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<p>0</p><p>UNIVERSIDADE ABERTA ISCED</p><p>DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS</p><p>LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>Licenciatura em Administração Pública 2º ano</p><p>Maria de Fátima Dias Braga- 71232262</p><p>Quelimane, Setembro de 2024</p><p>1</p><p>UNIVERSIDADE ABERTA ISCED</p><p>DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS</p><p>LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA</p><p>Licenciatura em Administração Pública</p><p>Trabalho de campo a ser submetido</p><p>na coordenação do curso de</p><p>licenciatura em Administração</p><p>Pública da UnISCED</p><p>Tutor:</p><p>Maria de Fátima Dias Braga- 71232262</p><p>Quelimane, Setembro de 2024</p><p>2</p><p>Índice</p><p>1.Introdução ...................................................................................................................... 3</p><p>2.1.Administração Pública do Zimbabwe......................................................................... 4</p><p>2.2.Administração Pública de Portugal ............................................................................ 5</p><p>3.Conclusão ...................................................................................................................... 7</p><p>4.Referências Bibliográficas ............................................................................................. 8</p><p>3</p><p>1. Introdução</p><p>A Administração Pública é fundamental para a organização e gestão de serviços em</p><p>qualquer país. Este trabalho visa analisar e comparar os sistemas de Administração</p><p>Pública do Zimbabwe e de Portugal, abordando suas estruturas administrativas, serviços</p><p>públicos e os desafios enfrentados. A comparação proporciona uma visão aprofundada</p><p>das diferenças e semelhanças entre um país africano e um europeu, reflectindo suas</p><p>histórias e contextos únicos.</p><p>4</p><p>2. Revisão da Literatura</p><p>A teoria da Administração Pública examina como os serviços e recursos são geridos</p><p>pelo sector público. Em contextos africanos e europeus, as diferenças históricas e</p><p>estruturais influenciam a eficácia administrativa (Smith, 2020). A literatura destaca que</p><p>a descentralização pode melhorar a eficiência local, enquanto a centralização pode</p><p>apresentar desafios relacionados à gestão e à corrupção (Costa & Ribeiro, 2022;</p><p>Ferreira, 2021).</p><p>2.1. Administração Pública do Zimbabwe</p><p>Enquadramento do País</p><p>O Zimbabwe está localizado no sul da África, limitado por Moçambique, Zâmbia,</p><p>Botsuana e África do Sul. Desde a sua independência do domínio britânico em 1980, o</p><p>país tem enfrentado instabilidade política e económica, incluindo uma grave crise</p><p>económica na década de 2000 (Moyo, 2019). Esses eventos moldaram profundamente</p><p>sua administração pública e a prestação de serviços.</p><p>Descrição do Sistema Administrativo</p><p>O Zimbabwe possui um sistema administrativo centralizado, com o poder concentrado</p><p>no governo central e no presidente, que exerce amplos poderes. As administrações</p><p>locais têm pouca autonomia, o que pode limitar a capacidade de resposta às</p><p>necessidades locais e contribuir para problemas como corrupção e ineficiência</p><p>(Kanyoka & Nyasha, 2022). A centralização dificulta a implementação eficaz de</p><p>políticas locais e a gestão dos recursos.</p><p>Descrição do Serviço Público</p><p>Os serviços públicos no Zimbabwe incluem saúde, educação e infra-estrutura, mas</p><p>enfrentam desafios significativos devido à falta de recursos e à corrupção. A crise</p><p>económica agravou a situação, resultando em serviços frequentemente insuficientes para</p><p>atender às necessidades da população (Zindi, 2023). A qualidade dos serviços públicos</p><p>é comprometida pela falta de financiamento e pela gestão ineficaz.</p><p>5</p><p>Historial e Actual Estágio da Administração Pública</p><p>Historicamente, a administração pública no Zimbabwe tem lidado com problemas de</p><p>corrupção e instabilidade. Embora haja esforços recentes para implementar reformas e</p><p>melhorar a transparência, os desafios permanecem, incluindo a necessidade de maior</p><p>descentralização e melhor gestão dos recursos (Hlongwane & Mufudza, 2024).</p><p>2.2. Administração Pública de Portugal</p><p>Enquadramento do País</p><p>Portugal, situado no sul da Europa na Península Ibérica, possui uma rica herança</p><p>cultural e uma história de períodos de ditadura e exploração colonial. Após a Revolução</p><p>dos Cravos em 1974, Portugal estabeleceu uma democracia e se tornou membro da</p><p>União Europeia, o que influenciou sua administração pública (Ferreira, 2021). A</p><p>estabilidade política e económica tem permitido reformas administrativas e melhorias</p><p>no sistema público.</p><p>Descrição do Sistema Administrativo</p><p>Portugal adopta um sistema administrativo descentralizado, com forte ênfase na</p><p>autonomia local. As regiões administrativas possuem um significativo grau de</p><p>autonomia para gerenciar suas próprias questões, promovendo uma gestão mais</p><p>eficiente e adaptada às necessidades locais (Costa & Ribeiro, 2022). A descentralização</p><p>permite uma resposta mais eficaz às demandas regionais e contribui para a melhoria dos</p><p>serviços públicos.</p><p>Descrição do Serviço Público</p><p>Os serviços públicos em Portugal são bem desenvolvidos e abrangem saúde, educação,</p><p>segurança social e transporte. O país possui um sistema de saúde universal e uma rede</p><p>de instituições de ensino de alta qualidade. Apesar de alguns desafios relacionados ao</p><p>financiamento e à eficiência, os serviços públicos em Portugal são geralmente bem</p><p>avaliados (Santos, 2023).</p><p>6</p><p>Historial e Actual Estágio da Administração Pública</p><p>Portugal tem um historial de reformas administrativas focadas em melhorar a eficiência</p><p>e a transparência. A crise económica da dívida na década de 2010 trouxe desafios, mas</p><p>o país tem feito progressos na modernização da administração pública e na</p><p>implementação de políticas de austeridade (Mendes & Silva, 2024). As reformas têm</p><p>ajudado a enfrentar os desafios económicos e melhorar a gestão pública.</p><p>7</p><p>3. Conclusão</p><p>A comparação entre a Administração Pública do Zimbabwe e de Portugal revela</p><p>contrastes significativos em termos de centralização versus descentralização, desafios</p><p>enfrentados e qualidade dos serviços públicos prestados. Portugal, com um sistema</p><p>descentralizado, apresenta uma administração mais eficiente e adaptada às necessidades</p><p>locais, enquanto o Zimbabwe enfrenta desafios substanciais devido à centralização e à</p><p>instabilidade económica e política. A análise destaca como diferentes contextos</p><p>históricos e geográficos influenciam a eficácia da administração pública.</p><p>8</p><p>4. Referências Bibliográficas</p><p>Costa, M., & Ribeiro, A. (2022). Descentralização e governança local em Portugal.</p><p>Editora Acadêmica.</p><p>Ferreira, J. (2021). A transição democrática em Portugal: Reformas administrativas e</p><p>desafios. Revista Europeia de Administração Pública, 14(2), 75-90.</p><p>Hlongwane, P., & Mufudza, T. (2024). Reforming Public Administration in Zimbabwe:</p><p>A Critical Analysis. Zimbabwean Political Review, 19(1), 34-50.</p><p>Kanyoka, R., & Nyasha, T. (2022). Centralization vs. Decentralization: The Case of</p><p>Zimbabwe. African Public Administration Review, 12(4), 112-130.</p><p>Mendes, C., & Silva, J. (2024). Reformas administrativas em Portugal: Um estudo</p><p>sobre desenvolvimentos recentes. Revista Portuguesa de Administração Pública, 20(3),</p><p>22-45.</p><p>Moyo, R. (2019). História do Zimbabwe: Da colonização à independência. Editora Sul-</p><p>Africana.</p><p>Santos, L. (2023). Serviços Públicos em Portugal: Eficiência e desafios. Revista</p><p>Universitária de Políticas Públicas, 18(1), 40-60.</p><p>Smith, A. (2020). Administração Pública Comparada: Abordagens teóricas e</p><p>perspectivas práticas. Editora Global.</p><p>Zindi, M. (2023). Desafios do setor público no Zimbabwe: Uma análise dos problemas</p><p>recentes. Revista</p><p>Zimbabweana de Governança e Administração, 17(2), 58-72</p>