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<p>Teoria Geral do</p><p>Para entender direito civil é necessário entender o que é Direito. Bem Direito tem várias acepções</p><p>sendo uma expressão polissêmica. O Direito pode ser uma norma jurídica, um conjunto de</p><p>regras, um imperativo legal ou até mesmo um molde social. Uma acepção do Direito, por exemplo, é</p><p>a “acepção punitiva” de Kelsen. Norberto Bobbio, em outro aspecto, acredita num direito “premial”,</p><p>que presenteia as pessoas por agirem corretamente.</p><p>A forma vulgar de defini-lo seria: o conjunto de normas subjetivas que regulam o contato</p><p>intersubjetivo entre os indivíduos, com foco na palavra intersubjetiva, pois de fato o Direito é</p><p>advindo das relações humanas. Aqui se faz relevante a frase “ubi societas, ibi jus”, ou seja, onde</p><p>existe sociedade existe direito, isso é, o Direito é criado partir da necessidade de regras, algo que é</p><p>advindo necessariamente das relações sociais.</p><p>O Direito Jurídico repousa em um tripé:</p><p>: O fato tem duas dimensões; O fato físico e o fato jurídico. O mundo é um só, porém</p><p>existe é que alguns fatos que são coloridos pelo Direito e outros não. Aqueles que são</p><p>coloridos se enquadram como fatos jurídicos. Exemplo: Uma árvore que cai na floresta</p><p>é apenas um fato, já uma árvore que cai numa propriedade privada é um fato jurídico afinal</p><p>ela gerou dano ao patrimônio de alguém, e a consequência da queda é prevista em norma.</p><p>: Valor é o papel da filosofia, ela valora os fatos em caráter, por exemplo, de</p><p>justiça. O direito não é apenas a dogmática jurídica, ele é também a filosofia. Nessa</p><p>instância é necessário lembrar que o valor não é capaz de concretizar um fato como</p><p>jurídico.</p><p>: A norma é regra e princípio, sendo as regras representadas pelas leis postas,</p><p>o direito positivado, e os princípios que são normas de caráter aberto. A norma é aquela</p><p>que concretiza o fato jurídico.</p><p>EXEMPLO: Art. 548 do CC: “É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou</p><p>renda suficiente para a subsistência do doador”. Neste caso, o fato seria a circunstância de</p><p>alguém querer realizar a doação de seus bens a outrem, sem reservar o suficiente a sua</p><p>subsistência. O valor que a lei tutela, no caso, é o valor vida, que visa impedir um fato</p><p>anormal que viria a coloca-lo em perigo. A norma, expressa um dever jurídico: não realizar</p><p>a doação sem reservar parte para a própria subsistência.</p><p>Teoria Geral do</p><p>A classificação de separa o Direito Público do Direito Privado começa na Roma antiga onde o direito</p><p>público era a aquilo que envolvia o Estado e o Privado era tudo aquilo que não envolvia com o</p><p>tempo essa noção passou a evoluir. A nova ideia de direito público é que ele repousa onde existe</p><p>interesse público e o direito privado é onde o interesse público é ausente. Porém, o Estado, com o</p><p>tempo, passou a atuar em áreas do Direito Privado e ao mesmo tempo se afastar de áreas</p><p>Públicas. Com isso, muitos doutrinadores passam a inferir que existiu uma “privatização” do Direito</p><p>público e uma “publicização” do Direito privado.</p><p>A participação do Estado no meio privado é algo que se faz evidente sabendo que a sociedade é</p><p>por vezes intolerante e acaba por fazer decisões particulares serem de interesse público, afinal a</p><p>partir da constituição de 1988 o Estado se torna requerido a se “meter” em lugares privados para</p><p>proteger o individuo, ao exemplo da Lei da Palmada.</p><p>Porém a ideia que isso é uma publicização do Direito Privado é discutível. Paulo Lôbo, diz que o</p><p>Estado pode participar do Direito Privado e isso não deixa de ser Direito Privado. Quando o</p><p>Estado participa, por exemplo, no intuito de proteção do vulnerável ele não está na condição de</p><p>parte somente está lá para proteger o indivíduo o que significa que o Direito continua sendo privado.</p><p>O estado pode também aparecer na situação de parte, mas sem estar na condição de Estado como</p><p>em situações em que ele é locatário de algum espaço privado.</p><p>A ideia do Direito Privado, então, não é a condição de não ter o Estado participando ou não existir</p><p>interesse público, o Direito Privado se define pelos seus fundamentos. O Direito Público se</p><p>fundamenta nos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e ciência (eu</p><p>só faço aquilo que a lei permite), enquanto o Direito Privado é fundamentado no princípio da</p><p>autonomia, ou seja, são “negociações” (eu faço tudo que a lei não proíbe, porém sem abusos de</p><p>seus direitos como aplica Stuart Mills).</p><p>Existem vários direitos privados:</p><p> Empresarial/Comercial</p><p> Trabalho</p><p> Consumidor</p><p> Civil</p><p>O direito privado vem sofrendo, no entanto, uma decodificação e eventual ramificação de</p><p>suas partes, para melhor compreensão de seu conteúdo. Um resultado da descodificação do</p><p>direito privado são os microssistemas que são formados (Ex: Código do Consumidor) esses</p><p>vão juntar conteúdos esparsos sobre um tópico em um lugar só, o problema é que isso, muitas</p><p>vezes, não leva em conta as leis extravagantes (aquelas que extravasam os microssistemas).</p><p>A HISTÓRIA DO ESTADO FOI MARCADA EM UMA CONSTANTE TENTATIVA DE</p><p>BALANCEAR OS DOIS LADOS (SEGURANÇA E LIBERDADE)</p><p>O sociólogo Zygmunt Bauman diz que existimos em um pêndulo de segurança e liberdade, para o</p><p>Estado agir para nossa segurança ele precisa de dinheiro em forma de impostos, esses que privam</p><p>nossa liberdade, liberdade a qual precisa de segurança para ser garantida. A sociedade, então, irá</p><p>escolher o que prefere que seja garantido.</p><p>Estado Absoluto: O poder ficava na mão de uma pessoa em um Estado que protegia</p><p>apenas seu governante, nesse Estado não se garantia liberdade ou segurança para o cidadão</p><p>apenas para a pessoa que estava no poder. A constituição foi um instrumento que limitou o</p><p>Estado, para garantir a liberdade e a segurança não só para o governador.</p><p>Estado Liberal: O estado estabelecido pela Rev. Francesa era um estado de liberdades</p><p>e garantia de propriedade, esse, é dividido em dois momentos o primeiro positivo que nos garantiu</p><p>a conquista de diversas liberdades, o problema que surgiu então com o segundo momento que foi</p><p>marcado pela exploração das liberdades especialmente quando se passa a valorizar o “ter” sobre</p><p>“ser”, nisso, o poder patrimonial passa então a se sobrepor a valores humanos. A</p><p>patrimonialização e desumanização foram o maior problema do Estado Liberal, como</p><p>representado no incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist (8 de março).</p><p>Estado Social: No estado social faz uma crítica ao processo de livre inciativa onde se tem</p><p>relações de injustiça, nisso, ele crítica a não-defesa do Estado pelas pessoas vulneráveis. O</p><p>que define ele é então a mão visível do Estado que passa a garantir a repersonalização. No Brasil</p><p>isso ocorreu especificamente a partir da constituição cidadã de 1988.</p><p>Estado Pós-Social: É o Estado neoliberal que atreves de privatizações passa de ser um</p><p>estado regularizador, ou seja, o estado não deixa de ter uma mão visível somente altera a sua</p><p>função e passa a agir em um Estado mais enxuto, é um processo de despatrimonialização.</p><p>A ideia de constitucionalização do direito privado</p><p>Essa ideia vem de Pietro Perlingieri, que inicia seus trabalhos nos anos 70. No Brasil isso começa</p><p>na “Virada de Copérnico” que foi a constituição cidadã de 1988, isso porque tínhamos um Direito</p><p>extremamente patrimonialista que se tornou em 88 em um Direito fundamentado na constituição,</p><p>sendo ele muito mais personalista.</p><p>A constituição federal era tratada como o ápice do ordenamento jurídico público e o código</p><p>civil o ápice do Direito Privado. Com a constituição de 1988 houve uma mudança nessa</p><p>concepção, sendo a constituição o ápice de todo o ordenamento jurídico. A constitucionalização</p><p>do direito privado foi então um método desenvolvido de interpretar o direito civil</p><p>infraconstitucional a viés da constituição, além disso, a constitucionalização também faz com</p><p>que seja trazido para a constituição assuntos que antes eram tratados pelo Direito Privado, mas</p><p>pelas sua importância</p><p>são colocados na constituição para que eles não sejam facilmente alterados</p><p>Os valores do código civil</p><p>Os valores não são normas como os princípios, eles são, de fato, orientações:</p><p> Eticidade: A codificação atual preocupou-se precipuamente com a ética e a boa-fé,</p><p>sobretudo com a boa-fé objetiva, aquela que existe no plano da conduta de lealdade dos</p><p>participantes negociais. (Ex: Proibição de “Negócio da China”)</p><p> Socialidade: Código Civil de 2002 distancia-se do caráter individualista da</p><p>codificação anterior. O “nós” prevalece sobre o “eu”. Todos os institutos civis têm função</p><p>social, caso do contrato e da propriedade. Esse valor visa que tudo tem além de um efeito</p><p>individual um efeito social, não é apenas a pedra que cai no lago é também as ondas que</p><p>reverberam.</p><p> Operabilidade: O princípio tem dois sentidos. Primeiro, o de simplicidade dos</p><p>institutos jurídicos, como ocorreu com a prescrição e decadência. Segundo, o de</p><p>efetividade, por meio do sistema de cláusulas gerais e conceitos indeterminados adotado</p><p>pela atual codificação.</p><p>Teoria Geral do</p><p>SUJEITO DO DIREITO: Todo e qualquer ente em que se atribui direitos e deveres. Dessa forma,</p><p>um sujeito de direito pode ser um ser humano, uma fundação, um condômino e outros entes,</p><p>afinal, nem todos os sujeitos são pessoas. Toda pessoa é sujeito, mas nem todo sujeito é</p><p>pessoa.</p><p>O sujeito de direito possui:</p><p> Direitos:</p><p> Deveres: Nem todos os sujeitos têm deveres. O nascituro, por exemplo, não tem deveres.</p><p> Direitos e Deveres:</p><p>CLASSIFICAÇÃO: Um sujeito de direito tem seu direito limitado a sua existência, o sujeito</p><p>personificado não possui limites para seus direitos, dentro do principio de respeitar a existência</p><p>alheia. Um condômino, por exemplo, não pode usar seu dinheiro para investir em “bitcoin”, isso</p><p>porque, o condomínio é limitado a sua própria existência, uma pessoa jurídica como uma empresa</p><p>que administra condomínios, por outro lado, pode exercer seus direitos de investir além de sua</p><p>mera existência.</p><p>A personalidade é, a rigor, um premio do direito, isso é, existe uma regra jurídica que estabelece</p><p>a personalidade (Entendido que no século XXI é inconsiderável existir lei que retire de um</p><p>individuo sua personalidade física, compreendendo assim a ideia de isonomia presente do</p><p>pensamento contemporâneo). A personalidade sempre é jurídica sendo ela um fato jurídico, mas a</p><p>pessoa pode ser física e jurídica.</p><p> Sujeitos de Direitos Personificados: Ele recebe personalidade pode ser uma</p><p>Pessoa Física ou Pessoa Jurídica.</p><p>o A pessoa física é o ser humano nascido com vida, necessariamente.</p><p>o A pessoa jurídica: As pessoas jurídicas são pessoas capazes de exercer</p><p>direito e obrigações, mas são pessoas coletivas porque são formadas por um</p><p>grupo de pessoas físicas. Falar sobre pessoa jurídica é falar sobre autonomia</p><p>patrimonial e personalidade jurídica própria.</p><p> Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: (I - a União; II -</p><p>os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; III - os Municípios; IV - as</p><p>autarquias, inclusive as associações públicas; V - as demais entidades</p><p>de caráter público, criadas por lei.)</p><p> Art. 44 São pessoas jurídicas de direito privado: (I - as associações; II -</p><p>as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; V - os</p><p>partidos políticos. VI - as empresas individuais de responsabilidade</p><p>limitada.). CNPJ é uma questão de dotação orçamentaria, ele não dita</p><p>quem é uma pessoa jurídica, ao exemplo da Policia Militar que não é</p><p>pessoa jurídica, mas tem CNPJ.</p><p> Sujeitos de Diretos Não-Personificados: É um sujeito jurídico sem personalidade</p><p>jurídica.</p><p> Concepturo; O nascituro é aquele não nasceu, mas já foi concebido, enquanto o</p><p>Concepturo é aquele que ainda não foi concebido, porém já possui direitos. No</p><p>artigo 1799 do CCB existe a possibilidade de deixar herança para um Concepturo,</p><p>isso se depois da morte os pais do Concepturo estiverem vivos e tiverem o filho em</p><p>até dois anos. (Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a</p><p>suceder: I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador,</p><p>desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão;)</p><p> Sociedades não personificadas: São a sociedade em comum</p><p>(Duas ou mais pessoas que se reúnem para um interesse econômico em</p><p>comum sem nenhum socio oculto, porém sem registro) e a sociedade em conta</p><p>de participação (É uma sociedade formal, entre duas ou mais pessoas que se</p><p>reúnem para um interesse econômico em comum, porém o sócio ostensivo é</p><p>sigiloso).</p><p> Espólio: São os direitos e deveres do de cujus que deixa débitos e créditos</p><p>aos seus herdeiros. Não existe herança de dívidas, mas existem dividas adquiridas</p><p>em relação com a herança. Exemplo; Se o de cujus tiver um milhão de reais em</p><p>dívida e quinhentos mil reais de herança os credores ficarão com os quinhentos mil</p><p>reais da herança e ela estará quitada, não poderá se cobrar dos herdeiros algo além</p><p>da herança.</p><p> Herança Jacente: Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro</p><p>legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados,</p><p>ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao</p><p>sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.</p><p> Herança Vacante: Uma herança em que não foi encontrado herdeiros</p><p>os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal,</p><p>se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União</p><p>quando situados em território federal.</p><p> Massa Falida: Quando juiz decreta a falência a pessoa jurídica deixa de</p><p>existir e passa a ser considerado a massa falida. A massa falida está para o(s)</p><p>empresário(os), assim como o espólio está para o de cujus.</p><p> Condomínio: O condomínio é uma divisão de domínio. A lei atribui deveres e</p><p>direitos ao condomínio, mas não atribui personalidade.</p><p>Existem direitos que possuem limites como o direito de expressão e existem direitos que não</p><p>possuem limites, como o direito que impede a tortura ou o direito que impede o racismo.</p><p>O Nascituro é uma pessoa?</p><p> Teoria Natalista: O nascituro adquire personalidade a partir do nascimento com vida</p><p> Teoria Concepcionista: O nascituro adquire personalidade a partir da concepção</p><p>Quando acontece a concepção?: A doutrina médica acredita que a concepção se da no</p><p>momento da nidação (fixação do espermatozoide na parede uterina)</p><p>Quando acontece o nascimento?: A doutrina médica acredita que o nascimento é “nativivo”</p><p>quando ele respira.</p><p> O CÓDIGO CIVIL</p><p>Art. 2º: A personalidade civil do ser humano começa do nascimento com vida; mas a lei</p><p>põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.</p><p> STJ</p><p>Acentua a condição de pessoa do nascituro, sendo nascituro o feto concebido em vida</p><p>intrauterina.</p><p>Personalidade: Pessoa pra o direito é quem adquire personalidade. Toda</p><p>personalidade será jurídica? Bem, a personalidade é um fato jurídico, porém existem pessoas</p><p>físicas e pessoas jurídicas.</p><p> Hans Kelsen: Só existe pessoa jurídica</p><p> Pontes de Miranda: Existe pessoa jurídica e pessoa física</p><p>PESSOA</p><p>Natural ou de Existência Física: Pessoa independente de forma humana (deformidades)</p><p>e de viabilidade. Depende da Teoria:</p><p> Na Natalista: nascimento com vida = respiração</p><p> Na Concepcionista: concepção = nidação</p><p> Na da personalidade condicional = desde a concepção, mas com condição suspensiva ao</p><p>nascimento</p><p>Teoria Geral do</p><p>c</p><p>PESSOA</p><p>Natural ou de Existência Física: Pessoa independente de forma humana (deformidades)</p><p>e de viabilidade. Depende da Teoria:</p><p> Na Natalista: nascimento com vida = respiração</p><p> Na Concepcionista: concepção = nidação</p><p> Na da personalidade condicional = desde a concepção, mas com condição suspensiva ao</p><p>nascimento.</p><p>Jurídica: Depende da natureza</p><p> Se de direito privado: registro dos atos constitutivos</p><p> Se de direito público interno: criação por norma jurídica</p><p>Pessoa</p><p>natural</p><p>Visto que a pessoa natural é um ser humano vivo que tem sua personalidade mantida até a morte,</p><p>em momento que essa irá cessar. A questão levantada é como irá se exercer essa personalidade,</p><p>para entender isso é necessário compreender a noção de capacidade isso é:</p><p>CAPACIDADE CIVIL PLENA: É a condição de nós gerirmos a nossa própria pessoa e o</p><p>nossos bens, por exemplo, os indivíduos de 18 anos de idade não iram possuir um curador e terão a</p><p>autogestão do próprio corpo e patrimônio, dessa forma, caso uma pessoa de 18 anos decida doar</p><p>sangue este pode o fazer, porém um adolescente de 17 não pode simplesmente fazer isso sem a</p><p>autorização dos pais.</p><p> Capacidade de Direito ou Gozo: A capacidade de ter direitos e de ter deveres,</p><p>essa capacidade é algo que qualquer sujeito de direito possuí. Por exemplo, um menor de 6</p><p>anos de idade tem direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à</p><p>profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e</p><p>comunitária, além de estar a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,</p><p>violência, crueldade e opressão, isso por dever familiar de acordo com Art.227 da</p><p>Constituição Federal.</p><p>o Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.</p><p> Capacidade Processual: Toda pessoa que tem capacidade de estar em juízo, mesmo que</p><p>seja necessário um curador para representar a pessoa.</p><p>o Art. 70º Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade</p><p>para estar em juízo. (CPC)</p><p> Capacidade de Fato ou de Exercício: Delimita quem tem capacidade civil</p><p>plena; A capacidade de fato é pertencente a todas as pessoas naturais exceto aquelas</p><p>previstas nos arts. 3º e 4º do Código Civil. Não se define capacidade, define-se</p><p>incapacidade. A incapacidade pode ser absoluta (Art.3) ou relativa (Art.4):</p><p>o Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil</p><p>os menores de 16 (dezesseis) anos.</p><p>o Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de exercê-los:</p><p>i. Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;</p><p>ii. Os ébrios habituais e os viciados em tóxico;</p><p>iii. Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir</p><p>sua vontade;</p><p>iv. Os pródigos. (A ausência de controle do patrimônio/Patológico)</p><p>Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por</p><p>legislação especial. Esse paragrafo é absurdo, condicionar uma pessoa a</p><p>ter uma capacidade analisada por legislação especial somente por</p><p>diferenças culturais é uma descriminação indubitável. Ademais a legislação</p><p>especial que diz respeito aos indígenas é datada a década de 70 e se</p><p>apresente obsoleta e preconceituosa, especialmente no momento em que se</p><p>estabelece que FUNAI seja tutora dos indígenas, até que esse indígena</p><p>se prove capaz, invertendo assim a presunção de capacidade que prevê</p><p>o código civil.</p><p>Os povos originários brasileiros têm, em algumas tribos, dificuldade de</p><p>compreender a cultura jurídica e, por isso, devem ser protegidos de qualquer</p><p>exploração, mas isso não significa que eles não devem ser dotados de</p><p>capacidade civil e sim que é necessário se estabelecer um sistema de</p><p>proteção as pessoas indígenas, tal qual foi desenvolvido para proteger as</p><p>pessoas com deficiência mentais.</p><p>A capacidade civil plena é igual à capacidade de direito mais a capacidade de fato. A</p><p>incapacidade é a impossibilidade de a pessoa gerir a sua pessoa e seus bens,</p><p>dessa forma, precisa fazê-lo ou através de um representante ou com um</p><p>assistente. O assistente ou representante dos incapazes serão: os pais, tutores (cuidar mais</p><p>educar) e curadores (maiores de idade).</p><p> Os absolutamente incapazes são representados, pois a sua vontade é</p><p>absolutamente irrelevante. Os atos de um absolutamente incapaz sem representação são</p><p>atos nulos</p><p> Os relativamente incapazes são assistidos, pois os relativamente incapazes não</p><p>tem capacidade plena de expressar suas vontades. Os atos de um relativamente incapaz</p><p>sem assistência são anuláveis, tem um prazo para ser avaliado.</p><p>Teoria Geral do</p><p>c</p><p>PESSOA</p><p>Natural ou de Existência Física: Pessoa independente de forma humana (deformidades)</p><p>e de viabilidade. Depende da Teoria:</p><p> Na Natalista: nascimento com vida = respiração</p><p> Na Concepcionista: concepção = nidação</p><p> Na da personalidade condicional = desde a concepção, mas com condição suspensiva ao</p><p>nascimento.</p><p>Jurídica: Depende da natureza</p><p> Se de direito privado: registro dos atos constitutivos</p><p> Se de direito público interno: criação por norma jurídica</p><p>Pessoa natural</p><p>Em tese toda pessoa natural tem capacidade civil plena, essa é a regra, não se define quem tem</p><p>capacidade civil plena define-se quem não tem, desse modo, a capacidade civil plena é capacidade</p><p>que o individuo tem de gerir a sua pessoa e a seus bens.</p><p>Diferente de que se poderia assumir uma pessoa incapaz pode ter deveres e direitos, caso um</p><p>absolutamente incapaz gerar dano a patrimônio de outrem e caso seus responsáveis não sejam</p><p>capazes de arcar e esse menos tiver um patrimônio capaz de arcar com o dano, ele será cobrado.</p><p>Emancipação</p><p>A partir de 10 de janeiro de 2003 a maioridade passa a ser dezoito anos de idade de acordo com o</p><p>Código Civil, nesse caso, é importante lembrar que a capacidade e incapacidade por idade é</p><p>diferentes para diferentes esferas do direito.</p><p>Os emancipados são menores de 18 que são absolutamente capazes por meio de um processo de</p><p>emancipação, é necessário lembrar que a pessoa emancipada não vira maior de idade ela apenas</p><p>c</p><p>c</p><p>passa a ter capacidade civil de gerir sua pessoa e seus bens. A emancipação é algo irrevogável e</p><p>ilimitável, afinal ela diferente da autorização ela dura para sempre.</p><p>Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à</p><p>prática de todos os atos da vida civil.</p><p>Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:.</p><p>I - pela concessão dos pais (voluntária), ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento</p><p>público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se</p><p>o menor tiver dezesseis anos completos; Essa é muito diferente da autorização parental, afinal a</p><p>emancipação é irrevogável e ilimitável. Porém você pode voltar a ser incapaz por outros</p><p>motivos, como se tornar um ébrio eventual, mas os seus pais não poderão voltar atrás na</p><p>emancipação.</p><p>Extrajudicial: Essa é feita por concessão dos pais e é feito em cartório onde se realiza a</p><p>emancipação por meio de um registro (16 anos)</p><p>Judicial: O menor vai requerer judicialmente a sua emancipação, dessa forma será chamado o</p><p>tutor do menor para ser ouvido sobre se ele deve ou não ser emancipado. (16 anos)</p><p>II - pelo casamento; (16 anos). Caso os jovens de 16 anos de idade se casem eles ganham</p><p>com o casamento a emancipação.</p><p> Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de</p><p>ambos os pais (pode ser revogada), ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a</p><p>maioridade civil.</p><p> Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil,</p><p>observado o disposto no art. 1.517 deste Código.</p><p>III - pelo exercício de emprego público efetivo; Só se pode ser nomeado em cargo público com</p><p>18 anos de idade, então esse trecho é inútil. ( : p)</p><p>Lei 8112/90 - Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: V – a </p><p>idade mínima de dezoito anos;</p><p>- pela colação de grau em curso de ensino superior; Isso é extremamente improvável de IV</p><p>acontecer, porém não existe limite de idade para isso.</p><p>- pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde V</p><p>que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.: Quando o</p><p>menor, a partir de 16 anos, tiver um estabelecimento comercial ou uma relação de emprego onde</p><p>possa ter uma economia própria ele pode ser emancipado.</p><p>Morte</p><p>A morte faz parte da dignidade da vida humana, sendo ela parte inevitável na vida, ela marca</p><p>também o fim da personalidade. O direito fala de mais um tipo de morte sendo elas: a real</p><p>(comprovada), presumida (sem corpo).</p><p>Com a fim da personalidade: Os bens e direitos de um falecido transmitem-se imediatamente a</p><p>seus herdeiros no momento da morte, mesmo que ainda não tenha sido feito inventário e partilha. O</p><p>casamento também é finalizado com o fim da personalidade</p><p> : É necessário se ter um corpo morto, se o individuo morrer em um Real</p><p>hospital o médico pode declarar o óbito. Porém caso o indivíduo não morra</p><p>perante atendimento médico, nesse caso o individuo deve ser avaliado por</p><p>mais de um profissional legista (IML e Central de óbitos).</p><p>A declaração de morte depende de um contexto inteiro, nem sempre o fim da</p><p>atividade cerebral significa óbito, deve depender então de um conjunto</p><p>averiguado por profissional de saúde.</p><p>Lei n.º 6.015/73: Art. 77. Nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de</p><p>registro do lugar do falecimento ou do lugar de residência do de cujus, quando o falecimento</p><p>ocorrer em local diverso do seu domicílio, extraída após a lavratura do assento de óbito, em</p><p>vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas</p><p>qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte.</p><p> Presumir é supor que algo existe independentemente de Presumida:</p><p>provas, pelo menos por certo período.</p><p>Não cabe prova. (Consumidor é vulnerável), são Presunção absoluta:</p><p>raros os casos. (juris et juris)</p><p>Presunção Relativa Cabe prova contrária. (juris tantum) :</p><p>Sem declaração de ausência Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem :</p><p>decretação de ausência:</p><p>I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; (Iminente risco de</p><p>morte: Adelir Antônio de Carli).</p><p>II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois</p><p>anos após o término da guerra.</p><p>Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser</p><p>requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data</p><p>provável do falecimento.</p><p>Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a Com declaração de ausência:</p><p>morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de</p><p>sucessão definitiva.</p><p>O ausente é alguém que você não sabe do paradeiro, Declaração de ausência:</p><p>não se sabe por que ela sumiu. Quando do desaparecendo uma pessoa do seu</p><p>domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou</p><p>procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de</p><p>qualquer interessado ou do Ministério Público, declara a ausência, e nomeia</p><p>curador. Existe um prazo de um ano para declaração, depois disso se faz a</p><p>sucessão provisória. Herdeiros necessários não precisam dar garantias para ter</p><p>acesso a sucessão provisória, mas os herdeiros colaterais (A partir do segundo</p><p>grau e testamentário), precisam dar garantias:</p><p>PESSOAIS (Fidejussórias): baseadas na honradez e na boa fama do garantidor.</p><p>É baseada na fidelidade do garantidor em cumprir as obrigações caso o devedor</p><p>não o faça. Nessa garantia, os bens pessoais do garantidor são tomados para o</p><p>cumprimento da dívida do devedor.</p><p>REAIS</p><p>Penhor: Ou seja, um bem móvel é transferido do devedor ao credor como</p><p>garantia do pagamento. Até a quitação, o bem fica em mãos do credor.</p><p>Anticrese: A anticrese é uma das garantias reais em que o devedor transfere a</p><p>posse de bem imóvel para seu credor. Logo após esse ato, os rendimentos do</p><p>imóvel serão usados para o pagamento da dívida. Só para exemplificar: quando há</p><p>um imóvel locado, quem passa a receber o valor do aluguel é o credor até que</p><p>cesse a dívida.</p><p>Hipoteca: Na maioria dos casos, essa transação tem as instituições financeiras</p><p>como credores. Vamos ao exemplo: imagine que uma pessoa possua uma</p><p>propriedade quitada e precisa de crédito financeiro para custear outras obrigações.</p><p>Ela pode pegar o dinheiro no banco e oferecer sua residência como garantia de que a</p><p>dívida será paga.</p><p>10 anos depois se faz uma sucessão permanente, e nisso abre-se um prazo</p><p>de 5 anos e caso o ausente volte ele recebe o patrimônio como ele está.</p><p>Lei n.º 9.140/1995 (morte durante a repressão)</p><p>Art. 4º, inciso I [...]</p><p>b) que, por terem participado, ou por terem sido acusadas de participação, em atividades políticas,</p><p>tenham falecido por causas não-naturais, em dependências policiais ou assemelhadas;</p><p>c) que tenham falecido em virtude de repressão policial sofrida em manifestações públicas ou em</p><p>conflitos armados com agentes do poder público;</p><p>d) que tenham falecido em decorrência de suicídio praticado na iminência de serem presas ou em</p><p>decorrência de sequelas psicológicas resultantes de atos de tortura praticados por agentes do poder</p><p>público;</p><p>Art. 10. [...] § 3º Reconhecida à morte nas situações previstas nas alíneas b a d do inciso I do art. 4º</p><p>desta Lei, as pessoas mencionadas no caput poderão, na mesma ordem e condições, requerer</p><p>indenização à Comissão Especial.</p><p>MORTE DE 2 PESSOAS</p><p>Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum</p><p>dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.</p><p>o Premoriência: Quem morreu primeiro, assunto relevante no momento da sucessão.</p><p>o Comoriência: Morte na mesma hora, não a sucessão entre as pessoas caso elas sejam</p><p>herdeiras diretas.</p><p>Teoria Geral do</p><p>ccc</p><p>PESSOA</p><p>Natural ou de Existência Física: Pessoa independente de forma humana (deformidades)</p><p>e de viabilidade. Depende da Teoria:</p><p> Na Natalista: nascimento com vida = respiração</p><p> Na Concepcionista: concepção = nidação</p><p> Na da personalidade condicional = desde a concepção, mas com condição suspensiva ao</p><p>nascimento.</p><p>Jurídica: Depende da natureza</p><p> Se de direito privado: registro dos atos constitutivos</p><p> Se de direito público interno: criação por norma jurídica</p><p>Pessoa natural</p><p>Em tese toda pessoa natural tem capacidade civil plena, essa é a regra, não se define quem tem</p><p>capacidade civil plena define-se quem não tem, desse modo, a capacidade civil plena é capacidade</p><p>que o individuo tem de gerir a sua pessoa e a seus bens.</p><p>Direitos da Personalidade</p><p>Kant dizia que tudo tem valor, seja economicamente mensurável ou um valor em dignidade, a</p><p>dignidade é um valor sem caráter patrimonial, tudo que se atribui valor, mas não se pode dar preço é</p><p>algo que tem valor de dignidade. O dano moral é um exemplo de algo que não tem caráter</p><p>patrimonial, mas tem valor.</p><p>O direito de personalidade é inato ao ser-humano, não sendo relacionado, no entanto, ao direito</p><p>natural, ele é inato porque ele nasce com o ser humano e é básico para sua existência. A ideia de</p><p>ser humano é vinculada a dignidade da pessoa humana. Não se pode então restringir os</p><p>direitos de personalidade à apenas situações positivamente afirmadas, muitas vezes aparecem</p><p>situações novas sobre os direitos de personalidade. Ele também não é restrito as características do</p><p>código civil.</p><p>c</p><p>c</p><p>Definição e Características:</p><p>Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são</p><p>intransmissíveis e irrenunciáveis, (Não é apenas isso) não podendo o seu exercício sofrer</p><p>limitação voluntária.</p><p> Absolutos: Ou seja, ele não sofre restrições, por exemplo, um criminoso condenado não tem</p><p>menos honra que outro alguém. Não existe restrição para que pessoa A,B ou C tenha mais</p><p>honra ou mais direito a vida. Os efeitos dos Direitos, no entanto, podem ser restringidos.</p><p> Gerais: Não se pode restringir a personalidade e os direitos de personalidade a uma parcela</p><p>da população, afinal não se é permitido retrocesso social. Não se pode afirmar em nenhum</p><p>momento que uma parcela social tem mais direitos do que outra, afim de não se caber o</p><p>retrocesso social.</p><p> Indisponíveis: Ou seja, eu</p><p>não tenho como dispor dos meus direitos, diferente de uma</p><p>propriedade que pertença a mim. Por exemplo, o direito a férias do trabalhador é algo que</p><p>não pode ser disposta. (Não possibilidade de abrir mão de um direito seu voluntariamente)</p><p> Intransmissíveis: Eu não posso transferir os meus direitos para outra pessoa, por exemplo,</p><p>eu não posso vender o meu nome para outra pessoa. Um contrato que busque, por exemplo,</p><p>dispor do sue corpo para outra pessoa é nulo.</p><p> Impenhoráveis: O penhor é quando você pega um bem móvel e faz uma garantia, eu não</p><p>posso pegar um dos meus direitos e penhora-los.</p><p> Imprescritíveis: O direito de personalidade não pode ser adquirido eu renegado por uso</p><p>capião ou por prescrição. Eu não posso alegar que uma pessoa que passou a vida toda sem</p><p>usar o direito não pode mais exercê-lo. Importante dizer que o direito a indenização por dano</p><p>moral é prescritível, isso é, existe um prazo de três anos para fazer a ação de danos morais.</p><p> Extrapatrimoniais; Os direitos de personalidade não tem preço, ou dimensão de valor</p><p>economicamente associada. Isso não impede que você use certos direitos e que esses</p><p>direitos tenham efeito patrimonial. A imagem do Neymar não tem preço, mas o uso da</p><p>imagem do Neymar pode ser explorado economicamente pelo Neymar.</p><p>Legitimidade</p><p>Quem pode defender meus direitos de personalidade, em regra geral o individuo capaz, e</p><p>incapaz (representado ou assistido). Porém se tratando de uma pessoa que já morreu, cabe ao</p><p>cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau do de</p><p>cujus defender os direitos de personalidade do indivíduo.</p><p> A pessoa incapaz em regra é representadas pelos pais, porém os pais não podem fazer</p><p>uma escolha que na opinião médica seja um risco para vida do incapaz.</p><p>Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas</p><p>e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.</p><p>Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste</p><p>artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. (Não</p><p>conta para direito de imagem/ direitos autorais)</p><p>Classificação Legal</p><p> Vida, Integridade Física e Integridade Psíquica: A vida humana que</p><p>começa a ser protegida desde o período de nascituro e Concepturo. (Art 13, 14 e 15 do CC).</p><p>o Gestão do Corpo (Disposição) Art. 13. Salvo por exigência médica, é proibido o ato</p><p>de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da</p><p>integridade física, ou contrariar os bons costumes. (O indivíduo só pode dispor do</p><p>corpo dele quando não diminuir permanentemente a integridade física e/ou não</p><p>contrariar os bons costumes).</p><p>o Gestão do Corpo (Relação médico-paciente): Isso trás a ideia de consentimento</p><p>informado, essa discorre que o paciente deve ser explicado do que pode acontecer</p><p>em determinado tratamento. Eu tenho escolha de rejeitar tratamento, porém é</p><p>importante lembrar que uma pessoa com uma doença transmissível não pode</p><p>colocar em risco outras pessoas, dessa forma, a liberdade e direitos dessa pessoa</p><p>não pode colocar em risco a saúde e os direitos alheios.</p><p>Parágrafo único: O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma</p><p>estabelecida em lei especial. A Lei dos Transplantes regulamenta a remoção de órgãos,</p><p>tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. Os órgãos para</p><p>transplantes podem ser doados por pessoas vivas ou mortas. O doador vivo é a pessoa</p><p>maior de idade e capaz, juridicamente, que pode doar órgãos a seus familiares. No caso de</p><p>doador vivo não aparentado é exigida autorização judicial prévia. Um doador vivo pode doar</p><p>um dos rins, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões. No caso de pessoas</p><p>mortas, a morte encefálica precisa ser confirmada.</p><p>A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou</p><p>outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de</p><p>idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada</p><p>em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte.</p><p>Teoria Geral do</p><p>DIREITOS DA PERSONALIDADE</p><p>Classificacao legal</p><p>Vida, Integridade Física e Integridade Psíquica.</p><p>Honra</p><p> Subjetiva: Quanto à honra subjetiva, podemos equacionar na forma do</p><p>sentimento e no juízo que cada um faz de si mesmo, e é dividida em honra-</p><p>dignidade que diz respeito às qualidades morais da pessoa e honra-decoro que</p><p>preza pelas qualidades intelectuais e físicas. Abandono afetivo é um exemplo</p><p>de ferir a honra subjetiva, afinal, por mais que isso não seja publico existe um</p><p>dano intimo no individuo.</p><p> Objetiva: Objetiva porque diz respeito ao conceito que os outros fazem de</p><p>alguém, portanto quem ataca a honra objetiva de outra pessoa, também estará</p><p>criando uma situação em que poderá acarretar uma mudança de conceito da</p><p>sociedade em relação a pessoa ofendida, visto que lhe imputando fato seja ele</p><p>falso ou ofensivo a sua reputação, estará consequentemente dificultando seu</p><p>convívio social.</p><p>Nome: O nome é a identificação que nós temos todo sujeito natural tem</p><p>um nome. O nome pode ser um gênero ou uma espécie, como gênero</p><p>abarca todos os tópicos relacionados à identificação nominal, com espécie</p><p>se refere ao sobrenome.</p><p>O nosso nome pode ser utilizado sem a nossa autorização, porém apenas</p><p>se não for para uso depreciativo ou econômico.</p><p> Pré-nome: Aquilo que nos conhecemos como nome, exemplo, Maria Fernanda</p><p>(Pré-nome composto) Barbosa Sant’Anna (Nome). Existe um prenome simples</p><p>e prenome composto.</p><p>c</p><p> Nome ou sobrenome: Também conhecido como apelido de família o sobrenome</p><p>(nome) é algo que foi passado com o tempo. A pessoa jurídica tem a regra da</p><p>novidade, nesse caso não podem nomes parecidos ou iguais.</p><p> Agnome: Junior (Neutro), Filho.</p><p> Pseudônimo e Apelido: O pseudônimo é apelido profissional. Os pseudônimos e</p><p>apelidos são protegidos tão qual o nome.</p><p> Nome Social: Um nome que não substitui deu nome civil, mas é tido para uso</p><p>social. Isso acontece com pessoas transexuais que, nesse caso, são</p><p>registradas com um nome que não condiz com sua identidade de gênero e por</p><p>isso ressortam antes de conseguir fazer a mudança de seu nome civil a um</p><p>nome social.</p><p>Como se faz para mudar o nome?</p><p> Primeiro se vai à legislação, essa diz que em regra nome é inalterável. As decisões a</p><p>respeito disso, no entanto, são bastante expansivas. As possibilidades de mudança de</p><p>nome são:</p><p>o Eu posso mudar o meu nome dentro de um que eu faço 18 anos.</p><p>o A alteração de nome para um pseudônimo profissional, como o exemplo do Lula</p><p>que hoje é: Luiz Inácio Lula da Silva.</p><p>o Pode alterar seu nome quando se casa ou divorcia.</p><p>o Quando seu nome te disponha ao desprezo, exemplo de pessoa que passaram</p><p>por mudança de gênero.</p><p>Imagem: A nossa imagem pode ser utilizado sem a nossa autorização,</p><p>porém apenas se não for para uso depreciativo ou econômico.</p><p> Atributo (honra): O que os outros pensam de mim, isso seria uma questão de</p><p>honra. Na hora de calcular a indenização a honra subjetiva é menos contada</p><p>que honra objetiva que o afeta diretamente.</p><p> Reflexo: A foto, por exemplo.</p><p>Direito autorais: Os direitos autorais geram um tipo bem imaterial,</p><p>exemplo eu não posso copiar um quadro de um pintor, porém, enquanto</p><p>bem material ele pode ser alienado, isso é, os direitos autorais de uma</p><p>música podem ser adquiridos.</p><p>Vida Privada, Privacidade e Intimidade: Essas se</p><p>apresentam em níveis diferentes, inciando por vida privada e indo até a</p><p>intimidade. Isso serve ao exemplo dos danos morais por biografia não</p><p>autorizada, isso é, a vida privada e a intimidade de alguém são direitos do</p><p>individuo, diante disso, caso alguém viole esses direitos deve sofrer com</p><p>danos morais.</p><p>O supremo adota uma postura mais leniente à violação da privacidade pela</p><p>imprensa, isso é, eles acreditam que quando se causa danos provenientes</p><p>da violação ao direito da vida privada pela imprensa deve deixar a</p><p>publicação circular e os danos resultantes serão resolvidos através de</p><p>indenização depois da publicação.</p><p>O supremo nega aos indivíduos o direitos o esquecimento de memórias</p><p>individuais. A respeito disso deve se estabelecer que existam dois tipos de</p><p>memória: coletiva e individual; A memória coletiva é compartilhada por uma</p><p>sociedade como o holocausto, a ditadura e etc.; A memoria individual, no</p><p>entanto, são relacionadas a vida privada e a intimidade de alguém.</p><p>Pessoa jurídica</p><p>A pessoa jurídica nasce do registro (privado) e do reconhecimento legal</p><p>(público)</p><p>TEORIAS SOBRE A PESSOA JURÍDICA</p><p> Realidade orgânica: Ente de existência orgânica</p><p> Positivista: Realidade técnica, isso é, ela existe no mundo do direito</p><p>como um contrato.</p><p> Negativista: Da ficção, isso é a pessoa jurídica é uma ficção.</p><p>De Direito Público: É composta de órgãos, por exemplo, a</p><p>o Interno:</p><p>o I - a União;</p><p>o II - os Estados (Brasil, Alagoas, Maceió), o Distrito Federal e os</p><p>Territórios (Fernando de Noronha);</p><p>o III - os Municípios;</p><p>o IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;</p><p> Institutos; INSS, IFAL.</p><p> Universidades; UFAL, USP.</p><p> Agências; Agência Nacional de Saúde.</p><p>o V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.</p><p>o Externo – Ex: ONU, Países Estrangeiros, UNESCO.</p><p>o Estados estrangeiros;</p><p>o Todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional</p><p>público.</p><p>Teoria Geral do</p><p>DIREITOS DA PERSONALIDADE</p><p>Pessoa Jurídica:</p><p>De Direito Público Interno: Quando se trata de uma pessoa jurídica de direito público</p><p>interno e interessante lembrar a relação dos bens das pessoas jurídicas de direito público</p><p>interno, esses sendo impenhoráveis. A impenhorabilidade do bem público faz com que o</p><p>pagamento feito pelas pessoas jurídicas seja feitas somente por precatórios ou RPV.</p><p>PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO: Só vai existir em casos que</p><p>lei reconhecer essa personalidade através do registro da mesma.</p><p> I - AS ASSOCIAÇÕES; Um conjunto de pessoas que se reúnem (fazem e registram</p><p>um estatuto) para o exercício de uma atividade comum sem fins econômicos.</p><p>Todas as atividades feitas pelas associações devem ser licitas e somente valem para</p><p>pessoas. As associações são garantidas pelos Direitos Fundamentais</p><p>constitucionais, tendo em consideração a importância da sua garantia. Existem várias</p><p>regras para proteger as associações, como a norma estabelecida que não se pode</p><p>ter associações ilícitas ou paramilitares.</p><p>Exemplos de associações podem ser: sindicatos, faculdade e até condomínio de</p><p>fato, mas não de direito, afinal, o condomínio de direito é sujeito não personificado.</p><p>Os condomínios de fato, ou associações de moradores, de acordo com o STF,</p><p>devem pagar a taxe de associação, a não ser que tenham se associado antes de</p><p>2017.</p><p> II - AS SOCIEDADES; Um conjunto de pessoas com fins econômicos, ou seja,</p><p>envolve lucratividade. A lucratividade é lucro em potencial, ou seja, quando se diz</p><p>que as sociedades devem envolver lucratividade diz-se que o objetivo delas é o lucro</p><p>mesmo que esse não se concretize. Hoje é possível existir, como exceção a regra,</p><p>uma sociedade de uma pessoa (sociedade unipessoal limitada)</p><p>o Simples: Não tem organização, ou seja, não envolve empresários. Isso é, se</p><p>tem uma sociedade simples quando se tem sócios que concedem serviços</p><p>intelectuais, artísticos e não de circulação de bens. Exceto quando esses</p><p>sócios façam parte de uma empresa, nesse caso é uma sociedade</p><p>empresária.</p><p>o Empresária: Tem a figura da organização, ou seja, envolve um empresário,</p><p>aquele que exerce produção e circulação de bens e serviços.</p><p>c</p><p> III - AS FUNDAÇÕES; Um conjunto de bens que existem vinculados um fim para</p><p>uma exercício de uma atividade sem fins econômico (não é qualquer atividade).Em</p><p>relação a isso é necessário entender que mesmo que não se possa ter fins lucrativos</p><p>podem se utilizar meios econômicos para fazer sobreviver a sua existência.</p><p>A fundação é fiscalizada pelo Ministério Público (analise prévia e continua), de forma</p><p>que, a fundação tem que prestar conta pro Ministério Público. O patrimônio das</p><p>fundações tem afetação, ou seja, se ele desviar da finalidade terá que arcar com</p><p>sanções. A fundação deve ser registrada num cartório no direito civil, o ato de</p><p>constituição para ela é uma escritura publica com o estatuto ou um testamento junto</p><p>com o estatuto.</p><p>As vezes os bens não são ou se tornam insuficientes, ou seja, pode ser que uma</p><p>quantidade monetária que dava pra manter a fundação de inicio possa se tornar</p><p>insuficiente. Diante disso, deve se criar um meio econômico para subsistência da</p><p>fundação. É possível delimitar o que acontecerá se os bens foram insuficientes, caso</p><p>não se delimite o código irá delimitar: é os bens serão enviados para uma fundação</p><p>análoga.</p><p>o Pública: Fundação pública é uma autarquia fiscalizada pelo MPF. A FUNAI é</p><p>um exemplo de fundação pública. As fundações públicas são parte do direito</p><p>público não privado.</p><p>o Privada</p><p> IV - as organizações religiosas; . Pessoas que se reúnem em volta de uma fé sem fins</p><p>econômicos</p><p> V - os partidos políticos; Pessoas que se reúnem em volta de uma ideologia sem</p><p>fins econômicos</p><p> VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (REVOGADO)</p><p>DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA</p><p>Direta: Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de</p><p>finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do</p><p>Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para</p><p>que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos</p><p>aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica</p><p>beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.</p><p>Caso não exista um abuso da personalidade existirá um sistema de proteção e de autonomia</p><p>para a personalidade jurídica . Se acontecer abuso da pessoa jurídica ela será</p><p>desconsiderada, ou seja, perderá a sua autonomia e se entrará no bem particular.</p><p>Desconsideração Inversa: Se entrará no patrimônio da pessoa jurídica para acesso dos bens</p><p>que deveriam ser particulares.</p><p>Fato Jurídico</p><p>FATO: Fato é o que acontece na nossa vida e quem estuda ele é a sociologia, se o fato</p><p>atingir o jurídico quem estuda é sociologia jurídica</p><p>VALOR: Quem valora o fato é o valor, quem estuda o valor é a filosofia, se for um valor</p><p>jurídico associado ao fato, quem estudará o valor é a filosofia jurídica.</p><p>NORMA: Norma podem ser diversas regras e princípios, quando se é jurídico são normas</p><p>jurídicas.</p><p>Um fato que recebe valor jurídico e passa a estar em hipótese em uma</p><p>norma, essa hipótese é o suporte fático. Quando esta hipótese se torna</p><p>concreta e há a incidência da norma jurídica ocorra a juridicização do fato.</p><p>Nascer é o primeiro fato jurídico da nossa vida e toda nossa vida que é regulada pelo direito,</p><p>quando a norma incide sobre o suporte fático é ai que temos um fato</p><p>jurídico, se esse fato for apto a surtir efeitos ele é eficaz, se tem eficácia</p><p>jurídica.</p><p>Eficaz não é a mesma coisa que efetiva, isso é, eficácia é a aptidão para surtir efeitos e a</p><p>efetividade é o efeito surtido.</p><p>PLANO DA EXISTÊNCIA: Se trata sobre a possibilidade de existência, isso é, antes de</p><p>2010, por exemplo, o casamento homoafetivo era inexistente.</p><p>PLANO DA VALIDADE: Se trata sobre a perfeição do fato, se ele não for perfeitamente</p><p>feito ele pode ser nulo ou anulável.</p><p>PLANO DA EFICÁCIA: Esse é o efeito causado pelo fato jurídico.</p><p>Categorias:</p><p> EXISTENTE – VALÍDO –EFICÁZ: Fato jurídico que existe é possível, é perfeito e</p><p>produz efeitos.</p><p> EXISTENTE-VALIDO-INEFICÁZ: Um fato jurídico que vem de uma norma desuetuda,</p><p>ou seja, ela é possível é perfeita , mas não</p><p>é cumprida.</p><p> EXISTENTE-INVALÍDO-INEFICÁZ: Um fato jurídico que é imperfeito e não produz</p><p>efeitos, mas é possível.</p><p> EXISTENTE-INVLIDO-EFICÁZ: Um fato jurídico que é ineficaz, porém produz efeitos.</p><p>Um exemplo é o casamento putativo, isso é, casar com um relativo de segundo grau</p><p>sem ter conhecimento, esse fato produz efeitos interimisticos, ou seja, decorrentes</p><p>de um fato que inválido.</p>