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<p>A2 DIREITO APLICADO À GESTÃO</p><p>1) Um brocardo jurídico romano preconizava: ubi societas, ibi jus – ou seja: “onde está a sociedade, aí está o Direito”, evidenciando o caráter de universalidade da norma jurídica ao longo da história e na composição de todos os grupamentos humanos. É evidente que nem todas as sociedades constituídas ao longo dos tempos apresentam sistemas de Direito idênticos, muito menos atuais; porém, admite -se que todas elas se tenham formado e estruturado por meio da construção de normas de conduta e de relacionamento que, organizadas, vieram e se constituir em Ordenamentos Jurídicos. Os exemplos mais comuns são os Sistemas da Civil Law e da Common Law, ambos advindos do Direito Romano, inobstante assuas diferenças quanto à forma. Nesse sentido, a necessidade da concepção de normas jurídicas está fundamentada na:</p><p>a) Necessidade de estabelecimento de limites à atuação de cada um dos componentes da coletividade em suas relações pessoais, regulamentando a vida social. (X)</p><p>b) Força constritiva que deve possuir a norma jurídica enquanto modeladora da sociedade, sob pena de sua desestruturação orgânica.</p><p>c) Necessidade de estabelecimento de uma elite a quem caberia a exclusividade do emprego da força para a contenção dos demais componentes da sociedade.</p><p>d) Necessidade de organização do Estado por meio da criação de delitos e de tributos oponíveis a todos os cidadãos igualmente, ao menos em planos legais.</p><p>e) Determinação do estabelecimento de regras impositivas e cogentes no corpo social, regulado pela norma jurídica impositiva</p><p>2) O fato de nosso Sistema de Direito determinar que o início da personalidade se dá quando do nascimento com vida determina que, antes dele, o nascituro não é pessoa, não tem personalidade, sendo, assim, uma coisa ( já que não existe qualquer categoria intermediária entre as pessoas e as coisas em nosso Direito). Com base nos direitos de personalidade, o fato de o nascituro ser uma coisa legitima a interrupção da gravidez por mera vontade da gestante?</p><p>a) Sim, porque, considerando os direitos de personalidade, antes da obtenção da personalidade, não há sujeito de direitos, pelo que o nascituro não será titular de pretensão alguma.</p><p>b) Não, porque a interrupção da gravidez somente se admite nos casos previstos pelo Código Penal Brasileiro e em nenhum outro conforme delimitado pelos direitos de personalidade.</p><p>c) Não, porque o nascituro, embora não seja ainda pessoa, possui a expectativa de adquirir personalidade jurídica, por meio do nascimento com vida, o que impede a legitimação de seu abortamento. (X)</p><p>d) Sim, porque, não sendo pessoa ainda, o nascituro é coisa e, como tal, integra o patrimônio de sua mãe, que pode dispor dele como bem entender, inclusive para interromper a gestação, extraindo-o.</p><p>e) Sim, porque, de acordo com o Código Penal Brasileiro e em decorrência dos direitos de personalidade, a hipótese da interrupção da gravidez é uma opção da mãe, em virtude da ausência de personalidade do nascituro</p><p>3) Berenice e sua irmã Berenalva, renomadas profissionais cuidadoras de crianças, fundam a empresa B&B Bebês e Babás, com a finalidade de prestar ser viços de cuidados infantis e vender produtos de higiene para recém-nascidos. Antes mesmo de efetuarem o registro do contrato social junto ao órgão competente, assinam uma série de contratos junto a fornecedores e clientes, em nome da empresa. Todavia, um determinado produto foi entregue com defeito, resultando em um processo judicial proposto em face da pessoa jurídica ainda não registrada. Sobre a representação e a responsabilização da empresa ou de suas sócias nessa hipótese será correto dizer :</p><p>a) Deverá ser dirigida à empresa diretamente, já que apenas o seu patrimônio será comprometido.</p><p>b) Será a intimação realizada na pessoa de qualquer das sócias e ambas responderão pessoalmente. (X)</p><p>c) Dependerá do registro da empresa para ocorrer, não surtindo quaisquer efeitos patrimoniais antes dele.</p><p>d) Não poderá ser realizada de qualquer forma ou obrigar a quem quer que seja, uma vez inexistente a averbação.</p><p>e) Será realizada na forma do contrato social, respondendo apenas o patrimônio da empresa, e não o das sócias</p><p>4) "Apesar de normalmente serem palavras associadas à mesma coisa(empreendedor e empresário), na prática, há uma grande diferença entre esses dois perfis. Basicamente, ser empresário é uma profissão, enquanto ser empreendedor está muito mais ligado a uma postura, uma forma de ver o mundo. Em termos gerais, o empresário é aquele que possui um ótimo conhecimento em técnicas de administração, como planejamento e controle financeiro, marketing, vendas e gestão de pessoas. Porém, quantas empresas vemos que estão estagnadas há muito tempo, sem nenhuma perspectiva de crescimento?" MACHADO, Millor. A diferença entre ser empreendedor e ser empresário. EXAME.com. Disponível em<http://exame.abril.com.br/pme/noticias/a-diferenca-entre-ser-empreendedor-e -ser-empresario(http://exame.abril.com.br/pme/noticias/a-diferenca-entre-ser-empreendedor-e -ser-empresario)>.Acesso em 19/02/2015. Tendo como ponto de partida o texto acima, identifique a hipótese que apresenta uma definição jurídica de empresário.</p><p>a) Empresário será todo aquele que exercer uma atividade lucrativa com função social.</p><p>b) É todo aquele que exerce uma profissão que admita remuneração em planos econômicos.</p><p>c) É todo aquele que exerce atividade remunerada de forma habitual, independentemente dá forma.</p><p>d) É quem exerce atividade econômica organizada para a circulação de bens em sociedade. (X)</p><p>e) Empresário é o proprietário de uma pessoa jurídica lucrativa ou superavitária economicamente</p><p>5) O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é um imposto incidente sobre a propriedade urbana e tem como hipótese a propriedade, o domínio útil ou a posse de propriedade imóvel localizada em zona urbana ou extensão urbana. É um imposto municipal, ou seja, somente os municípios podem aplicá-lo. Os contribuintes do imposto são as pessoas físicas ou jurídicas que mantém a posse do imóvel, por justo título. A base de cálculo do IPTU é o valor venaldo imóvel sobre o qual o imposto incide. Este valor deve ser entendido como seu valor de venda em dinheiro à vista, ou como valor de liquidação forçada. É diferente de seu valor de mercado, ditado pela negociação. Disponível:http://pt .wikipedia.org /wiki/Imposto_sobre_a_propriedade_predial_e_territorial_urbana Acesso em 21/02/2015.O estabelecimento de alíquotas diversas do Imposto sobre a Propriedade Predial e TerritorialUrbana, majorando o valor a ser cobrado dos cidadãos estrangeiros residentes em determinadobairro, quando comparado àquele cobrado dos cidadãos nacionais, será considerado.</p><p>a) Ilícita, porque fere o princípio da isonomia.(X)</p><p>b) Lícita, pois cabe ao Estado essa decisão.</p><p>c) Razoável, porque lícita essa distinção.</p><p>d) Indevida, não há motivo social para tanto.</p><p>e) Ilícita, não se deve alterar as alíquotas</p><p>6) Pela segunda vez em menos d e um mês, a gasolina subiu em Minas Gerais. Primeiro, a culpa foi do aumento do PIS/Cofins, que entrou em vigor no dia 1º defevereiro. Agora, o motivo também é tributário, mas o imposto é outro. “O que subiu agora, na segunda quinzena do mês, foi a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS)”, explica o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes(Fe combustíveis), Paulo Miranda. O impacto desse aumento foi d e R$ 0,07 por litro, mas, em média, os postos de Belo Horizonte subiram R$ 0,10. Setembrina Surrupiada é veterinária e criadora de cães da raça Chihuahua,estabelecida no Município de Inhanhomirim de Cima, no Estado de Minas Gerais. Procura sua consultoria porque foi autuada em R$ 500 mil, a título de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços, e se surpreendeu ao ser informada, pelo fiscal tributário, que chegara a esse valor somando as vendas de cães realizadas por seu canil às voltas que os tratadores davam diariamente com os animais – o que, segundo aquela autoridade, representava</p><p>também circulação dos mesmos. Sobre a licitude da cobrança na forma apresentada, assinale a hipótese que representa a solução adequada à matéria:</p><p>a) É correta nas duas hipóteses, porque a circulação hipótese de incidência do ICMS poderá ser a econômica e também física, mesmo que por prepostos</p><p>b) Terá sua validade dependente da comprovação, pela autoridade fiscal, do número de voltas ou da quilometragem percorrida pelos cães no ano civil.</p><p>c) Não é correta no que toca às vendas realizadas pelo canil, porque a circulação hipótese de incidência do ICMS não é econômica, mas sim física.</p><p>d) Incorreta, porque em nenhum dos casos mencionados ocorreu a hipótese de incidência tributária, seja pela circulação econômica, seja pela circulação física.</p><p>e) É incorreta no que toca às voltas com os tratadores, porque a circulação hipótese de incidência do ICMS não é física, mas sim econômica (x)</p><p>7) No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos meramente administrativos dá competência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos). É utilizado pelo chefe do Poder Executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis, entre outras coisas. É a forma de que se revestem dos atos individuais o u gerais, emanadas do Chefe do Poder Executivo. Pode subdividir-se em geral e individual – este, a pessoa ou grupo, e aquele, a pessoas que se encontram em mesma situação. Tem efeito regulamentar ou de execução – expedido com baseno artigo 84, VI da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o decreto detalha a lei, não podendo ir contra a lei ou além dela. O Poder Executivo de determinado município brasileiro, considerando a necessidade de realização de obras emergenciais, estipulou, por Decreto, a cobrança de taxa cuja hipótese de incidência reside em trafegar, de carroça, pelas vias públicas municipais, determinando, ainda, a cobrança retroativa aos últimos cinco anos, tendo em vista o histórico uso desse meio de transporte por seus cidadãos. O tributo instituído em tais condições será:</p><p>a) Constitucional, porque instituído pelo representante do credor.</p><p>b) Inconstitucional, porque não se admite tributo com tal hipótese de incidência.</p><p>c) Constitucional, porque nada impede a criação de tributo com tal natureza.</p><p>d) Constitucional, dado que o município poderá instituir certos tributos.</p><p>e) Inconstitucional, porque viola os princípios da legalidade e da anterioridade. (x)</p><p>8) Em uma obra de restauração do imóvel, telhas são retiradas do telhado para substituição dos caibros e posterior recolocação. Nesse caso, considerando sua natureza jurídica, as telhas são bens:</p><p>a) Inestimáveis, porque não poderão ser substituídas</p><p>b) Imóveis por acessão. c) Imateriais e intangíveis. (x)</p><p>d) Imóveis enquanto estiverem presas umas às outras, impedindo o deslocamento.</p><p>e) Móveis, afinal, essa é a natureza das telhas</p><p>8)</p>