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<p>Parasitologia</p><p>SCHISTOSOMA MANSONI – ESQUISTOSSOMOSE</p><p>o parasito é caracterizado pelo dimorfismo sexual,→</p><p>o macho adulto possui 2 ventosas: a oral e o</p><p>acetábulo, o canal ginecóforo alberga a fêmea, a</p><p>fêmea adulta é mais longa que o macho e as</p><p>ventosas (oral e acetábulo) são pequenas, em</p><p>seguida é encontrado vulva, útero e ovário</p><p>OVOS: são ovalados, possuem um espículo voltado</p><p>pra trás na parte mais larga e num estágio maduro</p><p>apresenta o miracídio (embrião) no seu interior</p><p>* os ovos infectam o caramujo</p><p>* espículo: serve para perfurar a parede do vaso</p><p>sanguíneo e facilitar a sua eliminação junto as fezes</p><p>do hospedeiro</p><p>CERCÁRIA: forma infectante para o humano, possui</p><p>uma cauda bifurcada e duas ventosas (oral e</p><p>ventral), a ventosa oral é constituída por glândulas</p><p>de penetração e a ventosa posterior auxilia no</p><p>processo de penetração</p><p>CICLO BIOLÓGICO</p><p>o homem elimina nas fezes os ovos do S. mansoni,→</p><p>os ovos eclodem e liberam o miracídio, que nadam e</p><p>penetram em hospedeiros intermediários</p><p>(caramujos), no caramujo os miracídios se</p><p>diferenciam em esporocisto I e na segunda semana</p><p>se transforma em esporocisto II, que migram para as</p><p>glândulas digestivas ou hepatopâncreas onde</p><p>originam as cercárias, após a expulsão dos</p><p>caramujos as cercárias nadam e penetram a pele do</p><p>ser humano após a penetração, as cercárias→</p><p>perdem sua cauda bifurcada tornando-se larvas</p><p>esquistossômulos, que migram através de vários</p><p>tecidos até chegar ao sistema porta-hepático e se</p><p>mantém ali até se desenvolver em macho e fêmea, os</p><p>vermes adultos migram acasalados até as veias</p><p>mesentéricas onde farão a oviposição</p><p>PATOGENIA</p><p>- reação inflamatória</p><p>- pressão dos ovos</p><p>- lesão de mucosas hemorragias→</p><p>- enzima citolítica produzida pelo miracídios</p><p>- descamação epitelial</p><p>- espoliação de ferro</p><p>cercárias: dermatite cercariana (eritema, edema,</p><p>pápulas e dor, acompanhada de exantema, prurido</p><p>ou manifestação alérgica local) por 2 ou 3 dias</p><p>esquistossômulos: atingem os pulmões em 72hrs e o</p><p>fígado na 2° semana de infecção (febre, eosinofilia,</p><p>linfadenite, esplenomegalia, hepatomegalia e</p><p>urticária)</p><p>adultos: podem viver de 3 a 10 anos na veia</p><p>mesentérica inferior sem provocar grandes</p><p>consequências, promovem ação espoliativa de ferro</p><p>ovos: em grande n° pode provocar hemorragias</p><p>intestinais, edema de submucosa e processos</p><p>degenerativos causando pequenas úlceras, quando</p><p>transportado para o fígado provoca uma reação</p><p>inflamatória do tipo granulomatosa que se</p><p>desenvolvem em fase necrótica-exsudativa, fase de</p><p>reação histiocitária, fase de cura ou fibrose</p><p>ESQUISTOSSOMOSE AGUDA</p><p>*fase pré-postural(sem ovos) 10 a 35 dias após a</p><p>infecção, sintomática ou não</p><p>50 a 120 dias após a infecção, presença maciça→</p><p>de ovos</p><p>- pode promover áreas de necrose no intestino</p><p>- enterocolite aguda</p><p>- formação de granulomas no fígado</p><p>- desconforto abdominal</p><p>- hepatite aguda/hepatomegalia</p><p>- morte</p><p>ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA</p><p>° forma intestinal</p><p>- diarreias repetidas que podem ser muco-</p><p>sanguinolentas</p><p>- dores abdominais intermitentes</p><p>- tenesmo cólica com evacuação mínima→</p><p>- normalmente intercala diarreia e constipação</p><p>- diminuição do peristaltismo</p><p>- fibrose</p><p>° forma hepática</p><p>- manifestações decorrentes da hipertensão porta</p><p>que evolui para esplenomegalia, edemas e ascite</p><p>devido a obstrução do sistema porta hepático</p><p>aparece uma circulação colateral anormal entre o</p><p>sistema porta e o da veia cava</p><p>- fibrose do fígado criando dificuldade à→</p><p>passagem do sangue venoso através do órgão</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>deve levar em conta os dados epidemiológicos,→</p><p>viagem para área endêmica e a origem do paciente</p><p>e hábitos de pescaria ou banhos em rios e lagos</p><p>- parasitológico de fezes</p><p>- biópsia retal</p><p>- ultrassonografia alteração hepática e→</p><p>determinar o grau de fibrose</p><p>TRATAMENTO</p><p>- utilizado para diminuir a carga parasitária e</p><p>impedir a evolução para formas graves</p><p>Oxamniquine, dose única V.O</p><p>Praziquantel, dose única V.O</p><p>PROFILAXIA</p><p>- tratamento dos portadores</p><p>- saneamento básico e educação sanitária</p><p>- evitar contato com o caramujo</p><p>- combate ao caramujo libera cercárias por toda→</p><p>a vida</p><p>- evitar banhos em lagos e rios, principalmente nos</p><p>horários mais quentes</p><p>FASCIOLA HEPÁTICA – FASCIOLOSE</p><p>o verme adulto possui coloração parda-→</p><p>acinzentada, trata-se de um parasito hermafrodita,</p><p>normalmente encontrado no interior das vias biliares</p><p>e alvéolos pulmonares no ser humano</p><p>OVOS: ovoides, com massa embrionária em seu</p><p>interior, com um opérculo em um dos lados, são</p><p>levados para o intestino junto com bile e eliminado</p><p>com as fezes</p><p>CICLO BIOLÓGICO</p><p>o homem elimina os ovos imaturos do parasita nas→</p><p>fezes, os ovos se tornam embrionados em água, os</p><p>ovos eclodem e libertam os miracídios</p><p>o muco produzido pelo caramujo atrai o miracídio→</p><p>que penetram no tecido do mesmo, no caramujo os</p><p>miracídios se transformam em esporocistos que</p><p>originarão várias rédias ou cercárias, as cercárias</p><p>são liberadas do caramujo</p><p>as cercárias se aderem a vegetação aquática ou→</p><p>outras superfícies onde se encistam formando as</p><p>metacercárias os humanos se infectam ao beber→</p><p>água ou comer verduras com as metacercárias, no</p><p>intestino elas desencistam e perfuram a parede</p><p>intestinal, caem na cavidade peritoneal e migram</p><p>para o parênquima hepático</p><p>dois meses depois são encontradas nos ductos→</p><p>biliares, onde eles se desenvolvem em verme adulto</p><p>PATOGENIA</p><p>na fase aguda, tem o acometimento do→</p><p>parênquima hepático, estando associados as formas</p><p>jovens do parasito enquanto as formas adultas estão</p><p>relacionadas a fase crônica e estão presentes nos</p><p>ductos biliares</p><p>- as migrações das formas imaturas no parênquima</p><p>hepático, causando destruição no parênquima</p><p>passando a ser substituído por tecido conjuntivo</p><p>fibroso, provoca necrose parcial ou total de lóbulos</p><p>hepáticos</p><p>- os sintomas podem ser dor abdominal, ascite e</p><p>levar o hospedeiro a óbito</p><p>- os vermes adultos quando alojados nos ductos</p><p>biliares provocarão lesões traumáticas e espoliação</p><p>sanguínea, levando a ulcerações no endotélio</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>pequisa de ovos nas fezes ou na bile→</p><p>TRATAMENTO</p><p>Bithiono V.O por 10 dias</p><p>Deidroemetina V.O ou injetável por 10 dias</p><p>Albendazol</p><p>PROFILAXIA</p><p>- controle dos caramujos</p><p>- tratamento de animais e outros hospedeiros</p><p>- isolamento de pastos úmidos</p><p>- vacinação dos animais</p><p>- cuidado na higienização dos alimentos</p><p>TAENIA SOLIUM E TAENIA SAGINATA – TENÍASE E</p><p>CISTICERCOSE</p><p>são conhecidas como solitárias, normalmente→</p><p>apresentam apenas um exemplar do parasito no</p><p>hospedeiro</p><p>- constituídos por um corpo achatado na forma de</p><p>fita e todo segmentado, na região anterior</p><p>encontra-se o escólex (órgão de fixação)</p><p>- possuem um sistema nervoso simples e sistema</p><p>excretor</p><p>TAENIA SOLIUM</p><p>são encontrados na musculatura de suínos e→</p><p>acidentalmente nos humanos, a fixação ocorre no</p><p>início do jejuno por meio do escólex, através de</p><p>quatro ventosas e do rostro armado com dupla coroa</p><p>de acúleos</p><p>- as proglotes maduras de soltam do estróbilo e são</p><p>eliminados junto com as fezes</p><p>* apresentam ramificações uterinas pouco</p><p>numerosas</p><p>- as proglotes e/ou ovos eliminados com as fezes,</p><p>poderão ser ingeridas por suínos, os ovos nesses</p><p>animais irão se desenvolver em cisticercos nos mais</p><p>variados tecidos</p><p>- a infecção humana é resultante da ingestão da</p><p>carne crua ou malcozida com cisticercos viáveis</p><p>A: T. solium escólex com rostro armado</p><p>B: T. saginata escólex sem rostro</p><p>TAENIA SAGINATA</p><p>verme adulto não possui ganchos no escólex,→</p><p>quando os ovos são inseridos pelos bovinos,</p><p>desenvolverão a fase larvária em sua musculatura, o</p><p>homem ingere a carne crua ou malcozida com</p><p>cisticercos viáveis e passa a ter um quadro de</p><p>teníase</p><p>CISTICERCOSE</p><p>ocorre com</p><p>a ingestão acidental dos ovos de → T.</p><p>solium</p><p>- os ovos presentes na água e alimentos ao serem</p><p>ingeridos pelo homem passam estômago e duodeno,</p><p>migram para as vilosidades intestinais onde</p><p>penetram com auxílio dos acúleos, depois penetram</p><p>nas vênulas, tingem a circulação sanguínea e em</p><p>seguida são disseminadas para os tecidos e órgãos</p><p>do hospedeiro</p><p>*causa sequelas mais graves</p><p>CICLO BIOLÓGICO</p><p>homem infectado elimina as proglotes contendo→</p><p>milhares de ovos junto com as fezes, esses ovos</p><p>poderão ser ingeridos por seus respectivos</p><p>hospedeiros (bovinos:T. saginata; suínos: T. solium)</p><p>- após a ingestão, os ovos sofrerão ação de enzimas</p><p>digestivas, e as oncosferas serão liberadas, migram</p><p>para as veias e são distribuídas paras os mais</p><p>variados tecidos e órgãos pela circulação sanguínea,</p><p>e originaram os cisticercos (suíno: Cysticercus</p><p>cellulosae; bovino: Cysticercus bovis)</p><p>- a continuidade do ciclo ocorrerá quando o homem</p><p>ingerir a carne com os cisticercos viáveis</p><p>- após a ingestão, os cisticercos, sofrem a ação do</p><p>suco gástrico e passam pelo processo de</p><p>desinvaginação (liberação da larva de dentro do</p><p>envoltório) e na mucosa intestinal fixará escólex,</p><p>onde irá se desenvolver até a fase adulta</p><p>- três meses após a infecção o mamífero começará a</p><p>liberar as proglotes junto com suas fezes, se o ser</p><p>humano acidentalmente ingerir os ovos de T. solium,</p><p>o mesmo desenvolverá a cisticercose humana</p><p>MECANISMOS DE TRANSMISSÃO</p><p>teníase: através da ingestão de carnes cruas ou→</p><p>malcozidas contendo o cisticerco da T. saginata ou T.</p><p>solium</p><p>cisticercose: ingestão dos ovos de → T. solium das</p><p>seguintes formas</p><p>- heteroinfecção: ingestão acidental por meio de</p><p>água e alimentos contaminados ou por mãos sujas</p><p>- autoinfecção externa: transmissão oral-fecal</p><p>- autoinfecção interna: movimentos antiperistálticos</p><p>ou de vômito, onde as proglotes grávidas são</p><p>levadas até o estômago, e sofre ação de enzimas</p><p>digestivas, os ovos eclodem e liberam as oncosferas,</p><p>causando cisticercose maciça</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>exames parasitológicos de fezes (presença de→</p><p>proglotes e ovos) e diagnóstico por imagem</p><p>(tomografia, ressonância magnética)</p><p>* raio-x evidencia somente os cisticercos calcificados</p><p>TRATAMENTO</p><p>° teníase</p><p>- niclosamida, praziquantel e sementes de abóbora</p><p>° cisticercose</p><p>- praziquantel, albendazol e talvez o uso de</p><p>anticonvulsivantes</p>

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