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<p>A prática de ensino em História</p><p>Antiga</p><p>Infográfico</p><p>No Brasil, a educação formal respeita regras e leis que determinam a política educacional, seu</p><p>funcionamento e conteúdos mínimos curriculares a serem cumpridos para atender às leis e às</p><p>premissas da educação integral desejada.</p><p>No Infográfico, você verá algumas definições da BNCC, tanto para o Ensino Fundamental quanto</p><p>para o Ensino Médio. Elas serão especificadas, assim como as diferenças entre a forma de</p><p>introduzir conteúdos linearmente, no primeiro caso, e tematicamente, no segundo, sempre agindo</p><p>em conformidade com a orientação da BNCC quanto à interdisciplinaridade e à transversalidade</p><p>exigidas.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/9fdc8fe8-5e77-4114-8bc7-f113d711f88c/798fb75d-8680-4772-a0c7-d8fc7ed0bef3.jpg</p><p>Conteúdo do livro</p><p>Ensinar História Antiga, seja de forma linear, seja partindo de uma temática, exige conhecimento</p><p>sobre fatos, objetos, termos, civilizações não mais existentes ou muito alteradas pelo tempo. Exige</p><p>também organização curricular, competência na transposição didática e utilização</p><p>de conhecimentos e instrumentos de outras disciplinas.</p><p>Na obra História Antiga, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo A prática de</p><p>ensino em História Antiga, no qual você verá o que as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) e a</p><p>Base Nacional Comum Curricular (BNCC) acordam que seja exigido como currículo mínimo para o</p><p>ensino da História Antiga e em quais anos do Ensino Fundamental seja exigido. Verá também como</p><p>o estudo da Antiguidade é estruturado a partir da previsão de desenvolvimento das habilidades no</p><p>Ensino Médio e descobrirá a importância da realização da transposição didática pelo professor e a</p><p>grande contribuição que a cartografia e a iconografia/iconologia podem oferecer durante as aulas,</p><p>tanto como fontes quanto como instrumentos da produção de conhecimento histórico.</p><p>HISTÓRIA</p><p>ANTIGA</p><p>Ana Cristina Zecchinelli Alves</p><p>A prática de ensino</p><p>em História Antiga</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p> Relacionar a presença da História Antiga no contexto da BNCC.</p><p> Comparar as diferentes estratégias no processo de transposição di-</p><p>dática em História Antiga.</p><p> Identificar estratégias de uso da iconografia e da cartografia no ensino</p><p>de História Antiga.</p><p>Introdução</p><p>Neste capítulo, você vai conhecer as orientações da BNCC para o ensino</p><p>da História Antiga no ensino fundamental e no ensino médio. Como você</p><p>vai ver, a BNCC reitera o previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais</p><p>(DCNs) em relação à prática da interdisciplinaridade e da transversalidade.</p><p>Além disso, você vai verificar a importância da transposição didática</p><p>para o processo de ensino e aprendizagem escolar. Com a conversão</p><p>do saber acadêmico e de sua linguagem técnica à linguagem do saber</p><p>escolar, os alunos aprendem mais e a construção de conhecimentos</p><p>históricos em sala de aula é facilitada.</p><p>Por fim, você vai conhecer dois elementos didáticos que podem ser</p><p>utilizados em sala de aula para auxiliar o ensino de história, em especial</p><p>da História Antiga: a iconografia e a cartografia. Se utilizados de modo</p><p>adequado, esses recursos podem informar sobre assuntos como cultura,</p><p>sociedade, comércio, visões de mundo, etc.</p><p>A História Antiga no contexto da BNCC</p><p>A BNCC é a norma que regulamenta as aprendizagens essenciais que devem</p><p>ser trabalhadas nas escolas do Brasil, sejam públicas ou privadas, desde a</p><p>educação infantil até o ensino médio. Entre os seus objetivos, estão: garantir</p><p>o direito à aprendizagem e ao desenvolvimento dos estudantes e buscar a</p><p>formação integral do ser, de forma a construir uma sociedade mais igualitária,</p><p>justa e ética, composta por cidadãos conscientes de sua responsabilidade e do</p><p>impacto de suas ações no mundo. A norma indica a interdisciplinaridade e a</p><p>transversalidade como elementos importantes da educação.</p><p>Entre os diversos tempos históricos, o período da Antiguidade é con-</p><p>templado pela BNCC mais especificamente no 5º e nos 6º anos do ensino</p><p>fundamental. A partir do 5º ano, que ainda é parte dos anos iniciais, a História</p><p>Antiga integra a unidade temática “Povos e culturas: meu lugar no mundo e</p><p>meu grupo social” (BRASIL, 2018, documento on-line), que tem como objeto</p><p>de conhecimento “O papel das religiões e da cultura para a formação dos</p><p>povos antigos” (BRASIL, 2018, documento on-line). No 6º ano, já nos anos</p><p>finais do ensino fundamental, a BNCC indica uma reflexão sobre a história e</p><p>as suas formas de registro. A ideia é colocar em pauta o registro das primeiras</p><p>sociedades e a construção da Antiguidade Clássica, para depois compará-las</p><p>com outras sociedades e concepções de mundo.</p><p>No 6º ano, busca-se primeiramente trabalhar conceitos básicos da história,</p><p>como tempo, espaço e formas de registro histórico, discutindo-se noções</p><p>como sincronia, diacronia, cronologias, formas de produção e registro de</p><p>conhecimentos históricos. Também deve-se abordar a Pré-História, a origem da</p><p>humanidade e os seus processos evolutivos, desenvolvimentos, deslocamentos,</p><p>nomadismo e sedentarização, etc.</p><p>As unidades temáticas do 6º ano preveem conteúdos sobre os assuntos</p><p>listados a seguir.</p><p> A invenção do mundo clássico e o contraponto com outras sociedades:</p><p>apresentação dos povos da Antiguidade em diferentes locais do Planeta</p><p>(povos mesopotâmicos do Oriente Médio, povos pré-colombianos da</p><p>América e povos africanos como o povo egípcio). Também foram incluídos</p><p>os povos originários que habitavam o território brasileiro. Essa unidade</p><p>temática ainda inclui o estudo das culturas clássicas grega e romana.</p><p>A prática de ensino em História Antiga2</p><p> Noções de cidadania e política a partir dos contextos grego e romano:</p><p>a difusão e o predomínio de suas culturas sobre os povos conquistados</p><p>pelos gregos e romanos e também as diferentes formas de organização</p><p>política dos povos antigos são contempladas pela BNCC. Mais especi-</p><p>ficamente, dá-se ênfase ao conceito de “império”, acompanhado pelas</p><p>lógicas de conquista, conflito e negociação presentes nessa forma de</p><p>constituição política. A Antiguidade Tardia entra em cena no momento</p><p>de transição do mundo clássico (romano) para o mundo do Medievo,</p><p>com a sua fragmentação política e territorial.</p><p> Trabalho, cultura e organização social na Antiguidade: relações entre se-</p><p>nhores e escravos na Antiguidade e entre senhores e servos no Medievo.</p><p>A ideia é apresentar os conceitos de trabalho livre e trabalho escravo em</p><p>diferentes espaços e temporalidades, bem como as lógicas comerciais</p><p>dos períodos antigo e medieval. Busca-se ainda demonstrar o papel das</p><p>mulheres e da religião na Antiguidade e no Medievo (BRASIL, 2018).</p><p>Os povos originários do território brasileiro foram incluídos nos estudos</p><p>históricos do 6º ano. Pesquisas arqueológicas realizadas principalmente no</p><p>espaço amazônico já permitem algumas conclusões sobre as sociedades que</p><p>viviam no País antes da colonização. Elas podem ser exploradas por professores</p><p>em sala de aula, ampliando o olhar sobre a Antiguidade para além da Europa,</p><p>da Ásia e da África, trazendo-o para a América e para o Brasil.</p><p>No link a seguir, você pode conferir as competências específicas de ciências humanas</p><p>elencadas pela BNCC para o ensino fundamental e o ensino médio.</p><p>https://qrgo.page.link/ZfZEZ</p><p>No ensino médio, a Antiguidade é contemplada a partir das temáticas</p><p>utilizadas em sala de aula com o objetivo de desenvolver certas habilidades,</p><p>como as elencadas a seguir:</p><p>3A prática de ensino em História Antiga</p><p>(EM13CHS104) Analisar objetos da cultura material e imaterial como suporte</p><p>de conhecimentos, valores, crenças e práticas que singularizam diferentes</p><p>sociedades inseridas no tempo e no espaço.</p><p>(EM13CHS105) Identificar, contextualizar e criticar as tipologias evolutivas</p><p>(como populações nômades e sedentárias, entre outras)</p><p>e as oposições dicotômi-</p><p>cas (cidade/campo, cultura/natureza, civilizados/bárbaros, razão/sensibilidade,</p><p>material/virtual etc.), explicitando as ambiguidades e a complexidade dos</p><p>conceitos e dos sujeitos envolvidos em diferentes circunstâncias e processos.</p><p>(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das</p><p>mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a mobi-</p><p>lidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função de eventos</p><p>naturais, políticos, econômicos, sociais e culturais.</p><p>(EM13CHS203) Contrapor os diversos significados de território, fronteiras e</p><p>vazio (espacial, temporal e cultural) em diferentes sociedades, contextualizan-</p><p>do e relativizando visões dualistas como civilização/barbárie, nomadismo/se-</p><p>dentarismo e cidade/campo, entre outras (BRASIL, 2018, documento on-line).</p><p>A Antiguidade Clássica aparece como estudo linear de um período histórico</p><p>no 5º e no 6º anos do ensino fundamental. No ensino médio, aparece como parte</p><p>de um conjunto comparativo formado pelas diversas etapas/períodos em que se</p><p>divide a história. Assim, funciona como instrumento para o desenvolvimento</p><p>de habilidades como identificação, diferenciação, compreensão, comparação,</p><p>contextualização, reflexão, análise e capacidade crítica.</p><p>A importância do ensino da Antiguidade deve-se ao próprio valor do perí-</p><p>odo. Afinal, ele marca o desenvolvimento inicial de uma série de instituições</p><p>no âmbito político, religioso e social, além do desenvolvimento da escrita de</p><p>diversos tipos. O período também abrigou o desenvolvimento intelectual,</p><p>manufatureiro, metalúrgico, comercial, militar (no exército e na marinha, com</p><p>armamentos, táticas, estratégias, navios, carros de guerra, etc.), arquitetônico</p><p>e artístico.</p><p>A Antiguidade serve de exemplo e parâmetro de comparação para os</p><p>desenvolvimentos ocorridos em outros períodos, sendo constantemente revi-</p><p>sitada pelos intelectuais de diversas disciplinas. As instituições fundadas e</p><p>as terminologias políticas constituídas nesse período permanecem presentes</p><p>na política atual (república, reino, império, senado, assembleia, democracia,</p><p>tirania, demagogia, aristocracia, oligarquia, ostracismo, cidadania, etc.), no</p><p>direito público e privado, na sociedade (família, família extensa, clientela,</p><p>etc.), nas divisões administrativas (cidades, metrópoles) e na ética que se</p><p>deseja nas relações da sociedade. No sistema político brasileiro, permanecem</p><p>em vigor oficialmente a democracia, a república, o senado, as assembleias e</p><p>a cidadania (CANELLAS, 2018).</p><p>A prática de ensino em História Antiga4</p><p>É por conta das questões contemporâneas, da história que está ocorrendo no</p><p>presente, que se recorre ao passado. Ou seja, os diferentes períodos históricos</p><p>oferecem informações que permitem compreender o mundo, refletir sobre o</p><p>presente, pensar e planejar o futuro. A História Antiga, principalmente no que</p><p>tange à organização social e política, em especial para o Ocidente, é fonte de</p><p>inspiração e reflexão. As ideias e os ideais presentes nos livros dos escritores</p><p>da Antiguidade Clássica, como Platão, Aristóteles, Epicuro, Cícero, Sêneca,</p><p>Zenão de Cício, os doutores da Igreja, entre outros, permanecem em pauta:</p><p>interpretadas, reinterpretadas e adaptadas ao contexto presente, inspirando</p><p>pessoas de diferentes áreas e sendo apropriadas e manejadas diferentemente por</p><p>cada grupo. Além disso, as estratégias utilizadas nas guerras da Antiguidade</p><p>continuam sendo estudadas e debatidas, e a humanidade ainda se interroga</p><p>sobre as pirâmides do Egito e das Américas.</p><p>As DCNs da educação básica preveem a transversalidade e a interdisciplinaridade.</p><p>Para o ensino da História Antiga, elas são fundamentais, na medida em que a história</p><p>necessita de conhecimentos vindos de outras disciplinas. As orientações presentes</p><p>na BNCC seguem as Diretrizes. Elas também determinam que a transversalidade seja</p><p>entendida como uma forma de organizar o trabalho didático-pedagógico. Assim,</p><p>temas e eixos temáticos se integram às disciplinas.</p><p>A transversalidade e a interdisciplinaridade são noções distintas, mas complemen-</p><p>tares. Ambas rejeitam a concepção de conhecimento que toma a realidade como</p><p>algo estável, pronto e acabado. A primeira se refere à dimensão didático-pedagógica,</p><p>e a segunda, à abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento. Na trans-</p><p>versalidade, a gestão do conhecimento parte do pressuposto de que os sujeitos são</p><p>agentes da arte de problematizar e interrogar. A ideia, então, é buscar procedimentos</p><p>interdisciplinares capazes de promover o diálogo entre diferentes sujeitos, ciências,</p><p>saberes e temas (BRASIL, 2013).</p><p>Transposição didática</p><p>A transposição didática é uma prática pedagógica que transforma um “saber</p><p>a ensinar” em objeto de ensino, tornando-o compreensível, traduzindo-o</p><p>da linguagem acadêmica para a linguagem escolar. Chevallard (1991 apud</p><p>MONTEIRO, 2003, documento on-line) entende que, para tornar possível o</p><p>5A prática de ensino em História Antiga</p><p>ensino do conteúdo produzido pela academia em sala de aula, “[...] o elemento</p><p>de saber deverá ter sofrido certas deformações que o tornarão apto a ser</p><p>ensinado. O saber-tal-como-é-ensinado, o saber ensinado, é necessariamente</p><p>distinto do saber-inicialmente-designado como-aquele-que-deve-ser-ensinado,</p><p>o saber a ensinar”.</p><p>O ideal é levar aos alunos aquilo que a academia e os pesquisadores das</p><p>diversas áreas estão produzindo. Contudo, tal produção se dá em uma lingua-</p><p>gem de difícil compreensão para aqueles que estão fora do nicho especializado,</p><p>que não compreendem jargões, sistemas de classificação e expressões muito</p><p>técnicas. Nesse contexto, a transposição didática “[...] é um ‘instrumento’</p><p>pelo qual analisamos o movimento do saber sábio (aquele que os cientistas</p><p>descobrem) para o saber a ensinar [...] (aquele que realmente acontece em sala</p><p>de aula)” (POLIDORO; STIGAR, 2009, documento on-line).</p><p>Em sua dissertação de mestrado, Souza (2018) atuou junto a professores do</p><p>ensino básico, entrevistando-os e questionando-os sobre as relações entre o</p><p>fazer acadêmico e o fazer do professor em sala de aula. Dos depoimentos apre-</p><p>sentados no texto de Souza, pode-se selecionar algumas ideias interessantes:</p><p> manter contato com as pesquisas recentes e permanecer estudando</p><p>(formal ou informalmente) é importante para o professor atualizar o</p><p>seu saber, de forma que possa apresentar e transpor para o seu público</p><p>discente novos conhecimentos e abordagens, renovando os saberes</p><p>escolares;</p><p> os saberes acadêmicos e escolares, embora diferentes, não devem jamais</p><p>estar isolados, mas antes se manter em comunicação;</p><p> na escola, embora em nível diferente, também se produz conheci-</p><p>mento histórico, daí a “[...] importância da autoria no trabalho discente”</p><p>(SOUZA, 2018, documento on-line). A produção escrita da história,</p><p>tanto no âmbito acadêmico quanto no do ensino escolar, resulta em</p><p>“[...] conhecimento histórico empreendido em ação” (PENNA, 2013</p><p>apud SOUZA, 2018, documento on-line).</p><p>Outra ideia que aparece ao longo do texto é o reconhecimento de que a</p><p>história ensinada na academia e a ensinada na escola não são a mesma coisa,</p><p>mas possuem uma “relação inexorável” (SOUZA, 2018, documento on-line);</p><p>portanto, o diálogo entre elas deve ser constante. Com relação à transposição</p><p>A prática de ensino em História Antiga6</p><p>de conhecimentos da academia para a escola, um professor entrevistado por</p><p>Souza (2018) considera que o docente deve utilizar os conhecimentos acadê-</p><p>micos para instrumentalizar-se de forma a produzir um novo conhecimento.</p><p>Ele deve utilizar-se da didática necessária para transpor esses conhecimentos</p><p>para o seu público, atendendo a demandas específicas das escolas e de suas</p><p>diferentes realidades. Considere o seguinte:</p><p>A aprendizagem que é produzida pelo professor em conjunto com sua turma não</p><p>corresponde à “[...] transposição verticalizada do conhecimento das ciências</p><p>de referência”, mas a uma sobreposição de saberes que serão mobilizados e</p><p>assimilados</p><p>e que produzirão uma interpretação local desse conhecimento</p><p>(SOUZA, 2018, documento on-line).</p><p>Os elementos elencados apontam para a importância de se manter um</p><p>vínculo entre o saber acadêmico e o saber produzido em sala de aula, sem</p><p>hierarquizá-los. A ideia é reconhecer em cada um sua peculiaridade e sua</p><p>importância, demonstrando também que a ponte construída a partir da trans-</p><p>posição didática é um elemento essencial para a produção do saber escolar,</p><p>permeado por interpretação local dos conhecimentos históricos. Nesse sentido,</p><p>Souza (2018, documento on-line) rejeita “[...] uma oposição binária entre a</p><p>escrita historiográfica e o ensino da disciplina escolar História, reconhecendo</p><p>que ambas as operações envolvem um processo de autoria, ainda que atendam</p><p>a objetivos diversos”.</p><p>Silva e Gonçalves (2015) levantam uma questão que pode impactar esse</p><p>processo de transposição: a divisão dos cursos de história, que resulta em</p><p>diferentes aprendizados e pode causar algumas dificuldades. Veja:</p><p>A figura do professor–pesquisador é outro ponto de discussão, pois, atu-</p><p>almente, nos cursos de graduação em História existe uma separação entre</p><p>licenciatura e bacharelado, o que forma de um lado professores e de outro</p><p>pesquisadores. O que resulta em uma visão hierarquizada, em que a pes-</p><p>quisa seria superior ao ensino, contribuindo para um distanciamento entre</p><p>as duas práticas. A interligação entre pesquisa e ensino é fundamental para</p><p>a produção de saberes históricos, reflexões e métodos. E estes influenciam</p><p>na boa formação dos professores, sobre o ensino de história e, consequen-</p><p>temente, no aprimoramento da cognição histórica (SILVA; GONÇALVES,</p><p>2015, documento on-line).</p><p>7A prática de ensino em História Antiga</p><p>O estudo da História Antiga apresenta uma série de requisitos específicos:</p><p> a questão das línguas mortas;</p><p> a dependência de fontes escritas (primárias) literárias, paleográficas e di-</p><p>plomáticas distantes no tempo, que necessitam de tradução de qualidade;</p><p> a dependência de outras fontes (escritas ou não), como fontes arqueo-</p><p>lógicas, epigráficas, numismáticas, iconográficas, etc.</p><p>Por conta disso, a transposição didática se torna um elemento essencial</p><p>para que os alunos possam compreender do que se fala (objeto, contexto,</p><p>temporalidade). Muitas vezes, a dificuldade da transposição se dá pela falta</p><p>de conhecimento sobre esses elementos.</p><p>Um dos objetivos da transposição didática é democratizar o conhecimento,</p><p>simplificando termos de forma que se tornem inteligíveis para estudantes do</p><p>ensino básico. Num mundo onde a informação deixou de ser exclusividade de</p><p>alguns e está disponível em grande quantidade — embora, infelizmente, nem</p><p>sempre com tão grande qualidade —, o professor precisa utilizar estratégias</p><p>diversas para interessar os alunos e compartilhar conhecimentos de qualidade,</p><p>ensinando a separar o joio do trigo, mas o fazendo em linguagem palatável e</p><p>compreensível. Assim, o professor busca, junto a fontes autorizadas do saber</p><p>científico, o conhecimento que transpõe para o âmbito do saber escolar.</p><p>A seguir, veja algumas das estratégias que podem ser utilizadas na trans-</p><p>posição didática.</p><p> Uso de mapas: em papel, no globo terrestre/mapa mundi, em ambientes</p><p>digitais, estáticos ou dinâmicos, em suas diversas temáticas.</p><p> Uso da linha do tempo: para várias temporalidades (por períodos,</p><p>dentro de períodos, em longa ou curta duração).</p><p> Uso de iconografia: na apresentação e no desenvolvimento de temas</p><p>diversos, demonstrando a série de informações que podem estar contidas</p><p>em uma imagem ou em um objeto.</p><p> Uso de filmes, vídeos e documentários: sobre temas da Antiguidade</p><p>e fazeres de ciências como a arqueologia e a paleografia.</p><p> Uso de textos: livros de autores antigos, reportagens sobre assuntos da</p><p>Antiguidade, jornais e revistas de ensino de história.</p><p> Uso de tecnologia de diversos tipos: incluem-se jogos educacionais</p><p>criados especificamente para o ensino da história.</p><p>A prática de ensino em História Antiga8</p><p> Apresentação e reprodução de iconografias e construção de maque-</p><p>tes: sistemas hidráulicos de irrigação, teatros de guerra, mobilidades de</p><p>fronteiras, rotas de comércio e navegação, estilos de vestimentas, etc.</p><p> Uso de trabalho de campo: visitas a museus, sambaquis, arquivos e</p><p>bibliotecas.</p><p> Uso de livros didáticos: atualizados e de boa qualidade (conteúdo/</p><p>técnica).</p><p>É impossível precisar qual entre as estratégias citadas é a melhor em cada</p><p>caso. A escolha depende de uma série de fatores que, conjugados, levam à</p><p>decisão final dos professores. Cada uma das opções tem seus benefícios para a</p><p>efetiva transposição didática deste ou daquele tema ou período. Contudo, algu-</p><p>mas opções estratégicas podem não estar disponíveis em determinados locais</p><p>ou não ser exequíveis conforme as condições dos estabelecimentos de ensino.</p><p>Para o ensino de história, em especial da História Antiga, você também pode</p><p>recorrer a técnicas de aprendizagem ativa e ensino híbrido. Polidoro e Stigar</p><p>(2009) citam a proposta de Ernest Lavisse quanto ao uso da metodologia de</p><p>memorização ativa como forma de levar o aluno a associar imagem e escrita.</p><p>Esse método, em especial se conjugado às estratégias sugeridas anteriormente, é</p><p>de grande auxílio tanto para a transposição didática quanto para o aprendizado</p><p>e a construção de conhecimento nas escolas (POLIDORO; STIGAR, 2009).</p><p>Iconografia e cartografia</p><p>A iconografi a e a cartografi a são duas disciplinas que auxiliam muito a prática</p><p>de ensino, principalmente no que tange ao ensino da Antiguidade. Entre outros</p><p>benefícios, elas facilitam a compreensão a partir da visualização dos traços</p><p>sociais, culturais e religiosos das sociedades antigas. Além disso, a cartogra-</p><p>fi a, em especial, permite perceber os espaços territoriais reais e os espaços</p><p>imaginativos que os antigos consideravam existir e conformar o mundo.</p><p>A iconografia (eikon significa “imagem”, e graphia, “escrita”) é o estudo</p><p>dos assuntos representados por imagens, obras de arte (pintura, escultura, alto</p><p>e baixo relevo, gravuras, etc.) e seus significados simbólicos a partir de uma</p><p>leitura estética. Já a iconologia é uma ciência, um ramo da iconografia, que</p><p>volta-se para uma prática interpretativa mais profunda que abrange o contexto</p><p>histórico, sociológico e cultural da imagem (ICONOGRAFIA, [2019]; 2017).</p><p>9A prática de ensino em História Antiga</p><p>Por meio da iconografia e da iconologia, pesquisadores de diversas áreas</p><p>e historiadores têm desvendado a história, descobrindo nos traços, materiais</p><p>utilizados, estilos e conteúdos imagéticos uma série de conhecimentos sobre as</p><p>estruturas mentais, culturais, sociais, políticas e tecnológicas da Antiguidade.</p><p>Em sala de aula, o uso da iconografia e da iconologia permite uma apreensão</p><p>visual do todo e de detalhes pelos alunos. Isso auxilia não só a compreensão</p><p>do que se ensina, mas igualmente a memorização. Assim, é possível sair do</p><p>território da abstração.</p><p>O mesmo se dá com relação à cartografia ([2019]), uma técnica relacionada</p><p>ao estudo e ao traçado das cartas geográficas. Ela é também uma ciência que</p><p>faz parte da grande da área da geografia. Nesse sentido, ela é responsável por</p><p>analisar representações planas de áreas tanto no que tange aos aspectos naturais</p><p>quanto aos artificiais. Ela também se refere aos estudos detalhados de mapas.</p><p>Nos estudos históricos, seja no âmbito acadêmico ou em sala de aula, o</p><p>uso da cartografia permite a geolocalização dos lugares citados, a observação</p><p>das mudanças nos limites territoriais, a compreensão de migrações e mesmo</p><p>o acompanhamento de mudanças geológicas mais recentes e de seus efeitos</p><p>sobre a humanidade. Mais importante do que isso, em sala de aula, a cartografia</p><p>permite que os alunos obtenham uma visão tanto global (mapa múndi) quanto</p><p>regional das zonas onde ocorreram os fatos históricos abordados.</p><p>A utilização de mapas em sala de aula permite desenvolver percepções e</p><p>levantar questões muito além da mera territorialidade. Afinal, os mapas</p><p>são</p><p>documentos e fontes, e como tal devem ser apreciados. Eles testemunham o</p><p>passado, as relações entre os povos, os fluxos e refluxos territoriais e popu-</p><p>lacionais. A sua forma de produção pode revelar quais tecnologias estavam</p><p>disponíveis para a sua confecção, que olhar sobre o mundo seus realizadores</p><p>lançaram, a sua função, a mensagem que oferecem a respeito do mundo e</p><p>para quem é dirigida, etc.</p><p>Considere este exemplo prático: o Périplo do Mar Eritreu (Periplus Maris</p><p>Erythraei) descreve uma viagem e funciona como um guia de navegação e</p><p>comércio. Ele foi elaborado provavelmente por um comerciante egípcio, acre-</p><p>dita-se que entre os séculos I e III, e descreve as oportunidades de navegação</p><p>e comércio dos portos egípcio-romanos ao longo da costa do Mar Vermelho,</p><p>da África Oriental e da Índia. Ele contém 66 capítulos e algumas descrições</p><p>bastante precisas. Um mapa atual desenhado a partir desses dados permite</p><p>não apenas verificar as divisões territoriais, mas revela as rotas comerciais</p><p>em uso, os portos mais importantes e as mercadorias comercializadas.</p><p>A prática de ensino em História Antiga10</p><p>Da mesma forma que as informações do Périplo permitem a construção</p><p>de um mapa de navegação e comércio, no sentido inverso, os mapas podem</p><p>conter uma série de informações para quem sabe lê-los. Veja:</p><p>os mapas apresentam uma profunda relação entre os fenômenos de ordem</p><p>política, econômica, tecnológica e cultural dos diversos países. Independen-</p><p>temente das suas fronteiras e das diferenças linguísticas, étnicas e culturais,</p><p>os mapas marcam um determinado tempo e impõem desafios empíricos,</p><p>teóricos e metodológicos, sobretudo às disciplinas escolares que pretendem</p><p>dar conta desse objeto (PINA, 2017, documento on-line).</p><p>As fontes iconográficas e da cartografia são ferramentas estratégicas que</p><p>auxiliam muito o professor em sua prática. Além disso, auxiliam os alunos em</p><p>seu aprendizado da história. Segundo Pina (2017, documento on-line), os mapas</p><p>podem ser utilizados a partir de duas perspectivas: a “[...] da compreensão</p><p>da espacialidade das relações humanas” e “[...] como fonte de construção de</p><p>conhecimento histórico”. Naturalmente, é necessário adicionar às imagens</p><p>uma contextualização, bem como as devidas explicações sobre os processos</p><p>relativos à sua construção, à sua temporalidade, à sua finalidade, etc.</p><p>A seguir, veja alguns itens que devem ser pontuados com os alunos no</p><p>trabalho com mapas.</p><p> Fronteiras não são naturais, mas politicamente construídas. Muitas</p><p>vezes, resultam de guerras de conquista, de migrações, de compras de</p><p>território (caso de Acre), de acordos entre as partes (caso da África), de</p><p>desastres naturais ou de decisões de órgãos específicos, como a ONU</p><p>(caso do Estado de Israel moderno). Em alguns casos, as determinações</p><p>das fronteiras são alheias aos desejos da própria população local. Um</p><p>exemplo próximo e atual diz respeito à divisão política realizada pelos</p><p>europeus na África, que não levou em consideração as populações,</p><p>etnias e culturas. Essas divisões territoriais forçadas ou acordadas</p><p>ocorreram durante toda a história. Na Antiguidade, estiveram presentes</p><p>na constituição primária dos territórios dos povos, em suas expansões,</p><p>contenções, migrações, nas conquistas e nas perdas relativas às guerras,</p><p>aos fenômenos da natureza, às doenças, etc. Quando se trabalham as</p><p>deportações do Império Assírio, o êxodo e o exílio dos judeus, a expan-</p><p>são do Império Romano e as invasões bárbaras, por exemplo, para além</p><p>das mudanças nas fronteiras, é necessário atentar às modificações de</p><p>11A prática de ensino em História Antiga</p><p>cunho político, social, cultural e religioso, bem como às transformações</p><p>no acesso a matérias-primas, o que influencia as diversas formas de</p><p>trabalho. Tudo isso pode ser indicado pelos mapas. Da mesma forma,</p><p>as iconografias podem reunir representações dos fatos e costumes, da</p><p>cultura, da tecnologia e da matéria-prima acessível.</p><p> Mapas apresentam muito mais do que apenas divisões territoriais.</p><p>Conforme as suas temáticas, eles discorrem sobre: clima, vegetação,</p><p>relevo, produção (agropecuária, mineral, extrativista, industrial, artesa-</p><p>nal, energética), demografia, hidrografia, etc. Assim, podem servir de</p><p>guia introdutório ou referencial para estudos sobre cultura, sociedade,</p><p>economia e desenvolvimento tecnológico. Por meio deles, é possível</p><p>atentar para dados e fatos que muitas vezes, entre tantos temas dos</p><p>estudos históricos, passam despercebidos.</p><p> Mapas de antigas batalhas apresentam não apenas os espaços onde</p><p>foram travados os conflitos, mas as táticas e estratégias utilizadas.</p><p>As iconografias sobre as batalhas revelam também as diferentes cul-</p><p>turas e estruturas militares, os armamentos disponíveis e as técnicas</p><p>utilizadas (não só durante a batalha, mas depois dela, para narrá-la).</p><p>Esses elementos podem colocar em pauta não somente propaganda de</p><p>guerra, domínio e terror, mas, igualmente, aspectos religiosos/sagrados</p><p>e a “natureza ritual dos artefatos” (REDE, 2018, documento on-line).</p><p> Cartografias antigas expressam uma visão de mundo, oferecendo in-</p><p>formações sobre a forma e a espacialidade dos lugares, a sua criação</p><p>e a sua organização. Ou seja, cada mapa indica como a sociedade que</p><p>o criou vê espacialmente o mundo.</p><p>Letona ([2019], documento on-line) defende que o estudo cartográfico</p><p>permite evidenciar:</p><p>[...] que as representações cartográficas são elaboradas sob a influência do</p><p>contexto em questão e portanto refletem a cultura e as ideias de sua época,</p><p>assim podemos concluir que por mais que uma concepção cartográfica seja</p><p>considerada como objetiva em sua época, esta objetividade pode ser ques-</p><p>tionada, sendo esta observação válida não só para a antiguidade e para o</p><p>medievo, como também para o período contemporâneo.</p><p>Entre as estratégias que podem ser utilizadas para incluir a cartografia e</p><p>a iconografia no universo do alunado, estão as listadas a seguir.</p><p>A prática de ensino em História Antiga12</p><p> Solicitação de pesquisa com posterior explicação dos conteúdos dos</p><p>ícones ou mapas (ou o inverso: explanação e posteriores explicação,</p><p>pesquisa e debate).</p><p> Uso das imagens em diversos suportes: fotos, filmes, papel, etc.</p><p> Tabalho de constituição de mapas em sala de aula a partir de dados</p><p>históricos de um ou vários textos de forma individual, em grupos ou</p><p>em conjunto com toda a turma. Alguns sites e aplicativos têm auxiliado</p><p>muito nisso. É o caso do QGIS, “um Sistema de Informação Geográfica</p><p>(SIG) de Código Aberto licenciado segundo a Licença Pública Geral</p><p>GNU”. Entre outras coisas, o QGIS permite georreferenciar posições</p><p>da mapas antigos para latitudes e longitudes atuais, auxiliando tanto na</p><p>reconstrução dos mapas como na localização de comunidades históricas</p><p>“perdidas” ou cuja existência não havia sido confirmada.</p><p> Descrições de imagens antigas, o que promove interessantes desco-</p><p>bertas em sala de aula. É possível, por exemplo, trabalhar símbolos (e</p><p>seus variados significados no tempo e no espaço), costumes, moda,</p><p>propaganda, etc. Isso pode ser utilizado como estratégia tanto para se</p><p>conhecer uma mesma imagem ou mapa quanto para a comparação entre</p><p>produções descontextualizadas temporal ou geograficamente. Assim,</p><p>é possível acompanhar progressões históricas e tecnológicas a partir</p><p>da iconografia e da cartografia.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular: educação é a base.</p><p>Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum. mec.gov.br/wp-content/</p><p>uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais da educação básica.</p><p>Brasília: MEC, 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_</p><p>docman&view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-</p><p>--pdf&Itemid=30192. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>CANELLAS, A. M. instituições do sistema político: importância para a cidadania. In:</p><p>FNTTAA. [S. l.: s. n.], 2018. Disponível em:</p><p>http://fnttaa.org.br/website/mais/artigos-e-</p><p>-opinioes/2152-istituicoes-do-sistema-politico-importancia-para-a-cidadania. Acesso</p><p>em: 22 ago. 2019.</p><p>13A prática de ensino em História Antiga</p><p>CARTOGRAFIA. In: SIGNIFICADOS. [S. l.: s. n., 2019]. Disponível em: https://www.signifi-</p><p>cados.com.br/?s=cartografia. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>ICONOGRAFIA. In: SIGNIFICADOS. [S. l.: s. n., 2019]. Disponível em: https://www.signifi-</p><p>cados.com.br/iconografia/. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>ICONOGRAFIA. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural. [S. l.: s. n], 2017. Disponível em: https://</p><p>enciclopedia.itaucultural.org.br/termo101/iconografia. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>LETONA, M. O uso da cartografia no ensino de história antiga. Porto Alegre: UFGRS, [2019].</p><p>Disponível em: www.ufrgs.br/antiga/letona_cartografia.html. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>MONTEIRO, A. M. F.C. A história ensinada: algumas configurações do saber escolar.</p><p>História & Ensino, v. 9, out. 2003. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.</p><p>php/histensino/article/viewFile/12075/10607. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>MORAN, J. Educação híbrida um conceito-chave para a educação, hoje. In: BACICH, L.;</p><p>TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. de M. (org.). Ensino híbrido: personalização e tecnologia</p><p>na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.</p><p>PINA, C. T. Os mapas e o ensino de história. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL HISTÓRIA DO</p><p>TEMPO PRESENTE. 3., 2017. Anais [...]. Florianópolis, 2017. Disponível em: http://ciberteo-</p><p>logia.paulinas.org.br/ciberteologia/wp-content/uploads/ 2009/12/02A-transposicao-</p><p>-didatica.pdf. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>POLIDORO, L. de F.; STIGAR, R. A transposição didática: a passagem do saber científico</p><p>para o saber escolar. Ciberteologia, v. 6, 2010. Disponível em: http://ciberteologia.pau-</p><p>linas.org.br/ciberteologia/wp-content/uploads/ 2009/12/02A-transposicao-didatica.</p><p>pdf. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>REDE, M. Imagem da violência e violência da imagem guerra e ritual na Assíria (séculos</p><p>IX-VII a.C.). Varia Historia, v. 34, n. 64, jan./abr. 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/</p><p>pdf/vh/v34n64/0104-8775-vh-34-64-0081.pdf. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>SILVA, L. L. T.; GONÇALVES, J. W. O ensino de história antiga: algumas reflexões. In:</p><p>SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA. 28., 2015. Anais [...]. Florianópolis, 2015. Disponível</p><p>em: http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1434418680_ARQUIVO_OEN-</p><p>SINODEHISTORIAANTIGA.anpuh.doc,p.pdf. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>SOUZA, J. G. Como ensinar história? Uma análise da prática e da experiência docente</p><p>através de relatos de professores. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação</p><p>em História Social, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,</p><p>2018. Disponível em: http://ciberteologia.paulinas.org.br/ciberteologia/wp-content/</p><p>uploads/ 2009/12/02A-transposicao-didatica.pdf. Acesso em: 22 ago. 2019.</p><p>A prática de ensino em História Antiga14</p><p>Dica do professor</p><p>A cartografia é uma arte e uma ciência que proporciona a composição de um excelente</p><p>instrumento, não somente para o uso no sentido geográfico da localização de determinados pontos</p><p>no globo terrestre. Com seus produtos, como mapas e cartas náuticas, por exemplo, ela é um</p><p>precioso auxiliar pedagógico no ensino da História. Para além de ilustrações, são também fontes</p><p>históricas a serem inquiridas e interpretadas.</p><p>Na Dica do Professor, você vai conhecer a cartografia, os mapas e suas variedades, tipos de</p><p>informação e conteúdo que podem auxiliar o ensino da História Antiga em sala de aula, tanto como</p><p>georreferenciadores quanto como documentos. Você também verá como os antigos imaginavam e</p><p>representavam o mundo a partir de suas culturas e dos conhecimentos e das tecnologias de que</p><p>dispunham e como esse conhecimento evoluiu com o passar do tempo.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/c2b56253f901cfb5f6bef682b09e0946</p>

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