Introdução a contabilidade Internacional - parte 1 docx

Prévia do material em texto

<p>Contabilidade Internacional</p><p>Texto de apoio</p><p>Edição 2024</p><p>INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE INTERNACIONAL</p><p>1</p><p>======================</p><p>Objectivos de aprendizagem</p><p>No final desta disciplina, espera-se que o estudante seja capaz de:</p><p>Ter adquirido a noção da Contabilidade baseada em Normas Internacionais;</p><p>Desenvolver o conhecimento da importância da Contabilidade Internacional;</p><p>Compreender, interpretar e enquadrar os desafios da profissão de Contabilidade no contexto actual dominado pelas</p><p>Normas Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro.</p><p>2</p><p>Lista de abreviaturas</p><p>AICPAAmerican Institute of Certified Public Accountants</p><p>FASB Financial Accounting Standard Board</p><p>IAS International Accounting Standards (Normas Internacionais de Contabilidade)</p><p>IASB International Accounting Standards Board</p><p>IASC International Accounting Standards Commitee</p><p>IFRS International Financial Reporting Standards (Normas Internacionais de Relato Financeiro)</p><p>NCRF Normas de Contabilidade e de Relato Financeiro</p><p>NIC Normas Internacionais de Contabilidade</p><p>NIRF Normas Internacionais de Relato Financeiro</p><p>SCE Sistema de Contabilidade para o Sector Empresarial m Moçambique</p><p>SIC Standing Interpretations Committee</p><p>IFRIC International Financial Reporting Interpretations Committee</p><p>USGAAP United States Generally Accepted Accounting Principles</p><p>3</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/International_Financial_Reporting_Interpretations_Committee</p><p>1 Introdução à Contabilidade Internacional</p><p>Os tópicos da disciplina de Contabilidade Internacional servem de guião inicial para inserção dos</p><p>estudantes no estudo das normas internacionais emitidas pelo IASB “International Accountig</p><p>Stanards Board”(IASB), Junta de Normas Internacionais de Contabilidade.</p><p>A linguagem da informação financeira até a década noventa não era homogénea e variava</p><p>conforme o país, uma vez influenciada em grande medida pelo meio e ambiente económico</p><p>envolvente. Com o fenómeno da globalização dos mercados, a internacionalização da</p><p>contabilidade tornou-se uma realidade. Através do processo de harmonização e da normalização</p><p>contabilística, tornou-se irreversível a abertura das fronteiras do exercício da contabilidade,</p><p>visando satisfazer as necessidades dos utentes, em particular os mercados de capitais, financeiros,</p><p>investidores e instituições supranacionais.</p><p>A Contabilidade Internacional tem ocupando o plano central de estudos e debates dos</p><p>profissionais das áreas de contabilidade e de auditoria. Neste quadro, a disciplina propõe-se a</p><p>desenvolver, no seio dos estudantes, habilidades de:</p><p>i) Abordagem da contabilidade baseada em Normas Internacionais emitidas pelo IASB1, cuja</p><p>moldura de normas compreende:</p><p>IAS – International Accounting Standards, ou, Normas Internacionais de Contabilidade (NIC)</p><p>IFRS – International Financial Reporting Standards, ou, Normas Internacionais de Relato</p><p>Financeiro (NIRF).</p><p>ii) Aplicação das Normas, com razoabilidade, no tratamento de factos patrimoniais e na</p><p>produção da informação financeira de finalidades gerais2.</p><p>Um dos pressupostos básicos é que os estudantes devem, no final da disciplina, saber referir-se</p><p>com segurança, sobre as seguintes siglas, tendo noção do seu significado:</p><p>a) Dos organismos</p><p>2 Segundo o parágrafo 4 do Quaro Conceptual conjugado com o parágrafo 3 da NCRF 1, ambos do PGC-NIRF, as</p><p>demonstrações financeiras de finalidades gerais são aquelas que visam satisfazer as necessidades de informação de um</p><p>conjunto alargado de utilizadores.</p><p>1 O IASB é um órgão independente do sector privado que desenvolve e aprova padrões internacionais de relatórios</p><p>financeiros. Foi formado em 2001 para substituir o Comité Internacional de Padrões Contabilísticos (IASC). A</p><p>história completa do IASB e do IASC que remonta de 1973 está disponível no site do IASB.</p><p>https://www.iasplus.com/en/resources/ifrsf/iasb-ifrs-ic/iasb</p><p>1</p><p>https://www.iasplus.com/en/resources/ifrsf/iasb-ifrs-ic/iasb</p><p>▪ FASB - Financial Accounting Standard Board</p><p>▪ IASC – International Accounting Standard Committee</p><p>▪ IASB - International Accounting Standard Board</p><p>▪ IFAC - International Federation of Accountants</p><p>b) Das normas</p><p>▪ IAS – International Accounting Standards = Normas Internacionais de Contabilidade (NIC)</p><p>▪ IFRS - International Finantial Reporting Standards = Normas Internacionais de</p><p>Relato Financeiro (NIRF)</p><p>▪ NCRF - Normas de Contabilidade e de Relato Financeiro (compacto das IAS e IFRS</p><p>inseridos SCE, Título I - PGC NIRF, aprovado pelo Decreto 70/2009 de 22 de Dezembro).</p><p>1.1 Conceito</p><p>A contabilidade internacional surge para construir um ponto comum entre os relatórios financeiros</p><p>elaborados em contextos de países diferentes e definir métodos de adaptação aos padrões</p><p>internacionais a partir da contabilidade local. Tornou-se mais importante no mercado bolsista,</p><p>facilitando a mobilidade de capital estrangeiro (Zanluca 2009:7)3.</p><p>“A Contabilidade Internacional surgiu para minorar as agruras de quem quer investir fora do seu</p><p>pais e tinha que manusear balanços em dezenas de normas contabilísticas distintas, tentando</p><p>compatibiliza-las para comparar” (Carvalho, Lemos e Costa. 2006)</p><p>A Contabilidade Internacional, como disciplina, é</p><p>abordagem da contabilidade financeira, baseada em normas</p><p>internacionais (IAS e IFRS) emitidas pelo IASB.</p><p>1.1. Marcos históricos da necessidade de uma visão da contabilidade assente em padrões</p><p>3 disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/contabilidade-internacional.htm</p><p>2</p><p>internacionais</p><p>● Congressos Internacionais de Profissionais de</p><p>Contabilidade – o início da harmonização internacional</p><p>da informação financeira, sendo o primeiro congresso4</p><p>realizado em 1904, San Luis, nos EUA, sendo nos</p><p>meados do século XX que se registou a origem do</p><p>processo harmonizador, apontando para os seguintes</p><p>motivos:</p><p>a) Internacionalização dos mercados económicos que requerem informações homogéneas;</p><p>b) Paradigma da utilidade da informação financeira com enfase para o veículo entre a</p><p>informação financeira e o desenvolvimento referido com frequência pelos organismos</p><p>reguladores (Rodrigues & Pereira 2004:131)</p><p>● Crise da década 30 do século XX: aponta-se a crise verificada na Bolsa de valores de</p><p>Nova Iorque em 1929/30 cujo impacto negativo se fez sentir em muitas economias do</p><p>mundo, como o fenómeno que despertou a necessidade da regulamentação económica dos</p><p>mercados e da contabilidade, como fonte de informação para tomada de decisões</p><p>financeiras e de investimento.</p><p>"Ai perceberam os norte-americanos, no início dos anos 30 do século passado,</p><p>que outra razão poderosa havia contribuído para a catástrofe no seu mercado de</p><p>capitais: as demonstrações financeiras nas quais os investidores se baseavam</p><p>para tomar suas decisões de comprar, vender ou manter posições accionarias</p><p>eram 'desinformativas'. Não havia um conjunto de inteligente e sensato de</p><p>normas contábeis que orientasse a preparação de tais demonstrações e, em</p><p>consequência, as análises de balanços podiam levar e crassos erros na tomada</p><p>de decisões económicas..."(Carvalho et al 2005:13).</p><p>● Ano de 1973 – criação do FASB e do IASC.</p><p>▪ Na tentativa de encontrar uma solução ao fenómeno, os EUA comissionaram o sector</p><p>privado, por meio de uma entidade que passou a englobar os profissionais de</p><p>contabilidade, de finanças, de auditoria e de mercado de capitais, para produzirem as</p><p>normas até então inexistentes. Foi assim criada, em 1973, a Junta norte-americana de</p><p>Normas de Contabilidade Financeira, o FASB - Finnancial Accounting Standards</p><p>4 Os congressos são realizados regularmente de cinco em cinco anos.</p><p>3</p><p>Board, voltada total e exclusivamente para elaborar normas de contabilidade a</p><p>aplicar-se nos interesses económicos norte-americanos (íbid: 15).</p><p>▪ Paralelamente, no seio da União Europeia, as primeiras manifestações da</p><p>internacionalização da contabilidade foram registadas desde a sua fundação em 1957.</p><p>Com a criação do Mercado único Europeu e da União Económica e Monetária</p><p>Europeia, os países membros criaram os instrumentos legais, tendo culminando</p><p>com a</p><p>emissão, em 1970, de directivas comunitárias e implementação nos países membros,</p><p>visando a harmonização contabilística (Rodrigues, 2004: P.163).</p><p>▪ “As demais economias desenvolvidas reagiram, preocupadas com o que poderia</p><p>ser mais um sinal de hegemonia dos EUA nos negócios mundiais, já que estes</p><p>se preocupavam para construir um robusto conjunto de normas de</p><p>contabilidade baseadas em fundamentos económico-financeiros sólidos. Tal</p><p>reacção se deu criando, no mesmo ano 1973, um organismo igualmente</p><p>privado, o IASC – International Accounting Standards Committee” Comité</p><p>das Normas Internacionais de Contabilidade (íbid: 16).</p><p>1.1.1. Organismos da normalização Contabilística</p><p>Importante fazer referência às grandes economias mundiais nomeadamente os Estados Unidos da</p><p>América (EUA) e a União Europeia (EU), envolvidos no desenvolvimento dos esforços para a</p><p>normalização da contabilidade, sendo de destacar a criação dos seguintes organismos:</p><p>▪ FASB - Fanancial Accounting Standard Board (Junta de Normas de Contabilidade</p><p>Financeira), criada nos EUA em 1973, cujas normas se designam United States Genarally</p><p>Accepted Accounting Principles – US GAAP, o mesmo que dizer Princípios Contabilísticos</p><p>Geralmente Aceites norte-americanos;</p><p>▪ IASC - International Accounting Standard Commetee, criado no mesmo ano, 1973, pela</p><p>União Europeia e outros países (conjunto de nove países), cujas normas se designam IAS –</p><p>International Accountin0g Standards.</p><p>▪ IASB – International Accounting Standard Board, criado em 2001, após reestruturação do</p><p>IASC, este organismo passou a designar-se IASB e, as normas emitidas desde este período,</p><p>tem a designação IFRS – International Financial Reporting Standards.</p><p>4</p><p>▪ IFAC – International Federation of Accountants, organismo responsável pela</p><p>regulamentação da profissão de contabilidade, fundada a 7 de Outubro de 1977, em</p><p>Genebra (Suíça), com sede em Nova York.</p><p>1.2. A importância Contabilidade Internacional</p><p>A Contabilidade é também entendida como linguagem de negócios. Todavia, dada diversidade</p><p>dialéctica dos usuários, sistemas contabilísticos e demais situações legais e de ordem social, as</p><p>demonstrações financeiras elaboradas num país eram frequentemente incompreensíveis,</p><p>incomparáveis e desajustados para os utentes de outros países, criando obstáculos na comparação</p><p>destas. Assim, a Contabilidade Internacional estabelece, através da normalização, as bases para a</p><p>eliminação das barreiras, garantir a comparabilidade e estimular a fluxo de capitais, reduzindo o</p><p>seu custo, entre diferentes países do mundo, Rodrigues (2004:24).</p><p>[A] importância da Contabilidade Internacional está em</p><p>justamente alinhar a linguagem contabilística para que os</p><p>profissionais, órgãos governamentais e países falem a mesma</p><p>língua. Com isso, fatos contábeis podem ser fielmente</p><p>relatados e as demonstrações tornam-se muito mais</p><p>confiáveis e transparentes5.</p><p>A Contabilidade, vista no contexto do ambiente de cada país ou região, assenta em princípios,</p><p>regras e práticas e, reflecte sobretudo a linguagem de negócios prevalecente em cada país ou</p><p>região, sujeita a influências políticas, associada à contínua evolução das sociedades, em todas as</p><p>esferas.</p><p>A homogeneização dos princípios, regras, práticas e normas de contabilidade tem sido a maior</p><p>preocupação dos utilizadores da informação contabilística, em particular os mercados de capitais,</p><p>mercados financeiros e investidores internacionais. A solução deste problema passa pela</p><p>Contabilidade Internacional que aborda a harmonização e a normalização contabilística. Tem-se</p><p>assistido, em particular a partir da década 90 do século passado, a um aumento significativo do</p><p>papel e importância da contabilidade baseada em padrões internacionais, como instrumento de</p><p>informação para gestão, independentemente da natureza, localização e finalidades das entidades.</p><p>[A] finalidade da contabilidade baseada em normas</p><p>internacionais é de assegurar a comparabilidade das</p><p>5Disponivel em https://www.remessaonline.com.br › blog › contabilidade</p><p>5</p><p>demonstrações financeiras.</p><p>1.3. Desafios da classe dos profissionais da Contabilidade e da Auditoria</p><p>O exercício da profissão de Contabilidade e da Auditoria exige, em primeiro lugar, a formação</p><p>académica e prática profissional e, em segundo plano, a aquisição de habilidades e experiência</p><p>prática reconhecidas internacionalmente.</p><p>O IFAC defende a transparência, prestação de contas e comparabilidade de informação financeira;</p><p>ajuda a desenvolver a profissão de contabilidade e auditoria e comunica a importância e o valor</p><p>dos profissionais de contabilidade à infra-estrutura financeira global (OCAM, 2016:5)</p><p>Constituem alguns dos desafios dos profissionais da Contabilidade na actualidade:</p><p>▪ Formação e capacitação continuas dos profissionais de Contabilidade e Auditoria, para</p><p>acompanhar a dinâmica das necessidades de informação pelos usuários cada vez mais</p><p>exigentes;</p><p>▪ Busca contínua de instrumentos que asseguram a comparabilidade da informação</p><p>financeira, harmonização e uniformização (normalização): normas internacionais;</p><p>▪ Cultura contabilística – profissionalismo, rigor, ética, fidelidade, uniformidade,</p><p>flexibilidade, transparência, isenção e honestidade.</p><p>▪ Consolidar a inserção da Contabilidade nas ciências sociais;</p><p>▪ Consolidar as práticas contabilísticas, visando o redimensionamento do alcance da</p><p>informação financeira, do âmbito nacional para internacional;</p><p>▪ Identificar as causas das diferenças de práticas contabilísticas a nível internacional e seus</p><p>efeitos, bem como estudar as formas de sua superação;</p><p>▪ A relação entre a Contabilidade e a Fiscalidade – discussão e criação de mecanismos para</p><p>existência de uma plataforma comum de interpretação dos factos patrimoniais, sobretudo</p><p>nos elementos de determinação do rédito e da situação patrimonial da entidade;</p><p>6</p><p>1.4. A Dimensão Internacional da Contabilidade</p><p>A Contabilidade Internacional constitui uma disciplina cujas particularidades lhe concedem uma</p><p>total autonomia dentro da contabilidade e entre as suas características destaca-se a sua clara</p><p>dimensão transnacional (Benau at al 1995: 338) 6.</p><p>A dimensão internacional da contabilidade se destaca, de entre outros, nos seguintes aspectos:</p><p>● Comparabilidade da informação financeira – através da harmonização e normalização</p><p>contabilística. O estabelecimento de padrões internacionais minimiza a diversidade</p><p>contabilística e assegura a comparabilidade da informação financeira a nível internacional.</p><p>● O reporte financeiro padronizado para os investidores – com a crescente</p><p>interdependência dos países, a nível económico, financeiro e até político, só com a</p><p>aplicação das normas internacionais se pode alcançar a mesma linguagem;</p><p>● A dinâmica das multinacionais – a crescente penetração e actuação de empresas</p><p>multinacionais, principalmente nos países em desenvolvimento com abundância de</p><p>recursos naturais, demanda pela contabilidade baseada em normas internacionais;</p><p>● Crescimento dos mercados financeiros internacionais – da globalização dos mercados</p><p>financeiros suscita o reporte financeiro com linguagem padronizada;</p><p>● A evolução dos mecanismos de informação e comunicação – os relatórios financeiros de</p><p>empresas depositados nos mercados de capitais alcançam, são publicados em canais de</p><p>alcance de vários investidores, a nível mundial, interessados em títulos dessas empresas.</p><p>A nível internacional são consideradas algumas das dimensões:</p><p>Culturais – as sociedades assumem os seus valores culturais, naturalmente diferentes de</p><p>outras, que influenciam na forma e nas práticas contabilísticas;</p><p>Práticas empresariais – dependendo do modelo e sistema económico, muitas vezes</p><p>associado ao regime político, sistema legal, fiscalidade, entre outros, as unidades</p><p>económicas adoptam práticas que podem exercer forte influência na dinâmica de</p><p>evolução dos sistemas contabilísticos. Há situações em que o gerenciamento</p><p>contabilístico está interligado a vários sistemas (financeiro, fiscal, legal, etc.), gerando</p><p>informação</p><p>financeira de controlo cruzado.</p><p>Sistemas Políticos – os países adoptam sistemas políticos decorrentes da dinâmica e da</p><p>ordem internacional. Estes imprimem forte influência económica que, por sua vez tem</p><p>6 Disponível em: www.infocontab.com.pt</p><p>7</p><p>impacto no sistema contabilístico. Em muitos casos, o nível de desenvolvimento</p><p>económico é factor determinante (exemplo dos países em vias de desenvolvimento) para</p><p>se assumir um modelo económico influenciado pelo país ex-colonizador, donde resulta a</p><p>importação de práticas contabilísticas, muitas vezes sem ter a mínima preparação técnica</p><p>para assumi-las.</p><p>Inflação – muitos países em estado de pobreza enfrentam situações de inflação. As</p><p>economias com altas taxas de inflação são forçadas a usar moeda de referência de</p><p>economias do primeiro mundo, exemplo do Dólar norte-americano, o que tem</p><p>influenciado muito as práticas comerciais e, consequentemente, as práticas</p><p>contabilísticas.</p><p>Tributação – a relação entre a contabilidade e fiscalidade tem sido forte em alguns e</p><p>menos estreita em outros modelos de sistemas contabilísticos. Dependendo dessa</p><p>relação, as práticas contabilísticas poderão sofrer forte ou pouca influencia.</p><p>Riscos empresariais – os investidores avaliam sistematicamente o risco empresarial, de</p><p>acordo com o ambiente de negócios de cada economia. Quanto maior for o risco, mais</p><p>precaução será necessária, dai que as práticas contabilísticas serão influenciadas</p><p>significativamente. Os riscos empresariais remetem à necessidade de provisões.</p><p>1.5. O Sistema de Contabilidade para o Sector Empresarial em Moçambique (SCE) e a</p><p>sua aplicação na Disciplina de Contabilidade Internacional</p><p>Como iniciar o estudo das Normas?</p><p>Para facilitar a aprendizagem sobre as Normas Internacionais, recomenda-se a leitura do Manual do</p><p>Sistema de Contabilidade para o Sector Empresarial moçambicano (SCE) aprovado pelo Decreto</p><p>70/2009 de 22 de Dezembro). Na leitura, o estudante deve ser capaz de identificar as três divisões</p><p>que compõem este manual:</p><p>▪ O Decreto 70/ 2009 de 22 de Dezembro – instruções legislativas;</p><p>▪ O Título I: PGC-NIRF, para empresas de grande e média dimensão que inclui as NCRF;</p><p>▪ O Título II: PGC-PE, para pequenas e demais empresas.</p><p>:</p><p>8</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>Tarefa nº1</p><p>Questões de relacionamento</p><p>1. Após leitura dos Capítulos 1.1 e 1.2 do PGC-NIRF, apresente um resumo sobre a</p><p>relevância deste manual para a disciplina de Contabilidade Internacional.</p><p>2. Qual é a essência da Contabilidade Internacional?</p><p>3. Que habilidades devem ter os estudantes após frequentar esta disciplina?</p><p>4. O que se entende por IASB?</p><p>5. Como, quando e porque foi criado o IASB?</p><p>6. Apresente a moldura de normas do IASB. Destas, indique aquelas que serviram de base</p><p>para elaborar as normas constantes do PGC-NIRF.</p><p>7. Aponte alguns elementos da dimensão internacional da contabilidade</p><p>8. Como é que os sistemas políticos podem influenciar sistemas contabilísticos dos países?</p><p>9. De que forma os mecanismos de informação e comunicação pode influenciar nas práticas</p><p>contabilísticas?</p><p>10. Qual é a visão da OCAM em relação aos profissionais de contabilidade?</p><p>9</p>