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<p>Citologia, Histologia e Embriologia</p><p>Citologia ou Biologia Celular, como é chamada atualmente, é a área da Biologia que estuda as células, tanto em relação à sua estrutura, quanto a seu funcionamento e composição química. A Histologia é a ciência que estuda todos os tecidos de animais e plantas. E a Embriologia é a ciência que estuda o desenvolvimento dos seres vivos desde o momento da fecundação e formação do zigoto (célula embrionária) até a formação dos órgãos.</p><p>Todo os seres vivos independente de sua origem possuem uma coisa em comum, todos somos formados por células</p><p>Se possuir apenas uma célula: unicelulares</p><p>Se possuir duas ou mais células: pluricelulares</p><p>Exceto o vírus não é formado por células</p><p>As células são unidades estruturais dos seres vivos, se modificam, respira, se alimenta, produz substâncias, transporta materiais, elimina resíduos, e se reproduz diferencia, desempenhando variedades de funções são extremamente produtivas.</p><p>A célula é a menor (é a menor unidade viva) parte de um organismo vivo e tem capacidade e autonomia para crescer e se reproduzir; as reações de um organismo dependem do funcionamento das células, por isso, ela é considerada a unidade fisiológica de todos os seres vivos; Todas as células têm origem a partir de outra célula preexistente, que se divide e fornece material genético para as células-filhas</p><p>Composição química das células e identificação dos compostos orgânicos e inorgânicos:</p><p>Compostos orgânicos: carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas, ácidos nucleicos (dna e rna)</p><p>Compostos inorgânicos: água – 75 a 85% / sais minerais – 2 a 3%</p><p>Tipos de células: procarionte e eucarionte:</p><p>- As células procariontes são mais primitivas. Elas não têm o núcleo definido e não possuem a maioria das organelas celulares, são unicelulares e sua célula é muito menor que a eucarionte, mas mesmo elas não possuindo núcleo ou organelas, são protegidas por uma parede celular (outros organismos unicelulares; arqueas ou arqueobacterias)</p><p>Os procariontes apresentam pequenos filamentos em sua superfície denominados flagelos ou cílios, que são utilizados para locomoção. Além disso, algumas bactérias, possuem ainda estruturas, fímbrias ou pilus que as ajudam no momento da reprodução, permitindo que uma bactéria fique aderida à outra e possibilitando a troca de material genético entre elas.</p><p>Estrutura de um procarioto: A cromatina, que forma o material genético, está espalhada pelo citoplasma, onde também estão os ribossomos, responsáveis pela produção de proteínas. membranas, além de uma camada mais externa formada por polissacarídeos (um tipo de açúcar) e de consistência pegajosa, chamada cápsula. parede celular. Trata-se de uma membrana rígida que garante o formato da célula, protege seu interior e controla a entrada de água. membrana plasmática, que ajuda a definir as bordas das células e permite que ela interaja de forma controlada com o ambiente. As células procariontes se reproduzem por meio da divisão celular, através de um processo chamado fissão binária. Esse processo, além de ser rápido, não necessita dos gametas. Como não ocorre troca de material genético, as células-filhas são exatamente idênticas à célula-mãe.</p><p>- As células eucariontes têm uma membrana delimitando o núcleo, que pode ser chamada de carioteca, membrana nuclear, invólucro nuclear ou cariomembrana. É muito mais completa e complexa, “ter vários ambientes em uma única célula”, permite que realizem funções que as células procarióticas não são capazes de realizar. A célula eucarionte possui muitas organelas e, algumas delas, são limitadas por membranas, que formam compartimentos para a realização de funções especializadas. processo realizado pelas células eucariontes é mais demorado, entretanto, muito mais eficiente. As células eucariontes podem se reproduzir por mitose e gerar as células do corpo (somáticas), tais como as células sanguíneas, neurônios, da pele, entre outras, ou por meiose, originando as células sexuais ou gametas.</p><p>Obs: Enquanto os organismos procariontes se reproduzem de forma assexuada, sem que haja a necessidade de células reprodutivas, chamadas gametas, os eucariontes utilizam células especiais na reprodução. Nos seres humanos, o gameta feminino é o óvulo e, o masculino, o espermatozoide.</p><p>Obtenção de energia pelos organismos:</p><p>- Organismo autotróficos: Seres vivos capazes de produzir o seu próprio alimento por meio da fotossíntese e quimiossíntese (Exemplo: plantas, algas e algumas bactérias)</p><p>- Organismo Heterotróficos: Seres vivos que obtêm sua energia se alimentando de outros seres vivos, pois não são capazes de produzir seu próprio alimento (Exemplo: animais e seres humanos)</p><p>- Organelas:</p><p>Núcleo: A célula é uma estrutura poderosa, mas não seria nada sem o núcleo, pois é nele que se encontram os genes (DNA), responsáveis não só pela transmissão de características hereditárias, como também pelo controle das atividades celulares.</p><p>Reticulo endoplasmático: Essa organela pode ser vista tanto em animais quanto em plantas. Existem dois tipos de retículo endoplasmático, o liso e o rugoso. O retículo endoplasmático rugoso (RER) recebe esse nome porque possui vários ribossomos aderidos à sua parte externa; O retículo endoplasmático liso (REL) sintetiza outras substâncias, como lipídios, e ajuda a processar e quebrar substâncias tóxicas para a célula.</p><p>Ribossomos: São pequenos, mas com grandes responsabilidades, fazem a leitura e interpretação das mensagens vindas do DNA. A partir dessas informações (que funcionam como uma “receita de bolo”), os ribossomos produzem proteínas.</p><p>Complexo de Golgi ou Golgiense: é formado por uma pilha de sacos achatados e pequenas vesículas arredondadas. Tem a função de processar e empacotar as substâncias produzidas pelo retículo endoplasmático e, depois disso,</p><p>enviá-las para três caminhos diferentes: para a membrana, para fora da célula, ou para os lisossomos a fim de abastecê-los de enzimas.</p><p>Mitocôndria: Organela fundamental, são responsáveis pela respiração celular e produzem energia para a célula por meio da quebra de cadeias de carbono (como as cadeias da glicose, que é um tipo de açúcar). Além do mais, é a única que possui DNA e consegue se autoduplicar</p><p>Centríolos: São os centríolos que ajudam na formação desses apêndices</p><p>Lisossomos: são pequenas bolsas que armazenam enzimas originadas no Complexo de Golgi. Possuem a função de realizar a digestão intracelular, digerindo açúcares, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos</p><p>Peroxissomos: função é degradar as moléculas de peróxido de hidrogênio (água oxigenada), um composto tóxico formado pelo metabolismo celular.</p><p>Cloroplastos: muito pequenas, vistas com ajuda de microscópio,</p><p>Microscopia</p><p>O estudo das células só pôde se desenvolver após a invenção do microscópio, em 1590, pelo fabricante de lentes holandês Zacharias Janssen. Por volta de 1665, o cientista inglês Robert Hooke construiu um microscópio muito simples, iluminado apenas por uma vela, mas que aumentava a imagem cerca de 270 vezes.</p><p>Seu objetivo é obter imagens ampliadas que possibilitem a visão de detalhes que não poderíamos ver a olho nu. Para isso, utiliza-se uma série de instrumentos, que variam dos mais simples, como a lupa e o microscópio estereoscópico, aos mais complexos, como os microscópios eletrônicos, que utilizam três parâmetros para gerarem suas imagens: aumento, resolução e contraste.</p><p>- O microscópio é constituído pelas:</p><p>Lentes oculares: É um sistema de lentes que fornece a primeira ampliação da imagem. Normalmente, as oculares aumentam a imagem por um fator de dez vezes e, de acordo com o alcance da lente, pode ampliar a amostra em 100, 400 ou 1.000 vezes</p><p>Lentes objetivas: os microscópios contêm três ou quatro lentes objetivas que permitem uma visualização muito mais avançada, possibilitando análises minuciosas, especialmente se for uma lente de imersão em óleo, que tem uma ótima resolução.</p><p>Espelho: Trata-se de uma lâmpada que fornece luz para clarear a lâmina</p><p>Condensador: É a parte do microscópio responsável por concentrar a luz da lâmpada,</p><p>direcionando os raios luminosos para o objeto de observação.</p><p>Diafragma: Essa peça permite o controle da intensidade e tamanho do foco de luz projetado sobre a lâmina.</p><p>Charriot: É uma peça anexada ao microscópio, que oferece precisão na movimentação da lâmina.</p><p>Braço ou coluna: Estrutura central do microscópio, que sustenta o conjunto de peças e mantém a estabilidade do aparelho.</p><p>Tubo ou canhão: Parte que fica logo abaixo das lentes oculares e serve para sustentá-las na posição adequada.</p><p>Revólver: As lentes objetivas ficam presas a uma peça giratória chamada revólver. Na troca de uma lente objetiva para outra, o correto é manusear o revólver e jamais forçar as lentes, pois elas são muito sensíveis.</p><p>Platina: Também chamada de mesa, a platina é uma peça retangular que serve de suporte para a lâmina. Após a lâmina estar diretamente encaixada, a platina pode ser movimentada para cima, para baixo e para os lados a fim de obter o melhor posicionamento e foco da imagem</p><p>Parafuso macrométrico: Serve para regular a altura da platina e encontrar o foco da imagem, embora sob um ajuste mais grosseiro.</p><p>Parafuso micrométrico: Também tem relação com a altura da platina, todavia, permite a obtenção de um foco refinado da imagem, proporcionando maior riqueza de detalhes.</p><p>MICROSCOPIAS ESPECIAIS:</p><p>Microscopia de campo claro: É a técnica mais comum, usada nos exames citológicos, histológicos e análise de microrganismos. Nessa técnica, o feixe de luz passa através da amostra em diferentes índices de refração e é captado pelas lentes objetivas. Por isso, é indicado corar a amostra para obter maior contraste e uma imagem mais precisa.</p><p>Microscopia de campo escuro: o feixe de luz atravessa a amostra e ela é captada pelas lentes objetivas, só que, nesse caso, o fundo é escuro. Essa técnica utiliza apenas a luz refletida pelas estruturas na amostra, destacando essas partes no fundo escuro. É ideal para amostras que apresentam pouco contraste, como alguns exames de urina, bacteriológicos e de amostras frescas que não podem ser coradas.</p><p>Microscopia de contraste de fases: Essa técnica é uma das mais usadas para a análise de células vivas, organelas celulares, cortes de tecidos finos, diagnóstico de tumores, exames parasitológicos, entre outros. Através de um sistema de lentes, esse tipo de microscópio utiliza o mesmo princípio do microscópico óptico, ou seja, um feixe de luz atravessa a amostra gerando diferentes índices de refração: as áreas mais escuras representam as partes mais densas da amostra e, as mais claras, as menos densas.</p><p>Microscopia de contraste interferencial: é possível observar e avaliar as propriedades de materiais biológicos, especialmente das células, desde que elas estejam coradas e fixadas. O microscópio diferencial de interferência foi criado a partir do microscópio de contraste com o objetivo de quantificar a massa dos tecidos e gerar imagens com aparência 3D.</p><p>Microscopia de polarização: possui dois filtros especiais chamados de polarizador e analisador. O primeiro está localizado entre a amostra e a fonte de luz, e o segundo, entre as lentes objetivas e oculares. Como esses filtros transformam a luz e ocasionam uma dupla refração, essa técnica é muito indicada na análise de minerais, mas também pode ser empregada em análises biológicas.</p><p>Microscopia de fluorescência: As moléculas com essa propriedade, como a vitamina A, quando expostas a esses raios, emitem luz em um comprimento de onda visível no aparelho. É uma técnica muito usada para detectar antígenos ou anticorpos, identificar fibras nervosas e estudar as junções intercelulares.</p><p>- DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO E VARREDURA: Existem dois tipos de microscópio eletrônico, o de transmissão e o de varredura. Na microscopia eletrônica de transmissão (MET), o feixe de elétrons atravessa a superfície da amostra e gera imagens detalhadas, porém, para que isso ocorra, essa amostra deve ser cortada em fatias muito finas, geralmente utilizando uma lâmina de diamante para o corte. É uma técnica muito empregada para análise de estruturas celulares e gera uma imagem em 2D. Na microscopia eletrônica de varredura (MEV), o feixe de elétrons varre a superfície da amostra de um lado ao outro e por isso recebe esse nome. O resultado dessa técnica é uma fiel imagem em 3D.</p><p>IMPORTÂNCIA DAS TÉCNICAS DE COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO:</p><p>Espalhamento: Também chamada de “semeadura por espalhamento”, essa técnica é usada principalmente para quantificar o crescimento microbiano.</p><p>Estiraço: Essa técnica consiste em espalhar uma gota do material biológico sobre uma lâmina de microscópio e tem como principal finalidade a observação da morfologia celular</p><p>Esmagamento: Método usado quando o material é muito denso ou apresenta grumos. A amostra deve ser depositada entre duas lâminas e delicadamente pressionada. Em seguida, o material precisa ser espalhado e uma lamínula colocada por cima. Essa técnica separa as células e melhora a visualização no microscópio.</p><p>Corte histológico: Pode ser usado em diversos tipos de amostra, desde que seja possível o corte da estrutura escolhida. É muito simples, basta ter um bisturi para cortar o tecido em camadas bem finas, quase transparentes, colocar a lâmina, a lamínula, pressionar suavemente e observar no microscópio</p><p>Decalque: Esse método, conhecido também como imprint ou claps, consiste na remoção de células superficiais. Pode ser aplicado por contato de superfície, em cortes e lesões. Necessita apenas de uma lâmina, tem uma resposta rápida.</p><p>Montagem total: Depois de preparar o material, chegou a hora de montar a lâmina! Um pequeno corte da amostra deve ser depositado sobre a lâmina e, dependendo da técnica utilizada no preparo, uma gota de corante ou até mesmo água deve ser pingada antes de cobrir com a lamínula.</p>

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