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Adolfo H. Koga email: koga@live.estacio.br Professor do Centro Universitario Estácio de Santa Catarina HEMOGRAMA AUTOMAÇÃO MICROSCOPIA OLHAR HUMANO HEMOGRAMA PONTOS CHAVES o É o exame mais pedido na prática clinica. o Avalia as células sanguíneas: Série branca, Vermelha, Contagem de plaquetas, Reticulócitos e Índices hematológicos. o O exame é requerido pelo profissional de saúde para Diagnosticar ou Controlar a evolução de uma doença. o É constituído pela contagem das células brancas (leucócitos), células vermelhas (hemácias), hemoglobina (Hb), hematócrito (Ht), índices das células vermelhas e contagem de plaquetas. HEMOGRAMA Por que a Qualidade é importante ? Automação HEMOGRAMA Por que a Qualidade é importante ? HEMOGRAMA Por que a Qualidade é importante ? Microscopia HEMOGRAMA Por que a Qualidade é importante ? O que há de novo? HEMOGRAMA Por que a Qualidade é importante ? FUTURO Por que a Qualidade é importante ? Componente sanguineo Por que a Qualidade é importante ? PRODUÇÃO X DESTRUIÇÃO Por que a Qualidade é importante ? 1% PLASMA + CÉLULAS 35- 50% COMPOSIÇÃO SANGUÍNEA HEMATÓCRITO Composição sanguínea Por que a Qualidade é importante ? 1 % 35- 50% Porção celular (hematócrito ~ 45%) • Meio líquido (plasma ~ 55%) Volume sanguíneo: • Adulto (75Kg) ~ 3.600 a 5.800 mL (62,4 mL/ Kg de peso) • Adulta (55Kg) ~ 2.900 a 4.400 mL (61,9mL/Kg de peso corpóreo) Sistema circulatório Por que a Qualidade é importante ? o É o responsável, através do transporte do sangue, pela condução, distribuição e remoção das mais diversas substâncias. o Também, é essencial à comunicação entre vários tecidos. o Responsável pela homeostase. Hematopoiese Por que a Qualidade é importante ? Estímulo e Controle: • Fatores de crescimento • Citocinas Hematopoiese Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... Hematopoiese Quantidade de Medula Vermelha nos diversos Ossos: Pélvis 40 % Vértebras 28 % Crânio / Mandíbula 13 % Costela 8 % Esterno 2 % Extremidades dos Ossos Longos 8 % Atividade por Faixa Etária: Adulto: Metade da Medula está em Atividade Recém-Nascido : Próximo do Total está em Atividade Hematopoiese Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... Medula Inativa = Gordura Medula Ativa = Hematopoiese Medula óssea Por que a Qualidade é importante ? Faça o que diz..... Eritrograma Faça o que diz..... É a parte do exame hematológico que avalia especificamente a série vermelha, através dos seguintes parâmetros: o Número de glóbulos vermelhos o Dosagens de hemoglobina o Hematócrito o Índices hematimétricos. O eritrograma permite o diagnóstico e o acompanhamento das Anemias e Poliglobulia. Índice Cálculo Significado VCM Volume Corpuscular Médio Ht/He Tamanho das hemácias HCM (pg) Hemoglobina Corpuscular Media Hb/He Cor das hemácias CHCM (%) Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média Hb/Ht Cor das hemácias RDW (%) Red Cell Distribuition Width Anisocitose Hb (g/dL) Transportador de O2 Anemia Anemias O.M.S. o HOMENS – 13 g/dL o MULHERES – 12 g/dL o CRIANÇAS E GESTANTES – 11 g/dL o PREVALÊNCIA: Anemia por deficiência de ferro - carencial E R I T R O P O I E S E Anemias Eritrograma a) Identifica e quantifica a anemia b) Sugere patogênese (etiologia?) pela observação de(a): policromasia e reticulocitose indices hematimétricos formas anormais à microscopia Eritropoiese Faça o que diz..... o É o processo de produção de eritrócitos. o Em humanos adultos, a eritropoiese ocorre na medula óssea. o Nos fetos e em situações especiais como anemias severas pode ocorrer em outros órgãos, principalmente no fígado e no baço. ERITROPOETINA FERRO VITAMINA B12 ACIDO FOLICO Eritropoiese Faça o que diz..... Eritropoiese Faça o que diz..... Síntese de Hemoglobina e Replicação do DNA Final da síntese de hemoglobina Ferro Vitamina B12 Acido fólico EPO Eritropoiese Faça o que diz..... Eritropoiese Faça o que diz..... Hemoglobina A Síntese de Ferro O Ferro utilizado pelo organismo é obtido de duas fontes principais: 1- Dieta – orgânica e inorgânica Dieta normal contem 13 a 18 mg/dia de ferro sendo que apenas 1 a 2mg serão absorvidos. O ferro heme é obtida da quebra da Hb e mioglobina contida em carne vermelha. Ovos e laticínios fornecem uma menor quantidade de ferro heme. O ferro inorgânico é proveniente de vegetais e grãos sendo encontrada na forma férrica (Fe+++) Homeostase do ferro Deficiência do ferro Síntese de Ferro o Captação do ferro: DMT 1 – divalente o Internalização do ferro: HCP1 mais eficiente para folatos. o Transporte intracelular: no interior da célula o ferro é liberado da protoporfirina pela HO. o Baixa a necessidade permanece sequestrado no enterócitos (ferritina) ou transportado para o plasma ligando a transferrina. o Ferroportina exportador de ferro regula a aquisição de ferro. Síntese de Ferro Síntese de Ferro 2- Reciclagem do ferro pelos macrófagos o Oriunda da fagocitose e degradação das hemácias senescentes. o Representa uma fonte de 25 a 30mg de ferro/dia. o Suficiente para manter a necessidade diária de ferro para a ERITROPOIESE. o Macrófagos do baço e da medula óssea e, em menor quantidade, as células de Kupffer no fígado são responsáveis pela retirada das hemácias.o O catabolismo intracelular da heme gera produtos como o ferro e a bilirrubina. Síntese de Ferro Transporte e captação do ferro o Realizada pela glicoproteína transferrina sintetizada e secretada pelo fígado, além da retina, testículos e cérebro. o Tem capacidade de transportar até 12 mg de ferro, mas em geral, transporta apenas 3 mg de ferro = 30%. o Quando a capacidade de ligação da transferrina está totalmente saturada o ferro pode circular na forma não ligada acumulando nos tecidos parênquimais causando dano celular. Síntese de Ferro Estoque de ferro o Estocado nas células retículo endoteliais do fígado, baço e medula óssea, nas formas de ferritina e hemossiderina. o Apoferritina é a proteina livre do ferro e composta de 24 subunidades que formam uma concha. o Pode abrigar 4500 átomos de ferro na forma de hidroxifosfato férrico. o A hemossiderina é a forma degradada da ferritina. Homeostase do ferro Regulação sistêmica Anemia: Diminuição da sintese de hemoglobina Descompasso entre síntese de hemoglobina e proliferação eritroide MICROCITOSE e HIPOCROMIA Diagnóstico diferencial Anemia ferropênica Talassemias = defeito genético na síntese de globina (?) Anemia de doença crônica (com outros mecanismos) HEMOGRAMA ERITRÓCITOS 3,67 M/L HEMOGLOBINA 7,2 g/dL HEMATÓCRITO 25,0% VCM 68,1fL (microcitose) - VR: 80 a 99 HCM 19,6 pg - VR: 26 a 32 CHCM 28,8% - VR: 32 a 36 RDW 17,2% (anisocitose) – VR: 10 a 15 Deficiência do ferro Deficiência de ferro o MULHERES EM IDADE FÉRTIL o CRIANÇAS o RARA NOS HOMENS o MAIS DE MEIO BILHÃO DE PESSOAS Deficiência do ferro SINAIS CLÍNICOS: o FADIGA o TONTURA o TAQUICARDIA o FALTA DE AR o ANOREXIA o PALIDEZ CUTÂNEO-MUCOSA Deficiência do ferro Alterações laboratoriais o Hemoglobina e índices hematimétricos: o Microcitose e hipocromia com diminuição do VCM e HCM (outros distúrbios). o RDW (10 a 15 ) o Reticulócitos (0,5 a 1,5%) Deficiência do ferro Alterações laboratoriais o Ferritina ( H- 15 a 300 ug/l e M (15 a 200 ug/l) o Ferro sérico e medular o TIBC (250 a 450 ug/l) o Ídice de saturação do ferro: 30 a 45% Deficiência do ferro Hemograma na deficiência de ferro Deficiência do ferro Alterações laboratoriais TIBC - Capacidade total de ligação do ferro à transferrina - (250 a 450 ug/l) o Na deficiência de ferro ocorre um aumento da transferrina aumentando a TIBC. o Na diminuição da síntese de transferrina ocorre a redução da TIBC – doenças inflamatórias e por aumento do ferro na hemocromatose. o Uso de contraceptivos orais e gravidez aumentam o TIBC. Deficiência do ferro Alterações laboratoriais Relação ferro sérico/TIBC = saturação da transferrina o Normalmente é de 16 a 50% o Abaixo de 16% é déficit de suprimento de ferro o Pode ocorrer na inflamação Deficiência do ferro Alterações laboratoriais Ferro medular o Presença de hemossiderina dentro e fora dos macrófagos. o Teste preciso mas invasivo. Ferritina sérica o Teste preciso para avaliar o estoque de ferro o É uma proteina de fase aguda – pode ocorrer aumento em doenças inflamatórias, infecciosas, malignidade devido ao aumento das IL-1 e IL-6. o Cuidado na interpretação. Deficiência do ferro Evolução dos parametros Deficiência do ferro TRATAMENTO o Sempre eliminar as possíveis causas o Sulfato ferroso oral (efeitos colaterais) - dose terapêutica diária é de 2 a 5 mg/kg/dia por período suficiente para normalizar os valores da hemoglobina e restaurar os estoques normais de ferro do organismo. o A duração do tratamento varia entre dois e seis meses, dependendo da intensidade da deficiência de ferro e da correção da causa que levou à deficiência de ferro o Parenteral é usado quando existe intolerância via oral HEMOGRAMA na anemia ferropênica - tratamento ERITRÓCITOS 4,42 4,10 M/L HEMOGLOBINA 12,7 11,2 g/dL HEMATÓCRITO 38,2 34,4 % VCM 86,4 83,4 fL HCM 28,7 27,3 pg CHCM 33,2 32,6 % RDW 12,6 12,9 Deficiência do ferro Resposta a partir do 5° dia de tratamento Hemograma como controle Hb aumenta 2 g/ dL a cada 3 semanas Após tratamento Anemia ferropênica Anemia ferropênica antes e depois de um mês de tratamento com sulfato ferroso oral Anemia ferropênica Dois casos de anemia ferropênica após tratamento com sulfato ferroso oral = dupla população Anemia ferropênica 30,422,674,4>9 -10 32,025,078,2 >10 -11 32,727,483,6 >11 -12 33,529,387,3 >12 -13 34,129,987,7 >13 CHCMHCMVCMHGB 30,422,674,4>9 -10 32,025,078,2 >10 -11 32,727,483,6 >11 -12 33,529,387,3 >12 -13 34,129,987,7 >13 CHCMHCMVCMHGB Índices na carência de ferro (ferritina < 20 ng/mL) Diagnóstico diferencial da deficiência de ferro Sindromes talassêmicas o Produção reduzida ou inexistente de uma ou mais cadeias globínicas. o Levam ao desequilíbrio das cadeias globínicas, levando a microcitose. o Eletroforese de hemoglobina é o exame de escolha mas hemograma é um importante exame de triagem. Hemograma na beta talassemia menor o Microcitose com presença de discreta anisocitose. o RDW menor que 16% o Normal ou aumento de eritrócitos. Diagnóstico diferencial Sindromes talassêmicas Diagnóstico diferencial Sindromes talassêmicas Diagnóstico diferencial Sindromes Talassêmicas Talassemias Talassemias Talassemias Eletroforese de hemoglobina Diagnóstico diferencial Anemia de doença crônica - ADC o Anemia secundária a qualquer doença crônica não hematológica: o Endócrina, renal, metabólica, neoplásica, degenerativa, inflamatória (infecciosa, auto-imune) Diagnóstico diferencial da deficiência de ferro Diagnóstico diferencial Anemia de doença crônica É o mecanismo predominante (único?) da anemia em: o Insuficiência renal: falta das células produtoras o Hipotireoidismo e desnutrição proteico-calórica: baixa do metabolismo e do consumo de O2 ADC Diagnóstico diferencial Anemia de doença crônica Comum em pacientes hospitalizados com patologias inflamatórias crônicas – citocinas que interferem na utilização da eritropoetina e no metabolismo do ferro Hemograma na ADC. o Hemoglobina entre 9 a 11 g/dL o Anemia normocitica e normocrômica, podendo ser microcítica e hipocrômica. o Atentar para neutrofilia,desvio à esquerda, trombocitose, rouleaux. Diagnóstico diferencial Anemia de doença crônica Trombocitose Rouleaux. Diagnóstico diferencial Anemia de doença crônica o Diminuição do ferro sérico e ferritina normal ou aumentado e a capacidade total de ligação do ferro diminuída com saturação de transferrina subnormal. o O grau de hipoferremia está relacionado com a gravidade da doença. o Aumento de proteínas da resposta da fase aguda tais como fibrinogênio, ceruloplasmina, haptoglobina, PCR. Diagnóstico diferencial Anemia Evidência clínica ou laboratorial da inflamação Saturação da tranferrina < 16% Ferritina < 30 ng/ml Ferritina 30 a 100 ng/ml Ferritina > 100 ng/ml Anemia ferropênica Anemia da inflamação + Deficiência de Fe Anemia doença crônica PCR PCR normal PCR Diagnóstico diferencial da deficiência de ferro Deficiencia da sintese de EPO o Anemia NORMOCÍTICA sem alterações esclarecedoras. A falta de eritropoetina pode ser por: o Mecanismo dominante (insuficiência renal) o Ou apenas parte da patogênese (anemia de doença crônica) Deficiência da sintese de EPO ERITRÓCITOS 3,52 M/L HEMOGLOBINA 10,1g/dL HEMATÓCRITO 30,1% HCM 28,8g CHCM 33,5% VCM 85,5fL RDW 13,5 Anemia do hipotireoidismo Anemia da insu- ficiência renal Falta de eritropoetina Aumento do volume plasmático Perda de ferro e folato (diálise) Perda de ferro (hipermenorréia) Em anemia crônica, dosar creatinina,TSH e ferritina Anemia na IRC o Hiporregenerativa e normocítica o Microcitose sugere falta de ferro o Macrocitose sugere falta de folato o Equinocitose pode ser chamativa, mas muitas vezes é artefatual o Neutrófilos hipersegmentados Anemia na IRC Anemia no hipotireioidismo o Hiporregerativa e normocítica ou um pouco macrocítica. o Impossível de diagnosticar pelo hemograma. o Algumas vezes microcítica por falta de ferro pela hipermenorreia o Pesquisa cuidadosa pode mostrar elipto- equinócitos Diagnóstico diferencial da deficiência de ferro Anemia sideroblástica O QUE QUE ACONTECE NORMALMENTE: O heme é formado pela incorporação do ferro (no seu estado de íon ferroso) à protoporfirina IX. LOCAL: no interior dos eritroblastos Diagnóstico diferencial Anemia sideroblástica o Presença de sideroblastos em anel na medula óssea e biossíntese do heme prejudicada. o Eritropoiese ineficaz com acúmulo de ferro medular. Hemograma na anemia sideroblastica o Anemia hipocrômica o Microcitose o População dimórficas de eritrócitos Diagnóstico diferencial Anemia sideroblástica o As hemácias circulantes, provenientes dos sideroblastos em anel da medula óssea, caracterizam-se por microcitose e hipocromia, o que reflete a produção inadequada de hemoglobina (existe pouco Heme). o Entretanto o que frequentemente observamos na prática - duas populações de eritrócitos: o Uma hipocrômica e microcítica o Outra normocítica e, eventualmente, macrocítica Diagnóstico diferencial Um outro aspecto importante é a cinética do ferro. o Há um estimulo à absorção intestinal do ferro, ele se acumula no organismo (hemacromatose eritropoiética). o Como consequência, teremos ferro sérico alto (>150 μg/dL), ferritina sérica normal alta ou alta (> 100-200 ng/ml), TIBC normal e saturação de transferina alta (30-80%). Quando suspeitar da presença de anemia sideroblástica? Sempre quando houver a coexistência paradoxal de hipocromia com ferro sérico alto, saturação de transferina elevada e ferritina elevada. Diagnóstico diferencial Intoxicação por chumbo Ingestão de tintas á base de chumbo ou contaminação ambiental. Hemograma na intoxicação por chumbo o Anemia hipocrômica o Microcitose o Ponteado basófilo Deficiência na síntese de DNA Anemia macrocitica NÃO MEGALOBLÁSTICAS oDoenças hepáticas (Hipertensão portal- sangramento) e hipotireoidismo MEGALOBLÁSTICAS o Deficiência de vitamina B12 e ácido folico o Tratamento de AIDS Anemia macrocitica NÃO MEGALOBLÁSTICAS o VCM superior a 100 fL, porém normalmente nao ultrapassa 110 fL MEGALOBLÁSTICAS o VCM acima de 110 FL Deficiência na síntese de DNA Interferência na síntese de DNA causa: o Retardo mitótico o Eritropoese ineficaz o MACROCITOSE Causas usuais: o Anemia megaloblástica: falta de B12 ou folato o Drogas antiblásticas e antivirais o Alcoolismo e hepatopatia Deficiência na sítese de DNA Interferência na síntese de DNA causa retardo mitótico, eritropoese ineficaz e MACROCITOSE Causas usuais: o Anemia megaloblástica: falta de B12 ou folato oDrogas antiblásticas e antivirais o Alcoolismo e hepatopatia Influência do álcool 80 mL/dia (meses) o Macrocitose (VCM até 105 fL) sem anemia 250 mL/dia ( ≥2 semanas) o Vacuolização de precursores mieloides, sideroblastose o Neutropenia 2 a 4 dias o Trombocitopenia 2-3 semanas Vitamina B12 o A vit. B12 ou cobalamina está presente em alimentos de origem animal, especialmente leite, carne e ovos. o Existe em pequena quantidade nos vegetais o Necessidade diária é de 1-2 µg/dia, quase sempre inferior a quantidade presente em uma dieta normal o Reserva de vit. B12 de cerca de 3000µg Vitamina B12 o As células parietais do estômago secretam o fator intrínseco (FI) o Forma um complexo F.I.-vit. B12 que será absorvido na mucosa ileal - receptores para este complexo o A cobalamina liberada do complexo penetra na mucosa unida a uma proteína celular que permite sua interiorização o É liberada e cedida ao plasma. Vitamina B12 o Transportada pela transcobalaminas. o A maior parte é ligada a holo Hc, e outra a holo Tc (10 a 30%) e Tc III. o A holo Hc não possui receptores celulares – INERTE o A holo Hc é liberada pelos granulócitos, podendo ocorrer reduções desta por decréscimo da massa total de granulocitos. o Holo-Hc assume importância clínica, pois sua elevação produzirá falsos aumentos de vitamina B12 Vitamina B12 É essencial em diversas reações bioquímicas na natureza, a maioria das quais implica redistribuição de hidrogênios e de carbonos. É um co-fator essencial para duas enzimas: metionina sintase e L- metilmalonil-coA mutase, ambas direta ou indiretamente envolvidas no metabolismo da homocisteína (Hcy). Comprometem reações de metilação que levarão ao desenvolvimento de patologias principalmente cérebro e cardiovasculares de diferentes graus de severidade, podendo até mesmo tornarem-se irreversíveis. Patogênese o Aumento do retículócitos circulantes que são 20 % maiores que as hemácias maduras. o Liberação prematura dos reticulocitos da MO, que contém mais RNA e são maiores. o Estímulo da EPO acelera a síntese de Hb nos precursores sem reduziro tempo de divisão ou alterar o número de divisões o Estimulação intensa, uma divisão celular pode não ocorrer causando a macrocitose. Anemia Perniciosa oÉ uma doença auto-imune que ocorre por ausência do fator intrínseco secretado pelas células da mucosa gástrica que também secretam o ac. clorídrico oAnticorpos contra as células parietais do estômago levando a atrofia oOcorre atrofia da mucosa gástrica levando a acloridria e diminuição de secreção do FI Anemia Perniciosa o Quadro comum a outras anemias: cansaço, palidez o É mais comum na raça branca o Sintomas mais específicos: • Atrofia de papilas da língua • Ardor lingual • Parestesias • Sintomas neurológicos como dificuldade de locomoção, hiper- reflexia ou hipo • Perturbação mental e até demência Folatos o São substâncias que têm como estrutura básica o ácido pteroilglutâmico o São amplamente distribuídas nos alimentos animais e vegetais , mas podem ser destruídas pelo calor durante a preparação dos mesmos o A dieta normal deve conter 200- 400µg/dia , sendo a necessidade diária de 200-300 µg/dia (quantidades maiores são necessárias na gravidez e lactação) o Os depósitos no adulto são de 10 - 20 mg. Folatos o Estoque de 10 a 15 mg e necessidades diárias de 100 a 200 ug. o São sintetizados pelas plantas. o Ingestão inadequada ou má absorção o Predomínio em crianças, grávidas e alcoolistas de baixa renda. o Mais comum na gravidez- necessidades aumentam para 350 ug. Função dos Folatos Atuam como coenzimas em eventos importantes das células como: o Doador de radical metila para a formação da metilcobalamina. o O tetraidrofolato (resultante da perda do radical metila) serve como substrato para a síntese de purina e pirimidina, importantes na síntese dos ácidos nucleicos. Anemia por deficiência de Folatos o É mais frequente que as anemias megaloblásticas por deficiência de vit. B12 o O ácido fólico é encontrado na alimentação normal e as suas reservas podem servir para alguns meses o Os folatos são absorvidos na parte proximal do intestino delgado o O composto é armazenado no fígado e pode ser cedido ao intestino pela via biliar, o que mantém o nível de folato (ciclo êntero-hepático) Causas de deficiência de Folatos o Má absorção o Déficit ingestão o Gestação – muito freqüente o Anemias hemolíticas – os dois últimos por aumento de consumo o Fármacos que inibem o ciclo metabólico do ácido fólico (metotrexato e raltitrexato, pirimetamina, trimetropina, pentamidina). o Drogas e fármacos que interferem na absorção e excreção de folatos: o Álcool e anticonvulsivantes: fenitoína, primodona e fenobarbital) Outras causas de deficiência de B12 Gastrectomia A anemia megaloblástica aparece pela deficiência de fator intrínseco Má absorção intestinal Presente nas diarréias crônicas, esteatorréias, tumores intestinais Secundária ao aumento de utilização do organismo Ocorre em Sind. Mieloproliferativas, anemia hemolítica e na gestação. Outras causas de deficiência de B12 Anemia por deficiência de absorção da Vit. B12 ao nível do íleo o É uma doença congênita Anemia Megaloblástica por deficiência congênita de Transcobalamina II Deficiência de B12 ATENÇÃO o O diagnóstico da deficiência é fundamental. o O tratamento inapropriado com ácido fólico corrige os sinais hematológicos, mascarando a deficiência. o Propiciando o desenvolvimento de sintomas neurológicos através de provável aceleração da desmielinização neuronial. o Levando ao progressivos e irreversíveis danos neurológicos. Anemia megaloblásticas Aspectos clínicos Queilose angular Glossite Anemia megaloblásticas ERITRÓCITOS 2,01 M/L HEMOGLOBINA 8,5 g/dL HEMATÓCRITO 25,1 % VCM 124,9 fL (macrocitose) HCM 42,4 pg CHCM 34,0% RDW 20,5 (anisocitose) Anemia megaloblásticas Anemia megaloblásticas Aspectos laboratoriais Eritrocitos Hemoglobina Macrocitose Reticulócitos diminuidos Anemia megaloblásticas Morfologia eritrocitária o Poiqulocitoses o Macrocitose o Hemácias em lágrimas o Howell Jolly Anemia megaloblásticas Aspectos laboratoriais Anemia megaloblásticas Aspectos laboratoriais Anemia megaloblásticas Medula ossea o Hiperplasia medular o Presença de megaloblastos e macroeritroblastos o Precursosres granulociticos gigantes Anemia megaloblásticas Anemia megaloblásticas Anemia megaloblásticas Quadro clínico o Neuropatias como sensações parestésicas dos membros, o Perturbação mental o Dificuldade de locomoção o Sinal de babinski positivo o Acumulo de homocisteina Anemia por falta de tecido hematopoiético o Comprometimento da medula óssea por neoplasias próprias (leucemia, linfoma), granulomatose, infiltração tumoral e aplasia. o Afetam as três séries da hematopoese o Pancitopenia Mielodisplasias/deseritropoese Eritropoese ineficaz = proliferação inapropriada e exagero da apoptose na medula óssea Citopenias variáveis nas demais séries e sinais displásicos. Mielodisplasias/deseritropoese Mielodisplasias/deseritropoese ERITRÓCITOS 2,12M/L HEMOGLOBINA 7,5g/dL HEMATÓCRITO 22,1% LEUCÓCITOS 2400/L PLAQUETAS 16.000/L Examinar a Medula Óssea! Mielodisplasias/deseritropoese LEUCÓCITOS 2400 % mm3 Neutrófilos 10,1 242 Linfócitos 82,6 1982 Monócitos 4,2 101 Eosinófilos 3,1 74 Basófilos 0 0 Pancitopenia severa o Conferir a amostra; coagulado? o Processar novamente. o Verificar histórico. o Examinar lâmina: agregação, blastos (leucemia?), sinais displásicos. Anemia hemolíticas QUANDO PENSAR? Reticulócitos altos Anemia hemolíticas o Sinais de anemia (geralmente crônica, raramento em surtos) o Icterícia, de leve a nítida o Esplenomegalia (mas baço pode atrofiar-se) o Hemoglobinúria (na hemólise intravascular) o Febre (casos infecciosos) o História e exame da família (casos genéticos e congênitos) Sinais laboratoriais de hemólise o Policromasia/reticulocitose constante o Normocitose ou macrocitose o Bilirrubina indireta, LDH o Haptoglobina o Hemoglobinúria (na hemólise intravascular) Nota: microscopia indispensável, muitas vezes esclarecedora Anemia hemolíticaso Hemólise aumentada. o Quando os eritrócitos sobrevivem menos de 80 dias na circulação. o Anemias hemolíticas por defeito corpuscular. o Anemias hemolíticas por defeito extra-corpuscular. o De modo geral, as anemias por defeito corpuscular são constitucionais e as anemias por defeitos extra-corpusculares são adquiridas. Sinais laboratoriais de hemólise oHigh Performance Liquid Chromatography (HPLC) ou eletroforese da hemoglobina nas hemoglobinopatias oTeste de Coombs (antiglobulina humana) em anemias imunológicas. o Fragilidade osmótica na esferocitose. o Teste de Ham na HPN o Testes para enzimas: G6PD, PK e outros. Anemia hemolíticas Quadro Clínico o Palidez o Cansaço o Icterícia o Esplenomegalia - dependente da causa da anemia hemolítica Anemia hemolíticas corpusculares o Hemólise por defeito intrínseco ao eritrócito o Membrana (esferocitose hereditária, eliptocitose hereditária) o Metabolismo (deficiente G6PD ou piruvato cinase) o Hemoglobina (HbS, HbC) Anemia hemolíticas corpusculares Anemia hemolíticas defeitos de membrana ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA ELIPTOCITOSE CONGÊNITA PIROPOIQUILOCITOSE HEREDITÁRIA ACANTOCITOSE CONGÊNITA HEMOGLOBINÚRIA PAROXÍSTICA NOTURNA Anemia hemolíticas corpusculares o Anemia o Coombs negativo o ⇑ bilirrubina indireta o ⇑ Reticulócitos o Teste de fragilidade osmótica alterado o Esferócitos no sangue periférico Esferocitose e elipitocitose hereditária o Defeitos poligênicos dominantes de proteínas da membrana do eritrócito: o Anquirina: esferocitose (50%) o -espectrina: esfero-acantocitose (30%) o Eliptocitose (5%) o -espectrina: eliptocitose (80%) o Banda-3: esferocitose-pinçados (20%) ovalocitose do sudeste asiático o Proteína 4.1: eliptocitose (15%) (árabes) Esferócitos o Tendência à biconcavidade, contorno regular, CHCM > 36%. o Perda de membrana e superfície. o Também se observam esferócitos em casos de agressão imunológica: o Doença hemolítica ABO do RN o Anemia hemolítica autoimune Esferócitose hereditária Anemia hemolíticas corpusculares Eliptocitose/Ovalocitose o Elipto: diametro maior ≥ dobro da menor. Ovalo: diamêtro maior dobro da menor. Na prática, sinônimos o Só há hemólise (com policromatocitose e reticulocitose) em homozigotos ou duplamente heterozigotos o Comuns, em pequena percentagem, em diversas anemias o Distinção genética adquirida pode ser difícil mas é fundamental o No RN pode haver piropecilocitose. Esplenectomia causa aspecto similar. Eliptocitose Elipitocitose Eliptocitose (hemolítica) pós-esplenectomia Anemia hemolíticas por defeitos enzimaticos o Deficiências enzimáticas genéticas nas vias pentose- fosfato e Embden-Meyerhoff. o Tornam os eritrócitos suscetíveis à hemólise por agentes oxidantes. o Genes variantes deficientes (>250) em locus poligênico no cromossomo X. o Codifica a G6PD (glicose-6-fosfato desidrogenase). o Dando origem ao defeito genético de maior prevalência: ≈ 400 milhões. Deficiência de G6PD Variante africana o (10%) negros da África Equatorial. o Acompanha o Plasmodium falciparum. o Suscetibilidade hemolítica a naftalina, anilinas, antimaláricos, sulfonamidas, outras drogas. Variante mediterrânea o Sul da Itália, Grécia, Ásia Menor, Norte da África, Sul da Ásia. o Suscetibilidade também à ingestão de favas (favismo). o Frente aos agentes acima, ambas dão origem a crises hemolíticas graves. Defeito de G6PD o Crises frente a agentes oxidantes: hemólise intravascular súbita e intensa, com calafrio, dores generalizadas, anemização extrema, hemoglobinúria, icterícia após 24- 48h. o Cessando o uso da droga, cessa a hemólise em 3-6 dias. o Há reticulocitose após o 3º dia. o Mesmo mantendo-se a droga, a hemólise diminui porque os reticulócitos são mais ricos em G6FD. Hemograma no Defeito de G6PD o Anemização extrema (Hgb até <3-4 g/dL) em poucas horas. o Eritrócitos fragmentados, irregularmente contraídos e mordidos (bite cells). o Eritrócitos com hemoglobina concentrada num extremo da célula (hemiestromas). o Reticulocitose a partir de 72 horas Hemograma no Defeito de G6PD Defeito de G6PD C O R P O S D E H E I N Z Deficiência de PK (pós-esplenectomia): acantocitose Anemia hemolíticas por defeitos de sintese de hemoglobina Sindromes falcêmicas: È causada pela mutação no gene beta da globina devido a substituição do acido glutâmico pela valina na posição 6. É a mais comum das alterações hereditárias conhecidas no homem. A anemia falciforme é conhecida há séculos por povos de diferentes regiões da África. Exames radiológicos de ossos de pessoas que viveram na África há mais de 7.000 anos mostraram lesões características dessa condição mórbida. É interessante destacar que os doentes eram identificados por tatuagem incisional para facilitar o diagnóstico e proibir o casamento com membros sadios do grupo. Em estudos foram realizados em populações da raça negra da África, Jamaica e em afro-americanos, e pela análise do agrupamento dos genes tipo beta do cromossomo 11 concluíram que há, pelo menos, cinco tipos de Hb S: SS-Benin, SS-Bantu, SS-Senegal, SS- Camarões, SS-Árabe-indiano. Hemoglobina S/Síndromes falcêmicas Traço falcêmicos (Portador Assintomático) ou Hb AS Hb A oscila entre 60 e 80% e a Hb S entre 20 e 40%. Anemia falciforme O portador do traço falcêmicos tem o genótipo de Hb AS com concentração da Hb A sempre maior que a Hb S. Em geral, a concentração da Hb A oscila entre 60 e 80% e a Hb S entre 20 e 40%. . As moléculas de Hb deoxigenadas alteram suas configurações estruturais devido a formações de polímeros deixando de ser globulares. A polimerização das moléculas de deoxi-Hb S causa a formação de hemacias alongadas. Apresentam diferentes formas das quais as mais comuns tem a forma de foice. Anemia falciforme . Anemia falciforme . Sindromes falcêmicas Traço Falciforme (portador sadio) A (55%) S(45% Anemia falciforme (SS) (Hb de 6 a 9,5) S (> 95%) A (zero) Hgb S + b-Thal (Hgb 7 – 11,0 com VCM baixa) S (0 - 95%) A (0 a 20%) Hgb S + C (Hb de 9 a 13) S (50%) C (50%) Anemia hemolíticas autoimune AHAI por Anticorpo Quente (Ig G):70 a 80% o Idiopática (60%) o Secundária: Doença Linfoproliferativa (LLC, Linfoma) Doença Auto-imune (AR,LES, colite ulcerativa) Doença Infecciosa (HIV) Medicamento (alfa metil-dopa)Anemia hemolíticas autoimune AHAI por Anticorpo Frio (Ig M): 10 a 20% o Idiopática (50%) o Secundária: Doença Linfoproliferativa (LLC, Linfoma) Doença Auto-imune (AR,LES, colite ulcerativa) Doença Infecciosa (HIV, mycoplasma, mononucleose) Medicamento Anemia hemolíticas autoimune Anemias hemolíticas auto imune Anemia hemolíticas autoimune Doença hemolítica do recém-nascido Incompatibilidade ABO (usual: mãe O, filho A) Causa esferocitose chamativa mas anemia leve (anti-A natural é IgM) Incompatibilidade Rh0 (D) Causa anemia grave (anti-D é IgG) Coombs+ e quernícterus, mas é previsível e tratável, e pode ser evitada (gama-globulina anti-D). Doença hemolítica do recém-nascido Doença hemolítica do recém-nascido Eritroblastose fetal (DHRN) Anemias hemolíticas por crioaglutinina o Anticorpos IgM, aglutinam e fixam complemento entre 5 e 25ºC. o Interferem no hemograma o Em idosos, com doenças do colágeno, infecções crônicas, hepatite C, neoplasias, idiopáticos. o Transitórios: Mycoplasma, mononucleose o Doença de crioaglutininas (rara): linfoma subclínico? Anemias hemolíticas auto-imunes Com anticorpos frios Anemia hemolítica por crioaglutininas Com anticorpos quentes Anemia hemolítica auto- imune Coombs- positiva Ambas podem ser secundárias ou idiopáticas Anemias hemolíticas com anticorpos quentes Teste de Coombs direto positivo em ≈ 90% dos casos Secundárias a linfomas, doenças imunológicas e infecciosas (aids), drogas (iatrogênicas)ou idiopáticas Baixa incidência mas longa sobre-vida prevalência significativa Anemias hemolíticas com anticorpos quentes o Anemia progressiva (pode ser extrema!). o Reticulocitose ++++ o Dupla população (esferócitos e macrócitose e policromáticos). o VCM normal ou macrocitose o Hemácias em lágrimas o Fazer Coombs Anemias hemolíticas por fragmentação Colisão: próteses valvulares, anemias microangiopáticas, CIVD Trauma mecânico: marcha, corrida, toque de bongô Dano oxidante: dapsona, sulfasalazina Dano térmico: artefato, queimaduras Eritrócitos fragmentados por prótese valvular Eritrócitos fragmentados Prótese valvular Púrpura Trombótica Anemias hemolíticas micro-angiopáticas Síndromes raras, com hemólise por fragmentação e trombocitopenia, causadas por trombos hialinos na microcirculação: o Síndrome HELLP (na gravidez) o Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT): mulheres entre 10 e 40 anos o Síndrome urêmico-hemolítica (SUH): na infância Sindrome HELLP na gravidez o Hemólise por fragmentação o Elevação de enzimas hepáticas o Trombocitopenia • No 3º trimestre e pós- parto • Evolução limitada, baixa mortalidade Eritrócitos irregularmente contraídos e mordidos pelo uso de dapsona Fragmentação por queimadura Anemia hemolíticas autoimune Teste de Coombs Direto Aplasias o Desenvolvimento incompleto ou imperfeito de qualquer parte do organismo. Aplasia medular o Diminuição mais ou menos intensa da capacidade hematopoética da medula óssea(hipoplasia). Medula óssea Medula Normal Medula hiperplásica Medula hipoplásica Medula aplásica Anemia aplastica o É caracterizada por pancitopenia com medula óssea hipocelular , por redução dos precursores medulares. o Substituição do tecido hematopoiético por tecido gorduroso o Pode ocorrer aplasia de apenas uma série hematopoiética , principalmente nas aplasias congênitas. Anemia aplastica o Hematopoese ineficaz com morte celular na MO. o Formação de células defeituosas que são rapidamente removidas da circulação. o Seqüestro e/ou destruição de células pela ação de anticorpos o Aprisionamento de células normais no SER hipertrofiado e super-ativo Anemia aplastica o Insuficiência medular total causando pancitopenia. o Falta do tecido hematopoético devido a substituição do parênquima por gordura causando atrofia. Anemia aplastica Tipos de aplasias Global = Pancitopenia Seletiva = Citopenia seletiva Anemia aplastica Anemia aplastica Anemia aplastica Anemia aplastica Anemia aplastica Hereditária Anemia de Fanconi o Reparo defeituoso no DNA o Retardo no crescimento o Defeitos congênitos do esqueleto, do trato urinário e da pele o Em alguns casos retardo mental o Idade usual do aparecimento a partir dos 5 anos de idade Anemia aplastica SECUNDÁRIA o Lesão direta da medula óssea por radiação ou drogas citotóxicas o Algumas causam aplasia temporária,outras crônica o Após infecção por hepatites virais o Benzeno o Mielodisplasia Anemia aplastica Anemia aplastica Anemia aplastica Anemia aplastica Achados laboratoriais sangue periférico o ANN ou Macrocítica o VCM entre 95 e 110 fl o Reticulócitos o Leucopenia com Neutropenia e por vêzes Linfopenia o Trombocitopenia (casos graves < 10.000) o Ausência de células anormais Achados laboratoriais medula óssea o Hipoplásica o Tecido hematopoiético substituído por gordura (75%) o Aglomerados celulares com fundo hipocelular o Maioria linfócitos ou plasmócitos o Ausência ou diminuição de megacariócitos Anemia aplástica Outros Exames Laboratoriais: o Provas de função hepática o Teste de HIV o Testes para HPN o Citogenética Anemia aplastica Anemia Aplástica grave: Retic< 40.000/mm3 Neutro< 500/mm3 Plaq< 20.000/mm3 *biópsia de medula= 2 critérios Anemia Aplástica muito grave: Neutrófilos< 200/mm3 Anemia aplastica Morfologia eritrocitária ERITRÓCITO Morfologia eritrocitária MORFOLOGIA DOS ERITRÓCITOS Principais Alterações Morfológicas ANISOCITOSE MICROCITOSE MACROCITOSE HIPOCROMIA POLICROMASIA POIQUILOCITOSE Morfologia eritrocitária ANISOCITOSE o É o aumento da variabilidade do tamanho das hemácias o Na automação é expresso em RDW (Red cell Distribution Width) é um índice de variação do tamanho (volume) das hemácias ou CV da distribuição do tamanho das hemácias. o Não especifica anormalidade hematológica o Valor normal: de 10 a 15%Morfologia eritrocitária MICROCITOSE o É a diminuição do tamanho dos eritrócitos. o Detectado no esfregaço quando há redução do diâmetro dos eritrócitos para menos de 7,0 a 7,2 (o núcleo do pequeno linfócito cujo diâmetro é aproximadamente 8,5 pode ser o guia comparativo) o Em geral há uma diminuição do VCM mas isto depende da população dos eritrócitos Morfologia eritrocitária MACROCITOSE o É o aumento do tamanho dos eritrócitos o Geralmente é acompanhado do aumento do VCM acima do limite da normalidade, mas dependendo da população macrocítica o VCM pode estar no limite da normalidade o Em geral os recém-natos têm uma macrocitose sem causa patológica Morfologia eritrocitária POLICROMASIA o Hemácias com coloração rósea-azulado (resíduos de RNA ribossômicos) o Está presente após o 4º dia na regeneração pós- hemorrágica e sempre na anemia hemolítica Morfologia eritrocitária HIPOCROMIA o É a redução da coloração dos eritrócitos o Caracterizado pela palidez da região central o Pode ser geral ou apenas de uma população dos eritrócitos o Em geral é acompanhada da diminuição do HCM e CHCM dependendo do grau de hipocromia Morfologia eritrocitária ESFEROCITOSE Morfologia eritrocitária Ovalocitose Eliptocitose Morfologia eritrocitária HEMÁCIAS EM LÁGRIMA Morfologia eritrocitária ACANTÓCITOS Morfologia eritrocitária ESQUIZÓCITOS Morfologia eritrocitária HEMÁCIAS EM ALVO Morfologia eritrocitária DREPANÓCITOS ou H. FALCIFORMES Morfologia eritrocitária Corpos de Howell Jolly Morfologia eritrocitária Corpúsculos de Pappenheimer ou Siderossomas: Morfologia eritrocitária Anel de Cabot: Leucograma Leucopoiese MO- compreende a diferenciação mielóide e linfoide - CITOCINAS o IL-1 – Ativação Imune; Induz resposta inflamatória. o IL2 – estimula a UFC-LT o IL-4 – Fator crescimento linfócitos o IL5 – age sobre a produção de eosinófilos o e LB o IL-7 – Promove desenvolvimento de células imaturas Leucopoiese Outros Estímulos Hipóxia: eritrócitos Infecções e inflamações: neutrófilos e monócitos Certos tipos de infecções, alergias, parasitoses: eosinófilos e mastócitos Perdas sanguíneas e deficiência de ferro: plaquetas Antígenos estranhos como vírus: LT, LB, NK Leucopoiese o O progenitor linfoide pode originar os linfócitos T e B e as células NK o O progenitor mielóide origina os polimorfonucleares (basófilos, neutrófilos e eosinófilos), monócitos e precursor de mastócitos o O progenitor Mielóide pode originar também o megacariócito que originam plaquetas e hemácias respectivamente. Granulopoiese o O tempo de maturação total do mieloblasto total é de em torno de 4 a 6 dias, podendo ser abreviado até 2 dias. o O neutrófilo permanece no sangue periférico por 6 a 8 horas e migra para os tecidos. Compartimento mitótico - MO Mieloblasto, Promielócito e Mielócito ESTE COMPARTIMENTO SUSTENTA O SANGUE PERIFÉRICO Granulopoiese Compartimento pós mitótico – MO Metamielócitos, Bastonetes Segmentandos ESTE É O COMPARTIMENTO DE RESERVA DA MO Granulopoiese Compartimento periférico – SP o Bastonetes o Segmentados Divide em o Compartimento marginal o Circulante Leucograma ATENÇÃO O HEMOGRAMA MOSTRA APENAS O COMPARTIMENTO CIRCULANTE, O QUAL É RENOVADO A CADA CICLO DE 6 A 8 HORAS O LEUCOGRAMA REFLETE A CONDIÇÃO LEUCOCITÁRIA DO MOMENTO Leucograma Neutrófilos: o Medula Óssea: mieloblasto segmentado(4 a 6 dias) o Depósito de Reserva: 10 a 15 vezes Grânulos primários Fosfatase ácida Peroxidase Esterase Lisozima Grânulos secundários Aminopeptidase Lisossomo colagenage Granulações tóxicas o Grânulos de cor púrpura ou azul escuro o Aumento da produção de enzimas lisossomais o Vacuolos significa digestão de material fagocitado Leucograma Leucograma Alterações reacionais Granulações tóxicas Leucograma Alterações reacionais Corpos de Dohle Leucograma Displasias Neutrófilos Leucograma Disgranulocitopoese. a) intensa hipogranulação em neutrófilo segmentado, com núcleo fragmentado. macrocitose ovalocítica, hipogranulação em neutrófilos, e monócitos atípicos vacuolizados; Leucograma 1- “pseudo Pelger- Huet” núcleos unilobulados II – Hipogranulaçao Leucograma MONÓCITOS Núcleo circular ou oval, indentado Citoplasma abundante e levemente azul Vacúolos Núcleo irregular com cromatina levemente condensada ?? Linfócito atípico ?? Mielo e metamielocito ?? Bastão ?? Monócitos imaturos Leucograma MONÓCITOS: Núcleo irregular com cromatina delicada e levemente condensada freqüentemente lobulado e citoplasma cinza azulado com grânulos azurófilos finos. Leucograma MONÓCITOS: Leucograma Monocitos displasicos: Leucograma Monocitos displasicos: Leucograma Monócitos e disgranulopoiese: neutrófilo com lobulaçao anomala e hipogranular Prómonócito Monócito com atipia nuclear Leucograma Eosinófilos: Ligeiramente maior que o neutrófilo, núcleo bilobulado ou trilobulado, grânulos citoplasmáticos corados de laranja- avermelhado. Leucograma Eosinófilos: Ligeiramente maior que o neutrófilo, núcleo bilobulado ou trilobulado, grânulos citoplasmáticos corados de laranja- avermelhado. Leucograma Basófilos: Tamanho semelhante ao neutrófilo, apresenta o núcleo com grânulos pretos. É um importante mediador da hipersensibilidade mediada pela reação da IgE com antígenos específicos liberando histamina. Leucograma TIMO MEDULA ÓSSEA ORGÃOS LINFÁTICOS PRIMÁRIOS LINFONODOS BAÇO AMÍGDALAS PLACAS DE PEYER ORGÃOS LINFÁTICOS SECUNDÁRIOS LINFOPOIESE Linfócitos o Engloba os linfócitos T e B. o Linfócitos B saem maduros da medula óssea enquanto os linfócitos T precisam migrar para o Timo onde irão sofrer o processo de maturação. o Linfócitos B se diferenciam em plasmócitos quando encontram um antígeno num órgão linfóide secundário e secretam anticorpos nos tecidos. Leucograma Linfócitos: o OS ORGÃOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS (MO e Timo) SUSTENTAM OS ORGÃOS LINFÓIDES SECUNDÁRIOS (linfonodos, baço, placas de Peyer e anel de Waldeyer) COM LINFÓCITOS PARCIALMENTE DIFERENCIADOS o A LINFOPOIESE NOS OLP É CONTÍNUA E ANTÍGENO INDEPENDENTE o A LINFOPOIESE NOS OLS É ANTÍGENO DEPENDENTE, AQUI OS LINFÓCITOS TORNAM-SE IMUNOCOMPETENTES (RESPOSTA A UM ESTÍMULO ANTIGENICO) Linfócitos To A medula óssea fornece células tronco ao timo, no microambiente tímico elas se diferenciam em células T. o Auxiliam os linfócitos B na produção dos anticorpos específicos. o Transporta um marcador (Antígeno CD5) e apresenta duas sub-populações T auxiliadoras (CD4) e outra supressora e citotóxicas (CD8). Leucograma Linfócitos B: o A MO tem um microambiente que propicia a diferenciação das células B. o São as únicas capazes de sintetizar moléculas de imunoglobulinas o Possuem antígeno específico de membrana: CD19 e CD20 Leucograma Linfócitos: Linfócitos T efetores incluem: Linfócitos NK - destroem as células tumorais e as células infectadas por vírus na ausência de anticorpos. Linfocitos Linfocitos atípicos Linfocitos atípicos Leucograma Leucograma Granulopoiese: Leucemia aguda Expansão clonal com bloqueio maturativo Leucemia crônica Expansão clonal sem bloqueio maturativo Leucograma Leucograma Leucemia aguda M3 HIPERGRANULAR – FAGGOT CELLS PROMIELOCITICA VARIANTE - HIPOGRANULAR - NUCLEO BILOBULADO Leucograma Leucemia promielocítica aguda Leucograma Leucemia promielocítica aguda o Caracterizada pela translocação específica t(15,17). o t (15,17) envolve o gene receptor do ácido retinóico RAR- alfa no cromossomo 17 e o gene PML , um fator de transcrição no cromossomo 15. o O resultado da proteina quimérica PML/RARɑ e crucial para a patogenese da doença. Leucograma Granulopoiese: Expansão clonal com bloqueio maturativo Leucemia mieloide aguda Leucograma Granulopoiese: Expansão clonal sem bloqueio maturativo Leucemia mieloide crônica Leucograma Leucemia mieloide crônica Leucograma Leucemia mieloide crônica o Glivec – Imatinibe o Inibidor da tirosina quinase (gen bcr/abl o Sobrevida de 90% Leucemia mieloide crônica o Glivec – Imatinibe o Inibidor da tirosina quinase (gen bcr/abl o Sobrevida de 90% Leucograma Monocitopoiese: Expansão clonal com bloqueio maturativo Leucemia monocitica aguda Leucograma Monocitopoiese: Expansão clonal sem bloqueio maturativo Leucemia monocítica crônica Leucograma Linfopoiese: Expansão clonal com bloqueio maturativo Leucemia linfocítica aguda Leucograma Linfopoiese: Expansão clonal com bloqueio maturativo Leucemia linfocitica aguda/Burkit Leucograma Linfopoiese: Expansão clonal sem bloqueio maturativo Leucemia linfocítica crônica Leucograma Sistema linfático: O sistema linfático é composto por órgãos, vasos e tecidos linfáticos e pelos linfonodos (popularmente conhecidos como ínguas), que se distribuem em posições estratégicas do corpo para ajudar a defendê-lo de infecções. O líquido que circula no interior dos vasos linfáticos é chamado de linfa e é transportada pelos vasos linfáticos é filtrada nos linfonodos, também chamados de gânglios linfáticos ou nódulos linfáticos. Leucograma Sistema linfático: O sistema linfático é composto por órgãos, vasos e tecidos linfáticos e pelos linfonodos (popularmente conhecidos como ínguas), que se distribuem em posições estratégicas do corpo para ajudar a defendê-lo de infecções. Linfoma é um termo genérico utilizado para designar um grupo de diversas doenças neoplásicas do sistema linfático que se originam da proliferação clonal de linfócitos B ou T em qualquer um de seus estágios de maturação. Leucograma Linfonodo Leucograma Neoplasia de células B que estão presentes no centro germinativo com padrão folicular. Apresentação leucêmica: 4,5% a 23% dos casos, raramente com leucócitos ↑ 30.000 mm3 LNH Folicular Leucograma LNH Folicular Neoplasia de células linfóides B composta por células de pequeno a médio tamanho, com irregularidades no contorno nuclear, originada na zona do manto do linfonodo ( centrócito ‘like’ ) LNH da zona do manto Leucograma Neoplasia de células linfóides B que infiltra MO e SP, com núcleo oval e citoplasma abundante que tem múltiplas projeções/ vilosidades. Apresenta infiltração difusa de MO e polpa vermelha do baço. Tricoleucemia Hairy cells (geralmente com ausência de nucléolos) – aparência de “ovo frito” Pancitopenia Esplenomegalia SP: poucas células da tricoleuccemia Monocitopenia Leucograma LNH da zona marginal esplênico ou viloso esplênico Leucograma Gamopatia monoclonal caracterizada por: Proteína monoclonal no soro e/ou urina IgG Aumento de plasmócitos na medula óssea Mieloma Multiplo Leucograma Mieloma Multiplo Leucograma Mieloma Multiplo - SP • Anemia • Trombocitopenia • Neutropenia • Presença de rouleaux Pacientes com mais de 4% de plasmócitos circulantes também tem um pior prognostico Leucograma Linfoma agressivo com células grandes, com cromatina heterogenena e imatura (reticulada) com presença de nucleolos. Citoplasma basofilico e vacuolizado (células blásticas??) Alta divisão celular, numerosas mitoses e curso rápido. Linfoma de Burkitt Leucograma Altamente agressivo Células grandes (quase o tamanho de um macrófago ou pelo menos duas vezes o tamanho de um linfócito). Aparência de célula blástica Linfoma de grandes células Plaquetograma Megacariopoese É o complexo que envolve a maturação, desenvolvimento nuclear e produção de plaquetas. CFU-GEMM CFU-Meg MEGACARIOBLASTO MEGACARIÓCITOS PLAQUETAS Plaquetograma Megacariopoese Função da hemostasia primária. Quando a produção é estimulada, a produção de plaquetas pode aumentar até 8 vezes. Plaquetas danificadas são destruídas no baço devido a perda das porções de ácido siálico da superfície ou aumento de IgG não imune ligada a célula. Plaquetograma Plaquetas. Apresentam Glicoproteínas importantes na fisiologia plaquetária - GP1a: interação com colágeno - GPIb: possuem sitio para fator de v WF - GPIIb e IIIa: receptor do fibrinogênio - GPV: clivado pela trombina Contém quantidades significativas de fatores plasmáticos de coagulação (fibrinogênio, Fator V, fator de vWF) - sintetizados nos megacariócitos. Plaquetograma Megacariócitos normais Plaquetograma Megacariócitos anormais Plaquetograma Megacariócitos anormais Plaquetas hipogranulares Plaquetas gigantes Plaquetograma Megacariócitos anormais Plaquetograma Megacariocitopoiese aumentada na MO Resposta fisiológica a sangramentomaciço Síndromes mieloproliferativos (trombocitopenia essencial, LMC, policitemia Vera e LMA ( M7). Trombocitemia essencial MO Trombocitemia essencial SP Plaquetograma Plaquetograma o Aumento da destruição de plaquetas e seqüestro esplênico de plaquetas ou incapacidade de produção. o Toxidez medicamentosa ou infecções por vírus podem produzir uma depressão seletiva dos megacariócitos. o Anemia aplástica, leucemia, mieloesclerose, quimioterapia ou infiltraçao da MO causa insuficiência da MO. o Púrpura trombocitopênica idiopática, coagulação intravascular disseminada,e púrpura trombocitopênica trombótica Plaquetograma Purpúra Plaquetograma Função Plaquetograma POR ISSO ADORO O QUE EU FAÇO! OBRIGADO A TODOS
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