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<p>M Clara Weber 8 Período</p><p>MEDFASA</p><p>Trauma Abdominal e Pélvico</p><p>Anatomia</p><p>Trauma Abdominal .</p><p>Mecanismo de lesão</p><p>● Contuso</p><p>- Golpe direto: lesão por compressão e</p><p>esmagamento</p><p>- Cisalhamento; mecanismo de contenção</p><p>usado de forma inadequada</p><p>- Desaceleração: diferença de movimento entre</p><p>partes fixas e móveis</p><p>- Órgãos mais lesados: Baço (40-55%); Fígado</p><p>(35-45%); Intestino Delgado(5 a 10%)</p><p>- 15% - hematoma retroperitoneal</p><p>● Penetrante</p><p>- Baixa energia - PAB: lesões por laceração</p><p>- Alta energia - PAF: transfere muita energia</p><p>cinética, causando danos aos tecidos no</p><p>trajeto do projétil (efeito de cavitação e</p><p>possível fragmentação do projétil).</p><p>● Explosão</p><p>- Penetrante por fragmentos</p><p>- Ferimentos contundentes</p><p>- Lesões por alta pressão (lesão pulmonar,</p><p>intestinal, membrana timpânica)</p><p>História</p><p>● Tipo de veículo, tipo de colisão, invasão no</p><p>compartimento de passageiros, tipo de</p><p>contenção, posição do paciente no veículo,</p><p>status de outros passageiros</p><p>● Em casos de queda, determinar a altura</p><p>● Tipo de arma, distância do agressor, número</p><p>de facadas/tiros, sangramento na cena</p><p>● Distância do paciente da explosão</p><p>Exame físico</p><p>● Inspeção, ausculta, percussão, palpação</p><p>● Pelve: hipotensão inexplicada pode ser</p><p>indício de fratura pélvica</p><p>● Evidência de lesão da uretra, diferença no</p><p>M Clara Weber 8 Período</p><p>MEDFASA</p><p>tamanho dos membros inferiores,</p><p>deformidade rotacional são indícios de</p><p>fratura pélvica</p><p>● Raio-x AP</p><p>● Uretra, períneo, reto, vagina, glúteos</p><p>● Sangue no meato uretral,</p><p>equimose/hematoma no escroto e perínco</p><p>● Suspeita de lesão de uretra: Não sondar.</p><p>- A palpação da próstata não é um sinal</p><p>confiável de lesão uretral.</p><p>Medidas auxiliares</p><p>● SNG e SVD</p><p>- Descompressão gástrica</p><p>- Reduz a incidência de aspiração</p><p>- Presença de sangue pode indicar lesão no</p><p>TGI superior</p><p>- Suspeita de fratura de base de cránio, fratura</p><p>facial severa - Orogástrica</p><p>- SVD: evita retenção, avalia presença de</p><p>hematúria, monitorar a perfusão tecidual</p><p>- Ausência de hematúria não exclui lesão do</p><p>trato genitourinário.</p><p>● Raio-X de tórax/Abdome/Pelve</p><p>- Avaliar a presença de hemotórax,</p><p>pneumotórax</p><p>- Determinar a presença de</p><p>pneumoperitônio</p><p>- Com marcadores radiopacos nos orifícios</p><p>prováveis de entrada e saída</p><p>- Ajuda a determinar o possível trajeto do</p><p>projétil</p><p>● FAST (Focused Assesment with Sonography</p><p>for Trauma)</p><p>- Método rápido;</p><p>- Estudo confiável para detectar líquido</p><p>intraperitoneal;</p><p>- Não é bom para identificar sangue (esse</p><p>tipo de líquido);</p><p>- Pode ser repetido - facilidade de ser feito</p><p>no leito</p><p>- Detecção de tamponamento pericárdico</p><p>- Examina quatro regiões: saco pericárdico,</p><p>espaço hepatorrenal, espaço</p><p>M Clara Weber 8 Período</p><p>MEDFASA</p><p>esplenorrenal, pelve</p><p>● Lavado peritoneal diagnóstico (LPD)</p><p>- Requer descompressão gástrica e urinária</p><p>- Realizado em pacientes</p><p>hemodinamicamente instáveis ou em</p><p>pacientes estáveis quando não há TC ou</p><p>FAST disponível</p><p>- Aspiração de conteúdo gástrico, fibras</p><p>vegetais, bile ou sangue em pacientes</p><p>hemodinamicamente instáveis indica</p><p>laparotomia.</p><p>- Cateterização peritoneal (Técnica de</p><p>Seldinger); - Aspirado inicial (é a primeira</p><p>etapa do LPD);</p><p>- No aspirado inicial, se puxar na agulha (de</p><p>grosso calibre/ hemodiálise em região</p><p>infraumbilical abaixo da bifurcação aórtica)</p><p>e se aspirar:</p><p>> ou = 10 ml de sangue, o teste é positivo;</p><p>Conteúdo GI, teste positivo.</p><p>- Se não vier nada, é normal.</p><p>- - Pós-lavado: introduzir soro aquecido na</p><p>cavidade abdominal com objetivo de aspirar</p><p>e vir sangue, diagnosticando presença de</p><p>trauma/hemorragia intraabdominal.</p><p>- Soro 30ml/kg ou 300-500ml</p><p>- Após coletar esse líquido de soro com</p><p>sangue, encaminha o mesmo para análise</p><p>laboratorial.</p><p>● TC</p><p>- Pacientes hemodinamicamente estáveis</p><p>- Não realizar se for atrasar a transferência</p><p>do paciente a um centro de trauma</p><p>- Melhor exame para classificar o grau de</p><p>comprometimento do abdome (padrão</p><p>ouro);</p><p>- Tipificar as lesões;</p><p>- Melhor exame;</p><p>- Avalia a região retroperitoneal ;</p><p>- Exige estabilidade clínica.</p><p>● Laparoscopia/Toracoscopia</p><p>- Diagnóstico de lesão diafragmática,</p><p>penetração no peritônio</p><p>● Estudos contrastados</p><p>M Clara Weber 8 Período</p><p>MEDFASA</p><p>- Uretrografia: antes de realizar SVD, na</p><p>suspeita de lesão de uretra</p><p>- Cistografia: Diagnóstico de lesão intra/extra</p><p>peritoneal de bexiga</p><p>- TC com contraste: útil no reconhecimento</p><p>de lesões nos órgãos retroperitoneais</p><p>Avaliação de lesões penetrantes</p><p>● Abdome anterior</p><p>- 55 a 60% tem indicação de laparotomia</p><p>imediata</p><p>- PAF: 98% tem lesão intraperitoneal</p><p>significativa</p><p>- PAB: 30% tem lesão intraperitoneal</p><p>- Tratamento conservador pode ser tentado em</p><p>pacientes selecionados</p><p>- Exame físico seriado: acurácia de 94%</p><p>- FAST</p><p>- LPD</p><p>- Tomografia computadorizada</p><p>● Flanco e dorso</p><p>- A musculatura da parede confere algum grau</p><p>de proteção</p><p>- Exame físico seriado</p><p>- TC com duplo ou triplo contraste: acurácia</p><p>comparável à do exame físico seriado -</p><p>detecção mais precoce</p><p>● Transição toracoabdominal</p><p>- Toracoscopia</p><p>- Laparoscopia</p><p>- LPD</p><p>- Tomografia computadorizada</p><p>Indicações de laparotomia</p><p>● Trauma abdominal fechado, com hipotensão, com</p><p>FAST positivo ou evidência clínica de</p><p>sangramento intraperitoneal, ou sem outra fonte</p><p>de hemorragia</p><p>● Hipotensão com ferida abdominal penetrante</p><p>● Ferimentos por projéteis de arma de fogo que</p><p>transfixou a cavidade peritoneal</p><p>● Evisceração</p><p>● Hemorragias do estômago, reto ou trato</p><p>geniturinário em traumas penetrantes</p><p>● Peritonite</p><p>● Pneumoperitônio, ar retroperitoneal ou</p><p>ruptura do diafragma</p><p>● TC com contraste que demonstre ruptura do</p><p>trato gastrointestinal, lesão intraperitoneal</p><p>da bexiga, lesão do pedículo renal ou lesão</p><p>parenquimatosa visceral severa após</p><p>traumatismo fechado ou penetrante</p><p>● Trauma abdominal fechado ou penetrante</p><p>com aspiração de conteúdo gastrointestinal,</p><p>fibras vegetais ou bile no LPD, ou aspiração</p><p>de 10mL ou mais de sangue em pacientes</p><p>hemodinamicamente instáveis.</p><p>Avaliação de lesões específicas</p><p>● Diafragma</p><p>- Hemidiafragma esquerdo é o mais</p><p>acometido (lesão comum tem cerca de</p><p>5 a 10 cm de extensão e envolve a</p><p>região póstero-lateral)</p><p>- Raio x de tórax: elevação ou</p><p>borramento do diafragma, hemotórax</p><p>● Duodeno</p><p>- Encontrado em casos de motoristas</p><p>sem cinto de segurança, envolvidos em</p><p>colisão automobilística com impacto</p><p>frontal em pacientes submetidos a</p><p>golpes diretos sobre o abdome, como</p><p>aqueles produzidos por "guidão" de</p><p>bicicleta.</p><p>- Aspiração de sangue gástrico</p><p>- Ar no retroperitônio evidenciado na</p><p>TC ou raio x</p><p>Pâncreas</p><p>- Compressão na coluna vertebral</p><p>M Clara Weber 8 Período</p><p>MEDFASA</p><p>- Dosagem de amilase não é especifica e sua</p><p>normalidade não exclui lesão</p><p>- Lesão pancreática pode não ser visualizada</p><p>na TC realizada nas primeiras 8h</p><p>● Trato geniturinário</p><p>- Contusões, hematomas, equimoses</p><p>- Hematúria macroscópica: indicação de</p><p>exames de imagem do trato urinário</p><p>- Lesão da uretra posterior geralmente</p><p>associa-se com lesões multissistêmicas,</p><p>enquanto lesão de uretra anterior podem ser</p><p>isoladas</p><p>● Pelve</p><p>- Pacientes com hipotensão e fratura pélvica:</p><p>Alta mortalidade</p><p>- Hemorragia comumente apresentam ruptura</p><p>dos ligamentos ósseos posteriores (sacro</p><p>ilíaco, sacro tuberoso, sacro espinhoso e</p><p>fibromuscular do assoalhopélvico)</p><p>evidenciado por uma fratura sacral,uma</p><p>fratura sacoilíaca e/ou luxação da articulação</p><p>sacro ilíaca.</p><p>- Hemorragia é o principal fator</p><p>potencialmente reversível que contribui para</p><p>mortalidade.</p><p>➔ Geral: 5 a 30%;</p><p>➔ Fratura fechada: 10 a 42%;</p><p>➔ Fratura aberta: 50%</p><p>- Mecanismos: Compressão AP,</p><p>compressão lateral, Vertical Shear</p><p>- O tratamento inicial de uma fratura</p><p>pélvica grave associada a choque</p><p>hemorrágico requer tanto o controle do</p><p>sangramento como reposição</p><p>volêmica.O controle da hemorragia é</p><p>obtido por meio de estabilização</p><p>mecânica do anel pélvico e</p><p>contrapressão externa.</p><p>M Clara Weber 8 Período</p><p>MEDFASA</p><p>Questões norteadoras .</p>