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<p>BOAS PRÁTICAS DE</p><p>MANIPULAÇÃO</p><p>RDC 67/2007</p><p>Universidade Nilton Lins</p><p>Disciplina: Prática em Manipulação de Medicamentos,</p><p>Cosméticos e Produtos Homeopáticos</p><p>Prof. Me. Carlos Klinger Rodrigues Serrão</p><p>MERCADO FARMACÊUTICO</p><p>O mercado brasileiro é constituído por mais de oito mil farmácias de</p><p>manipulação e o setor arrecadou, em 2020, 6,96 bilhões de faturamento.</p><p>Dada a importância do</p><p>segmento, é necessário</p><p>garantir produtos com</p><p>segurança e qualidade.</p><p>RDC 67/07</p><p>Fonte: ANFAMARG (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais)</p><p>RDC 87/08</p><p>EVOLUÇÃO DA QUALIDADE</p><p>Até o século XX os medicamentos eram produzidos em farmácias e sua</p><p>qualidade dependia essencialmente de:</p><p>Qualidade das</p><p>matérias-primas</p><p>Exatidão da</p><p>pesagem</p><p>Conhecimento, habilidade e</p><p>experiência do farmacêutico</p><p>O QUE É QUALIDADE?</p><p>Seguro Eficaz</p><p>Qualidade</p><p>O que se espera de</p><p>um medicamento? Mas o que é qualidade?</p><p>“Produto ou serviço que atende de</p><p>forma confiável, segura e no tempo</p><p>certo às necessidades dos clientes.”</p><p>De que maneira? Com o cumprimento</p><p>de suas especificações</p><p>RDC 67/2007</p><p>EVOLUÇÃO DA QUALIDADE</p><p>Na metade do século XX (década de 40) as farmácias magistrais eram tidas</p><p>como produção artesanal e a indústria farmacêutica como produção em</p><p>grande escala.</p><p>Declínio das</p><p>farmácias de</p><p>manipulação</p><p>Necessidade de:</p><p>Garantir a estabilidade</p><p>dos produtos na</p><p>estocagem</p><p>Criar diretrizes e</p><p>procedimentos para orientar</p><p>e controlar a produção</p><p>INCQS/FIOCRUZ – ANVISA</p><p>(Boletim Informativo JUN/2005)</p><p>Entre 2000 e 2005: INCQS registrou 51 casos de não conformidades</p><p>32 dos casos = teor do ativo em até 32.000%</p><p>08 dos casos = óbitos</p><p>14 dos casos = internações hospitalares</p><p>CAUSAS PROVÁVEIS DE ERROS</p><p>Falta de treinamento</p><p>Erros nos cálculos</p><p>Erros de mistura</p><p>Equipamentos</p><p>inadequados</p><p>Matéria-prima de</p><p>qualidade não</p><p>comprovada</p><p>Contaminação</p><p>cruzada</p><p>A FARMÁCIA SEM BPM</p><p>O caso de Brasília em 2003</p><p>Garoto chamado Emanuel, de 12 anos,</p><p>morreu no Distrito Federal um dia após</p><p>entrar na UTI com sinais de intoxicação.</p><p>Emanuel fazia tratamento com Clonidina.</p><p>Laudo da Fundação Oswaldo Cruz</p><p>atesta erro na manipulação: as cápsulas</p><p>estavam com 100 vezes mais Clonidina</p><p>do que o prescrito</p><p>A FARMÁCIA SEM BPM</p><p>Overdose de medicamento faz morte em 3 famílias</p><p>Parentes tomaram comprimidos manipulados para</p><p>combater dor de artrite em Itabuna (BA). Ficou</p><p>constatado que as cápsulas continham uma</p><p>associação de Piroxican com Colchicina, para</p><p>tratamento artrite.”</p><p>Laudo do INCQS: “Os sintomas clínicos descritos</p><p>são compatíveis com superdosagem de Colchicina.</p><p>Fonte: Folha de S. Paulo de domingo, dia 17 de outubro de 2004, caderno “Cotidiano” (C1 e C3)</p><p>RDC 67 DE 2007</p><p>Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações</p><p>Magistrais e oficinais para uso humano em Farmácias e seus anexos</p><p>As Boas Práticas (BP) asseguram que padrões mínimos de</p><p>qualidade sejam seguidos para a produção dos medicamentos.</p><p>RDC 67 DE 2007</p><p>1 - Objetivos</p><p>2 - Abrangência</p><p>3 - Grupos de atividades</p><p>desenvolvidas pela Farmácia</p><p>4 - Definições</p><p>5 - Condições gerais</p><p>Anexos</p><p>RDC 67/2007 – 1. OBJETIVOS</p><p>Fixar requisitos mínimos exigidos para o exercício das</p><p>atividades de manipulação de preparações magistrais e</p><p>oficinais das farmácia.</p><p>Instalações, equipamentos e recursos</p><p>humanos, aquisição e controle da qualidade</p><p>da matéria-prima, armazenamento, avaliação</p><p>farmacêutica da prescrição, manipulação,</p><p>fracionamento, conservação, transporte,</p><p>dispensação de preparações</p><p>Além da atenção farmacêutica aos</p><p>usuários ou de seus responsáveis,</p><p>visando à garantia de sua qualidade,</p><p>segurança, efetividade e promoção do</p><p>seu uso seguro e racional.</p><p>RDC 67/2007 – 2. ABRANGÊNCIA</p><p>Se aplica a todas as Farmácias que realizam quaisquer das atividades</p><p>nele previstas, excluídas as farmácias que manipulam Soluções para</p><p>Nutrição Parenteral e Enteral, Concentrado Polieletrolítico para</p><p>Hemodiálise e medicamentos de uso exclusivo na medicina veterinária</p><p>que devem atender às legislações específicas</p><p>Aplica-se aos medicamentos magistrais e</p><p>oficinais, fitoterápicos e homeopáticos</p><p>Produtos para nutrição enteral, parenteral e</p><p>hemodiálise seguem legislação específica</p><p>RDC 67/2007 – 3. GRUPOS DE ATIVIDADES</p><p>DESENVOLVIDAS PELA FARMÁCIA</p><p>RDC 67/2007 – 3. GRUPOS DE ATIVIDADES</p><p>DESENVOLVIDAS PELA FARMÁCIA</p><p>Substância de baixo</p><p>índice terapêutico</p><p>É aquela que apresenta estreita</p><p>margem de segurança, cuja dose</p><p>terapêutica é próxima da tóxica.</p><p>Antibióticos, hormônios,</p><p>citostáticos, substâncias</p><p>sujeitas a controle especial</p><p>Estão listadas na Portaria</p><p>344/1998 (com atualizações).</p><p>A1 e A2 (entorpecentes); A3, B1 e B2</p><p>(psicotrópicos); C3 (imunossupressores);</p><p>C1, C2 e C4 (demais substâncias,</p><p>incluindo retinóides e anabolizantes).</p><p>RDC 67/2007 – 3. GRUPOS DE ATIVIDADES</p><p>DESENVOLVIDAS PELA FARMÁCIA</p><p>Dose unitária</p><p>Adequação da forma farmacêutica à</p><p>quantidade correspondente à dose</p><p>prescrita, preservadas suas características</p><p>de qualidade e rastreamento.</p><p>Unitarização de doses de</p><p>medicamentos</p><p>Adequação da forma farmacêutica em doses</p><p>previamente selecionadas para atendimento</p><p>a prescrições nos serviços de saúde</p><p>RDC 67/2007 – 5. CONDIÇÕES GERAIS</p><p>Possuir Manual de Boas</p><p>Práticas de Manipulação</p><p>Ser previamente aprovada em</p><p>inspeções sanitárias locais.</p><p>Possuir Autorização Especial (AE)</p><p>quando manipular substâncias</p><p>sujeitas a controle especial.</p><p>Estar regularizada nos órgãos de</p><p>vigilância sanitária competente.</p><p>Possuir Autorização do</p><p>Funcionamento de Empresa (AFE).</p><p>Deseja-se abrir uma farmácia magistral. Quais os requisitos mínimos que a ANVISA</p><p>pede para o funcionamento do estabelecimento?</p><p>Atender às disposições da RDC</p><p>67/2007 e anexos aplicáveis</p><p>Verificar parágrafos 5.1 e 5.8 da RDC 67/2007</p><p>RDC 67/2007 – 5. CONDIÇÕES GERAIS</p><p>Em uma farmácia de manipulação são gerados resíduos provenientes dos testes</p><p>realizados pelo laboratório de controle de qualidade. O que as farmácias devem fazer</p><p>com os seus resíduos?</p><p>Ou demais dispositivos</p><p>e regulamentos</p><p>sanitários aplicáveis.</p><p>Devem seguir exigências da</p><p>legislação sobre o</p><p>gerenciamento dos resíduos</p><p>de serviços em saúde.</p><p>RDC 306 / 2004 RDC 222 / 2018</p><p>Verificar parágrafo 5.2 da RDC 67/2007</p><p>RDC 67/2007 – 5. CONDIÇÕES GERAIS</p><p>Considere duas situações. Qual situação pode acontecer e qual não é permitida.</p><p>I - Uma empresa de farmácia de manipulação possui várias filiais, tanto em Manaus</p><p>como em Parintins, Itacoatiara e Presidente Figueiredo. Porém somente as filiais da</p><p>capital possuem laboratório de manipulação, enquanto que as filiais dos interiores</p><p>funcionam apenas para coleta das receitas.</p><p>II - Uma outra empresa de farmácia de manipulação possui várias filiais na cidade de</p><p>Manaus. No entanto apenas a filial localizada no Bairro Cidade Nova atende</p><p>prescrições de medicamentos sujeitos a controle especial.</p><p>Verificar parágrafo 5.3 da RDC 67/2007</p><p>Todas as filiais devem ter</p><p>laboratórios de manipulação</p><p>A manipulação de determinados grupos</p><p>de atividades pode ser centralizada</p><p>RDC 67/2007 – 5. CONDIÇÕES GERAIS</p><p>Sim!</p><p>Porém ela deve cumprir todas</p><p>as disposições estabelecidas.</p><p>No caso de um medicamento se</p><p>enquadrar nas características de mais</p><p>de um grupo de atividades</p><p>Em uma farmácia de manipulação que só trabalha com medicamentos enquadrados</p><p>no grupo de atividade I, deseja-se trabalhar com fenitoína. A fenitoína é um</p><p>antiepilético (Lista C1) e é também uma substância de baixo índice terapêutico.</p><p>Pergunta: Uma mesma farmácia pode executar atividades de um ou mais grupos?</p><p>A farmácia deve</p><p>adequar-se aos</p><p>grupos de</p><p>atividade I, II e III.</p><p>Fenitoína</p><p>Verificar parágrafo 5.9 da RDC 67/2007</p><p>RDC 67/2007 – 5. CONDIÇÕES GERAIS</p><p>A farmácia pode atender</p><p>estabelecimentos hospitalares</p><p>para manipulação de preparações</p><p>oficinais e magistrais.</p><p>Um hospital público pediátrico atende crianças que frequentemente utilizam de</p><p>medicamentos que são disponíveis no mercado em produtos separados. Após estudo</p><p>da situação, o farmacêutico do hospital sugeriu a manipulação de um único</p><p>medicamento por uma farmácia de manipulação externa, com o objetivo de melhorar a</p><p>adesão do tratamento e reduzir os custos da compra dos produtos separados.</p><p>Verificar parágrafo 5.10 e demais da RDC 67/2007</p><p>A manipulação pode ser atendida,</p><p>em caráter excepcional,</p><p>comprovada a inexistência do</p><p>produto e necessidade técnica</p><p>Os medicamentos manipulados</p><p>deverão ser utilizados exclusivamente</p><p>no estabelecimento do requerente.</p><p>As justificativas técnicas, contratos e</p><p>requisições deverão permanecer</p><p>arquivadas por 1 ano.</p><p>RDC 67/2007 – 5. CONDIÇÕES GERAIS</p><p>A farmácia pode transformar a</p><p>especialidade farmacêutica, em</p><p>caráter excepcional, de forma a</p><p>adequá-lo a prescrição</p><p>Um hospital público pediátrico atende crianças que utilizam o fármaco nitrofurantoína,</p><p>para tratamento de infecção urinária. Esse fármaco só está disponível no mercado na</p><p>forma comprimidos, dificultando a utilização pelas crianças. O farmacêutico sugere</p><p>que sejam comprados os comprimidos e que seja feita a manipulação de uma</p><p>suspensão a partir dos mesmos para o atendimento das crianças.</p><p>Verificar parágrafo 5.12 e demais da RDC 67/2007</p><p>Deve ser estabelecido o prazo de</p><p>validade do produto, conforme anexo I</p><p>de RDC 67/2007</p><p>O procedimento deve ser realizado</p><p>com base em literatura científica e</p><p>devidamente justificado</p><p>RDC 67/2007 – 5. CONDIÇÕES GERAIS</p><p>Analises as seguintes situações:</p><p>Um paciente chega na drogaria com uma receita magistral de um complexo vitamínico</p><p>com ativos utilizados no tratamento de alopecia. O balconista sugere o medicamento</p><p>comercial Pantogar Neo, que ele diz possuir a mesma composição.</p><p>Um paciente chega na farmácia de manipulação com uma receita do fármaco</p><p>fluoxetina, prescrita como Daforin 20 mg, e solicita que deseja o medicamento</p><p>manipulado.</p><p>Verificar parágrafo 5.4 e 5.13 da RDC 67/2007</p><p>Não é permitida a dispensação de</p><p>produtos manipulados em substituição</p><p>à medicamentos industrializados</p><p>Drogarias, ervanários e postos não podem</p><p>captar receitais magistrais e oficinais</p><p>RDC 67/2007 - 5. CONDIÇÕES GERAIS</p><p>Deve ser realizada por profissionais</p><p>legalmente habilitados, respeitando</p><p>os códigos dos respectivos</p><p>conselhos profissionais.</p><p>Como deve ser a prescrição de medicamentos manipulados?</p><p>A prescrição será feita em</p><p>receituário contemplando a</p><p>composição, forma farmacêutica,</p><p>posologia e modo de usar.</p><p>Verificar parágrafo 5.17 da RDC 67/2007</p><p>O</p><p>Q</p><p>U</p><p>E</p><p>D</p><p>EV</p><p>E</p><p>SE</p><p>R</p><p>O</p><p>B</p><p>SE</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>D</p><p>O</p><p>EM</p><p>U</p><p>M</p><p>A</p><p>P</p><p>R</p><p>ES</p><p>C</p><p>R</p><p>IÇ</p><p>Ã</p><p>O</p><p>M</p><p>A</p><p>G</p><p>IS</p><p>TR</p><p>A</p><p>L?</p><p>A ausência de qualquer um desses itens pode acarretar no não atendimento da prescrição.</p><p>Legibilidade e ausência de rasuras e emendas</p><p>Identificação da instituição ou do profissional</p><p>prescritor com o número de registro no</p><p>respectivo conselho profissional</p><p>Endereço do consultório ou da instituição a que pertence</p><p>Identificação do paciente</p><p>Endereço residencial do paciente</p><p>ou a localização do leito</p><p>Identificação da substância ativa segundo</p><p>a DCB ou DCI, concentração/dosagem,</p><p>forma farmacêutica, quantidades e</p><p>respectivas unidades.</p><p>Modo de usar, posologia,</p><p>duração do tratamento</p><p>Local, data de emissão com assinatura e identificação do prescritor</p><p>Verificar parágrafo</p><p>5.18.4 da RDC</p><p>67/2007</p><p>RDC 67/2007 – 5. CONDIÇÕES GERAIS</p><p>Um paciente chega com uma receita magistral de Diazepam 100 mg, 3 cápsulas por</p><p>dia, para utilização durante 3 meses. O farmacêutico desconfiado, recusa-se a</p><p>dispensar o medicamento e decide ligar para o médico. O paciente leva a receita e diz</p><p>que não vai mais comprar.</p><p>Verificar parágrafo 5.18 da RDC 67/2007</p><p>O farmacêutico é responsável</p><p>pela manipulação e também pela</p><p>avaliação da prescrição</p><p>Quando a dose ou posologia dos produtos</p><p>prescritos ultrapassar os limites</p><p>farmacológicos ou a prescrição apresentar</p><p>incompatibilidade ou interações</p><p>potencialmente perigosas, o farmacêutico</p><p>deve solicitar confirmação expressa do</p><p>profissional prescritor. Na ausência ou</p><p>negativa de confirmação, a farmácia não</p><p>pode aviar e/ou dispensar o produto.</p><p>A avaliação da prescrição deve</p><p>ser feita antes de manipulação</p><p>ANEXOS</p><p>Anexo I – Boas Práticas de Manipulação em farmácias</p><p>Anexo II – Boas Práticas de Manipulação de substâncias de baixo índice</p><p>terapêutico</p><p>Anexo III – Boas práticas de Manipulação de Hormônios, Antibióticos,</p><p>Citostáticos e Substâncias Sujeitas e Controle Especial</p><p>Anexo IV – Boas Práticas de Manipulação De Produtos Estéreis</p><p>(BPMPE) em Farmácias</p><p>Anexo V - Boas Práticas de Manipulação de Preparações Homeopáticas</p><p>(BPMPH) em Farmácias</p><p>Anexo VI – Boas Práticas para Preparação de Dose Unitária e</p><p>Unitarização de Doses de Medicamentos em Serviços de Saúde</p><p>Anexo VII – Padrão mínimo de informações para o paciente</p><p>DOCUMENTAÇÃO</p><p>Manual de Boas Práticas</p><p>Procedimentos</p><p>Operacionais Padrões</p><p>Registro de Receitas</p><p>Documento que reflete a política da empresa, sua</p><p>missão, visão e valores; estabelece os critérios e as</p><p>normas que devem ser observados a fim de nortear</p><p>os seus procedimentos, processos, serviços e</p><p>atividades, do ponto de vista técnico e sanitário.</p><p>Documento formatado como manual</p><p>descritivo para a execução de tarefas e</p><p>procedimentos. Nele é definido a forma</p><p>como se deve executar, interpretar e</p><p>registrar um determinado procedimento.</p><p>Arquivamento e controle das receitas e</p><p>quando necessários lançadas no SNGPC</p><p>(para medicamentos controlados). Reflete</p><p>uma boa prática documental.</p><p>DOCUMENTAÇÃO</p><p>Autoinspeção Registro de Reclamações</p><p>dos Usuários</p><p>Autoinspeção é avaliar o cumprimento das BPM</p><p>por parte do fabricante de produtos</p><p>farmacêuticos em todos os seus aspectos de</p><p>produção e de controle de qualidade no sentido</p><p>de assegurar a melhoria contínua dos processos.</p><p>Check-list interno ou externo</p><p>Sempre haverá reclamações, que devem ser</p><p>documentadas, e não devem ser vistas como</p><p>algo ruim, mas como para a prática da garantia</p><p>da qualidade.</p><p>HIGIENE PESSOAL OBRIGATÓRIA</p><p>A higiene pessoal é algo fundamental, não somente mas principalmente na área de</p><p>manipulação, mas também deve ser mantida pelos colaboradores das demais áreas.</p><p>RESTRIÇÕES PARA AS ÁREAS PRODUTIVAS</p><p>Adornos, joias, maquiagem excessiva, se alimentar é estritamente proibido dentro das</p><p>áreas de produção. Além disso, somente pessoas devidamente paramentadas e</p><p>autorizadas podem entrar nessas áreas.</p><p>PARAMENTAÇÃO E USO DE EPI’S</p><p>Devem ser realizados treinamentos</p><p>periódicos com todos os colaboradores</p><p>para a utilização adequada dos</p><p>equipamentos de uso individual.</p><p>Observar a ordem mais segura</p><p>para colocação e retirada de EPI’s</p><p>Figura: https://www.youtube.com/watch?v=YpZ2OIW0Pf4</p><p>- Luvas de vinil para o CQ, luvas</p><p>de látex para o setor de produção</p><p>- Jalecos identificados para cada</p><p>dia da semana.</p><p>- Evitar a circulação, mesmo</p><p>portando os EPI’s</p><p>TREINAMENTOS</p><p>Os treinamentos devem ser periódicos</p><p>e devem ser registrados, onde o</p><p>farmacêutico e o colaborador irão</p><p>assinar o documento.</p><p>Quando os treinamentos</p><p>devem ser realizados?</p><p>Quem deve receber</p><p>treinamento?</p><p>Todos os colaboradores,</p><p>não somente os do setor</p><p>de produção.</p><p>Na admissão do colaborador,</p><p>sempre que houve mudança</p><p>de setor, periodicamente,</p><p>sempre que for necessário.</p><p>QUALIFICAÇÃO DOS FORNECEDORES</p><p>O objetivo desse processo é confirmar se um fabricante ou distribuidor é</p><p>confiável do ponto de vista sanitário, se cumpre com as especificações e</p><p>possui qualidade comprovada para fornecer seus produtos e serviços.</p><p>Comprovação da regularidade</p><p>perante às autoridades sanitárias</p><p>Controle de qualidade dos produtos</p><p>recebidos pela farmácia e avaliação</p><p>dos laudos do emitidos pelo fornecedor</p><p>Avaliar cada lote pela identificação,</p><p>quantidade, validade, integridade, etc.</p><p>Avaliar histórico de fornecimento</p><p>anteriores, cumprimento dos prazos,</p><p>resultados das análises, etc.</p><p>Solicitação de auditoria ou vistoria para</p><p>verificação do cumprimento das BPF</p><p>INFRAESTRUTURA</p><p>DA FARMÁCIA</p><p>A farmácia deve ser localizada,</p><p>projetada, construída ou adaptada,</p><p>com uma infra-estrutura adequada</p><p>às atividades a serem desenvolvidas</p><p>Verificar ANEXO I, capítulo</p><p>4 da RDC 67/2007</p><p>Na figura ao lado é um exemplo de</p><p>uma planta de uma farmácia de</p><p>manipulação alopática simples.</p><p>Figura: https://www.youtube.com/watch?v=YpZ2OIW0Pf4</p><p>INFRAESTRUTURA</p><p>DA FARMÁCIA</p><p>Para farmácias de manipulação de</p><p>medicamentos controlados, devem</p><p>possuir laboratórios dedicados a</p><p>esses produtos.</p><p>Deve ser atendido o anexo III a</p><p>RDC 67/2007 e RDC 21/2009.</p><p>A pressão dos laboratórios</p><p>deve ser negativa em relação</p><p>aos ambientes externos.Figura: https://www.youtube.com/watch?v=YpZ2OIW0Pf4</p><p>SETORES DA FARMÁCIA MAGISTRAL</p><p>Almoxarifado</p><p>Destinado principalmente a estocar</p><p>as matérias-primas e materiais de</p><p>embalagem. Dentro devem estar</p><p>delimitados as áreas de quarentena,</p><p>de aprovados e reprovados.</p><p>Controle de qualidade físico-químico</p><p>Responsável pelas análises tanto de</p><p>matérias-primas e produtos acabados.</p><p>Nenhuma matéria-prima entra no setor</p><p>de produção antes de passar pelo CQ.</p><p>Setor de produção</p><p>Conjunto de laboratórios</p><p>dedicados a líquidos,</p><p>sólidos, semissólidos, etc.</p><p>Setor de conferência</p><p>Realiza a conferência de</p><p>todas as atividades</p><p>desenvolvidas pelos demais</p><p>laboratórios</p><p>CONTROLE DE QUALIDADE</p><p>Como deve ser feito o controle de qualidade dos medicamentos</p><p>manipulados?</p><p>Devem ser realizados, no mínimo, os seguintes ensaios, de acordo com</p><p>a Farmacopeia Brasileira ou outro Compêndio Oficial reconhecido pela</p><p>ANVISA, em todas as preparações magistrais e oficinais:</p><p>Descrição, aspecto,</p><p>caracteres organolépticos,</p><p>peso médio</p><p>Descrição, aspecto,</p><p>caracteres organolépticos</p><p>pH (quando aplicável), peso</p><p>Descrição, aspecto,</p><p>caracteres organolépticos pH</p><p>(quando aplicável), peso ou</p><p>volume antes do envase</p><p>ROTINA DA FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO</p><p>BOAS PRÁTICAS DENTRO DOS SETORES</p><p>DE MANIPULAÇÃO</p><p>Vidrarias e equipamentos</p><p>não devem ser</p><p>compartilhados entre</p><p>laboratórios, para evitar</p><p>contaminação cruzada</p><p>Lixeiras</p><p>com pedal</p><p>Medidor de</p><p>temperatura e</p><p>umidade</p><p>calibrado e com</p><p>registro no</p><p>período de cada</p><p>atividade</p><p>CONFERÊNCIA</p><p>ROTULAGEM E EMBALAGEM</p><p>DISPENSAÇÃO FARMACÊUTICA</p><p>BOAS PRÁTICAS DE</p><p>MANIPULAÇÃO</p><p>RDC 67/2007</p><p>Universidade Nilton Lins</p><p>Disciplina: Prática em Manipulação de Medicamentos,</p><p>Cosméticos e Produtos Homeopáticos</p><p>Prof. Me. Carlos Klinger Rodrigues Serrão</p>