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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
Língua Portuguesa
Elaboração
Elaborado por Marcelo Whately Paiva
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
MORFOLOGIA I ..................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
SUBSTANTIVO ............................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 2
ADJETIVO ............................................................................................................................... 12
CAPÍTULO 3
PRONOME ............................................................................................................................. 15
CAPÍTULO 4
NUMERAL E ARTIGO ............................................................................................................... 20
UNIDADE II
MORFOLOGIA II .................................................................................................................................. 22
CAPÍTULO 1
VERBO ................................................................................................................................... 22
CAPÍTULO 2
ADVÉRBIO .............................................................................................................................. 26
CAPÍTULO 3
PREPOSIÇÃO ......................................................................................................................... 29
CAPÍTULO 4
CONJUNÇÃO E INTERJEIÇÃO ................................................................................................ 30
UNIDADE III
SINTAXE I ............................................................................................................................................. 32
CAPÍTULO 1
PERÍODO SIMPLES: TERMOS ESSENCIAIS .................................................................................. 32
CAPÍTULO 2
PERÍODO SIMPLES: TERMOS ACESSÓRIOS ............................................................................... 38
CAPÍTULO 3
PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÃO COORDENADA ................................................................... 41
CAPÍTULO 4
ORAÇÃO SUBORDINADA ........................................................................................................ 43
UNIDADE IV
SINTAXE II ............................................................................................................................................ 45
CAPÍTULO 1
REGÊNCIA ............................................................................................................................. 45
CAPÍTULO 2
CONCORDÂNCIA VERBAL ...................................................................................................... 51
CAPÍTULO 3
CONCORDÂNCIA NOMINAL .................................................................................................. 57
CAPÍTULO 4
PONTUAÇÃO ......................................................................................................................... 62
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 70
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
7
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
O conteúdo presente nesse fascículo apresenta os principais conceitos e normas de 
morfologia e sintaxe da língua portuguesa. Procurei selecionar os tópicos mais relevantes 
a quem deseja dominar o idioma para realizar trabalhos profissionais e acadêmicos.
A Língua Portuguesa apresenta vocabulário extenso e gramática complexa em diversas 
situações. A variação linguística nos países que usam o idioma como língua oficial é 
imensa e provoca incertezas. Minha preocupação é apresentar as regras consideradas 
mais adequadas e muitas observações linguísticas sobre o assunto.
Espero que o material seja útil a você, que certamente deseja se aprofundar cada vez 
mais no domínio do idioma. Você encontrará definições, características e exemplos 
diretos e claros, sem o rebuscamento erudito quemais confunde do que auxilia no 
aprendizado.
Marcelo Paiva
Objetivos
 » Conhecer a importância da morfologia e da sintaxe no estudo do idioma.
 » Dominar conceito e uso adequado de cada classe gramatical e da análise 
sintática.
 » Identificar inadequações comuns na linguagem.
 » Dominar regras normatizadas na linguagem formal.
 » Dominar conceito e estrutura gramatical das funções sintáticas.
9
UNIDADE IMORFOLOGIA I
CAPÍTULO 1
Substantivo
Conceito de morfologia
O termo morfologia vem do grego morphe (forma) e logos (estudo) e é empregado em 
diversas áreas do estudo: botânica (estudo das formas vegetais), biologia (estudo das 
formas orgânicas), sociologia (estudo das estruturas da vida social). 
A gramática também faz uso do termo para analisar a estrutura, a formação e a 
classificação das palavras. A Língua Portuguesa divide o estudo da morfologia em dez 
classes gramaticais: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo, advérbio, 
preposição, conjunção e interjeição.
Substantivo e flexão de gênero
Substantivo é a classe de palavras que dá nome a seres (criança, homem, cidade, carro), a 
qualidades (simpatia, harmonia, fidelidade), a estados (doença, saúde, alegria, tristeza) 
e a processos (partida, chegada).
Tipos de substantivo
 » Comum: refere-se a todos os seres da mesma espécie: país, aluno, 
cidade.
 » Próprio: refere-se a um ser específico: Brasil, Marta, Brasília.
 » Simples: possui apenas um radical: amor.
 » Composto: possui mais de um radical: amor-perfeito.
10
UNIDADE I │ MORFOLOGIA I
 » Primitivo: termo que dá origem a outros termos: amor.
 » Derivado: origina-se de um termo primitivo: amizade.
 » Concreto: ser de existência independente: casa, vaca, homem.
 » Abstrato: depende de outro para existir e não pode ser percebido pelos 
sentidos: amor, alegria.
Observações: 
 » Deus, alma, fada, bruxa são substantivos concretos.
 » São substantivos abstratos aqueles que indicam ações (trabalho, 
casamento, ameaça), estado ou qualidade (riqueza, sonho, morte, 
inteligência, esperteza).
 » Os substantivos coletivos são classificados como comuns.
Flexão de gênero
Podem ser divididos em dois gêneros: masculino e feminino. Há casos em que existe 
apenas uma forma (substantivo uniforme) para indicar o masculino e o feminino. Há 
casos em que a forma masculina sofre mudança (biforme) para indicar o feminino 
(alteração no final do termo masculino, acréscimo de desinência (ou sufixo) ou radical 
completamente diferente). Observe exemplos.
Substantivo uniforme
Substantivos que apresentam apenas uma forma para indicar masculino ou feminino. 
A definição de gênero ocorre por meio de termos específicos que o acompanham ou 
presentes no contexto da frase.
 » Epicenos: apresentam apenas um gênero na forma para indicar macho 
ou fêmea. Observe exemplos: a cobra, o tatu, a onça, capivara, peixe.
 Para evitar a dúvida no sexo do animal, usa-se o termo “macho” ou 
“fêmea” logo após o termo: jacaré macho, jacaré fêmea.
 » Comuns-de-dois: apresentam uma forma para indicar os dois 
gêneros, mas diferenciam o masculino do feminino por uso de termos 
determinantes (artigo, pronome possessivo etc.) Observe exemplos: o (a) 
cliente, o (a) colega.
11
MORFOLOGIA I │ UNIDADE I
 » Sobrecomuns: não apresentam flexão de gênero e são empregados para 
indicar masculino e feminino com o mesmo gênero. Observe exemplos: a 
criança, o indivíduo, a testemunha, o cônjuge, a pessoa, o ídolo, a vítima, 
o ser.
Substantivo biforme
Sofrem variação na forma original para indicar o feminino. 
 » Flexão do substantivo masculino: menino e menina.
 » Acréscimo de desinência -a ou de sufixo feminino: cantor e cantora.
 » Radical diferente do vocábulo masculino: boi e vaca.
12
CAPÍTULO 2
Adjetivo
Adjetivo
É a palavra que indica qualidade, defeito, estado, característica ou origem de um 
substantivo.
Tipos de adjetivo
 » Uniforme: uma só forma para os dois gêneros: alegre, amável, cortês, 
feliz.
 » Biforme: uma forma para cada gênero: ativo, ativa; bom, boa; mau, má.
 » Simples: possui apenas um radical: alegre, estudioso.
 » Composto: possui mais de um radical: anglo-germânico, luso-brasileiro.
Flexão de gênero
O adjetivo concorda em gênero com o substantivo: bom livro, boa revista. Alguns 
adjetivos alteram o timbre entre o masculino e o feminino: formoso (silaba tônica 
fechada) formosa (sílaba tônica aberta); gostoso (fechada) gostosa (aberta); glorioso 
(fechada) gloriosa (aberta).
Flexão de número
 » Regra geral: o adjetivo concorda com o substantivo ao qual se refere: 
carro bonito; carros bonitos.
Substantivo com valor de adjetivo
O substantivo pode apresentar valor de adjetivo e deve ficar invariável na flexão 
de número. Observe exemplos: camisas cinza, meias laranja, gravatas rosa, lenços 
violeta.
13
MORFOLOGIA I │ UNIDADE I
Adjetivos compostos
Geralmente, o segundo elemento de adjetivos compostos vai para o plural: tratados 
luso-brasileiros, culturas afro-brasileiras, técnicas médico-cirúrgicas
Observações:
 » O plural de surdo-mudo é surdos-mudos.
 » Alguns adjetivos compostos não sofrem qualquer variação no plural: 
azul-marinho, azul-celeste.
Flexão de grau
Os adjetivos são divididos em relação à flexão de grau em comparativos e superlativos.
Comparativo
O grau comparativo estabelece relação de igualdade, superioridade ou inferioridade 
entre seres. Observe.
 » Comparativo de igualdade: Ele é tão alto quanto eu.
 » Comparativo de superioridade: Ele é mais alto do que eu.
 » Comparativo de inferioridade: Ele é mais baixo do que eu.
Formação do comparativo
 » Superioridade: Ela é mais inteligente (do) que a amiga.
 » Igualdade: Ela é tão inteligente quanto a amiga; ela é tão inteligente 
como a amiga.
 » Inferioridade: Ela é menos inteligente (do) que a amiga.
Observação: 
Há quatro adjetivos que formam o comparativo de superioridade de modo especial: 
bom (melhor), mau (pior), grande (maior), pequeno (menor).
Ele é tão bom quanto o irmão. Ele é melhor do que o irmão.
Ele é tão mau quanto o irmão. Ele é pior do que o irmão.
14
UNIDADE I │ MORFOLOGIA I
Ele é tão grande quanto o irmão. Ele é maior do que o irmão.
Ele é tão pequeno quanto o irmão. Ele é menor do que o irmão.
Não se emprega, entre seres, a comparação mais bom, mais mau e mais grande, e, 
sim, melhor, pior e maior. 
 » Pedro é melhor do que José.
 » Pedro e maior do que José.
Em comparação entre adjetivos para um único ser, ocorre a forma analítica. 
 » Pedro é mais bom do que bonito.
 » Paula é mais grande do que inteligente.
Superlativo
O grau superlativo se caracteriza por apresentar a qualidade do ser em relação aos 
outros seres. Divide-se em relativo ou absoluto.
Formação do superlativo relativo
 » Superioridade: Lucas é o mais inteligente dos (ou entre os) alunos da 
faculdade.
 » Inferioridade: Lucas é o menos inteligente dos (ou entre os) alunos da 
faculdade.
Formação do superlativo absoluto
 » Analítico: Isabela é muito inteligente.
 » Sintético: Isabela é inteligentíssima.
15
CAPÍTULO 3
Pronome
Termo que substitui ou acompanha um substantivo. Ao substituir o substantivo, recebe 
o nome de pronome substantivo. Ao substituir o adjetivo, recebe o nome de pronome 
adjetivo.
Pronome pessoal
 » Definição: como o próprio nome esclarece, o pronome está relacionado, 
geralmente, a pessoas. No entanto, designa também coisas. Observe o 
quadro abaixo:
Quadro 1.
Retos
Oblíquos
Átonos Tônicos
eu me mim, comigo
tu te ti, contigo
ele, ela o, a, lhe, se si, consigo
nós nos nós, conosco
vós vos vós, convosco
eles, elas os, as, lhes, se si, consigo
Características
 » Os pronomes pessoais do caso reto exercem naturalmente a função 
sintática de sujeito.
 › Ele saiu. Nós voltamos. Elas chegaram.
 » Os pronomes pessoais do caso oblíquo exercem naturalmente a função 
sintática de complemento.
 › Maria encontrou-nos. O prefeito nos convidou.
 » O pronome oblíquo o, a e suas variações adquirem a forma lo, la e suas 
variações,quando posposto a formas verbais terminadas em r, s e z.
 › Encontrar + o = encontrá-lo.
 › Fizemos + a = fizemo-la.
 › Fez + as = fê-las.
16
UNIDADE I │ MORFOLOGIA I
 » Se a forma verbal termina em som nasal, o pronome se transforma em no 
e suas variações, sem omissão de letra.
 › Encontraram + o = encontraram-no.
Pronome demonstrativo
O pronome demonstrativo (este, esse, aquele e variações) apresenta diversas funções 
conforme o contexto. Pode indicar a pessoa do discurso, a relação a tempo, o referente 
adequado, retomar ou antecipar ideia presente no texto etc.
 » Em relação à pessoa do discurso, deve-se empregar o pronome 
demonstrativo da seguinte forma:
 › este, esta, isto: refere-se à pessoa que fala ou escreve (apresenta a ideia 
do aqui).
 › esse, essa, isso: refere-se à pessoa que ouve ou lê (apresenta a ideia do 
aí). 
 › aquele, aquela, aquilo: refere-se à pessoa que se encontra distante 
(apresenta a ideia do lá).
 · Este relatório que seguro.
 · Esse relatório que você segura.
 · Aquele relatório que se encontra na outra sala.
 » Em relação à posição da ideia a que se refere, deve-se empregar da 
seguinte forma:
 › este, esta, isto: em relação a uma ideia que ainda aparecerá no texto 
(termo catafórico).
 · Quero lhe contar isto: não volte mais aqui.
 › esse, essa, isso: em relação a uma ideia que já apareceu no texto (termo 
anafórico).
 · Não volte mais aqui. Era isso que eu queria lhe contar.
17
MORFOLOGIA I │ UNIDADE I
 » Em relação a tempo, deve-se empregar da seguinte forma:
 › em referência a um momento atual, usa-se este, esta ou isto:
 · Este dia está maravilhoso (dia atual).
 · Esta semana está maravilhosa (semana atual).
 · Este mês está maravilhoso (mês atual).
 › em relação a momento futuro próximo, usa-se também este, esta ou 
isto: 
 · Agora pela manhã chove, mas esta noite promete ser bonita 
(próxima noite).
 · Esta reunião de hoje à tarde será interessante (a reunião está 
próxima de ocorrer).
 · Hoje é quinta-feira e neste fim de semana viajarei (próximo fim de 
semana).
 › em relação a momento futuro distante, usa-se esse, essa ou isso:
 · Um dia você será capaz de entender o que ocorreu. 
 · Nesse dia, você me perdoará.
 › em relação a momento passado recente, usa-se esse, essa ou isso:
 · Nesse fim de semana, fui a São Paulo (último fim de semana).
 · Nessa reunião, fiquei feliz (reunião que ocorreu recentemente).
 › em relação a tempo passado muito distante, usa-se aquele, aquela 
ou aquilo:
 · Aquele fim de semana foi maravilhoso (fim de semana distante).
 · Naquela reunião, fiquei feliz (reunião que ocorreu há muito tempo).
 » Para diferenciar referentes citados anteriormente, usa-se este, esta ou 
isto para indicar o mais próximo ao pronome e usa-se aquele, aquela e 
aquilo para indicar o mais distante.
18
UNIDADE I │ MORFOLOGIA I
 › O processo e o parecer já chegaram. Este (o parecer) está ótimo, mas 
aquele (o processo) ainda está incompleto.
Pronome relativo
Aquele que se relaciona com um termo que o antecede.
 » O livro que comprei é bom.
 › (que equivale a livro)
 › A casa onde moro é bonita.
 › (onde equivale a casa.)
Variáveis: o qual, cujo, quanto (após os indefinidos tudo, todo e tanto).
Invariáveis: que, quem, onde, como, quanto, quando. 
 » O pronome que pode se relacionar com coisa ou pessoa, mas só pode 
ocorrer quando não está precedido de preposição com mais de uma sílaba.
 › O processo que você leu está interessante (adequado).
 › O processo de que você precisa está interessante (adequado).
 › O processo sobre que você comentou está interessante (inadequado).
 › O processo sobre o qual você comentou está interessante (adequado).
 » As preposições sem e sob devem ser usadas com o pronome o qual e 
suas variações.
 › O juiz perdeu a caneta sem a qual não conseguia escrever coisa alguma.
 › O sol sob o qual estamos está forte.
 » O pronome relativo que exprime posse e se relaciona tanto com o termo 
anterior como com o posterior deve ser representado por cujo e suas 
variações. Não existe cujo o, cuja a e o cujo. A única possibilidade de 
ocorrer a cuja é quando se tratar de um a preposição.
 › O carro cujo dono está trabalhando é grande.
19
MORFOLOGIA I │ UNIDADE I
 › O artigo cuja editora é nova ficou bom.
 › O prédio cujos moradores saíram é branco.
 » O pronome relativo onde só pode ser usado para indicar lugar.
 › A escola onde estudei fechou (adequado).
 › A situação onde me encontro é terrível (inadequado).
 › A situação em que me encontro é terrível (adequado).
20
CAPÍTULO 4
Numeral e artigo
Numeral
Numeral é a palavra que classifica pessoas e coisas em termos numéricos. Ele indica 
quantidade (cardinais: 1, 2, 3, 4), ordem numérica (ordinais: 1o, 2o, 3o, 4o), múltiplo 
(multiplicativos: dobro, triplo) ou fração (fracionários: terço, quarto). 
 » Os cardinais são empregados em quantidades (20 pessoas); valores 
monetários (R$ 20,00); grandezas (10 kg); medidas (30m); horários (8 
horas); datas (27 de junho de 2015); décadas (década de 60); endereço 
(rua 15 de novembro, casa 8); referências a folhas ou páginas (página 
12, folha 12); percentuais (25%), idade (50 anos); artigos e parágrafos de 
atos normativos a partir do 10 (art. 12, parágrafo 12).
 » Os ordinais são empregados em numerais antecedendo substantivos (3o 
capítulo, 5a reunião, 2o andar); artigos e parágrafos de atos normativos 
até o nono (art. 1o); primeiro dia do mês (1o de dezembro de 2015); zonas, 
sessões, distritos e regiões (6a Zona Eleitoral, 4o Distrito). 
Artigo
O artigo é a classe gramatical que especifica semanticamente o substantivo.
O carro estava correndo (artigo definido).
Um carro estava correndo (artigo indefinido).
 » Indica o gênero e o número do substantivo.
 › O jornalista chegou (masculino singular).
 › As jornalistas chegaram (feminino plural).
 » Indica familiaridade, aproximação ou intimidade.
 › O Alexandre foi ao escritório.
 › A Paula veio.
21
MORFOLOGIA I │ UNIDADE I
 › Contei tudo a Ricardo (pouco intimidade).
 › Contei tudo ao Ricardo (intimidade).
 » Define o sentido em substantivos com mais de um significado.
 › O cabeça.
 › A cabeça.
 » Altera a classe gramatical de termos.
 › A bonita chegou (o adjetivo passa a exercer função de substantivo).
 › O entardecer estava lindo (o verbo passa a exercer função de 
substantivo).
 » Destaca característica única ou especial do substantivo.
 › Ele não era apenas escritor; era o escritor da cidade.
Uso do artigo ao lado de pronome possessivo.
 » É obrigatório quando o possessivo não vier ao lado de substantivo: Contei 
tudo ao meu amigo e não ao seu. 
 » Não se recomenda uso de artigo ao lado de possessivo em expressão com 
ideia de bens próprios: Estudei tanto que nunca tive nada de meu. 
 » Com ideia de estado de consciência, não se recomenda uso de artigo ao 
lado de possessivo: Rafaela perdeu o juízo ou Rafaela perdeu seu juízo. 
 » A ausência de artigo indica, muitas vezes, sentido generalizado.
 › Gosto de livros e de filmes.
 » Indica ênfase.
 › João é de uma simpatia impressionante.
22
UNIDADE IIMORFOLOGIA II
CAPÍTULO 1
Verbo
Termo que exprime ação, estado ou fenômeno.
Classificação
 » Regular: não sofre modificação no radical durante a conjugação. 
Observe a conjugação do verbo cantar: canto, cantas, canta, cantamos, 
cantais, cantam.
 » Irregular: sofre modificação do radical na conjugação. Observe a 
conjugação do verbo ouvir: ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem.
 » Defectivo: não possui todas as conjugações. Observe o verbo abolir (não 
existe a primeira pessoa): ____, aboles, abole, abolimos, abolis, abolem.
 » Anômalo: a conjugação apresenta mais de um radical. Observe o verbo 
ser: sou, és, é, somos, sois, são.
 » Abundante: possui mais de uma conjugação. Observe o verbo aceitar: 
aceitado e aceito.
 » Auxiliar: acompanha a conjugação do verbo principal. É o que ocorre 
com o verbo ser no exemplo: Ele é aplaudido por todos.
 » Pessoal: possui sujeito:Lígia leu o livro (sujeito pessoal: Lígia).
 » Impessoal: não possui sujeito. Alguns verbos, em nosso idioma, não 
aceitam sujeito. Aparecem nas orações sem sujeito.
23
MORFOLOGIA II │ UNIDADE II
 › Há pessoas aqui (verbo haver no sentido de existir, ocorrer ou 
acontecer é impessoal).
 › Há duas horas (verbo haver no sentido de tempo decorrido é 
impessoal).
 › Faz duas horas (verbo fazer no sentido de tempo decorrido é 
impessoal).
 » Auxiliar: aparecem ao lado de formais nominais (infinitivo, gerúndio ou 
particípio) para indicar locuções verbais ou tempos compostos.
 › O livro foi lido por Lucas (voz passiva analítica).
 › Tenho trabalhado demais (tempo composto).
 » Principal: é o verbo principal na locução verbal ou no tempo composto.
 › Tenho trabalhado demais (particípio).
 › Vou contar tudo hoje (infinitivo).
 › Contínuo esperando por você (gerúndio).
Flexão verbal
 » Flexão de número: singular ou plural.
 » Flexão de pessoa: indica a pessoa do discurso (primeira, segunda ou 
terceira).
 » Flexão de modo: indica a maneira como o fato se realiza (indicativo, 
subjuntivo ou imperativo).
 » Flexão de tempo: indica o momento em que se realiza o fato (presente, 
pretérito ou futuro).
Conjugação
Os verbos podem apresentar flexão de pessoa (1a, 2a ou 3a pessoa), flexão de número 
(singular ou plural) e três formas de conjugação (terminados em -ar, terminados 
em -er, terminados em -ir).
24
UNIDADE II │ MORFOLOGIA II
 » 1a conjugação: terminados em -ar (cantar, falar, brincar etc.)
 » 2a conjugação: terminados em -er (comer, perder, aprender etc.)
 » 3a conjugação: terminados em -ir (partir, contribuir, sorrir etc.)
1a conjugação 2a conjugação 3a conjugação
eu canto eu como eu parto
tu cantas tu comes tu partes
ele canta ele come ele parte
nós cantamos nós comemos nós partimos
vós cantais vós comeis vós partis
eles cantam eles comem eles partem
Observação: o verbo “pôr” tem origem no latim ponere e pertence à 2a conjugação.
Modo verbal
Três são os modos verbais em nossa gramática: indicativo (certeza), subjuntivo 
(incerteza ou possibilidade) e imperativo (ordem ou solicitação).
 » Fiz o trabalho ontem (indicativo).
 » Talvez eu faça o trabalho amanhã (subjuntivo).
 » Faça o trabalho hoje (imperativo).
Tempo verbal
Quanto ao tempo verbal, os verbos apresentam os seguintes valores:
 » Presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou 
época em que se fala: Eu escrevo o livro.
 » Presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou 
hipotético situado no momento ou época em que se fala: Talvez em 
escreva o livro.
 » Pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi 
iniciada e concluída no passado: Eu escrevi o livro.
 » Pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi 
iniciada no passado, mas não foi concluída ou era uma ação costumeira 
no passado: Eu escrevia o livro.
25
MORFOLOGIA II │ UNIDADE II
 » Pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provável, 
duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada, mas não concluída no 
passado: Se eu escrevesse o livro.
 » Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja 
ação é anterior a outra ação já passada: Eu escrevera o livro e, depois, 
conheci você.
 » Futuro do presente do indicativo: indica um fato real situado em 
momento ou época vindoura: Eu escreverei o livro.
 » Futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possível, hipotético, 
situado num momento futuro, mas ligado a um momento passado: Eu 
escreveria o livro.
 » Futuro do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso, hipotético, 
situado num momento ou época futura: Quando eu escrever o livro.
26
CAPÍTULO 2
Advérbio
Advérbio é a classe gramatical que confere circunstância (modo, tempo, intensidade, 
lugar, condição, negação etc.) a verbo, adjetivo ou outro advérbio. Observe exemplos.
 » Lucas não fez o trabalho (modifica verbo).
 » Isabela é muito bonita (modifica adjetivo).
 » Paula está muito bem (modifica advérbio).
Locução adverbial é o encontro de dois termos para indicar ideia adverbial (em silêncio, 
em breve, de graça etc.)
Principais circunstâncias de advérbios e 
locuções adverbiais.
 » Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente, com certeza etc.
 » Causa: de medo, por você, de alegria, por causa de, pelas razões 
apresentadas etc.
 » Companhia: com meu filho, com minha esposa, com você etc.
 » Concessão: embora, ainda que, em que pese, apesar de, posto que etc.
 » Condição: com estudo, com dedicação, querendo etc.
 » Conformidade: segundo, conforme, de acordo com, em conformidade 
com etc.
 » Dúvida: talvez, possivelmente, certamente, decerto, possivelmente, 
provavelmente etc.
 » Fim: com objetivo, com vista, a fim de, para, para que etc.
 » Intensidade: bastante, bem, mal, muito, demais, mais, menos, pouco, 
quanto, quão, tanto, tão, pouco, completamente, demais, de muito, de 
pouco, de todo etc.
 » Instrumento: à mão, a lápis, a óleo, a caneta, a vapor etc.
27
MORFOLOGIA II │ UNIDADE II
 » Lugar: aqui, ali, lá, abaixo, acima, aí, além, aquém, atrás, fora, junto, 
dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, em cima, embaixo, ao centro, 
à direita, à esquerda, ao lado, de dentro, de cima, de fora etc.
 » Modo: bem, mal, como, assim, às pressas, depressa, devagar, 
tranquilamente, à disposição, ao contrário, em silêncio, com barulho etc.
 » Negação: não, nunca, de forma alguma, de modo nenhum etc.
 » Ordem: primeiramente, ultimamente, depois etc.
 » Tempo: hoje, ontem, amanhã, agora, depois, ontem, já, sempre, jamais, 
nunca, antes, cedo, tarde, breve, brevemente, em breve, à tarde, à noite, 
imediatamente, raramente, finalmente etc.
Adjetivos que funcionam como advérbios
Adjetivos podem assumir função de advérbio. Isso ocorre quando o termo se refere ao 
verbo e não ao substantivo. Em tais casos, o adjetivo fica invariável. Observe exemplos.
 » Skol, a cerveja que desce redondo!
 » As empresas públicas costumam pagar caro os serviços sem licitação.
 » Ela executou rápido a decisão da diretoria.
Flexão do advérbio
Advérbios são invariáveis em gênero e número, mas podem sofrer flexão em grau.
Grau comparativo
 » Ricardo anda tão rápido quanto Alexandre (igualdade).
 » Ricardo anda menos rápido do que Alexandre (inferioridade).
 » Ricardo anda mais rápido do que Alexandre (superioridade).
 » Ricardo canta melhor do que Alexandre (sintético).
 » Ricardo canta pior do que Alexandre (sintético).
28
UNIDADE II │ MORFOLOGIA II
Grau superlativo
 » Ricardo anda muito rápido (superlativo absoluto analítico).
 » Ricardo anda rapidíssimo (superlativo absoluto sintético).
29
CAPÍTULO 3
Preposição
Preposição é palavra invariável que une termos de uma oração. Por exemplo: O curso 
de Português é necessário a todos.
O exemplo acima apresenta duas preposições: de e a. Observe que a primeira preposição 
une curso a Português. A segunda preposição une necessário a todos.
O estudo da preposição está diretamente relacionado ao conhecimento da regência 
verbal e regência nominal. Geralmente, a função da preposição é apenas ligar termos 
sem influenciar em seu sentido. No entanto, observa-se que, em casos específicos, a 
preposição exprime aspectos semânticos relevantes à frase.
Preposição essencial 
São termos que naturalmente exercem apenas classificação de preposição: a, ante, após, 
até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Preposição acidental
São termos que exercem função de preposição, mas procedem de outras classes de 
palavras: durante, como, conforme, feito, exceto, salvo, visto, segundo, mediante, 
tirante, fora, afora etc.
Locuções prepositivas
União de duas ou mais palavras que passam a funcionar com o valor de preposição. 
Observe alguns exemplos: ao longo de, a despeito de, a fim de, apesar de, à frente de, a 
par de, ao redor de, por causa de, perto de, diante de, em busca de, por trás de, por meio 
de, em favor de etc.
30CAPÍTULO 4
Conjunção e interjeição
Conjunção é a classe de palavras que liga termos ou orações e estabelece relação de 
subordinação ou coordenação. Observe exemplos.
 » Paula chegou e leu o livro (conjunção coordenativa).
 » Paula quer que você volte cedo (conjunção subordinativa).
Conjunções coordenativas
Ligam orações independentes ou dois termos que exercem a mesma função sintática 
dentro da oração. Apresentam cinco tipos:
 » Aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas 
ainda. 
 » Adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, 
antes (= pelo contrário), não obstante, no entanto, entretanto, senão. 
 » Alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, 
quer ... quer. 
 » Conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do verbo), por 
conseguinte, por isso. 
 » Explicativas (justificação): pois (antes do verbo), porque, que, 
porquanto. 
Conjunção subordinativa
Ligam uma oração que depende de outra para fazer sentido. Dividem-se em:
 » Causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que, 
porquanto, haja vista. 
 » Comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, mais que, 
menos que. 
31
MORFOLOGIA II │ UNIDADE II
 » Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que, se 
não, a menos que. 
 » Consecutivas (consequência, resultado, efeito): que (precedido de tal, 
tanto, tão etc. – indicadores de intensidade), de modo que, de maneira 
que, de sorte que, de maneira que, sem que; 
 » Conformativas (conformidade, adequação): conforme, segundo, 
consoante, como. 
 » Concessivas: embora, em que pese, conquanto, posto que, por muito 
que, se bem que, ainda que, mesmo que. 
 » Temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= 
logo que), até que. 
 » Finais: a fim de que, para que, que, com objetivo, com vista a. 
 » Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto 
mais (+ tanto menos). 
Interjeição
Interjeição é palavra invariável que manifesta estados emotivos, sensações ou formas 
expressivas. Observe exemplos. 
 » Ai! Ui! (dor).
 » Uau! Oh! Eta! Eita! Eia! Oba! Viva! Eh! Iupi! Caramba! (surpresa, alegria).
 » Alto lá! Cuidado! (advertência).
 » Puxa! Que coisa! Bravo! Bis! Parabéns! (admiração).
 » Ufa! Nossa Senhora! (alívio).
 » Obrigado! Grato! Valeu! (agradecimento).
 » Oxalá! Tomara! Queira Deus! Quem me dera (vontade, desejo, frases 
optativas).
Observações:
 » A interjeição não desempenha função sintática na frase.
 » Interjeição deve vir acompanhada de ponto de exclamação. 
32
UNIDADE IIISINTAXE I
CAPÍTULO 1
Período simples: termos essenciais
Sintaxe (do grego sýntaxis com sentido de organização, arranjo, disposição) é o estudo 
gramatical que organiza a palavra ou a oração em relação às outras palavras e orações 
de uma frase. Analisar sintaticamente uma construção textual é observar e classificar as 
funções desempenhadas por palavras e orações em cada período.
Frase é um enunciado com sequência de palavras que satisfaz as regras e os princípios 
gramaticais da língua a que pertence. É por meio de frases que exprimimos pensamentos 
e sentimentos. Chomsky (1965, 1980) declarou que a frase é a capacidade criativa da 
linguagem.
As frases podem ser nominais (não apresentam verbo) ou verbais (apresentam verbo).
 » Casa vazia e quieta (frase nominal).
 » Encontrei a casa vazia e quieta (frase verbal).
A frase pode conter uma ou mais orações.
 » Paula leu todo o artigo (período simples).
 » Paula leu todo o artigo e gostou (período composto).
Sujeito
Sujeito é aquele sobre o qual se declara ou se refere a oração. Ele se divide em simples, 
composto, indeterminado ou oração sem sujeito.
33
SINTAXE I │ UNIDADE III
Sujeito simples
Sujeito simples é aquele que possui apenas um núcleo.
 » O Tribunal manifestou-se favoravelmente.
 » Os servidores decidiram retornar ao trabalho.
Sujeito composto
Sujeito composto é aquele que possui mais de um núcleo. 
 » O diretor e o presidente chegaram.
Sujeito indeterminado 
Existe sujeito na oração, mas não se consegue identificar. Duas são as formas de sujeito 
indeterminado:
 » Verbo na terceira pessoa do plural sem referência ao sujeito no contexto.
 › Compraram o livro ontem.
 » Pronome se como índice de indeterminação do sujeito. 
 › Caiu-se na rua. 
 › Precisa-se de vocês agora. 
 › Só se é feliz aqui. 
Observações:
 » O sujeito indeterminado nunca está representado por pronome ou termo 
indefinido. 
 › Alguém saiu com a menina (sujeito simples).
 » Dúvida comum é a diferença entre partícula apassivadora e índice 
de indeterminação do sujeito. A partícula apassivadora (ou pronome 
apassivador) só existe com verbo transitivo direto (ou transitivo direto 
e indireto) e indica voz passiva sintética. A regra afirma que, ao ocorrer 
um se como partícula apassivadora, pode-se transformar a frase em voz 
34
UNIDADE III │ SINTAXE I
passiva analítica sem falha gramatical. O sujeito na frase sempre estará 
determinado.
 › Produziu-se o relatório (o relatório foi produzido).
 › Intimem-se as partes (as partes sejam intimadas).
O sujeito no primeiro exemplo é o relatório e, no segundo, as partes.
O índice de indeterminação do sujeito ocorre geralmente com os verbos intransitivo, 
transitivo indireto ou mesmo de ligação. O sujeito é sempre indeterminado e não se 
consegue descobrir quem é. Não se pode transformar a construção em voz passiva 
analítica. 
 › Vive-se em São Paulo. 
 › Gosta-se de livros. 
 › Está-se triste hoje.
Oração sem sujeito
É a oração que possui verbo impessoal. Quase todos os verbos de nossa língua possuem 
sujeito dentro de uma frase, ou seja, são pessoais. No entanto, em alguns casos, ocorrem 
verbos sem sujeito. Observe os principais verbos impessoais.
 » Verbos que indicam fenômenos da natureza. 
 › Ontem ventou muito.
 » O verbo haver com o sentido de existir, acontecer, ocorrer e tempo 
decorrido. 
 › Há livros interessantes em casa. 
 › Em Brasília, houve festas no Natal. 
 › Há semanas que não encontro você.
 » Verbo fazer quando indica tempo decorrido. 
 › Faz dez anos.
 » Verbo ser ou estar em situações de tempo, distância ou clima. 
35
SINTAXE I │ UNIDADE III
 › São dez horas agora. 
 › De Brasília a São Paulo, são mais de 900km. 
 › Está frio hoje.
 » Algumas expressões também são impessoais: já passa de, chega de, basta 
de, trata-se de, vai para (relacionada a tempo). 
 › Já passa das dez! 
 › Chega de bobagem! Basta de tolices! 
 › Trata-se de problemas sérios. 
 › Vai para dez anos.
Tipologia verbal
Verbos apresentam tipologia específica de acordo com a predicação na frase. Eles 
podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação.
Verbo intransitivo
Verbo que apresenta ação e não pede complemento verbal. 
 › Paula saiu; João acordou.
Observações:
 » Os verbos andar, ficar, ser, estar, continuar, permanecer, ora funcionam 
como intransitivo, ora como de ligação.
 › Alexandre andou no parque (intransitivo).
 › Alexandre andava preocupado (ligação).
 › Ricardo ficou em casa (intransitivo).
 › Ricardo ficou feliz com a notícia (ligação).
 › Eu sou como você (intransitivo).
 › Eu sou alto (ligação).
36
UNIDADE III │ SINTAXE I
 » Os verbos ir, chegar e voltar são naturalmente verbos intransitivos.
 › Guilherme foi a São Paulo.
 › Isabela voltou de Salvador.
 › Lucas chegou a Porto Alegre.
Observação: os termos que aparecem após os verbos são adjuntos adverbiais e não 
objetos indiretos.
Verbo transitivo direto
Verbo que pede complemento direto: Paula comprou um livro.
Observações:
 » Objeto direto pleonástico: redundância do objeto em relação ao 
mesmo verbo para enfatizar o termo ou por vício linguístico.
 › O livro, Pedro o comprou.
 » Objeto direto preposicionado: quando o autor por estilo inclui uma 
preposição no complemento direto.
 › Ele ofendeu a todos os presentes.
 › Desta água não beberei; deste pão não comerei.
Verbo transitivo indiretoVerbo que pede complemento indireto (com preposição): Lúcia gosta de bons livros.
Verbo transitivo direto e indireto
Verbo que pede complemento direto e indireto: João enviou o livro ao pai.
Verbo de ligação
Verbo que denota estado, qualidade ou condição: Paula é linda; Paula está linda.
37
SINTAXE I │ UNIDADE III
Observações: 
 » Verbo de ligação apresenta predicativo do sujeito. 
 » Locução que indicar estado do sujeito também é classificada como 
predicativo.
 › Daniel está com sono.
38
CAPÍTULO 2
Período simples: termos acessórios
Adjunto adnominal
Termo ou expressão que caracteriza o substantivo. Geralmente, os adjuntos adnominais 
são artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos.
 » As minhas bonitas primas de São Paulo compraram duas revistas novas.
Complemento nominal
Termo que completa o sentido de palavras abstratas (substantivos, adjetivos ou 
advérbios) quando estas dependem de complemento para o entendimento da frase. 
 » Paula tem necessidade de livros. 
 » Ele é bom em Física. 
 » O professor agiu favoravelmente aos alunos. 
O complemento nominal pode também ser representado por pronome átono quando 
completar o sentido do adjetivo: Sou-lhe grato por tudo.
Aposto
Termo ou expressão que explica, especifica, enumera, resume ou distribui. O núcleo de 
um aposto será substantivo ou palavra na função de substantivo.
 » Lisboa, capital de Portugal, é uma cidade encantadora.
Tipos de aposto:
 » Explicativo: Lula, ex-presidente do Brasil, nasceu no Nordeste.
 » Especificativo: Minha irmã Denise mora em São Paulo.
 » Enumerativo: Comprei duas coisas ontem: um carro e uma casa.
 » Resumitivo ou recapitulativo: Dinheiro, poder, glória, nada o 
seduzia mais.
39
SINTAXE I │ UNIDADE III
 » Distributivo: Paula e Marta são bonitas. Esta é brasiliense; aquela, 
carioca.
Vocativo
Termo que indica um chamamento. Também recebe o nome de “apóstrofe”.
 » Alunos, voltem à sala!
 » Deus, ó Deus, ouça-me!
Agente da passiva
Abordaremos a voz verbal para entendermos melhor o agente da passiva.
 » Voz ativa: o sujeito é agente em relação ao verbo: Paulo comprou a 
moto.
 » Voz passiva: o sujeito é paciente em relação ao verbo. A voz passiva 
pode ser analítica (quando apresenta locução verbal) e sintética (quando 
apresenta o se como partícula apassivadora): A moto foi comprada por 
Paulo (voz passiva analítica) e Comprou-se a moto (voz passiva sintética).
 » Voz reflexiva: o sujeito pratica e recebe a ação ao mesmo tempo: Inês 
cortou-se.
 » Voz recíproca: um sujeito faz a ação para outro sujeito: João e Matilde 
beijaram-se.
O agente da passiva ocorre na voz passiva analítica e indica quem praticou a ação: A 
aluna foi elogiada pelo professor.
Adjunto adverbial
É o termo modificador de verbo, de adjetivo ou de outro advérbio.
 » O candidato estudou muito.
40
UNIDADE III │ SINTAXE I
 » O candidato é muito bom.
 » O candidato escreve muito bem.
O advérbio exprime basicamente ideias de circunstâncias: afirmação, negação, dúvida, 
modo, tempo, lugar, intensidade, causa, companhia, condição, concessão, finalidade, 
meio, instrumento, referência etc.
41
CAPÍTULO 3
Período composto: oração coordenada
Período composto é formado por duas ou mais orações que se relacionam de forma 
coordenada ou subordinada. Na coordenação, não ocorre dependência sintática entre 
elas. Exemplo:
 » Isabela comprou o livro,/ foi ao escritório/ e terminou o trabalho.
Na subordinação, há relação de dependência sintática entre as orações. Exemplo:
 » Lucas quer / que você volte ao escritório.
As orações, na coordenação, podem estar ligadas por conjunções ou simplesmente 
justapostas, isto é, sem conjunção. Exemplos:
 » Alexandre estudou muito, portanto entendeu o assunto (conjunção 
conclusiva).
 » Alexandre estudou muito, brincou pouco, alimentou-se mal (orações 
justapostas).
No período composto por coordenação, as orações podem ser classificadas como 
sindéticas e assindéticas. 
 » Assindéticas: quando estão apenas justapostas, sem conjunção.
 » Sindéticas: quando se unem por meio de conjunções.
Orações coordenadas assindéticas
Orações coordenadas assindéticas são separadas por vírgula, ponto-e-vírgula ou dois-
pontos.
 » Ricardo andava, falava, ria.
 » Guilherme comprou todos os brinquedos; os filhos choravam no carro.
 » Encontrei-o em casa: estava triste.
42
UNIDADE III │ SINTAXE I
Orações coordenadas sindéticas
Orações coordenadas sindéticas apresentam conectivos e podem ser divididas em cinco 
casos.
1. Aditivas (expressam adição).
 › Denise falava muito e gesticulava freneticamente.
 › O aluno não só gabaritou Português como também Matemática.
2. Adversativas (expressam contraste, oposição).
 › O time jogou melhor, mas o resultado foi adverso.
 › Tens razão, contudo não expresses abertamente suas ideias.
3. Alternativas (expressam alternância, exclusão, escolha).
 › Os preços ora sobem, ora baixam.
4. Conclusivas (expressam dedução, conclusão).
 › Ele sempre estudou muito, logo, sempre teve boas notas.
 › O lago está na minha fazenda: por conseguinte me pertence.
5. Explicativas (expressam explicação, motivo, razão).
 › Amemos, porque amor é um santo escudo.
 › O cavalo estava cansado, pois arfava muito.
43
CAPÍTULO 4
Oração subordinada
Oração subordinada substantiva
Quando a oração subordinada desempenha a função sintática característica de um 
substantivo, recebe o nome de oração subordinada substantiva.
 » Subjetiva (sujeito): É classificada como subjetiva quando desempenha 
a função do sujeito do verbo da oração principal: Quem estava cansada 
saiu.
 » Objetiva direta: Juliana esperou que o amigo a encontrasse.
 » Objetiva indireta: Não gosto de quem saiu.
 » Completiva nominal: A menina tem necessidade de saber o resultado.
 » Predicativa: Ele era quem eu esperava.
 » Objetiva apositiva: Só desejo uma coisa: que você volte para mim.
 » Agente da passiva: O quadro foi comprado por quem o fez.
Oração subordinada adjetiva
Orações com função de adjetivo de um termo da oração principal. 
 » As orações adjetivas podem ser divididas em explicativas ou restritivas.
 › Os rapazes, que são altos, saíram (todos os rapazes são altos e todos 
saíram).
 › Os rapazes que são altos saíram (apenas os rapazes altos saíram).
Exemplos de orações adjetivas explicativas:
 » Deus, que é nosso pai, nos salvará.
 » O Sol, que é a maior estrela de nossa sistema, é bonito.
44
UNIDADE III │ SINTAXE I
Exemplos de orações adjetivas restritivas:
 » Os animais que são grandes assustam as crianças.
 » O colégio em que estudei era bom.
Orações subordinadas adverbiais
Orações que desempenham a função de adjunto adverbial da oração principal.
 » Causal: Joel se julga muito importante porque é rico.
 » Consecutiva: Estou tão cansado que não sairei à noite.
 » Comparativa: Você é bonita como uma flor do meu jardim.
 » Concessiva: Embora não tenha estudado, entendeu tudo.
 » Condicional: Se você estudar muito, entenderá o assunto.
 » Conformativa: Cada um colhe conforme semeia.
 » Temporal: Quando encontrar você, darei o livro que comprei.
 » Final: Estudo para passar na prova.
 » Proporcional: À medida que estudo o assunto, mais me interesso por 
ele.
45
UNIDADE IVSINTAXE II
CAPÍTULO 1
Regência
Regência é o estudo da relação entre verbo ou nome e seus complementos (se houver 
necessidade) em três aspectos: 
1. necessidade ou não de preposição; 
2. preposição adequada, se houver necessidade; 
3. sentido e correção do emprego ou não de preposição.
Principais regências verbais
Agradecer, Perdoar e Pagar 
Apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. 
 » Agradeço a audiência aos ouvintes.
 » Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.
 » Paguei o débito ao credor.
Aspirar
Transitivo indireto (pretender, almejar, desejar). Não se admite o pronome lhe ou 
lhes, mas apenas a ele/ela ou a eles/elas.
 » O consumidor aspira ao desconto prometido na oferta.
 »Àquele desconto incomparável, o consumidor aspira a ele.
46
UNIDADE IV │ SINTAXE II 
Transitivo direto (sorver, respirar).
 » O laudo atesta que a vítima aspirou o próprio líquido.
 » Ela aspirou o perfume.
Assistir
Transitivo indireto (ver, presenciar). Não aceita o pronome lhe como complemento.
 » O segurança da empresa assistiu a tudo passivamente.
 » Assistiu ao julgamento (assistiu a ele).
Transitivo direto e indireto (caber direito ou razão).
 » Assiste à requerente o direito solicitado.
 » O direito de recorrer assiste ao agravante.
Transitivo direto ou transitivo indireto (socorrer, ajudar, confortar).
 » O condutor do veículo não assistiu a (à) vítima.
 » O medido assistiu o (ao) enfermo.
Com o sentido de morar, residir exige a preposição em.
 » Assisto em Lisboa.
Implicar
Transitivo direto (acarretar, originar, produzir).
 » A aprovação do projeto básico implica abertura de procedimento 
licitatório.
 » O fato não implica punição séria.
Transitivo indireto (antipatizar, discordar).
 » O antigo chefe sempre implicava com este servidor.
Verbo pronominal (envolver-se).
 » Toda a equipe implicou-se no desvio de recursos.
47
SINTAXE II │ UNIDADE IV
Informar 
Transitivo direto e indireto. Seguem tal regência avisar, certificar, notificar, cientificar, 
prevenir, notificar.
 » Informar algo a alguém.
 » Informar alguém de (sobre) algo.
 » Informe os novos preços aos clientes.
 » Informe os clientes dos novos preços (ou sobre os novos preços).
Morar, residir, situar-se
Transitivo indireto (indicação de local fixo, estabelecido, domiciliado). A preposição 
indicada é em, e não a.
 » O indiciado mora na região do entorno.
 » O réu reside em lugar incerto.
 » O advogado será intimado no escritório, situado na avenida comercial.
Pedir
Transitivo direto e indireto (solicitar). Somente se admite a preposição para ao indicar 
permissão.
 » O revisor pediu cópia do documento à diretora.
 » O presidente pediu ao vice-presidente para se ausentar.
Preferir
Transitivo direto e indireto (preposição a).
 » Prefiro livro a novela.
 » Prefiro trem a ônibus.
Observação: as construções preferir mais ou preferir do que são inadequadas.
48
UNIDADE IV │ SINTAXE II 
Proceder
Intransitivo (ter fundamento).
 » As declarações do apelante não procedem.
 » A queixa não procede.
Transitivo indireto (originar-se, provir).
 » A testemunha procede do Nordeste.
 » A língua portuguesa procede do latim.
Transitivo indireto (dar início, efetuar, realizar, dar sequência). Nesta acepção, é 
inadequado o uso do verbo na voz passiva.
 » O goleiro procedeu à defesa do chute.
 » Os fiscais procederam à contagem dos votos.
 » O juiz procedeu à audiência.
 » O relator procedeu ao exame do recurso.
 » O exame foi procedido (inadequado).
Responder 
Transitivo indireto com preposição a. Não aceita voz passiva.
 » Respondi ao meu patrão.
 » Respondemos às perguntas.
 » Responder à carta.
 » Respondeu-lhe à altura.
 » A carta foi respondida ontem (voz passiva inadequada).
 » As perguntas foram respondidas (voz passiva inadequada).
Observação: pode ser usado como transitivo direto e indireto no sentido de responder 
algo a alguém. Neste caso, aceita voz passiva.
49
SINTAXE II │ UNIDADE IV
 » Respondeu a solicitação ao diretor por mensagem eletrônica.
 » A solicitação foi respondida ao diretor por mensagem eletrônica (voz 
passiva adequada).
Visar
Transitivo direto (mirar).
 » Os bandidos visaram o alvo assim que ouviram a sirene.
Transitivo direto (pôr o visto).
 » Os integrantes do conselho visaram a ata.
Transitivo indireto (ter em vista, objetivar, pretender). Embora seja aceito por alguns 
gramáticos como transitivo direto, a linguagem formal recomenda o uso como indireto.
 » Esta Corte de Justiça visa sempre ao bem da sociedade.
Observação: o verbo visar ao lado de outro verbo no infinitivo pode aparecer sem 
preposição.
 » A pesquisa visa analisar os fatos ocorridos.
Regência nominal
A regência nominal analisa a relação de subordinação entre nome (substantivo, 
adjetivo, advérbio) e os termos regidos. Observe que diversos nomes aceitam mais de 
uma preposição.
Principais regências nominais
absolvido de, por acessível a, para, por acesso a, de, para acostumado a, com
adaptado a admiração a, de, por afável a, com, para com aflito com, por, para
agradável a, de, para alheio a, de alusão a ambicioso de, por
ânsia de, para, por ansioso de, para, por apaixonado com, de, por apto a, para
assistido de, por
atenção a, com, para (com), 
sobre
atencioso a, com, para com atento a, em, para
aversão a, por ávido de, por benéfico a, para capacidade de, para
capaz de, para certeza de, em, sobre compatível com composto de, com
conforme a, com, em, para constituído de, por, com contemporâneo a, de contente com, de, em, por
50
UNIDADE IV │ SINTAXE II 
contrário a, de curioso a, de, para, por desejoso de desgostoso com, de, por
desprezo a, de, para, para com, 
por
domiciliado em
dúvida de, em, sobre, acerca de, 
quanto o
equivalente a, de, em
escasso de, em essencial a, de, para estimulado a, em, por estudioso de, em
fácil a, em, de favorável a, para fiel a, em, (para) com generoso (para) com, em
gosto de, em, a, para, por grato a, por, para hábil em, para habituado a, com, em
igual a, para, com, de imbuído de, em incompatível com, entre natural de, a, em[
necessário a, para, em nocivo a, para obediência a, de, para com oportunidade de, para, a
passível de perto de
preferência por, a, de, em, para 
com
preferível a
prejudicial a prestes a, em, para propenso a, para propício a, para
próprio de, a, para próximo a, de relacionado com, a relativo a
residente em
respeito a, entre, para com, por, 
de
rigoroso com, em, para com satisfeito com, de, em, por
segurança de, em semelhante a, em sensível a, para suspeito de, a
único a, em, entre, sobre.
51
CAPÍTULO 2
Concordância verbal
Concordância verbal é o estudo que se estabelece da flexão de número e pessoa entre 
verbo e sujeito na oração.
Regra geral: o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. 
 » O servidor participou do curso. 
 » Os servidores participaram do curso. 
 » O servidor e a servidora participaram do curso.
Casos que merecem nossa atenção
A língua portuguesa apresenta estruturas complexas que permitem concordância 
específica. Observe os casos a seguir.
 » Sujeito composto posposto ao verbo aceita a concordância com o núcleo 
mais próximo ou com o conjunto: Chegou (Chegaram) o relatório e o 
processo.
 » Sujeito composto formado por pessoas gramaticais diferentes promove 
concordância do verbo com o conjunto semântico do sujeito.
 › Paula, Pedro, tu e eu saímos.
 › Eu, tu e ele faremos o trabalho ainda hoje.
Observações:
 » sem a primeira pessoa, o verbo concorda com o conjunto ou com a terceira 
pessoa do plural: Paula e tu andais (andam).
 » aceita-se a concordância do verbo com o núcleo mais próximo ou com o 
conjunto, se o sujeito for composto por pessoas gramaticais diferentes e 
estiver depois o verbo.
 › Faremos (Farei) o trabalho ainda hoje eu, tu e ele.
52
UNIDADE IV │ SINTAXE II 
 » Verbo concorda com o sujeito se houver pronome apassivador se.
 › Resolveu-se o problema.
 › Resolveram-se os problemas.
Verbo impessoal é aquele que não possui sujeito e é empregado na terceira pessoa. São 
verbos impessoais:
 » fenômenos da natureza: Ventou muito ontem; Choveu à noite.
Observação: em sentido figurado concordam com o sujeito: Benções choviam sobre 
todos.
 » verbo haver no sentido de ocorrer, existir, acontecer ou tempo decorrido: 
Houve muitos acidentes na estrada. Há processos sobre a mesa. Há 
dias não chove.
Observação: a concordância com o verbo haver merece atenção. Observe sempre se ele 
é pessoal ou impessoal na oração.
 › Eles hão de cumprir o prometido (pessoal).
 › Os servidores haviam confirmado presença (pessoal).
 › Os jornalistas houveram por bem não publicar a notícia (pessoal).
 › Hão de existir reuniões (pessoal– verbo auxiliar).
 › Hajam passado cem anos (pessoal – verbo auxiliar).
 › Há reuniões programadas (impessoal).
 › Houve projetos recusados (impessoal).
 › Há de haver reuniões (impessoal).
 » verbo fazer no sentido de tempo decorrido ou clima: Faz dez dias que 
não vejo você.
 » verbo ser e o verbo estar no sentido de tempo, clima, estação do ano 
e distância: São dez horas. É primavera. Está calor. São trezentos 
quilômetros.
 » expressões já passa de, basta de, chega de, em que pese a, trata-se de, 
cuida-se de: Já passa das dez. Basta de bobagens. Chega de tarefas. Em 
53
SINTAXE II │ UNIDADE IV
que pese aos argumentos apresentados, a decisão foi mantida. Trata-se 
de embargos de declaração. Cuida-se de recursos.
Sujeito acompanhado de ideia aditiva merece atenção.
 » se a ideia aditiva estiver entre vírgulas, recomenda-se concordar o verbo 
com o núcleo do sujeito.
 › O réu, com o advogado, chegou à audiência.
 › O diretor, bem como o presidente, apoiou o projeto.
 › Seu endereço, bem como seu telefone, deve constar na ficha.
 » se a ideia aditiva não estiver entre vírgulas, o verbo pode concordar com 
o núcleo do sujeito ou com a totalidade da ideia.
 › O réu com o advogado chegaram (chegou) à audiência.
 › O diretor bem como o presidente apoiaram (apoiou) o projeto.
 » Verbo acompanhado de índice de indeterminação do sujeito permanece 
no singular sempre: Precisa-se de novos projetos. Gosta-se de livros.
 » Palavras que terminam com s não determinadas mantêm o verbo no 
singular. Se determinadas, o verbo concorda com a determinação.
 › Campinas é um bom lugar para se morar.
 › Lápis se tornou indispensável para a tarefa. 
 › Os óculos são indispensáveis para algumas pessoas.
 › Os Estados Unidos foram responsáveis pela guerra.
Observação: nos títulos de obras, quando o artigo for parte integrante e estiver no 
plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
 › Os Lusíadas relatam (relata) os grandes feitos portugueses.
 › Os sertões tratam (trata) da guerra de Canudos.
 » Coletivos partitivos (a maioria, a minoria, grande parte, metade 
de), seguidos de adjuntos adnominais no plural, concordam o verbo com 
o núcleo ou com o adjunto.
54
UNIDADE IV │ SINTAXE II 
 › A maioria dos alunos está (estão) interessados.
 › Grande parte dos relatórios apresenta (apresentam) erros.
 › A maior parte dos servidores realizou (realizaram) o trabalho.
Observações: 
 » nome coletivo mantém o verbo no singular.
 › O conselho se reuniu ontem.
 › A plateia aplaudiu o espetáculo.
 » se o nome coletivo for sujeito contextual de mais de um verbo, o primeiro 
verbo deverá ficar no singular e os demais podem ficar no singular ou no 
plural.
 › A família toda se reuniu e depois partiu (partiram) em viagem.
 » nome coletivo seguido de adjunto adnominal no plural pode manter o 
verbo no singular ou no plural.
 › Um bando de aves pousou (pousaram).
 » O pronome que não interfere na concordância: O rapaz que saiu é 
inteligente. Fui eu que fiz o texto. Fomos nós que fizemos o texto.
 » O pronome quem faz com que o verbo concorde com o pronome ou com 
o substantivo que o antecede: Fui eu quem fez (fiz) o trabalho ontem.
 » A união de dois pronomes com sentido partitivo mantém o verbo no 
singular, quando o núcleo da expressão está no singular: Qual de nós 
entregou o trabalho.
Observação: o verbo aceita a concordância com o núcleo ou com o adjunto, quando 
a união de dois pronomes possui o núcleo no plural: Quais de nós entregaram 
(entregamos) o trabalho.
 » A expressão um dos que leva o verbo para o plural (uso mais frequente) 
ou mantém o verbo no singular.
 › Um dos que saíram (concordância mais recomendada).
55
SINTAXE II │ UNIDADE IV
 › Um dos que saiu (concordância aceita por alguns gramáticos, mas 
pouco usada).
 › Um dos rapazes que voltou (voltaram).
Observação: quando o sujeito for iniciado por “nenhum dos que”, o primeiro verbo 
ficará no plural e o segundo, no singular.
 › Nenhum dos que estiveram presentes ao encontro comentou o fato.
 › A expressão mais de um mantém o verbo no singular. O plural ocorre 
se houver sujeito composto ou reciprocidade: Mais de um processo já 
foi liberado. Mais de um processo, mais de um relatório chegaram 
cedo. Mais de um advogado encontraram-se no corredor.
 » Verbo pode ficar no singular ou no plural com o sujeito um e outro (e 
suas variações). Se houver reciprocidade, o plural se torna obrigatório.
 › Um e outro delegado chegou (chegaram).
 › Uma e outra menina se abraçaram na festa.
Observação: recomenda-se que o verbo fique no singular com o sujeito nem um nem 
outro (e variações).
 » Nem um nem outro chegou a tempo.
 » Nem uma nem outra servidora conseguiu terminar o relatório.
 » Verbo fica no singular com a expressão um ou outro com ideia de 
exclusão e vai para o plural com ideia de adição.
 › Paula ou Isabela será escolhida a nova diretora.
 › Brasília ou Lisboa me agradam.
 » O verbo ser apresenta casos específicos de concordância. 
 › Concorda com o sujeito quase sempre: A decisão é importante para 
todos. As decisões são importantes para todos.
 › Concorda com o predicativo se o sujeito for um dos pronomes isto, 
isso, aquilo, o, tudo, ninguém, nenhum ou expressão com sentido 
coletivo: Isso são horas de chegar; Aquilo são obrigações de todos; 
56
UNIDADE IV │ SINTAXE II 
O que fiz foram pedidos sinceros; Tudo são sonhos; A maioria são 
pedidos impossíveis de serem realizados.
Observação: alguns gramáticos aceitam a concordância com o pronome demonstrativo 
ou indefinido: Isso é horas de chegar; Tudo é sonhos.
 › Concorda com o predicativo se o sujeito for pronome interrogativo 
quem, que ou o que: Quem são os manifestantes de hoje? Que são 
decisões irreversíveis? O que foram aqueles anos todos.
 › Concorda com o predicativo se o sujeito ou o predicativo for pessoa ou 
pronome pessoal: Eu sou brasileiro; Tu és português; Nós somos 
pessoas; Sonhos somos nós.
 » Verbo ser impessoal concorda com o predicativo: É uma hora. São 
quatro horas.
Observação: na indicação de dias do mês, se houver a palavra “dia”, o verbo fica no 
singular.
 › Hoje é dia dez de dezembro.
 » Verbo fica invariável nas expressões é bastante, é muito, é pouco, é 
suficiente, é mais, é menos, é nada ou é tudo para indicar quantidade, 
distância ou peso: 
 › Dez milhões é muito. 
 › Dez milhões é pouco. 
 › Dez milhões é suficiente. 
 › Dois quilômetros é bastante. 
 › Dois quilos é muito.
57
CAPÍTULO 3
Concordância nominal
Concordância nominal é a relação entre nomes que se relacionam. Teoricamente, os 
adjuntos adnominais (adjetivo, artigo, pronomes adjetivos, numerais) concordam com 
seu referente em gênero e número. Na prática, devemos tomar cuidado com alguns 
casos.
 » Adjetivo posposto a substantivos concorda com o núcleo mais próximo 
ou com o conjunto. Se os substantivos forem antônimos, o adjetivo 
concorda com o conjunto. Para evitar dúvida de sentido, em alguns casos, 
recomenda-se uso de adjetivo ao lado de cada substantivo.
 › Comprei livro e revista nova (novos).
 › Comprei revista e livro novo (novos).
 › Recebi o processo e o código necessário (necessários).
 › Conversei com a médica e o engenheiro brasileiro (brasileiros).
 › Sinto por ele amor e ódio eternos.
 › A diretora encaminhou à turma ofício antigo e petição antiga.
Observações: se os substantivos apresentarem gêneros diferentes e houver concordância 
com o conjunto, haverá predomínio do masculino.
Se o adjunto adnominal posposto a substantivos for pronome possessivo, a concordância 
deverá ser feita com o núcleo mais próximo.
 › Este servidor selecionado por gosto e decisão sua teve ótimo 
desempenho.
 » Adjetivo anteposto a substantivos concorda apenas com o núcleo mais 
próximo.
 › Comprei novo livro e revista.
 › Comprei nova revista e livro.
 › Tenho por você elevada estima e consideração.
58
UNIDADE IV │ SINTAXE II 
 › Tenho por você elevado respeito e consideração.
Observação: se o adjetivose referir a nomes próprios ou nomes de parentesco, a 
concordância será feita, obrigatoriamente, com o conjunto de substantivos.
 › O Brasil cultua os feitos dos heroicos Tiradentes e Tomás Antônio 
Gonzaga.
 › Conheci ontem as gentis irmã e cunhada de Paula.
 » Em alguns casos, o adjetivo posposto a substantivos concorda 
obrigatoriamente com o mais próximo por questões semânticas.
 › Touro e vaca leiteira me agradam.
 » Adjetivo posposto a substantivos na função de predicativo do objeto 
concorda obrigatoriamente com o conjunto por questões semânticas.
 › Considero o rapaz e a menina responsáveis.
 › Julguei o relatório e o parecer perfeitos.
 › Acho Maria e Patrícia lindas.
Observação: se o predicativo do objeto aparecer anteposto aos substantivos, a 
concordância poderá ser feita com o núcleo mais próximo ou com o conjunto. No 
entanto, se indicar ideia de reciprocidade, a concordância deverá ser feita no plural.
 › Considero responsável (responsáveis) o rapaz e a menina.
 › Julguei perfeito (perfeitos) o relatório e o parecer.
 › Acho linda (lindas) Maria e Patrícia.
 › Ele encontrou aborrecidos Lucas e Pedro um com o outro.
 » A expressão um e outro seguida de substantivo e adjetivo mantém o 
substantivo no singular e leva o adjetivo para o plural.
 › Um e outro deputado federais saíram.
 › Uma e outra servidora públicas decidiram realizar o curso.
 » Obrigado concorda com o referente.
 › Homem diz obrigado e mulher diz obrigada.
59
SINTAXE II │ UNIDADE IV
Observações: a expressão o meu muito obrigado é invariável. A expressão 
obrigado(a) eu é correta gramaticalmente ao ser empregada com o sentido de se 
sentir obrigado a alguém por favor prestado.
 » Os termos mesmo, próprio, só, junto, anexo, incluso, bastante e 
meio, quando adjetivos, concordam com o referente.
 › Eles mesmos saíram.
 › Elas mesmas saíram.
 › Nós próprios chegamos.
 › Estou só.
 › Estamos sós.
 › A carta seguiu anexa.
 › O livro seguiu anexo.
 › Comprei livros bastantes.
 › Bebi uma garrafa e meia.
Observações:
 » As expressões mesmo, só, bastante e meio são invariáveis quando 
advérbios.
 › O juiz determinou mesmo a sentença.
 › Eles só fizeram o trabalho hoje.
 › Elas estão bastante tristes com o problema.
 › Os funcionários ficaram meio chateados com a demora do pagamento.
 » Quando a concordância é feita com o termo gente, referindo-se a uma 
ou a mais pessoas, deve-se concordar com o gênero da pessoa a que se 
refere.
 › A gente deve perguntar a si próprio (se for homem) se a decisão foi 
correta.
60
UNIDADE IV │ SINTAXE II 
 › A gente deve perguntar a si própria (se for mulher) se a decisão foi 
correta.
 » Recomenda-se não empregar a expressão em anexo na linguagem 
formal.
O predicativo do sujeito fica invariável quando o sujeito não está determinado. Se o 
sujeito estiver determinado, concorda com ele: Água é bom. A água é boa. É proibido 
entrada. É proibida a entrada. É necessário reunião. É necessária a reunião.
 » Dois ou mais adjetivos podem concordar com um mesmo substantivo e 
apresentam as seguintes possibilidades de concordância.
 › As polícias civil e militar.
 › As bandeiras brasileira e inglesa.
 › As línguas francesa e italiana.
 › As séries sétima e nona.
 › As Turmas Quarta e Quinta foram convocadas.
Observações:
 » Ao repetir o artigo, o substantivo deve ficar no singular.
 › A polícia civil e a militar.
 › A bandeira brasileira e a inglesa.
 › A língua francesa e a italina.
 › A série sétima e a nona.
 › A Turma Quarta e a Quinta foram convocadas.
 » Pode-se, em alguns casos, colocar o substantivo após os adjetivos. Ao se 
repetir o artigo, o substantivo deve concordar com o núcleo mais próximo.
 › A sétima e nona série (séries).
 › A sétima e a nona série.
 › A Quarta e Quinta Turma (Turmas).
 › A Quarta e a Quinta Turma.
61
SINTAXE II │ UNIDADE IV
 » Pode-se escrever juízes de 1o e 2o grau ou juízes de 1o e 2o graus. 
 » O termo alerta na função de advérbio é invariável.
 › Os alertas soaram (substantivo).
 › Todos estão alerta (advérbio).
62
CAPÍTULO 4
Pontuação
A pontuação é de fundamental importância no estudo do idioma. Ela é formada por 
sinais gráficos que facilitam a leitura e a compreensão do texto. O uso adequado dos 
sinais de pontuação exige conhecimento de sintaxe, semântica e estilística. 
As orientações para o uso de sinais de pontuação não são uniformes. Há critérios 
estilísticos aceitos por alguns gramáticos e não aceitos por outros. Abordaremos o 
assunto de forma prática e indicaremos as observações necessárias. 
Ordem direta e ordem indireta
Cada idioma apresenta sequência sintática específica na estrutura da frase. A língua 
portuguesa estrutura da seguinte forma (ordem direta): sujeito, verbo, complemento 
verbal, adjunto adverbial. Observe exemplo.
 » O rapaz enviou o livro ao pai ontem.
Caso se altere a sequência da estrutura, a gramática classifica como ordem indireta. O 
deslocamento de uma função sintática ocorre geralmente por recursos estilísticos ou 
semânticos. Observe exemplo.
 » Ontem, o rapaz enviou o livro ao pai.
 » O rapaz, ontem, enviou o livro ao pai.
Quando não empregar pontuação
 » A ordem direta sintática (sujeito, verbo, complemento verbal, adjunto 
adverbial).
 › A instituição finalizou o projeto ontem.
 › O magistrado escreveu o texto em casa.
 › O jornalista enviou as perguntas ao político no início da semana.
63
SINTAXE II │ UNIDADE IV
Observe exemplos em ordem direta com períodos longos e sem a presença de vírgula.
 › A empresa citada no processo opôs embargos de declaração contra 
acórdão da 3o Turma deste Tribunal.
 › Desenvolver o ensino fundamental e médio com qualidade constitui a 
principal meta do atual ministro da Educação.
 › A legislação brasileira em vigor dispõe que o consumidor é toda pessoa 
física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário final.
 › Os seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas 
com o desenvolvimento sustentável.
Observação: não se usa vírgula entre sujeito e predicado; entre verbo e seus 
complementos; entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal. 
Erro muito comum é incluir vírgula com objeto indireto deslocado entre o verbo e o 
objeto direto. Observe.
 › A Constituição Federal conferiu, à legislação ordinária, outras 
competências (inadequado).
 › A Constituição Federal conferiu à legislação ordinária outras 
competências (adequado).
 » Ordem direta com verbo de ligação e predicativo também não requer 
pontuação.
 › Isabela é bonita.
 › Lisboa permanece exuberante durante o inverno.
 » Voz passiva não requer pontuação.
 › O livro foi lido por Lucas.
 » Inversão de sujeito, verbo ou complemento verbal não requer uso de 
pontuação.
 › Leu o livro Paula.
 › Foram opostos embargos de declaração pela Agência Nacional de 
Petróleo.
 › Esclarece o assunto a legislação brasileira.
64
UNIDADE IV │ SINTAXE II 
Uso da vírgula
 » Separar termos coordenados de uma construção.
 › O relatório apresentou informação inadequada, pouca novidade, 
nomes incompletos.
 › João, Maria, Pedro saíram.
 » Separar o vocativo.
 › Senhor, gostaria que me visitasse algumas vezes.
 › Por todo o exposto, Senhor Desembargador Presidente, nego 
provimento ao recurso.
 » Separar o aposto explicativo.
 › O meu antecessor, desembargador José da Silva, foi relator no acórdão.
 › Minha mãe, Lígia, chegará amanhã.
 » Separar palavras ou expressões interpositivas: por exemplo, ou 
melhor, isto é, por assim dizer etc.
 › Ela precisava de duas cartas, ou melhor, três.
 
 › Ela não falou, isto é, falou pouco.
 » Indicar elipse do verbo.
 › João tem 30 anos; Maria, 26.
 » Separar a localidade da data.
 › Brasília, 16 de junho de 2015.
 » Separar a oração adjetiva explicativa.
 › Minha esposa, que é psicóloga, nasceu em Brasília.
 › O presidente do STF, José da Silva, já votou (ideia explicativa, pois 
existe apenas um presidente no STF).
Pode ocorrervírgula antes da conjunção e em alguns casos:
 » orações com sujeitos diferentes (facultativo).
65
SINTAXE II │ UNIDADE IV
 › Josebaldo saiu, e Josebalda leu o livro.
 » ideia adversativa ou conclusiva (indicada).
 › Ela saiu, e já voltou.
 › Ela estudou muito o ano inteiro, e passou em primeiro lugar.
 » polissíndeto (facultativa).
 › E cantava, e pulava, e corria.
 » para enfatizar o último elemento de uma coordenação.
 › Comprei um livro, uma revista, e um carro.
 » antes de e vice-versa.
 › Ele nunca presenteou a esposa, e vice-versa.
 » antes das expressões e nem, e nem ao menos, e nem sequer.
 › Ela não sabe falar inglês, e nem sequer bem o português.
Observação: a conjunção nem expressa ideia aditiva e não há necessidade de incluir 
vírgula anterior. Alguns autores indicam o uso da vírgula se houver repetição do termo. 
Nos dois casos, o uso é estilisticamente opcional.
 › Ela não soube explicar nem se esforçou para fazê-lo.
 › Nem soube explicar, nem se esforçou para fazê-lo.
 » ideia adversativa, conclusiva ou explicativa.
 › Ela estudou muito, porém não passou.
 › Ela estudou muito, portanto passou.
 › Ela passou no concurso, pois já está trabalhando no órgão público.
Observações:
 » deve-se empregar vírgula para separar a expressão e não ao indicar ideia 
adversativa. Se a ideia for aditiva, não haverá vírgula.
 › Cabe ao departamento decidir os projetos atuais, e não os projetos do 
próximo ano.
66
UNIDADE IV │ SINTAXE II 
 › Ele afirmou conhecimento do caso citado hoje, e não dos fatos relatados 
ontem.
 › A informação chegou apenas hoje e não há tempo hábil para convocar 
reunião (ideia aditiva).
 » deve-se empregar vírgula para separar a expressão e sim.
 › Não cabe ao departamento decidir os projetos do próximo ano, e sim 
os projetos atuais.
 › Ele afirmou desconhecer os fatos relatados ontem, e sim os fatos do 
caso citado hoje.
 » na expressão mas sim, a conjunção mas deve ser separada por vírgula 
do trecho anterior; já a expressão sim pode estar separada por vírgulas 
ou não.
 › Não cabe ao departamento decidir os projetos do próximo ano, mas, 
sim, os projetos atuais.
 › Não cabe ao departamento decidir os projetos do próximo ano, mas 
sim os projetos atuais.
Na ordem indireta, temos as seguintes situações:
 » sujeito ou objeto deslocado não pedem vírgula.
 › Chegou o relatório ontem.
 › É importante que ela volte.
 » se houver pleonasmo representado por nome e pronome, haverá vírgula.
 › O livro, o deputado comprou-o.
 » pode-se colocar vírgula com o objeto anteposto seguido de sujeito.
 › O livro, o deputado comprou.
 » predicativo do sujeito deslocado pede vírgula.
 › Paula, bonita, saiu.
 › Bonita, Paula saiu.
67
SINTAXE II │ UNIDADE IV
 › Insatisfeita com a proposta, a funcionária deixou a empresa.
 › A funcionária, insatisfeita com a proposta, deixou a empresa.
 » Adjunto adverbial deslocado pede vírgula quando se deseja enfatizá-lo. 
Orações adverbiais e adjuntos adverbiais longos deslocados devem ser 
separados por vírgula.
 › Ontem, ela me trouxe o livro (vírgula facultativa).
 › Quando ela chegou ontem, fiquei feliz.
 › O museu, durante muito tempo, ficou fechado.
 › Por meio do agravo de 14/11/2013, a União pede a reforma da decisão.
 › Na sua acepção mais elevada, a religião é essencial ao ser humano.
 › O juiz, na primeira parte do interrogatório, fará indagações.
 › Ao examinar o caso, o juiz deve levar em conta diversos fatos.
 » Separar os elementos de uma obra.
 › Português Jurídico, 10a edição, p. 184.
 » Separar o autor da obra.
 › Machado de Assis, Dom Casmurro.
 » Destacar palavras ou expressões isoladas.
 › Atitude, não apenas palavras, é o que quero.
 » Separar palavras repetidas.
 › Quero ficar com você juntinho, juntinho.
 » Separar elementos de um provérbio.
 › Tal pai, tal filho.
 » Após sim ou não em respostas.
 › Sim, sou feliz.
68
UNIDADE IV │ SINTAXE II 
 » Conjunção ou. A vírgula antes da conjunção ou repetida em termos ou 
orações coordenadas é estilística. Assim, alguns autores recomendam e 
outros não.
 › Ou estuda o assunto profundamente ou contrata um especialista.
 › Ou estuda o assunto profundamente, ou contrata um especialista.
 » A expressão etc. apresenta uso facultativo de vírgula. Muitos gramáticos 
não recomendam tal vírgula.
 › Ele citou o direito à remuneração, ao descanso, à qualidade de vida (,) 
etc.
Ponto e vírgula
 » Quando há omissão da conjunção na ideia adversativa, conclusiva ou 
explicativa.
 › Minha casa não é grande; a sua casa é imensa. 
 » Quando ocorre descolamento da conjunção na oração coordenada.
 › Minha casa não é grande; a sua casa, porém, é imensa.
Observação: pode-se escrever também usando vírgula entre as orações. Minha casa 
não é grande, a sua casa, porém, é imensa.
 » Entre orações coordenadas que já possuem vírgula em seu interior.
 › Minha casa não é grande; porém a sua casa, imensa.
 › No exercício de 2004, as varas federais comuns julgaram 150.000 
processos; as varas dos juizados, 140.000; as turmas recursais, 24.000.
Observação: pode-se escrever também usando vírgula se as orações forem pequenas e 
não comprometer a clareza. Minha casa não é grande, porém a sua casa, imensa.
 » Separar termos coordenados em coluna.
 › A ONU determinou as seguintes ações:
 · campanha mundial para arrecadar alimentos;
 · participação de todas as nações para arrecadar recursos financeiros;
 · envio de médicos voluntários ao local da tragédia.
69
SINTAXE II │ UNIDADE IV
 » Separar expressões ou orações coordenadas longas.
 › Ser ético é ser íntegro em seus princípios; ser intolerante com 
corrupção; ser exemplo por meio de sua atitude; ser sábio em suas 
decisões.
Uso de dois-pontos
 » Antes de uma citação direta.
 › Visto que ninguém nada declarasse, o juiz indagou:
 – Afinal, o que houve no dia do crime?
 » Antes ou depois de enumeração.
 › Comprei três coisas: livros, revistas, jornais.
 › Livros, revistas, jornais: tudo o que quero.
 › Na audiência, o advogado evocou a cena do crime: o menino, o carro, 
os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto irresistível 
para tirar a vida do vizinho.
 » Antes de ideia explicativa ou conclusiva.
 › Sei apenas isto: nada sei.
 › Ela estudou, estudou, estudou: passou em primeiro lugar.
 › O juiz determinou o seguinte: que ninguém abandonasse os princípios 
da equidade.
 › Não importa a motivação, o crime contra a vida absorve todos os 
demais: o Tribunal competente é o do Júri, conforme estipula a Carta 
Magna.
70
Referências
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portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: A Academia, 1999.
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1999.
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Petrópolis: Vozes, 1980.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: 
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______. Ministério da Justiça. Manual de redação e correspondência oficial. 
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CÂMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. Dicionário de linguística e gramática: 
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COSTA, José Maria da. Manual de redação profissional. 2. ed. Campinas: 
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71
REFERÊNCIAS
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______. Dicionário prático de regência verbal. 5. ed. São Paulo: Ática, 1997.
MARTINS FILHO, Eduardo Lopes. Manual de redação e estilo de O Estado de S. 
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