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<p>Introdução</p><p>Repetindo a pergunta título: "a felicidade existe?". Para os mais</p><p>diversos interlocutores, a resposta muitas vezes seria "sim", no</p><p>entanto, se mudamos a pergunta para "Você é feliz?" É possível</p><p>que a nova questão cause um desconforto duplo: primeiro porque</p><p>aquele que ouve a pergunta não sabe a resposta, afinal, não tem</p><p>clareza sobre o que poderia ser "felicidade", então não consegue</p><p>responder ao questionamento. Em segundo lugar, talvez haja na</p><p>sociedade atual uma certa expectativa de felicidade, e quem ouve o</p><p>questionamento sente-se incomodando de não atender às</p><p>expectativas de seu grupo social, então responde um "sim"</p><p>acanhado, na expectativa de encerrar o assunto.</p><p>O ponto é que em filosofia dificilmente "encerramos" um assunto.</p><p>A "busca pela sabedoria" está na origem da própria palavra [Amor</p><p>(Filos) + Sabedoria (Sofia)]. A busca dos antigos filósofos gregos</p><p>foi por entender como omundo funcionava. Ainda na Grécia</p><p>Antiga, a emblemática figura de Sócrates (por volta de 470 a.C. a</p><p>399 a.C.) incluiu com veemência o ser humano no centro da</p><p>discussão filosófica. A inscrição no templo de Apolo, Conhece a ti</p><p>mesmo, seria deste então um assunto recorrente entre os</p><p>pensadores que viriam depois. Aristóteles (385 a.C. – 323 a.C.), por</p><p>exemplo, ao especular sobre temas diferentes, ao discutir sobre a</p><p>ética, não deixou de incluir a felicidade como tema: "[...]</p><p>entendemos a felicidade considerando-a, além disso, o mais</p><p>desejável de todas as coisas, sem contá-la como um bem entre</p><p>outros."1 O pensamento aristotélico tem uma ideia de felicidade</p><p>muito próxima ao que hoje chamamos de "autorrealização", pois</p><p>para o velho pensador, alcançar a felicidade ligada era a ideia de</p><p>viver de forma virtuosa, e, por virtude, ele compreendia a</p><p>realização plena do potencial das coisas; como o ser humano</p><p>consigo um potencial que lhe é próprio, sua capacidade de</p><p>raciocinar. Assim, desenvolver essa racionalidade abrir o caminho</p><p>para sermos capazes de viver de formamais sábia, mais virtuosa,</p><p>e segundo ele, mais feliz.</p><p>1 ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. (Os pensadores). Trad. Leonel</p><p>Vallandro, Gherd Bornheim. São Paulo: Abril, 1979, p. 55.</p><p>Entre os pensadores gregos – e entre outros muitos filósofos</p><p>posteriores – a Razão é a grande guia para os seres humanos; a</p><p>forma como nos relacionamos com a sociedade, como pessoas ao</p><p>nosso redor, a natureza, e até com nós, mesmos tudo – commaior</p><p>oumenor intensidade, a depender do filósofo – seria explicado e</p><p>compreendido pelo nosso poder de pensar. Aliás, essa capacidade</p><p>não é só nos distingue e na guia, como seria a fonte para o nosso</p><p>empoderamento, autossuficiência, liberdade, e, por que não? Uma</p><p>Felicidade.</p><p>Encontramos algumas dessas preocupações presentes em linhas</p><p>de pensamento como o estoicismo e o epicurismo. Afinal, se nos</p><p>deparamos com a felicidade como um enigma a se solucionar,</p><p>como algo a ser buscado, ou ainda, algo a ser cultivado, isso indica</p><p>que para os filósofos a Felicidade não é algo tão evidente, quiçá,</p><p>espontâneo, talvez ela esteja onde ainda não está, daí a busca por</p><p>entender que ela é, o que há a ser buscado , um ser encontrado...</p><p>Estoicos e epicuristas estão entre os grupos de pensadores que</p><p>mais se debruçaram sobre o tema (não apenas este, é claro),</p><p>produziram textos em tom de aconselhamento, não uma fórmula</p><p>fechada em que atitude O necessariamente atinge a felicidade B,</p><p>mas um reflexo sobre o cotidiano vivido; reflexão que se não nos</p><p>satisfizer enquanto aquilo que esperamos para o caminho da</p><p>felicidade, mostra-nos uma razoabilidade de atitude frente às</p><p>questões cotidianas, por exemplo:</p><p>Nunca devemos esquecer que o futuro não é nem totalmente nosso, nem totalmente não nosso, para</p><p>não sermos obrigados a esperá-lo como se estivesse por vir com toda a certeza, nem nos</p><p>desesperarmos como se não estivesse por vir jamais. (EPICURO, 2002, p. 33)2</p><p>2 EPICURO. Carta sobre a felicidade: (a Meneceu); Trad. e apres.</p><p>Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo: Editora UNESP,</p><p>2002.</p><p>Abordagens nessa direção trazem consigo uma ideia de ajuste das</p><p>expectativas sobre aquilo que controlamos (que depende de nós) e</p><p>aquilo que não controlamos (que depende de fatores externos:</p><p>outras pessoas, leis, economia etc.). Esse ponto – que também é</p><p>encontrado no pensamento estoico – por vezes é mal</p><p>compreendido, como se fosse um autocondicionamento para</p><p>negar os problemas existentes, algo como: “Se não considero</p><p>mais aquilo um problema, então ele deixa de existir ”, quando na</p><p>verdade esse tipo de análise racional do cotidiano é mais sutil. Não</p><p>se trata de negar a existência das coisas que nos deixam tristes ou</p><p>contrariados, não é negar a existência da dor. A questão é fazer um</p><p>reexame sobre quais são as nossas reais prioridades, e qual valor</p><p>daremos a determinados temas, ideias, ações ou coisas. Daí</p><p>também a ideia de duração dada à Felicidade. Vários pensadores</p><p>que meditaram sobre o tema, descartaram a possibilidade de que</p><p>coisas passageiras, alegrias momentâneas (bens de consumo?) –</p><p>mesmo em grande quantidade – fossem por si só um sinônimo de</p><p>vida feliz.</p><p>Então, como em filosofia não costumamos dar certos assuntos</p><p>como encerrados, voltemos às perguntas iniciais: A Felicidade</p><p>existe? Se a Felicidade é mais do que a soma dos nossos momentos</p><p>de alegria, a tristeza fará parte dela? A tristeza compõe a</p><p>felicidade namedida em que dá contexto às nossas alegrias? A</p><p>Felicidade vem com a Liberdade? Com a autossuficiência? O que</p><p>essas coisas significam? E ainda, quanto mais nos conhecemos,</p><p>somosmais felizes?</p><p>Em filosofia, perguntas tendem a gerar novas perguntas, talvez</p><p>por isso a reflexão filosófica tem tanta dificuldade em “encerrar</p><p>assuntos”, pois, sempre há um outro caminho a se considerar.</p><p>Curiosamente, isso pode também ter motivado filósofos a</p><p>defender que o próprio exercício do filosofar (perguntar,</p><p>questionar, buscar, etc.) seja um caminho para a Felicidade...</p><p>Não devemos estragar o que está presente pelo desejo do que está ausente, mas</p><p>ponderar que também as coisas presentes foram antes desejadas</p><p>EPICURO</p><p>LEITURAS RECOMENDADAS</p><p>As obras indicadas apresentam desde um panorama geral (e</p><p>acessível) da Felicidade no pensamento filosófico através dos</p><p>tempos (Sobre a Felicidade); passando pelas reflexões de um</p><p>dos mais importantes filósofos medievais ( Diálogos sobre a</p><p>Felicidade), que tem em seu campo de influência tanto o</p><p>pensamento grego como a fé cristã, para finalmente</p><p>encontrarmos um debate entre dois conhecidos autores</p><p>brasileiros contemporâneos que se dispõem a falar (</p><p>seguindo a fórmula do diálogo) de Felicidade (livro:</p><p>Felicidade ouMorte).</p><p>LIVRO</p><p>Diálogo sobre a Felicidade</p><p>AGOSTINHO, Santo. Diálogo sobre a Felicidade; tradução do original latino,</p><p>introdução e notas de Mário A. Santiago de Carvalho. – Lisboa: Edições 70,</p><p>2018 [Edição Bilíngue]. (e-book) Capítulo 1.</p><p>LIVRO</p><p>Felicidade ouMorte</p><p>BARROS FILHO, Clóvis de; KARNAL, Leandro. Felicidade oumorte.–</p><p>Campinas: Papirus 7 Mares, 2017. (e-book)</p><p>Capítulos 1 e 2.</p><p>LIVRO</p><p>Sobre a Felicidade</p><p>PAULA, Marcos Ferreira de. Sobre a felicidade. Belo Horizonte: Autêntica</p><p>Editora, 2014. (e-book)</p><p>Capítulos 1, 2 e 5.</p><p>Os livros aqui indicados poderão ser encontrados nas nossa</p><p>Bibliotecas Virtuais. Você poderá acessá-los através da sua</p><p>Área do Aluno.</p><p>#FIKDICA</p><p>3 / 6</p><p>Nesta área, separamos diversos conteúdos que irão auxiliar você a</p><p>aprofundar os conhecimentos adquiridos no decorrer deste módulo. O</p><p>https://novoportal.cruzeirodosul.edu.br/?empresa=cruzeirodosulvirtual&terminal=false&blackboard=false</p><p>intuito é que você possa refletir e colocar em prática as percepções</p><p>levantadas. Não deixe de conferi-los! Eles serão de grande ajuda no seu</p><p>desenvolvimento.</p><p>MÚSICA</p><p>LÔ BORGES</p><p>TREM AZUL</p><p>Quando foi a última vez que você pensou/olhou para o tempo? A</p><p>viagem costuma ter sabor de novidade, mudança e contemplação?</p><p>A Felicidade está na forma como olhamos para o Tempo?</p><p>CLAREANA</p><p>JOYCE</p><p>Quais são as suas conexões? Seu passado,</p><p>seu presente ou aquilo</p><p>quem vem pela trilha do futuro? A Felicidade está em algum lugar</p><p>das nossas conexões?</p><p>ENYA</p><p>WARTERMARK</p><p>A Felicidade está no sonho ou na saudade?</p><p>FILMES</p><p>HAROLD RAMIS</p><p>Feitiço do Tempo</p><p>O autoconhecimento é uma trilha para felicidade?</p><p>PETER WEIR</p><p>O Show de Truman</p><p>Conhecer a si mesmo, também passa por conhecer um pouco do</p><p>Mundo ao seu redor? Quando foi a última vez que você perguntou</p><p>algo ao Mundo? Obteve uma resposta? Se não perguntou ainda,</p><p>não seria talvez a hora de tentar?</p><p>JON TURTELTAUB</p><p>Duas Vidas</p><p>Somos apenas um produto do Tempo, ou das escolhas que</p><p>fazermos? Se viver é como viajar, o que pode ser deixado para trás</p><p>e que não pode ser esquecido?”</p><p>VÍDEOS</p><p>SÊNECA E A RAIVA</p><p>EPICURO E A FELICIDADE</p><p>SÓCRATES E A AUTOCONFIANÇA</p><p>NIETZSCHE E O SOFRIMENTO</p><p>LIVRO</p><p>O Conto da Ilha Desconhecida - José Saramago</p><p>SARAMAGO, José. O conto da ilha desconhecida. Editora Companhia das</p><p>Letras, 2016.</p><p>LIVRO</p><p>Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley</p><p>HUXLEY, Aldous. Admirável mundo novo (ed. Revista). Globo Livros, 2001.</p><p>LIVRO</p><p>Sidarta - Hermann Hesse</p><p>HESSE, Hermann. Sidarta. Editora Record, 2019.</p><p>Considerações finais</p><p>Quando meditamos sobre a felicidade, é preciso lembrar que vários</p><p>dos filósofos que trataram do assunto não separaram a felicidade do</p><p>próprio viver.</p><p>Mesmo que nosso pensamento possa nos levar para longe no tempo e</p><p>no espaço, para lugares a que retornamos pela memória, ou a que</p><p>desejamos ir conduzidos pela imaginação (e pela esperança?); Mesmo</p><p>que em uma sociedade contemporânea complexa, sejamos muitos</p><p>num só: pais, mães, filhos, filhas, chefes ou funcionários, professores</p><p>e estudantes - A vida cotidiana, com seus embates diários, é onde</p><p>estamos.</p><p>Então, por enquanto, deixamos mais algumas perguntas e uma</p><p>hipótese a se pensar:</p><p>“A Felicidade está no final da jornada (busca), ou o simples fato de</p><p>percorrer a trilha (o caminho) é parte integrante da felicidade?”</p><p>Dependendo de para onde sua reflexão o(a) levar, você poderá chegar</p><p>à conclusão que o aprendizado que você realiza em sua jornada é parte</p><p>integrante de uma vida feliz!</p><p>7 PASSOS PARA A FELICIDADE</p><p>5 / 6</p><p>Preparamos para você 7 Passos para a Felicidade! Em cada</p><p>unidade você receberá um " novo passo" com dicas para te</p><p>auxiliar no seu bem-estar e qualidade de vida. Veja a seguir o</p><p>primeiro passo e o que ele tem a lhe ensinar. Vamos lá?</p><p>PASSO 1 – GRATIDÃO</p><p>#Compartilhe</p><p>Utilize as hashtags #NIAC #CruzeirodoSulVirtual #felicidade para</p><p>compartilhar esse infográfico em suas redes sociais. Faça parte</p><p>dessa corrente!</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>6 / 6</p><p>ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. (Os pensadores). Trad. Leonel Vallandro,</p><p>Gherd Bornheim. São Paulo: Abril, 1979.</p><p>EPICURO. Carta sobre a felicidade: (a Meneceu). Tradução e apres. Álvaro</p><p>Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo: Editora UNESP, 2002.</p><p>EPICURO. Sentenças vaticanas e Máximas principais. Trad. João Quartim de</p><p>Moraes. São Paulo: Publifolha, 2015.</p><p>FERRY, Luc. Aprender a viver. Trad. Vera Lucia dos Reis. Rio de Janeiro:</p><p>Objetiva, 2007.</p><p>GIANNETTI, Eduardo. Felicidade: diálogos sobre o bem-estar na civilização.</p><p>São Paulo: Companhia das Letras, 2002.</p><p>SÊNECA. Da vida retirada; Da tranquilidade da alma; Da felicidade. Trad.</p><p>Lúcia Sá Rebelo e Ellen Itanajara Neves Vranas. Porto Alegre: L&PM, 2019.</p><p>Atividade Sistemática Unidade 1 1,6/1,6</p><p>Partindo de uma inspiração mais filosófica, o aprendizado pode ser um caminho para a</p><p>felicidade?</p><p>A) Não, quem muito estudo está sempre infeliz.</p><p>B) Sim, basta alguns conhecimentos específicos, sobre como o mundo funciona, para me</p><p>destacar da massa e ser feliz.</p><p>C) Sim, mas somente se estudarmos as regras precisas que os filósofos dizem ser o</p><p>caminho para a felicidade.</p><p>D) Sim, ainda mais de esse aprendizado for rico o suficiente, para melhorar não só o meu</p><p>entendimento do mundo como o meu autoconhecimento.</p><p>E) Depende, somente se aquilo que eu aprender me permitir enriquecer rapidamente.</p><p>“Não devemos estragar o que está presente pelo desejo do que está ausente, mas ponderar que</p><p>também as coisas presentes foram antes desejadas”. Epicuro.</p><p>Fazendo uma reflexão sobre esse enunciado, podemos concluir que:</p><p>A) Tudo aquilo que é presente perdeu o valor no momento que fixarmos nossa próxima</p><p>meta.</p><p>B) Não há correlação entre o presente e o passado.</p><p>C) É preciso valorizar mais as conquistas que se obteve no presente, pois elas também</p><p>foram resultados de muito empenho.</p><p>D) Se queremos realmente ter sucesso e felicidade devemos focar em tudo aquilo que</p><p>ainda nos falta.</p><p>E) Ponderar sobre o Tempo, o que desejamos passado, e o que temos presente</p><p>simplesmente estraga nossa felicidade, pois tomamos consciência de tudo que ainda</p><p>nos falta.</p><p>Um caminho apontado pelos filósofos para uma vida mais feliz seria:</p><p>A) Buscar riquezas a todo custo.</p><p>B) Evitar pessoas que pensem diferentes de nós.</p><p>C) Ocupar o máximo do nosso tempo com alegrias mesmo que passageiras.</p><p>D) Não pensar demais, pois quem pensa muito não é feliz.</p><p>E) Buscá-la fazendo uso da Razão.</p><p>“Nunca devemos nos esquecer de que o futuro não é nem totalmente nosso, nem totalmente</p><p>não nosso, para não sermos obrigados a espera-lo como se estivesse por vir com toda a</p><p>certeza, nem nos desesperarmos como se não estivesse por vir jamais”. Epicuro.</p><p>Analisando essa enunciado epicurista podemos concluir que:</p><p>A) O futuro pertence completamente a nós, por isso somente com nossas ações e força de</p><p>vontade podemos determinar tudo o que está por vir.</p><p>B) O futuro, é o destino, o que está destinado a acontecer não pode ser evitado, cabe a nós</p><p>nos resignarmos enquanto esperamos o inevitável.</p><p>C) Há a questão do ajuste de nossas expectativas entre aquilo que podermos interferir e</p><p>mudar no futuro e as coisas que não dependem de nós e termos que saber lidar com</p><p>aquilo que por não depender de nós, por vezes, não pode ser evitado.</p><p>D) É a prova de que quanto mais se pensa sobre a vida menos feliz se é.</p><p>E) O primeiro passo para a Felicidade é esquecer que o futuro existe.</p><p>Neste segundomódulo, estudaremos as bases científicas da felicidade</p><p>e da qualidade de vida. Para tanto, nos debruçaremos em autores e</p><p>autoras de diversas áreas do pensamento, de modo que a compreensão</p><p>sobre a felicidade e a qualidade de vida possam ser ampliadas. Desse</p><p>modo, as investigações passam por vários pontos de vistas, às vezes</p><p>complementares, outras contraditórios, abrindo assim a perspectiva</p><p>para reflexões diversas, para tomadas de decisões e atitudes</p><p>consequentes.</p><p>No primeiro movimento de estudo, recorremos a uma breve definição</p><p>multifacetada de felicidade a partir de algumas referências filosóficas. De</p><p>Aristóteles a Bachelard, passando por Kant e Sarte, é possível perceber,</p><p>sinteticamente, como a ideia de felicidade é muito diferente para cada</p><p>filósofo, e como essas diferenças podem ser produtivas e indutoras de</p><p>associações e articulações para vocês, estudantes.</p><p>Num segundomomento, apresentamos por meio do artigo “Ética da</p><p>Felicidade em Aristóteles”, alguns pontos chaves do pensamento</p><p>aristotélico. A importância que o filósofo grego dava a felicidade era</p><p>tamanha, que ele a considerava o bem supremo, e, portanto, uma busca</p><p>ética primordial. Nesse sentido, a qualidade de vida se vincula a esse</p><p>caminho de conquista da felicidade plena.</p><p>Já em nossa terceira referência, temos o artigo “O conceito de felicidade em</p><p>Freud”, no qual a autora Jaqueline Feltrin Inada elabora como a teoria de</p><p>Sigmund Freud opera com o conceito de felicidade. Apesar de trabalhar com</p><p>a perspectiva de que a humanidade busca a felicidade, diferentemente da</p><p>felicidade plena aristotélica, como uma necessidade para o alcance do bem</p><p>supremo, a ideia de felicidade aparece como um problema para Freud. Essa</p><p>busca, para o teórico da psicanálise, é incessante, e combina</p><p>contraditoriamente, na era moderna da sociedade ocidental, prazer e</p><p>desprazer.</p><p>E no último artigo de nosso módulo, estudaremos a “felicidade e o</p><p>bem-estar na visão da psicologia positiva”. Se em Freud a felicidade aparece</p><p>como problema, aqui a intenção é tentar associar felicidade com bem estar.</p><p>Mesmo com a dificuldade de traçar contornos precisos sobre a felicidade,</p><p>dada sua dimensão subjetiva, o artigo procura por meio de uma pesquisa</p><p>com alunos universitários dimensionar aspectos positivos de suas vidas,</p><p>aspectos que de alguma forma se vinculam com a felicidade e proporcionam</p><p>bem-estar.</p><p>Ora, nós chamamos aquilo que merece ser buscado por si mesmomais absoluto do</p><p>que aquilo que merece ser buscado com vistas em outra coisa, e aquilo que nunca é</p><p>desejável no interesse de outra coisa mais absoluto do que as coisas desejáveis</p><p>tanto em si mesmas como no interesse de uma terceira; por isso chamamos de</p><p>absoluto e incondicional aquilo que é sempre desejável em si mesmo e nunca no</p><p>interesse de outra coisa. Ora, esse é o conceito que preeminentemente fazemos da</p><p>felicidade.</p><p>ARISTÓTELES, 1991, p. 12</p><p>Os estudos estão divididos em três artigos e em um livro de verbetes filosóficos. Os</p><p>artigos trabalham sobre como alguns importantes autores e autoras conceituaram</p><p>a felicidade. Passamos por Aristóteles, Freud e a Psicologia Positiva, dando assim,</p><p>portanto, um amplo panorama sobre como as diversas áreas do saber refletem</p><p>sobre a felicidade e a qualidade de vida.</p><p>capa_dicionario.png</p><p>LIVRO</p><p>Dicionário Básico de Filosofia</p><p>JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de</p><p>Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.</p><p>Este livro trata-se de um dicionário com diversas expressões utilizadas na filosofia.</p><p>Caso você tenha alguma dúvida em relação a alguma expressão utilizada neste</p><p>módulo, consulte este dicionário.</p><p>ARTIGO</p><p>Ética da Felicidade em Aristóteles</p><p>AMORIM, W. L.; SILVA, E. da; CARDOSO, M. R. Ética da Felicidade em Aristóteles.</p><p>Revista Húmus, Set/Out/Nov/Dez. 2012. Nº 6</p><p>ACESSE</p><p>ARTIGO</p><p>O Conceito de Felicidade em Freud</p><p>INADA, J. F. O Conceito de Felicidade em Freud. Kínesis, Vol. I, n° 01, Março-2009,</p><p>p.58-67.</p><p>ACESSE</p><p>ARTIGO</p><p>Felicidade e Bem-Estar na Visão da</p><p>Psicologia Positiva</p><p>CAMALIONTE, L. G.; BOCCALANDRO, M. P. R. Felicidade e bem-estar na visão da</p><p>psicologia positiva. Bol. Acad. Paulista de Psicologia, São Paulo, Brasil - V. 37, no</p><p>93, p. 206-227.</p><p>Atividade Sistematica Unidade 2 1,2/1,6</p><p>Para Seligman (2011), Em branco 1 é totalmente subjetiva, enquanto Em branco 2 pode ser</p><p>medido de maneira mais objetiva e, portanto, a felicidade está incluída em um dos aspectos do</p><p>bem-estar, definida como “o estado transitório de humor em que o indivíduo se encontra”.</p><p>Branco 1 - a felicidade Branco 2 - o bem estar Manuscrito</p><p>Para Aristóteles toda ação visa um bem, tudo que é feito por alguém, é feito em vista de algo</p><p>de bom para si. Este autor considera que para alcançar a Felicidade toda ação visa um bem</p><p>qualquer, um fim. Segundo ele, esse fim deve ser o sumo bem, e esse, em suma, é a felicidade.</p><p>Aristóteles Manuscrito</p><p>Para Aristóteles toda ação visa um bem, tudo que é feito por alguém, é feito em vista de algo de</p><p>bom para si. Aristóteles considera que para alcançar a Felicidade toda ação visa um bem</p><p>qualquer, um fim. Segundo Aristóteles, esse fim deve ser o sumo bem, e esse, em suma, é a</p><p>felicidade.</p><p>Analise as assertivas abaixo e assinale as que convergem com a perspectiva da psicologia</p><p>positiva:</p><p>I - A Psicologia Positiva propõe medidas para conhecer o bem-estar que buscamos, através do</p><p>conhecimento da emoção positiva, engajamento, sentido, relacionamentos positivos e</p><p>realização, ela propõe que seria possível determinar o que faz uma pessoa feliz. No entanto, é</p><p>importante lembrar que todos esses fatores são constituídos por componentes subjetivos e</p><p>variam de pessoa para pessoa.</p><p>II - Com a busca pela personalização da experiência de aprendizagem e a necessidade de se</p><p>construir um significado para essa experiência, o modelo da Psicologia Positiva pode ajudar na</p><p>construção de programas de formação, voltados para a educação em geral, fornecendo</p><p>estratégias e atividades úteis à auto realização dos indivíduos e das comunidades (Barros,</p><p>Martín & Pinto, 2010).</p><p>III - Um aspecto estudado pela Psicologia Positiva é a resiliência. Definida como contextos de</p><p>mudanças significativas repletas de situações de risco e adversidades, o estudo desse aspecto</p><p>ajuda no entendimento das forças humanas.</p><p>I, apenas.</p><p>II, apenas.</p><p>I e II, apenas.</p><p>II e III, apenas.</p><p>I, II e III.</p><p>Comentários</p><p>A Psicologia Positiva propõe medidas para conhecer o bem-estar que buscamos, através do</p><p>conhecimento da emoção positiva, engajamento, sentido, relacionamentos positivos e</p><p>realização, ela propõe que seria possível determinar o que faz uma pessoa feliz. No entanto, é</p><p>importante lembrar que todos esses fatores são constituídos por componentes subjetivos e</p><p>variam de pessoa para pessoa. Com a busca pela personalização da experiência de</p><p>aprendizagem e a necessidade de se construir um significado para essa experiência, o modelo</p><p>da Psicologia Positiva pode ajudar na construção de programas de formação, voltados para a</p><p>educação em geral, fornecendo estratégias e atividades úteis à auto realização dos indivíduos e</p><p>das comunidades (Barros, Martín & Pinto, 2010).</p><p>A partir das perspectivas freudianas, analise as seguintes assertivas quanto à veracidade – V</p><p>para VERDADEIRO, ou F para FALSO:</p><p>I - Os homens, na medida em que buscam a felicidade entendida da forma positiva, entendem</p><p>perfeitamente que estão à procura de algo possível, pelo fato de toda a estruturação do</p><p>aparelho psíquico estar voltada para atingir este fim.</p><p>II - A felicidade, em Freud, é uma meta inatingível na vida do homem devido não só aos limites</p><p>impostos pela cultura , mas, sobretudo, por àqueles estabelecidos por nossa própria constituição</p><p>psíquica.</p><p>III - “[...] Freud não tem uma concepção positiva do prazer, mas, no limite, uma totalmente</p><p>negativa”. Isto faz com que o homem não busque o prazer, mas sim a eliminação do desprazer.</p><p>A eliminação do desprazer, certamente, causa um estado de bem estar.</p><p>V, V, F.</p><p>V, F, V.</p><p>F, F, V.</p><p>F, V, F.</p><p>F, V, V.</p><p>Comentários</p><p>Os homens, na medida em que buscam a felicidade entendida da forma positiva, não entendem</p><p>que estão à procura de algo impossível, pelo fato de toda a estruturação do aparelho psíquico</p><p>estar voltada para atingir um outro fim.</p><p>Leia atentamente as informações contidas nas colunas “A” e “B” para, em seguida, assinalar a</p><p>alternativa que reúne as correspondências CORRETAS entre as informações nessas contidas.</p><p>Coluna A:</p><p>I - Entre os gregos, a busca da felicidade estava vinculada à procura do bem supremo e da</p><p>virtude. Um dos filósofos gregos mais importantes faz da felicidade "a atividade da alma dirigida</p><p>pela virtude", isto é, pelo exercício da virtude, e não da simples posse.</p><p>II - Este autor critica as concepções que depositam a felicidade nos sentidos ou que fazem dela</p><p>um objeto da razão pura. Para ele, "a felicidade é sempre uma coisa agradável para aquele que</p><p>a possui", mas ela supõe, "como condição, a conduta moral conforme a lei".</p><p>III - Em nossos dias, os filósofos da liberdade declaram que o que existe são escolhas de</p><p>existência. A felicidade não é mais um fim a ser atingido, mas uma função cíclica e intermitente,</p><p>só surgindo na medida em que a afirmamos. Porque "não há moral geral", como define um</p><p>determinado autor.</p><p>Coluna B:</p><p>1.Kant II</p><p>2. Sartre III</p><p>3. Aristóteles I</p><p>I – 2; II – 3; III – 1.</p><p>I – 3; II – 1; III – 2.</p><p>I – 3; II – 2; III – 1.</p><p>I – 1; II – 2; III – 3.</p><p>I – 1; II – 3; III – 2.</p><p>Assinale a alternativa que NÃO corresponde ao pensamento de Sigmund Freud.</p><p>A atenção de Freud parece estar voltada para os fenômenos culturais e sociológicos. A tese</p><p>central é a ideia segundo a qual a vida social exige a repressão das pulsões, o que resulta em</p><p>infelicidade.</p><p>Aos olhos de Freud, “Se a cultura impõe sacrifícios tão grandes, não somente à sexualidade,</p><p>mas também à inclinação do homem à agressividade, nós compreendemos melhor que seja</p><p>difícil ao homem se sentir feliz”.</p><p>Em O mal-estar na cultura, Freud questiona: o que os homens desejam na vida? Sem dúvida,</p><p>afirma ser a felicidade. Dois</p><p>aspectos são ressaltados deste objetivo: um positivo e outro</p><p>negativo. Trata-se, por um lado, da obtenção de prazeres intensos e, por outro, da ausência de</p><p>sofrimento, respectivamente.</p><p>O conceito de felicidade que emerge da teoria freudiana é exclusivamente a obtenção de prazer.</p><p>Freud afirma: “O que se chama felicidade no sentido mais estrito resulta da satisfação bastante</p><p>súbita de necessidades fortemente postas em êxtase e, por sua natureza, é possível somente</p><p>como um fenômeno episódico”.</p><p>Definir o que nos torna felizes não é uma tarefa das mais fáceis. Primeiro</p><p>porque são muitas as variáveis que compõem a produção de nossa</p><p>felicidade. Segundo porque boa parte dos estudos indica que os elementos</p><p>subjetivos são determinantes para nossa apreensão do que seja felicidade. E</p><p>terceiro porque a nossa estrutura psíquica, em contato com a dinâmica social,</p><p>estabelece pontos contraditórios que dificultam e tornam problemáticas as</p><p>noções de felicidade.</p><p>Sendo assim, nosso terceiro módulo apresenta essas questões como</p><p>indagações, tentando possibilitar uma reflexão sobre como a felicidade se</p><p>apresenta como conceito para a Psicologia, Neurociência e áreas afins; e</p><p>como a felicidade e suas problemáticas se estruturam no interior da vida</p><p>social, psíquica e neurológica. Para sustentar essas premissas, utilizamos</p><p>três artigos que apresentam abordagens diferentes, porém complementares,</p><p>sobre o tema.</p><p>O primeiro artigo apresenta uma revisão sobre o conceito de felicidade do</p><p>ponto de vista da psiquiatria clínica. Esse artigo é resultado de uma pesquisa</p><p>sobre literatura especializada no tema e chega à conclusão de que a</p><p>felicidade é um fenômeno altamente subjetivo, sendo mais influenciada por</p><p>elementos psicológicos e socioculturais. Vale a pena conferir e relacionar com</p><p>suas características de personalidade e relacionamento.</p><p>O segundo artigo nos apresenta uma perspectiva analítica sobre os</p><p>problemas da busca da felicidade em nossa sociedade contemporânea. Os</p><p>autores desse trabalho se fazem valer de um vasto campo teórico,</p><p>Psicanálise, Sociologia, Psiquiatria e Antropologia para estudar as</p><p>dificuldades dos processos de felicidade nos dias atuais.</p><p>O terceiro e último artigo nos apresenta uma importante base de estudos da</p><p>neurociência e suas conexões com a prática docente. Com base nesse</p><p>trabalho, é possível estabelecer paralelos entre a Pedagogia e a Neurociência</p><p>tendo a felicidade como questão importante, que perpassa essas duas</p><p>instâncias, ou seja, como um elemento vivo de nossas possibilidades de</p><p>aprendizado. Oferece-nos oportunidade de relacionar aos vários aspectos da</p><p>vida, sendo você docente ou não. Mergulhe e aproveite!</p><p>A equação que iguala felicidade e prazer instantâneo força o sujeito a agir</p><p>segundo uma lógica mercantilista, sem que seu desejo entre em questão.</p><p>Sem referências externas e coletivas que balizem os caminhos do desejo, o</p><p>sujeito contemporâneo é lançado em uma espécie de deriva.</p><p>AUDINO, PACHECO-FERREIRA e HERZO, 2018, p. 56</p><p>LEITURAS RECOMENDADAS</p><p>Os dois primeiros artigos selecionados para este módulo,</p><p>“Felicidade: uma revisão” e “O imperativo da felicidade nos</p><p>dias atuais”, apresentam diferentes abordagens sobre os</p><p>processos de busca da felicidade. Utilizando-se dos campos</p><p>teóricos da Psicanálise, Psiquiatria, Antropologia e</p><p>Sociologia, os trabalhos tentam ampliar nossos horizontes a</p><p>respeito do que nos torna e do que não nos torna felizes, e</p><p>como essa dinâmica tem relação intrínseca</p><p>fundamentalmente com questões psicológicas e</p><p>socioculturais. E o terceiro artigo, “Neurociências:</p><p>contribuições para a formação e prática docente”, apresenta</p><p>conceitos fundamentais para o entendimento da relação</p><p>entre a Neurociência, aprendizagens da vida e a prática</p><p>docente, tendo a felicidade como agente importante desse</p><p>processo.</p><p>Atividade Sistematica Unidade 3 1,6/1,6</p><p>Em relação aos aspectos psicológicos e socioculturais, analise as seguintes assertivas quanto à</p><p>veracidade – V, para verdadeiro, ou F, para falso:</p><p>I - Os índices de felicidade costumam ser relativamente instáveis ao longo do tempo na vida de</p><p>cada indivíduo, dependendo exclusivamente de eventos externos. Os eventos dramáticos ou</p><p>extraordinários – como uma lesão medular causando tetraplegia, ou ganhar um prêmio de loteria</p><p>– influem absolutamente nos níveis de felicidade reportados em longo prazo, como</p><p>demonstraram Brickman et al. (1978) em um artigo que se tornou histórico.</p><p>II - Vaillant (2000) investigou a felicidade enquanto traço, estudando três grandes amostras de</p><p>adultos ao longo de várias décadas. Criou uma “escala de funcionamento defensivo” capaz de</p><p>mensurar diferentes defesas psicológicas, concluindo que o desenvolvimento do que chama de</p><p>“defesas da maturidade” – como o altruísmo, a sublimação, o humor e a antecipação – tem</p><p>grande papel na manutenção de uma vida plena de alegria e de sucesso.</p><p>III - Em relação ao estado civil, pesquisas indicam que o casamento tem pouca influência na</p><p>felicidade. Por meio de uma meta-análise de 58 estudos realizados nos Estados Unidos,</p><p>Haring-Hidore et al. (1985) concluíram que o efeito representado pelo casamento nos níveis de</p><p>felicidade é de apenas 0,14. Demo e Acock (1996) compararam mães solteiras, casadas e</p><p>recasadas e chegaram a uma conclusão semelhante.</p><p>A) F, V, V.</p><p>B) V, V, F.</p><p>C) F, V, F.</p><p>D) V, F, F.</p><p>E) V, F, V.</p><p>Complete as lacunas corretamente:</p><p>A Em branco 1 pode ser a base para análise de teorias e reflexões sobre o processo de Em</p><p>branco 2, sob a luz dos processos cerebrais como origem da cognição e do comportamento</p><p>humano (OLIVEIRA, 2014). Esses estudos têm se tornado base para o entendimento de como o</p><p>cérebro aprende, estimulando a compreensão e o reconhecimento de sua importância no</p><p>processo educacional.</p><p>a) neurociência</p><p>b) ensino-aprendizagem</p><p>Analise as assertivas e assinale as que têm relação com a teoria freudiana e suas reflexões</p><p>sobre prazer e desprazer.</p><p>I - Freud liga os conceitos de prazer e desprazer com a quantidade de excitação presente no</p><p>aparelho psíquico: enquanto o aumento de tensão corresponde ao desprazer, a diminuição</p><p>equivale ao prazer. Ambos são percebidos pela consciência. Segundo Freud, “A consciência</p><p>fornece essencialmente percepções de excitações que provêm do exterior e sensações de</p><p>prazer e desprazer que naturalmente só podem originar-se do interior do aparelho psíquico”. Ou</p><p>seja, os termos prazer e desprazer qualificam os estímulos percebidos pela consciência de</p><p>acordo com as características quantitativas que apresentam.</p><p>II - O princípio de prazer constitui um dos que regulam o aparelho mental e que dominam a</p><p>psique desde o início da vida. Embora tenha que ser “substituído” pelo princípio de realidade,</p><p>seu objetivo, que é evitar desprazer e buscar prazer, jamais é abandonado.</p><p>III - Em “Além do princípio de prazer”, Freud afirma que o psiquismo humano é regulado pelo</p><p>princípio de prazer, o que significa dizer que busca o prazer e a evitação de sofrimento. De</p><p>acordo com Freud, “[...] cada vez que uma tensão desprazerosa se acumula, ela desencadeia</p><p>processos psíquicos que tomam, então, um determinado curso. Esse curso termina em uma</p><p>diminuição da tensão, evitando o desprazer ou produzindo prazer”. A tensão à qual Freud</p><p>refere-se só pode ter uma origem externa.</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II, apenas.</p><p>c) II e III, apenas.</p><p>d) I e II, apenas.</p><p>e) III, apenas.</p><p>Em relação às conexões entre neurociência e práticas docentes, analise as seguintes assertivas</p><p>quanto à veracidade – V, para verdadeiro, ou F, para falso:</p><p>I - Entende-se que a neurociência é algo fundamental à formação docente, visto que ela engloba</p><p>e relaciona outras ciências em seu aspecto multidisciplinar. Sendo assim, para desenvolver um</p><p>bom ensino, é necessário que o professor, com ajuda da neurociência, procure por estratégias</p><p>que ajudem na realização desse fato.</p><p>II - Guerra (2011) defende que, como cada indivíduo possui um sistema nervoso diferente,</p><p>apresentará comportamentos, habilidades limitações e potencialidades cognitivas</p><p>distintas das</p><p>demais e poderá demandar estratégias de aprendizagem distintas.</p><p>III - Baseando-se em um dos princípios da neurociência cognitiva, no qual se sabe que, sem</p><p>estímulos, o cérebro não aprende, fica evidente que a neurodidática defende um novo modelo</p><p>educacional que motive os alunos, estabelecendo uma distância entre professor e aluno.</p><p>IV - Segundo Grossi (2014), a neurociência cognitiva aplicada à educação ainda não é uma</p><p>realidade na formação do docente, sendo também uma lacuna a ser preenchida na prática</p><p>docente diária, haja vista a falta de disciplinas relacionadas com a neurociência na maioria das</p><p>matrizes curriculares dos cursos de formação de professores. Essa mesma autora ainda</p><p>defende que a revisão curricular se faz necessária, sendo um importante álibi para que os</p><p>recursos neurocientíficos sejam utilizados no dia a dia da sala de aula.</p><p>a) V, F, F, V.</p><p>b) V, V, F, V.</p><p>c) F, F, V, V.</p><p>d) F, V, F, V.</p><p>e) F, V, V, F.</p><p>Nosso quarto módulo de trabalho sobre a felicidade apresenta discussões no campo da</p><p>Psicologia Positiva com desdobramentos em estudos sobre a comunicação não violenta,</p><p>tendo como fio condutor as dimensões individual e coletiva.</p><p>A pergunta estímulo já apresenta uma importante questão a respeito da produção da</p><p>felicidade.</p><p>No decorrer dos textos, é possível perceber como as articulações entre as instâncias sociais</p><p>e íntimas, objetivas e subjetivas, individuais e coletivas se mostram relevantes e</p><p>importantes.</p><p>No primeiro texto, intitulado Psicologia positiva e o estudo do bem-estar subjetivo, os</p><p>autores apresentam a Psicologia Positiva, com reflexões sobre os debates mais importantes</p><p>do campo, e exploram o conceito de bem-estar subjetivo.</p><p>Essa Revisão Bibliográfica feita pelos autores permite uma boa aproximação e discussão</p><p>sobre os aspectos primordiais da Psicologia Positiva, bem como suas reflexões mais</p><p>contemporâneas.</p><p>O texto, ao abordar aspectos sociais e psicológicos que contribuem para a produção do</p><p>bem-estar apresenta uma perspectiva relevante sobre o imbricamento entre a instância</p><p>individual e a coletiva.</p><p>A segunda referência de estudos é de uma das grandes bases contemporâneas da</p><p>Psicologia Positiva, trata-se de Martin Seligman com o texto Florescer: uma nova</p><p>compreensão sobre a natureza da felicidade e do bem-estar.</p><p>No primeiro capítulo, recorte escolhido para este módulo, Seligman reflete sobre as</p><p>transformações no interior de sua própria Teoria, partindo da felicidade autêntica e</p><p>chegando ao bem-estar.</p><p>Nessa transição teórica, o autor expõe as necessidades dessa transformação e aborda</p><p>aquilo que ele considera serem os pilares para o entendimento do bem-estar.</p><p>Nesse sentido, o texto nos dá uma importante base reflexiva para compreendermos o</p><p>fenômeno da felicidade na acepção contemporânea da Psicologia Positiva e a relação</p><p>dessa abordagem teórica com as dinâmicas individuais e coletivas.</p><p>O último texto deste Módulo se chama Introdução à Comunicação Não Violenta (CNV)</p><p>reflexões sobre fundamentos e método.</p><p>O autor procura apresentar, nesse trabalho, os aspectos filosóficos e metodológicos da</p><p>Prática da Comunicação não violenta que, segundo o próprio, constitui-se numa importante</p><p>ferramenta para lidar com conflitos negativos.</p><p>Para lidar com tais conflitos e, nesse sentido, buscar a felicidade, este estudo aponta a</p><p>necessidade de se pensar a produção de si em conexão com a produção do outro, ou seja,</p><p>como nossas vidas estão conectadas e como a felicidade e a diminuição dos conflitos e da</p><p>violência passa pelo entendimento do que nos é comum.</p><p>Os relacionamentos positivos atendem a dois dos critérios exigidos para ser</p><p>um elemento: eles contribuem para o bem-estar e podem ser mensuráveis</p><p>independentemente dos outros elementos. Mas será que nós vamos atrás</p><p>dos relacionamentos por eles mesmos ou os buscamos apenas porque nos</p><p>trazem emoção positiva, engajamento, sentido ou realização? Será que nos</p><p>daríamos ao trabalho de buscar relacionamentos positivos se eles não</p><p>produzissem emoção positiva, engajamento, sentido ou realização?</p><p>MARTIN SELIGMAN</p><p>O primeiro texto, Psicologia positiva e o estudo do bem-estar subjetivo, faz uma</p><p>importante Revisão Bibliográfica sobre o campo da Psicologia Positiva e apresenta o</p><p>conceito de bem-estar subjetivo.</p><p>O segundo texto, Florescer: uma nova compreensão sobre a natureza da felicidade e</p><p>do bem-estar, da grande referência da Psicologia Positiva Martin Seligman, apresenta uma</p><p>importante transformação teórica partindo da felicidade autêntica para o bem-estar.</p><p>O último texto, Introdução à Comunicação Não Violenta (CNV) reflexões sobre</p><p>fundamentos e método, introduz os debates sobre essa ferramenta de diluição de</p><p>conflitos, constituindo-se numa importante prática para pensar a felicidade.</p><p>Atividade de Sistematização IV 1,6/1,6</p><p>Assinale a alternativa que NÃO corresponde à conceituação de bem-estar subjetivo:</p><p>a) O bem-estar subjetivo, também chamado de felicidade (DIENER, 2000; SELIGMAN,</p><p>2004), pode ser nomeado de extroversão estável, parecendo o afeto positivo na</p><p>felicidade estar relacionado à fácil sociabilidade, o que propicia uma interação natural e</p><p>agradável com outras pessoas.</p><p>b) Pessoas com o bem-estar elevado parecem ter melhores relações sociais do que</p><p>pessoas que apresentam o bem-estar rebaixado. Relações sociais positivas mostram-se</p><p>necessárias para o bem-estar. Existem diferentes dados sugerindo que o bem-estar leva</p><p>ao desenvolvimento de boas relações sociais e não é meramente seguido por elas</p><p>(DIENER; SELIGMAN, 2004).</p><p>c) Diener e Biswas-Diener (2002) sustentaram que uma renda mais elevada auxiliaria as</p><p>avaliações de bem-estar subjetivo no caso de pessoas extremamente pobres, porém, a</p><p>partir de uma determinada renda não se verificaria a correlação entre aumento da</p><p>riqueza e aumento do bem-estar subjetivo (DIENER, 2004).</p><p>d) De fato, constata-se que felicidade, ou bem-estar subjetivo, é apenas a ausência de</p><p>depressão, e não tem relação com a presença de um número de emoções e estados</p><p>cognitivos positivos (JOSEPH et al., 2004).</p><p>e) O bem-estar subjetivo é associado à saúde e à longevidade, embora os caminhos</p><p>ligando essas variáveis estejam longe de inteira compreensão (DIENER; SELIGMAN,</p><p>2004). Seligman (2004, p.55) afirmou que “A emoção positiva funciona como previsão</p><p>de saúde e longevidade, que são bons indicadores de reservas físicas”.</p><p>Em relação à comunicação não violenta analise as seguintes assertivas quanto à veracidade – V</p><p>para VERDADEIRO ou F para FALSO:</p><p>I - Em termos gerais, a não violência é uma tradição teórica e prática muito longa, que tem em</p><p>Gandhi um de seus nomes consagrados. A CNV inspira-se filosoficamente nesta tradição,</p><p>adquirindo também outros saberes de modelos comunicacionais de paz, tanto quanto do saber</p><p>da Psicologia social e de grupos.</p><p>II - A CNV é uma ótica e uma ética prática, em que devemos – sem negar valores e</p><p>responsabilidades – nos colocar para além do bem e do mal, além da moral dicotômica. Eis</p><p>porque uma das frases essenciais e que resume muito dessa visão diz: “Para além do certo e do</p><p>errado, existe um lugar: somente ali nos encontraremos”.</p><p>III – Para a CNV, habitamos um mundo de muitas formas, da biodiversidade, do múltiplo, das</p><p>muitas faces, línguas, sexualidades. Ao fundo de tudo, há tempo e mudança, insuperáveis: nada</p><p>permanece igual. Portanto, para lidar com os conflitos, é preciso evitar essa torrente de</p><p>mudanças e nos apegarmos ao que é fixo, imutável e idêntico.</p><p>IV - A tarefa da CNV é ajudar a entender os conflitos negativos, atuar em suas causas (atuar até</p><p>certo ponto, pois muitas questões ultrapassam sua esfera, como questões econômicas ou</p><p>psicológicas mais graves), e promover as estratégias positivas, resolutivas e de relacionamentos</p><p>saudáveis, por meio do encontro e da comunicação sem bloqueios, como veremos. De algum</p><p>modo, trata-se de recuperar a capacidade para o diálogo, curando a sua incapacidade, como</p><p>diria Gadamer.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:</p><p>a) F, F, V, V.</p><p>b) V, V, F, F.</p><p>c) F, F, F,</p><p>V.</p><p>d) V, V, F, V.</p><p>e) V, F, V, V.</p><p>Na teoria Em branco 1, o objetivo da psicologia positiva, assim como o alvo de Richard Layard,</p><p>é aumentar a quantidade de felicidade na vida das pessoas e no Planeta. Na teoria Em branco</p><p>2, em contrapartida, o objetivo da Psicologia positiva é plural e significativamente diferente: é</p><p>aumentar a quantidade de florescimento na vida das pessoas e no planeta.</p><p>a) da felicidade autêntica</p><p>b) do bem-estar</p><p>Analise as assertivas a seguir e identifique as que se vinculam aos princípios da comunicação</p><p>não violenta:</p><p>I - Pensar os conflitos exige indagar como o meu “ser no mundo” tem se exercido, o que me</p><p>cabe diante da vida conflitiva, que envolve a mim e a meus próximos, como tenho ferramentas</p><p>para lidar com eles, como me preparei emocionalmente para lidar com eles, como posso ajudar</p><p>outrem a lidar com eles?</p><p>II - A CNV se arrisca a usar a palavra compaixão para falar de nossa natureza humana basilar –</p><p>portanto relacional – no sentido daquilo que mais nos toca: o sofrimento e a busca da</p><p>Felicidade. Desse modo, não se trata de “ter pena de alguém” – o que em geral oculta nossa</p><p>dor, tanto quanto a humanidade do outro, e nos colocando num estatuto acima dele. Não se</p><p>trata de ser “bonzinho”; não se trata ainda de ser religioso, ou de ceder sempre, de se apiedar</p><p>propriamente, e de ser sempre emotivo. Trata-se de entender e sentir profundamente que</p><p>estamos no mundo da vulnerabilidade e que todos queremos ser felizes, todos fazemos muitas</p><p>coisas boas e ruins em nome disso.</p><p>III - Quando olhamos a fundo os caminhos (métodos) ou concepções em torno das relações e</p><p>conflitos, e o que a CNV traz, nos vemos a refletir sobre quem somos e o que buscamos; “quem</p><p>somos” não é uma essência metafísica, racional ideal e pronta, ou um falso ego idealizado, mas</p><p>como nos relacionamos, como nos afetamos e atingimos outrem – bem como nosso ambiente</p><p>vivo. Nesse sentido, cabe bem a pergunta sobre qual o grau de consciência que possuímos a</p><p>cada momento em que vivemos o mundo- relações.</p><p>Assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) I e II, apenas.</p><p>c) II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>Em relação à Teoria do bem-estar e seus elementos, leia atentamente as informações contidas</p><p>nas Colunas A e B para, em seguida, assinalar a alternativa que reúne as correspondências</p><p>corretas entre as informações nelas contidas:</p><p>Coluna A:</p><p>I - O primeiro elemento na Teoria do bem-estar (a vida agradável) é também o primeiro na</p><p>Teoria da felicidade autêntica. Mas continua a ser a pedra angular da Teoria do bem-estar,</p><p>embora com duas mudanças cruciais. A felicidade e a satisfação com a vida, como medidas</p><p>subjetivas, deixam de ser o objetivo de toda a Teoria para ser apenas um dos fatores incluídos</p><p>sob este elemento.</p><p>II – Esse elemento é avaliado apenas subjetivamente (“Você teve a sensação de que o tempo</p><p>parou?”, “Ficou completamente absorvido pela tarefa?”, “Perdeu a consciência de si mesmo?”).</p><p>III - Para este elemento, pertencer e servir a algo que se acredita ser maior do que o eu é</p><p>fundamental. Apesar de não ser somente subjetivo, este elemento tem um componente</p><p>subjetivo (“Aquela conversa que tivemos ontem na República, durante a noite toda, não fez todo</p><p>o sentido?”).</p><p>IV - Foi aqui que se forjou o desafio de Senia à Teoria da felicidade autêntica — sua afirmação</p><p>de que as pessoas perseguem o sucesso, a vitória, a conquista e o domínio por eles mesmos.</p><p>Eu me convenci de que ela está correta e que os dois estados transitórios anteriores não</p><p>esgotam as coisas que as pessoas comumente perseguem por elas próprias.</p><p>Coluna B:</p><p>A - Realização</p><p>B - Sentido</p><p>C - Engajamento</p><p>D - Emoção positiva</p><p>I – B; II – C; III – A; IV – D.</p><p>I – D; II – C; III – B; IV – A.</p><p>I – A; II – B; III – D; IV – C.</p><p>I – C; II – A; III – D; IV – B.</p><p>I – C; II – D; III – A; IV – B.</p><p>O que é ser feliz profissionalmente?</p><p>Felicidade é um termo subjetivo, o que sugere que ele conta com a opinião de quem</p><p>responde. Mas, ainda assim, podemos sugerir algumas respostas a essa pergunta: fazer</p><p>algo que faça sentido para você, ter bons relacionamentos, sentir-se valorizado(a), ter boas</p><p>condições físicas e psicológicas para realizar o trabalho, saber manejar bem o estresse e a</p><p>ansiedade decorrentes das constantes exigências e mudanças são bons exemplos.</p><p>Este módulo tem a intenção de apresentar-lhe as competências para o profissional do</p><p>século XXI, trazer os conceitos de lifelong learner (aprendiz por toda a vida), qualidade de</p><p>vida e felicidade no trabalho, além dos conceitos de estresse, ansiedade e resiliência, para</p><p>que você possa, ao fim de seus estudos, ter aptidão para identificar fatores que possam</p><p>elevar o seu nível de satisfação com sua vida profissional.</p><p>Para mim, a felicidade é a alegria que sentimos quando nos esforçamos para concretizar o</p><p>nosso potencial</p><p>SHAWN ACHOR</p><p>No artigo “Futuro do Trabalho”, conheceremos as principais competências que o profissional</p><p>do século XXI precisará desenvolver. Sugiro que você reflita sobre o fato de que, na maioria</p><p>das vezes, são competências comportamentais, ou as chamadas soft skills.</p><p>Em seguida, falaremos da importância de sermos lifelong learners – aprendizes por toda a</p><p>vida – e abordaremos o que significa vivermos em um mundo VUCA. Todos esses conceitos</p><p>se entrelaçam com as características do mercado de trabalho atual, e o profissional, ao</p><p>preparar-se para o cenário e desenvolver as competências desejadas, gera para si mais</p><p>competitividade e empregabilidade.</p><p>No entanto, é preciso compreender formas de gerenciar a qualidade de vida no trabalho, a</p><p>fim de que toda essa exigência e agilidade não se transformem em transtornos físicos e</p><p>mentais derivados do trabalho. Saber lidar com estresse e ansiedade e conhecer os fatores</p><p>de bem-estar no trabalho são grandes ferramentas para mantermos a satisfação com a vida</p><p>profissional em alta.</p><p>Atividade de Sistematização V 1,6/1,6</p><p>Qual o significado do acrônimo VUCA, que vimos em Mundo VUCA?</p><p>a) Veloz, Incapacitante, Correto e Ágil.</p><p>b) Volatilidade, Incerteza, Complexidade, Ambiguidade.</p><p>c) Volatilidade, Irrealismo, Complexidade, Agilidade.</p><p>d) Visão, Unicidade, Certeza, Ambiguidade.</p><p>e) Veloz, Único, Correto e Ambíguo</p><p>De que forma o autoconhecimento contribui para o profissional do século XXI?</p><p>a) Para ter vantagens competitivas sobre os outros concorrentes.</p><p>b) Para saber responder as perguntas de uma entrevista de trabalho.</p><p>c) Para ter uma visão sistêmica do negócio.</p><p>d) O profissional que se conhece compreende suas forças e oportunidades de melhoria, é</p><p>capaz de identificar com mais clareza quais seus objetivos e suas metas, e ganha poder</p><p>de escolha. Além disso, é capaz de compreender melhor e respeitar as diferenças.</p><p>e) O autoconhecimento é um conceito filosófico de autoajuda que não contribui para o</p><p>âmbito profissional do indivíduo.</p><p>Qual a premissa para um Lifelong Learning – Aprendizado por toda a vida?</p><p>a) O aprendizado deve acontecer todos os anos.</p><p>b) O aprendizado deve seguir a ordem: graduação, pós-graduação e mestrado.</p><p>c) O aprendizado começa desde a primeira infância.</p><p>d) O aprendizado só acaba na terceira idade.</p><p>e) O aprendizado não tem data para acabar.</p><p>Complete a lacuna com as palavras que melhor se adequem à afirmação:</p><p>Resiliência é a capacidade de ser flexível ao atribuir significados com equilíbrio nos momentos</p><p>de dificuldades e desafios da vida</p><p>a) flexível</p><p>b) equilíbrio</p><p>c) dificuldades e desafios</p><p>Chegamos ao último módulo de nossa disciplina. Até aqui estudamos diversas perspectivas</p><p>sobre a felicidade e o bem-estar, apoiados por uma base teórica consistente e múltipla. A</p><p>filosofia, a psicologia, a psicologia positiva, a psicanálise, a antropologia, as neurociências,</p><p>a pedagogia e outras áreas do pensamento construíram pontes entre si e alargaram as</p><p>possibilidades de reflexão, tendo como fio condutor a felicidade e seus desdobramentos.</p><p>Neste último módulo, apresentamos reflexões e estudos sobre práticas que têm o bem</p><p>estar e a felicidade como princípio ativo, como horizonte norteador e produtor</p><p>de sentidos. A</p><p>investigação das experiências concretas ajuda a compreender como algumas realizações e</p><p>dinâmicas sociais impactam diretamente nas percepções sobre felicidade e bem-estar. Para</p><p>tanto, escolhemos três textos de suporte.</p><p>O primeiro deles, intitulado “Bem-estar profissional de professores de escolas públicas e</p><p>privadas”, promove uma reflexão a partir do contato com 108 professores do ensino básico,</p><p>sendo 54 do ensino público e 54 do ensino privado. Essa pesquisa, amparada pela teoria</p><p>das representações sociais, aponta que em ambos os grupos, o respeito e a valorização</p><p>são fundamentais para o bem-estar docente. Contudo, houve divergência entre os grupos</p><p>no que diz respeito aos elementos que caracterizam a satisfação profissional. Esse estudo é</p><p>importante, portanto, para que entendamos os critérios essenciais para a busca pelo bem</p><p>estar docente e que consigamos perceber as necessidades desse processo de acordo com</p><p>suas especificidades.</p><p>“Influência da prática de atividade física sobre a qualidade de vida de usuários do SUS” é o</p><p>segundo texto de nosso módulo e, como o título sugere, a pesquisa se debruça sobre a</p><p>relação entre a atividade física e a promoção da qualidade de vida em pessoas atendidas</p><p>nas Unidades Básicas de Saúde da Família, no município de Campo Grande (MS). Foram</p><p>entrevistadas 90 pessoas com mais de 40 anos, e os resultados apontam que o grupo de</p><p>praticantes de atividade física apresenta, significativamente, mais características</p><p>relacionadas ao processo de qualidade de vida. Neste sentido, o estudo reforça a</p><p>necessidade de que programas de promoção da saúde estimulem e construam condições</p><p>para que a população consiga ter acesso às atividades físicas.</p><p>O nosso terceiro e último texto se chama “Arte e humanização das práticas de saúde em</p><p>uma Unidade Básica” e situa seus estudos na sala de espera de uma Unidade Básica de</p><p>Saúde. A pesquisa reflete como a arte teria a capacidade de criar outros sentidos para o</p><p>ambiente de espera do atendimento básico, que em geral é desgastante, tedioso e aflito. A</p><p>arte aparece aqui, então, como um agente transformador daquela realidade, como uma</p><p>importante experiência que abre perspectivas para criação de um espaço mais humanizado</p><p>e, por consequência, mais saudável e feliz. O artigo nos convoca, portanto, a pensar o</p><p>papel da arte na sociedade e seu traço fundamental de produção de bem estar e reinvenção</p><p>da vida.</p><p>A vivência artística se caracteriza por um "ver o mundo de novo", impregnando-o</p><p>com outros significados criados a partir da elaboração de memórias, sentimentos e</p><p>reflexões suscitados pela arte. Os sentidos são construídos a partir desta vivência,</p><p>de maneira que elementos da subjetividade apareçam como recursos para</p><p>enriquecer a compreensão, o que pode resultar na produção de relações mais</p><p>compromissadas.</p><p>SATO, M.; AYRES, J. R. C. M.</p><p>"Bem-estar profissional de professores de escolas públicas e privadas”, o primeiro texto do</p><p>módulo, apresenta questões sobre o bem-estar profissional na docência de ensino básico.</p><p>O artigo nos revela importantes parâmetros para entendermos este contexto. O segundo</p><p>texto, “Influência da prática de atividade física sobre a qualidade de vida de usuários do</p><p>SUS”, reflete sobre a importância da atividade física para a produção da qualidade de vida</p><p>em pessoas acima de 40 anos, usuárias do SUS, e indica a necessidade de políticas</p><p>públicas que ajam nesse sentido. O terceiro texto, “Arte e humanização das práticas de</p><p>saúde em uma Unidade Básica”, nos convida a pensar sobre a relevância da arte como</p><p>agente humanizadora e agente de produção e elaboração de novos sentidos para espaços</p><p>comumente tediosos e desgastantes.</p><p>Atividade de Sistematização VI 2,0/2,0</p><p>Em relação aos resultados da pesquisa sobre qualidade de vida e atividade física, apontadas</p><p>pelo artigo “A Influência da prática de atividade física sobre a qualidade de vida de usuários do</p><p>SUS”, analise as seguintes assertivas quanto à veracidade – V para VERDADEIRO, ou F para</p><p>FALSO:</p><p>I - No caso do presente estudo, há evidências de que o investimento no oferecimento de</p><p>programas de atividade física no SUS não tem nenhuma relação com as condições de vida da</p><p>população que busca atendimento na atenção primária.</p><p>II - Considera-se a possibilidade de estruturação desses programas no espaço das UBSF, em</p><p>perspectiva mais ampla, onde, além da atividade física em si, esses possam ser acompanhados</p><p>de ações de aconselhamento, intersetorialidade, monitoramento e avaliação, conforme previsto</p><p>nas Políticas Públicas de Promoção à Saúde.</p><p>III - As propostas supracitadas induzem à criação de programas comunitários de atividade física</p><p>em unidades de saúde, com supervisão profissional, que permitem ao usuário a modificação do</p><p>estilo de vida de sedentário para ativo, o que, de acordo com Kokubun et al. (2007), deve</p><p>ocorrer por meio do acesso a programas de atividade física de qualidade.</p><p>IV - A relação complexa entre saúde e seus determinantes, no Brasil, impõe o desafio de</p><p>encontrar mecanismos para o enfrentamento das Doenças e Agravos Não Transmissíveis</p><p>(Dant).</p><p>As assertivas I, II, III e IV são, RESPECTIVAMENTE:</p><p>a) F, F, V, V.</p><p>b) V, V, F, F.</p><p>c) V, F, F, F.</p><p>d) F, V, V, V.</p><p>e) F, V, F, V.</p><p>Assinale as assertivas que dizem respeito às conclusões do artigo “Bem-estar profissional de</p><p>professores de escolas públicas e privadas”.</p><p>I - Fundamentando-se na teoria das representações sociais, em especial a abordagem estrutural</p><p>proposta por Abric (1994, 1998, 2003), os resultados obtidos demostraram que os grupos</p><p>estudados partilham de representações sociais acerca do bem-estar no trabalho, na medida em</p><p>que o núcleo central de ambos os grupos apontou o respeito e a valorização como intimamente</p><p>ligados ao bem-estar docente.</p><p>II - Levando em consideração as proposições de Jodelet (2001), acerca da relação entre</p><p>práticas sociais e representações sociais, podemos inferir que o pensamento social partilhado</p><p>pelos professores de ambos os grupos, acerca de seu bem-estar profissional irá interferir em</p><p>sua dinâmica profissional, proporcionando uma coerência entre o pensar e o agir social e</p><p>atendendo à necessidade de vivermos, conforme salienta Moscovici (1984), em um ambiente de</p><p>familiaridade com os fenômenos sociais.</p><p>III - Tais resultados vêm se juntar às várias pesquisas conduzidas no âmbito da psicologia</p><p>negativa - ramo recente da psicologia que se ocupa de estudar, dentre outras questões, os</p><p>aspectos relacionados à vivência de bem-estar subjetivo e objetivo, percepção de qualidade de</p><p>vida e noção de felicidade - , as quais têm demonstrado que o trabalho não tem nenhuma</p><p>relevância para a qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos (SELIGMAN;</p><p>CSIKSZENTMIHALYI, 2000).</p><p>As afirmativas verdadeiras são:</p><p>a) I, apenas</p><p>b) II, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) I e III, apenas.</p><p>e) II e III, apenas.</p><p>Em relação aos estudos desenvolvidos pelo artigo “Arte e humanização das práticas de saúde</p><p>em uma Unidade Básica”, analise as seguintes assertivas quanto à veracidade – V para</p><p>VERDADEIRO, ou F para FALSO:</p><p>I - A vivência artística se caracteriza por um "ver o mundo de novo", impregnando-o com outros</p><p>significados criados a partir da elaboração de memórias, sentimentos e reflexões suscitados</p><p>pela arte. Os sentidos são construídos a partir desta vivência, de maneira que elementos da</p><p>subjetividade apareçam como recursos para enriquecer a compreensão, o que pode resultar na</p><p>produção de relações mais compromissadas.</p><p>II - A arte não é capaz de conjugar a dimensão instrumental da ação – que busca alcançar</p><p>determinado propósito – com o sentido da ação – construído por suas implicações simbólicas.</p><p>Porque sua atuação é limitada ao fenômeno artístico, não havendo nenhuma possibilidade de</p><p>conexão entre a arte e a realidade. Nesse sentido, a prática artística não traz nenhuma</p><p>contribuição para o ambiente da saúde, sendo assim é descartada como ação a ser</p><p>desenvolvida pelas esferas públicas.</p><p>III - O saldo principal da presente reflexão aponta para a potência da arte na ressignificação</p><p>dos</p><p>processos de trabalho em saúde e na direção de sua reconstrução como prática humanizada.</p><p>Além dos recursos mais tradicionais, pautados na lógica racional – como, por exemplo,</p><p>capacitações feitas para "sensibilizar" os trabalhadores quanto à importância de se incorporarem</p><p>novas atitudes na relação com o usuário –, a arte revela-se recurso capaz de envolver os</p><p>sujeitos por meio de uma experiência vivida.</p><p>IV - A humanização defende o restabelecimento da dignidade humana, muitas vezes</p><p>comprometida nas interações no âmbito da saúde. Uma prática reducionista de cuidado</p><p>pautada, exclusivamente, pela lógica tecnocientífica e o automatismo resultante de uma certa</p><p>forma de organização do processo de trabalho seriam fatores a contribuir com a desqualificação</p><p>das relações entre os sujeitos. Neste contexto, a arte mostra-se potente para ampliar os</p><p>horizontes de olhares restritos a uma certa ordem e favorecer a restauração de outros canais de</p><p>percepção do mundo.</p><p>As assertivas I, II, III e IV são, RESPECTIVAMENTE:</p><p>a) V, V, F, V.</p><p>b) F, F, V, V.</p><p>c) V, F, V, V.</p><p>d) F, V, F, V.</p><p>e) V, V, V, F.</p><p>Em relação ao bem-estar na prática docente, analise as seguintes assertivas quanto à</p><p>veracidade – V para VERDADEIRO, ou F para FALSO:</p><p>I - A noção de bem-estar de cada grupo social encontra-se diretamente relacionada aos padrões</p><p>pactuados e consensuados que são construídos socioculturalmente (ROCHA; FELL, 2004).</p><p>Sendo assim, é necessário apreender os sentidos do trabalho em referência a cada atividade,</p><p>pois é a partir deles que o trabalhador se relaciona positiva ou negativamente com sua atividade</p><p>profissional (MORIN, 2001).</p><p>II - A conclusão de alguns autores é que as demandas diárias às quais os professores do ensino</p><p>básico são constantemente submetidos, aliadas a uma mudança histórica do prestígio desses</p><p>profissionais na sociedade e à ausência de dispositivos que garantam efetivamente sua maior</p><p>participação nas decisões da escola, vêm gerando problemas emocionais e sintomas clínicos</p><p>que justificam a maior parte dos afastamentos do trabalho por transtornos mentais.</p><p>III - Com base na perspectiva teórico-metodológica das representações sociais, pode-se afirmar,</p><p>então, que os indivíduos fazem parte de grupos profissionais com os quais interagem e que, ao</p><p>longo de tais interações, vão construindo representações sociais que se encontram refletidas em</p><p>sua prática profissional. Tais representações caracterizam, por conseguinte, suas ações como</p><p>membros de determinados grupos.</p><p>IV - Mourão e Galinkin (2008) não verificaram a existência de diferenças na percepção</p><p>socialmente partilhada entre os gêneros no que tange cargos de gestão. As representações</p><p>sociais encontradas, femininas e masculinas, sem distinção, incorporam elementos diferenciais</p><p>como: o cuidado nas relações interpessoais, a valorização da pessoa e a incorporação de itens</p><p>de qualidade de vida entre os empregados.</p><p>As assertivas I, II, III e IV são, RESPECTIVAMENTE:</p><p>a) V, V, V, F.</p><p>b) V, V, F, F.</p><p>c) F, V, V, V.</p><p>d) F, F, V, V.</p><p>e) F, V, F, V.</p>