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<p>ENTREVISTA CLÍNICA EM PEDIATRIA – elaborado pela professora Cristina Gonçalves Alvim</p><p>Antes de chamar a criança e o acompanhante</p><p>Após chamar</p><p>IDENTIFICAÇÃO: Nome - DN - Sexo - Cor - Naturalidade – Endereço</p><p>Ex: Aline dos Santos, 3 anos, natural e residente em Belo Horizonte</p><p>INFORMANTE: Colocar nome e parentesco.</p><p>Ex: Carla, mãe</p><p>Queixa principal: Motivo que o trouxe à consulta, nas palavras do paciente. Ex: “febre e falta de ar”</p><p>História da queixa principal ou HMA:</p><p>A história geralmente é contada numa sequência cronológica. Este relato deve ser mais espontâneo, prestando-se atenção no</p><p>que a mãe ou responsável conta e estimulando que expresse livremente qual a sua preocupação.</p><p>Ex: A mãe de Aline relata que há 5 dias ela iniciou com tosse e coriza. Há 2 dias teve um pico febril. Ontem teve um vômito. Acha</p><p>que ela está com falta de ar.</p><p>Em seguida, busca-se caracterizar melhor os sintomas.</p><p>Ex: A tosse é seca e piora à noite. A coriza é hialina e em pequena quantidade. Acredita que a febre foi baixa, mas não mensurou</p><p>pois não tem termômetro em casa. Ontem não notou febre. O vômito aconteceu durante uma crise de tosse, pela manhã. Na</p><p>última noite, percebeu falta de ar que caracteriza como dificuldade para respirar e chieira no peito.</p><p>Importante perguntar sobre tratamentos realizados e qual a resposta observada.</p><p>Ex:Carla relata que há 3 meses atrás, Aline teve um episódio semelhante e o médico receitou salbutamol. Como ainda tinha em</p><p>casa, deu 3 ml para Aline ás 2:00h de hoje, mas não observou melhora. No dia da febre, deu dipirona, 10 gotas. Está oferecendo</p><p>líquidos com freqüência.</p><p>Antes de prosseguir à próxima etapa, pergunte se tem alguma outra queixa ou preocupação.</p><p>Ex:“Sente/apresenta mais alguma coisa?”; “Há algo mais que a preocupa?”</p><p>Anamnese especial: perguntas complementares que avaliam outros sintomas e hábitos fisiológicos.</p><p>As perguntas variam de acordo com a faixa etária e o motivo da consulta.</p><p>Deve-se ter o cuidado de não induzir respostas afirmativas.</p><p>Indagar sobre hábito intestinal e urinário, apetite, sono, atividade física, escola. Percepção de emagrecimento ou ganho de</p><p>peso.</p><p>Febre, vômitos e sintomas respiratórios são importantes no caso de queixas agudas.</p><p>Antes de iniciar a História Pregressa, faça um resumo do que você compreendeu da queixa principal e pergunte se é isto</p><p>mesmo (parafrasear). Em seguida, introduza a HP: “Agora vamos conversar um pouco sobre a história dela...”</p><p>História Pregressa ou Pessoal (HP): perguntas mais gerais são importantes antes das mais específicas. Por exemplo: “Aline já</p><p>teve algum problema de saúde que a senhora acha importante me falar?”</p><p>Verificar a existência de doenças anteriores (ex: “bronquite”), internações e alergias.</p><p>Em Pediatria, 4 itens são sempre avaliados na HP:</p><p>1 - História da Gestação, Parto e Período neonatal: “Como foi a gravidez de Aline?” “E o parto?”</p><p>Se foi a 1a., 2a. gestação, etc; se foi planejada, como foi o pré-natal, uso de medicamentos, tabagismo, uso de álcool e drogas.</p><p>Qual a idade gestacional (termo ou prematuro) e o tipo de parto (normal, cesariana - hospitalar, domiciliar). Peso, perímetro</p><p>cefálico e estatura ao nascer, nota de Apgar. Estas informações estão geralmente na caderneta de saúde da criança. Pode-se</p><p>perguntar: “Ela nasceu bem? Chorou logo?” “Teve alta junto com você da maternidade ou ficou retida?”</p><p>2 –Desenvolvimento: utilizar instrumento próprio. 3 –Alimentação: atenção ao aleitamento materno.</p><p>4 –Vacinação: verificar cartão ou caderneta. Os 3 últimos vamos discutir nos GDs.</p><p>História Familiar: Idade e saúde do pai, idade e saúde da mãe, consangüinidade, gestações, partos, abortos (G.P.A.). Irmãos:</p><p>idade, sexo e saúde. Exemplo: 3 irmãos: feminino, 7 anos, cardiopatia, masculino, 6 anos, sadio, masculino, 5 anos,</p><p>esquistossomose. Indagar sobre os relacionamentos da criança com pais e irmãos.</p><p>História socioeconômica:</p><p>A HSE pode gerar algum constrangimento tanto para o entrevistado como para o entrevistador. Perguntas mais gerais</p><p>permitem que o entrevistado responda até onde ele se sente a vontade para tal.</p><p>Ex: “Onde vocês moram?”, “Como está a situação em casa?” Profissão e escolaridade do pai e da mãe, número de pessoas que</p><p>habitam na casa. Indagar sobre renda familiar pode ser necessário quando, por exemplo, quer se propor a compra de um</p><p>medicamento e é necessário saber se a família terá condições. É importante saber se a criança presencia situações relacionadas</p><p>à violência.</p><p>A história pode ser completada a medida que a criança retorna e um vínculo maior é criado com a família.</p><p>Preparar o consultório: material, aparelhos, cama de exame, impressos. Ler o prontuário.</p><p>Acolher e cumprimentar. Dizer seu nome. Perguntar os nomes da criança e do responsável.</p><p>ESCUTAR atentamente e permitir o paciente falar sem interrupções</p><p>Reconhecer as idéias da mãe/acompanhante sobre a causa do problema.</p><p>Explorar preocupações, temores e expectativas.</p><p>Encorajar a expressão de sentimentos e pensamentos</p><p>Fazer anotações de forma a não interferir com a interação.</p>