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<p>1Curso Ênfase © 2020</p><p>Direito Do Trabalho – Joalvo Magalhães</p><p>Visão Detalhada Sobre Sujeitos Da Relação De</p><p>Emprego</p><p>Olá, pessoal! Vamos dar inicio a nossa unidade de aprendizagem em</p><p>que trataremos do tema da visão detalhada sobre os sujeitos da</p><p>relação de emprego.</p><p>E vamos iniciar a nossa unidade de aprendizagem com uma pergunta</p><p>muito importante, uma pergunta provocadora. E a pergunta é a</p><p>seguinte:</p><p>2Curso Ênfase © 2020</p><p>Quais os sujeitos do contrato de trabalho?</p><p>Para responder a nossa pergunta provocadora, é muito importante</p><p>sabermos que o contrato de trabalho é um contrato bilateral e</p><p>também um contrato oneroso.</p><p>3Curso Ênfase © 2020</p><p>Como assim, Joalvo? O que significa essas características</p><p>inerentes ao contrato de trabalho?</p><p>Primeiro ponto, pessoal, é de que o contrato de trabalho é bilateral,</p><p>no sentido de que ele tem duas partes, ambas com obrigações</p><p>jurídicas, daí porque se diz que ele é oneroso. Oneroso, porque ele</p><p>traz deveres, traz obrigações para ambas as partes.</p><p>Contrato de trabalho não é um contrato gratuito, não é um contrato</p><p>de atividade gratuita, porque se fosse, se caracterizaria como um</p><p>trabalho voluntário, por exemplo. O empregado, o trabalhador</p><p>prestaria serviços sem uma contraprestação, seria ai a caracterização</p><p>de um trabalho voluntário, que não é o caso. O contrato de trabalho é</p><p>oneroso; significa que o trabalhador labora, presta serviços, mas</p><p>recebe uma contrapartida, recebe um salário, recebe uma</p><p>remuneração. Perfeito?</p><p>4Curso Ênfase © 2020</p><p>Bom, visto isso, quem são então os sujeitos do contrato de</p><p>trabalho?</p><p>Sendo um contrato bilateral, nós temos duas partes no contrato de</p><p>trabalho e essas duas partes são o empregado e o empregador.</p><p>"Ora, Joalvo, quem são o empregado e o empregador?"</p><p>Temos que lembrar que o contrato de trabalho é um contrato de</p><p>atividade. Por esse contrato, o empregado se compromete a uma</p><p>determinada atividade.</p><p>"E que atividade é essa, Joalvo?"</p><p>Uma prestação de serviços. O empregado é, então, contratado pelo</p><p>5Curso Ênfase © 2020</p><p>empregador para prestar serviços em seu benefício. Então, o</p><p>empregado é aquele que presta serviços, empregado é aquele que</p><p>trabalha, enquanto o Empregador é aquele beneficiário dos serviços.</p><p>"Ora, Joalvo, se a obrigação do empregado é trabalhar, qual a</p><p>obrigação do Empregador?"</p><p>Nós já vimos que o contrato é bilateral, o contrato tem obrigações</p><p>recíprocas, o contrato é oneroso.</p><p>Então, qual é a principal obrigação do empregador, pessoal?</p><p>Sem dúvida alguma, pagar salário, contraprestação, remunerar. Existe</p><p>a ideia de retribuição: o empregado trabalha, o empregador paga por</p><p>aquele trabalho. Existe uma prestação e existe uma contraprestação.</p><p>A prestação do empregado é trabalhar, tanto é que o empregador tem</p><p>que dá serviço a ele, tem que dá trabalho. É</p><p>dever do empregador dar trabalho ao empregado, se não der pode</p><p>caracterizar, inclusive, um assédio moral, um contrato de inação. O</p><p>empregador fornece trabalho ao empregado e o empregado presta</p><p>serviços e, por conta desses serviços prestados, vai fazer jus a uma</p><p>remuneração. Perfeito?</p><p>Então, as partes do contrato de trabalho, empregado e empregador.</p><p>Empregado trabalha e Empregador paga por aquele salário.</p><p>Pessoal, muita atenção aqui, não erre.</p><p>6Curso Ênfase © 2020</p><p>NÃO ERRE</p><p>Muita gente confunde e essa questão, muitas vezes, é cobrado em</p><p>prova também. Existe um requisito da relação de emprego, que é a</p><p>pessoalidade.</p><p>Pelo requisito da pessoalidade, o empregado necessariamente tem</p><p>que ser uma pessoa física, tem que ser uma pessoa natural, o</p><p>empregado não poderá ser uma pessoa jurídica, mas esse requisito</p><p>da pessoalidade aplica-se apenas e tão somente ao empregado. O</p><p>empregador pode ser tanto uma pessoa natural como uma pessoa</p><p>jurídica, pode ser uma associação, pode ser uma sociedade, pode ser</p><p>uma fundação, então, o empregador não tem essa limitação.</p><p>Muita gente acha que é o empregado é sempre uma pessoa natural e</p><p>7Curso Ênfase © 2020</p><p>o empregador é sempre uma pessoa jurídica, o empregador é sempre</p><p>uma empresa. Essa noção é falsa, essa ideia não corresponde à</p><p>realidade. Na verdade, o empregado é sim sempre uma pessoa</p><p>natural, uma pessoa física, mas o empregador pode ser uma pessoa</p><p>física também.</p><p>O empregador doméstico, por exemplo, é uma pessoa física, como</p><p>pode ser uma pessoa jurídica, pode ser uma associação, uma</p><p>sociedade, uma fundação. Não precisa necessariamente ser uma</p><p>empresa, pode ser uma instituição filantrópica.</p><p>Vamos lembrar que o art. 2º traz lá no § 1º, a ideia de empregador</p><p>por equiparação. Embora, o empregador normalmente seja uma</p><p>empresa, nem sempre será uma empresa, pode ser uma pessoa</p><p>natural, pode ser uma pessoa jurídica, que não seja uma pessoa</p><p>jurídica empresária. Perfeito?</p><p>8Curso Ênfase © 2020</p><p>Bom, já que falamos de empregado e de empregador, é importante</p><p>trazer para vocês a ideia de contrato de equipe, porque normalmente</p><p>quando pensamos em contrato de trabalho, pensamos em duas partes,</p><p>o empregado e o empregador. Normalmente uma pessoa natural, que</p><p>é o empregado e uma pessoa natural ou jurídica, que é o empregador,</p><p>normalmente, duas pessoas.</p><p>Só que o direito do trabalho brasileiro admite o denominado Contrato</p><p>de equipe, em que há um concurso de um grupo de trabalhadores.</p><p>Então, ao invés de ser uma contratação individual, uma contratação</p><p>em que estará lá apenas o empregador e o empregado, no contrato de</p><p>equipe nós temos um concurso, em que de um lado nós temos o</p><p>trabalhador e de outro lado, nós temos um grupo de empregados, um</p><p>grupo de trabalhadores, por isso se diz contrato de equipe.</p><p>E ai existe uma certa controvérsia: será que esse contrato de</p><p>equipe, que envolve um empregador e vários trabalhadores ao</p><p>mesmo tempo, será que ele é um contrato único? Ou será que,</p><p>na verdade, ele é um feixe, uma junção de vários contratos</p><p>individuais de trabalho?</p><p>Essa pergunta, nós vamos responder daqui a pouco. Muito importante</p><p>em relação ao contrato de equipe, é a espontaneidade na formação do</p><p>grupo.</p><p>9Curso Ênfase © 2020</p><p>"Ora, Joalvo, dê um exemplo de contratação por equipe."</p><p>Bandas. O sujeito contrata uma banda e tem lá o baterista, o</p><p>guitarrista, o vocalista, o baixista. Aquela banda já existe e a empresa</p><p>não vai contratar apenas um daqueles integrantes, vai contratar todos</p><p>eles, vai contratar a banda.</p><p>Ou, por exemplo, a equipe de segurança para determinado evento.</p><p>Contrata uma equipe com cinco seguranças, normalmente tem um</p><p>que chefia, que fica responsável pela contratação dos demais.</p><p>E também acontece, contrato de equipe com a contratação de</p><p>familiares, muitas vezes familiares que são especializados em</p><p>determinado trabalho, em determinada atividade e o contratante</p><p>contrata todos conjuntamente.</p><p>Muito importante para a caracterização do contrato de equipe é que</p><p>10Curso Ênfase © 2020</p><p>haja espontaneidade na formação do grupo. Ou seja, se é um</p><p>empregador que reúne a equipe, não se trata de um Contrato de</p><p>equipe. Para se tratar de um Contrato de equipe, na verdade, a equipe</p><p>já existe, o grupo de trabalhadores já está formado e o empregador</p><p>apenas contrata um grupo pré-existente.</p><p>Então, por exemplo, se é uma banda, em que o próprio contratante vai</p><p>selecionando: "olha, o baixista vai ser o João; o guitarrista vai ser</p><p>Maria; o vocalista vai ser José". Se o próprio empregador faz essa</p><p>reunião, essa formação, não é um típico contrato de equipe. Perfeito?</p><p>Bom, primeiro ponto é o seguinte, contrato de</p><p>equipe pode-se dar</p><p>tanto na forma de relação de emprego, como pode ser um contrato</p><p>autônomo, por isso que Ísis de Almeida dizia que o contrato de equipe</p><p>é, na verdade, uma sociedade de fato, ou seja, é como se todos os</p><p>11Curso Ênfase © 2020</p><p>membros da equipe sejam sócios naquela empreitada.</p><p>Pode se dar de forma autônoma, como pode se dar como vínculo de</p><p>emprego, eu dei o exemplo de uma banda. Uma banda, na verdade,</p><p>na maioria das vezes é contratada de forma autônoma, então, o sujeito</p><p>se reúne com seis amigos e forma uma banda e ele é contratado por</p><p>vários tomadores de serviços para prestar serviços, para fazer show,</p><p>de forma autônoma, não haverá ai um vínculo de emprego, embora</p><p>haja um contrato de equipe.</p><p>Pode haver também a contratação de equipe com vínculo de emprego,</p><p>quando estiverem presentes os requisitos da pessoalidade,</p><p>onerosidade, não eventualidade e subordinação jurídica. Então, o</p><p>contrato de equipe não é inerente aos contratos de emprego, pode</p><p>haver Contratos de equipe com ou sem a subordinação jurídica.</p><p>O que predomina, pessoal, em relação ao contrato de equipe é a visão</p><p>de que se trata, na verdade, de um feixe de contratos ou seja, quando</p><p>o empregador celebra um contrato de equipe com dez empregados,</p><p>na verdade, é como se existisse dez contratos individuais de trabalho</p><p>reunidos ali naquele contrato de equipe. Então, há um feixe de vários</p><p>contratos individuais.</p><p>E o que caracteriza essa reunião?</p><p>A unidade de finalidade. O empregador pode contratar dez</p><p>empregados e um não tem nada a ver com a atividade do outro, mas</p><p>quando a atividade deles está totalmente imbrincada é que haverá o</p><p>chamado contrato de equipe.</p><p>No contrato de equipe, o poder diretivo do empregador é um pouco</p><p>12Curso Ênfase © 2020</p><p>atenuado, uma vez que existe um chefe da equipe que muitas vezes</p><p>vai fazer o papel de comandar aquela equipe.</p><p>EXEMPLO: Por exemplo, uma orquestra em que há um maestro,</p><p>normalmente se contrata um maestro e ele fica responsável pela</p><p>equipe, ele vai gerir a equipe. Muitas vezes ele vai receber a</p><p>remuneração e e vai dividir entre os integrantes da equipe. Essa é a</p><p>forma de retribuição que caracteriza o contrato de equipe.</p><p>Mas é claro que o contrato de equipe não é o mais comum no âmbito</p><p>do direito do trabalho, nós trouxemos aqui apenas para dá uma ideia</p><p>de quais são as partes no contrato de trabalho. Normalmente, o</p><p>empregado e o empregador. Mas às vezes o empregador contrata ali</p><p>vários empregados naquele mesmo contrato, chamado contrato de</p><p>equipe. Perfeito?</p><p>Bom, vamos, agora, para uma visão do especialista.</p><p>VISÃO DO ESPECIALISTA</p><p>A visão do especialista que eu trouxe para vocês, é do professor Délio</p><p>Maranhão, doutrinador super premiado e festejado no âmbito do</p><p>direito do trabalho, que ele defende o seguinte:</p><p>13Curso Ênfase © 2020</p><p>Essa é a posição majoritária, que pode ser defendida no âmbito do</p><p>direito do trabalho, então, se for cobrada em prova de concurso pode</p><p>marcar lá que o contrato de equipe é um feixe, é uma reunião de</p><p>vários contratos individuais autônomos.</p><p>"Porque, Joalvo? Quais as posições que existem acerca desse</p><p>tema?"</p><p>A primeira posição que eu poderia citar, uma posição minoritária,</p><p>advoga, defende, que, na verdade, é um contrato só e nesse único</p><p>contrato existem vários empregados prestando serviços ao mesmo</p><p>empregador, de outro lado, a posição majoritária é diferente. A</p><p>posição majoritária diz que, na verdade, o contrato de equipe é uma</p><p>reunião de vários contratos individuais de trabalho autônomos, vários</p><p>contratos individuais que existem entre si, independente dos demais.</p><p>E qual a importante prática disso, Joalvo? Será que é apenas</p><p>14Curso Ênfase © 2020</p><p>algum detalhe teórico ou doutrinário?</p><p>Não, pessoal, isso tem uma importância prática enorme.</p><p>Qual é?</p><p>A importância é o seguinte: será se o empregador quiser romper</p><p>o contrato com apenas um dos membros da equipe, será que</p><p>ele vai conseguir?</p><p>A posição majoritária é que sim. É possível ao empregador romper o</p><p>contrato de trabalho com apenas um dos membros da equipe, já que</p><p>no contrato de equipe existem vários contratos individuais</p><p>subjacentes àquele contrato de equipe. E são contratos que têm vida</p><p>autônoma, então, podem ser rompidos e o outro ser continuado.</p><p>Vamos imaginar, por exemplo, que um dos integrantes da equipe</p><p>comete uma falta grave e vem a ser dispensado por justa causa. Se</p><p>nós entendermos que o contrato de equipe é um contrato único e o</p><p>empregador quer dispensar por justa causa um dos integrantes da</p><p>equipe, como um contrato é um só, ele teria que dispensar todos os</p><p>demais também, e o contrato de equipe estaria automaticamente</p><p>rompido pela falta grave cometida apenas por um único empregado.</p><p>Mas não é isso que prevalece, o que prevalece é que, na verdade, são</p><p>contratos autônomos e o empregador poderia romper um e manter os</p><p>demais perfeitamente. Claro que, às vezes, a equipe já tem uma</p><p>formação tão sólida e tão característica, que a falta de um membro da</p><p>equipe pode descaracterizar, pode desnaturar aquele equipe.</p><p>Nesses casos, os membros restantes podem até pedir demissão,</p><p>15Curso Ênfase © 2020</p><p>podem pedir o rompimento do contrato, uma vez que consideram que</p><p>aquela equipe não tem mais como continuar sem aquele membro que</p><p>foi retirado, um membro que era muito importante. Mas a regra geral</p><p>é de que os contratos são independentes, um pode ser rompido e o</p><p>outro permanecer intacto normalmente. Perfeito?</p><p>Bom, em relação aos empregados, é interessante também tratar da</p><p>figura dos altos empregados. Normalmente nós sabemos que os</p><p>empregados se caracterizam pela figura da subordinação jurídica, o</p><p>empregado é subordinado ao empregador. Significa que o</p><p>empregador dá ordens, o empregador controla, fiscaliza o</p><p>empregado, o empregador também aplica sanções, o empregador</p><p>também pode punir os seus empregados.</p><p>16Curso Ênfase © 2020</p><p>Mas existem também as figuras dos altos empregados. Os altos</p><p>empregados são aqueles que têm atribuições elevadas e amplos</p><p>poderes gerencias, então, gerentes, supervisores, chefes de</p><p>departamentos, chefes de filiais, normalmente tem um poder muito</p><p>grande.</p><p>"Mas, Joalvo, esses altos empregados trabalham de forma</p><p>subordinada?"</p><p>Pessoal, não tenhamos dúvida. Para que exista contrato de trabalho,</p><p>ainda que seja de um alto empregado tem que haver subordinação</p><p>jurídica. Se a subordinação jurídica estiver ausente, não estaremos</p><p>diante de um alto empregado, estaremos diante de um trabalhador</p><p>autônomo. O trabalhador autônomo é aquele que não tem</p><p>subordinação jurídica. O alto empregado é subordinado, embora a</p><p>subordinação seja mais leve, a subordinação seja mais rarefeita.</p><p>Esse trabalhador tem amplos poderes gerenciais e, na verdade,</p><p>embora, seja o contrato um contrato de emprego, ele também tem um</p><p>contrato de mandato. Muitas vezes ele tem poderes para assinar</p><p>procuração, para assinar em nome do empregador, ele consegue</p><p>praticar atos jurídicos em nome do empregador. Então, muitas vezes</p><p>existe essa característica mista de contrato de emprego e de contrato</p><p>de mandato.</p><p>A figura é tão interessante que na Itália encontra regulamentação</p><p>própria, específica para os altos empregados. No Brasil, não. No</p><p>Brasil, existem alguns dispositivos específicos da Consolidação das</p><p>leis do Trabalho (CLT), por exemplo, o alto empregado pode ser</p><p>transferido. O art. 469 permite que o alto empregado seja</p><p>17Curso Ênfase © 2020</p><p>transferido, porque ele goza de uma maior confiança, o empregador</p><p>deposita nele uma confiança maior.</p><p>Ele também, muitas vezes, não tem direito a receber horas extras,</p><p>porque ele tem ali, muitas vezes, o controle do seu horário de</p><p>trabalho, ele que vai dizer quanto tempo ele vai trabalhar, se chega</p><p>mais cedo, chega mais tarde. Essa é, então, a figura do alto</p><p>empregado.</p><p>Importante saber do alto empregado: ele tem subordinação jurídica,</p><p>embora seja uma subordinação jurídica mais leve, uma subordinação</p><p>mais rarefeita. Perfeito?</p><p>Temos também sobre os empregadores um conteúdo muito</p><p>importante que é a questão dos empregadores anômalos. Os</p><p>18Curso Ênfase © 2020</p><p>empregadores anômalos são aqueles sujeitos que, na verdade, não</p><p>figuram formalmente como empregadores, mas que podem vim a ser</p><p>responsabilizados.</p><p>EXEMPLO: Por exemplo, na terceirização nós temos a figura da</p><p>empresa contratante. Na terceirização, a empresa contrata uma outra</p><p>empresa, para que essa empresa preste serviço e ai o empregado que</p><p>vai trabalhar ali, não é o empregado da empresa contratante, é o</p><p>empregado da empresa contratada. Aquela empresa contratante, via</p><p>de regra, não é empregadora, mas como ela foi beneficiária da</p><p>prestação de serviços ela pode, eventualmente, ser responsabilizada</p><p>pelo pagamento daquelas verbas trabalhistas.</p><p>Também a figura do trabalho temporário, em que há uma</p><p>intermediação de mão de obra. A empresa de trabalho temporário</p><p>fornece, de forma transitória, mão de obra para uma empresa</p><p>tomadora de serviços. Essa empresa tomadora de serviços, embora</p><p>não seja empregadora, ela é quem está se beneficiando dos serviços e</p><p>eventualmente pode vir a ser responsabilizada.</p><p>Temos também a figura do grupo econômico, quando duas ou mais</p><p>empresas formam um grupo econômico e todas elas serão</p><p>responsabilizadas pelas verbas trabalhistas das empresas integrantes</p><p>daquele grupo. E temos também a sucessão trabalhista, quando a</p><p>empresa sucede a outra. Então, vamos imaginar que a empresa "B"</p><p>adquira uma empresa "A", essa empresa "B" vai adquirir todos os</p><p>contratos de trabalho dos trabalhadores daquela empresa adquirida.</p><p>Essas são as figuras de empregadores anômalos, que em tese não</p><p>seriam empregadores, mas que tese nas seriam empregadores, mas</p><p>19Curso Ênfase © 2020</p><p>que têm ai uma responsabilidade trabalhista. Perfeito?</p><p>Bom, e vamos ter muita atenção com esse conteúdo importante.</p><p>CONTEÚDO IMPORTANTE</p><p>Em relação à sucessão empresarial, quando a empresa adquire a</p><p>outra, quando a empresa sucede a outra, é muito importante dizer: o</p><p>adquirente da empresa passa à condição de empregador dos</p><p>trabalhadores contratados pela empresa sucedida. Então, existe a</p><p>empresa que está adquirindo, que está comprando, que é a empresa</p><p>sucessora e existe a empresa que está sendo vendida, que está sendo</p><p>adquirida, que é a empresa sucedida.</p><p>20Curso Ênfase © 2020</p><p>No contrato de trabalho, a empresa sucedida sai de cena e toda a</p><p>responsabilidade trabalhista, via de regra, passa a ser da empresa</p><p>sucessora. Quando uma empresa adquire a outra, vai adquirir</p><p>também todo o passivo trabalhista daquele unidade empresarial.</p><p>Ok, pessoal? Com isso, então, encerramos a nossa unidade de</p><p>aprendizagem.</p>