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<p>REGIME DE BENS – 1639 E SS. CC.</p><p>· Legais.</p><p>a) Dispositivo: Comunhão parcial de bens – Art 1640, CC.</p><p>b) Obrigatório: Separação obrigatória de bens – Art 1641, CC.</p><p>· Convencionais.</p><p>a) Comunhão universal de bens.</p><p>b) Separação convencional de bens ou separação total/absoluta de bens</p><p>c) Participação final nos aquestos.</p><p>· Nos regimes convencionais faz-se necessário o PACTO ANTENUPCIAL, para que seja feito a escolha do regime.</p><p>Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.</p><p>§ 1º O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.</p><p>§ 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. (Remissão art 734 CPC).</p><p>OBS – CPC</p><p>Art. 734. A alteração do regime de bens do casamento, observados os requisitos legais, poderá ser requerida, motivadamente, em petição assinada por ambos os cônjuges, na qual serão expostas as razões que justificam a alteração, ressalvados os direitos de terceiros.</p><p>§ 1º Ao receber a petição inicial, o juiz determinará a intimação do Ministério Público e a publicação de edital que divulgue a pretendida alteração de bens, somente podendo decidir depois de decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da publicação do edital.</p><p>§ 2º Os cônjuges, na petição inicial ou em petição avulsa, podem propor ao juiz meio alternativo de divulgação da alteração do regime de bens, a fim de resguardar direitos de terceiros.</p><p>§ 3º Após o trânsito em julgado da sentença, serão expedidos mandados de averbação aos cartórios de registro civil e de imóveis e, caso qualquer dos cônjuges seja empresário, ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.</p><p>Do Pacto Antenupcial</p><p>Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.</p><p>Art. 1.654. A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica condicionada à aprovação de seu representante legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.</p><p>Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei.</p><p>Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aquestos, poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.</p><p>Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros, senão depois de registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges. (Remissão art 244 e 245 – lei 6015 e 979 CC).</p><p>REGIME LEGAL OBRIGATÓRIO.</p><p>Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:</p><p>I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;</p><p>II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;</p><p>· O REGIME DE BENS PODERÁ SER MUDADO POR MEIO DE EXPRESSA MANIFETAÇÃO DE VONTADE POR MEIO DE ESCRITURA PUBLICA.</p><p>· Sum 655 STJ.</p><p>III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.</p><p>OUTORGA CONJUGAL.</p><p>Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:</p><p>I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;</p><p>II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;</p><p>III - prestar fiança ou aval;</p><p>IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.</p><p>Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.</p><p>Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.</p><p>Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal.</p><p>Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou particular, autenticado.</p><p>COMUNHÃO PARCIAL DE BENS.</p><p>Do Regime de Comunhão Parcial</p><p>Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.</p><p>Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:</p><p>I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;</p><p>II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;</p><p>III - as obrigações anteriores ao casamento;</p><p>IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;</p><p>V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;</p><p>VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; (Tese do STJ – FGTS e Verbas Trabalhistas).</p><p>VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. (Tese do STJ – Previdência privada não comunica)</p><p>Art. 1.660. Entram na comunhão:</p><p>I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;</p><p>II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;</p><p>III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;</p><p>IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;</p><p>V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.</p><p>Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento.</p><p>Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos na constância do casamento os bens móveis, quando não se provar que o foram em data anterior.</p><p>EXTINÇÃO DO CASAMENTO.</p><p>O casamento só se extingue pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.</p><p>· EC 66/2010 Acaba com a separação judicial como forma de extinção do casamento.</p><p>Divorcio consensual: Art 731 e ss. CPC.</p><p>Divorcio litigioso: Art 693 e ss. CPC.</p><p>· Separação de fato: fim da relação conjugal, de convivência e dos deveres do casamento.</p><p>· A partir da separação de fato, é possível constituir união estável.</p><p>Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens. (Remissão art 356 CPC e Súm 197 STJ)</p><p>· É possível o julgamento parcial no divórcio – Art 356, CPC e 1581 CC.</p><p>· Divórcio no estrangeiro - Art 961 CPC.</p><p>Art. 961. A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação de sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias, salvo disposição em sentido contrário de lei ou tratado.</p><p>§ 5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. (Remissão Art 463 a 467 PROV 149, CNJ)</p><p>DIVORCIO EXTRAJUDICIAL – LEI 11441/2007 + 733 CPC.</p><p>Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731 .</p><p>§ 1º A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras.</p><p>§ 2º O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados estiverem assistidos por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.</p><p>GUARDA DOS FILHOS</p><p>Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.</p><p>§ 1 o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5 o ) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.</p><p>§ 2 o Na guarda compartilhada, o tempo</p><p>de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos.</p><p>§ 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela que melhor atender aos interesses dos filhos.</p><p>Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:</p><p>I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).</p><p>II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).</p><p>§ 1º Na audiência de conciliação, o juiz informará ao pai e à mãe o significado da guarda compartilhada, a sua importância, a similitude de deveres e direitos atribuídos aos genitores e as sanções pelo descumprimento de suas cláusulas. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).</p><p>§ 2º Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda da criança ou do adolescente ou quando houver elementos que evidenciem a probabilidade de risco de violência doméstica ou familiar. (Redação dada pela Lei nº 14.713, de 2023)</p><p>§ 3º Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar, que deverá visar à divisão equilibrada do tempo com o pai e com a mãe. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)</p><p>§ 4º A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de guarda unilateral ou compartilhada poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu detentor. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)</p><p>§ 5º Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda a pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)</p><p>§ 6º Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar informações a qualquer dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia pelo não atendimento da solicitação. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)</p><p>LEI 12.318 – ALIENAÇÃO PARENTAL PAG 1273.</p><p>Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.</p><p>Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:</p><p>I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade;</p><p>II - dificultar o exercício da autoridade parental;</p><p>III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor;</p><p>IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar;</p><p>V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço;</p><p>VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente;</p><p>VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós.</p><p>Art. 5º Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial.</p><p>Art. 6º Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso</p><p>PODER FAMILIAR.</p><p>· Arts 1630 a 1638 CC.</p><p>· 1689 a 1693 CC.</p>