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<p>Resumo – Doenças Intestinais</p><p>Fatores que influenciam a microbiota intestinal:</p><p>· Infecção ou inflamação;</p><p>· Dieta;</p><p>· Xenobióticos;</p><p>· Higiene (principalmente das mãos);</p><p>· Genética;</p><p>A desbiose (metabólitos bacterianos e toxinas) pode afetar:</p><p>· Cérebro (estresse, autismo, esclerose múltipla);</p><p>· Pulmão (asma);</p><p>· Fígado (doença hepática não gordurosa, doença hepática não alcoólica);</p><p>· Tecido adiposo (obesidade, doença metabólica);</p><p>· Intestino (doença inflamatória intestinal, doença celíaca);</p><p>· Doenças sistêmicas (diabetes tipo 1, aterosclerose, artrite reumatoide)</p><p>Associação do Sistema Imune com a Microbiota Intestinal. O descontrole no consumo de açúcar também está associado a desbiose -> formando enzimas antioxidantes que impedem a formação de radicais livres.</p><p>Durante a ingestão de alimentos, o intestino produz um hormônio GLP-1 (glucagon-like-peptide-1), ele é responsável por:</p><p>· Estimular a secreção de insulina;</p><p>· Inibição do glucagon (diminuindo a glicose no sangue);</p><p>· Retardo do esvaziamento gástrico;</p><p>· Efeito no SNC (fome e apetite);</p><p>A Akkermansia Muciniphila é uma bactéria que faz parte da microbiota intestinal, ela estimula a produção do GLP-1 (pode ser suplementada).</p><p>Dietoterapia da Diarréia:</p><p>· Reposição de líquidos e eletrólitos;</p><p>· Ingestão de fibras solúveis (auxilia no trânsito intestinal e favorece a produção de AGCC) -> aumenta a integridade da mucosa.</p><p>· Evitar alimentos fermentativos;</p><p>· Evitar ascarídeos e enxofre;</p><p>· Refeições fracionadas e com tendência hipolipídica (TCM);</p><p>· Evitar leite e derivados devido à baixa concentração de lactase nos enterócitos;</p><p>Dietoterapia da Intolerância à lactose:</p><p>Deficiência na produção da lactose. A ingestão da lactose sofre fermentação no íleo, originando o ácido lático -> aumentando a secreção intestinal, formando resíduos e ondas perisálticas.</p><p>Quando ingerido leite e derivados, causa flatulência, dor abdominal e moléstias na evacuação;</p><p>· Dieta individualizada conforme o grau de intolerância, com suspensão ou controle da ingestão de lactose;</p><p>· Promover regularização do trânsito intestinal;</p><p>· Aumentar as concentrações séricas de vitamina D, riboflavina e Cálcio;</p><p>· Uso de enzimas em tabletes;</p><p>· Avaliar as características físico-químicas dos alimentos;</p><p>· Evitar o consumo de carnes vermelhas, embutidos e caldos (estimula o peristaltismo) por maior teor de purinas (pioram o acúmulo de ácido úrico);</p><p>· Verduras e legumes na ausência de crise, bem cozidos, inteiro, e na forma de caldos e purê;</p><p>· Evitar consumo de fontes de fibras insolúveis (celulose, hemicelulose e lignina) e frutas (sacarose, frutose, glicose e ácidos orgânicos);</p><p>· Recomendar consumo de fibras solúveis para formação de bolo fecal, suco de limão diluído e água de coco auxiliam na hidratação;</p><p>· Uso de probióticos e simbióticos para recuperação da microbiota intestinal (bifidobactérias e lactobacilos) associados com fibras (inulina, FOS/XOS);</p><p>Dietoterapia da Constipação e Fecaloma:</p><p>Avaliado de acordo com a escala de Bristol;</p><p>· IH 35ml/kg PA;</p><p>· Aumento e adequação do consumo de FLV e cereais integrais;</p><p>· Fibras insolúveis 20 a 35g/dia;</p><p>· Vitamina B1 e Potássio estimulam a função tônica do intestino e excitabilidade dos nervos;</p><p>· Consumo de frutas cruas (ameixa seca (hidratada) e crua podem ser usadas, mas em moderação -> ácido diiroxifenil isatina) como Kiwi (2un/dia);</p><p>· Uso do Psyllium associado a dieta para umedecer as fezes;</p><p>· Evitar alimentos obstipantes e de difícil digestão (maca, goiaba, caju, queijo com furinhos e carne vermelha);</p><p>· Evitar alimentos ricos em enxofre (brócolis, alho, couve-flor, ovo, milho, repolho, batata doce e leguminosas);</p><p>· Uso de gordura emulsionada (azeite) para estímulo da peristalse, e secreção de colicistocinina, bule e sais biliares.</p><p>· Incentivar a prática de exercícios físicos;</p><p>· Recomendação do uso de probióticos.</p><p>Dietoterapia da Doença Celíaca:</p><p>Distúrbio gastroenterológico crônico, autoimune onde há sensibilidade ao glúten -> danos e inflamação no intestino delgado;</p><p>· EXCLUSÃO de alimentos com prolaminas (trigo – gliadina, centeio – hordeína, cevada – secalina, aveia – avelina);</p><p>· Contaminação cruzada!</p><p>· Dieta isenta de glúten para toda vida;</p><p>· Pode haver deficiências decorrentes da má-absorção de Ferro, ácido fólico, B12 e Cálcio;</p><p>Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa:</p><p>Avaliada pela Escala de Mayo. Pode se estender por diversas áreas do intestino (cólon, íleo, reto etc.).</p><p>· Manter ou recuperar o Estado Nutricional adequado;</p><p>· Reposição de líquidos e eletrólitos;</p><p>· Alimentos que diminuam a atividade inflamatória (ultraprocessados e açúcar);</p><p>· Reduzir interação fármaco-nutrientes (anticoagulantes – evitar vitamina K);</p><p>· VET = GEB x FA x 1,75 ou 25 a 30kcal / kg PI / dia.</p><p>· Proteínas: 1 a 1,5g / kg PI / dia.</p><p>· Dieta hipolipidica (</p>