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<p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>Infecções relacionadas aos procedimentos cirúrgicos</p><p>Pacientes internados ou admitidos para o procedimento</p><p>Realizados dentro do Centro Cirúrgico</p><p>Pelo menos 01 incisão</p><p>Também cirurgias onde não há sutura</p><p>Cirurgias videoscópicas são incluídas</p><p>Infecções relacionadas aos procedimentos cirúrgicos</p><p>Não são cirúrgicos</p><p>Procedimentos fora do Centro Cirúrgico (sutura no PS)</p><p>Procedimentos sem incisão (punções, incisão prévia)</p><p>Biópsias, endoscopias, episiotomias e circuncisões</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>As Infecções em Sítio Cirúrgico (ISC) são as maiores fontes de morbidade e mortalidade entre os pacientes submetidos a cirurgias.</p><p>Estima-se que as ISC prolonguem o tempo de internação em mais de sete dias, em média, e conseqüentemente, elevem seus custos. Sua incidência pode variar, sendo em média de 2 a 5% para as cirurgias consideradas "limpas".</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>As ISC correspondem a aproximadamente 38% do total das infecções hospitalares em pacientes cirúrgicos e 16% do total de infecções hospitalares.</p><p>Diversos fatores aumentam a incidência de ISC: alguns tipos de cirurgias, como cirurgias cardíacas e em unidade de queimados; cirurgias realizadas em grandes hospitais, pacientes adultos em comparação com pediátricos e a quantidade de inóculo bacteriano introduzido no ato cirúrgico.</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>Com base em estudos que demonstraram a positividade de culturas do intra-operatório como um preditor de infecção, as cirurgias são classicamente categorizadas segundo o seu potencial de contaminação, com o objetivo de estimar a probabilidade da ocorrência de ISC.</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>Diagnóstico</p><p>Clinicamente, a ferida cirúrgica é considerada infectada quando existe presença de drenagem purulenta pela cicatriz, esta pode estar associada à presença de eritema, edema, calor rubor, deiscência e abscesso.</p><p>Nos casos de infecções superficiais de pele, o exame da ferida é a principal fonte de informação; em pacientes obesos ou com feridas profundas em múltiplos planos os sinais externos são mais tardios.</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>O diagnóstico epidemiológico das ISC deve ser o mais padronizado possível para permitir a comparação ao longo do tempo em um determinado serviço e também a comparação entre os diversos serviços e instituições.</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>Caracteriza-se por apresentar:</p><p>Secreção purulenta que varia de clara inodora a pus espesso com odor fétido, com a presença ou não de necrose nas bordas da ferida.</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>Prevenção:</p><p>A infecção através de um preparo pré-operatório adequado, utilização de técnicas assépticas, observação dos princípios da técnica de curativo e alerta aos sinais que caracterizam a infecção.</p><p>Os clientes devem ser orientados quanto aos cuidados e o aparecimento de:</p><p>Deiscência (abertura da incisão)</p><p>Choque</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>Deiscência</p><p>Abertura total ou parcial da incisão cirúrgica provocada por infecção, rompimento da sutura, distensão abdominal, ascite e estado nutricional precário do cliente.</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>O tratamento da deiscência realiza-se mediante lavagem ou irrigação do local com solução fisiológica, podendo haver a necessidade de o cliente revisar os pontos cirúrgicos.</p><p>Todos os curativos com saída de secreções (purulenta, sangüinolenta) devem ser do tipo fechado; nos casos de sangramento, indica-se o curativo compressivo.</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>Choque</p><p>Suprimento inadequado de sangue para os tecidos, provocando alterações nos órgãos essenciais. Por ser uma ocorrência grave, o prognóstico dependerá da rapidez no atendimento.</p><p>No PO imediato o choque hipovolêmico é o mais comum, provocado pela perda sangüínea excessiva ou reposição hídrica ou sangüínea inadequada durante ou após a cirurgia.</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>Outro tipo freqüente é o choque séptico decorrente de cirurgias infectadas, infecções crônicas ou adquiridas durante ou após o ato cirúrgico.</p><p>Os sinais e sintomas:</p><p>pulso taquicárdico e filiforme, hipotensão arterial, dispnéia, palidez, sudorese fria, hipotermia, cianose de extremidades, agitação, oligúria ou anúria.</p><p>Infecção do Sítio Cirúrgico</p><p>Como o choque se instala rapidamente, observar precocemente seus sinais indicativos e a variação no nível de consciência, bem como controlar freqüentemente a pressão venosa central, temperatura, pressão arterial e freqüência respiratória, principalmente o pulso e a pressão arterial, e observar focos hemorrágicos fazendo, se necessário, curativo compressivo.</p><p>Mãos – importância na infecção</p><p>do sítio cirúrgico</p><p>PRINCIPAIS AGENTES MICROBIANOS NA ISC</p><p>Staphylococcus aureus. Estafilococos Coagulase Negativa</p><p>Colonizante de pele - erradicação pela antissepsia - impossível aumento da concentração no decorrer do procedimento - descamação da pele, atinge tecidos lesados pela cirurgia</p><p>Enterobactérias (Gram -)  E. coli, Klebsiella, Enterobacter</p><p>Presentes em grandes concentrações em cavidades ocas  cirurgias do tubo digestivo, vias biliares e urinárias, uso abusivo de cefalosporinas</p><p>Gram (–) não fermentadores  P. aeruginosa, Acinetobacter</p><p>Internação prolongada, uso prévio de antimicrobianos, maior gravidade clínica</p><p>PRINCIPAIS AGENTES MICROBIANOS NA ISC</p><p>Anaeróbios</p><p>Principalmente cirurgias do trato digestivo; em geral, agem acompanhados de outros patógenos</p><p>Enterococos</p><p>Freqüência elevada, predominando em cirurgias do trato digestivo e ginecológicas</p><p>Uso abusivo de cefalosporinas</p><p>Estreptococos</p><p>Menos freqüentes, porém curto período de incubação e maior gravidade</p><p>Profissionais de saúde colonizados - associados a surtos</p><p>PRINCIPAIS AGENTES MICROBIANOS NA ISC</p><p>Considerar as características específicas da instituição</p><p>População atendida</p><p>Principais patologias cirúrgicas</p><p>Normas para uso de antimicrobianos</p><p>Disponibilidade de antimicrobianos</p><p>Média de permanência antes do procedimento</p><p>Outras</p><p>FATORES DE RISCO PARA ISC</p><p>Microrganismos atingem a ferida operatória em geral durante o ato cirúrgico</p><p>Quando não há fechamento primário, ou há dreno, ocorreu manipulação excessiva da ferida ou deiscência  contaminação pode ocorrer no pós-operatório</p><p>Implante secundário de patógenos por via hematogênica</p><p>A ruptura de continuidade da pele é o principal fator para ISC !</p><p>FATORES DE RISCO PARA ISC</p><p>Relacionados ao paciente</p><p>Estado clínico - doenças agudas ou crônicas descompensadas e infecção em sítio distante  avaliação clínica criteriosa é imprescindível !</p><p>Tempo de internação pré-operatório (por desorganização da unidade hospitalar ou estado clínico do paciente) - relacionado à colonização da pele pela microbiota hospitalar</p><p>Estado nutricional - desnutrição ou obesidade</p><p>Imunodepressão e uso de corticosteróides - menor inoculo e retardamento do processo de cicatrização</p><p>FATORES DE RISCO PARA ISC</p><p>Relacionados ao procedimento cirúrgico</p><p>Classificação da cirurgia de acordo com o potencial de contaminação fator clássico de risco !</p><p>LIMPA</p><p>POTENCIALMENTE CONTAMINADA</p><p>CONTAMINADA</p><p>INFECTADA</p><p>FATORES DE RISCO PARA ISC</p><p>Relacionados ao procedimento cirúrgico  duração do procedimento cirúrgico</p><p>Maior exposição ao ambiente externo</p><p>Maior complexidade</p><p>Pior estado clínico</p><p>Menor experiência da equipe</p><p>Desorganização da sala cirúrgica</p><p>FATORES DE RISCO PARA ISC</p><p>Cirurgias de urgência</p><p>Preparo inadequado do paciente</p><p>Pior estado clínico</p><p>Técnica menos rigorosa</p><p>Infecção Sítio Cirúrgico</p><p>Incisional Superficial</p><p>Incisional Profunda</p><p>Órgão / Espaço</p><p>Sitio Cirúrgico</p><p>Infecção de Ferida Cirúrgica – IFC</p><p>Incisional Superficial</p><p>Infecção dentro de</p><p>30 dias após o ato operatório e envolve somente pele ou tecido celular sub-cutâneo da incisão e pelo menos um dos seguintes:</p><p>1. Drenagem purulenta da incisão superficial</p><p>2. Isolamento de microrganismos em cultura de fluidos ou tecidos obtidos de modo asséptico da incisão superficial</p><p>Infecção de Ferida Cirúrgica – IFC</p><p>Incisional Superficial</p><p>3. Pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: dor, edema, calor ou rubor e a incisão superficial é deliberadamente aberta pelo cirurgião mesmo que a cultura da incisão seja negativa.</p><p>4. Diagnóstico de infecção incisional superficial pelo cirurgião ou médico-assistente</p><p>Infecção de Ferida Cirúrgica – IFC</p><p>Incisional Superficial</p><p>O seguinte não é relacionado como IFC incisional superficial:</p><p>a) Abscesso do ponto: inflamação mínima ou drenagem confinada aos pontos de penetração da sutura;</p><p>b) Infecção de episiotomia;</p><p>c) Queimaduras infectadas;</p><p>d) Infecção incisional que se estende aos planos da fascia e músculos</p><p>IFC - Incisional profunda</p><p>Infecção dentro de 30 dias após o ato cirúrgico se não for deixado implante local ou dentro de 1 ano se for deixado implante local;</p><p>a infecção aparenta estar relacionada com o ato operatório e Infecção envolve tecidos moles profundos (planos musculares/fascia) da incisão e um dos seguintes:</p><p>IFC - Incisional profunda</p><p>1 - Drenagem purulenta da incisão profunda não de órgão / espaço componente do sítio cirúrgico</p><p>2 - Deiscência espontânea de incisão profunda OU esta é deliberadamente aberta pelo cirurgião quando o paciente apresenta pelo menos 1 dos seguintes: febre>38ºC, dor localizada (ou aumento da sensibilidade), mesmo que a cultura da incisão seja negativa</p><p>IFC - Incisional profunda</p><p>3 - Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda é encontrado no exame direto, durante re-operação ou por exame radiológico ou histopatológico;</p><p>4 - Diagnóstico de infecção incisional profunda pelo cirurgião ou médico-assistente.</p><p>IFC – órgão / espaço</p><p>Infecção ocorre dentro de 30 dias após ato operatório se não há colocação de implante OU dentro de 1 ANO se há colocação de implante E a infecção aparenta estar relacionada com o ato operatório; OU ...Infecção envolve qualquer parte do corpo excluindo a incisão da pele, fáscia ou camada muscular que foi aberta OU manipulada durante o ato operatório;</p><p>E ... Pelo menos um dos seguintes:</p><p>1. Drenagem purulenta de um dreno que esteja colocado dentro de órgão/espaço;</p><p>2.	Organismos isolados de fluidos ou tecidos obtidos de modo asséptico do órgão/espaço;</p><p>IFC – órgão / espaço</p><p>Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo o órgão/espaço no exame clínico, durante re-operação ou exame histopatológico ou radiológico;</p><p>4.Diagnóstico de uma infecção de órgão/espaço pelo cirurgião ou médico-assistente.</p><p>IFC envolve mais de um sítio específico</p><p>Infecção que envolve AMBOS sítios incisionais, superficial e profundo é classificada como Incisional Profunda</p><p>Infecção de órgão / espaço que drena através da incisão e não há necessidade de reoperação é classificada como Incisional Profunda</p><p>ISC - Tratamento</p><p>Em ISC restrita aos tecidos moles a terapêutica mais importante é a abertura da cicatriz, retirada do material infectado e curativo contínuo até a cicatrização por segunda intenção.</p><p>Apesar da maioria dos pacientes receberem antibióticos no início do diagnóstico de ISC, esta prática tem pouco suporte em evidências científicas.</p><p>ISC - Tratamento</p><p>Estudos com abscessos subcutâneos não identificaram benefícios quando a antibioticoterapia foi usada junto com a drenagem.</p><p>A melhor conduta é abrir a cicatriz e tratar por via sistêmica quando os sinais locais de inflamação são exuberantes ou o paciente possui sintomas e sinais sistêmicos.</p><p>ISC - Tratamento</p><p>Fasceíte necrotizante - esta é uma infecção rara, porém grave geralmente monobacteriana.</p><p>O agente mais freqüente é o Streptococcus beta hemolítico do grupo A, no entanto um quadro clínico semelhante pode ser causado por Vibrio vulnificus ou Aeromonas hydrophilia.</p><p>Mais freqüentemente em pós-operatório, este quadro pode ser causado por uma flora polimicrobiana composta por Escherichia coli, Proteus sp, Citrobacter freundii, Serratia marcescens e Enterobacter sp.</p><p>O quadro clínico costuma ter evolução rápida com poucos sinais locais. O diagnóstico é confirmado com achados do intra-operatório, no qual o tecido subcutâneo apresenta-se acinzentado e a fascia do músculo com estrias, edema e friável a manipulação.</p><p>É apresentado um caso de fasceíte necrotizante, na mama, em uma paciente de 68 anos que foi submetida à excisão de um volumoso linfoma mamário e evoluiu com infecção local agressiva,</p><p>apresentando necrose extensa do parênquima da mama e de suas fáscias, além da pele, quadro este que caracteriza as fasceítes.</p><p>47</p><p>47</p><p>Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia</p><p>Rev. Bras. Ginecol. Obstet. vol.20 no.4 Rio de Janeiro May 1998</p><p>Relatos de Casos</p><p>Fasceíte Necrotizante da Mama: Relato de Caso</p><p>Para os erros, ha perdão,</p><p>Para os fracassos, chance;</p><p>Para os amores impossíveis, tempo;</p><p>De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.</p><p>O romance cujo fim é indolor ou instantâneo não é romance.</p><p>Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando do que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem morre esteja vivo, quem quase vive, já morreu.</p><p>Luis Fernando Veríssimo</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.wmf</p><p>image3.png</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.wmf</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.jpeg</p><p>image14.jpeg</p><p>image15.jpeg</p><p>image16.jpeg</p><p>image17.jpeg</p><p>image18.jpeg</p><p>image19.jpeg</p><p>image20.png</p><p>image21.wmf</p><p>image22.jpeg</p><p>image23.jpeg</p><p>image24.jpeg</p><p>image25.jpeg</p><p>image26.jpeg</p><p>image27.jpeg</p><p>image28.wmf</p><p>image29.jpeg</p><p>image30.jpeg</p><p>image31.png</p><p>image32.png</p><p>image33.png</p><p>image34.png</p>

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