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<p>SISTEMA CARDIOVASCULAR</p><p>Ciclo cardíaco, bulhas e sopros</p><p>Pré-carga</p><p>• Força do vaso relaxado</p><p>• Estiramento da parede durante a diástole</p><p>• Força que estira as fibras musculares relaxadas</p><p>• Resistência que o coração vai encontrar depois da sístole</p><p>Pós-carga</p><p>• Força contra a qual o músculo em contração deve agir</p><p>• Pressão na aorta que deve ser superada pelo músculo</p><p>ventricular esq para abria a válvula aórtica e ejetar o sangue</p><p>• Pressão deve ficar maior q a da aorta para o sangue passar do</p><p>meio de ↑pressão para o de ↓pressão e subir</p><p>• Pressão sistólica</p><p>Débito cardíaco</p><p>• O volume de sangue que é bombeado pelo coração em 1</p><p>minuto</p><p>• DC = FC x VSF</p><p>• PA = DC x RP</p><p>Ciclo cardíaco</p><p>SÍSTOLE VENTRICULAR</p><p>1. Contração isovolumétrica</p><p>a. Fase entre o início da sístole ventricular e a abertura das</p><p>valvas AV</p><p>b. Volume ventricular permanece constante nesse período</p><p>c. Coincide com:</p><p>i. Pico da onda R no ECG</p><p>ii. 1ª bulha</p><p>d. Músculo se preparando</p><p>2. Ejeção</p><p>a. Abertura das valvas aórtica e do TP</p><p>b. 2 fases:</p><p>i. Ejeção rápida</p><p>1. PVE>PAÓRTICA = Fluxo sanguíneo acelera</p><p>2. Inicial e + curta</p><p>3. ↑ rápido da pressão ventricular e aórtica</p><p>4. ↓ abrupta do volume ventricular</p><p>5. ↑ do fluxo sanguíneo aórtico</p><p>6. ↓ rápida na PA = descida da base do coração e</p><p>estiramento dos átrios</p><p>ii. Ejeção reduzida</p><p>1. PAÓRTICA↑ = FS↓</p><p>2. Tardia e + longa</p><p>3. ↓PAÓRTICA – pois o escoamento de sangue da</p><p>aorta para os VS periféricos excede a taxa de</p><p>débito ventricular</p><p>iii. Sangue que retorna das veias periféricas para os</p><p>átrios produz um ↑ progressivo na PA</p><p>iv. Ao final da ejeção ventricular – um volume de</p><p>sangue aprox. igual ao ejetado durante a sístole</p><p>permanece nas cavidades ventriculares</p><p>1. Esse vol residual é relativamente constante</p><p>nos corações normais, mas diminui quando a</p><p>FC↑ ou quando a RP↓</p><p>DIÁSTOLE VENTRICULAR</p><p>3. Relaxamento isovolumétrico</p><p>a. Período entre o fechamento das valvas aórtica e TP (2ª</p><p>bulha) e a abertura das AV</p><p>b. Queda abrupta da pressão ventricular sem qualquer</p><p>alteração no volume ventricular</p><p>4. Fase de enchimento rápido</p><p>a. Abertura das valvas AV</p><p>b. Sangue que retornou aos átrios durante a sístole</p><p>ventricular anterior é liberado abruptamente para os</p><p>ventrículos relaxados (Fase de enchimento ventricular</p><p>rápido)</p><p>c. Queda na pressão ventricular esquerda abaixo da pressão</p><p>atrial esquerda = essa reversão na pressão abre a valva</p><p>mitral</p><p>5. Diástase</p><p>a. Fase de enchimento ventricular lento</p><p>b. Sangue que retorna das veias periféricas flui para o</p><p>ventrículo D e o sangue vindo dos pulmões flui para o</p><p>ventrículo E</p><p>c. Elevações graduais nas pressões atrial, ventricular e</p><p>venosa; e no volume ventricular</p><p>6. Sístole atrial</p><p>a. Logo após o início da onda P no ECG (despolarização atrial)</p><p>b. Transferência de sangue do A p/ V = completa o período de</p><p>enchimento ventricular</p><p>TÉCNICA PARA AUSCULTA CARDÍACA</p><p>ÁREAS DE AUSCULTA</p><p>• Foco mitral (ápice)</p><p>• Foco tricúspide (4ºEIEsq)</p><p>• Foco aórtico (2ºEID)</p><p>• Foco aórtico acessório</p><p>(3ºEIE)</p><p>• Foco pulmonar (2ºEIE)</p><p>• Carótidas</p><p>• Região axilar</p><p>• Região infraclavicular</p><p>• Dorso</p><p>1º passo</p><p>• Verificar se as bulhas estão normofonéticas</p><p>• Nos focos mitral e tricúspide, auscultamos a 1ª bulha (B1) +</p><p>intensa que a 2ª (B2)</p><p>• Nas áreas aórtica e pulmonar auscultamos B2 com +</p><p>intensidade que B1</p><p>• Isto quer dizer que a B1 (TUM) é + alta que a B2 (TÁ) nos focos</p><p>mitral e tric. E que B2 (TÁ) é + alta que B1 (TUM) nos focos</p><p>aórtico e pulmonar</p><p>BULHAS CARDÍACAS</p><p>• Bulhas audíveis: B1 e B2</p><p>• B1 está ligada ao fechamento das valvas AV (mitral e</p><p>tricúspide), marcando o início da sístole</p><p>• B2 está ligada ao fechamento das válvulas SL (aórtica e do</p><p>tronco pulmonar), marcando o fim da sístole e o início da</p><p>diástole</p><p>• TUM</p><p>o Som longo</p><p>o Grave</p><p>• TÁ</p><p>o Som curto</p><p>o Agudo</p><p>• Foco tricúspide + foco mitral = TUM</p><p>• Foco aórtico + foco pulmonar = TÁ</p><p>AUSCULTA</p><p>BULHAS: som produzido pelo fechamento das valvas. B1 e B2 são</p><p>fisiológicas, B3 e B4 são patológicas</p><p>• B1:</p><p>o Início da sístole ventricular</p><p>o Fechamento das valvas AV; o componente mitral (M) vem</p><p>antes do tricúspide (T)</p><p>o Coincide com o pulso carotídeo e o ictus cordis</p><p>o Som grave e longo</p><p>o TUM</p><p>o Ver intensidade (hiperfonética, normofonética ou</p><p>hipofonética)</p><p>o Ver se tem ou não desdobramento</p><p>• B2:</p><p>o Constituída de quatro grupos de vibrações, mas só dá pra</p><p>ouvir:</p><p>o Fechamento das válvulas semilunares (aórtica e do tronco</p><p>pulmonar)</p><p>o Ouve-se o componente aórtico em toda a região precordial</p><p>o O componente pulmonar só é auscultado em uma área</p><p>limitada (foco pulmonar e a borda esternal esquerda)</p><p>o No foco aórtico e no ápice do coração a B2 é sempre</p><p>única (só ausculta o componente A)</p><p>o Na expiração, ambas as valvas se fecham</p><p>sincronicamente – ruído único</p><p>o Na inspiração, o componente P sofre um retardo –</p><p>desdobramento fisiológico da B2</p><p>o Som + agudo, seco</p><p>o TA</p><p>o Bulha desdobrada = TLA</p><p>o Ver intensidade (hiper, normo ou hipofonéticas)</p><p>o Ver se tem desdobramento e se tiver, dizer que o tipo</p><p>(fisiológico, constante fixo, constante variável e</p><p>paradoxal)</p><p>• B3</p><p>o Ruído protodiastólico de baixa frequência que se origina</p><p>das vibrações da parede ventricular</p><p>o “Bulhas dos corações moles” (dilatação) e/ou aumento</p><p>da complacência – ICC</p><p>o Em corações sobrecarregados (como na ICC), quando o</p><p>volume ventricular é muito grande e as paredes</p><p>ventriculares estão estiradas ao máximo</p><p>o Mais audível na área mitral em decúbito lateral</p><p>esquerdo. Campânula (pois baixa freq.)</p><p>o TU</p><p>• B4</p><p>o “Bulhas dos corações duros” (hipertrofia) com</p><p>diminuição da irrigação</p><p>o Fim da diástole/pré-sístole</p><p>o Pela brusca desaceleração do fluxo sang mobilizado pela</p><p>contração atrial de encontro à massa sanguínea no</p><p>interior do ventrículo, no fim da diástole</p><p>• Ritmos de galope</p><p>o Quando o 3º e o 4º (atrial) sons estão acentuados, como</p><p>ocorre em certas condições anormais, podem ocorrer</p><p>trincas de sons, lembrando o som de cavalos galopando</p><p>MECANISMOS FÍSICOS PRODUTORES DE SOPROS</p><p>• Alterações hemodinâmicas</p><p>o Turbilhonamento</p><p>• Vibrações de estruturas sólidas</p><p>o Tremulação</p><p>o Impacto do jato</p><p>o Atritos</p><p>• Sopros não-patológicos</p><p>Também chamados de “anorgânicos ou inocentes”,</p><p>encontrados em crianças e jovens sem qualquer patologia</p><p>cardíaca ou extracardíaca para justificá-los</p><p>• Sopros patológicos</p><p>Causados por patologia cardiovascular ou extracardíaca capaz</p><p>de aumentar a velocidade circulatória</p><p>SOPROS</p><p>SISTÓLICO: Entre B1 e B2</p><p>• EJEÇÃO</p><p>o Estenose aórtica ou estenose pulmonar</p><p>o Formato de diamante</p><p>• REGURGITAÇÃO</p><p>o Insuficiência mitral ou insuficiência tricúspide</p><p>o Formato em barra</p><p>DIASTÓLICO: Entre B2 e B1</p><p>• ENCHIMENTO</p><p>o Estenose mitral ou estenose tricúspide</p><p>o Ruflar</p><p>• REFLUXO</p><p>o Insuficiência aórtica e pulmonar</p><p>o Aspirativo</p><p>SÍSTOLE</p><p>FOCO MITRAL – Insuficiência mitral</p><p>FOCO TRICÚSPIDE – Insuficiência tricúspide</p><p>FOCO AÓRTICO – Estenose aórtica -> Tríade = Síncope, angina e ICC</p><p>FOCO PULMONAR – Estenose pulmonar</p><p>DIÁSTOLE</p><p>FOCO MITRAL – Estenose mitral</p><p>FOCO TRICÚSPIDE – Estenose tricúspide</p><p>FOCO AÓRTICO – Insuficiência aórtica</p><p>FOCO PULMONAR – Insuficiência pulmonar</p><p>AUSCULTA DINÂMICA: MANOBRAS À BEIRA DO LEITO QUE</p><p>PODEM SER USADAS PARA MUDAR A INTENSIDADE DOS SOPROS</p><p>CARDÍACOS</p><p>• Posição de cócoras (squatting)</p><p>Provoca aumento do retorno venoso ao coração por comprimir</p><p>vasos dos membros inferiores e abdominais e aumento da</p><p>resistência vascular</p><p>• Posição em decúbito dorsal</p><p>Provoca aumento do retorno venoso ao coração em relação à</p><p>posição ortostática</p><p>• Inspiração profunda (Manobra de Rivero-Carvalho)</p><p>Provoca aumento do retorno venoso ao coração direito,</p><p>causando maior volumes e fluxo para o coração direito, pela</p><p>redução da pressão intratorácica. Intensifica o sopro</p><p>proveniente do lado direito do coração. Diferencia o sopro da</p><p>insuficiência tricúspide da mitral, por intensificá-lo</p><p>• Manobra de Valsalva (o pct exala contra a glote fechada por</p><p>20</p><p>segundos)</p><p>Causa aumento da pressão intratorácica diminuindo o retorno</p><p>venoso ao coração. Tem efeito oposto à posição de cócoras</p><p>• Preensão isométrica “Handgrip” (o pct usa uma mão para</p><p>apertar 2 dedos do examinador ou um objeto sustentadamente</p><p>por 1 min ou mais)</p><p>Causa um aumento na RVP e da pós-carga, reduzindo a ejeção</p><p>de sangue pela válvula aórtica e aumentando o volume no</p><p>ventrículo E.</p><p>É útil para aumentar a intensidade dos sopros da regurgitação</p><p>mitral (Insuf mitral) e da CIV (comunic interventri), e reduz o</p><p>sopro da cardiomiopatia hipertrófica</p><p>• Postura ereta</p><p>Diminuição do retorno venoso</p><p>LOCALIZAÇÃO DOS FENÔMENOS ESTETOACÚSTICOS</p><p>Quando se faz a ausculta do coração e se encontram outros sons</p><p>que não sejam as bulhas, cumpre localizá-los exatamente na</p><p>revolução cardíaca, tomando por base a 1ª e a 2ª bulha.</p><p>Para isso, dividem-se a sístole e a diástole nas seguintes partes:</p><p>• Protossístole = terço inicial da sístole</p><p>• Mesossístole = terço médio da sístole</p><p>• Telessístole = terço final da sístole</p><p>• Protodiástole = terço inicial da diástole</p><p>• Mesodiástole = terço médio da diástole</p><p>• Telediástole = terço final da diástole.</p><p>A telediástole é também chamada de pré-sístole.</p><p>Holodiástole e holossístole compreendem o período todo da</p><p>diástole e da sístole, respectivamente.</p><p>CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM</p><p>MAIORES</p><p>• Dispneia paroxística noturna</p><p>• Perda de 4,5kg em 5 dias de tratamento</p><p>• Turgência jugular</p><p>• Estertores crepitantes</p><p>• Edema agudo de pulmão</p><p>• PVC>16 cmH2O</p><p>• Refluxo hepatojugular</p><p>• Cardiomegalia (no raio x)</p><p>• Terceira bulha (galope)</p><p>• Congestão visceral (autópsia)</p><p>MENORES</p><p>• Tosse noturna</p><p>• Dispneia aos esforços</p><p>• Redução da capacidade vital 120bpm)</p><p>• Edema de membros inferiores</p><p>Para o diagnóstico de IC são necessários:</p><p>• 2 critérios maiores</p><p>ou</p><p>• 1 maior + 2 menores</p><p>Os critérios maiores são aceitos desde que não possam ser</p><p>justificados por outra causa (por exemplo, hipertensão pulmonar,</p><p>DPOC, cirrose, ascite e síndrome nefrótica)</p>