que é levado a crer como verdadeiro, questionando-o, não se pode confiar nas sensações e nas experiências para atribuir valor de verdade a algo. O mesmo pode ser dito a respeito do modo como Descartes pensa o misticismo, que não pode ser considerado conhecimento, uma vez que se baseia em concepções pouco profundas e dogmáticas.</p><p>4.</p><p>Ao se deparar com a realidade, o ser humano se dá conta de que, ao conhecer as coisas-em-si, ele não participa de uma compreensão delas, ou seja, universal. Dessa forma, o conhecimento em si pode se mostrar variável, bem como aquilo que é considerado conhecimento. Entretanto, como demonstra Descartes, por meio do método cartesiano, é possível chegar às verdades universais sobre a realidade e sobre o sujeito.</p><p>A respeito do método cartesiano, assinale a alternativa correta.</p><p>Resposta correta.</p><p>B.</p><p>O método cartesiano está concentrado na capacidade do homem de duvidar.</p><p>A dúvida é o primeiro passo para se entender algo, segundo o pensador. É graças à suspensão do valor de verdade de algo que se pode investigar a verdade sobre esse objeto. Todo esse processo se inicia com a dúvida. A abstração tem um papel na teoria cartesiana, pois ela é a faculdade responsável por permitir focar no objeto de estudo e distanciar das ideias feitas do objeto. Contudo, só abstraímos frente a um objeto de estudo se, primeiramente, o questionamos. O mesmo pode-se dizer da capacidade de analisar, uma vez que é por meio da dúvida que se analisa o “conhecimento” advindo das sensações, e usando os dados dos sentidos para se chegar a uma verdade. Por isso, Descartes nega que os sentidos sejam fonte de conhecimento. Assim, após duvidar da “verdade” obtida pelos sentidos, nós devemos submetê-los à análise, que é o segundo passo do método cartesiano, sendo o elemento central a dúvida.</p><p>5.</p><p>Descartes não produziu uma obra voltada somente à filosofia, mas também à matemática. Nesse sentido, o raciocínio lógico-matemático não fica meramente reservado a seus estudos sobre o tema, mas influenciam a sua forma de pensar a filosofia. Desse modo, a sua teoria filosófica é atravessada por métodos que seguem o rigor matemático.</p><p>A respeito dessa intersecção, assinale a alternativa correta.</p><p>imutáveis.</p><p>Resposta correta.</p><p>E.</p><p>O raciocínio filosófico, para Descartes, consiste em seguir etapas.</p><p>O método cartesiano consiste em separar um problema em etapas e analisá-lo minuciosamente. Por isso, é possível afirmar que a intuição não é o elemento central do raciocínio filosófico cartesiano, e, sim, a dúvida que possibilita o acesso à verdade, que, segundo Descartes, é fruto da razão. A intuição, nesse sentido, não é algo que tenha uma base racional. Dessa forma, Descartes considera que todo conhecimento a posteriori aos sentidos seja enganoso porque os sentidos produzem falseamentos e não podem ser fonte de conhecimento. Por fim, dizer que o raciocínio filosófico seria o reconhecimento de uma verdade mutável não é uma tese defendida por Descartes, pois a sua teoria consiste exatamente em se chegar às verdades imutáveis.</p>