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LISTA DE QUESTÕES TUTORIAS INFECTOLOGIA

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O dia 14 de abril de 2024 marca os 115 anos da descoberta da doença de Chagas. Apesar de mais que centenária, a infecção permanece negligenciada, sem interesse da indústria farmacêutica para produção de novos tratamentos e vacina, com a maioria dos atingidos provenientes de áreas mais vulneráveis. A data também celebra os cinco anos do Dia Mundial da Doença de Chagas, declarado durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde, em 2019, após intensa mobilização liderada pela Federação Internacional de Associações de Pessoas Afetadas pela Doença de Chagas (Findechagas), que teve apoio da comunidade científica e da saúde.
Sobre as nuances clínico-patológicas desta importante doença, marque a alternativa correta:
a) A doença de Chagas (DC) ou tripanossomíase americana foi descrita em 1909 pelo pesquisador brasileiro Carlos Chagas. É uma antropozoonose, causada pelo protozoário, Tryatoma cruzi (T. cruzi). Manifesta-se como doença aguda, potencialmente fatal mas sua apresentação mais comum é a forma crônica, responsável por absenteísmo e importante morbimortalidade, com custo elevado para o tratamento de formas cardíacas e digestivas graves. (Trypanosoma cruzi (T. cruzi))
b) T. cruzi é um protozoário hemoflagelado que parasita indivíduos ou animais infectados na forma de tripomastigota no sangue periférico ou líquidos biológicos (liquor, líquido pericárdico), na forma de amastigota nos tecidos e utiliza a hematina obtida da hemoglobina sanguínea para respiração aeróbica. A Doença de Chagas (DC) pode se manifestar precocemente sob forma de reativação ou tardiamente em paciente com a doença crônica, e que, por exemplo, façam uso de corticoides, substâncias imunossupressoras. (Pode se manifestar tardiamente sob forma de reativação em paciente com a doença crônica submetido a condições de imunossupressão.
c) Os vetores mais importantes são os triatomíneos ocorrendo a contaminação durante a picada com deposição de formas infectantes seguida do repasto sanguíneo. Para haver infecção é necessário que sempre haja coçadura após a picada. Contato com mucosas sãs não é capaz de provocar infecção.
d) A transmissão vetorial é o mecanismo de manutenção do ciclo do parasito na natureza. Transmissão oral que é o mecanismo de manutenção do ciclo do parasito na natureza, onde ocorre a ingestão de vetores e reservatórios infectados.
e) A transmissão oral tem sido registrada na Amazônia sob a forma de surtos epidêmicos pelo consumo de alimentos acidentalmente contaminados (caldo de cana, açaí, bacaba, sucos) por triatomíneos infectados ou secreção de marsupiais contaminados. Ingestão acidental de triatomíneos por crianças já foi registrada.

A doença de Chagas (DC) atinge entre seis e sete milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, são cerca de um milhão de infectados, de acordo com o Ministério da Saúde. O agravo está no foco do Comitê Interministerial para Eliminação de Doenças Determinadas Socialmente (CIEDDS) do Governo Federal. A meta mundial e brasileira é eliminar a enfermidade como problema de saúde pública até 2030.
Sobre esta doença, julgue os itens a seguir e marque a assertiva correta:
( ) Na forma crônica da DC a parasitemia é baixa e intermitente, estando os parasitos sob forma de amastigotas em infiltrados linfomononucleares focais no miocárdio e nos plexos mioentéricos. A presença de epítopos comuns entre o parasito e a fibra cardíaca ou nervosa e a escassez de parasitos sugerem que a inflamação, na forma crônica, também ocorra em virtude da reatividade cruzada entre esses epítopos, além da resposta ao parasito. Tem-se demonstrado a presença do parasito, e mesmo do DNA do parasito, nos focos inflamatórios no miocárdio, embora a relação quantitativa entre a sua presença ou do DNA e intensidade do foco inflamatório e evolução da cardiopatia não tenha sido estabelecida na doença humana.
( ) Na fase aguda da DC a parasitemia dura de 1 a 3 meses e diminui espontaneamente com aparecimento de anticorpos, independentemente de terapêutica antiparasitária.
( ) A fase aguda da pode ser oligossintomática na maior parte dos pacientes, com desaparecimento dos sintomas após 4 a 12 semanas, mas podem apresentar-se como grave função do comprometimento miocárdico, meningoencefálico ou sistêmico (hepatoesplenomegalia, comprometimento do tubo digestivo) em neonatos, lactentes e em pacientes idosos ou imunodeprimidos. A letalidade é de 5 a 10% em indivíduos sem imunodepressão.
( ) Um dos espectros das manifestações clínicas é o da “Síndrome febril com adenomegalia, hepatoesplenomegalia, exantema cutâneo e edema não inflamatório”. O quadro clínico comumente descrito é de uma síndrome similar à mononucleose infecciosa sem faringite, com adenomegalia regional e cervical, e generalizada. O exantema pode ser variável, com máculas, pápulas, vesículas, petequial, purpúrico ou características de outros exantemas.
( ) No contexto da fase aguda da DC, a miocardite ocorre sob forma de taquicardia sinusal, arritmias, com ou sem sopro sistólico mitral, com ou sem cardiomegalia. O exame mais sensível, porém, é o eletrocardiograma de repouso, com alterações primárias na repolarização ventricular, complexos QRS de baixa voltagem, bloqueio atrioventricular de primeiro grau e arritmias atriais ou ventriculares.
a) V, V, V, V, V
b) V, V, V, F, V
c) F, V, F, F, V
d) V, V, F, F, F
e) F, V, V, V, V

Sobre as formas crônicas da DC e o tratamento antiparasitário deste agravo, marque a alternativa correta:
a) O medicamento disponível no país é o nifurtimox, que se constitui no medicamento de escolha para os isolados presentes no país, seguido de melhor resposta terapêutica do que o benznidazol. O nifurtimox é dispensado pelo Ministério de Saúde, e o benznidazol, quando houver indicação, deve ser solicitado diretamente ao Grupo Técnico de Doença de Chagas da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
b) No tocante ao tratamento da DC, os esquemas terapêuticos propostos são os seguintes: Benznidazol: na dose de 5 a 7 mg/kg/dia em adultos e de 5 a 10 mg/kg/dia para crianças, ministrado em uma dose única diária para melhor adesão durante 30 dias. Apesar de não ser superior ao nifurtimox, é a medicação mais utilizada no Brasil. Pode causar como eventos adversos: náuseas, vômitos, exantema em lixa, purpúrico ou eritema polimorfo, polineuropatia, leucitose com plaquetose, polineuropatia periférica.60 dias de tratamento
c) Na reativação da doença de Chagas, o tratamento proposta é Benznidazol em uma dose de 7 a 10 mg/kg/dia durante mais de 90 dias. Após o tratamento, profilaxia secundária deve ser realizada com benznidazol independentemente do valor de CD4+ em pacientes portadores de AIDS com encefalite ou miocardite aguda chagásica, depois do tratamento inicial por 60 dias. Pelo efeito antabuse por interação do álcool com benznidazol, o uso de bebidas alcoólicas é proibido durante o tratamento. Durante mais 60 dias e não 90 e o valor de CD4+ deve ser considerado, <300
d) No que diz respeito à DC crônica, a forma cardíaca ocorre em 30 a 40% dos pacientes nas áreas endêmicas do Brasil, sendo mais comum em idosos, geralmente mulheres com idade superior aos 65 anos, geralmente aquelas que foram lavradoras. As seguintes síndromes são mais comumente observadas: insuficiência cardíaca congestiva (ICC), com dispneia e tosse; arritmias mais complexas, acompanhadas de palpitações; distúrbios de condução com bloqueios atrioventriculares, a síndrome de Stokes-Adams, com síncope por baixo débito, com indicação de marca-passo, bradiarritmias e taquiarritmias associadas a tonturas; acidentes tromboembólicos.( sendo mais comum em adultos jovens, geralmente homens com idade superior a 25 anos)
e) O paciente com DC crônica e megaesôfago apresenta dificuldade de deglutição ou disfagia progressiva a sólidos e depois a líquidos, dor retroesternal causada pela esofagite de refluxo, regurgitação, hipersalivação e hipertrofia da glândula parótida. Nos pacientes com megacolo, há obstipação de grau variável desde 6 dias a 6 meses com presença de fecaloma. Como complicação da presença de um colo alongado (dolicocolo), pode ocorrer torção do colo sobre a sua própria raiz.

bre as manifestações clínicas da Esquistossomose, diagnóstico e tratamento:
Sobre as manifestações clínicas da Esquistossomose, diagnóstico e tratamento, assinale a alternativa correta.
I ( ) – Concluída a maturação dos vermes, o acasalamento e a postura dos ovos ocorrem, na maioria das vezes, nos ramos distais da veia mesentérica superior (plexo hemorroidário). Um percentual dos ovos atravessa o endotélio dos vasos, a submucosa e a mucosa do reto, chegando ao lúmen intestinal e, em seguida, ao meio ambiente VEIA MESENTÉRICA INFERIOR
II ( X ) - Concluída a maturação dos vermes, o acasalamento e a postura dos ovos ocorrem, na maioria das vezes, nos ramos proximais da veia mesentérica inferior (plexo hemorroidário). Um percentual dos ovos atravessa o endotélio dos vasos, a submucosa e a mucosa do reto, chegando ao lúmen intestinal e, em seguida, ao meio ambiente
III ( ) - a intensa leucocitose sem preferência por série leucocitária específica. O diagnóstico deve levar em conta dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais; o exame parasitológico de fezes se torna positivo para ovos de S. mansoni cerca de 7 a 14 dias após a infecção, sendo, por isso, útil para o diagnóstico apenas ao final do período febril. De modo geral, esse período é autolimitado a não mais de 9 a 15 dias, havendo remissão dos sinais e sintomas. Caso o paciente não seja diagnosticado e tratado, evoluirá para as apresentações crônicas da doença. (35 A 40 DIAS)
IV ( X ) - a intensa leucocitose com eosinofilia. O diagnóstico deve levar em conta dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais; o exame parasitológico de fezes somente se torna positivo para ovos de S. mansoni cerca de 35 a 40 dias após a infecção, sendo útil para o diagnóstico apenas ao final do período febril. De modo geral, esse período é autolimitado a não mais de 30 a 40 dias, havendo remissão dos sinais e sintomas. Caso o paciente não seja diagnosticado e tratado, evoluirá para as apresentações crônicas da doença.
V ( X ) - pré-sinusoidais da veia porta, seguindo-se de reação granulomatosa, faz com que o órgão aumente em volume e possa ser detectado à palpação, de maneira mais evidente sob o apêndice xifoide. Eventualmente, a consistência pode estar aumentada em função de maior ou menor grau de fibrose que se estabelece. Já na apresentação hepatoesplênica da doença podem ser identificados casos com ou sem hipertensão portal. Nessa última situação há hepatomegalia, como descrito no item anterior, acompanhada de esplenomegalia de pequenas dimensões, em que o baço tem consistência amolecida. Trata-se de esplenomegalia reacional, proliferativa.
VI ( ) - pós-sinusoidais da veia porta, seguindo-se de reação granulomatosa, faz com que o órgão aumente em volume e possa ser detectado à palpação, de maneira mais evidente sob o apêndice xifoide. Eventualmente, a consistência pode estar aumentada em função de maior ou menor grau de fibrose que se estabelece. Já na apresentação hepatoesplênica da doença os casos apresentam exclusivamente hipertensão portal, o que caracteriza a chamada “barriga d’água”. Nessa última situação há hepatomegalia, como descrito no item anterior, acompanhada de esplenomegalia de grandes dimensões, em que o baço tem consistência amolecida. (Não é exclusivamente hipertensão portal)
VII ( ) - Salmonella spp. O verme comporta-se como reservatório para as enterobactérias que se multiplicam sobre sua cutícula ou tubo digestivo. A partir disso, há bacteriemia intermitente e prolongada, com infecção das células do sistema reticuloendotelial. Do ponto de vista clínico, há febre irregular, prolongada, com o desenvolvimento de hepatoesplenomegalia, diarreia e fenômenos hemorrágicos. O diagnóstico dessa condição é feito pela descoberta de ovos de S. mansoni nas fezes e o isolamento da enterobactéria em hemoculturas ou mielocultura. O principal diagnóstico diferencial é feito com a leishmaniose visceral.
VIII ( X ) – Campylobacter spp. O verme comporta-se como reservatório para as enterobactérias que se multiplicam sobre sua cutícula ou tubo digestivo. A partir disso, há bacteriemia intermitente e prolongada, com infecção das células do sistema reticuloendotelial. Do ponto de vista clínico, há febre caracteristicamente bifásica, prolongada, com o desenvolvimento de hepatoesplenomegalia, diarreia e fenômenos hemorrágicos. O diagnóstico dessa condição é feito pela descoberta de ovos de S. mansoni nas fezes e o isolamento da enterobactéria em hemoculturas ou mielocultura. O principal diagnóstico diferencial é feito com a leishmaniose visceral.
a) A – I; B – III; C – VI; D - VIII
b) A – II; B – IV; C – V; D – VII
c) A - II; B – III; C- VI; D – VII
d) A – I; B – IV; C – V; D – VIII
e) A - I; B – IV; C – V; D - VII

Em alguns pacientes com febre, identificar sua causa não é uma tarefa simples. Algumas vezes são necessários muitos exames para chegarmos ao diagnóstico definitivo. Sobre a Febre de Origem Obscura (FOO) ou Febre de Origem Indeterminada (FOI), marque a alternativa correta:
Qual é a alternativa correta sobre a Febre de Origem Obscura (FOO) ou Febre de Origem Indeterminada (FOI)?
a) A mais clássica definição de FOO é a de Petersdorf e Beeson de 1961, que coloca os seguintes critérios: Febre maior ou igual a 38,3 ºC em pelo menos duas ocasiões, duração da febre maior que 2 semanas e diagnóstico incerto após 3 semanas de investigação hospitalar. ( DURAÇÃO MAIOR QUE 3 SEMANAS, E PELO MENOS 1 SEMANA DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR )
b) O Harrison traz uma classificação de FOO recente sobre FOO que, em comparação à classificação de Petersdorf e Beeson de 196, apresenta como principal mudança a exclusão de paciente imunocomprometidos, além de trazer uma lista de exames laboratoriais básicos para investigação. Pelo Harrison basta que a febre dure mais que 1 semana para ser enquadrada como FOO/FOI.
c) De acordo com os estudos de Durack e Street em 1991, há três subdivisões para FOO: a FOO clássica, a FOO hospitalar e a FOO neutropênica. Para os autores retromencionados, há o consenso de que para que a febre seja enquadrada como FOO clássica é preciso que não haja definição de diagnóstico após 2 consultas ambulatoriais ou 2 dias no hospital, além de uma duração maior que 3 meses. (duração maior que 3 semanas e investigação em pelo menos 3 visitas ambulatoriais ou 3 dias internado em enfermaria)
d) Não existe uma fórmula ou roteiro preciso para a realização de diagnóstico em FOI. A anamnese detalhada, com avaliação epidemiológica (antecedente de viagens, contato com animais, imunossupressão) e medicamentosa, associada a exame físico minucioso e dirigido são fundamentais para a formulação de hipóteses e solicitação de exames complementares. Em todas as febres prolongadas, os fármacos em uso devem ser estudados cautelosamente. Praticamente todas as classes de medicamentos (especialmente os betalactâmicos, os cardiovasculares, antineoplásicos e os que atuam no SNC) causam FEBRE.
e) Todas as alternativas acima são corretas.

Sobre esse importante agravo, a Sepse e suas definições, marque a alternativa correta levando em consideração o texto base “Infectologia – Bases Clínicas e Tratamento” de Reinaldo Salomão:
Qual é a alternativa correta sobre a Sepse e suas definições?
a) A patogênese da sepse é complexa e envolve múltiplos aspectos da interação dos microrganismos infectantes com o hospedeiro. As alterações das células endoteliais induzidas pelos mediadores inflamatórios são responsáveis por muitas das alterações fisiopatológicas encontradas na sepse, a saber: (a) exposição de moléculas de adesão nos basófilos e macrófagos assim como nas células endoteliais, provocando acúmulo e extravasamento para o tecido; (b) liberação de mediadores provocando vasoconstricção e queda da pressão arterial; (c) quebra de barreira e diminuição da permeabilidade capilar, com edema intersticial; (d) alterações da microcirculação que acarretam fluxo sanguíneo lento nos leitos capilares; (e) indução de um estado pró-coagulante.(LIBERAÇÃO DE MEDIADORES CAUSA VASODILATAÇÃO E HÁ AUMENTO DA PERMEABILIDADE CAPILAR)
b) O diagnóstico de sepse é essencialmente laboratorial. As manifestações de SRIS – febre ou hipotermia, taquicardia, taquipneia, leucocitose ou leucopenia, bem como a existência de células imaturas no sangue periférico – embora não definam sepse, são importantes manifestações relacionadas com os processos infecciosos. A febre é um sinal comum na sepse e portanto critério obrigatório para o seu diagnóstico. (FEBRE NÃO É OBRIGATÓRIA P O DIAGNÓSTICO DE SEPSE)
c) A Campanha Sobrevivendo à Sepse (SSC) tem sido peça importante no cenário da sepse nos últimos anos. Sabendo que inúmeros motivos podem atrasar a adoção de diretrizes para Sepse, a SSC recorreu ao Institute for Healthcare Improvement (IHI) para elaborar um programa educacional no sentido de acelerar esse processo. Foram então criados os pacotes (bundles) da sepse. Faz parte de um desses pacotes a reposição volêmica paulatina e cuidadosa em casos de sepse com hipotensão arterial com baixos níveis de lactato, visando restabelecer o fluxo sanguíneo adequado e a oferta tecidual de oxigênio. A hipovolemia absoluta ou relativa na sepse geralmente ocorre em razão de um ou outro fator. (Reposição volêmica inicial na sepse não é feita de forma paulatina, mas sim de forma rápida e agressiva nas primeiras horas)
d) Na fase inicial da sepse há o reconhecimento de patógenos pelas células da imunidade inata com o desencadeamento da resposta inflamatória. A liberação de citocinas e o contato célula-célula amplificam a resposta inflamatória e ativam a imunidade inata.
e) São escores que reúnem critérios clínicos propostos para identificação de pacientes com sepse e choque séptico baseados no Sepse-3: o SOFA - Sepsis-Related Organ Failure Assessment e o qSOFA: Quick SOFA.

Sobre as meningites, encefalites e meningoencefalites, suas nuances patológicas, diagnósticas e clínico – semiológicas, marque a alternativa correta levando em consideração o texto base “Infectologia – Bases Clínicas e Tratamento” de Reinaldo Salomão:
Qual é a alternativa correta sobre meningites, encefalites e meningoencefalites?
a) Meningite é a inflamação das meninges, as membranas que envolvem o sistema nervoso central (SNC). Geralmente, esse processo se deve à infecção aguda da pia-máter e da (aracnoide) dura-mater, as leptomeninges, e se estende pelo espaço subaracnóideo, sendo, portanto, também denominada leptomeningite.
b) As meningites agudas comunitárias são frequentemente causadas por bactérias (meningococo o principal) e logo em sequência – os vírus- na seguinte ordem decrescente de frequência: os herpes vírus, enterovírus (principalmente dos grupos Coxsackie B e Vírus ECHO), Varicella zoster e herpes-vírus simples tipo 1. (ao contrário, vírus, dps bactérias, e dos vírus Enterovírus primeiro)
c) As meningites agudas bacterianas, embora menos frequentes que as virais, apresentam maiores morbidade e mortalidade. As etiologias das meningites bacterianas comunitárias mais comuns, em ordem decrescente de frequ

eningite é a inflamação das meninges, as membranas que envolvem o sistema nervoso central (SNC). Geralmente, esse processo se deve à infecção aguda da pia-máter e da (aracnoide) dura-mater, as leptomeninges, e se estende pelo espaço subaracnóideo, sendo, portanto, também denominada leptomeningite.
Sobre as meningites agudas bacterianas, analise as afirmacoes a seguir e marque a alternativa correta.
I. As meningites agudas comunitárias são frequentemente causadas por bactérias (meningococo o principal) e logo em sequência – os vírus- na seguinte ordem decrescente de frequência: os herpes vírus, enterovírus (principalmente dos grupos Coxsackie B e Vírus ECHO), Varicella zoster e herpes-vírus simples tipo 1.
II. Se o Gram for negativo, a IDSA recomenda a realização de testes de aglutinação no látex para os patógenos mais frequentes, além da reação em cadeia da polimerase (PCR) para bactérias e vírus, dependendo da disponibilidade.
III. É recomendada a realização de tomografia computadorizada (TC) de crânio antes da punção lombar nos pacientes com imunodepressão, doença prévia do SNC, convulsão recente, retinopatia, nível de consciência alterado (escala de coma de Glasgow < 12), ou quaisquer déficits neurológicos.
IV. Independentemente da realização da punção lombar, se existir suspeita clínica de meningite bacteriana aguda, deve-se coletar seis hemoculturas urgentemente.
V. O tratamento empírico inicial da meningite bacteriana aguda deve se basear primordialmente na idade.
a) Há apenas um item correto
b) Há 3 itens incorretos
c) Há apenas um item incorreto
d) Todos os itens estão corretos
e) Todos os itens estão incorretos

Ainda sobre as infecções do sistema nervoso central, julgue os itens em Verdadeiros (V) ou F (Falsos) e marque a alternativa que apresenta a sequência com o julgamento acertado das assertivas apresentadas:
Julgue os itens a seguir:
( V ) Meningite crônica é definida como síndrome caracterizada por sinais e sintomas de irritação meníngea com duração superior a 4 semanas.
( V ) O quadro clínico das meningites crônicas depende tanto do agente quanto do ambiente.
( V ) Meningites crônicas podem resultar de infecções, contato com agentes químicos, neoplasias malignas e doenças autoimunes.
( V ) A tuberculose do SNC é responsável por 3% dos casos de TB em pacientes não infectados pelo HIV.
( V ) A meningite tuberculosa evolui com sintomas insidiosos e inespecíficos.
a) V, V, V, F, V
b) F, V, F, F, V
c) V, V, F, F, F
d) F, V, V, V, V
e) V, V, V, V, V

Sobre as infecções do trato gastrointestinal incluindo as diarreias agudas infecciosas, julgue os itens a seguir:
Julgue os itens a seguir:
( ) Alguns microrganismos têm suas toxinas pré-formadas, quando contaminam alimentos malconservados que funcionam como meios de cultura.
( ) Dentro do grupo das bactérias não invasivas que infectam o intestino delgado a partir da sua ingestão e estimulam igualmente a secreção de água e eletrólitos.
( ) Determinadas bactérias, definidas como citotóxicas – sem poder invasivo, mas cujas toxinas podem agredir as células.
( ) No grupo das bactérias invasivas que evoluem com exsudação secundária ao processo inflamatório até grave.
( ) As várias espécies de Shigella chegam a infectar cerca de 200 milhões de pessoas/ano.
a) V, V, V, F, V
b) F, V, F, F, V
c) V, V, F, F, F
d) F, V, V, V, V
e) V, V, V, V, V

A respeito das diarreias/infecções do trato gastrointestinal, marque a alternativa correta:
Qual das alternativas a seguir está correta?
a) Na maioria das vezes, as diarreias agudas têm evolução rápida, autolimitada, sem repercussões clínicas significativas.
b) Diarreias agudas de leve intensidade devem ser apenas seguidas por observação.
c) O tratamento antimicrobiano empírico se aplica apenas aos casos acompanhados de maior toxicidade.
d) As diarreias de evolução prolongada, intermitentes ou contínuas, constituem desafio para o diagnóstico etiológico.

Sobre as infecções parasitárias, julgue os itens e marque a alternativa correta:
Os ovos de Ascaris lumbricoides sobrevivem por longo tempo, podendo alcançar meses de acordo com as características do solo. Quando eliminados para o meio exterior, os ovos embrionados se transformam em larvas rabditoides, sua forma infestante. Caso sejam ingeridos pelo ser humano, rompem sua casca no estômago, liberando a larva. No íleo terminal e mais frequentemente no cólon, alcançam a circulação sanguínea, ao penetrarem pelos capilares da circulação portal, atravessam o fígado, chegando ao ciclo pulmonar, onde novas mudas os protegem contra a acidez gástrica, quando voltam para o canal alimentar pela deglutição de escarro contaminado. Nessa etapa, as larvas atingem a fase adulta, iniciando sua reprodução e a produção dos ovos. (A forma infectante são os ovos contendo larvas de segundo estágio, e não larvas rabditoides. Além disso, as larvas rompem a casca no intestino delgado, não no estômago, e a fase pulmonar ocorre antes de sua chegada ao trato digestivo, onde se tornam adultas)
a) V, V, V, F, V, V
b) F, V, F, F, V, V
c) V, V, F, F, F, F
d) F, V, V, F, F, V
e) V, V, V, V, V, V

Sobre dois representantes desse grupo de doenças: a Larva Migrans Visceral (LMV) e a Hidatidose, julgue os itens a seguir e marque a alternativa correta:
A hidatidose, também conhecida como equinococose, é uma zoonose parasitária do ser humano e de vários mamíferos causada pelo estágio larvário de cestódios ciclofilídeos pertencentes ao gênero Echinococcus. Os parasitos adultos são encontrados no interior dos intestinos de vários carnívoros domésticos e silvestres. Até o momento, quatro espécies de Echinococcus são reconhecidas, cujas larvas podem infectar o ser humano e vários animais: E. granulosus (Eg), a espécie mais importante, que causa a hidatidose unilocular e distribui-se amplamente em todo o mundo; E. multilocularis (Em), causadora da hidatidose alveolar.
a) Todas as alternativas corretas
b) Apenas UMA alternativa está correta
c) Duas alternativas estão incorretas
d) APENAS uma alternativa está incorreta
e) Todas as alternativas estão incorretas

Sobre PROTOZOOSES intestinais, julgue os itens abaixo e marque a alternativa correta:
A amebíase é uma doença ligada ao complexo Entamoeba histolytica/dispar. Após a ingestão dos cistos por via oral (VO), há eclosão destes e liberação dos trofozoítos de E. histolytica dentro do trato digestivo. Os trofozoítos então se conectam às células do epitélio intestinal, colonizando-as. Em condições favoráveis, os trofozoítos penetram na mucosa intestinal, deflagrando um grave processo de destruição tecidual. Desse modo, desenvolvem-se as típicas lesões ulceradas.
a) F, F, F, V
b) V, V, V, F
c) V, V, V, V
d) F, F, F, F
e) V, F, V, F

As manifestações hemorrágicas limitam-se ao local da picada na maioria dos casos. A soroterapia no acidente laquético de uma forma geral: 10 a 20 ampolas de soro antilaquético.
Qual é a cobra envolvida nesse acidente?
a) Jararaca.
(b) Cascavel.
(c) Cobra-cipó.
(d) Coral verdadeira

Analise cada uma das assertivas abaixo, com relatos clínicos de pacientes vítimas de acidentes com animais peçonhentos, e marque a alternativa que adequadamente relaciona as informações clínicas, com a classificação de gravidade e/ou com as nuances do tratamento a ser empregado:
Sobre as manifestações clínicas do Loxoscelismo, marque a correta:
a) O loxoscelismo tem sido descrito em vários continentes. Entretanto, corresponde à forma menos grave de araneísmo no Brasil. A maioria dos acidentes por Loxosceles notificados se concentra nos estados do Norte. O acidente atinge mais comumente adultos, com discreto predomínio em mulheres, ocorrendo no intradomicílio. Observa-se uma distribuição centrípeta das picadas, acometendo coxa, tronco ou braço.
b) Há indicações de que o componente mais importante do veneno loxoscélico é a enzima esfingomielinase-D que age exclusivamente de forma direta sobre os constituintes das membranas das células, principalmente do endotélio vascular e hemácias.
c) A picada quase sempre é perceptível pois vem acompanhada de dor pronunciada no local.
d) O quadro clínico decorrente do envenenamento se apresenta sob dois aspectos fundamentais: forma cutânea e forma cutânea – visceral. A forma cutânea é de instalação rápida e progressiva, é caracterizada por dor, edema endurado e eritema no local da picada que são pouco valorizados pelo paciente.
e) Os sintomas locais se acentuam nas primeiras 24 a 72 horas após o acidente, podendo variar sua apresentação desde: lesão incaracterística (bolha de conteúdo seroso, edema, calor e rubor, com ou sem dor em queimação); lesão sugestiva (enduração, bolha, equimoses e dor em queimação); lesão característica (dor em queimação, lesões hemorrágicas focais, mescladas com áreas pálidas de isquemia - placa marmórea - e necrose). A lesão cutânea pode evoluir para necrose seca (escara), em cerca de 7 a 12 dias, que, ao se destacar em 3 a 4 semanas, deixa uma úlcera de difícil cicatrização.

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Questões resolvidas

O dia 14 de abril de 2024 marca os 115 anos da descoberta da doença de Chagas. Apesar de mais que centenária, a infecção permanece negligenciada, sem interesse da indústria farmacêutica para produção de novos tratamentos e vacina, com a maioria dos atingidos provenientes de áreas mais vulneráveis. A data também celebra os cinco anos do Dia Mundial da Doença de Chagas, declarado durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde, em 2019, após intensa mobilização liderada pela Federação Internacional de Associações de Pessoas Afetadas pela Doença de Chagas (Findechagas), que teve apoio da comunidade científica e da saúde.
Sobre as nuances clínico-patológicas desta importante doença, marque a alternativa correta:
a) A doença de Chagas (DC) ou tripanossomíase americana foi descrita em 1909 pelo pesquisador brasileiro Carlos Chagas. É uma antropozoonose, causada pelo protozoário, Tryatoma cruzi (T. cruzi). Manifesta-se como doença aguda, potencialmente fatal mas sua apresentação mais comum é a forma crônica, responsável por absenteísmo e importante morbimortalidade, com custo elevado para o tratamento de formas cardíacas e digestivas graves. (Trypanosoma cruzi (T. cruzi))
b) T. cruzi é um protozoário hemoflagelado que parasita indivíduos ou animais infectados na forma de tripomastigota no sangue periférico ou líquidos biológicos (liquor, líquido pericárdico), na forma de amastigota nos tecidos e utiliza a hematina obtida da hemoglobina sanguínea para respiração aeróbica. A Doença de Chagas (DC) pode se manifestar precocemente sob forma de reativação ou tardiamente em paciente com a doença crônica, e que, por exemplo, façam uso de corticoides, substâncias imunossupressoras. (Pode se manifestar tardiamente sob forma de reativação em paciente com a doença crônica submetido a condições de imunossupressão.
c) Os vetores mais importantes são os triatomíneos ocorrendo a contaminação durante a picada com deposição de formas infectantes seguida do repasto sanguíneo. Para haver infecção é necessário que sempre haja coçadura após a picada. Contato com mucosas sãs não é capaz de provocar infecção.
d) A transmissão vetorial é o mecanismo de manutenção do ciclo do parasito na natureza. Transmissão oral que é o mecanismo de manutenção do ciclo do parasito na natureza, onde ocorre a ingestão de vetores e reservatórios infectados.
e) A transmissão oral tem sido registrada na Amazônia sob a forma de surtos epidêmicos pelo consumo de alimentos acidentalmente contaminados (caldo de cana, açaí, bacaba, sucos) por triatomíneos infectados ou secreção de marsupiais contaminados. Ingestão acidental de triatomíneos por crianças já foi registrada.

A doença de Chagas (DC) atinge entre seis e sete milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, são cerca de um milhão de infectados, de acordo com o Ministério da Saúde. O agravo está no foco do Comitê Interministerial para Eliminação de Doenças Determinadas Socialmente (CIEDDS) do Governo Federal. A meta mundial e brasileira é eliminar a enfermidade como problema de saúde pública até 2030.
Sobre esta doença, julgue os itens a seguir e marque a assertiva correta:
( ) Na forma crônica da DC a parasitemia é baixa e intermitente, estando os parasitos sob forma de amastigotas em infiltrados linfomononucleares focais no miocárdio e nos plexos mioentéricos. A presença de epítopos comuns entre o parasito e a fibra cardíaca ou nervosa e a escassez de parasitos sugerem que a inflamação, na forma crônica, também ocorra em virtude da reatividade cruzada entre esses epítopos, além da resposta ao parasito. Tem-se demonstrado a presença do parasito, e mesmo do DNA do parasito, nos focos inflamatórios no miocárdio, embora a relação quantitativa entre a sua presença ou do DNA e intensidade do foco inflamatório e evolução da cardiopatia não tenha sido estabelecida na doença humana.
( ) Na fase aguda da DC a parasitemia dura de 1 a 3 meses e diminui espontaneamente com aparecimento de anticorpos, independentemente de terapêutica antiparasitária.
( ) A fase aguda da pode ser oligossintomática na maior parte dos pacientes, com desaparecimento dos sintomas após 4 a 12 semanas, mas podem apresentar-se como grave função do comprometimento miocárdico, meningoencefálico ou sistêmico (hepatoesplenomegalia, comprometimento do tubo digestivo) em neonatos, lactentes e em pacientes idosos ou imunodeprimidos. A letalidade é de 5 a 10% em indivíduos sem imunodepressão.
( ) Um dos espectros das manifestações clínicas é o da “Síndrome febril com adenomegalia, hepatoesplenomegalia, exantema cutâneo e edema não inflamatório”. O quadro clínico comumente descrito é de uma síndrome similar à mononucleose infecciosa sem faringite, com adenomegalia regional e cervical, e generalizada. O exantema pode ser variável, com máculas, pápulas, vesículas, petequial, purpúrico ou características de outros exantemas.
( ) No contexto da fase aguda da DC, a miocardite ocorre sob forma de taquicardia sinusal, arritmias, com ou sem sopro sistólico mitral, com ou sem cardiomegalia. O exame mais sensível, porém, é o eletrocardiograma de repouso, com alterações primárias na repolarização ventricular, complexos QRS de baixa voltagem, bloqueio atrioventricular de primeiro grau e arritmias atriais ou ventriculares.
a) V, V, V, V, V
b) V, V, V, F, V
c) F, V, F, F, V
d) V, V, F, F, F
e) F, V, V, V, V

Sobre as formas crônicas da DC e o tratamento antiparasitário deste agravo, marque a alternativa correta:
a) O medicamento disponível no país é o nifurtimox, que se constitui no medicamento de escolha para os isolados presentes no país, seguido de melhor resposta terapêutica do que o benznidazol. O nifurtimox é dispensado pelo Ministério de Saúde, e o benznidazol, quando houver indicação, deve ser solicitado diretamente ao Grupo Técnico de Doença de Chagas da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
b) No tocante ao tratamento da DC, os esquemas terapêuticos propostos são os seguintes: Benznidazol: na dose de 5 a 7 mg/kg/dia em adultos e de 5 a 10 mg/kg/dia para crianças, ministrado em uma dose única diária para melhor adesão durante 30 dias. Apesar de não ser superior ao nifurtimox, é a medicação mais utilizada no Brasil. Pode causar como eventos adversos: náuseas, vômitos, exantema em lixa, purpúrico ou eritema polimorfo, polineuropatia, leucitose com plaquetose, polineuropatia periférica.60 dias de tratamento
c) Na reativação da doença de Chagas, o tratamento proposta é Benznidazol em uma dose de 7 a 10 mg/kg/dia durante mais de 90 dias. Após o tratamento, profilaxia secundária deve ser realizada com benznidazol independentemente do valor de CD4+ em pacientes portadores de AIDS com encefalite ou miocardite aguda chagásica, depois do tratamento inicial por 60 dias. Pelo efeito antabuse por interação do álcool com benznidazol, o uso de bebidas alcoólicas é proibido durante o tratamento. Durante mais 60 dias e não 90 e o valor de CD4+ deve ser considerado, <300
d) No que diz respeito à DC crônica, a forma cardíaca ocorre em 30 a 40% dos pacientes nas áreas endêmicas do Brasil, sendo mais comum em idosos, geralmente mulheres com idade superior aos 65 anos, geralmente aquelas que foram lavradoras. As seguintes síndromes são mais comumente observadas: insuficiência cardíaca congestiva (ICC), com dispneia e tosse; arritmias mais complexas, acompanhadas de palpitações; distúrbios de condução com bloqueios atrioventriculares, a síndrome de Stokes-Adams, com síncope por baixo débito, com indicação de marca-passo, bradiarritmias e taquiarritmias associadas a tonturas; acidentes tromboembólicos.( sendo mais comum em adultos jovens, geralmente homens com idade superior a 25 anos)
e) O paciente com DC crônica e megaesôfago apresenta dificuldade de deglutição ou disfagia progressiva a sólidos e depois a líquidos, dor retroesternal causada pela esofagite de refluxo, regurgitação, hipersalivação e hipertrofia da glândula parótida. Nos pacientes com megacolo, há obstipação de grau variável desde 6 dias a 6 meses com presença de fecaloma. Como complicação da presença de um colo alongado (dolicocolo), pode ocorrer torção do colo sobre a sua própria raiz.

bre as manifestações clínicas da Esquistossomose, diagnóstico e tratamento:
Sobre as manifestações clínicas da Esquistossomose, diagnóstico e tratamento, assinale a alternativa correta.
I ( ) – Concluída a maturação dos vermes, o acasalamento e a postura dos ovos ocorrem, na maioria das vezes, nos ramos distais da veia mesentérica superior (plexo hemorroidário). Um percentual dos ovos atravessa o endotélio dos vasos, a submucosa e a mucosa do reto, chegando ao lúmen intestinal e, em seguida, ao meio ambiente VEIA MESENTÉRICA INFERIOR
II ( X ) - Concluída a maturação dos vermes, o acasalamento e a postura dos ovos ocorrem, na maioria das vezes, nos ramos proximais da veia mesentérica inferior (plexo hemorroidário). Um percentual dos ovos atravessa o endotélio dos vasos, a submucosa e a mucosa do reto, chegando ao lúmen intestinal e, em seguida, ao meio ambiente
III ( ) - a intensa leucocitose sem preferência por série leucocitária específica. O diagnóstico deve levar em conta dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais; o exame parasitológico de fezes se torna positivo para ovos de S. mansoni cerca de 7 a 14 dias após a infecção, sendo, por isso, útil para o diagnóstico apenas ao final do período febril. De modo geral, esse período é autolimitado a não mais de 9 a 15 dias, havendo remissão dos sinais e sintomas. Caso o paciente não seja diagnosticado e tratado, evoluirá para as apresentações crônicas da doença. (35 A 40 DIAS)
IV ( X ) - a intensa leucocitose com eosinofilia. O diagnóstico deve levar em conta dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais; o exame parasitológico de fezes somente se torna positivo para ovos de S. mansoni cerca de 35 a 40 dias após a infecção, sendo útil para o diagnóstico apenas ao final do período febril. De modo geral, esse período é autolimitado a não mais de 30 a 40 dias, havendo remissão dos sinais e sintomas. Caso o paciente não seja diagnosticado e tratado, evoluirá para as apresentações crônicas da doença.
V ( X ) - pré-sinusoidais da veia porta, seguindo-se de reação granulomatosa, faz com que o órgão aumente em volume e possa ser detectado à palpação, de maneira mais evidente sob o apêndice xifoide. Eventualmente, a consistência pode estar aumentada em função de maior ou menor grau de fibrose que se estabelece. Já na apresentação hepatoesplênica da doença podem ser identificados casos com ou sem hipertensão portal. Nessa última situação há hepatomegalia, como descrito no item anterior, acompanhada de esplenomegalia de pequenas dimensões, em que o baço tem consistência amolecida. Trata-se de esplenomegalia reacional, proliferativa.
VI ( ) - pós-sinusoidais da veia porta, seguindo-se de reação granulomatosa, faz com que o órgão aumente em volume e possa ser detectado à palpação, de maneira mais evidente sob o apêndice xifoide. Eventualmente, a consistência pode estar aumentada em função de maior ou menor grau de fibrose que se estabelece. Já na apresentação hepatoesplênica da doença os casos apresentam exclusivamente hipertensão portal, o que caracteriza a chamada “barriga d’água”. Nessa última situação há hepatomegalia, como descrito no item anterior, acompanhada de esplenomegalia de grandes dimensões, em que o baço tem consistência amolecida. (Não é exclusivamente hipertensão portal)
VII ( ) - Salmonella spp. O verme comporta-se como reservatório para as enterobactérias que se multiplicam sobre sua cutícula ou tubo digestivo. A partir disso, há bacteriemia intermitente e prolongada, com infecção das células do sistema reticuloendotelial. Do ponto de vista clínico, há febre irregular, prolongada, com o desenvolvimento de hepatoesplenomegalia, diarreia e fenômenos hemorrágicos. O diagnóstico dessa condição é feito pela descoberta de ovos de S. mansoni nas fezes e o isolamento da enterobactéria em hemoculturas ou mielocultura. O principal diagnóstico diferencial é feito com a leishmaniose visceral.
VIII ( X ) – Campylobacter spp. O verme comporta-se como reservatório para as enterobactérias que se multiplicam sobre sua cutícula ou tubo digestivo. A partir disso, há bacteriemia intermitente e prolongada, com infecção das células do sistema reticuloendotelial. Do ponto de vista clínico, há febre caracteristicamente bifásica, prolongada, com o desenvolvimento de hepatoesplenomegalia, diarreia e fenômenos hemorrágicos. O diagnóstico dessa condição é feito pela descoberta de ovos de S. mansoni nas fezes e o isolamento da enterobactéria em hemoculturas ou mielocultura. O principal diagnóstico diferencial é feito com a leishmaniose visceral.
a) A – I; B – III; C – VI; D - VIII
b) A – II; B – IV; C – V; D – VII
c) A - II; B – III; C- VI; D – VII
d) A – I; B – IV; C – V; D – VIII
e) A - I; B – IV; C – V; D - VII

Em alguns pacientes com febre, identificar sua causa não é uma tarefa simples. Algumas vezes são necessários muitos exames para chegarmos ao diagnóstico definitivo. Sobre a Febre de Origem Obscura (FOO) ou Febre de Origem Indeterminada (FOI), marque a alternativa correta:
Qual é a alternativa correta sobre a Febre de Origem Obscura (FOO) ou Febre de Origem Indeterminada (FOI)?
a) A mais clássica definição de FOO é a de Petersdorf e Beeson de 1961, que coloca os seguintes critérios: Febre maior ou igual a 38,3 ºC em pelo menos duas ocasiões, duração da febre maior que 2 semanas e diagnóstico incerto após 3 semanas de investigação hospitalar. ( DURAÇÃO MAIOR QUE 3 SEMANAS, E PELO MENOS 1 SEMANA DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR )
b) O Harrison traz uma classificação de FOO recente sobre FOO que, em comparação à classificação de Petersdorf e Beeson de 196, apresenta como principal mudança a exclusão de paciente imunocomprometidos, além de trazer uma lista de exames laboratoriais básicos para investigação. Pelo Harrison basta que a febre dure mais que 1 semana para ser enquadrada como FOO/FOI.
c) De acordo com os estudos de Durack e Street em 1991, há três subdivisões para FOO: a FOO clássica, a FOO hospitalar e a FOO neutropênica. Para os autores retromencionados, há o consenso de que para que a febre seja enquadrada como FOO clássica é preciso que não haja definição de diagnóstico após 2 consultas ambulatoriais ou 2 dias no hospital, além de uma duração maior que 3 meses. (duração maior que 3 semanas e investigação em pelo menos 3 visitas ambulatoriais ou 3 dias internado em enfermaria)
d) Não existe uma fórmula ou roteiro preciso para a realização de diagnóstico em FOI. A anamnese detalhada, com avaliação epidemiológica (antecedente de viagens, contato com animais, imunossupressão) e medicamentosa, associada a exame físico minucioso e dirigido são fundamentais para a formulação de hipóteses e solicitação de exames complementares. Em todas as febres prolongadas, os fármacos em uso devem ser estudados cautelosamente. Praticamente todas as classes de medicamentos (especialmente os betalactâmicos, os cardiovasculares, antineoplásicos e os que atuam no SNC) causam FEBRE.
e) Todas as alternativas acima são corretas.

Sobre esse importante agravo, a Sepse e suas definições, marque a alternativa correta levando em consideração o texto base “Infectologia – Bases Clínicas e Tratamento” de Reinaldo Salomão:
Qual é a alternativa correta sobre a Sepse e suas definições?
a) A patogênese da sepse é complexa e envolve múltiplos aspectos da interação dos microrganismos infectantes com o hospedeiro. As alterações das células endoteliais induzidas pelos mediadores inflamatórios são responsáveis por muitas das alterações fisiopatológicas encontradas na sepse, a saber: (a) exposição de moléculas de adesão nos basófilos e macrófagos assim como nas células endoteliais, provocando acúmulo e extravasamento para o tecido; (b) liberação de mediadores provocando vasoconstricção e queda da pressão arterial; (c) quebra de barreira e diminuição da permeabilidade capilar, com edema intersticial; (d) alterações da microcirculação que acarretam fluxo sanguíneo lento nos leitos capilares; (e) indução de um estado pró-coagulante.(LIBERAÇÃO DE MEDIADORES CAUSA VASODILATAÇÃO E HÁ AUMENTO DA PERMEABILIDADE CAPILAR)
b) O diagnóstico de sepse é essencialmente laboratorial. As manifestações de SRIS – febre ou hipotermia, taquicardia, taquipneia, leucocitose ou leucopenia, bem como a existência de células imaturas no sangue periférico – embora não definam sepse, são importantes manifestações relacionadas com os processos infecciosos. A febre é um sinal comum na sepse e portanto critério obrigatório para o seu diagnóstico. (FEBRE NÃO É OBRIGATÓRIA P O DIAGNÓSTICO DE SEPSE)
c) A Campanha Sobrevivendo à Sepse (SSC) tem sido peça importante no cenário da sepse nos últimos anos. Sabendo que inúmeros motivos podem atrasar a adoção de diretrizes para Sepse, a SSC recorreu ao Institute for Healthcare Improvement (IHI) para elaborar um programa educacional no sentido de acelerar esse processo. Foram então criados os pacotes (bundles) da sepse. Faz parte de um desses pacotes a reposição volêmica paulatina e cuidadosa em casos de sepse com hipotensão arterial com baixos níveis de lactato, visando restabelecer o fluxo sanguíneo adequado e a oferta tecidual de oxigênio. A hipovolemia absoluta ou relativa na sepse geralmente ocorre em razão de um ou outro fator. (Reposição volêmica inicial na sepse não é feita de forma paulatina, mas sim de forma rápida e agressiva nas primeiras horas)
d) Na fase inicial da sepse há o reconhecimento de patógenos pelas células da imunidade inata com o desencadeamento da resposta inflamatória. A liberação de citocinas e o contato célula-célula amplificam a resposta inflamatória e ativam a imunidade inata.
e) São escores que reúnem critérios clínicos propostos para identificação de pacientes com sepse e choque séptico baseados no Sepse-3: o SOFA - Sepsis-Related Organ Failure Assessment e o qSOFA: Quick SOFA.

Sobre as meningites, encefalites e meningoencefalites, suas nuances patológicas, diagnósticas e clínico – semiológicas, marque a alternativa correta levando em consideração o texto base “Infectologia – Bases Clínicas e Tratamento” de Reinaldo Salomão:
Qual é a alternativa correta sobre meningites, encefalites e meningoencefalites?
a) Meningite é a inflamação das meninges, as membranas que envolvem o sistema nervoso central (SNC). Geralmente, esse processo se deve à infecção aguda da pia-máter e da (aracnoide) dura-mater, as leptomeninges, e se estende pelo espaço subaracnóideo, sendo, portanto, também denominada leptomeningite.
b) As meningites agudas comunitárias são frequentemente causadas por bactérias (meningococo o principal) e logo em sequência – os vírus- na seguinte ordem decrescente de frequência: os herpes vírus, enterovírus (principalmente dos grupos Coxsackie B e Vírus ECHO), Varicella zoster e herpes-vírus simples tipo 1. (ao contrário, vírus, dps bactérias, e dos vírus Enterovírus primeiro)
c) As meningites agudas bacterianas, embora menos frequentes que as virais, apresentam maiores morbidade e mortalidade. As etiologias das meningites bacterianas comunitárias mais comuns, em ordem decrescente de frequ

eningite é a inflamação das meninges, as membranas que envolvem o sistema nervoso central (SNC). Geralmente, esse processo se deve à infecção aguda da pia-máter e da (aracnoide) dura-mater, as leptomeninges, e se estende pelo espaço subaracnóideo, sendo, portanto, também denominada leptomeningite.
Sobre as meningites agudas bacterianas, analise as afirmacoes a seguir e marque a alternativa correta.
I. As meningites agudas comunitárias são frequentemente causadas por bactérias (meningococo o principal) e logo em sequência – os vírus- na seguinte ordem decrescente de frequência: os herpes vírus, enterovírus (principalmente dos grupos Coxsackie B e Vírus ECHO), Varicella zoster e herpes-vírus simples tipo 1.
II. Se o Gram for negativo, a IDSA recomenda a realização de testes de aglutinação no látex para os patógenos mais frequentes, além da reação em cadeia da polimerase (PCR) para bactérias e vírus, dependendo da disponibilidade.
III. É recomendada a realização de tomografia computadorizada (TC) de crânio antes da punção lombar nos pacientes com imunodepressão, doença prévia do SNC, convulsão recente, retinopatia, nível de consciência alterado (escala de coma de Glasgow < 12), ou quaisquer déficits neurológicos.
IV. Independentemente da realização da punção lombar, se existir suspeita clínica de meningite bacteriana aguda, deve-se coletar seis hemoculturas urgentemente.
V. O tratamento empírico inicial da meningite bacteriana aguda deve se basear primordialmente na idade.
a) Há apenas um item correto
b) Há 3 itens incorretos
c) Há apenas um item incorreto
d) Todos os itens estão corretos
e) Todos os itens estão incorretos

Ainda sobre as infecções do sistema nervoso central, julgue os itens em Verdadeiros (V) ou F (Falsos) e marque a alternativa que apresenta a sequência com o julgamento acertado das assertivas apresentadas:
Julgue os itens a seguir:
( V ) Meningite crônica é definida como síndrome caracterizada por sinais e sintomas de irritação meníngea com duração superior a 4 semanas.
( V ) O quadro clínico das meningites crônicas depende tanto do agente quanto do ambiente.
( V ) Meningites crônicas podem resultar de infecções, contato com agentes químicos, neoplasias malignas e doenças autoimunes.
( V ) A tuberculose do SNC é responsável por 3% dos casos de TB em pacientes não infectados pelo HIV.
( V ) A meningite tuberculosa evolui com sintomas insidiosos e inespecíficos.
a) V, V, V, F, V
b) F, V, F, F, V
c) V, V, F, F, F
d) F, V, V, V, V
e) V, V, V, V, V

Sobre as infecções do trato gastrointestinal incluindo as diarreias agudas infecciosas, julgue os itens a seguir:
Julgue os itens a seguir:
( ) Alguns microrganismos têm suas toxinas pré-formadas, quando contaminam alimentos malconservados que funcionam como meios de cultura.
( ) Dentro do grupo das bactérias não invasivas que infectam o intestino delgado a partir da sua ingestão e estimulam igualmente a secreção de água e eletrólitos.
( ) Determinadas bactérias, definidas como citotóxicas – sem poder invasivo, mas cujas toxinas podem agredir as células.
( ) No grupo das bactérias invasivas que evoluem com exsudação secundária ao processo inflamatório até grave.
( ) As várias espécies de Shigella chegam a infectar cerca de 200 milhões de pessoas/ano.
a) V, V, V, F, V
b) F, V, F, F, V
c) V, V, F, F, F
d) F, V, V, V, V
e) V, V, V, V, V

A respeito das diarreias/infecções do trato gastrointestinal, marque a alternativa correta:
Qual das alternativas a seguir está correta?
a) Na maioria das vezes, as diarreias agudas têm evolução rápida, autolimitada, sem repercussões clínicas significativas.
b) Diarreias agudas de leve intensidade devem ser apenas seguidas por observação.
c) O tratamento antimicrobiano empírico se aplica apenas aos casos acompanhados de maior toxicidade.
d) As diarreias de evolução prolongada, intermitentes ou contínuas, constituem desafio para o diagnóstico etiológico.

Sobre as infecções parasitárias, julgue os itens e marque a alternativa correta:
Os ovos de Ascaris lumbricoides sobrevivem por longo tempo, podendo alcançar meses de acordo com as características do solo. Quando eliminados para o meio exterior, os ovos embrionados se transformam em larvas rabditoides, sua forma infestante. Caso sejam ingeridos pelo ser humano, rompem sua casca no estômago, liberando a larva. No íleo terminal e mais frequentemente no cólon, alcançam a circulação sanguínea, ao penetrarem pelos capilares da circulação portal, atravessam o fígado, chegando ao ciclo pulmonar, onde novas mudas os protegem contra a acidez gástrica, quando voltam para o canal alimentar pela deglutição de escarro contaminado. Nessa etapa, as larvas atingem a fase adulta, iniciando sua reprodução e a produção dos ovos. (A forma infectante são os ovos contendo larvas de segundo estágio, e não larvas rabditoides. Além disso, as larvas rompem a casca no intestino delgado, não no estômago, e a fase pulmonar ocorre antes de sua chegada ao trato digestivo, onde se tornam adultas)
a) V, V, V, F, V, V
b) F, V, F, F, V, V
c) V, V, F, F, F, F
d) F, V, V, F, F, V
e) V, V, V, V, V, V

Sobre dois representantes desse grupo de doenças: a Larva Migrans Visceral (LMV) e a Hidatidose, julgue os itens a seguir e marque a alternativa correta:
A hidatidose, também conhecida como equinococose, é uma zoonose parasitária do ser humano e de vários mamíferos causada pelo estágio larvário de cestódios ciclofilídeos pertencentes ao gênero Echinococcus. Os parasitos adultos são encontrados no interior dos intestinos de vários carnívoros domésticos e silvestres. Até o momento, quatro espécies de Echinococcus são reconhecidas, cujas larvas podem infectar o ser humano e vários animais: E. granulosus (Eg), a espécie mais importante, que causa a hidatidose unilocular e distribui-se amplamente em todo o mundo; E. multilocularis (Em), causadora da hidatidose alveolar.
a) Todas as alternativas corretas
b) Apenas UMA alternativa está correta
c) Duas alternativas estão incorretas
d) APENAS uma alternativa está incorreta
e) Todas as alternativas estão incorretas

Sobre PROTOZOOSES intestinais, julgue os itens abaixo e marque a alternativa correta:
A amebíase é uma doença ligada ao complexo Entamoeba histolytica/dispar. Após a ingestão dos cistos por via oral (VO), há eclosão destes e liberação dos trofozoítos de E. histolytica dentro do trato digestivo. Os trofozoítos então se conectam às células do epitélio intestinal, colonizando-as. Em condições favoráveis, os trofozoítos penetram na mucosa intestinal, deflagrando um grave processo de destruição tecidual. Desse modo, desenvolvem-se as típicas lesões ulceradas.
a) F, F, F, V
b) V, V, V, F
c) V, V, V, V
d) F, F, F, F
e) V, F, V, F

As manifestações hemorrágicas limitam-se ao local da picada na maioria dos casos. A soroterapia no acidente laquético de uma forma geral: 10 a 20 ampolas de soro antilaquético.
Qual é a cobra envolvida nesse acidente?
a) Jararaca.
(b) Cascavel.
(c) Cobra-cipó.
(d) Coral verdadeira

Analise cada uma das assertivas abaixo, com relatos clínicos de pacientes vítimas de acidentes com animais peçonhentos, e marque a alternativa que adequadamente relaciona as informações clínicas, com a classificação de gravidade e/ou com as nuances do tratamento a ser empregado:
Sobre as manifestações clínicas do Loxoscelismo, marque a correta:
a) O loxoscelismo tem sido descrito em vários continentes. Entretanto, corresponde à forma menos grave de araneísmo no Brasil. A maioria dos acidentes por Loxosceles notificados se concentra nos estados do Norte. O acidente atinge mais comumente adultos, com discreto predomínio em mulheres, ocorrendo no intradomicílio. Observa-se uma distribuição centrípeta das picadas, acometendo coxa, tronco ou braço.
b) Há indicações de que o componente mais importante do veneno loxoscélico é a enzima esfingomielinase-D que age exclusivamente de forma direta sobre os constituintes das membranas das células, principalmente do endotélio vascular e hemácias.
c) A picada quase sempre é perceptível pois vem acompanhada de dor pronunciada no local.
d) O quadro clínico decorrente do envenenamento se apresenta sob dois aspectos fundamentais: forma cutânea e forma cutânea – visceral. A forma cutânea é de instalação rápida e progressiva, é caracterizada por dor, edema endurado e eritema no local da picada que são pouco valorizados pelo paciente.
e) Os sintomas locais se acentuam nas primeiras 24 a 72 horas após o acidente, podendo variar sua apresentação desde: lesão incaracterística (bolha de conteúdo seroso, edema, calor e rubor, com ou sem dor em queimação); lesão sugestiva (enduração, bolha, equimoses e dor em queimação); lesão característica (dor em queimação, lesões hemorrágicas focais, mescladas com áreas pálidas de isquemia - placa marmórea - e necrose). A lesão cutânea pode evoluir para necrose seca (escara), em cerca de 7 a 12 dias, que, ao se destacar em 3 a 4 semanas, deixa uma úlcera de difícil cicatrização.

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<p>LISTA DE QUESTÕES TUTORIAS INFECTOLOGIA</p><p>PARTE 2</p><p>31) “O dia 14 de abril de 2024 marca os 115 anos da descoberta da doença de Chagas. Apesar de mais que centenária, a infecção permanece negligenciada, sem interesse da indústria farmacêutica para produção de novos tratamentos e vacina, com a maioria dos atingidos provenientes de áreas mais vulneráveis.</p><p>A data também celebra os cinco anos do Dia Mundial da Doença de Chagas, declarado durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde, em 2019, após intensa mobilização liderada pela Federação Internacional de Associações de Pessoas Afetadas pela Doença de Chagas (Findechagas), que teve apoio da comunidade científica e da saúde. “ (Fonte: FIOCRUZ, 2024). Sobre as nuances clínico-patológicas desta importante doença, marque a alternativa correta:</p><p>a) A doença de Chagas (DC) ou tripanossomíase americana foi descrita em 1909 pelo pesquisador brasileiro Carlos Chagas. É uma antropozoonose, causada pelo protozoário, Tryatoma cruzi (T. cruzi). Manifesta-se como doença aguda, potencialmente fatal mas sua apresentação mais comum é a forma crônica, responsável por absenteísmo e importante morbimortalidade, com custo elevado para o tratamento de formas cardíacas e digestivas graves. (Trypanosoma cruzi (T. cruzi))</p><p>b) T. cruzi é um protozoário hemoflagelado que parasita indivíduos ou animais infectados na forma de tripomastigota no sangue periférico ou líquidos biológicos (liquor, líquido pericárdico), na forma de amastigota nos tecidos e utiliza a hematina obtida da hemoglobina sanguínea para respiração aeróbica. A Doença de Chagas (DC) pode se manifestar precocemente sob forma de reativação ou tardiamente em paciente com a doença crônica, e que, por exemplo, façam uso de corticoides, substâncias imunossupressoras. (Pode se manifestar tardiamente sob forma de reativação em paciente com a doença crônica submetido a condições de imunossupressão.</p><p>c) Os vetores mais importantes são os triatomíneos ocorrendo a contaminação durante a picada com deposição de formas infectantes seguida do repasto sanguíneo. Para haver infecção é necessário que sempre haja coçadura após a picada. Contato com mucosas sãs não é capaz de provocar infecção.</p><p>d) A transmissão vetorial é o mecanismo de manutenção do ciclo do parasito na natureza. Transmissão oral que é o mecanismo de manutenção do ciclo do parasito na natureza, onde ocorre a ingestão de vetores e reservatórios infectados.</p><p>e) A transmissão oral tem sido registrada na Amazônia sob a forma de surtos epidêmicos pelo consumo de alimentos acidentalmente contaminados (caldo de cana, açaí, bacaba, sucos) por triatomíneos infectados ou secreção de marsupiais contaminados. Ingestão acidental de triatomíneos por crianças já foi registrada.</p><p>32) “A doença de Chagas (DC) atinge entre seis e sete milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, são cerca de um milhão de infectados, de acordo com o Ministério da Saúde.  O agravo está no foco do Comitê Interministerial para Eliminação de Doenças Determinadas Socialmente (CIEDDS) do Governo Federal. A meta mundial e brasileira é eliminar a enfermidade como problema de saúde pública até 2030.” (Fonte: Fiocruz) Sobre esta doença, julgue os itens a seguir e marque a assertiva correta:</p><p>( ) Na forma crônica da DC a parasitemia é baixa e intermitente, estando os parasitos sob forma de amastigotas em infiltrados linfomononucleares focais no miocárdio e nos plexos mioentéricos. A presença de epítopos comuns entre o parasito e a fibra cardíaca ou nervosa e a escassez de parasitos sugerem que a inflamação, na forma crônica, também ocorra em virtude da reatividade cruzada entre esses epítopos, além da resposta ao parasito. Tem-se demonstrado a presença do parasito, e mesmo do DNA do parasito, nos focos inflamatórios no miocárdio, embora a relação quantitativa entre a sua presença ou do DNA e intensidade do foco inflamatório e evolução da cardiopatia não tenha sido estabelecida na doença humana.</p><p>( ) Na fase aguda da DC a parasitemia dura de 1 a 3 meses e diminui espontaneamente com aparecimento de anticorpos, independentemente de terapêutica antiparasitária.</p><p>( ) A fase aguda da pode ser oligossintomática na maior parte dos pacientes, com desaparecimento dos sintomas após 4 a 12 semanas, mas podem apresentar-se como grave função do comprometimento miocárdico, meningoencefálico ou sistêmico (hepatoesplenomegalia, comprometimento do tubo digestivo) em neonatos, lactentes e em pacientes idosos ou imunodeprimidos. A letalidade é de 5 a 10% em indivíduos sem imunodepressão.</p><p>( ) Um dos espectros das manifestações clínicas é o da “Síndrome febril com adenomegalia, hepatoesplenomegalia, exantema cutâneo e edema não inflamatório”. O quadro clínico comumente descrito é de uma síndrome similar à mononucleose infecciosa sem faringite, com adenomegalia regional e cervical, e generalizada. O exantema pode ser variável, com máculas, pápulas, vesículas, petequial, purpúrico ou características de outros exantemas.</p><p>( ) No contexto da fase aguda da DC, a miocardite ocorre sob forma de taquicardia sinusal, arritmias, com ou sem sopro sistólico mitral, com ou sem cardiomegalia. O exame mais sensível, porém, é o eletrocardiograma de repouso, com alterações primárias na repolarização ventricular, complexos QRS de baixa voltagem, bloqueio atrioventricular de primeiro grau e arritmias atriais ou ventriculares.</p><p>a) V, V, V, V, V</p><p>b) V, V, V, F, V</p><p>c) F, V, F, F, V</p><p>d) V, V, F, F, F</p><p>e) F, V, V, V, V</p><p>33) Sobre as formas crônicas da DC e o tratamento antiparasitário deste agravo, marque a alternativa correta:</p><p>a) O medicamento disponível no país é o nifurtimox, que se constitui no medicamento de escolha para os isolados presentes no país, seguido de melhor resposta terapêutica do que o benznidazol. O nifurtimox é dispensado pelo Ministério de Saúde, e o benznidazol, quando houver indicação, deve ser solicitado diretamente ao Grupo Técnico de Doença de Chagas da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.</p><p>b) No tocante ao tratamento da DC, os esquemas terapêuticos propostos são os seguintes: Benznidazol: na dose de 5 a 7 mg/kg/dia em adultos e de 5 a 10 mg/kg/dia para crianças, ministrado em uma dose única diária para melhor adesão durante 30 dias. Apesar de não ser superior ao nifurtimox, é a medicação mais utilizada no Brasil. Pode causar como eventos adversos: náuseas, vômitos, exantema em lixa, purpúrico ou eritema polimorfo, polineuropatia, leucitose com plaquetose, polineuropatia periférica.60 dias de tratamento</p><p>c) Na reativação da doença de Chagas, o tratamento proposta é Benznidazol em uma dose de 7 a 10 mg/kg/dia durante mais de 90 dias. Após o tratamento, profilaxia secundária deve ser realizada com benznidazol independentemente do valor de CD4+ em pacientes portadores de AIDS com encefalite ou miocardite aguda chagásica, depois do tratamento inicial por 60 dias. Pelo efeito antabuse por interação do álcool com benznidazol, o uso de bebidas alcoólicas é proibido durante o tratamento. Durante mais 60 dias e não 90 e o valor de CD4+ deve ser considerado, <300</p><p>d) No que diz respeito à DC crônica, a forma cardíaca ocorre em 30 a 40% dos pacientes nas áreas endêmicas do Brasil, sendo mais comum em idosos, geralmente mulheres com idade superior aos 65 anos, geralmente aquelas que foram lavradoras. As seguintes síndromes são mais comumente observadas: insuficiência cardíaca congestiva (ICC), com dispneia e tosse; arritmias mais complexas, acompanhadas de palpitações; distúrbios de condução com bloqueios atrioventriculares, a síndrome de Stokes-Adams, com síncope por baixo débito, com indicação de marca-passo, bradiarritmias e taquiarritimias associadas a tonturas; acidentes tromboembólicos.( sendo mais comum em adultos jovens, geralmente homens com idade superior aos 25 anos)</p><p>e) O paciente com DC crônica e megaesôfago apresenta dificuldade de deglutição ou disfagia progressiva a sólidos e depois a líquidos, dor retroesternal causada pela esofagite de refluxo, regurgitação, hipersalivação</p><p>e hipertrofia da glândula parótida. Nos pacientes com megacolo, há obstipação de grau variável desde 6 dias a 6 meses com presença de fecaloma. Como complicação da presença de um colo alongado (dolicocolo), pode ocorrer torção do colo sobre a sua própria raiz.</p><p>34) A notícia abaixo destaca a importância de uma pesquisa científica desenvolvida pela Fiocruz cujo objetivo é viabilizar uma alternativa medicamentosa de tratamento para esquistossomose. Sobre essa importante doença, marque a alternativa correta:</p><p>a) Esquistossomoses são infecções causadas por trematódeos do gênero Schistosoma, sendo que seis espécies podem causar infecção humana: S. mansoni, S. japonicum, S. mekongi, S. malayensis, S. haematobium e S. intercalatum. Nas quatro primeiras, os vermes adultos parasitam vasos do plexo vesical e seus ovos são eliminados na urina; já S. haematobium é parasito dos vasos do sistema porta, sendo seus ovos eliminados nas fezes. (S. haematobium é parasito do plexo vesical e seus ovos são eliminados na urina)</p><p>b) O acasalamento dos vermes adultos de S. mansoni se dá nos vasos de pequeno calibre que irrigam a submucosa intestinal, onde a fêmea libera cerca de 300 ovos por dia, dos quais aproximadamente um terço logram alcançar o lúmen intestinal, atravessando o endotélio do vaso, a submucosa e a mucosa colônica, sendo eliminados com as fezes; contêm em seu interior o miracídio. Ao alcançarem coleções de água doce, ocorre a liberação dos miracídios que têm período de tempo limitado (algumas horas) para penetrar, através das partes moles, em planorbídeos do gênero Biomphalaria.</p><p>c) Após sua liberação pelos moluscos, as cercárias permanecem viáveis por um período de 8 a 12 horas, durante o qual mantêm elevada capacidade de penetração ativa no organismo dos hospedeiros vertebrados. O movimento ondular do hospedeiro atrai as cercárias. Elas nadam a favor do movimento ondular, o que as auxilia a penetrar na pele dos indivíduos prestes a serem infectados. Moléculas de lipídios presentes no tegumento dos hospedeiros vertebrados repelem as cercárias, por isso manter o sebo natural do tegumento e o uso de determinados produtos que reforcem a barreira protetora natural epidérmica podem evitar a penetração dessas formas. Embora sem importância relevante na cadeia de transmissão, espécies de roedores podem ser infectadas naturalmente por S. mansoni, fato que revela o caráter zoonótico dessa infecção. Provavelmente os roedores possam desempenhar papel de importância na manutenção da parasitose em certas áreas geográficas. (cercárias nadam CONTRA o movimento ondular e as moléc de lipídios ATRAEM as cercárias)</p><p>d) À penetração das cercárias pela pele, segue-se quadro de prurido, caracterizando a dermatite secundária a infecção por esquistossômulo. Essa manifestação, que tende a ser mais acentuada nas reexposições, é autolimitada, o que fundamenta a denominação popular de “lagoa de coceira” às coleções hídricas que contêm o agente causador. (À penetração das cercárias pela pele, segue-se quadro de prurido, caracterizando a dermatite cercariana)</p><p>e) A forma aguda da esquistossomose é aquela que se segue, em um período de 8 a 10 semanas, ao primeiro contato com coleções hídricas que contenham cercárias, sendo identificada em indivíduos que habitam áreas endêmicas, expondo-se constantemente a elas, ou ainda, em algumas situações, em crianças de pouca idade nas áreas não endêmicas. Atualmente, admite-se que manifestações de ordem imunoalérgica, desencadeadas pela existência dos ovos, resultem na maior parte das manifestações clínicas dessa forma da doença. Trata-se de doença com febre em crescendo e toxemia de instalação paulatina. São incomuns exantema maculopapular urticariforme, diarreia disenteriforme, dor, distensão abdominal, ou broncospasmo nesta fase da doença. A única substância disponível para a quimioterapia da esquistossomose é o praziquantel, motivo esse pelo qual os estudiosos da Fiocruz estão se debruçando sobre a pesquisa citada na notícia acima. ( período de 6 a 8 semanas. São COMUNS exantema e as outras manifestações citadas e o tratamento pode ser feito também com oxaminiquina)</p><p>35) Marque a alternativa que melhor relacione as informações postas a seguir sobre as manifestações clínicas da Esquistossomose, diagnóstico e tratamento:</p><p>A – Logo após a penetração pela pele, as cercárias alcançam a circulação linfática e venosa, transformando-se em esquistossômulos que chegam aos pulmões, de onde passam à circulação arterial e, então, ao sistema porta, local em que completam sua maturação...</p><p>I ( ) – Concluída a maturação dos vermes, o acasalamento e a postura dos ovos ocorrem, na maioria das vezes, nos ramos distais da veia mesentérica superior (plexo hemorroidário). Um percentual dos ovos atravessa o endotélio dos vasos, a submucosa e a mucosa do reto, chegando ao lúmen intestinal e, em seguida, ao meio ambiente VEIA MESENTÉRICA INFERIOR</p><p>II ( X ) - Concluída a maturação dos vermes, o acasalamento e a postura dos ovos ocorrem, na maioria das vezes, nos ramos proximais da veia mesentérica inferior (plexo hemorroidário). Um percentual dos ovos atravessa o endotélio dos vasos, a submucosa e a mucosa do reto, chegando ao lúmen intestinal e, em seguida, ao meio ambiente</p><p>B - O ciclo pulmonar pode ocasionar manifestações clínicas caracterizadas como pneumonite eosinofílica. Hepatoesplenomegalia dolorosa de pequenas dimensões, além de micropoliadenopatia generalizada são achados comuns no exame físico. O dado laboratorial mais característico é ...</p><p>III ( ) - a intensa leucocitose sem preferência por série leucocitária específica. O diagnóstico deve levar em conta dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais; o exame parasitológico de fezes se torna positivo para ovos de S. mansoni cerca de 7 a 14 dias após a infecção, sendo, por isso, útil para o diagnóstico apenas ao final do período febril. De modo geral, esse período é autolimitado a não mais de 9 a 15 dias, havendo remissão dos sinais e sintomas. Caso o paciente não seja diagnosticado e tratado, evoluirá para as apresentações crônicas da doença. (35 A 40 DIAS)</p><p>IV ( X ) - a intensa leucocitose com eosinofilia. O diagnóstico deve levar em conta dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais; o exame parasitológico de fezes somente se torna positivo para ovos de S. mansoni cerca de 35 a 40 dias após a infecção, sendo útil para o diagnóstico apenas ao final do período febril. De modo geral, esse período é autolimitado a não mais de 30 a 40 dias, havendo remissão dos sinais e sintomas. Caso o paciente não seja diagnosticado e tratado, evoluirá para as apresentações crônicas da doença.</p><p>C – A forma hepatointestinal é forma clínica mais frequente dentro da fase crônica da esquistossomose, sendo observada em mais de 90% dos casos. É caracterizada pelas manifestações clínicas da retite esquistossomótica: diarreia ou disenteria intermitentes acompanhadas ou não por dor em hipogástrio. Além disso, o aporte de ovos para o fígado, onde ficam retidos em ramos...</p><p>V ( X ) - pré-sinusoidais da veia porta, seguindo-se de reação granulomatosa, faz com que o órgão aumente em volume e possa ser detectado à palpação, de maneira mais evidente sob o apêndice xifoide. Eventualmente, a consistência pode estar aumentada em função de maior ou menor grau de fibrose que se estabelece. Já na apresentação hepatoesplênica da doença podem ser identificados casos com ou sem hipertensão portal. Nessa última situação há hepatomegalia, como descrito no item anterior, acompanhada de esplenomegalia de pequenas dimensões, em que o baço tem consistência amolecida. Trata-se de esplenomegalia reacional, proliferativa.</p><p>VI ( ) - pós-sinusoidais da veia porta, seguindo-se de reação granulomatosa, faz com que o órgão aumente em volume e possa ser detectado à palpação, de maneira mais evidente sob o apêndice xifoide. Eventualmente, a consistência pode estar aumentada em função de maior ou menor grau de fibrose que se estabelece. Já na apresentação hepatoesplênica da doença os casos apresentam</p><p>exclusivamente hipertensão portal, o que caracteriza a chamada “barriga d’água”. Nessa última situação há hepatomegalia, como descrito no item anterior, acompanhada de esplenomegalia de grandes dimensões, em que o baço tem consistência amolecida. (Não é exclusivamente hipertensão portal)</p><p>D – A associação de esquistossomose com outras doenças Bacteriemia prolongada por enterobactérias trata-se da coexistência de infecção esquistossomótica com infecção por enterobactérias, principalmente do gênero...</p><p>VII ( ) - Salmonella spp. O verme comporta-se como reservatório para as enterobactérias que se multiplicam sobre sua cutícula ou tubo digestivo. A partir disso, há bacteriemia intermitente e prolongada, com infecção das células do sistema reticuloendotelial. Do ponto de vista clínico, há febre irregular, prolongada, com o desenvolvimento de hepatoesplenomegalia, diarreia e fenômenos hemorrágicos. O diagnóstico dessa condição é feito pela descoberta de ovos de S. mansoni nas fezes e o isolamento da enterobactéria em hemoculturas ou mielocultura. O principal diagnóstico diferencial é feito com a leishmaniose visceral.</p><p>VIII ( X ) – Campylobacter spp. O verme comporta-se como reservatório para as enterobactérias que se multiplicam sobre sua cutícula ou tubo digestivo. A partir disso, há bacteriemia intermitente e prolongada, com infecção das células do sistema reticuloendotelial. Do ponto de vista clínico, há febre caracteristicamente bifásica, prolongada, com o desenvolvimento de hepatoesplenomegalia, diarreia e fenômenos hemorrágicos. O diagnóstico dessa condição é feito pela descoberta de ovos de S. mansoni nas fezes e o isolamento da enterobactéria em hemoculturas ou mielocultura. O principal diagnóstico diferencial é feito com a leishmaniose visceral.</p><p>a) A – I; B – III; C – VI; D - VIII</p><p>b) A – II; B – IV; C – V; D – VII</p><p>c) A - II; B – III; C- VI; D – VII</p><p>d) A – I; B – IV; C – V; D – VIII</p><p>e) A - I; B – IV; C – V; D - VII</p><p>36) Em alguns pacientes com febre, identificar sua causa não é uma tarefa simples. Algumas vezes são necessários muitos exames para chegarmos ao diagnóstico definitivo. Sobre a Febre de Origem Obscura (FOO) ou Febre de Origem Indeterminada (FOI), marque a alternativa correta:</p><p>a) A mais clássica definição de FOO é a de Petersdorf e Beeson de 1961, que coloca os seguintes critérios: Febre maior ou igual a 38,3 ºC em pelo menos duas ocasiões, duração da febre maior que 2 semanas e diagnóstico incerto após 3 semanas de investigação hospitalar. ( DURAÇÃO MAIOR QUE 3 SEMANAS, E PELO MENOS 1 SEMANA DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR )</p><p>b) O Harrison traz uma classificação de FOO recente sobre FOO que, em comparação à classificação de Petersdorf e Beeson de 196, apresenta como principal mudança a exclusão de paciente imunocomprometidos, além de trazer uma lista de exames laboratoriais básicos para investigação. Pelo Harrison basta que a febre dure mais que 1 semana para ser enquadrada como FOO/FOI.</p><p>c) De acordo com os estudos de Durack e Street em 1991, há três subdivisões para FOO: a FOO clássica, a FOO hospitalar e a FOO neutropênica. Para os autores retromencionados, há o consenso de que para que a febre seja enquadrada como FOO clássica é preciso que não haja definição de diagnóstico após 2 consultas ambulatoriais ou 2 dias no hospital, além de uma duração maior que 3 meses. (duração maior que 3 semanas e investigação em pelo menos 3 visitas ambulatoriais ou 3 dias internado em enfermaria)</p><p>d) Não existe uma fórmula ou roteiro preciso para a realização de diagnóstico em FOI. A anamnese detalhada, com avaliação epidemiológica (antecedente de viagens, contato com animais, imunossupressão) e medicamentosa, associada a exame físico minucioso e dirigido são fundamentais para a formulação de hipóteses e solicitação de exames complementares. Em todas as febres prolongadas, os fármacos em uso devem ser estudados cautelosamente. Praticamente todas as classes de medicamentos (especialmente os betalactâmicos, os cardiovasculares, antineoplásicos e os que atuam no SNC) causam FEBRE.</p><p>e) Todas as alternativas acima são corretas.</p><p>37) “Pelo quarto ano consecutivo, o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), com sede no Brasil, participa do Dia Mundial da Sepse, comemorado em 13 de Setembro. A ação reúne mais de 60 países e é comandada pela Global Sepsis Alliance (GSP). O objetivo da campanha é mudar o quadro cada vez mais preocupante da incidência e mortalidade por sepse no mundo. Segundo dados levantados pela GSA (Global Sepsis Alliance), surgem a cada ano cerca de 30 milhões de novos casos no mundo.</p><p>No Brasil o quadro é alarmante. Dados de estudos epidemiológicos, coordenados pelo ILAS, apontam que cerca de 30% dos leitos das unidades de terapia intensiva em nosso país são ocupados por pacientes com sepse grave; e a taxa de mortalidade pode chegar a 55% dos pacientes que apresentam sepse nas UTIs brasileiras.</p><p>Na última década, a taxa de incidência da doença aumentou entre 8% e 13% em relação à década passada, sendo responsável por mais óbitos do que alguns tipos de câncer, como o de mama e o de intestino. “Muitas são as razões desse crescimento como o envelhecimento populacional, o aumento das intervenções de alto risco e o desenvolvimento de agentes infecciosos mais virulentos e resistentes a antibióticos”, disse o Dr. Luciano Azevedo, vice-presidente do ILAS.” (Extraído de: https://www.corengo.org.br/estudo-revela-que-mortalidade-no-brasil-por-sepse-grave-pode-chegar-a-55/)</p><p>Sobre esse importante agravo, a Sepse e suas definições, marque a alternativa correta levando em consideração o texto base “Infectologia – Bases Clínicas e Tratamento” de Reinaldo Salomão:</p><p>a) A patogênese da sepse é complexa e envolve múltiplos aspectos da interação dos microrganismos infectantes com o hospedeiro. As alterações das células endoteliais induzidas pelos mediadores inflamatórios são responsáveis por muitas das alterações fisiopatológicas encontradas na sepse, a saber: (a) exposição de moléculas de adesão nos basófilos e macrófagos assim como nas células endoteliais, provocando acúmulo e extravasamento para o tecido; (b) liberação de mediadores provocando vasoconstricção e queda da pressão arterial; (c) quebra de barreira e diminuição da permeabilidade capilar, com edema intersticial; (d) alterações da microcirculação que acarretam fluxo sanguíneo lento nos leitos capilares; (e) indução de um estado pró-coagulante.(LIBERAÇÃO DE MEDIADORES CAUSA VASODILATAÇÃO E HÁ AUMENTO DA PERMEABILIDADE CAPILAR)</p><p>b) O diagnóstico de sepse é essencialmente laboratorial. As manifestações de SRIS – febre ou hipotermia, taquicardia, taquipneia, leucocitose ou leucopenia, bem como a existência de células imaturas no sangue periférico – embora não definam sepse, são importantes manifestações relacionadas com os processos infecciosos. A febre é um sinal comum na sepse e portanto critério obrigatório para o seu diagnóstico. (FEBRE NÃO É OBRIGATÓRIA P O DIAGNÓSTICO DE SEPSE)</p><p>c) A Campanha Sobrevivendo à Sepse (SSC) tem sido peça importante no cenário da sepse nos últimos anos. Sabendo que inúmeros motivos podem atrasar a adoção de diretrizes para Sepse, a SSC recorreu ao Institute for Healthcare Improvement (IHI) para elaborar um programa educacional no sentido de acelerar esse processo. Foram então criados os pacotes (bundles) da sepse. Faz parte de um desses pacotes a reposição volêmica paulatina e cuidadosa em casos de sepse com hipotensão arterial com baixos níveis de lactato, visando restabelecer o fluxo sanguíneo adequado e a oferta tecidual de oxigênio. A hipovolemia absoluta ou relativa na sepse geralmente ocorre em razão de um ou outro fator. (Reposição volêmica inicial na sepse não é feita de forma paulatina, mas sim de forma rápida e agressiva nas primeiras horas)</p><p>d) Na fase inicial da sepse há o reconhecimento de patógenos pelas células da imunidade inata com o desencadeamento da resposta inflamatória. A liberação de citocinas e o contato célula-célula amplificam a resposta inflamatória e ativam a imunidade inata.</p><p>e) São escores</p><p>que reúnem critérios clínicos propostos para identificação de pacientes com sepse e choque séptico baseados no Sepse-3: o SOFA - Sepsis-Related Organ Failure Assessment e o qSOFA: Quick SOFA.</p><p>38) Sobre as meningites, encefalites e meningoencefalites, suas nuances patológicas, diagnósticas e clínico – semiológicas, marque a alternativa correta levando em consideração o texto base “Infectologia – Bases Clínicas e Tratamento” de Reinaldo Salomão:</p><p>a) Meningite é a inflamação das meninges, as membranas que envolvem o sistema nervoso central (SNC). Geralmente, esse processo se deve à infecção aguda da pia-máter e da (aracnoide) dura-mater, as leptomeninges, e se estende pelo espaço subaracnóideo, sendo, portanto, também denominada leptomeningite.</p><p>b) As meningites agudas comunitárias são frequentemente causadas por bactérias (meningococo o principal) e logo em sequência – os vírus- na seguinte ordem decrescente de frequência: os herpes vírus, enterovírus (principalmente dos grupos Coxsackie B e Vírus ECHO), Varicella zoster e herpes-vírus simples tipo 1. (ao contrário, vírus, dps bactérias, e dos vírus Enterovírus primeiro)</p><p>c) As meningites agudas bacterianas, embora menos frequentes que as virais, apresentam maiores morbidade e mortalidade. As etiologias das meningites bacterianas comunitárias mais comuns, em ordem decrescente de frequência, são: Neisseria meningitidis, o meningococo; Streptococcus pneumoniae, o pneumococo; e Listeria monocytogenes, a listéria. S.Pneumoniae é a mais frequente</p><p>d) Todos os três principais patógenos causadores da meningite bacteriana comunitária fazem parte da flora nasofaríngea de grande parte da população, mas dependem de antígenos capsulares ou de superfície para sobreviver nos tecidos do hospedeiro infectado. A colonização das vias respiratórias superiores não é suficiente para explicar a infecção das meninges. Não são claros os fatores que predispõem um paciente colonizado a sofrer bacteriemia e a maneira usual de chegada das bactérias às meninges, mas incluem infecção viral prévia ou, no caso do pneumococo, pneumonia.</p><p>e) Os efeitos clínicos precoces do processo inflamatório causado pela meningite aguda são febre, cefaleia intensa, rigidez de nuca e distúrbio da consciência, às vezes acompanhados de convulsões generalizadas. O encontro de pelo menos um desses sinais e sintomas MAS associado a história clínica sugestiva de MENINGITE deve levantar a hipótese de meningite aguda. A tríade cefaleia, rigidez de nuca e distúrbio da consciência está presente na maioria dos casos, em torno de 80% dos casos, representando a tríade clássica patognomônica da meningite aguda. (dois desses sinais/sintomas e não UM)</p><p>39) Sobre os agentes etiológicos das meningites, morfologia à coloração de gram, aspecto do líquor e manifestações clínicas, marque a alternativa correta:</p><p>a) As meningites de causa viral causam menor repercussão sistêmica. Alguns dos agentes causam exantemas e enantema oral acinzentado (herpangina), outros provocam pleurodinia, pericardite, orquite e neurite braquial). O aspecto do líquor é límpido, incolor, glicose normal, proteínas levemente aumentadas e 5 a 500 (linfócitos).</p><p>b) As meningites por Streptococcus pneumoniae têm evolução mais rápida, pode levar ao surgimento de lesões petequiais, purpúricas, ou ocorrência de choque circulatório. Cor do líquor: branca-leitosa ou ligeiramente xantocrômica, glicose diminuída e leucócitos: 200 a milhares (neutrófilos). (Isso é característico de meningite por meningococo)</p><p>c) As meningites por Neisseria meningitidis são geralmente precedidas por infecção nos pulmões, ouvidos, seios da face ou válvulas cardíacas, sendo suspeitada nos alcoólatras, nos esplenectomizados e nos idosos. (característica de S.Pneumoniae)</p><p>d) As meningites por Listeria monocytogenes são, em sua maioria, reportadas em pacientes imunossuprimidos, principalmente naqueles com diminuição da imunidade celular, resultante da presença de doença maligna linforreticular ou em uso de drogas quimioterápicas. À coloração de gram tem-se o achado de bacilos gram negativos. Aspecto do líquor turvo, cloretos e glicose aumentados. (Listeria é gram positivo)</p><p>e) Nenhuma das alternativas acima.</p><p>40) Analise os itens a seguir sobre as meningites agudas (diagnóstico e tratamento) e marque a alternativa que apresenta o adequado julgamento dos itens à luz do texto base “Infectologia – Bases Clínicas e Tratamento” de Reinaldo Salomão:</p><p>I - O diagnóstico de meningite aguda deve ser clínico, sendo confirmado por meio de exames complementares com base na análise do LCR obtido por punção lombar. A Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (Infectious Diseases Society of America – IDSA) sugere que a análise mínima inicial do LCR inclua a realização da citologia, bastando a contagem leucocitária global, glicorraquia, coloração pelo método de Gram e cultura para bactérias e fungos. (No livro fala contagem leucocitória global e diferencial e não fala de cultura para fungos)</p><p>II - Se o Gram for negativo, a IDSA recomenda a realização de testes de aglutinação no látex para os patógenos mais frequentes, além da reação em cadeia da polimerase (PCR) para bactérias e vírus, dependendo da disponibilidade. A dosagem sérica normal da proteína C reativa é fraco preditor negativo de meningite bacteriana aguda e ajuda o médico na decisão de suspender o tratamento com antibioticoterapia, em caso de testes bacteriológicos constantemente duvidosos.(é FORTE preditor negativo de meningite bacteriana aguda)</p><p>III - É recomendada a realização de tomografia computadorizada (TC) de crânio antes da punção lombar nos pacientes com imunodepressão, doença prévia do SNC, convulsão recente, retinopatia, nível de consciência alterado (escala de coma de Glasgow < 12), ou quaisquer déficits neurológicos. (GLASGOW <10)</p><p>IV - Independentemente da realização da punção lombar, se existir suspeita clínica de meningite bacteriana aguda, deve-se coletar seis hemoculturas urgentemente. Duas em cada membros superior e uma de cada membro inferior do paciente. Após a coleta das hemoculturas e da eventual punção lombar, deve-se iniciar dexametasona. ( DUAS HEMOCULTURAS )</p><p>V – O tratamento empírico inicial da meningite bacteriana aguda deve se basear primordialmente na idade. Em adultos é recomendado o uso de cefalosporina de segunda geração, enquanto para pacientes idosos a associação com vancomicina é necessária para a cobertura da Listeria monocytogenes. O tempo de duração da terapia antimicrobiana deve se pautar na resposta clínica e no número de contagem de colônias presente na hemoculturas desses pacientes.(CEFALOSPORINA DE TERCEIRA GERAÇÃO, PCT IDOSO ASSOCIAR AMPICILINA)</p><p>a) Há apenas um item correto</p><p>b) Há 3 itens incorretos</p><p>c) Há apenas um item incorreto</p><p>d) Todos os itens estão corretos</p><p>e) Todos os itens estão incorretos</p><p>41) Ainda sobre as infecções do sistema nervoso central, julgue os itens em Verdadeiros (V) ou F (Falsos) e marque a alternativa que apresenta a sequência com o julgamento acertado das assertivas apresentadas:</p><p>( V ) Meningite crônica é definida como síndrome caracterizada por sinais e sintomas de irritação meníngea com duração superior a 4 semanas. Frequentemente, os sintomas se desenvolvem de forma indolente, o que pode dificultar a caracterização inicial da síndrome quanto ao tempo de evolução. Lesões parenquimatosas também podem apresentar alterações liquóricas concomitantemente, como empiema subdural e extradural, abscesso cerebral, encefalites, o que foge da conceituação de meningite crônica, apesar da possibilidade de haver comprometimento inflamatório crônico das leptomeninges.</p><p>( V ) O quadro clínico das meningites crônicas depende tanto do agente quanto do ambiente, isto é, estado imunológico, idade, exposição (ambiente de risco), grau de imunização, gravidade e ritmo de progressão da doença meníngea. Na maioria dos casos há concomitância de doença sistêmica que deve sempre ser investigada ou mesmo utilização de medicamentos que podem determinar processo inflamatório meníngeo. Os principais</p><p>sintomas são cefaleia, febre presença de sinais meníngeos. No entanto, principalmente nos casos de imunodeficiência grave, tanto febre como sinais meníngeos estão frequentemente ausentes. Nas formas avançadas, são comuns perda de peso, mal-estar vespertino e sudorese noturna.</p><p>( V ) Meningites crônicas podem resultar de infecções, contato com agentes químicos, neoplasias malignas e doenças autoimunes. O diagnóstico dessa condição apoia-se na obtenção de história clínica detalhada, com ênfase em dados epidemiológicos e antecedentes patológicos pregressos, exame físico geral, neurológico e exames complementares dirigidos. A análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) é essencial para o diagnóstico e deve ser realizada após exame de imagem, em casos selecionados. Deve-se pesquisar também outros sítios de infecção, principalmente em estruturas adjacentes à meninge.</p><p>( V ) A tuberculose do SNC é responsável por 3% dos casos de TB em pacientes não infectados pelo HIV e por até 10% em PVHIV. A meningite basal exsudativa é a apresentação clínica mais comum e é mais frequente em crianças com menos de 6 anos. Na forma subaguda, cursa com cefaleia, irritabilidade, alterações de comportamento, sonolência, anorexia, vômitos e dor abdominal associados a febre, fotofobia e rigidez de nuca. Eventualmente, apresenta sinais focais relacionados com síndromes isquêmicas locais ou com o envolvimento de nervos cranianos, podendo haver sinais de hipertensão intracraniana. Doença pulmonar concomitante ocorre em até 59% dos casos.</p><p>( V ) A meningite tuberculosa evolui com sintomas insidiosos e inespecíficos, como cefaleia, febre, mal-estar, letargia, déficit neurológico focal, confusão mental e, algumas vezes, alteração do comportamento. Complicações do quadro incluem lesões isquêmicas ou hemorrágicas. Os tuberculomas são granulomas intraparenquimatosos, que podem produzir sintomas focais devido ao efeito de massa que exercem. Apesar de pouco comum, a tuberculose também pode ser causa de mielite transversa.</p><p>a) V, V, V, F, V</p><p>b) F, V, F, F, V</p><p>c) V, V, F, F, F</p><p>d) F, V, V, V, V</p><p>e) V, V, V, V, V</p><p>42) Sobre as infecções do trato gastrointestinal incluindo as diarreias agudas infecciosas, julgue os itens a seguir:</p><p>( ) Alguns microrganismos têm suas toxinas pré-formadas, quando contaminam alimentos malconservados que funcionam como meios de cultura e, portanto, não necessitam colonizar o intestino do hospedeiro para gerar seus efeitos. Nesses processos, a intoxicação é indireta. Por esse motivo, os sintomas demoram algumas horas e são acompanhados de manifestações sépticas graves, como ocorre com as toxinas de Staphylococcus aureus, Bacillus cereus e Clostridium perfringens, promotores de importante diarreia secretória.( NÃO CAUSAM MANIFESTAÇÕES SÉPTICAS GRAVES)</p><p>( )Dentro do grupo das bactérias não invasivas que infectam o intestino delgado a partir da sua ingestão e estimulam igualmente a secreção de água e eletrólitos, podem ser consideradas as que produzem enterotoxinas – Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC), Klebsiella pneumoniae, algumas espécies de Aeromonas – e as enteroaderentes – Escherichia coli enteroaderente (EAEC) e Escherichia coli enteropatogênica (EPEC).</p><p>( ) Determinadas bactérias, definidas como citotóxicas – sem poder invasivo, mas cujas toxinas podem agredir as células –, tendem a desestruturar a arquitetura da mucosa intestinal, causando lesões teciduais por vezes extensas e grande processo inflamatório, aumentando a gravidade da infecção. São exemplos a Escherichia coli êntero-hemorrágica (EHEC) – proveniente de contaminação alimentar – e o Clostridium difficile – habitante natural da microbiota ileocólica, onde vive controlado pelos outros microrganismos, com a expectativa de recuperar sua atividade patogênica em caso de desequilíbrio ecológico da flora (induzido por tratamentos antimicrobianos ou antiblásticos) ou em surtos epidêmicos em residências coletivas (por transmissão interpessoal). São patógenos que afetam o cólon e provocam diarreia exsudativa. Há descrições de infecção entérica por Clostridium em indivíduos colectomizados.</p><p>( ) No grupo das bactérias invasivas que evoluem com exsudação secundária ao processo inflamatório até grave, estão relacionadas espécies de Salmonella, Shigella, Aeromonas, Campylobacter jejuni, Yersinia enterocolitica, Escherichia coli êntero-hemorrágica (EHEC) e enteroinvasiva (EIEC) e Clostridium difficile. Cerca de 50% das infecções por Salmonella têm origem em alimentos contaminados – aves, carnes vermelhas, ovos. Os maiores riscos de complicações fatais envolvem populações infantil, com menos de 1 ano, e de idosos. As espécies mais descritas são: enteritidis e typhimurium. A maioria delas acomete o intestino delgado e, com alguma frequência, o cólon.</p><p>( ) As várias espécies de Shigella chegam a infectar cerca de 200 milhões de pessoas/ano, por intermédio de água e alimentos, podendo ocorrer transmissão direta entre humanos pelas vias orofecal e sexual (homossexuais do sexo masculino). Quatro delas compõem esse grupo de patógenos: dysenteriae, flexneri, boydii e sonnei, diferenciadas por seus vários sorotipos e responsáveis pela chamada disenteria bacilar. O sorotipo 1 da espécie dysenteriae produz doença grave com risco à vida para os pacientes. Sua invasão e replicação na mucosa cólica promovem a morte celular pela inflamação e difusão, contaminando e destruindo células epiteliais vizinhas, causando ulcerações e sangramentos. Já a infecção por E. coli êntero-hemorrágica é transmitida pela ingestão de carnes cruas ou malcozidas de bovinos contaminados.</p><p>a) V, V, V, F, V</p><p>b) F, V, F, F, V</p><p>c) V, V, F, F, F</p><p>d) F, V, V, V, V</p><p>e) V, V, V, V, V</p><p>43) A respeito das diarreias/infecções do trato gastrointestinal, marque a alternativa correta:</p><p>a) Na maioria das vezes, as diarreias agudas têm evolução rápida, autolimitada, sem repercussões clínicas significativas, não se justificando qualquer investigação complementar. Apesar da cultura de fezes ter índice de positividade elevado, a mesma não deve ser solicitada como rotina. Em pacientes com diarreia grave acompanhada de desidratação, febre acima de 37,8°C, dor abdominal, muco e sangue nas fezes ou quadro arrastado, com duração maior que 7 dias, recomenda-se coprocultura, e, pesquisa das toxinas A e B do Clostridium difficile.</p><p>b) Diarreias agudas de leve intensidade devem ser apenas seguidas por observação. Ainda assim, cabe ao médico analisar a eventual necessidade de reposição de fluidos nos pacientes que possam estar sujeitos a complicações, mesmo com pequenas perdas de volume, em especial aqueles de idades extremas, crianças e idosos. Essa reposição, de preferência oral, pode ser feita com soluções hidratantes, comercializadas ou de preparo domiciliar. Em casos mais graves de desidratação e/ou toxemia, deve-se optar por reposição intravenosa.</p><p>c) O tratamento antimicrobiano empírico se aplica apenas aos casos acompanhados de maior toxicidade, com preferência pela associação de cefalosporinas com tetraciclinas. Tratamentos específicos dependerão de resultados da coprocultura. A utilização de antibióticos, por vezes imprescindível, sempre modifica a composição da flora intestinal normal, o que pode desencadear o crescimento dos anaeróbios que vivem nesse ambiente de modo controlado, originando infecções graves que devem ser imediata e cuidadosamente tratadas. O principal microrganismo dessa infecção antibiótico-induzida é o Clostridium difficile.</p><p>d) As diarreias de evolução prolongada, intermitentes ou contínuas, constituem desafio para o diagnóstico etiológico. Diante de queixas digestivas de evolução crônica, as primeiras hipóteses diagnósticas são infecções virais, bacterianas e, principalmente, parasitárias. Entre os promotores de diarreia osmótica estão as infecções por Campylobacter jejuni e Yersinia enterocolitica. Vários protozoários têm seu hábitat no intestino delgado, embora alguns deles não sejam considerados, dentro dos conhecimentos atuais, patogênicos para o ser humano. Fazem</p><p>parte desse grupo: Entamoeba coli, Dientamoeba fragilis, Endolimax nana. Já o protozoário flagelado Giardia lamblia utiliza o ser humano como um dos hospedeiros, o que permite concluir que sua transmissão se dá por meio de fezes humanas que contenham seus cistos, ingeridos com alimentos ou água contaminados.</p><p>e) As infecções causadas pelos vermes de maior porte são passíveis de identificação macroscópica, por meio da simples observação mais cuidadosa das fezes, bastando que sejam evacuados parcial ou integralmente. Algumas espécies produzem ovos e larvas no intestino do ser humano que, ao serem eliminados pelas fezes, requerem outro hospedeiro, como intermediário, para dar sequência ao seu ciclo vital, antes de retornarem ao organismo humano e, sob a forma ainda jovem, encontrarem o local adequado para o seu amadurecimento. Entre os nematelmintos, vermes cilíndricos, o Ancylostoma duodenale, é o mais prevalente em todo o mundo.</p><p>44) A prevalência de infecções parasitárias varia conforme a região geográfica analisada, com aspectos climáticos, características do solo, hábitos alimentares e de higiene e as condições sanitárias do local, calculando-se que esse índice esteja em torno de 20% da população mundial. Alguns parasitos têm ciclos de vida muito complexos ou utilizam hospedeiros intermediários e, como reservatórios, algumas espécies de animais, incluindo os de criação doméstica. Sobre as infecções parasitárias, julgue os itens e marque a alternativa correta:</p><p>( F ) Os ovos de Ascaris lumbricoides sobrevivem por longo tempo, podendo alcançar meses de acordo com as características do solo. Quando eliminados para o meio exterior, os ovos embrionados se transformam em larvas rabditoides, sua forma infestante. Caso sejam ingeridos pelo ser humano, rompem sua casca no estômago, liberando a larva. No íleo terminal e mais frequentemente no cólon, alcançam a circulação sanguínea, ao penetrarem pelos capilares da circulação portal, atravessam o fígado, chegando ao ciclo pulmonar, onde novas mudas os protegem contra a acidez gástrica, quando voltam para o canal alimentar pela deglutição de escarro contaminado. Nessa etapa, as larvas atingem a fase adulta, iniciando sua reprodução e a produção dos ovos. (A forma infectante são os ovos contendo larvas de segundo estágio, e não larvas rabditoides. Além disso, as larvas rompem a casca no intestino delgado, não no estômago, e a fase pulmonar ocorre antes de sua chegada ao trato digestivo, onde se tornam adultas)</p><p>( V ) Segundo o texto base “Infectologia – Bases Clínicas e Tratamento” de Reinaldo Salomão, não se admite transmissão direta de Ascaris lumbricoides entre pessoas, pois os ovos necessitam de maturação larvária prévia, no meio exterior, onde adquirem seu estágio infectante. Uma das grandes complicações da ascaridíase é observada em crianças com infestação maciça. Ainda que não cause diarreia ou outros sintomas, eventualmente provoca dores abdominais, náuseas e vômitos, e mesmo com sua eliminação pela via oral, as coloca sob risco de obstrução intestinal aguda, em consequência da formação de um emaranhado de vermes. (</p><p>(V ) O Ancylostoma duodenale e Necator americanus, parasitos do intestino delgado proximal são diferenciados por seus aparelhos bucais e adaptações durante seu ciclo pulmonar. Seus ovos, eliminados com as fezes, sofrem transformação larvária no meio ambiente (inicialmente rabditoide depois filarioide). Então, penetram pela pele ou mucosas do ser humano, único hospedeiro conhecido e responsável pela propagação dessas helmintíases, em virtude de hábitos de higiene inadequados, ao contato direto dos pés descalços, ou mesmo das mãos, com terra contaminada, e à ingestão. As lesões dermatológicas são mínimas, e na etapa pulmonar, local que alcançam em 24 horas, as larvas rompem os alvéolos, chegando ao sistema respiratório superior através de tosse, provocada pela secreção brônquica. Deglutidas, terminam o ciclo no duodeno e no jejuno, fixando-se à mucosa desses segmentos.</p><p>(F ) O Strongyloides stercoralis constitui infestação preocupante, devido à sua invasividade. Assim, além de prejudicar seriamente a absorção de nutrientes pelo duodeno e promover sintomas dolorosos que lembram apendicite, pode acometer vários sistemas. No ambiente entérico, os ovos dos vermes adultos são transformados em larvas do tipo filarioide. Agora, como larvas do tipo rabditiforme, o parasito infecta novas pessoas devido à sua capacidade de penetração cutânea, chegando à circulação venosa de retorno, aos pulmões, onde sofre novas mudas e, depois, ruptura dos alvéolos, produzindo secreção brônquica que, deglutida, conclui o ciclo, denominado direto.( O erro está na descrição do ciclo de Strongyloides stercoralis. No ciclo direto, as larvas rabditiformes são eliminadas com as fezes, não infectam diretamente o hospedeiro. A forma infectante é a larva filarioide, que penetra pela pele e segue o ciclo pulmonar)</p><p>( F ) Entre os vermes achatados (platelmintos), citam-se as infecções causadas pelo Schistosoma mansoni (esquistossomose), do subgrupo dos cestódeos, e as tênias Taenia solium, Taenia saginata e Hymenolepis nana, do subgrupo dos trematódeos. A T. solium utiliza os bovinos como hospedeiros intermediários e a T. saginata, os suínos. Ambas são formadas pela reunião de pequenos anéis planos, as “proglotes”. A fragmentação do corpo e a exteriorização das proglotes pela via anorretal, espontaneamente ou misturadas às fezes, permite o diagnóstico macroscópico. Sua definitiva erradicação só ocorre quando o escólex é eliminado. (erro está na classificação dos parasitas. Schistosoma mansoni pertence ao subgrupo dos trematódeos (não cestódeos), e Taenia solium utiliza o porco como hospedeiro intermediário, enquanto Taenia saginata utiliza o boi. A fragmentação do corpo das tênias libera proglotes, mas o erro na descrição dos hospedeiros torna o item falso.)</p><p>( V ) O homem é contaminado ao se alimentar com carnes infectadas, cruas ou inadequadamente cozidas, ingerindo cisticercos vivos que, sob a ação dos sucos digestórios. O ser humano também é considerado hospedeiro intermediário das tênias, pois a larva infectante é encontrada no seu intestino, assim como em outros sistemas, desenvolvendo a cisticercose. Quanto à infecção pelo Hymenolepis nana, o ser humano é considerado o único hospedeiro e transmissor. Os ovos ingeridos liberam seus embriões no intestino onde se desenvolvem formando a larva cisticercósica.</p><p>a) V, V, V, F, V, V</p><p>b) F, V, F, F, V, V</p><p>c) V, V, F, F, F, F</p><p>d) F, V, V, F, F, V</p><p>e) V, V, V, V, V, V</p><p>45) “As doenças parasitárias são responsáveis por relevantes morbidade e mortalidade em todo o mundo e frequentemente apresentam sinais e sintomas inespecíficos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pelo menos 1 bilhão de pessoas no planeta (cerca de 1/7 da população mundial) sofra de alguma doença parasitária, hoje consideradas entre as chamadas doenças negligenciadas – estima-se que esse número seja maior do que o relatado, particularmente em certas áreas do globo, como a África Subsaariana, a Índia e países do Sudeste Asiático. Algumas dessas enfermidades afetam indivíduos por toda a vida (esquistossomose, cisticercose), causando alto grau de morbidade e, havendo complicações, mortalidade. Outras são doenças agudas (p. ex., malária) que podem ter desfechos fatais, particularmente em áreas de alta endemicidade e poucos recursos médicos.” (Fonte: “Infectologia – Bases Clínicas e Tratamento” de Reinaldo Salomão)</p><p>Sobre dois representantes desse grupo de doenças: a Larva Migrans Visceral (LMV) e a Hidatidose, julgue os itens a seguir e marque a alternativa correta:</p><p>I - A hidatidose, também conhecida como equinococose, é uma zoonose parasitária do ser humano e de vários mamíferos causada pelo estágio larvário de cestódios ciclofilídeos pertencentes ao gênero Echinococcus. Os parasitos adultos são encontrados no interior dos intestinos de vários carnívoros domésticos e silvestres. Até o momento, quatro espécies de Echinococcus são reconhecidas,</p><p>cujas larvas podem infectar o ser humano e vários animais: E. granulosus (Eg), a espécie mais importante, que causa a hidatidose unilocular e distribui-se amplamente em todo o mundo; E. multilocularis (Em), causadora da hidatidose alveolar</p><p>II- A maioria dos cistos hidáticos humanos é assintomática, e as manifestações clínicas ocorrem na dependência do tamanho do cisto, de sua localização no organismo e do número de hidátides existentes em um ou mais órgãos. Muitos cistos são descobertos acidentalmente. O pulmão constitui o órgão mais frequentemente acometido em hidatidose, seguido do fígado. A ressecção cirúrgica permanece como tratamento de escolha para os pacientes com um único cisto hepático ou pulmonar. (O fígado, e não o pulmão, é o órgão mais frequentemente acometido na hidatidose, seguido do pulmão. Portanto, há um erro na ordem dos órgãos acometidos)</p><p>III - O quadro clínico da LMV é bastante variável. Todavia, é importante destacar que a maioria dos indivíduos que apresenta infecção por larvas de Toxocara, detectada por meio de testes sorológicos, é assintomática. Entre os que desenvolvem sintomatologia, quadros clínicos de gravidade variável são encontrados, na dependência da quantidade e da localização das larvas e da resposta imunitária desenvolvida pelos pacientes. A forma clássica da LMV, com comprometimento hepático e pulmonar, ocorre principalmente em crianças. Embora outras espécies de helmintos tenham sido, posteriormente, apontadas como possíveis agentes dessa síndrome, larvas de Toxocara canis constituíram o achado na maioria dos casos em que foi possível realizar a identificação do helminto envolvido. Assim, esse ascarídeo foi considerado o principal agente etiológico da LMV.</p><p>IV – Na avaliação laboratorial da infecção humana por larvas de Toxocara, a técnica considerada “padrão-ouro” seria a demonstração de larvas nos tecidos do paciente após biopsia do órgão acometido, geralmente o fígado. Trata-se, todavia, de técnica de baixa sensibilidade pela dificuldade de encontrar e identificar corretamente fragmentos das larvas, além de constituir exame invasivo, não destituído de riscos para o paciente. Tiabendazol (30 a 50 mg/kg/dia, durante 10 dias) ou dietilcarbamazina (2 a 6 mg/kg/dia, durante 21 dias) têm sido as substâncias mais utilizadas no tratamento da LMV.</p><p>a) Todas as alternativas corretas</p><p>b) Apenas UMA alternativa está correta</p><p>c) Duas alternativas estão incorretas</p><p>d) APENAS uma alternativa está incorreta</p><p>e) Todas as alternativas estão incorretas</p><p>46) Sobre PROTOZOOSES intestinais, julgue os itens abaixo e marque a alternativa correta:</p><p>(V ) A amebíase é uma doença ligada ao complexo Entamoeba histolytica/dispar. Após a ingestão dos cistos por via oral (VO), há eclosão destes e liberação dos trofozoítos de E. histolytica dentro do trato digestivo. Os trofozoítos então se conectam às células do epitélio intestinal, colonizando-as. Em condições favoráveis, os trofozoítos penetram na mucosa intestinal, deflagrando um grave processo de destruição tecidual. Desse modo, desenvolvem-se as típicas lesões ulceradas.</p><p>( V ) Comumente, a maioria dos hospedeiros de E. histolytica não apresenta quadro clínico expressivo, embora sejam observados cistos nas amostras de fezes. Nos indivíduos sintomáticos, há dor abdominal (cólica) e aumento do número de evacuações. Pode haver disenteria nos casos mais graves, a qual é caracterizada por tenesmo e por leucócitos, hemácias e muco nas fezes. As capitais complicações são ameboma (diagnóstico diferencial com carcinoma de cólon), abscesso hepático, megacólon tóxico, perfuração intestinal e peritonite. São opções de fármacos para tratamento para amebíase: Nitazoxanida, Secnidazol, Metronidazol e Tinidazol.</p><p>( V ) Giardia lamblia ou Giardia intestinalis ostenta ampla distribuição mundial. A giardíase é uma enfermidade que está ligada ao universo das zoonoses. O protozoário G. lamblia produz um amplo espectro de manifestações clínicas, variando de quadros assintomáticos até diarreia crônica acompanhada de síndrome de má absorção. Peculiarmente, o período de incubação oscila entre 7 e 14 dias. Classicamente, os pacientes sintomáticos apresentam diarreia, dor abdominal em cólica e perda ponderal. Ocasionalmente, há fenômenos de esteatorreia.</p><p>(F ) São fármacos utilizados no tratamento da giardíase: Sulfametoxazol-trimetoprima, Tetraciclina e Ciprofloxacino. Diagnóstico é feito por estudo laboratorial de trofozoítos ou cistos de G. lamblia no material fecal. Para diagnosticar, uma amostra é suficiente. Os fármacos citados (Sulfametoxazol-trimetoprima, Tetraciclina, Ciprofloxacino) não são utilizados no tratamento da giardíase. Os fármacos corretos incluem Metronidazol, Tinidazol e Nitazoxanida. Além disso, o diagnóstico de giardíase requer múltiplas amostras fecais, já que a eliminação de trofozoítos e cistos pode ser intermitente, e uma única amostra pode não ser suficiente.)</p><p>a) F, F, F, V</p><p>b) V, V, V, F</p><p>c) V, V, V, V</p><p>d) F, F, F, F</p><p>e) V, F, V, F</p><p>47) Leia os itens a seguir que versam sobre acidentes com animais peçonhentos, mais especificamente sobre o ofidismo, e marque a alternativa que melhor os analisa:</p><p>I – Um paciente vítima de acidente crotálico classificado como grave deve receber 20 ampolas de soro anticrotálico (SAC), aquele classificado como moderado recebe 10 ampolas de SAC e o leve 5. O paciente vítima de acidente crotálico grave tem fácies miastênica evidente, enquanto o leve apresenta essa fácies ausente ou tardiamente. O tempo de coagulação pode estar normal ou alterado em qualquer um dos tipos de acidentes crotálicos: leve/moderado ou grave. OK</p><p>II - Os acidentes por Lachesis são raros. São ações do veneno desta espécie: proteolítica/coagulante/hemorrágica/neurotóxica. As manifestações locais são semelhantes às do acidente botrópico, predominando a dor e edema, que podem progredir para todo o membro. Podem surgir vesículas e bolhas de conteúdo seroso ou sero-hemorrágico nas primeiras horas após o acidente. As manifestações hemorrágicas limitam-se ao local da picada na maioria dos casos. A soroterapia no acidente laquético de uma forma geral: 10 a 20 ampolas de soro antilaquético. OK</p><p>III- Os acidentes botrópico e laquético são muito semelhantes do ponto de vista clínico, sendo, na maioria das vezes, difícil o diagnóstico diferencial. As manifestações da “síndrome vagal” poderiam auxiliar na distinção entre o acidente laquético e o botrópico. Estudos preliminares, empregando imunodiagnóstico (ELISA), têm demonstrado que a maioria dos acidentes referidos pelos pacientes como causados por Lachesis é do gênero botrópico. OK</p><p>IV – Os acidentes elapídicos correspondem a 0,4% dos acidentes por serpentes peçonhentas registrados no Brasil. Pode evoluir para insuficiência respiratória aguda, causa de óbito neste tipo de envenenamento. Inicialmente, o paciente pode apresentar vômitos. Posteriormente, pode surgir um quadro de fraqueza muscular progressiva, ocorrendo ptose palpebral, oftalmoplegia e a presença de fácies miastênica ou “neurotóxica”. São classificados em leve/moderado/grave. O acidente leve recebe de 2-4 ampolas/ o moderado de 6-8 ampolas e o grave 10-12 ampolas. (10 AMPOLAS INDEPENDENTE DA GRAVIDADE!)</p><p>a) Há apenas um item incorreto</p><p>b) Todos os itens corretos</p><p>c) Há apenas um item correto</p><p>d) Todos os itens incorretos</p><p>e) Há apenas DOIS itens corretos</p><p>48) Paciente do sexo masculino, 42 anos, deu entrada no departamento de emergência com relato de acidente ofídico ocorrido na propriedade rural onde trabalha, há 4 horas. O local da picada, tornozelo direito, evoluiu precoce e progressivamente com dor e edema. Negava comorbidades ou uso regular de medicamentos. No momento da admissão, o paciente se apresentava em regular estado geral, queixando náuseas e dor intensa no membro inferior direito. Foram observados equimoses e sangramento no local da picada. Durante a evolução, paciente apresentou gengivorragia e epistaxe, além de piora considerável do edema de membro inferior, tendo sido feito diagnóstico de síndrome compartimental</p><p>de membro inferior. Observaram-se oligúria e alteração na coloração da urina, que ficou avermelhada. Exames demonstraram o seguinte resultado: Gasometria (pH: 7,29, pO2: 80mmHg, pCO2: 26mmHg, Bicarbonato: 12mEq/L), creatinofosfoquinase (CPK) 50.000U/L, ureia 50mg/dL, creatinina 2,8mg/dL, cálcio total 7,2mg/dL, fósforo 6,5mg/dL, potássio 6,5mEq/L, sódio 136mEq/L, urina tipo 1 (fita reagente positiva para sangue, leucócitos 5.000/mm3, hemácias 2000/mm3).</p><p>Qual é a cobra envolvida nesse acidente?</p><p>a) Jararaca. (b) Cascavel. (c) Cobra-cipó. (d) Coral verdadeira</p><p>49) Analise cada uma das assertivas abaixo, com relatos clínicos de pacientes vítimas de acidentes com animais peçonhentos, e marque a alternativa que adequadamente relaciona as informações clínicas, com a classificação de gravidade e/ou com as nuances do tratamento a ser empregado:</p><p>a) Paciente vítima de acidente por Tityus bahiensis apresentando dor no local da picada e, às vezes, parestesias. Trata-se de acidente escorpiônico moderado (leve)</p><p>b) Paciente vítima de acidente por Tityus serrulatus apresentando dor local intensa associada a náuseas, vômitos e taquicardia, necessita de 10 ampolas de soro antiescorpiônico. (6 ampolas)</p><p>c) Paciente vítima de acidente por Phoneutria apresentando dor local intensa com sudorese, vômitos ocasionais, agitação e hipertensão arterial, necessita de 12 ampolas de soro antiaracnídeo. (10 ampolas)</p><p>d) Paciente vítima de acidente por serpente do gênero Micrurus apresentando ptose palpebral, oftalmoplegia e fácies miastênica. Classificação: grave. Tratamento desse caso deverá ser feito com 12 ampolas de soro antielapídico. (10)</p><p>e) Paciente vítima de acidente por serpente do gênero Bothrops spp apresentando dor e edema local pouco intenso, mas com tempo de coagulação alterado, deve receber de 2 a 4 ampolas do soro especifico em razão da classificação deste tipo de acidente que é leve.</p><p>50) Sobre as manifestações clínicas do Loxoscelismo, marque a correta:</p><p>a) O loxoscelismo tem sido descrito em vários continentes. Entretanto, corresponde à forma menos grave de araneísmo no Brasil. A maioria dos acidentes por Loxosceles notificados se concentra nos estados do Norte. O acidente atinge mais comumente adultos, com discreto predomínio em mulheres, ocorrendo no intradomicílio. Observa-se uma distribuição centrípeta das picadas, acometendo coxa, tronco ou braço. (MAIORIA DOS CASOS SÃO NO SUL)</p><p>b) Há indicações de que o componente mais importante do veneno loxoscélico é a enzima esfingomielinase-D que age exclusivamente de forma direta sobre os constituintes das membranas das células, principalmente do endotélio vascular e hemácias. (PODE AGIR DE FORMA DIRETA OU INDIRETA)</p><p>c) A picada quase sempre é perceptível pois vem acompanhada de dor pronunciada no local. (A picada quase sempre é imperceptível!)</p><p>d) O quadro clínico decorrente do envenenamento se apresenta sob dois aspectos fundamentais: forma cutânea e forma cutânea – visceral. A forma cutânea é de instalação rápida e progressiva, é caracterizada por dor, edema endurado e eritema no local da picada que são pouco valorizados pelo paciente. (De instalação lenta e progressiva)</p><p>e) Os sintomas locais se acentuam nas primeiras 24 a 72 horas após o acidente, podendo variar sua apresentação desde: lesão incaracterística (bolha de conteúdo seroso, edema, calor e rubor, com ou sem dor em queimação); lesão sugestiva (enduração, bolha, equimoses e dor em queimação); lesão característica (dor em queimação, lesões hemorrágicas focais, mescladas com áreas pálidas de isquemia - placa marmórea - e necrose). A lesão cutânea pode evoluir para necrose seca (escara), em cerca de 7 a 12 dias, que, ao se destacar em 3 a 4 semanas, deixa uma úlcera de difícil cicatrização. Sendo assim, um paciente pode ser picado por uma aranha do gênero Loxosceles, apresentar eritema e bolha hemorrágica no local da picada – por exemplo – e, posteriormente, evoluir, em poucos dias, com necrose extensa do local acometido.</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p>

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