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<p>Sistemas de Informação em Saúde</p><p>o que são:</p><p>· um conjunto de componentes interrelacionados que coletam, processam, armazenam e distribuem a informação para apoiar o processo de tomada de decisão e auxiliar no controle das organizações de saúde. é o conjunto de dados, informações e conhecimento utilizados na área de saúde para sustentar o planejamento, o aperfeiçoamento e o processo decisório dos múltiplos profissionais da área da saúde envolvidos no atendimento aos pacientes e usuários do sistema de saúde</p><p>· o Ministério da Saúde vem propondo nos últimos anos a construção de uma estratégia de e-Saúde para o Brasil buscando a qualificação dos processos de atenção à saúde à população. Nesta proposta, um dos elementos fundamentais para o sucesso de tal estratégia é a conformação de um Registro Eletrônico de Saúde (RES) Nacional, pois é por meio dele que as informações podem ser reorganizadas, agregando valor para se tornarem um componente estratégico para tomada de decisão clínica e de gestão do sistema de saúde</p><p>· Um SIS é um conjunto de componentes que atuam de forma integrada, através de mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária e oportuna para implementar processos de decisões no Sistema de Saúde. Seu propósito é selecionar dados pertinentes e transformá-los em informações para aqueles que planejam, financiam, provêem e avaliam os serviços de saúde.</p><p>objetivo:</p><p>· São constituídos por vários sub-sistemas e tem como objetivo geral facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões. Alguns outros objetivos são:</p><p>· a. Organizar a produção de informações compatíveis com as necessidades dos diferentes níveis, garantindo uma avaliação permanente das ações executadas e do impacto destas sobre a situação de saúde;</p><p>· b. Assessorar o desenvolvimento de sistemas voltados para as especificidades das diferentes unidades operacionais do sistema de saúde;</p><p>· c. Contribuir para o desenvolvimento dos profissionais de saúde, para a construção de uma consciência sanitária coletiva, como base para ampliar o exercício do controle social e da cidadania. Também para resgatar uma rel ação mais humana entre a instituição e o cidadão</p><p>· além disso, um dos objetivos é possibilitar a análise da situação de saúde no nível local, de forma que esse nível tenha responsabilidade não só de alimentar esse sistema, mas de organização e gestão</p><p>· planejamento, coordenação e supervisão das atividades relativas à coleta, registro, processamento, análise, apresentação e difusão de dados e geração de informações</p><p>principais problemas nesse sistema:</p><p>· fragmentação</p><p>· usuário fragmentado em diversas bases de dados, fazendo com que as informações não fiquem integradas e assim o indivíduo perde identidade integral como sujeito pleno e não tem sua trajetória seguida e analisada</p><p>· essa fragmentação reproduz a necessidade de informação individual de cada área técnica, justificando assim constituição de um novo sistema de informação a cada nova necessidade de informação</p><p>· vários sistemas que as vezes possuem informações duplicadas</p><p>· viés de faturamento</p><p>· Especificamente em relação aos SIS criados para informação de produção assistencial (Sistema de Informação Ambulatorial - SIA/ SUS e Sistema de Informação Hospitalar - SIH/SUS), ambos sistemas foram criados no fim da década de 1980 e início da década de 1990, com a finalidade de operacionalizar o pagamento das internações e demais procedimentos realizados nos estabelecimentos do SUS, além de instrumentalizar ações de controle e auditoria (CARVALHO, 2009). Ou seja, esses SIS não foram concebidos para fornecer informações para tomada de decisão, seja na área da gestão, seja na área epidemiológica. Entretanto, devido à grande quantidade de informações que esses sistemas fornecem, acabam sendo amplamente utilizados com essas finalidades, o que gera um forte viés de faturamento nessas informações, principalmente naqueles estabelecimentos que ainda são remunerados por produção de procedimentos</p><p>· captação de informação:</p><p>· Até os dias de hoje, a operação da grande parte dos serviços de saúde no âmbito do SUS, especialmente no âmbito da Atenção Especializada Ambulatorial, ainda se baseia em registros manuais, consumindo o serviço de diversos profissionais, com o agravante de que normalmente não são profissionais da área da saúde. Além disso, o preenchimento dos múltiplos formulários ou acionamento dos coletores de dados específicos, às vezes mais de um para determinado evento, se transforma em pesado encargo adicional, sem fornecer nenhum apoio para a melhoria da operação local. Sabe-se que, muitas vezes, esta forma de coletar dados que não tem interesse para o próprio serviço, apenas para cumprir as determinações administrativas, resulta na má qualidade das informações coletadas (BRASIL, 2004). Outro aspecto a ser destacado é que a coleta de informações desvinculada do processo de cuidado, ou seja, a partir de um processo de cuidado não informatizado, também gera importante viés na coleta dos dados, pois gera perdas importantes no processo de captação dessas informações.</p><p>política nacional de informático e informação em saúde (PNIIS)</p><p>· estratégia para superação dos problemas</p><p>· “Promover o uso inovador, criativo e transformador da tecnologia da informação, para melhorar os processos de trabalho em saúde, resultando em um Sistema Nacional de Informação articulado, que produza informações para os cidadãos, a gestão, a prática profissional, a geração de conhecimento e o controle social, garantindo ganhos de eficiência e qualidade mensuráveis através da ampliação de acesso, equidade, integralidade e humanização dos serviços e, assim, contribuindo para a melhoria da situação de saúde da população.” (concepção de 2004)</p><p>· Neste mesmo documento ainda são propostas algumas diretrizes como o fortalecimento das áreas de informação e informática nas três esferas do governo, o estabelecimento do registro eletrônico de saúde, a implantação do cartão nacional de saúde e do cadastro nacional de estabelecimentos de saúde, a garantia da interoperabilidade, dentre outras</p><p>· foi idealizada em 2004, mas não conseguiu vingar. só em 2011 que ela foi reformulada e foi instituída em 2015 pela Portaria nº 589/GM, de 20 de maio de 2015, ato normativo que oficializou mais de 12 anos de discussões e elaborações técnicas a respeito do tema</p><p>· “A PNIIS tem como finalidade definir os princípios e as diretrizes a serem observados pelas entidades públicas e privadas de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e pelas entidades vinculadas ao Ministério da Saúde, para a melhoria da governança no uso da informação e informática e dos recursos de informática, visando à promoção do uso inovador, criativo e transformador da tecnologia da informação nos processos de trabalho em saúde.” (concepção de 2015)</p><p>· a informação em saúde deve ser elemento estruturante para a universalidade, a integralidade e a equidade social na atenção à saúde</p><p>interoperabilidade:</p><p>· forma de superar a fragmentação dos sistemas</p><p>· na área da saúde, interoperabilidade é a capacidade de diferentes sistemas de informação com tecnologias distintas e aplicações de software de se comunicar, trocar dados e usar a informação que foi trocada</p><p>· e significa a capacidade dos SIS de trabalharem juntos independente dos limites organizacionais, com o objetivo de avançar na entrega efetiva do cuidado à saúde para indivíduos e comunidades</p><p>· cartão nacional de saúde foi uma das primeiras medidas nesse sentido da interoperabilidade</p><p>· A interoperabilidade visa basicamente à superação da fragmentação dos sistemas e das informações, embora não dê conta dos problemas relacionados à coleta de informações e do viés de faturamento. Mas, sem dúvidas, será uma importante passo na busca incessante pela qualidade da informação em saúde, tão necessária à gestão e, principalmente, à manutenção da vida de cada pessoa</p><p>conceitos:</p><p>· sistema</p><p>· Um Sistema Municipal de Saúde tem vários</p><p>componentes (centros de saúde, ambulatórios especializados, farmácia, hospital etc.) que produzem vários tipos de ações (consultas médicas, vacinação, vigilância sanitária etc.); segundo uma normatização própria. Entretanto, para considerá-lo enquanto um sistema deve haver uma interligação e uma interação entre esses componentes que espera-se, resulte numa atenção organizada, produzindo respostas às necessidades de saúde de uma determinada população.</p><p>· dado:</p><p>· são como uma matéria prima, sobre a qual trabalhamos (juntando-os, correlacionando-os, contrapondo-os etc.) buscando produzir informações que se traduzam em um conhecimento, um interpretação e um juízo sobre uma determinada situação. é uma combinação de dados onde gera-se informações e elabora-se uma interpretação. Pode-se entender esta interpretação como uma avaliação (ou seja, valia = dar valor), buscando-se construir um conhecimento e a formar um juízo sobre determinada situação</p><p>· informação:</p><p>· A informação é o produto obtido a partir de uma determinada combinação de dados, da avaliação e do juízo que fazemos sobre determinada situação. É um importante recurso para subsidiar o processo de tomada de decisão, de planejamento, de execução e de avaliação das ações desencadeadas.</p><p>· situação em saúde:</p><p>· é o conhecimento, a interpretação que um ator social produz para agir e transformar a qualidade da vida da população de um determinado território. Território este historicamente produzido e em permanente processo de transformação.</p><p>· indicador:</p><p>· r é uma representação numérica ou não que, considerando nossas referências e critérios, nos permite, a partir da “preferência” que damos a determinados eventos (atividades realizadas, ocorrência de doenças), produzir informações visando a elaborar um conhecimento (quantitativo e/ou qualitativo) sobre uma determinada situação, com o propósito de tomar decisões e agir para transformar a realidade compreendida no espaço indicado.</p><p>sistemas:</p><p>· todos desenvolvidos pelo DATASUS (departamento de informática do SUS)</p><p>· Sistemas de Informações Operacionais: geram informações sobre as atividades de rotina realizadas pelas diversas unidades de produção ou operacionais (laboratório, almoxarifado, unidade de saúde, setor de finanças etc.). Utilizam mecanismos préestabelecidos, testados e normatizados para coleta, processamento, armazenamento, padronização, validação, recuperação e análise dos dados.</p><p>· Sistemas de Informações Gerenciais ou Estratégicas: geram informações voltadas para uma avaliação permanente das respostas que estão sendo produzidas e do impacto obtido sobre a situação de saúde. Utilizam dados e informações gerados pelas diversas unidades operacionais e também aqueles procedentes de outros órgãos, como, por exemplo, o IBGE. Trabalham com informações consideradas estratégicas que interessam, não só a cada unidade, mas ao Sistema de Saúde como um todo.</p><p>· Estudos especiais (ou levantamentos rápidos da situação): objetivam levantar dados para análise e avaliação de situações não rotineiras. Não utilizam mecanismos sistematizados para processamento dos dados coletados. Para analisar estes dados podem ser utilizados programas como o Epi Info2 ou outros gerenciadores de bancos de dados. Ocasionalmente, esses estudos podem apontar a necessidade de inclusão de determinados dados nos sistemas de rotina e/ou gerenciais</p><p>- Trabalho em Equipe</p><p>o que é:</p><p>· O trabalho em equipe pode ser definido como um conjunto de pessoas com conhecimentos diversos, mas que se unem em prol de objetivos comuns, negociando e elaborando um plano de ação bem definido, trabalhando em consonância e com comprometimento mútuo, complementando o trabalho com suas habilidades variadas, aumentando a chance de êxito no resultado do trabalho empreendido.</p><p>Soma de atividades individuais + Mesmo anseio de sucesso + Objetivos comuns + Boa gestão de conflitos = MELHORES RESULTADOS</p><p>líder x chefe</p><p>· dificuldades para o trabalho em equipe:</p><p>► Falta de capacitação e inexperiência dos profissionais de saúde</p><p>►Falta de habilidade da liderança para delegar tarefas</p><p>►Conflitos entre os membros da equipe</p><p>►Dificuldade de comunicação entre os membros da equipe</p><p>►Consideração da superioridade das opiniões dos outros membros da equipe em relação às suas próprias sugestões</p><p>►Tamanho da equipe: equipes menores são mais fáceis de trabalhar, a comunicação se desenvolve mais fluentemente, sendo mais fácil administrar os conflitos</p><p>· dificuldades:</p><p>► Desarticulação entre ações curativas, educativas, administrativas e baixo grau de interação entre médicos em suas diversas especialidades, enfermeiros, ACS e demais profissionais da equipe.</p><p>► Ausência de comunicação entre os integrantes das equipes.</p><p>► Alta rotatividade dos profissionais de saúde.</p><p>► Supervisão e acompanhamento inadequados ou insuficientes da gestão do serviço, com dificuldade para a realização de reuniões participativas</p><p>atribuições de cada categoria</p><p>- Atributos e funções da Visita Domiciliar</p><p>o que é:</p><p>· Provisão de serviços de saúde por prestadores formais e informais com o objetivo de promover, de restaurar e de manter o conforto, a função e a saúde das pessoas em um nível máximo, incluindo cuidados para uma morte digna</p><p>· uma prática de inquestionável importância não apenas na descoberta, como também na abordagem de problemas, no diagnóstico, na busca ativa, na prevenção de agravos e na promoção da saúde.</p><p>· ligada a todo e qualquer atendimento a domicílio realizado por profissionais que integram a equipe de saúde. Não leva em conta a complexidade ou o objetivo do atendimento, que pode ser uma orientação simples até um suporte ventilatório invasivo domicilia</p><p>organização:</p><p>· se organiza em 03 modalidades de cuidado com crescentes níveis de densidade tecnológica e de carga horária dedicada de acordo com as necessidades de saúde das pessoas que estão sob esse tipo de cuidado</p><p>· modalidade I, II e III</p><p>modalidade I:</p><p>· destinada à pessoas que:</p><p>· I. Possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde</p><p>· II. Necessitem de cuidados de menor complexidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência, com menor necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimento das UBS</p><p>· III. Não se enquadrem nos critérios previstos para as modalidades AD2 e AD3.</p><p>· quem realiza:</p><p>· Equipes de APS, por meio de VDs regulares, no mínimo, uma vez por mês, apoiadas pelos NASF, ambulatórios de especialidades e de reabilitação</p><p>modalidade II:</p><p>· destinada à pessoas que:</p><p>· I - afecções agudas ou crônicas agudizadas, com necessidade de cuidados intensificados e sequenciais, como tratamentos parenterais ou reabilitação;</p><p>· II - afecções crônico-degenerativas, considerando o grau de comprometimento causado pela doença, que demande atendimento no mínimo semanal;</p><p>· III - necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico no mínimo semanal, com o fim de controlar a dor e o sofrimento do usuário;</p><p>· IV - prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho ponderal</p><p>· quem realiza:</p><p>· SAD (serviço de atenção domiciliar)</p><p>modalidade III:</p><p>· destinada à pessoas que:</p><p>· Pessoas com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS com maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo e uso de equipamentos ou agregação de procedimentos de maior complexidade: ventilação mecânica, paracentese de repetição, nutrição parenteral, transfusão sanguínea</p><p>· quem realiza: SAD (serviço de atenção domiciliar)</p><p>obs: o SAD é basicamente:</p><p>· quem realiza as visitas de grau 3 e 2</p><p>· é de forma complementar a equipe multidisciplinar</p><p>· composta por um médico, enfermeiro, técnico e fisioterapeuta</p><p>EMADs:</p><p>· equipes multiprofissionais de assistência domiciliar</p><p>· meio que a equipe multidisciplinar da atenção domiciliar</p><p>· EMAD 1:</p><p>· Médico (40 h)</p><p>· Enfermeiro (40h)</p><p>· Fisioterapeuta (30h)</p><p>· Auxiliar/Técnico de Enfermagem (120h)</p><p>· EMAD 2:</p><p>· Médico (20</p><p>h)</p><p>· Enfermeiro (30h)</p><p>· Fisioterapeuta (30h)</p><p>· Auxiliar/Técnico de Enfermagem (120h)</p><p>EMAP:</p><p>· equipe de apoio</p><p>· terá composição mínima de 3 (três) profissionais de nível superior, escolhidos entre as ocupações listadas a seguir, cuja soma das CHS de seus componentes será de, no mínimo, 90 (noventa) horas de trabalho: I - assistente social; II - fisioterapeuta; III - fonoaudiólogo; IV - nutricionista; V - odontólogo; VI - psicólogo; VII - farmacêutico; ou VIII - terapeuta ocupacional</p><p>atendimento domiciliar:</p><p>· É a categoria diretamente relacionada à atuação profissional no domicílio, que pode ser operacionalizada por meio da visita e da internação domiciliar. Envolve atividades que vão da educação e prevenção à recuperação e manutenção da saúde das pessoas e seus familiares no contexto de suas residências. Abrange ou não cuidados multiprofissionais e pode ser semelhante a um consultório em casa. Alguns autores o relacionam a uma atenção mais pontual e temporária, ligada a situações agudas.</p><p>· visita domiciliar: prioriza o diagnóstico da realidade do indivíduo e as ações educativas. É geralmente programada e utilizada com o intuito de subsidiar intervenções ou o planejamento de ações</p><p>· internação domiciliar: é uma categoria mais específica, que envolve a utilização de aparato tecnológico em domicílio, de acordo com as necessidades de cada situação. Não substitui a internação hospitalar, mas pode se constituir como uma continuidade desta, de forma temporária.</p><p>· acompanhamento domiciliar: Cuidado no domicílio para pessoas que necessitem de contatos frequentes e programáveis com a equipe</p><p>· vigilância domiciliar: decorrente do comparecimento de integrante da equipe de saúde até o domicílio para realizar ações de promoção, prevenção, educação e busca ativa da população de sua área de responsabilidade, geralmente vinculadas à vigilância da saúde que a UBS desenvolve.</p><p>· Portaria Ministerial n o 2529, de 26 de abril de 2006 → INTERNAÇÃO DOMICILIAR</p><p>· PORTARIA Nº 2.029, DE 24 DE AGOSTO DE 2011 → Atenção domiciliar</p><p>· PORTARIA Nº 825, de 25 de abril de 2016</p><p>· redefine a atenção domiciliar no âmbito do sus e atualiza as equipes habilitadas</p><p>potencialidades da AD:</p><p>· Redução da demanda por atendimento hospitalar.</p><p>· Redução do período de permanência de usuários internados.</p><p>· Humanização da atenção à saúde, com ampliação da autonomia dos usuários.</p><p>· Desinstitucionalização e otimização dos recursos financeiros e estruturais da RAS</p><p>- Redes de Atenção à Saúde</p><p>· Art. 198 da CF/88: “As ações e os serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único organizado de acordo com as diretrizes de descentralização, atendimento integral e participação da comunidade”.</p><p>· Lei 8.080, 1990: • Art. 7º, inciso II: “(...) integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos, curativos, individuais e coletivos (....)” • Art. 10º aponta “arranjos organizacionais para as redes loco-regionais através de consórcios intermunicipais e distritos de saúde como forma de integrar e articular recursos e aumentar a cobertura das ações.</p><p>· Portaria 4.279 de 30/12/2010: Estabelece diretrizes para organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito da SUS</p><p>o que é:</p><p>· São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado”</p><p>· Trata-se de uma proposta de inovar o processo de organização do sistema de saúde, redirecionando suas ações e serviços para produzir impacto positivo nos indicadores de saúde da população</p><p>· O desenvolvimento da Rede de Atenção à Saúde é reafirmado como estratégia de reestruturação do sistema de saúde. Representa o acúmulo e o aperfeiçoamento da política de saúde</p><p>· Constituída por distintos pontos de atenção à saúde tendo como centro de comunicação a atenção primária à saúde integradas por meio de sistemas de apoio sistema logístico e sistema de governança. Não há uma hierarquização entre os distintos pontos de atenção nem entre eles e o centro de comunicação, apenas uma diferenciação dada por suas funções de produção específicas e por suas densidades tecnológicas respectivas</p><p>· Economia de Escala: ocorre quando os custos médios de longo prazo diminuem, à medida que aumenta o volume das atividades, e os custos fixos são distribuídos por um maior número dessas atividades.</p><p>· Suficiência e Qualidade: proporcionar o adequado manejo das condições de saúde identificadas em nível local. Isto é, os recursos financeiros, humanos e tecnológicos em quantidade suficiente para atender à determinada demanda e expectativa da população, e a qualidade destes serviços deve atingir os níveis e parâmetros preconizados pelo Ministério da Saúde.</p><p>· Acesso: As barreiras podem englobar várias dimensões, como acessibilidade geográfica, disponibilidade de serviços e/ou profissionais, grau de acolhimento e vínculo, condição socioeconômica do usuário. Logo, é preciso que os serviços de saúde sejam de fácil acesso, de qualidade e em quantidade suficiente. Ex: um hospital regional localizado em um município de maior porte que atenda a um conjunto de pequenos municípios da região.</p><p>· Disponibilidade de Recursos: Engloba recursos físicos, financeiros, humanos e tecnológicos. Ter recursos é tão importante quanto sua alocação mais custo-efetiva, e sua disponibilidade é o que determinará o seu grau de concentração de maneira direta.</p><p>· Integração Horizontal: diz respeito à junção de unidades e serviços de saúde da mesma natureza, no intuito de agregar serviços em uma mesma cadeia produtiva para obter ganhos de escala por meio de fusão ou aliança estratégica.</p><p>· Integração Vertical: é referente à articulação e coordenação de diferentes organizações de saúde responsáveis por ações de natureza diferenciada (primária, secundária ou terciária). O objetivo é agregar valor aos serviços, ou seja, tornar o serviço integrado e integral do ponto de vista da atenção e das tecnologias disponíveis, concretizando um dos objetivos centrais do SUS.</p><p>· Processos de Substituição: definidos como o reagrupamento contínuo de recursos entre e dentro dos serviços de saúde, para que estes possam resultar em melhores resultados sanitários e econômicos, considerando aspectos relativos tanto às equipes quanto aos processos de atenção à saúde.</p><p>· Região de Saúde ou Abrangência: : é a área geográfica de abrangência para a cobertura de uma determinada RAS. São normalmente denominados distritos, territórios ou regiões sanitárias (bairros, regiões, cidades e ainda macrorregionais, microrregionais, municipais ou microárea). Para delimitação desses territórios, pode ser considerado exclusivamente o critério geográfico, ou agregar a ele aspectos socioculturais ou epidemiológicos</p><p>· Níveis de Atenção: são arranjos produtivos conformados segundo as densidades tecnológicas singulares, variando do nível de menor densidade (APS), ao de densidade tecnológica intermediária (atenção secundária à saúde), até o de maior densidade tecnológica (atenção terciária à saúde)</p><p>atributos:</p><p>· APS como primeiro nível de atenção;</p><p>· População e territórios definidos;</p><p>· Mecanismos de coordenação, continuidade do cuidado e assistência integral fornecidos de forma continuada;</p><p>· Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e nas comunidades, levando em consideração as particularidades de cada um;</p><p>· Gestão baseada em resultados;</p><p>· Integração entre os diferentes entes federativos a fim de atingir um propósito comum;</p><p>· Gestão integrada dos sistemas de apoio administrativo, clínico e logístico; • Sistema de informação integrado; Ação intersetorial;</p><p>· Financiamento tripartite;</p><p>· Participação social.</p><p>componentes das redes:</p><p>· rede cegonha: I - Pré-Natal II - Parto e Nascimento III - Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança IV - Sistema Logístico: Transporte Sanitário e Regulação</p><p>· rede de</p><p>atenção de urgência e emergência: I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde II - Atenção Básica em Saúde III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências IV - Sala de Estabilização V - Força Nacional de Saúde do SUS VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas VII - Hospitalar VIII - Atenção Domiciliar</p><p>· rede de atenção psicossocial: I - Atenção Básica em saúde II - Atenção Psicossocial III - Atenção de Urgência e Emergência IV - Atenção Residencial de Caráter Transitório V - Atenção Hospitalar VI - Estratégias de Desinstitucionalização VII - Estratégias de Reabilitação Psicossocial</p><p>· rede de atenção a pessoa com deficiência: I - Atenção Básica em saúde II - Atenção Psicossocial III - Atenção de Urgência e Emergência IV - Atenção Residencial de Caráter Transitório V - Atenção Hospitalar VI - Estratégias de Desinstitucionalização VII - Estratégias de Reabilitação Psicossocial</p><p>· rede de atenção a saúde das pessoas com doenças crônicas: Tem como finalidade é realizar a atenção de forma integral aos usuários com doenças crônicas, em todos os pontos de atenção, com realização de ações e serviços de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde. prioridades: obesidade, câncer, doenças respiratórias, renocardiovasculares</p><p>- Clínica Ampliada:</p><p>· clínica tradicional:</p><p>· Origem nos ambientes hospitalares → reproduzida nos demais pontos do sistema de saúde;</p><p>· Fragmentação do processo de trabalho em saúde > Descontinuidade do cuidado > Disputa corporativa entre as profissões, o que dificulta o trabalho em equipe > ↓ Efetividade do sistema de saúde em responder às necessidades da população > ↓ Adesão de usuários aos tratamentos</p><p>· clínica ampliada:</p><p>· Compromisso radical com o sujeito doente, visto de modo singular. É assumir a RESPONSABILIDADE sobre os usuários dos serviços de saúde, buscar ajuda em outros setores, ao que se dá o nome de INTERSETORIALIDADE. É ainda RECONHECER OS LIMITES DOS CONHECIMENTOS dos profissionais de saúde e das TECNOLOGIAS por eles empregadas, buscar outros conhecimentos em diferentes setores e assumir um compromisso ÉTICO profundo.</p><p>· não se nega a dimensão biológica, mas se defende a ampliação desta para outros enfoques (sociais, políticos, psicológicos, econômicos, etc.) que fazem parte do cotidiano de usuários, famílias e grupos sociais, influenciando diretamente suas vidas.</p><p>parâmetros:</p><p>· executar escuta qualificada dos usuários</p><p>· combate ao excesso de procedimentos</p><p>· compreensão ampliada do processo saúde doença</p><p>· construção compartilhada dos diagnósticos e terapêuticas</p><p>· ampliação do objeto de trabalho</p><p>· cuidado com a linguagem da equipe com o usuário</p><p>· a doença não pode ser a única preocupação</p><p>equipe de referência e apoio matricial:</p><p>· As Equipes de Referência e Apoio Matricial surgiram como arranjo de organização e de gestão dos serviços de saúde como forma de superar a racionalidade gerencial tradicionalmente verticalizada, compartimentalizada e produtora de processo de trabalho fragmentado e alienante para o trabalhador. EQUIPE DE REFERÊNCIA E APOIO MATRICIAL Nesse sentido, a proposta de Equipes de Referência vai além da responsabilização e chega até a divisão do poder gerencial. As equipes transdisciplinares devem ter algum poder de decisão na organização, principalmente no que diz respeito ao processo de trabalho da equipe.</p><p>projeto terapêutico singular:</p><p>· conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar”</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p><p>image15.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p>