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<p>Modelos</p><p>assistenciais:</p><p>aspectos</p><p>conceituais e</p><p>teóricos</p><p>Profa. Dra. Karine Brito</p><p>O que é um</p><p>Modelo?</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Senso comum</p><p> Exemplo</p><p> Molde</p><p> Receita</p><p> Representação</p><p> Referência</p><p> Padrão</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>1. Aquilo (pessoa, coisa) que serve para</p><p>ser reproduzido.</p><p>2. Aquilo (pessoa, procedimento, etc.)</p><p>que serve de exemplo ou norma.</p><p>3. Representação em escala reduzida</p><p>de uma obra que se quer executar.</p><p>4. Pessoa que posa para um pintor,</p><p>escultor ou fotógrafo.</p><p>5. Manequim.</p><p>6. Tipo específico (identificado por ano</p><p>de lançamento, número, ect.) de</p><p>produtos de consumo (eletrodoméstico,</p><p>automóvel, etc.).</p><p>DICIONÁRIO</p><p>5</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Algo que deve ser seguido</p><p>Há um único modo e fazer as coisas?</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Esse entendimento</p><p>traz uma armadilha</p><p>para as políticas de</p><p>saúde, pois insinua</p><p>enquadramento,</p><p>normatização ou</p><p>padronização.</p><p>REFLEXÃO</p><p>Por que uma</p><p>armadilha?</p><p>Pode inibir a capacidade criativa</p><p>dos agentes sociais para</p><p>modificar o que está instituído</p><p>REFLEXÃO</p><p>Saindo da armadilha</p><p>Senso</p><p>comum</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>ciência</p><p>termo “modelo”</p><p> O conceito de modelo</p><p>se apresenta a partir da</p><p># entre a forma teórica</p><p>e realidade empírica.</p><p> Esquema sempre parcial</p><p>e +_ convencional, pois</p><p>se ignora a maior parte</p><p>das variações</p><p>individuais.</p><p> Representação</p><p>simplificada da</p><p>realidade onde se retém</p><p>e se destaca seus traços</p><p>fundamentais.</p><p>Ciência</p><p>INTRODUÇÃO</p><p> Ao ressaltar os</p><p>traços principais de</p><p>uma dada</p><p>realidade empírica,</p><p>o termo modelo</p><p>pode ser usado</p><p>para comparação</p><p>de situações</p><p>distintas.</p><p>Ciência</p><p>INTRODUÇÃO</p><p> Guiar as análises de</p><p>fenômenos do mundo</p><p>real são criadas</p><p>teorias em forma de</p><p>modelos.</p><p> É uma construção</p><p>abstrata que visa</p><p>descrever partes</p><p>específicas do</p><p>complexo mundo a</p><p>nossa volta.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Para que serve</p><p>um modelo?</p><p> Complexidade do</p><p>mundo real.</p><p> Um bom modelo faz</p><p>simplificações, mas</p><p>espera-se que essas</p><p>simplificações não</p><p>comprometam</p><p>demais a realidade.</p><p> Contém hipóteses</p><p>que ajudam a</p><p>organizar o raciocínio,</p><p>disciplinando-o.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Por que recorrer</p><p>a modelos?</p><p>Afinal, o que são modelos</p><p>assistenciais em saúde?</p><p>REFLEXÃO</p><p> Modelos de atenção à saúde</p><p> Modelos assistenciais</p><p> Modleos tecnoassistenciais</p><p>ASPECTOS CONCEITUAIS</p><p>Terminologias</p><p> 1980 → essas</p><p>expressões</p><p>aparecem com</p><p>significados muito</p><p>próximos</p><p> Modelos de atenção</p><p>→ Atenção é reconhecido como um dos</p><p>componentes de um sistema de saúde junto</p><p>com a gestão, financiamento, organização,</p><p>infraestrutura e recursos.</p><p>→ Foco: conteúdo do sistema de saúde (ações</p><p>de saúde) e não o continente (infraestrutura,</p><p>organização, gestão e financiamento).</p><p>ASPECTOS CONCEITUAIS</p><p>Terminologias</p><p> Modelos de atenção</p><p>→ Facilita uma aproximação com a literatura</p><p>internacional;</p><p>→ Mais abrangente, incluindo assistência, e outras ações</p><p>individuais e coletivas: promoção, proteção,</p><p>recuperação e reabilitação da saúde</p><p>ASPECTOS CONCEITUAIS</p><p>Terminologias</p><p>Terminologias</p><p> Modelos assistenciais:</p><p> Crítica → assistência médica ou odontológica</p><p> Modelos tecnoassistenciais</p><p>ASPECTOS CONCEITUAIS</p><p> Modos tecnológicos de intervenção em saúde</p><p> 1980: “modelos</p><p>assistenciais”</p><p> Forma de</p><p>organização dos</p><p>serviços de saúde,</p><p>envolvendo unidades</p><p>com distintas</p><p>complexidades</p><p>tecnológicas</p><p>relacionadas entre si</p><p>nos diferentes</p><p>espaços e</p><p>populações.</p><p>HISTÓRICO</p><p>Sem uma preocupação</p><p>com definições ou</p><p>conceituações</p><p>Modelos assistenciais</p><p>=</p><p>Modelos de atenção</p><p>A revisão de literatura revela</p><p>diferentes concepções de</p><p>modelos assistenciais</p><p>REFLEXÃO</p><p> Forma de organização das unidades de</p><p>prestação de serviços de saúde, ou seja,</p><p>modelo de prestação de serviços de saúde,</p><p>incluindo: estabelecimentos (unidades de</p><p>saúde), redes (rede hospitalar), sistemas</p><p>(SUS, Sistema de Assistência Médica</p><p>Suplementar).</p><p>ASPECTOS CONCEITUAIS</p><p>Concepção 1</p><p> Forma de organização do processo de</p><p>prestação de serviços: atenção à demanda</p><p>espontânea; oferta organizada e ações</p><p>programáticas (programas de controle de</p><p>doenças e programas de atenção a grupos</p><p>populacionais específicos), vigilância da saúde</p><p>(oferta, demanda, necessidades e problemas)</p><p>contemplando território, condições e modos</p><p>de vida e integralidade.</p><p>ASPECTOS CONCEITUAIS</p><p>Concepção 2</p><p> Forma de organização das práticas de</p><p>saúde dirigidas ao atendimento às</p><p>necessidades e aos problemas de saúde</p><p>individual e coletiva: promoção de saúde</p><p>(políticas públicas intersetoriais e ações</p><p>voltadas para a melhoria das condições e dos</p><p>estilos de vida – modo de vida); prevenção de</p><p>riscos e agravos (ações de vigilância sanitária e</p><p>epidemiológica voltadas para o controle de</p><p>riscos e doenças – epidemias e endemias);</p><p>tratamento e reabilitação (diagnóstico precoce,</p><p>tratamento imediato, redução de danos e</p><p>sequelas, recuperação da capacidade física,</p><p>mental e social).</p><p>ASPECTOS CONCEITUAIS</p><p>Concepção 3</p><p> Modelo tecnoassistencial em defesa da vida:</p><p>gestão democrática; saúde como direito de</p><p>cidadania; serviço público de saúde voltado para</p><p>a defesa da vida individual e coletiva; maneira de</p><p>gerir e agir no campo das ações de saúde.</p><p>ASPECTOS CONCEITUAIS</p><p>Concepção 4</p><p>Vamos aprofundar</p><p>a reflexão?</p><p>CONVITE</p><p> Grupo 1: A concepção 1 seria um modelo de atenção</p><p>ou um modelo de organização do sistema de</p><p>serviços de saúde?</p><p> Grupo 2: A concepção 2 seria um modelo de atenção</p><p>ou um modo de organização do processo de</p><p>prestação de serviços de saúde?</p><p> Grupo 3: A concepção 3 seria um modelo de atenção</p><p>ou um modo de organização das ações de saúde?</p><p> Grupo 4: A concepção 4 seria um modelo</p><p>tecnoassistencial ou um modelo de gestão?</p><p>REFLEXÕES</p><p>Questões</p><p>Vamos continuar</p><p>caminhando...</p><p>CONTINUAÇÃO</p><p> A concepção 1 diz respeito à organização do</p><p>sistema de serviços de saúde.</p><p> A concepção 2 remete a um modo de organização</p><p>do processo de prestação de serviços de saúde.</p><p> A concepção 3 representa uma forma de organizar</p><p>as ações de saúde.</p><p> A concepção 4, ao enfatizar a gestão democrática e</p><p>o serviço público de saúde voltado para a defesa da</p><p>vida, concentra-se no componente gestão do sistema</p><p>de serviços de saúde e na formulação de políticas.</p><p>REVISÃO DE LITERATURA</p><p>Síntese</p><p>NENHUMA DELAS SE VOLTA,</p><p>ESPECIFICAMENTE, PARA AS</p><p>DIMENSÕES TÉCNICAS E TECNOLÓGICAS</p><p>DAS PRÁTICAS DE SÁUDE. NÃO TRAZIAM</p><p>CONCEITOS EXPLÍCITOS, NEM</p><p>APRESENTAVAM, CLARAMENTE, AS</p><p>TEORIAS QUE LHE SUSTENTAVAM.</p><p>COMENTÁRIOS</p><p>Crítica às 4</p><p>concepções</p><p>Contudo, algumas definições ressaltaram</p><p>a dimensão técnica das práticas de saúde</p><p>enquanto outras sugeriam uma dada</p><p>forma de organização de serviços</p><p>Concepções que conjugam ambas as</p><p>acepções: modo com que são produzidas</p><p>as ações de saúde e a maneira como se</p><p>organizam os serviços de saúde.</p><p>Ressalva</p><p>COMENTÁRIOS</p><p>A noção de modelo de atenção,</p><p>ora referindo-se à prestação de</p><p>serviços da atenção, ora como</p><p>proposta política de</p><p>reorganização do sistema de</p><p>serviços de saúde.</p><p>OMS/ OPAS</p><p>COMENTÁRIOS</p><p>São sistemas lógicos que organizam o</p><p>funcionamento das redes de atenção à saúde,</p><p>articulando, de forma singular, as relações entre</p><p>a população e suas sub-populações estratificadas</p><p>por risco, os focos das intervenções do</p><p>sistema de atenção à saúde e os diferentes</p><p>tipos de intervenções sanitárias, definidos em</p><p>função da visão prevalecente da saúde, das</p><p>situações demográfica e epidemiológica e dos</p><p>determinantes sociais da saúde, vigentes em</p><p>determinado tempo e em determinada sociedade.</p><p>(Mendes, 2010: 2002)</p><p>MODELO DE ATENÇÃO</p><p>DEFINIÇÃO</p><p> Visão na qual o modelo é algo</p><p>exemplar.</p><p> Trata-se do modelo como um molde a</p><p>orientar a construção de redes de</p><p>atenção à saúde e a montagem de</p><p>sistemas integrados de saúde</p><p>Sobre a definição</p><p>COMENTÁRIOS</p><p>Na medida em que o sistema de saúde se</p><p>propõe a solucionar problemas de</p><p>saúde e atender às necessidades por</p><p>meio de ações integrais, não é</p><p>aconselhável ignorar a natureza das</p><p>ações de saúde, nem as tecnologias a</p><p>serem empregadas nas suas relações</p><p>com a totalidade social.</p><p>REFLEXÃO</p><p>A QUESTÃO DE FUNDO NECESSÁRIA</p><p>À REFLEXÃO SOBRE MODELOS DE</p><p>ATENÇÃO DIZ RESPEITO AO</p><p>PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE.</p><p>QUESTÃO</p><p>O QUÊ?</p><p>“PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE”</p><p>ONDE?</p><p>DICIONÁRIO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE</p><p>http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/pr</p><p>otrasau.html</p><p>PESQUISAR</p><p>No estudo do processo de trabalho em saúde</p><p>Mendes Gonçalves (1979, 1992) analisa os</p><p>seguintes componentes:</p><p> o objeto do trabalho</p><p> os instrumentos</p><p> a finalidade</p><p> os agentes</p><p>Esses elementos precisam ser examinados de</p><p>forma articulada e não em separado, pois</p><p>somente na sua relação recíproca configuram</p><p>um dado processo de trabalho específico.</p><p>REFLETINDO SOBRE...</p><p> O modelo de atenção pode ser entendido</p><p>como uma espécie de lógica ou</p><p>racionalidade que orienta uma dada</p><p>combinação tecnológica nas práticas de</p><p>saúde.</p><p> NÃO COMO ALGO EXEMPLAR, MOLDE,</p><p>NORMA OU PADRÃO QUE TODOS DEVEM</p><p>SEGUIR OU REJEITAR.</p><p> “o modelo de atenção do SUS deve ser a</p><p>saúde da família” ou “o modelo assistencial</p><p>do Brasil é hospitalocêntrico”</p><p>NESSA PERSPECTIVA...</p><p>Na perspectiva da Teoria do Processo de Trabalho...</p><p>Modelo de atenção é uma combinação de</p><p>tecnologias acionadas para resolver problemas</p><p>e atender as necessidades de saúde, individuais</p><p>e coletivas. A partir do seu estudo, podem ser</p><p>identificadas distintas racionalidades que</p><p>orientam as ações de saúde e que</p><p>conduzem à adoção de certos meios de</p><p>trabalho em uma dada situação.</p><p>OUTRA DEFINIÇÃO...</p><p>COMBINAÇÕES TECNOLÓGICAS</p><p>ESTRUTURADAS PARA A</p><p>RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E</p><p>PARA O ATENDIMENTO DAS</p><p>NECESSIDADES DE SAÚDE,</p><p>INDIVIDUAIS E COLETIVAS.</p><p>DITO DE OUTRO MODO...</p><p>Trecho do capítulo</p><p>“Modelos de atenção</p><p>à saúde no Brasil”:</p><p>Contextualização:</p><p>movimentos</p><p>ideológicos e</p><p>proposições de</p><p>modelos</p><p> Ler o texto</p><p> Discutir com o grupo</p><p> Responder as questões</p><p>ESTUDO DIRIGIDO</p><p>Muito obrigada!</p><p>karine.brito@unila.edu.br</p>