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<p>AFYA</p><p>CURSO DE MEDICINA - AFYA</p><p>NOTA FINAL</p><p>Aluno:</p><p>Componente Curricular: Clínica Cirúrgica III</p><p>Professor (es):</p><p>Período: 202402 Turma: Data:</p><p>N1 ESPECÍFICA_7</p><p>PERIODO_01OUTUBRO_2024.2_PROVA_CC_IRREGULARES</p><p>RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA</p><p>PROVA 13666 - CADERNO 003</p><p>1ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>( AFYA IPATINGA) Homem, de 67 anos, foi atendido no pronto socorro relatando episódios de</p><p>hematêmese. Sabidamente portador de hipertensão portal e com história de outros episódios</p><p>anteriores devido à presença de varizes esofagianas. Encontra-se estável hemodinamicamente,</p><p>com PA= 140 x 80 mmHg, FC 92 bpm, mucosas hipocoradas.</p><p>Qual a melhor opção de tratamento para redução da mortalidade desse paciente?</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>Colocação de balão de Sengstaken-Blackmore.</p><p>(alternativa B)</p><p>Tratamento clínico de suporte.</p><p>(alternativa C)</p><p>Tratamento cirúrgico.</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Esclerose de varizes de esôfago via endoscópica.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Para manejo das varizes e da hemorragia esofágica estão disponíveis várias opções de</p><p>tratamento. Mas a terapia endoscópica têm demonstrado melhor afetar a mortalidade. A</p><p>escleroterapia endoscópica conseguem interromper o sangramento em até 90% dos pacientes.</p><p>Referência:</p><p>World Gastroenterology Organisation Practice Guideline, Varizes esofágicas, jan. 2015.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>2ª QUESTÃO</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 1 de 13</p><p>Enunciado:</p><p>(UNITPAC) Um paciente, de 45 anos, previamente saudável, procura o pronto-socorro com dor</p><p>abdominal intensa, localizada no quadrante superior direito, associada a náuseas e episódios de</p><p>vômito. Ele relata que os sintomas começaram após uma refeição rica em gordura. No exame</p><p>físico, há dor à palpação no hipocôndrio direito e sinal de Murphy positivo. Os exames</p><p>laboratoriais mostram elevação de bilirrubinas (direta predominantemente), aumento de fosfatase</p><p>alcalina e GamaGT. A ultrassonografia de abdome revela dilatação do ducto biliar comum, mas</p><p>não identifica cálculos evidentes na vesícula. Considerando as evidências mais atuais, qual seria</p><p>o próximo exame mais apropriado para confirmar o diagnóstico de coledocolitíase?</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), por ser o padrão-ouro tanto para</p><p>diagnóstico quanto para tratamento.</p><p>(alternativa B)</p><p>Tomografia computadorizada de abdome, devido à sua precisão na visualização de cálculos</p><p>biliares.</p><p>(alternativa C)</p><p>Ultrassonografia endoscópica, pela sua alta sensibilidade na detecção de cálculos no ducto biliar</p><p>comum.</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Colangiorressonância magnética, por ser um exame não invasivo e com alta acurácia na</p><p>detecção de cálculos no ducto biliar comum.</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 2 de 13</p><p>Resposta comentada:</p><p>• A colangiorressonância magnética (MRCP) é um exame pouco invasivo com alta sensibilidade</p><p>e especificidade para detecção de cálculos no ducto biliar comum. É o exame de escolha para o</p><p>diagnóstico de coledocolitíase em casos de suspeita elevada e ultrassonografia abdominal</p><p>inconclusiva.</p><p>DSITRATORES:</p><p>• Embora a ultrassonografia endoscópica tenha uma alta sensibilidade para detecção de cálculos</p><p>no ducto biliar, ela é um exame semi-invasivo e requer sedação, sendo normalmente reservada</p><p>para casos em que a colangiorressonância não está disponível ou é contraindicado.</p><p>• A CPRE, apesar de ser o padrão-ouro terapêutico, é um exame invasivo com risco de</p><p>complicações, como pancreatite. Atualmente, a CPRE é indicada para tratamento, e não como</p><p>primeira linha diagnóstica, sendo recomendada após a confirmação de cálculos por outros</p><p>métodos menos invasivos.</p><p>• A tomografia computadorizada não é o método mais sensível para a detecção de cálculos</p><p>biliares no ducto biliar. Ela é útil em outras condições, como avaliação de complicações, mas não</p><p>tem sensibilidade comparável à colangiorressonância.</p><p>Referência:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para o manejo da colelitíase e suas complicações:</p><p>Colecistite aguda e coledocolitíase. Brasília: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em:</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_manejo_colelitiase_coledocolitiase.pdf.</p><p>Acesso em: 24 set. 2024.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>3ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>( UNITPAC) Um paciente, de 65 anos, hipertenso e diabético, será submetido a uma cirurgia de</p><p>grande porte abdominal eletiva. O cirurgião deseja adotar as melhores práticas para reduzir o</p><p>risco de infecção de ferida operatória. Considerando as evidências mais atuais, qual das medidas</p><p>abaixo é a mais apropriada para ser implementada no perioperatório?</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 3 de 13</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>Administrar profilaxia antibiótica 24 horas antes da cirurgia para garantir que o antibiótico atinja</p><p>concentração adequada nos tecidos.</p><p>(alternativa B)</p><p>Limitar a administração de fluidos intravenosos durante a cirurgia para evitar edema tecidual, que</p><p>pode favorecer infecções.</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>Manter a normotermia durante a cirurgia, pois o controle da temperatura está associado à redução</p><p>de infecção de sítio cirúrgico.</p><p>(alternativa D)</p><p>Utilizar profilaxia antibiótica após o fechamento da ferida operatória para garantir que a bactéria</p><p>não contamine o local.</p><p>Resposta comentada:</p><p>• A manutenção da normotermia intraoperatória (temperatura corporal entre 36-37ºC) é uma</p><p>intervenção eficaz para reduzir o risco de infecção de sítio cirúrgico. Hipotermia pode reduzir a</p><p>resposta imunológica do paciente e aumentar o risco de infecção.</p><p>Distratores:</p><p>• A profilaxia antibiótica deve ser administrada antes da incisão, idealmente 30 a 60 minutos</p><p>antes, para que a concentração do antibiótico esteja adequada no momento crítico da cirurgia. O</p><p>uso após o fechamento da ferida não é recomendado como prática de rotina para prevenção de</p><p>infecção de sítio cirúrgico.</p><p>• Embora o equilíbrio na administração de fluidos seja importante, a restrição excessiva pode</p><p>comprometer a perfusão tecidual e a cicatrização, o que também pode predispor à infecção. A</p><p>evidência não apoia essa prática isolada como medida de prevenção de infecções.</p><p>• A administração da profilaxia antibiótica deve ocorrer dentro de 30 a 60 minutos antes da incisão</p><p>para ser efetiva. Não há benefício em administrá-la 24 horas antes, pois a concentração no tecido</p><p>pode não estar adequada no momento da incisão.</p><p>Referência:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Medidas de</p><p>Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.</p><p>Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+3+-</p><p>+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C3%A</p><p>0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a75bd6f3-6b49-44f5-94b6-64ed3fca3a0c.</p><p>Acesso em: 24 set. 2024.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>4ª QUESTÃO</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 4 de 13</p><p>Enunciado:</p><p>( IESVAP) Homem, 72 anos, está em programação cirúrgica de colecistectomia</p><p>videolaparoscópica, pois apresenta colecistopatia calculosa sintomática. Ele tem histórico de</p><p>hipertensão arterial sistêmica controlada com medicamentos, diabetes mellitus tipo 2 em</p><p>tratamento com insulina e diz ser tabagista desde os 30 anos. Frente ao caso, formule uma</p><p>avaliação pré-operatória adequada para este paciente.</p><p>Alternativas:</p><p>--</p><p>Resposta comentada:</p><p>Solicitação de exames como: (0,35 ponto por item)</p><p>ECG</p><p>Hemograma</p><p>Ureia/Creatinina</p><p>Eletrólitos</p><p>Glicemia de Jejum</p><p>EAS</p><p>Avaliação do sistema cardiovascular, utilizando o Índice de Risco Cardíaco Revisado, como</p><p>instrumento para estimar o risco total do paciente e planejar as intervenções pré-operatórias</p><p>necessárias, por exemplo.</p><p>Referência:</p><p>SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica</p><p>moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>5ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>( AFYA SANTA INÊS) Mulher, 53 anos de idade, chega ao pronto-socorro com queixa há 4 dias</p><p>com dor</p><p>abdominal de forte intensidade, associada a náusea e vômitos. Refere também</p><p>sensação de febre, porém sem aferição, e urina de coloração escurecida. Nega episódios prévios</p><p>semelhantes. Sem antecedentes pessoais relevantes. Ao exame físico: regular estado geral,</p><p>corada e hidratada, ictérica 2+/4+ e febril. Sinais vitais: frequência cardíaca = 115</p><p>batimentos/minuto; pressão arterial = 110 x 70 mmHg; saturação de oxigênio = 97% em ar</p><p>ambiente; frequência respiratória = 23 incursões/minuto; temperatura axilar = 38,1°C. Abdome</p><p>doloroso à palpação em região epigástrica e hipocôndrio direito. Aponte a principal hipótese</p><p>diagnóstica e conduta.</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 5 de 13</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>Coledocolitíase; CPRE.</p><p>(alternativa B)</p><p>Colecistite aguda; tomografia de abdome e pelve.</p><p>(alternativa C)</p><p>Colecistite aguda; colecistectomia aberta com exploração de via biliar.</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Colangite aguda; antibioticoterapia e drenagem da via biliar.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Para o diagnóstico de Colangite Aguda pelo Tokyo Guideline é necessário a presença do item A +</p><p>B +C, onde:</p><p>A- Sinais de inflamação sistêmica = paciente em questão apresenta a Tríade de Charcot (febre +</p><p>icterícia + dor em hipocôndrio direito) e achados laboratoriais compatíveis</p><p>B- Sinais de colestase = hiperbilirrubinemia com predomínio da fração direta</p><p>C- Exame de imagem = USG com dilatação das vias biliares.</p><p>Coledocolitíase se caracteriza por quadro de icterícia flutuante, sem sinais sistêmicos de</p><p>infecção;</p><p>Colecistite aguda não causa icterícia significativa e não causará dilatação das vias biliares;</p><p>Referência:</p><p>Tokyo Guidelines 2018: diagnostic criteria and severity grading of acute cholangitis</p><p>(https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/jhbp.512).</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>6ª QUESTÃO</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 6 de 13</p><p>Enunciado:</p><p>( AFYA PARAÍBA) O cirurgião do aparelho digestivo é chamado para avaliar paciente do sexo</p><p>feminino, 60 anos, diabética, internada em enfermaria da clínica médica com diagnóstico de</p><p>adenocarcinoma de pâncreas, em estágio inicial. A paciente apresenta também hipertensão</p><p>arterial controlada, foi tabagista durante 30 (trinta) anos, apresenta stent coronariano colocado há</p><p>3 (três anos), faz uso de medicamentos losartana e hidroclorotiazida, AAS 100mg dia e</p><p>metformina 1000mg dia. Após a avaliação inicial, o cirurgião confirma a hipótese diagnóstica e</p><p>inicia o preparo pré-operatório.</p><p>Em relação ao caso em questão, responda:</p><p>1- Como deve ser a condução da dieta no preparo pré-operatório? (1,0 ponto)</p><p>2- Como deve ser o manejo das medicações como preparo para a cirurgia? (1,5 ponto)</p><p>Alternativas:</p><p>--</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 7 de 13</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta padrão:</p><p>1- Líquidos claros - 2 horas antes do procedimento.</p><p>Sólidos - 6 a 8 horas de jejum pré-operatório.</p><p>2- Suspensão da metformina antes do procedimento.</p><p>Manutenção da losartana, hidrocloratiazida e AAS no dia da cirurgia.</p><p>Fundamentação:</p><p>Uma informação consistente deve ser fornecida sobre o tempo que o paciente deve permanecer</p><p>em jejum e sobre quais medicamentos podem ser ingeridos na manhã da cirurgia. A ASA</p><p>divulgou diretrizes sobre o jejum pré-operatório. Para minimizar o volume de retenção gástrica e</p><p>maximizar o pH gástrico, os anestesiologistas recomendam que adultos e crianças não ingiram</p><p>líquidos pelo menos 2 horas antes de uma anestesia geral, anestesia regional ou</p><p>sedação/analgesia (vs. 4 horas para crianças em aleitamento materno ou 6 horas para lactentes</p><p>em uso de fórmulas infantis). Os pacientes devem evitar refeições leves por pelo menos 6 horas</p><p>e refeições gordurosas por pelo menos 8 horas antes de receber anestesia ou sedativos.</p><p>Os pacientes que serão submetidos a cirurgias que necessitam de jejum devem ser orientados</p><p>em relação aos medicamentos anti-hiperglicemiantes orais no dia da cirurgia de acordo com a</p><p>Tabela 3-3. Os medicamentos injetáveis, como a exenatida e a pranlintida, não devem ser</p><p>administrados no dia da cirurgia, e o tratamento com insulina será determinada pelo tempo de</p><p>ação de cada preparação de insulina, como destacado na Tabela 3-4. Os pacientes com diabetes</p><p>tipo 1 necessitam de insulina basal o tempo todo. Os pacientes com bombas de insulina podem</p><p>manter suas frequências basais.</p><p>Referência:</p><p>DOHERTY, Gerard M. CURRENT Cirurgia. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. E-book.</p><p>ISBN 9788580556018. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556018/. Acesso em: 14 abr. 2024.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>7ª QUESTÃO</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 8 de 13</p><p>Enunciado:</p><p>( UNITPAC) Um homem, de 37 anos, procura o médico devido a uma história de 1 mês de</p><p>sensação de queimação no peito. A sensação é mais evidente quando ele está deitado na cama e</p><p>também está presente após refeições pesadas. Ele também afirma que seu hálito apresenta odor</p><p>desagradável pela manhã. Ele não perdeu peso durante este período. Ele tem hipotireoidismo.</p><p>Seu pai morreu de câncer de cólon e sua mãe tem hipertensão. Ele bebe de 2 a 3 cervejas nos</p><p>finais de semana; ele não fuma cigarros nem usa drogas ilícitas. Seus medicamentos incluem</p><p>levotiroxina e um multivitamínico de venda livre. Ele tem IMC de 27 kg/m2. Os sinais vitais estão</p><p>dentro dos limites normais. O exame físico não mostra anormalidades. Os resultados de um</p><p>hemograma completo estão dentro dos intervalos de referência. Qual das alternativas a seguir é a</p><p>conduta recomendada?</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>Teste respiratório de uréia.</p><p>(alternativa B)</p><p>Esofagogastroduodenoscopia.</p><p>(alternativa C)</p><p>Terapia com bloqueadores de receptores H2.</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Terapia com inibidor da bomba de prótons.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A sensação de queimação no peito deste paciente, agravada pelo consumo de refeições pesadas</p><p>e deitado, e a halitose são sugestivas de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).</p><p>O diagnóstico para o processo apresentado deve se basear na história clínica e exame físico. A</p><p>terapia empírica com inibidores da bomba de prótons (IBP) é o passo inicial mais apropriado no</p><p>tratamento da DRGE de início recente sem sintomas de alarme (por exemplo, disfagia,</p><p>odinofagia, anemia, sangramento gastrointestinal, perda de peso não intencional, vômitos</p><p>persistentes, pneumonia aspirativa) e pouco ou nenhum fator de risco para esôfago de Barrett. De</p><p>todos os medicamentos usados para tratar a DRGE, os IBPs estão associados à maior redução</p><p>nos sintomas e nas taxas de recaída. Além de uma tentativa de IBPs por 8 semanas, certas</p><p>modificações no estilo de vida (por exemplo, cessação do tabagismo, perda de peso, elevação da</p><p>cabeceira da cama durante o sono, evitando refeições noturnas) devem ser recomendadas.</p><p>Referência:</p><p>SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica</p><p>moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara Koogan, 2019, 2v p.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>8ª QUESTÃO</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 9 de 13</p><p>Enunciado:</p><p>( AFYA PARAÍBA) Paciente sexo feminino de 15 anos de idade, sendo atendida na emergência,</p><p>relatando cirurgia de laparotomia exploradora, com retirada do apêndice devido a apendicite aguda</p><p>complicada há cerca de 2 dias, apresentando PA de 90x60 mmHg, temperatura de 36 graus</p><p>celsius, enchimento capilar reduzido, sem urinar a cerca de 12 horas. Considerando o caso em</p><p>questão analise as assertivas abaixo:</p><p>I – A paciente está apresentando uma REMIT na fase inicial com redução do débito cardíaco e da</p><p>pressão arterial, redução da temperatura corpórea e redução da perfusão tecidual.</p><p>II – A paciente deve ter um aumento do cortisol, do glucagon e da adrenalina, que ocasiona um</p><p>catabolismo, hiperglicemia e proteólise, devido ao REMIT.</p><p>III – A paciente apresenta sinais de septicemia pós-operatória associada a REMIT, que ocasiona</p><p>um anabolismo, redução de mediadores inflamatórios e redução do hormônio antidiurético.</p><p>Está</p><p>correto apenas o que se afirma em:</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A) (CORRETA)</p><p>I e II.</p><p>(alternativa B)</p><p>I e III.</p><p>(alternativa C)</p><p>II e III.</p><p>(alternativa D)</p><p>I, II e III.</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 10 de 13</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta correta</p><p>Apenas I e II corretas</p><p>I – A paciente está apresentando uma REMIT na fase inicial com redução do débito cardíaco e da</p><p>pressão arterial, redução da temperatura corpórea e redução da perfusão tecidual. Correta</p><p>II – A paciente deve ter um aumento do cortisol, do glucagon e da adrenalina, que ocasiona um</p><p>catabolismo, hiperglicemia e proteólise, devido ao REMIT. Correta</p><p>III – A paciente apresenta sinais de septicemia pós-operatória associada a REMIT, que ocasiona</p><p>um anabolismo, redução de mediadores inflamatórios e redução do hormônio antidiurético.</p><p>Incorreta, pois não apresenta septicemia e a REMIT não ocasiona anabolismo, redução de</p><p>mediadores inflamatórios e redução do hormônio antidiurético.</p><p>Referência:</p><p>Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna / Courtney M.</p><p>Townsend ... [et al.]; tradução GEA; [colaboração Cary B. Aarons ... [et al.]]. - 20. ed. - Rio de</p><p>Janeiro: Elsevier, 2019.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>9ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>( AFYA PALMAS) Um paciente de 63 anos, com histórico de hipertensão controlada, é submetido</p><p>a uma colecistectomia laparoscópica sob anestesia geral. Durante o procedimento, o paciente</p><p>desenvolve hipotensão e taquicardia, seguido de um episódio de broncoespasmo. A equipe</p><p>anestésica inicia o manejo das complicações observadas.</p><p>Considerando as complicações anestésicas apresentadas, quais as afirmações corretas sobre o</p><p>diagnóstico e tratamento?</p><p>I - A hipotensão intraoperatória pode ser causada por hipovolemia, efeito dos anestésicos ou uma</p><p>reação anafilática, devendo ser manejada com fluidoterapia e agentes vasopressores se</p><p>necessário.</p><p>II - A taquicardia intraoperatória pode ser uma resposta fisiológica à dor, hipovolemia ou</p><p>hipercapnia, sendo essencial a reavaliação do plano anestésico e correção das possíveis causas</p><p>subjacentes.</p><p>III - O broncoespasmo pode ser tratado inicialmente com broncodilatadores inalatórios, como</p><p>salbutamol, e corticosteroides, para reduzir a inflamação das vias aéreas.</p><p>IV - Em caso de suspeita de reação anafilática, a administração imediata de epinefrina é</p><p>contraindicada devido risco de taquicardia, preferindo-se observação e tratamento sintomático.</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 11 de 13</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A) (CORRETA)</p><p>I, II e III apenas.</p><p>(alternativa B)</p><p>I, III e IV apenas.</p><p>(alternativa C)</p><p>II e III apenas.</p><p>(alternativa D)</p><p>I e II apenas.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Explicação das corretas:</p><p>A hipotensão e taquicardia intraoperatórias são complicações comuns que podem ter</p><p>múltiplas etiologias, incluindo respostas fisiológicas à cirurgia, efeitos dos anestésicos</p><p>ou complicações do procedimento. O manejo inclui identificação e correção da causa</p><p>subjacente, com suporte hemodinâmico conforme necessário.</p><p>O broncoespasmo é uma complicação potencialmente grave que requer tratamento</p><p>imediato com broncodilatadores e corticosteroides para reverter a obstrução das vias</p><p>aéreas e reduzir a inflamação.</p><p>Explicação das Alternativas Incorretas:</p><p>A administração de epinefrina é fundamental e prioritária no tratamento de reações</p><p>anafiláticas graves, sendo uma informação crucial para a segurança do paciente sob</p><p>anestesia.</p><p>Referência:</p><p>Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK, Cahalan MK, Stock MC. Clinical Anesthesia. 8ª ed.</p><p>Philadelphia: Wolters Kluwer Health; 2017.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>10ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>( UNIDEP) No dia de hoje você está se preparando para realizar suas cirurgias eletivas. O</p><p>primeiro paciente, é um homem, de 59 anos, portador de uma hérnia de parede abdominal,</p><p>localizada em linha média, na cicatriz de uma laparotomia prévia realizada há 15 anos após um</p><p>acidente automobilístico. Além dos cuidados com a sala de cirurgia, alguns cuidados são</p><p>importantes para evitar complicações com a ferida operatória. A respeito da prevenção de</p><p>infecção de ferida operatória, marque a opção correta.</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 12 de 13</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A) (CORRETA)</p><p>A técnica ideal para uma cicatrização deve aproximar de forma regular as bordas da ferida com</p><p>fio cirúrgico adequado e com cuidados na hemostasia e antissepsia.</p><p>(alternativa B)</p><p>A escolha do fio deve se basear no custo, na preferência do cirurgião, no estado nutricional e</p><p>metabólico do paciente.</p><p>(alternativa C)</p><p>Feridas contaminadas têm preferência para o fechamento local, permanente e primário. Isto evita</p><p>complicações como deiscência e surgimento de cicatriz hipertrófica e/ou queloide.</p><p>(alternativa D)</p><p>Quando um paciente necessita ficar com ferida aberta, o antibiótico deve ser iniciado o mais</p><p>rápido possível.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Feridas limpas e não contaminadas têm preferência para o fechamento local, permanente e</p><p>primário. Feridas muito contaminadas ou com extremidades podem ser deixadas abertas e</p><p>recobertas para cicatrização por segunda intenção.</p><p>Para as suturas manuais, a escolha do fio depende do local a ser suturado, das condições do</p><p>paciente, do custo, da maleabilidade e de mínima reação tecidual, da resistência, da tensão, da</p><p>confiabilidade do nó, da facilidade de manuseio e da toxicidade.</p><p>A utilização de antibiótico sistêmico em pacientes com feridas abertas deve ser criteriosa, devido</p><p>à possibilidade de seleção de bactérias multirresistentes e de patogenicidade maior.</p><p>A técnica ideal para uma cicatrização deve promover coaptação correta das bordas da ferida, as</p><p>quais devem ser regulares, costuradas com fio cirúrgico adequado e com cuidados na</p><p>hemostasia e antissepsia.</p><p>Referências:</p><p>TOY, Eugene C. et al. Casos clínicos em cirurgia. Tradução de Idilia Ribeiro Vanzellotti, Soraya</p><p>Imon de Oliveira. 4ª. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.</p><p>MAIA, Daniel Eichemberg Fernandes E.; JR., Marcelo Augusto Fontenelle R. Manual de Condutas</p><p>Básicas em Cirurgia. Publicação: São Paulo: Roca, 2013.</p><p>Feedback:</p><p>000136.660018.70e32e.8ca58e.79caf7.ef658c.12fc06.9703f Pgina 13 de 13</p>