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<p>Literatura</p><p>Quinhentismo</p><p>Professora Gleciane Nascimento</p><p>Introdução ao Quinhentismo</p><p>O Quinhentismo é um período da</p><p>literatura portuguesa que se destaca pela</p><p>sua riqueza e diversidade. Marcado pela</p><p>expansão marítima e pelos</p><p>descobrimentos, este era um momento</p><p>de grande desenvolvimento cultural e</p><p>intelectual em Portugal.</p><p>➢ Grandes navegações;</p><p>➢ Auge do Renascimento;</p><p>➢ Reforma Protestante;</p><p>➢ Contrarreforma;</p><p>➢ Descobrimento do Brasil.</p><p>E</p><p>U</p><p>R</p><p>O</p><p>P</p><p>A</p><p>Quinhentismo</p><p>❑ O Quinhentismo representa a primeira</p><p>manifestação literária no Brasil que</p><p>também ficou conhecida como "literatura</p><p>de informação".</p><p>❑ É um período literário que reúne relatos de</p><p>viagem com características informativas e</p><p>descritivas. São textos que descrevem as</p><p>terras descobertas pelos portugueses no</p><p>século XVI, desde a fauna, a flora e o</p><p>povo.</p><p>❑ Vale lembrar que o Quinhentismo</p><p>brasileiro ocorreu paralelo ao Classicismo</p><p>português e o nome do período refere-se a</p><p>data de início: 1500.</p><p>Quinhentismo</p><p>❖ As primeiras manifestações literárias</p><p>brasileiras não constituem uma escola</p><p>literária, são registros de viajantes e de</p><p>jesuítas. O primeiro documento escrito da</p><p>história do Brasil é a carta enviada pelo</p><p>escrivão da expedição de Pedro Álvares</p><p>Cabral, Pero Vaz Caminha (1450-1500), ao</p><p>rei de Portugal com informações sobre a</p><p>fauna, a flora e a gente da nova terra.</p><p>Temas e estilos do Quinhentismo</p><p>L irism o</p><p>A literatura quinhentista</p><p>exibiu um forte lirismo, com</p><p>a expressão de sentimentos</p><p>íntimos e subjetivos pelos</p><p>autores.</p><p>Classicismo</p><p>As obras dessa época</p><p>refletiram uma tendência ao</p><p>classicismo, com a</p><p>valorização da ordem,</p><p>simetria e equilíbrio formal.</p><p>Viag ens e descobertas</p><p>Temas relacionados às</p><p>viagens marítimas e às</p><p>descobertas geográficas</p><p>foram recorrentes,</p><p>marcando o espírito</p><p>expansionista da época.</p><p>Contexto</p><p>01</p><p>Um pouco da história.</p><p>Quinhentismo</p><p>• Em Portugal, as grandes navegações impelem o espírito</p><p>português à sua vocação desbravadora e navegante. A chegada</p><p>da imprensa possibilita a divulgação das obras de autores</p><p>humanistas europeus. A Revolução de Avis alia a monarquia aos</p><p>ideais mercantilistas proporcionando a expansão marítima</p><p>portuguesa.</p><p>• A cultura e as artes florescem, desmantelando os quadros da</p><p>antiga cultura medieval. O êxodo rural provoca um surto de</p><p>urbanização, que gera as condições para o desenvolvimento de</p><p>uma nova cultura, sendo essas cidades polos de irradiação do</p><p>Renascimento. A Igreja sofre os reflexos dessa crise: as forças</p><p>burguesas rompem com o medievalismo católico no movimento</p><p>da Reforma Protestante, ao passo que as forças tradicionais</p><p>reafirmam seus dogmas católicos através das resoluções do</p><p>Concílio de Trento, nos tribunais da Inquisição, lançando as</p><p>bases para o movimento da Contrarreforma.</p><p>Quinhentismo</p><p>De um lado, a conquista material – representada</p><p>em Portugal pelas conquistas marítimas; de</p><p>outro, as mudanças espirituais – representadas</p><p>aqui pela Contrarreforma. São essas as</p><p>premissas para as primeiras manifestações da</p><p>Nova Terra: as cartas informativas – dando conta</p><p>das riquezas materiais; e a literatura jesuítica,</p><p>voltada ao trabalho de catequese.</p><p>Quinhentismo</p><p>No Brasil, a ocupação efetiva do território pelos</p><p>portugueses só começou por volta de 1530. A</p><p>atividade literária não passava de alguns textos</p><p>de informação sobre a nova terra – riquezas,</p><p>paisagens e indígenas. Para garantir o domínio</p><p>das novas terras, a metrópole portuguesa</p><p>organizou capitanias hereditárias e enviou</p><p>jesuítas para catequizar os índios.</p><p>O conjunto de manifestações dos anos de 1500,</p><p>retratando a condição colonial do Brasil, sua</p><p>terra e população, bem como as atividades</p><p>realizadas na nova terra, é chamado</p><p>de Quinhentismo. Essa literatura, apesar de</p><p>produzida em solo brasileiro, reflete o</p><p>pensamento, a visão de mundo, as ambições e</p><p>as intenções do conquistador português.</p><p>Contexto histórico do Quinhentismo</p><p>Expansão M arítim a</p><p>Portug uesa</p><p>O Quinhentismo ocorreu</p><p>durante um período de</p><p>intensas explorações e</p><p>descobrimentos marítimos</p><p>portugueses, que</p><p>estabeleceram novos</p><p>caminhos comerciais e</p><p>impérios coloniais</p><p>ultramarinos.</p><p>Renascimento Cultural</p><p>Essa época também foi</p><p>marcada pelo</p><p>Renascimento, um</p><p>movimento cultural que</p><p>valorizava o humanismo, o</p><p>individualismo e o interesse</p><p>pelo mundo natural e</p><p>antigo.</p><p>Patrocínio Real</p><p>A literatura portuguesa foi</p><p>fortemente patrocinada pela</p><p>Coroa, que financiava os</p><p>trabalhos de artistas e</p><p>intelectuais como forma de</p><p>promover o prestígio do</p><p>reino.</p><p>Whoa!</p><p>Características</p><p>02</p><p>Calma aí que depois tem mais…</p><p>Características</p><p>✓ Crônicas de viagens</p><p>✓ Textos descritivos e informativos</p><p>✓ Conquista material e espiritual</p><p>✓ Linguagem simples</p><p>✓ Utilização de adjetivos</p><p>✓ Não havia uma preocupação estética</p><p>Características do Quinhentismo</p><p>Humanismo</p><p>O Quinhentismo refletia o</p><p>pensamento humanista,</p><p>valorizando a dignidade e o</p><p>potencial do ser humano. Isso</p><p>se manifestava em uma visão</p><p>mais otimista e racional do</p><p>mundo.</p><p>Classicismo</p><p>As obras quinhentistas</p><p>seguiam os modelos</p><p>estéticos da</p><p>Antiguidade Clássica,</p><p>com ênfase na</p><p>harmonia, equilíbrio e</p><p>proporção.</p><p>Nacionalismo</p><p>O Quinhentismo em</p><p>Portugal tinha um forte</p><p>caráter nacionalista,</p><p>exaltando as glórias do</p><p>Império Português e</p><p>sua expansão</p><p>marítima.</p><p>Religiosidade</p><p>Apesar do humanismo, a</p><p>religiosidade cristã ainda</p><p>exercia uma grande</p><p>influência, com temas</p><p>morais e espirituais</p><p>presentes nas obras.</p><p>A picture is worth a thousand words</p><p>“Fac-símile” de uma das páginas da</p><p>carta original de Pero Vaz de Caminha.</p><p>Vídeo curto sobre as</p><p>próximas informações!</p><p>❑ Este tipo de literatura, também conhecido como literatura dos</p><p>viajantes ou literatura dos cronistas, como consequência das</p><p>Grandes Navegações, empenha-se em fazer um levantamento</p><p>da “terra nova”, de sua floresta e fauna, de seus habitantes e</p><p>costumes, que se apresentaram muito diferentes dos europeus.</p><p>❑ Daí ser uma literatura meramente descritiva e, como tal, sem</p><p>grande valor literário.</p><p>❑ A principal característica da carta é a exaltação da terra,</p><p>resultante do assombro do europeu diante do exotismo e da</p><p>exuberância de um mundo tropical.</p><p>❑ Com relação à linguagem, o louvor à terra transparece no uso</p><p>exagerado de adjetivos.</p><p>LITERATURA DE INFORMAÇÃO</p><p>❑ Além da literatura de informação, havia a</p><p>literatura de catequese.</p><p>❑ Ela era feita pelos padres jesuítas</p><p>portugueses que foram ao Brasil com o</p><p>objetivo de catequizar os indígenas e manter a</p><p>fé católica nos portugueses residentes em</p><p>terras brasileiras.</p><p>❑ A literatura de catequese era composta por</p><p>peças teatrais e dramatizações de passagens</p><p>bíblicas.</p><p>LITERATURA DE CATEQUESE</p><p>Autores</p><p>03</p><p>Principais autores do Q uinhentism o</p><p>o Muitos viajantes e jesuítas contribuíram</p><p>com seus relatos para informar aos que</p><p>estavam do outro lado do Atlântico suas</p><p>impressões acerca da nova terra</p><p>encontrada.</p><p>o Por isso, muitos dos textos que compõem</p><p>a literatura quinhentista, possuem forte</p><p>pessoalidade, ou seja, as impressões de</p><p>cada autor. A obra desse período que mais</p><p>se destaca é a Carta de Pero Vaz de</p><p>Caminha ao Rei de Portugal.</p><p>Principais autores do Quinhentismo</p><p>1 P ero V az d e C am inha (1450 – 1500)</p><p>❖ Escrivão-mor da esquadra liderada por Pedro Álvares Cabral (1468-</p><p>1520), Pero Vaz de Caminha, escritor e vereador português, registrou</p><p>suas primeiras impressões acerca das terras brasileiras. Fez isso por</p><p>meio da Carta de Achamento do Brasil, datada de 1.º de maio de</p><p>1500.</p><p>❖ A Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita para o Rei de Portugal, D.</p><p>Manuel, é considerada o marco inicial da Literatura Brasileira, visto</p><p>ser o primeiro documento escrito sobre a história do Brasil.</p><p>❖ Seu conteúdo aborda os primeiros contatos dos lusitanos com os</p><p>indígenas brasileiros, bem como as informações e impressões sobre</p><p>a descoberta das novas terras.</p><p>o "Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados,</p><p>assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo,</p><p>assim</p><p>pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco</p><p>mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas</p><p>andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega,</p><p>toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor</p><p>natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas,</p><p>e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com</p><p>tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso</p><p>desvergonha nenhuma."</p><p>Trechos da carta:</p><p>"Mostraram-lhes um papagaio pardo que o</p><p>Capitão traz consigo; tomaram-no logo na</p><p>mão e acenaram para a terra, como se os</p><p>houvesse ali.</p><p>Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram</p><p>caso dele.</p><p>Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram</p><p>medo dela, e não lhe queriam pôr a mão.</p><p>Depois lhe pegaram, mas como espantados.</p><p>Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido,</p><p>confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não</p><p>quiseram comer daquilo quase nada; e se</p><p>provavam alguma coisa, logo a lançavam</p><p>fora.</p><p>Trechos da carta:</p><p>"Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal</p><p>lhe puseram a boca; não gostaram dele</p><p>nada, nem quiseram mais.</p><p>Trouxeram-lhes água em uma albarrada,</p><p>provaram cada um o seu bochecho, mas</p><p>não beberam; apenas lavaram as bocas e</p><p>lançaram-na fora.</p><p>Viu um deles umas contas de rosário,</p><p>brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou</p><p>muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e</p><p>depois tirou-as e meteu-as em volta do</p><p>braço, e acenava para a terra e novamente</p><p>para as contas e para o colar do Capitão,</p><p>como se dariam ouro por aquilo."</p><p>Trechos da carta:</p><p>Principais autores do Quinhentismo</p><p>2 José de Anchieta (1534 – 1597)</p><p>✓ José de Anchieta foi historiador, gramático, poeta, teatrólogo e um</p><p>padre jesuíta espanhol.</p><p>✓ No Brasil, ele teve a função de catequizar os indígenas, sendo um</p><p>defensor desse povo contra os abusos dos colonizadores</p><p>portugueses.</p><p>✓ Dessa maneira, ele aprendeu a língua tupi e desenvolveu a</p><p>primeira gramática da língua indígena, chamada de Língua Geral.</p><p>✓ Suas principais obras são Arte de Gramática da Língua mais</p><p>Usada na Costa do Brasil (1595) e Poema à Virgem.</p><p>Principais autores do Quinhentismo</p><p>3</p><p>✓ Pero de Magalhães foi gramático, professor, historiador e</p><p>cronista português.</p><p>✓ Ficou conhecido pelos relatos que fez sobre a fauna, a flora</p><p>e a dimensão das terras brasileiras em seu livro História da</p><p>Província de Santa Cruz a que Vulgarmente Chamamos de</p><p>Brasil.</p><p>✓ Além dos animais distintos e das plantas exóticas, ele</p><p>descreve sobre os povos indígenas e a descoberta do Brasil</p><p>por Pedro Álvares Cabral.</p><p>✓ Outra obra que merece destaque é O Tratado da Terra do</p><p>Brasil (1576).</p><p>Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580)</p><p>Principais autores do Quinhentismo</p><p>4</p><p>✓ Padre Manuel da Nóbrega foi um jesuíta português e chefe da</p><p>primeira missão jesuítica à América: Armada de Tomé de Sousa</p><p>(1549).</p><p>✓ Participou da primeira missa realizada no Brasil e da fundação</p><p>das cidades de Salvador e Rio de Janeiro.</p><p>✓ O trabalho do Padre Manuel da Nóbrega, no Brasil, foi de</p><p>catequizar os índios.</p><p>Suas obras que merecem destaque são:</p><p>✓ Informação da Terra do Brasil (1549);</p><p>✓ Diálogo sobre a Conversão do Gentio (1557);</p><p>✓ Tratado contra a Antropofagia (1559).</p><p>Manuel da Nóbrega (1517-1570)</p><p>"O livro escrito por Hans Staden foi lançado na</p><p>Alemanha em 1557 e, atualmente, é conhecido</p><p>no Brasil como “Duas Viagens ao Brasil”, mas</p><p>seu nome original, quando foi lançado no século</p><p>XVI, é: História Verídica e descrição de uma terra</p><p>de selvagens, nus e cruéis comedores de seres</p><p>humanos, situada no Novo Mundo da América,</p><p>desconhecida antes e depois de Jesus Cristo</p><p>nas terras de Hessen até os dois últimos anos,</p><p>visto que Hans Staden, de Homberg, em</p><p>Hessen, a conheceu por experiência própria, e</p><p>que agora traz a público com essa</p><p>impressão."Veja mais sobre "Hans Staden" em:</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/historiab/hans-</p><p>staden.htm</p><p>“A América é uma terra extensa. Existem lá muitas tribos de</p><p>homens selvagens com diversas línguas e numerosos</p><p>animais estranhos. Tem um aspecto aprazível. As árvores</p><p>estão sempre verdes. Lá não crescem madeiras parecidas</p><p>com as nossas madeiras de Hessen. Os homens andam</p><p>nus. (…) Naquela terra existem também algumas frutas de</p><p>vegetação rasteira e arbórea, das quais homens e animais</p><p>se alimentam. As pessoas têm o corpo de cor marrom</p><p>avermelhada. Isso vem do sol, que as queima assim. É um</p><p>povo hábil, maldoso e sempre pronto para perseguir e</p><p>comer os inimigos”</p><p>Veja mais sobre "Hans Staden" em:</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/historiab/hans-staden.htm</p><p>QUESTÕES</p><p>04</p><p>Q uestões sobre Q uinhentism o</p><p>ENEM</p><p>TEXTO I</p><p>Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a</p><p>pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à</p><p>praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles</p><p>traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por</p><p>qualquer coisa que lhes davam. […] Andavam todos tão bem-</p><p>dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito</p><p>agradavam.</p><p>CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).</p><p>Questões sobre Quinhentismo</p><p>ENEM</p><p>TEXTO II</p><p>PORTINARI, C. O descobrimento do Brasil. 1956. Óleo sobre</p><p>tela, 199 x 169 cm Disponível em: www.portinari.org.br.</p><p>Acesso em: 12 jun. 2013. (Foto: Reprodução)</p><p>Q uestões sobre Q uinhentism o</p><p>1. Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra</p><p>de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-</p><p>se que</p><p>A) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas</p><p>dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária.</p><p>B) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é</p><p>a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma linguagem moderna.</p><p>C) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a</p><p>gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.</p><p>D) as duas produções, embora usem linguagens diferentes – verbal e não verbal –,</p><p>cumprem a mesma função social e artística.</p><p>E) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes,</p><p>produzidas em um mesmo momentos histórico, retratando a colonização.</p><p>Questões sobre Quinhentismo</p><p>2. (UFRN) Define-se a Literatura Informativa no Brasil como:</p><p>A. As obras que visavam a tornar mais acessíveis aos indígenas os dogmas do</p><p>cristianismo.</p><p>B. A prova de que os autores brasileiros tinham em mente emancipar-se da</p><p>influência européia.</p><p>C. O reflexo de traços do espírito expansionista da época colonial.</p><p>D. A prova do sentimento de religiosidade que caracterizou os primeiros</p><p>habitantes da nova terra descoberta.</p><p>E. A descrição dos hábitos de nomadismo predominantes entre os índios.</p><p>Q uestões sobre Q uinhentism o</p><p>3. (UFSM) Sobre a literatura produzida no primeiro século da vida colonial</p><p>brasileira, é correto afirmar que:</p><p>a) É constituída por documentos que informam acerca da terra brasileira e pela</p><p>literatura jesuítica.</p><p>b) Inicia com Prosopopeia, de Bento Teixeira.</p><p>c) É formada principalmente de poemas narrativos e textos dramáticos que</p><p>visavam à catequese.</p><p>d) Os textos que a constituem apresentam evidente preocupação artística e</p><p>pedagógica.</p><p>e) Descreve com fidelidade e sem idealizações a terra e o homem, ao relatar as</p><p>condições encontradas no Novo Mundo.</p><p>Questões sobre Quinhentismo</p><p>4. (UNISA) A “literatura jesuíta”, nos</p><p>primórdios de nossa história:</p><p>a) tem grande valor informativo;</p><p>b) marca nossa maturação clássica;</p><p>c) tem fortes doses nacionalistas.</p><p>d) está a serviço do poder real;</p><p>e) visa à catequese do índio, à instrução do</p><p>colono e sua assistência religiosa e moral;</p><p>Q uestões sobre Q uinhentism o</p><p>05. (URCA) “Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de</p><p>metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e</p><p>temperados como os de Entre-Douro-e-Minho,</p><p>porque neste tempo d'agora assim os</p><p>achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que,</p><p>querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!”</p><p>Este é um trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha sobre o “achamento” das terras do</p><p>Brasil. Das alternativas abaixo sobre a Carta só é CORRETO afirmar:</p><p>A. Cronologicamente a Carta de Pero Vaz de Caminha insere-se no Barroco brasileiro.</p><p>B. O estilo ufanista e emotivo prenuncia características do Romantismo brasileiro.</p><p>C. Entre outros textos do século XVI em forma de diários, tratados e crônicas, a Carta de</p><p>Pero Vaz de Caminha é tida como literatura de informação.</p><p>D. Escrita em versos, a Carta de Pero Vaz de Caminha é considerada o primeiro poema</p><p>épico da literatura brasileira.</p><p>E. Não se pode dizer que foi por cumprimento do dever do cargo de escrivão que Pero</p><p>Vaz de Caminha escreveu a Carta.</p><p>Questões sobre Quinhentismo</p><p>06. (EsPCEx) Assinale a alternativa correta em relação ao Quinhentismo brasileiro.</p><p>A) É um período em que não se pode falar numa literatura brasileira, e sim em</p><p>literatura ligada ao Brasil mas que reflete as ambições e intenções do homem</p><p>europeu.</p><p>B) É o primeiro movimento literário ocorrido no Brasil, tendo como destaque o poeta</p><p>Basílio da Gama. É uma escola de exaltação do sentimento de brasilidade.</p><p>C) É um período bastante produtivo da literatura brasileira, com importantes poetas</p><p>exaltando as qualidades da nova terra.</p><p>D) É composta de crônicas de viagem e de uma vasta produção jesuítica, com</p><p>objetivos de descrever o interior do Brasil e converter índios e negros à fé católica.</p><p>E) É uma fase inicial da nossa literatura, mas essencial para a formação cultural</p><p>brasileira pela qualidade dos poemas e romances nela produzidos.</p><p>Q uestões sobre Q uinhentism o</p><p>7. (UPE) Escrita por Pero Vaz de Caminha, a Carta do Achamento do Brasil</p><p>A. Descreve a terra descoberta, supostamente as Índias, cuja cultura dos</p><p>habitantes era completamente conhecida por parte dos portugueses que</p><p>atracaram nas praias.</p><p>B. Denuncia as mazelas da terra, a pobreza e a inviabilidade de colonizá‐la por</p><p>ser um território inóspito, pobre e muito quente.</p><p>C. Atrai a curiosidade e a ambição dos habitantes do velho mundo, para que</p><p>eles, movidos pelo desejo de conhecer a nova terra, enfrentassem os perigos da</p><p>viagem e viessem a habitá‐la e colonizá‐la.</p><p>D. É um texto literário, tendo em vista que a imaginação fértil de seu autor não</p><p>lhe confere a menor credibilidade histórica.</p><p>E. É o primeiro documento histórico produzido em terras brasileiras, construído</p><p>por uma linguagem técnica, científica, cujo significado só pode ser captado por</p><p>intelectuais.</p><p>Questões sobre Quinhentismo</p><p>TEXTO I</p><p>José de Anchieta fazia parte da Companhia de Jesus, veio ao Brasil aos 19 anos para</p><p>catequizar a população das primeiras cidades brasileiras e, como instrumento de</p><p>trabalho, escreveu manuais, poemas e peças teatrais.</p><p>TEXTO II</p><p>Todo o Brasil é um jardim em frescura e bosque e não se vê em todo ano árvore nem</p><p>erva seca.</p><p>Os arvoredos se vão às nuvens de admirável altura e grossura e variedade de</p><p>espécies. Muitos dão bons frutos e o que lhes dá graça é que há neles muitos</p><p>passarinhos de grande formosura e variedades e em seu canto não dão vantagem aos</p><p>rouxinóis, pintassilgos, colorinos e canários de Portugal e fazem uma harmonia</p><p>quando um homem vai por este caminho, que é para louvar o Senhor, e os bosques</p><p>são tão frescos que os lindos e artificiais de Portugal ficam muito abaixo.</p><p>(ANCHIETA, José de. Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre Joseph de Anchieta. Rio de Janeiro:</p><p>S.J., 1933, 430-31 p.)</p><p>Q uestões sobre Q uinhentism o</p><p>8. A leitura dos textos revela a preocupação de Anchieta com a exaltação da religiosidade.</p><p>No texto 2, o autor exalta ainda, a beleza natural do Brasil por meio:</p><p>a) Do emprego de primeira pessoa para narrar a história de pássaros e bosques brasileiros,</p><p>comparando-os aos de Portugal.</p><p>b) Da adoção de procedimentos típicos do discurso argumentativo para defender a beleza</p><p>dos pássaros e bosques de Portugal.</p><p>c) Da descrição de elementos que valorizam o aspecto natural dos bosques brasileiros, a</p><p>diversidade e a beleza dos pássaros do Brasil.</p><p>d) Do uso de indicações cênicas do gênero dramático para colocar em evidência a frescura</p><p>dos bosques brasileiros e a beleza dos rouxinóis.</p><p>e) Do uso tanto de características da narração quanto do discurso argumentativo para</p><p>convencer o leitor da superioridade de Portugal em relação ao Brasil.</p><p>Questões sobre Quinhentismo</p><p>9. (MACKENZIE) “Quando morre algum dos seus põem-lhe sobre a sepultura</p><p>pratos, cheios de viandas, e uma rede (…) mui bem lavada. Isto, porque creem,</p><p>segundo dizem, que depois que morrem tornam a comer e descansar sobre a</p><p>sepultura. Deitam-nos em covas redondas, e, se são principais, fazem-lhes uma</p><p>choça de palma. Não têm conhecimento de glória nem inferno, somente dizem</p><p>que depois de morrer vão descansar a um bom lugar. (…) Qualquer cristão, que</p><p>entre em suas casas, dão-lhe a comer do que têm, e uma rede lavada em que</p><p>durma. São castas as mulheres a seus maridos.”</p><p>Padre Manuel da Nóbrega.</p><p>O texto, escrito no Brasil colonial:</p><p>Q uestões sobre Q uinhentism o</p><p>a) Pertence a um conjunto de documentos da tradição histórico literária brasileira,</p><p>cujo objetivo principal era apresentar à metrópole as características da colônia recém</p><p>descoberta.</p><p>b) Já antecipa, pelo tom grandiloquente de sua linguagem, a concepção idealizadora</p><p>que os românticos brasileiros tiveram do indígena.</p><p>c) É exemplo de produção tipicamente literária, em que o imaginário renascentista</p><p>transfigura os dados de uma realidade objetiva.</p><p>d) É exemplo característico do estilo árcade, na medida em que valoriza</p><p>poeticamente o “bom selvagem”, motivo recorrente na literatura brasileira do século</p><p>XVIII.</p><p>e) Insere-se num gênero literário específico, introduzido nas terras americanas por</p><p>padres jesuítas com o objetivo de catequizar os indígenas brasileiros.</p><p>Questões sobre Quinhentismo</p><p>Sermão da Sexagésima</p><p>E se quisesse Deus que este tão ilustre e tão numeroso auditório saísse hoje tão desenganado da</p><p>pregação, como vem enganado com o pregador! Ouçamos o Evangelho, e ouçamo-lo todo, que todo</p><p>é do caso que me levou e trouxe de tão longe. [...] Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos pelo</p><p>Mundo, disse-lhes desta maneira: Euntes in mundum universum, praedicate omni creaturae: “Ide e</p><p>pregai a toda a criatura”. Como assim, Senhor?! Os animais não são criaturas?! As árvores não são</p><p>criaturas?! As pedras não são criaturas?! Pois hão os Apóstolos de pregar às pedras?! Hão-de pregar</p><p>aos troncos?! Hão-de pregar aos animais?! Sim, diz S. Gregório, depois de Santo Agostinho. Porque</p><p>como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas bárbaras e incultas, haviam</p><p>de achar os homens degenerados em todas as espécies de criaturas: haviam de achar homens</p><p>homens, haviam de achar homens brutos, haviam de achar homens troncos, haviam de achar</p><p>homens pedras.</p><p>VIEIRA, Padre Antônio. Sermão da Sexagésima. Disponível em: http://bocc.ubi.pt/pag/vieira-antonio-</p><p>sermaosexagesima.html. Acesso em: 15 ago. 2022.</p><p>Q uestões sobre Q uinhentism o</p><p>10. O sermão de Padre Antônio Vieira pertence à chamada Literatura</p><p>de Catequese, movimento que fez parte do Quinhentismo. Um dos</p><p>objetivos desse tipo de texto é</p><p>A) informar sobre os feitos de Jesus Cristo e justificar sua divindade.</p><p>B) defender a diversidade religiosa, desde que benéfica ao homem.</p><p>C) buscar converter as pessoas à fé católica por meio da pregação.</p><p>D) evidenciar uma relação entre a fé cristã e a cultura paganista.</p><p>CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo, and</p><p>includes icons by Flaticon, and infographics & images by Freepik</p><p>Thanks!</p><p>Do you have any questions?</p><p>youremail@freepik.com</p><p>+34 654 321 432</p><p>yourwebsite.com</p><p>Please keep this slide for attribution</p><p>https://bit.ly/3A1uf1Q</p><p>http://bit.ly/2TyoMsr</p><p>http://bit.ly/2TtBDfr</p>