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<p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos</p><p>Estaduais) Direito Tributário - 2023</p><p>(Pré-Edital)</p><p>Autor:</p><p>Fábio Dutra</p><p>27 de Janeiro de 2023</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>Índice</p><p>..............................................................................................................................................................................................1) Competência Tributária - Aspectos Gerais 3</p><p>..............................................................................................................................................................................................2) Características da Competência Tributária 7</p><p>..............................................................................................................................................................................................3) Classificação da Competência Tributária 12</p><p>..............................................................................................................................................................................................4) Competência Tributária, Bitributação e Bis in Idem 19</p><p>..............................................................................................................................................................................................5) Divisão da Competência Tributária na CF 22</p><p>..............................................................................................................................................................................................6) Impostos - Aspectos Gerais 29</p><p>..............................................................................................................................................................................................7) Imposto de Importação 31</p><p>..............................................................................................................................................................................................8) Imposto de Exportação 36</p><p>..............................................................................................................................................................................................9) Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza 39</p><p>..............................................................................................................................................................................................10) Imposto sobre Produtos Industrializados 43</p><p>..............................................................................................................................................................................................11) Imposto sobre Operações Financeiras 50</p><p>..............................................................................................................................................................................................12) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural 55</p><p>..............................................................................................................................................................................................13) Imposto sobre Grandes Fortunas 61</p><p>..............................................................................................................................................................................................14) Questões Comentadas - Competência Tributária - Multibancas 64</p><p>..............................................................................................................................................................................................15) Questões Comentadas - Impostos da União - Multibancas 91</p><p>..............................................................................................................................................................................................16) Lista de Questões - Competência Tributária - Multibancas 97</p><p>..............................................................................................................................................................................................17) Lista de Questões - Impostos da União - Multibancas 114</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>2</p><p>119</p><p>COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA</p><p>Sabe-se que a imunidade pode ser considerada uma incompetência tributária, pois a CF/88, de um lado</p><p>previu a competência para criar tributos, de outro estabeleceu algumas limitações a esta competência, entre</p><p>as quais estão as imunidades.</p><p>A essa competência para criar ou instituir tributos denominamos competência tributária.</p><p>Como é decorrência do princípio da legalidade (estudado em aula anterior), que preceitua que a instituição</p><p>de tributos deve ser feita sempre por intermédio de lei formal, a competência tributária pressupõe a</p><p>competência legislativa para instituir o tributo. Portanto, os tributos só podem ser instituídos por leis</p><p>ordinárias, medidas provisórias e leis complementares (em alguns casos). É por isso que o caput do art. 6º,</p><p>do CTN, previu que a atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência</p><p>legislativa plena.</p><p>Neste momento, deve ter pairado alguma dúvida sobre quem poderia instituir tributos. A princípio, você</p><p>deve entender que apenas os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) possuem</p><p>autonomia para instituição, extinção, majoração ou redução de tributos.</p><p>Se um ente federado é destinatário dos recursos provenientes de tributos arrecadados</p><p>por outro ente federativo, isso não produz qualquer efeito sobre a competência</p><p>tributária deste ente (quem distribuiu a receita tributária).</p><p>De acordo com o art. 6º, par. único, do CTN, os tributos cuja receita seja distribuída, no</p><p>todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência</p><p>legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. Portanto, a título de exemplo, quando</p><p>o Estado distribui parte de suas receitas decorrentes da arrecadação do IPVA com os</p><p>Municípios localizados em seu território, a competência tributária para instituir o IPVA</p><p>continua pertencendo ao Estado.</p><p>Até aqui você já deve estar ter percebido que a Constituição Federal de 1988 não criou nenhum tributo, mas</p><p>unicamente definiu a competência tributária de cada ente para que este institua os tributos.</p><p>Além da competência tributária, a CF/88 determinou que deve haver, também, a competência para legislar</p><p>sobre direito tributário. Isso não se confunde com a competência tributária, pois aqui o objetivo é traçar</p><p>regras sobre o exercício da competência tributária. Assim, embora ambas decorram de lei, possuem</p><p>objetivos diferentes, ok?</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>3</p><p>119</p><p>Por exemplo, compete à União legislar sobre direito tributário, como será visto a seguir, mas isso não torna</p><p>este ente competente para instituir o IPTU ou o ISS, já que se trata de imposto de competência municipal e</p><p>distrital.</p><p>Memorize:</p><p>-A CF não cria tributo, apenas estabelece a competência tributária dos entes políticos.</p><p>-A competência para legislar sobre direito tributário não se confunde com a competência</p><p>tributária.</p><p>Vamos esquematizar isso para você não confundir:</p><p>Para entender a previsão da competência para legislar sobre direito tributário, vejamos o que diz o art. 24,</p><p>I, da CF/88 e seus parágrafos:</p><p>Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente</p><p>sobre:</p><p>I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;</p><p>COMPETÊNCIA</p><p>LEGISLATIVA</p><p>Competência</p><p>Tributária</p><p>Instituição de Tributos</p><p>Competência p/</p><p>legislar sobre D.T.</p><p>Regras sobre o exercício</p><p>(documento base do despacho de</p><p>importação), ele deve informar o código da mercadoria que está trazendo para o País, seguindo regras</p><p>específicas para classificação. Novamente, eu alerto: você não precisa saber nada mais do que isso para</p><p>fazer uma prova de Direito Tributário.</p><p>Quando o CTN estabelece, em seu art. 21, que tanto a base de cálculo como as alíquotas</p><p>do II podem ser alteradas sem necessidade de lei, entenda-se que apenas as alíquotas</p><p>possuem tal flexibilidade.</p><p>O mesmo raciocínio serve para o IE (art. 26) e IOF (art. 65)!</p><p>Por fim, ressalte-se que, a competência para alteração das alíquotas tanto do II, como do IE, não são</p><p>privativas do Presidente da República. Ou seja, é possível outorgar essa competência à Câmara de</p><p>Comércio Exterior (CAMEX). Trata-se de entendimento pacífico no âmbito do STF (RE 570.680/RS).</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>33</p><p>119</p><p>Contribuintes</p><p>De acordo com a literalidade do art. 22 do CTN, os contribuintes do II são os seguintes:</p><p>Art. 22. Contribuinte do imposto é:</p><p>I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;</p><p>II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.</p><p>Quem seriam os equiparados ao importador? O Decreto-Lei 37/1966 nos responde:</p><p>Art.31 - É contribuinte do imposto:</p><p>I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria</p><p>estrangeira no Território Nacional;</p><p>II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente;</p><p>III - o adquirente de mercadoria entrepostada.</p><p>Conforme eu já havia dito, a arrematação não constitui, na prática, fato gerador do imposto. Por esse motivo,</p><p>o arrematante não foi eleito como contribuinte do imposto no DL 37/66. Ok?</p><p>Em provas de Direito Tributário, normalmente as questões cobram o disposto no CTN. Por</p><p>isso, recomendo memorizar o que consta em seus arts. 20 e 22!</p><p>Lançamento</p><p>O lançamento do II ocorre por homologação. Conforme aprendemos, trata-se de modalidade em que a</p><p>participação do contribuinte é essencial para a arrecadação do tributo.</p><p>Síntese do II</p><p>IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO</p><p>Competência: União</p><p>Finalidade: Extrafiscal</p><p>Fato Gerador: Entrada de produtos estrangeiros em território nacional</p><p>Base de Cálculo: Se alíquota específica: unidade de medida adotada pela lei;</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>34</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>Se alíquota ad valorem: Valor Aduaneiro (preço normal).</p><p>Alíquota: Reduzida/Majorada por ato do Poder Executivo (condições/limites legais)</p><p>Obs.: Constitui exceção aos princípios Anterioridade Anual/Nonagesimal</p><p>Contribuinte: Importador ou quem a ele a lei equiparar</p><p>Lançamento: Por homologação</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>35</p><p>119</p><p>Imposto de Exportação</p><p>Assim como o Imposto de Importação, o IE é um imposto cujo objetivo principal é a intervenção no controle</p><p>do comércio exterior, possuindo claramente finalidade extrafiscal.</p><p>Por conseguinte, a alteração das suas alíquotas também foi excepcionada do princípio da legalidade (art.</p><p>153, § 1º, da CF/88), bem como do princípio da anterioridade e noventena.</p><p>Vamos, pois, estudar adiante alguns detalhes pertinentes a esse imposto.</p><p>Fato Gerador</p><p>Em cumprimento ao comando constitucional que determina que os fatos geradores dos impostos sejam</p><p>definidos em lei complementar, o CTN dispôs o seguinte:</p><p>Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de</p><p>produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território</p><p>nacional.</p><p>Observação:</p><p>Produtos Nacionais: são os que foram produzidos no país.</p><p>Produtos Nacionalizados: são os produtos estrangeiros importados a título definitivos para</p><p>o país e submetidos ao desembaraço aduaneiro.</p><p>De forma análoga ao II, embora a o fato gerador do IE seja a saída dos produtos nacionais ou nacionalizados</p><p>(mercadoria importa anteriormente a título “definitivo”), há o momento, para fins de cálculo, em que se</p><p>considera ocorrido o fato gerador. Vejamos o que diz o parágrafo único do art. 213 do Regulamento</p><p>Aduaneiro (Decreto 6.759/2009):</p><p>Parágrafo único. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador</p><p>na data de registro do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior</p><p>(SISCOMEX).</p><p>Sendo assim, o cálculo do imposto é feito com base na alíquota vigente na data do registro da exportação</p><p>no SISCOMEX, independentemente da data da efetiva saída das mercadorias do território nacional.</p><p>Destaque-se que o STF (RE-AgR-ED 234.954) segue a linha de entendimento acima expendida.</p><p>Observação: O Registro de Exportação (RE) foi substituído pela Declaração Única de</p><p>Exportação (DU-E).</p><p>Acrescentamos que, na Legislação Aduaneira, também há um regime aduaneiro especial denominado</p><p>exportação temporária, que tem por objetivo permitir a saída temporária de bens do território nacional,</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>36</p><p>119</p><p>com suspensão de impostos. Na exportação temporária, o imposto de exportação fica suspenso com a</p><p>condição de a mercadoria voltar no prazo determinado.</p><p>Base de Cálculo e Alíquotas</p><p>Vejamos o que diz o art. 24 do CTN:</p><p>Art. 24. A base de cálculo do imposto é:</p><p>I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;</p><p>II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar,</p><p>alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.</p><p>Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto</p><p>ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a</p><p>operação de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no</p><p>mercado internacional o custo do financiamento.</p><p>Caro candidato, não há muitas observações a serem feitas acerca desse imposto. O importante é que o</p><p>candidato conheça a literalidade do CTN, as exceções previstas na CF/88, por se tratar de um imposto</p><p>extrafiscal, e o detalhe de que apenas a alíquota pode ser majorada pelo Poder Executivo (a base de cálculo</p><p>não pode).</p><p>Apenas a título de curiosidade, vejamos o que diz o Decreto-Lei 1.578/1977 (base legal do Imposto de</p><p>Exportação) a respeito da alíquota do IE:</p><p>Art. 3o A alíquota do imposto é de trinta por cento, facultado ao Poder Executivo reduzi-</p><p>la ou aumentá-la, para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.</p><p>Parágrafo único. Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a</p><p>cinco vezes o percentual fixado neste artigo.</p><p>Sendo assim, a alíquota base é 30%, podendo ser reduzida ou majorada. “Qual seria o limite máximo?”</p><p>Vamos calcular: 30 x 5 = 150%.</p><p>Por último, não se esqueça de que a CAMEX também pode alterar a alíquota do IE. Ok?</p><p>Contribuinte</p><p>De maneira bem direta, o art. 27 do CTN estabeleceu que o contribuinte do Imposto de Exportação é o</p><p>exportador ou quem a ele a lei equiparar.</p><p>Pela redação do Regulamento Aduaneiro, inferimos qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do</p><p>território aduaneiro (entenda-se território nacional) é considerada exportador.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>37</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>Lançamento</p><p>O IE segue a mesmo procedimento</p><p>de lançamento do II, que é feito por homologação. Não custa repetir que</p><p>a participação do contribuinte é essencial para a arrecadação do tributo.</p><p>Síntese do IE</p><p>IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO</p><p>Competência: União</p><p>Finalidade: Extrafiscal</p><p>Fato Gerador: Saída de produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional</p><p>Base de Cálculo: Se alíquota específica: unidade de medida adotada pela lei;</p><p>Se alíquota ad valorem: Preço normal.</p><p>Alíquota: Reduzida/Majorada por ato do Poder Executivo (condições/limites legais)</p><p>Obs.: Constitui exceção aos princípios Anterioridade Anual/Nonagesimal</p><p>Contribuinte: Exportador ou quem a ele a lei equiparar</p><p>Lançamento: Por homologação</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>38</p><p>119</p><p>Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR)</p><p>O Imposto de Renda é mais um dos impostos de competência da União, previsto no art. 153, III, da CF/88.</p><p>Trata-se de imposto com finalidade fiscal, pois o objetivo da sua instituição é arrecadar recursos para o</p><p>Estado. Como prova disso, é o imposto federal com maior volume de arrecadação.</p><p>Antes de estudarmos as disposições do Código Tributário Nacional acerca desse imposto, é importante</p><p>destacar que a CF/88 submeteu a majoração do IR ao princípio da anterioridade, mas a excepcionou do</p><p>princípio da noventena (aposto que você se lembra disso!).</p><p>Ademais, no art. 153, § 2º, I, o legislador constituinte estabeleceu que o IR será informado pelos critérios de</p><p>generalidade, universalidade e progressividade, na forma da lei. O que vem a ser isso? Vejamos!</p><p>Generalidade → significa dizer que a tributação alcança todas as pessoas.</p><p>Universalidade→ significa dizer que a tributação alcança todas as espécies de</p><p>rendimentos.</p><p>Progressividade→ significa tributar com alíquotas maiores (progressivas) rendimentos</p><p>mais elevados.</p><p>Em síntese, perceba que os três critérios decorrem do princípio da isonomia, alcançando as pessoas de um</p><p>modo geral (generalidade), e as rendas de modo universal (universalidade), sempre considerando que aquele</p><p>que ganha mais deve sofrer maior incidência tributária (progressividade). Não ficou difícil, correto?</p><p>Fato Gerador</p><p>Para compreender o fato gerador do Imposto de Renda, vamos nos debruçar sobre o art. 43 do CTN:</p><p>Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer</p><p>natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:</p><p>I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de</p><p>ambos;</p><p>II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não</p><p>compreendidos no inciso anterior.</p><p>É importante que saibamos diferenciar a disponibilidade econômica e a jurídica:</p><p>• Disponibilidade Jurídica: ocorre quando se tem direito a um crédito, não sujeito a alguma condição, ou</p><p>seja, um direito que seja certo.</p><p>• Disponibilidade Econômica: ocorre quando se obtém dinheiro em espécie (ou crédito em conta) ou bens</p><p>nele conversíveis.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>39</p><p>119</p><p>Em qualquer uma das disponibilidades, tem-se por ocorrido o fato gerador do Imposto de</p><p>Renda, conforme art. 43, caput, do CTN.</p><p>Além disso, precisamos também ter uma noção dos conceitos de renda e proventos de qualquer natureza,</p><p>já que esses são os dois pressupostos de incidência do IR.</p><p>Nos dizeres do CTN, o conceito de renda pode ser entendido como produto do capital, do trabalho ou da</p><p>combinação do trabalho e do capital. Vamos exemplificar:</p><p>Produto do capital → João é acionista de uma grande empresa e recebe dividendos</p><p>decorrentes do lucro auferido por esta. Trata-se de produto do capital, do dinheiro por ele</p><p>investido na sociedade.</p><p>Produto do trabalho → José é empregado de um posto de gasolina. Ao final do mês, recebe</p><p>o produto do seu trabalho, ou seja, seu salário.</p><p>Combinação de produto do capital com produto do trabalho → Pedro montou uma</p><p>lanchonete, onde exerce a função de sócio e administrador. Ao final do mês, ele recebe</p><p>rendimentos decorrentes do seu trabalho e do seu capital nela investido.</p><p>Acredito que com os exemplos acima, não restou dúvida nenhuma sobre o conceito de renda. Entretanto, o</p><p>que vem a ser provento?</p><p>Trata-se de acréscimo patrimonial que não esteja compreendido no conceito de renda, que é o produto do</p><p>trabalho ou capital. Imagino que você queira mais um exemplo, certo? Vamos lá:</p><p>Se você ganhar na Mega-Sena, você vai receber um provento, pois o prêmio de loteria não decorre do</p><p>produto do seu trabalho (você nem “suou” para consegui-lo, certo?) nem do produto do seu capital. Além</p><p>disso, podemos citar também os ganhos de capitais verificados na alienação de bens, bem com os</p><p>acréscimos patrimoniais cuja origem não pode ser comprovada pelo sujeito passivo.</p><p>Finalizando o estudo do fato gerador do IR, o CTN assevera nos §§ 1º e 2º do art. 43 o seguinte:</p><p>§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da</p><p>localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de</p><p>percepção.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>40</p><p>119</p><p>§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as</p><p>condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do</p><p>imposto referido neste artigo.</p><p>Note a coerência desses dispositivos com os critérios da generalidade e da universalidade. O objetivo do</p><p>legislador foi exatamente incluir no âmbito da incidência do IR as pessoas e os rendimentos que poderiam</p><p>“escapar” da tributação. É o caso, por exemplo, dos rendimentos auferidos no exterior por pessoas</p><p>domiciliadas no Brasil.</p><p>Uma jurisprudência digna de destaque é o julgamento da ADI 5.422, em 2022, no qual foi decidido que não</p><p>há incidência de IR sobre valores percebidos a título de alimentos ou de pensão alimentícia, por estar</p><p>ausente o acréscimo patrimonial.</p><p>Base de Cálculo</p><p>Em relação à base de cálculo do IR, o CTN prevê que “é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda</p><p>ou dos proventos tributáveis”.</p><p>Nesse ponto, é válido destacar que o CTN apenas discriminou a base de cálculo aplicável ao Imposto de</p><p>Renda das Pessoas Jurídicas. No entanto, como é sabido, tal imposto incide também sobre os rendimentos</p><p>auferidos pelas pessoas físicas.</p><p>Como nossa aula não é sobre legislação tributária, você não vai precisar guardar nada além do que foi</p><p>exposto acima (real, arbitrado ou presumido).</p><p>Contribuintes</p><p>No tocante à sujeição passiva, segue a redação do art. 45 do CTN:</p><p>Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43,</p><p>sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens</p><p>produtores de renda ou dos proventos tributáveis.</p><p>Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos</p><p>tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe</p><p>caibam.</p><p>Em síntese, contribuinte é o titular da disponibilidade de renda ou dos proventos de qualquer natureza. Além</p><p>dos titulares, a lei pode atribuir essa condição ao possuidor, ou seja, mesmo não sendo proprietário do</p><p>bem cuja renda foi gerada, pode ser considerado contribuinte.</p><p>Ademais, o CTN também esclarece que a lei pode responsabilizar a fonte pagadora (o empregador, por</p><p>exemplo) pela retenção e recolhimento do IR devido pelo contribuinte (empregados, por exemplo).</p><p>Estudaremos em aula específica essa possibilidade de se cobrar o tributo de outra pessoa que não seja o</p><p>contribuinte.</p><p>Fique tranquilo.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>41</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>Lançamento</p><p>Muitas pessoas afirmam que o IR é um tributo cujo lançamento é feito por declaração. Isso se dá por causa</p><p>da famigerada Declaração de Imposto de Renda das Pessoas Físicas (DIRPF).</p><p>No entanto, destaque-se que o IR é lançado por homologação, pois o contribuinte presta sua declaração,</p><p>antecipando o imposto porventura devido, sem prévio exame da autoridade administrativa. Esta, por sua</p><p>vez, realiza a posterior homologação.</p><p>Síntese do IR</p><p>IMPOSTO DE RENDA</p><p>Competência: União</p><p>Finalidade: Fiscal</p><p>Fato Gerador: Renda: produto do capital, trabalho ou ambos</p><p>Proventos de qualquer natureza: demais acréscimos patrimoniais</p><p>Base de Cálculo: Montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.</p><p>Alíquota: Reduzida/Majorada por lei.</p><p>Obs.: Constitui exceção ao princípio da Anterioridade Nonagesimal</p><p>Contribuinte: Titular da renda e dos proventos ou seu possuidor.</p><p>Lançamento: Por homologação</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>42</p><p>119</p><p>Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)</p><p>Certamente, você já ouviu falar de notícias como “Governo reduz IPI sobre automóveis”. Também já deve</p><p>ter percebido que o mercado normalmente se aquece diante de uma redução tributária dessas, não é</p><p>mesmo? Trata-se do efeito extrafiscal do IPI.</p><p>Embora seja um tributo de considerável arrecadação tributária, não se pode desprezar o seu efeito sobre a</p><p>intervenção na economia do País.</p><p>Como temos feito com os demais impostos estudados, vejamos algumas características de índole</p><p>constitucional acerca do IPI, para depois estudarmos especificamente os seus fatos geradores, bases de</p><p>cálculo e contribuintes, ok?</p><p>No que se refere aos princípios aplicáveis, não obstante seja exceção ao princípio da anterioridade do</p><p>exercício, sujeita-se ao princípio da noventena. Ou seja, qualquer majoração do IPI somente produz efeitos</p><p>90 dias após a publicação do decreto (lembre-se de que a majoração do IPI também constitui exceção ao</p><p>princípio da legalidade).</p><p>Além disso, a Carta Magna também estabeleceu no art. 153, § 3º, da CF/88, os seguintes regramentos para</p><p>o IPI:</p><p>§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:</p><p>I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;</p><p>II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o</p><p>montante cobrado nas anteriores;</p><p>III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.</p><p>IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do</p><p>imposto, na forma da lei.</p><p>Primeiramente, temos que saber que o IPI será necessariamente seletivo. Ou seja, não há escolha por parte</p><p>do legislador ordinário. Mas o que vem a ser a seletividade?</p><p>A seletividade é a graduação das alíquotas do imposto conforme a essencialidade dos produtos tributos.</p><p>Ou seja, produtos essenciais recebem tributação inferior aos produtos supérfluos. Logo, o arroz será</p><p>tributado com alíquota inferior aos brinquedos, por exemplo.</p><p>A não cumulatividade, por sua vez, diz respeito à possibilidade de se compensar o imposto devido nas etapas</p><p>anteriores de uma cadeia de produção com o montante devido nas operações subseqüentes, constituindo o</p><p>mecanismo de débitos e créditos. Esse conceito já deve ser familiar, certo? Imagino que sim, pois já o</p><p>explicamos nesta aula.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>43</p><p>119</p><p>O IPI deve ser seletivo e não cumulativo!</p><p>Sobre o princípio da não cumulatividade, obrigatório ao IPI, o STF já decidiu que não há o aproveitamento</p><p>de crédito quando os insumos são desonerados (isento, sujeitos à alíquota zero ou não tributáveis), na</p><p>fabricação de bens tributados:</p><p>Súmula Vinculante 58 - Inexiste direito a crédito presumido de IPI relativamente à entrada de</p><p>insumos isentos, sujeitos à alíquota zero ou não tributáveis, o que não contraria o princípio da</p><p>não cumulatividade.</p><p>Se nada foi cobrado a título de IPI na entrada dos insumos, não há direito a crédito de IPI,</p><p>relativo a essa aquisição. Guarde isso!</p><p>“Mas e quando as saídas que forem desoneradas, professor?” Excelente pergunta! Vejamos o que diz o STF:</p><p>"CREDITAMENTO DO IPI. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE. AQUISIÇÃO DE MATÉRIA-</p><p>PRIMA, PRODUTO INTERMEDIÁRIO E MATERIAL DE EMBALAGEM DESTINADOS À</p><p>INDUSTRIALIZAÇÃO DE PRODUTOS ISENTOS OU SUJEITOS AO REGIME DE ALÍQUOTA ZERO. LEI</p><p>9.779/99. NOVEL JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. O direito ao crédito de</p><p>IPI, fundado no princípio da não-cumulatividade, decorrente da aquisição de matéria-prima,</p><p>produto intermediário e material de embalagem utilizados na fabricação de produtos isentos</p><p>ou sujeitos ao regime de alíquota zero, exsurgiu apenas com a vigência da Lei 9.779/99 (...)"</p><p>(STJ, REsp 860.369/PE, Primeira Seção, Min. Rel. Luiz Fux, Julgamento em 25/11/2009)</p><p>O direito ao crédito do IPI, quando da industrialização de produtos isentos ou sujeitos a alíquota zero,</p><p>somente passou a existir após a vigência da Lei 9.779/99. Perceba que o STJ se posicionou na mesma linha</p><p>da jurisprudência do STF, de forma que podemos considerar que o STF também entende dessa maneira.</p><p>No que se refere à aquisição de bens integrantes do ativo permanente da empresa, também não haverá</p><p>direito a creditamento, conforme súmula do STJ:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>44</p><p>119</p><p>Súmula STJ 495 - A aquisição de bens integrantes do ativo permanente da empresa não gera</p><p>direito a creditamento de IPI.</p><p>A respeito da incidência do IPI na importação, havia muita discussão judicial a respeito da importação</p><p>de veículos por pessoa física, quando destinado a seu uso próprio. Sobre esta situação, o STJ já chegou a se</p><p>posicionar no sentido de que não haveria incidência do imposto, haja vista que o fato gerador do IPI constitui</p><p>operação de natureza mercantil ou assemelhada, o que não ocorreria neste caso.</p><p>Contudo, em fevereiro de 2016 o STF encerrou o julgamento do RE 723.651/RS, decidindo que é legítima a</p><p>incidência do IPI na importação de automóveis por pessoas físicas para uso próprio. A decisão foi tomada</p><p>com repercussão geral e é muito relevante para fins de concurso público, já que, como vimos, o STJ e até</p><p>mesmo o próprio STF, já decidiu em sentido contrário.</p><p>O raciocínio da decisão leva em consideração que a cobrança do IPI na importação dos veículos não afronta</p><p>o princípio da não cumulatividade nem implica bitributação. A manutenção de sua incidência, por outro lado,</p><p>preserva o princípio da isonomia, uma vez que promove igualdade de condições tributárias entre o</p><p>fabricante nacional, já sujeito ao imposto em território nacional, e o fornecedor estrangeiro.</p><p>Na ocasião, o STF teve a oportunidade de julgar a modulação dos efeitos dessa decisão para apenas alcançar</p><p>casos futuros. Contudo, a modulação foi rejeitada e isso significa que a decisão tomada pelos Ministros da</p><p>Suprema Corte alcançará as operações de importação de veículos pelas pessoas físicas realizadas antes da</p><p>decisão do STF.</p><p>Se cair na prova decisão do STJ ou STF sobre o assunto, a resposta é que é legítima a</p><p>incidência do IPI na importação de automóveis por pessoas físicas para uso próprio.</p><p>Há ainda no inciso III do § 3º do art. 153 uma imunidade específica do IPI, relativa às operações de</p><p>exportações. Nesse sentido, o IPI não incide sobre</p><p>produtos industrializados destinados ao exterior!</p><p>Vamos recordar as outras imunidades do IPI:</p><p>-Livros, jornais, periódicos e papel destinado a sua impressão (art. 150, VI, d);</p><p>-Ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial (art. 153, §</p><p>5º);</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>45</p><p>119</p><p>-Energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais no País (art. 155, § 3º).</p><p>Com o advento da EC 42/03, foi acrescentado o inciso IV ao § 3º do art. 153, da CF/88, passando a prever</p><p>que o IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na</p><p>forma da lei.</p><p>Trata-se de um incentivo concedido àqueles que adquirirem os denominados bens de capital, com a</p><p>finalidade de promover o desenvolvimento econômico.</p><p>Observação: Bens de capital são aqueles que são utilizados para produzir outros bens. Cite-</p><p>se, como exemplo, as máquinas.</p><p>Vale ressaltar que a redução do impacto do IPI sobre a aquisição de bens de capital não é autoaplicável,</p><p>cabendo à lei ordinária dispor sobre o tema. Todavia, o dispositivo possui ao menos a eficácia negativa</p><p>imediata, isto é, impede que lei disponha em sentido contrário.</p><p>Cuidado! Possuir eficácia negativa imediata não significa ser autoaplicável.</p><p>Fato Gerador</p><p>No tocante ao estudo do fato gerador do IPI, vejamos o que diz o art. 46 do CTN:</p><p>Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como</p><p>fato gerador:</p><p>I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;</p><p>II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;</p><p>III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.</p><p>Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que</p><p>tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade,</p><p>ou o aperfeiçoe para o consumo.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>46</p><p>119</p><p>De modo sucinto, são três os fatos geradores do IPI: o desembaraço aduaneiro, caso o produto seja de</p><p>procedência estrangeira (I); a saída do produto industrializado do estabelecimento industrial ou equiparado</p><p>a industrial (II); e a arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão (III).</p><p>De acordo com a legislação do IPI, o importador, ao revender os produtos importados do exterior, se</p><p>submete a duas incidências do imposto: uma na importação, com o desembaraço aduaneiro; outra na</p><p>revenda de tais produtos, com a saída deles do estabelecimento do importador.</p><p>A lógica da segunda incidência consiste na equiparação do estabelecimento importador a industrial,</p><p>tornando-se contribuinte do IPI pela segunda vez. Afinal, podem ser contribuintes do IPI não só o</p><p>estabelecimento industrial, mas também os que a lei a este equiparar.</p><p>Ademais, o IPI é um imposto não cumulativo, isso significa que o valor pago a título do imposto por ocasião</p><p>do desembaraço aduaneiro da mercadoria importada pode ser compensado com o IPI devido na saída do</p><p>produto do estabelecimento importador.</p><p>Este sempre foi um tema muito polêmico, e os contribuintes alegavam ofensa ao princípio da isonomia, por</p><p>haver tributação excessiva sobre o importador, se comparado à indústria nacional.</p><p>A respeito deste assunto, devemos ressaltar que o STJ já decidiu já decidiu tanto pela improcedência do</p><p>segundo fato gerador, quanto pela sua legitimidade. Mas isso não importa para você, amigo concurseiro.</p><p>O que é relevante para a sua prova é que o tema chegou ao STF, que reconheceu a repercussão geral do</p><p>tema (tema 906) quando do julgamento do Recurso Extraordinário 946.648/SC.</p><p>E, em resumo, o Supremo Tribunal Federal definiu a seguinte tese (que pode cair na prova): É constitucional</p><p>a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI no desembaraço aduaneiro de bem</p><p>industrializado e na saída do estabelecimento importador para comercialização no mercado interno".</p><p>Então, falou em revenda de mercadorias importadas, lembre-se que há dois fatos geradores do IPI: uma na</p><p>importação, e outro com a saída da mercadoria do estabelecimento importador.</p><p>Guarde o seguinte: na revenda de mercadorias importadas, ocorrem dois fatos geradores</p><p>do IPI (legítimos, de acordo com o STF):</p><p>1º fato gerador: desembaraço aduaneiro;</p><p>2º fato gerador: saída da mercadoria do estabelecimento importador (revenda).</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>47</p><p>119</p><p>Base de Cálculo</p><p>Vimos que há três fatos geradores para o IPI, correto? Para cada um desses fatos geradores, o CTN</p><p>estabeleceu uma base de cálculo específica. Vamos ver o que diz o art. 47 do CTN:</p><p>Art. 47. A base de cálculo do imposto é:</p><p>I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo</p><p>20, acrescido do montante:</p><p>a) do imposto sobre a importação;</p><p>b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;</p><p>c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;</p><p>II - no caso do inciso II do artigo anterior:</p><p>a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;</p><p>b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou</p><p>sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente;</p><p>III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação.</p><p>Tratando-se de operação de importação de produtos, ocorre o fato gerador do IPI com o desembaraço</p><p>aduaneiro, sendo que a base de cálculo é o preço normal (ou valor aduaneiro), que é a própria base de</p><p>cálculo do II, acrescentada do montante do próprio II, das taxas exigidas para entrada do produto no País,</p><p>bem como dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis.</p><p>Observação: Desembaraço aduaneiro é o ato final do procedimento de despacho</p><p>aduaneiro de importação.</p><p>No caso de saída dos produtos industrializados nacionais dos estabelecimentos, a base de cálculo é o valor</p><p>da operação da qual decorrer a saída da mercadoria, incluídos neste valor: o preço do produto, o valor do</p><p>frete e das demais despesas acessórias.</p><p>Na falta desse valor, a base de cálculo será o preço corrente da mercadoria ou sua similar, no mercado</p><p>atacadista (não é varejista) da praça do remetente (não é do destinatário).</p><p>Por fim, no caso de produtos apreendidos ou abandonados e levados a leilão, a base de cálculo é o preço da</p><p>arrematação.</p><p>Contribuintes</p><p>Quanto aos contribuintes do IPI, não há segredos, bastando que o candidato memorize as pessoas elencadas</p><p>no art. 51 do CTN:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>48</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>Art. 51. Contribuinte do imposto é:</p><p>I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;</p><p>II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;</p><p>III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes</p><p>definidos no inciso anterior;</p><p>IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.</p><p>Lançamento</p><p>Da mesma forma como a grande maioria dos impostos, o IPI é lançado por homologação.</p><p>Síntese do IPI</p><p>IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS</p><p>Competência: União</p><p>Finalidade: Extrafiscal</p><p>Fato Gerador: I) desembaraço aduaneiro</p><p>II) saída dos estabelecimentos contribuintes do imposto</p><p>III) arrematação em leilão</p><p>Base de Cálculo: I) preço normal + II + taxas + encargos cambiais</p><p>II) valor da operação</p><p>III) preço da arrematação</p><p>Alíquota: Reduzida/Majorada por ato do Poder Executivo (condições/limites legais)</p><p>Obs.: Constitui exceção ao princípio Anterioridade Anual</p><p>Contribuinte: Importador ou a ele equiparado;</p><p>Industrial ou a ele equiparado;</p><p>Comerciante de produtos sujeitos ao IPI, destinados aos industriais;</p><p>Arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.</p><p>Lançamento: Por homologação</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>49</p><p>119</p><p>Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas</p><p>a títulos ou valores mobiliários (IOF)</p><p>O Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários, também</p><p>conhecido por IOF, é mais um tributo eminentemente extrafiscal, pelo fato de ser utilizado para como</p><p>instrumento de política monetária.</p><p>Além da incidência do imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou</p><p>valores mobiliários, o IOF também incide sobre o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou</p><p>instrumento cambial.</p><p>O art. 153, § 4º, da CF/88, estabelece que sobre o ouro ativo financeiro sujeita-se a</p><p>incidência exclusiva do IOF.</p><p>Neste caso específico, o ouro somente se submete à incidência do IOF, devido na operação de origem, e a</p><p>alíquota, por seu turno, é de no mínimo 1%.</p><p>O que seria operação de origem?</p><p>É considerada como operação de origem do ouro, como ativo financeiro ou instrumento</p><p>cambial a correspondente à sua primeira aquisição por instituição autorizada ou o seu</p><p>desembaraço aduaneiro, quando o ouro for oriundo do exterior.</p><p>Nessa esteira, o STF (RE 190.363) já entendeu inconstitucional o dispositivo legal que previa a incidência do</p><p>IOF sobre a “transmissão” do ouro definido pela legislação como ativo financeiro, tendo em vista que a</p><p>incidência apenas pode se dar na operação de origem.</p><p>Ainda no que se refere à incidência do IOF sobre o ouro, é interessante destacar os entes que receberão os</p><p>recursos arrecadados:</p><p>• 30% para o Estado, Distrito Federal ou o Território, conforme a origem.</p><p>• 70% para o Município de origem.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>50</p><p>119</p><p>Destaque-se que não há incidência do IOF sobre saques efetuados em caderneta de poupança:</p><p>Súmula STF 664 - É inconstitucional o inciso V do art. 1º da Lei 8.033/90, que instituiu a incidência</p><p>do imposto nas operações de crédito, câmbio e seguros - IOF sobre saques efetuados em</p><p>caderneta de poupança.</p><p>Vejamos mais uma jurisprudência sobre o IOF:</p><p>“A alienação de salvados configura atividade integrante das operações de seguros e não tem</p><p>natureza de circulação de mercadoria para fins de incidência do ICMS. Inconstitucionalidade da</p><p>expressão ‘e as seguradoras’, do inciso IV do art. 15 da Lei 6.763, com redação dada pelo art. 1º</p><p>da Lei 9.758/1989 do Estado de Minas Gerais. Violação dos arts. 22, VII, e 153, V, da CF.”</p><p>(STF, ADI 1.648, Plenário, Rel. Min. Gilmar Mendes, Julgamento em 16/02/2011)</p><p>Os bens, salvados pelas seguradoras, são aqueles objetos resgatados do sinistro do bem principal, e que</p><p>ainda possuem algum valor econômico. Sobre estes, há incidência de IOF, mas não de ICMS, como veremos</p><p>ao estudar tal imposto.</p><p>Observação: Sobre este tema, temos a importante Súmula Vinculante 32: O ICMS não</p><p>incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras.</p><p>É de se ressaltar, conforme jurisprudência do STJ, que sobre o resultado da operação de mútuo incide o IOF:</p><p>TRIBUTÁRIO – IOF – INCIDÊNCIA SOBRE MÚTUO NÃO MERCANTIL – LEGALIDADE DA LEI 9.779/99.</p><p>1. A lei 9.779/99, dentro do absoluto contexto do art. 66 CTN, estabeleceu, como hipótese de</p><p>incidência do IOF, o resultado de mútuo.</p><p>(STJ, REsp 522.294/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, Julgamento em 09/12/2003)</p><p>Observação: Contrato de mútuo significa empréstimo de coisa fungível e consumível,</p><p>como, por exemplo, dinheiro.</p><p>Por derradeiro, não se esqueça de que a alteração de alíquotas desse imposto também é exceção ao princípio</p><p>da legalidade, anterioridade e noventena.</p><p>Fato Gerador</p><p>O estudo do fato gerador do IOF a ser cobrado em prova de Direito Tributário é mera “decoreba” do art. 63</p><p>do CTN. Portanto, vou grifá-lo apenas, de forma que facilite a compreensão:</p><p>Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro,</p><p>e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>51</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do</p><p>montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição</p><p>do interessado;</p><p>II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou</p><p>estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do</p><p>interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta</p><p>à disposição por este;</p><p>III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do</p><p>documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;</p><p>IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão,</p><p>pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.</p><p>Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e</p><p>reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de</p><p>uma mesma operação de crédito.</p><p>Observação: Prêmio é aquele valor que nós pagamos para contratar o seguro do nosso</p><p>carro.</p><p>Vamos sintetizar tudo isso aí?</p><p>Nas operações de crédito ou de câmbio, o fato gerador ocorre basicamente com a entrega do valor ou sua</p><p>colocação à disposição do interessado. Nas operações de seguro, ocorre o fato gerador com a emissão da</p><p>apólice ou quando a seguradora recebe o prêmio que você pagou. Por último, nas operações relativas a</p><p>títulos e valores mobiliários, o fato gerador pode ser a emissão, transmissão, pagamento ou resgate dos</p><p>títulos, na forma da lei.</p><p>“E esse parágrafo único? O que significa?”</p><p>Muito simples, companheiro (a)! Em algumas operações, o crédito (inciso I) pode estar representado por um</p><p>título (inciso IV). Neste caso, o parágrafo único veio elucidar a questão, estabelecendo que não haverá</p><p>incidência cumulativa de IOF (caso contrário, haveria dupla incidência).</p><p>Destaque-se que o STF tem entendimento pacificado sobre a não incidência do IOF sobre operações de</p><p>saques efetuados em caderneta de poupança:</p><p>Súmula STF 664 - É inconstitucional o inciso V do art. 1º da Lei 8.033/90, que instituiu a incidência</p><p>do imposto nas operações de crédito, câmbio e seguros - IOF sobre saques efetuados em</p><p>caderneta de poupança.</p><p>Base de Cálculo</p><p>Para cada fato gerador previsto no tópico acima, o legislador do CTN previu uma base de cálculo específica.</p><p>Senão, vejamos:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>52</p><p>119</p><p>Art. 64. A base de cálculo do imposto é:</p><p>I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal</p><p>e os juros;</p><p>II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido,</p><p>entregue ou posto à disposição;</p><p>III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;</p><p>IV - quanto às operações relativas</p><p>a títulos e valores mobiliários:</p><p>a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;</p><p>b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como</p><p>determinar a lei;</p><p>c) no pagamento ou resgate, o preço.</p><p>Como as operações de créditos podem ser entendidas, em resumo, como financiamentos, o IOF incide sobre</p><p>o valor total, ou seja, principal e os juros. Nas operações de câmbio, é o valor recebido ou posto à disposição.</p><p>No tocante às operações de seguro, é o valor do prêmio.</p><p>Para finalizar, quando se tratar de operações relativas a títulos e valores mobiliários, lembre-se de que na</p><p>emissão pode haver ágio, sendo este incluído na base de cálculo do IOF. Posteriormente, na transmissão dos</p><p>títulos, o imposto incide sobre o valor nominal ou cotação em bolsa, conforme a lei determinar. Quando ao</p><p>pagamento ou resgate, a base de cálculo será o respectivo preço.</p><p>Contribuintes</p><p>No caso específico do IOF, o CTN permitiu que a lei instituidora do imposto previsse quem são os</p><p>contribuintes, podendo ser qualquer das partes na operação tributada:</p><p>Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como</p><p>dispuser a lei.</p><p>Lançamento</p><p>O lançamento do IOF também é realizado por homologação.</p><p>Síntese do IOF</p><p>IOF</p><p>Competência: União</p><p>Finalidade: Extrafiscal</p><p>Fato Gerador: Crédito e câmbio: valor entregue ou posto à disposição;</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>53</p><p>119</p><p>Seguro: emissão da apólice ou recebimento do prêmio;</p><p>Títulos ou valores: emissão, transmissão, pagamento ou resgate.</p><p>Base de Cálculo: Crédito: montante (principal + juros);</p><p>Câmbio: valor recebido ou posto à disposição;</p><p>Seguro: montante do prêmio;</p><p>Títulos e valores: Emissão: valor nominal + ágio (se houver);</p><p>Transmissão: Preço/Valor nominal/Bolsa;</p><p>Pagamento ou resgate: o preço.</p><p>Alíquota: Reduzida/Majorada por ato do Poder Executivo (condições/limites legais)</p><p>Obs.: Constitui exceção aos princípios Anterioridade Anual/Nonagesimal</p><p>Contribuinte: Qualquer das partes na operação tributada (a lei definirá)</p><p>Lançamento: Por homologação</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>54</p><p>119</p><p>Imposto sobre propriedade Territorial Rural (ITR)</p><p>Em termos simples, o ITR é um imposto que incide sobre propriedades territoriais localizadas fora da área</p><p>urbana dos municípios, sendo um imposto de competência privativa da União.</p><p>Ademais, possui marcante finalidade extrafiscal, pois é considerado um instrumento de política agrária do</p><p>Estado, sendo utilizado para estimular a produtividade das propriedades rurais.</p><p>Nessa esteira, a EC 42/2003 incluiu no texto constitucional (art. 153, § 4º, I) a progressividade das alíquotas</p><p>do ITR de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.</p><p>Cuidado com o jogo de palavras: estimular a produtividade das propriedades rurais =</p><p>desestimular manutenção de propriedades improdutivas</p><p>Insta observar, também, a imunidade trazida pela referida emenda constitucional, que estabeleceu que não</p><p>incidirá ITR sobre as pequenas glebas rurais, cujo conceito será definido em lei, quando as explore o</p><p>proprietário que não possua outro imóvel. Trata-se, como já estudamos, de imunidade mista!</p><p>Por curiosidade, vamos falar aqui o conceito que a lei definiu como pequena gleba. Contudo, não será</p><p>necessário memorizar isso, apenas ter ciência de como foi feita tal delimitação.</p><p>Vejamos, então, o que diz o art. 2º da Lei 9.393/1996:</p><p>Art. 2º Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o imposto não incide sobre</p><p>pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não</p><p>possua outro imóvel.</p><p>Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com</p><p>área igual ou inferior a :</p><p>I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal</p><p>mato-grossense e sul-mato-grossense;</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>55</p><p>119</p><p>II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia</p><p>Oriental;</p><p>III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município.</p><p>Percebe-se, portanto, que o critério varia conforme a região do país em que se encontra localizada a</p><p>propriedade rural.</p><p>Antes de entrarmos no estudo do fato gerador do ITR, eu gostaria que você também soubesse que o imposto</p><p>pode ser fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique</p><p>redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal, conforme previsão no art. 153, § 4º, III, da</p><p>CF/88.</p><p>Opa! O que acontece nesse caso? Isso mesmo: delegação da capacidade tributária ativa!</p><p>Lembre-se de que a competência tributária continua sendo da União.</p><p>Caso os Municípios optem por fiscalizar e arrecadar o ITR, receberão a totalidade do que foi arrecadado.</p><p>Caso não optem por assumir a sujeição ativa, recebem “apenas” 50% do montante arrecadado,</p><p>relativamente aos imóveis neles situados. Não se preocupe, pois a repartição constitucional é assunto para</p><p>outra aula.</p><p>Fato Gerador</p><p>O fato gerador do ITR, nos termos do art. 29 do CTN, é o seguinte:</p><p>Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem</p><p>como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como</p><p>definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município.</p><p>Inicialmente, o conceito de “imóvel por natureza” traduz-se no solo nu e o que lhe foi</p><p>agregado pela própria natureza, como árvores e vegetação, por exemplo.</p><p>Além disso, segundo o CTN, o ITR só vai incidir sobre tais imóveis, quando localizados fora da zona urbana</p><p>do Município. Como descobrir se o imóvel está localizado na zona urbana ou rural?</p><p>O próprio CTN traz a definição no art. 32 (que se refere ao IPTU):</p><p>Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e</p><p>territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>56</p><p>119</p><p>imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona</p><p>urbana do Município.</p><p>§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei</p><p>municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em</p><p>pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:</p><p>I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;</p><p>II - abastecimento de água;</p><p>III - sistema de esgotos sanitários;</p><p>IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;</p><p>V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do</p><p>imóvel considerado.</p><p>§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana,</p><p>constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação,</p><p>à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do</p><p>parágrafo anterior.</p><p>Sendo assim, desde que estejam presentes pelo menos dois dos requisitos estabelecidos nos incisos do art.</p><p>32 do CTN, o imóvel</p><p>será considerado urbano, não estando sujeito ao ITR. A contrario sensu, se não estiverem</p><p>presentes no mínimo 2 dois requisitos previstos, incidirá o ITR.</p><p>Acrescentamos que, em questões que versem sobre a incidência do ITR/IPTU, é muito importante se ater a</p><p>outro detalhe importantíssimo, previsto não no CTN, mas no DL 57/1966, o qual já teve a sua validade</p><p>reconhecida pela jurisprudência e define uma regra para incidência do ITR, até mesmo sobre imóveis</p><p>localizados na zona urbana do Município, desde que seja utilizado em exploração vegetal, agrícola, pecuária</p><p>ou agroindustrial.</p><p>Um imóvel pode estar localizado em uma região que é definida em lei como zona urbana</p><p>do Município e, mesmo assim, sobre ele incidir o ITR.</p><p>O art. 15, do Decreto-Lei 57/66, estabelece que, ainda que o imóvel esteja localizado em</p><p>área urbana do município, caso seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola,</p><p>pecuária ou agroindustrial, incidirá ITR, e não IPTU.</p><p>Como sabemos, ambos os impostos incidem sobre propriedade de imóveis, sendo o IPTU</p><p>incidente sobre os bens imóveis urbanos, e o ITR, sobre o bens imóveis rurais.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>57</p><p>119</p><p>Dessa forma, seguindo o disposto acima, mesmo que o imóvel esteja localizado em área</p><p>definida em lei como zona urbana do Município, sobre ele incidirá o ITR, e não o IPTU.</p><p>DICA DE PROVA: Não se preocupe, pois quando a questão de prova cobrar essa regra do</p><p>DL 57/66, haverá indícios, como a referência à finalidade dada ao imóvel ou mesmo a</p><p>referência expressa ao referido diploma normativo.</p><p>Segue abaixo a decisão do STJ a respeito da validade do DL 57/66:</p><p>TRIBUTÁRIO. IPTU. ITR. FATO GERADOR. IMÓVEL SITUADO NA ZONA URBANA. LOCALIZAÇÃO.</p><p>DESTINAÇÃO. CTN, ART. 32. DECRETO-LEI N. 57/66. VIGÊNCIA. 1. Ao ser promulgado, o Código</p><p>Tributário Nacional valeu-se do critério topográfico para delimitar o fato gerador do Imposto</p><p>sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e o Imposto sobre a Propriedade</p><p>Territorial Rural (ITR): se o imóvel estivesse situado na zona urbana, incidiria o IPTU; se na zona</p><p>rural, incidiria o ITR. 2. Antes mesmo da entrada em vigor do CTN, o Decreto-Lei nº 57/66 alterou</p><p>esse critério, estabelecendo estarem sujeitos à incidência do ITR os imóveis situados na zona</p><p>rural quando utilizados em exploração vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial. 3. A</p><p>jurisprudência reconheceu validade ao DL 57/66, o qual, assim como o CTN, passou a ter o status</p><p>de lei complementar em face da superveniente Constituição de 1967. Assim, o critério</p><p>topográfico previsto no art. 32 do CTN deve ser analisado em face do comando do art. 15 do</p><p>DL 57/66, de modo que não incide o IPTU quando o imóvel situado na zona urbana receber</p><p>quaisquer das destinações previstas nesse diploma legal.</p><p>(STJ, REsp 492.869/PR, Primeira Turma, Min. Rel. Teori Albino Zavascki, Julgamento em</p><p>15/02/2005)</p><p>Base de Cálculo e Alíquotas</p><p>O Código Tributário Nacional dispõe o seguinte acerca da base de cálculo do ITR:</p><p>Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.</p><p>Entende-se por valor fundiário o valor da terra nua. Por conseguinte, as benfeitorias realizadas, como as</p><p>construções, não compõem a base de cálculo do ITR.</p><p>Relativamente às alíquotas do ITR, cabe destacar que são progressivas, segundo o grau de utilização da</p><p>área rural. Assim, quanto menos produtivas forem as propriedades rurais, maiores serão as alíquotas do ITR.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>58</p><p>119</p><p>Embora o ITR seja considerado tributo extrafiscal, não se pode esquecer que a alteração de</p><p>suas alíquotas sujeita-se aos princípios da anterioridade e noventena.</p><p>Contribuintes</p><p>Na dicção do CTN, os contribuintes do ITR são os seguintes:</p><p>Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil,</p><p>ou o seu possuidor a qualquer título.</p><p>Mas o quem seriam os proprietários, titulares de domínio útil ou possuidores?</p><p>Os proprietários são aqueles cujos imóveis estão registrados em seu nome no Cartório de Imóveis.</p><p>Os titulares de domínio útil, por seu turno, são aqueles que adquiriram o imóvel por enfiteuse, que consiste</p><p>na permissão conferida ao proprietário do imóvel para entregá-lo a terceiros, de sorte que estes passam a</p><p>ter o domínio útil, podendo inclusive aliená-los. A esses titulares de domínio útil denominamos enfiteutas</p><p>ou foreiros.</p><p>Observação: O novo Código Civil (art. 2.038) proibiu a constituição de novas enfiteuses e</p><p>subenfiteuses, subordinando as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil</p><p>anterior.</p><p>Sobre o possuidor a qualquer título, podemos dizer que é aquele que possui algum dos poderes sobre a</p><p>propriedade. Citemos, como exemplo, o que a adquire pela usucapião.</p><p>Com efeito, se na sua prova cair que os “posseiros” podem ser considerados contribuintes do ITR, você deve</p><p>considerar a questão CORRETA!</p><p>Por último, destaque-se que, de acordo com o STJ (REsp 1.144.982/PR), se o imóvel é invadido, não se faz</p><p>possível a cobrança do ITR, tendo em vista que há perda do domínio e dos direitos inerentes à propriedade.</p><p>Lançamento</p><p>O lançamento do ITR também é realizado por homologação.</p><p>Síntese do ITR</p><p>IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>59</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>Competência: União</p><p>Finalidade: Extrafiscal</p><p>Fato Gerador: Propriedade, domínio útil ou posse de imóvel por natureza</p><p>Base de Cálculo: Valor fundiário (terra nua)</p><p>Alíquota: Reduzida/Majorada por lei.</p><p>Contribuinte: Proprietário do imóvel, titular do seu domínio útil ou o seu possuidor</p><p>Lançamento: Por homologação</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>60</p><p>119</p><p>Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF)</p><p>Observemos a redação do art. 153, VII, da CF/88:</p><p>Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:</p><p>VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.</p><p>Trata-se do único imposto expressamente previsto na CF/88, cuja competência ainda não foi exercida pela</p><p>União.</p><p>No que se refere ao instrumento normativo que deve ser utilizado para a instituição do IGF, alguns</p><p>doutrinadores alegam que o art. 153, VII, apenas menciona a necessidade de lei complementar para dispor</p><p>sobre aspectos gerais do imposto, sendo que a lei instituidora poderia ser lei ordinária.</p><p>No entanto, lembre-se de que quando estudamos as espécies tributárias, vimos que os impostos terão os</p><p>seus fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes discriminados em lei complementar (art. 146, III, a, da</p><p>CF/88).</p><p>Sabendo-se que tal regra já foi imposta lá no art. 146, não faria qualquer sentido deixar expresso no art. 153,</p><p>VII, algo que já havia sido previsto em outro dispositivo constitucional. Com base nisso, e é o que você deve</p><p>levar para a sua prova, concluímos que o IGF deve ser instituído por lei complementar.</p><p>Por fim, vale ressaltar que, como o IGF não consta como exceção aos princípios da anterioridade e</p><p>noventena, caso venha ser instituído algum dia, somente produzirá efeitos após o decurso de tais prazos.</p><p>(SEFAZ-DF-Auditor Fiscal/2020) De acordo com o CTN, o arrematante de produtos importados apreendidos</p><p>pela aduana é contribuinte do imposto sobre a importação.</p><p>Comentário: Realmente, de acordo com o CTN, a pessoa que arrematar produtos importados apreendidos</p><p>e levados a leilão torna-se contribuinte do imposto sobre a importação.</p><p>Gabarito:</p><p>Correta</p><p>(SEFAZ-AL-Auditor Fiscal/2020) Se, no âmbito de determinado estado, um ente público delega a</p><p>determinada pessoa jurídica de direito público a função de arrecadação dos tributos, a essa pessoa jurídica</p><p>serão aplicáveis as garantias e os privilégios processuais que competem ao ente público cedente.</p><p>Comentário: Primeiramente, deve-se esclarecer que a delegação da função de arrecadar, fiscalizar e cobrar</p><p>tributos denomina-se capacidade tributária ativa. Tal delegação compreende as garantias e os privilégios</p><p>processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>61</p><p>119</p><p>(TJ-PA-Juiz Estadual/2019) Segundo a assentada jurisprudência do STJ, quando um cidadão brasileiro</p><p>importa diretamente um veículo automotor, a incidência de imposto sobre produtos industrializados (IPI) é</p><p>a) imponível, desde que o bem destine-se ao comércio.</p><p>b) imponível, mesmo que o bem se destine a uso próprio.</p><p>c) vedada, por violar o princípio da não cumulatividade.</p><p>d) vedada, se o bem não se destinar ao comércio.</p><p>e) vedada, por configurar bitributação.</p><p>Comentário: Esta questão é bem direta, porém demanda conhecimento de jurisprudência. O entendimento</p><p>pacificado no âmbito do STF e do STJ é o de que a importação de veículo automotor, ainda que para uso</p><p>próprio, se submete à incidência do IPI.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>(Pref. Fortaleza-CE-Procurador/2017) A alteração de alíquotas do imposto de exportação não se submete à</p><p>reserva constitucional de lei tributária, tornando-se admissível a atribuição dessa prerrogativa a órgão</p><p>integrante do Poder Executivo.</p><p>Comentário: Conforme aprendemos, o imposto de exportação realmente não se submete à reserva</p><p>constitucional de lei tributária, tornando-se admissível a atribuição dessa prerrogativa a órgão integrante do</p><p>Poder Executivo. Ademais, não há submissão aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal neste caso.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>(Pref. São Luiz-MA-Procurador/2016) A Constituição Federal atribui competência aos entes federados para</p><p>instituir e cobrar impostos. De acordo com o texto constitucional, incide o ITR, de competência da União,</p><p>sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que possua outros imóveis.</p><p>Comentário: De acordo com o art. 153, § 4º, II, da CF/88, o ITR não incidirá sobre pequenas glebas rurais,</p><p>definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel. Assim, se o proprietário</p><p>possui outros imóveis, não há que se falar na referida imunidade, incidindo normalmente o ITR, conforme</p><p>afirmado na questão.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>(Pref. São Luiz-MA-Procurador/2016) A Constituição Federal atribui competência aos entes federados para</p><p>instituir e cobrar impostos. De acordo com o texto constitucional, incide o IPI, de competência da União,</p><p>sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial, quando de sua a transformação em lingotes, para fins</p><p>de seu armazenamento, nos cofres do Banco Central do Brasil.</p><p>Comentário: Estudamos que o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial submete-se à incidência</p><p>exclusiva do IOF. Logo, não incide IPI.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>(TJ-SC-Juiz/2015) Wagner, pequeno empresário, domiciliado na cidade de Mafra/SC, desejando ampliar seus</p><p>negócios, pensou em transformar seu estabelecimento comercial em estabelecimento industrial. Sua</p><p>preocupação era ter de pagar um imposto que até então lhe era desconhecido: o IPI. Para melhor conhecer</p><p>esse imposto, conversou com alguns amigos que também eram proprietários de indústria e cada um deles</p><p>lhe passou as informações que tinham sobre esse imposto. Disseram-lhe, por exemplo, que a competência</p><p>para instituir esse imposto está prevista na Constituição Federal e que, de acordo com o texto constitucional,</p><p>o IPI</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>62</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>I. é imposto não-cumulativo, compensando-se o que é devido em cada operação com o montante cobrado</p><p>nas anteriores, pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.</p><p>II. tem seu impacto reduzido sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma</p><p>estabelecida em Regulamento.</p><p>III. pode ter suas alíquotas interestaduais alteradas por meio de Resolução do Senado Federal.</p><p>IV. é imposto seletivo, em função da essencialidade do produto, mas não o é em função do porte do</p><p>estabelecimento industrial que promove seu fato gerador.</p><p>Está correto o que se afirma em</p><p>a) IV, apenas.</p><p>b) I, apenas.</p><p>c) I, II, III e IV.</p><p>d) I e III, apenas.</p><p>e) II e IV, apenas.</p><p>Comentário:</p><p>Item I: De fato, prevê o art. 153, § 3º, II, da CF/88, que o IPI é não cumulativo, compensando-se o que é</p><p>devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores. Contudo, o imposto é federal, cobrado</p><p>pela União, e não pelos Estados ou Distrito Federal. Item errado.</p><p>Item II: Conforme estabelece o art. 153, § 3º, IV, da CF/88, o IPI realmente tem seu impacto reduzido sobre</p><p>a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto. Contudo, a regulamentação será em lei, e não</p><p>em regulamento. Item errado.</p><p>Item III: O IPI, ao contrário, do ICMS, não possui alíquotas interestaduais. Suas alíquotas variam em</p><p>conformidade com a classificação do produto da Tabela de Incidência do IPI (TIPI). Item errado.</p><p>Item IV: De acordo com o art. 153, § 3º, I, da CF/88, o IPI é um imposto seletivo, em função da essencialidade</p><p>do produto, mas não o é em função do porte do estabelecimento industrial que promove seu fato gerador,</p><p>vez que não há tal previsão na CF/88</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>63</p><p>119</p><p>QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS</p><p>Competência Tributária</p><p>1. VUNESP/Fiscal de Tributos (Pref Guaratinguetá)/2022</p><p>A respeito da competência tributária, é correto afirmar:</p><p>A) compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal,</p><p>nas Constituições dos Estados, do Distrito Federal, bem como as Leis Orgânicas dos Municípios e observado</p><p>o disposto no Código Tributário Nacional.</p><p>B) nos casos dos tributos em que a receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas</p><p>de direito público, não pertence à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.</p><p>C) é delegável, mediante acordo de cooperação para atribuição, de pessoa jurídica de direito público a outra,</p><p>das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas</p><p>em matéria tributária.</p><p>D) é delegável em razão do cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar</p><p>tributos.</p><p>E) pode ser deferida à pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha</p><p>atribuído, em razão do não exercício por esta.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A definição trazida na assertiva é exatamente a regra do art. 6º do CTN: atribuição</p><p>constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as</p><p>limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito</p><p>Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.</p><p>Alternativa B: Na realidade, ainda que haja distribuição da receita, no todo ou em parte, a outras pessoas</p><p>jurídicas de direito público, o tributo ainda pertence à competência legislativa daquela a que tenham sido</p><p>atribuídos (CTN, art. 6º, par. único).</p><p>Alternativa C: Conforme prevê o art. 7º, do CTN, a competência tributária é indelegável.</p><p>Alternativa D: O cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos</p><p>não se confunde com competência tributária (CTN, art. 7º, § 3º).</p><p>Alternativa E: O art. 8º, do CTN, estabelece que o não exercício da competência tributária não a defere a</p><p>pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>64</p><p>119</p><p>2. VUNESP/Agente Fiscal (Pref Piracicaba)/Rendas/2022</p><p>Sobre a competência tributária, nos termos da legislação e jurisprudência nacionais, pode-se afirmar que</p><p>A) é legal a atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos pela pessoa jurídica competente a outra</p><p>pessoa jurídica de direito público.</p><p>B) pode ser delegada, mediante decreto, desde que a outra pessoa de direito público interno.</p><p>C) o não exercício da competência tributária pelos municípios autoriza o respectivo estado à cobrança dos</p><p>seus impostos municipais.</p><p>D) constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da</p><p>função de arrecadar tributos.</p><p>E) a atribuição da função de arrecadar tributos não pode ser revogada a qualquer tempo por ato unilateral.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O art. 7º, do CTN, autoriza, afirmando que a competência tributária é indelegável, salvo</p><p>atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões</p><p>administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra.</p><p>Alternativa B: Como comentamos, a competência tributária é indelegável.</p><p>Alternativa C: O art. 8º, do CTN, prevê que o não exercício da competência tributária não a defere a pessoa</p><p>jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.</p><p>Alternativa D: O art. 7º, § 3º, do CTN, dispõe que não constitui delegação de competência o cometimento, a</p><p>pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.</p><p>Alternativa E: O art. 7º, § 2º, do CTN, permite que a atribuição da função de arrecadar tributos possa ser</p><p>revogada a qualquer tempo por ato unilateral.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>3. FCC/Prefeitura de Manaus-Assistente Técnico Fazendário/2019</p><p>A Constituição Federal outorga competência para as pessoas jurídicas de direito público interno instituírem</p><p>impostos. De acordo com o texto constitucional e com a legislação tributária nacional em vigor, compete aos</p><p>Municípios instituir impostos sobre</p><p>a) a transmissão inter vivos, a qualquer título, inclusive por doação, de bens imóveis, por natureza ou acessão</p><p>física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.</p><p>b) serviços de qualquer natureza, inclusive de transporte intramunicipal, definidos em lei complementar.</p><p>c) a propriedade predial e territorial urbana e rural.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>65</p><p>119</p><p>d) a transmissão, a qualquer título, inclusive causa mortis, exclusivamente de bens imóveis, por natureza ou</p><p>acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua</p><p>aquisição.</p><p>e) serviços de qualquer natureza, inclusive de transporte intermunicipal, definidos em lei ordinária municipal</p><p>específica.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Os municípios têm competência para instituir o IPTU, ITBI e ISS. Contudo o ITBI não incide</p><p>sobre doação. Sobre as doações incidirá o ITCMD. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O transporte intramunicipal é aquele que ocorre dentro do território do município, sendo</p><p>possível a cobrança do ISS. Já o intermunicipal é aquele que incide entre dois municípios distintos. Sobre este</p><p>incidirá ICMS. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: Sobre a propriedade rural incidirá o ITR, que é de competência da União. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Os municípios não têm competência para instituir o ITCMD. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Sobre transporte intermunicipal cabe ICMS e não ISS. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>4. FCC/TRF 4ª Região-Técnico Judiciário/2019</p><p>A Constituição Federal de 1988 estabelece que o Brasil é uma república federativa formada pela união</p><p>indissolúvel dos estados e municípios e do distrito federal, e na parte que trata DA TRIBUTAÇÃO E DO</p><p>ORÇAMENTO, determina as competências tributárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.</p><p>Conforme a referida Constituição, são tributos que podem ser instituídos pela União:</p><p>a) imposto sobre operações de crédito, contribuição de melhoria, contribuição para o custeio da iluminação</p><p>pública e imposto sobre serviços.</p><p>b) imposto sobre a renda, imposto sobre importação de produtos estrangeiros e imposto sobre grandes</p><p>fortunas.</p><p>c) contribuição de intervenção no domínio econômico, contribuição de melhoria, imposto sobre</p><p>propriedades territoriais urbanas e taxa de fiscalização de portos e ferrovias.</p><p>d) taxa de serviço de polícia de fronteira, contribuição previdenciária, imposto sobre a renda, e imposto</p><p>sobre a propriedade de veículos automotores terrestres e aquáticos.</p><p>e) taxa de expedição de certidões, taxa de vigilância sanitária, imposto sobre produtos industrializados</p><p>destinados ao exterior e imposto sobre propriedade territorial urbana.</p><p>Comentário: A União pode instituir: II, IE, IPI, IR, IOF, ITR, Imposto sobre Grandes Fortunas, Imposto</p><p>Extraordinário de Guerra, CIDEs e Contribuições Especiais (com exceção da COSIP), Empréstimos</p><p>Compulsórios, Taxas e Contribuição de Melhoria. Você não precisaria conhecer nada sobre as taxas citadas</p><p>para chegar ao gabarito da questão.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>66</p><p>119</p><p>5. FCC/Prefeitura de Manaus-Técnico Fazendário/2018</p><p>De acordo com a Constituição Federal, os Municípios têm competência para instituir, na forma da lei,</p><p>a) contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública.</p><p>b) o ITBI, imposto que incide sobre a transmissão de quaisquer bens, a título oneroso.</p><p>c) o IPVA, que incide sobre a propriedade de quaisquer veículos licenciados no Município.</p><p>d) o IPTU, imposto que a incide sobre a propriedade e a transmissão de bens imóveis.</p><p>e) o ITCMD, que incide sobre a transmissão de quaisquer bens ocorrida dentro dos limites municipais.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Os Municípios e o DF tem competência para instituir tal tributo, conforme art. 149-A da CF/88.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: Os Municípios têm de fato competência para instituir o ITBI, mas este não incide sobre</p><p>quaisquer bens, mas apenas sobre bens imóveis. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Tal imposto é de competência dos Estados e DF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: O IPTU incide sobre a propriedade de imóvel urbano. Sobre a transmissão de bens imóveis</p><p>incide o ITBI. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Tal imposto é de competência dos Estados e DF. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>6. FCC/ Assembléia Legistiva de SE - Analista Legislativo/2018</p><p>De acordo com a Constituição Federal, tanto os Estados como os Municípios brasileiros têm competência</p><p>para instituir</p><p>a) empréstimos compulsórios, condicionado a aval da União, Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza</p><p>e contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou</p><p>econômicas.</p><p>b) o Imposto sobre a Propriedade Territorial e Predial Urbana, contribuição para o custeio do serviço de</p><p>iluminação pública e taxas pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,</p><p>prestados</p><p>ao contribuinte ou postos a sua disposição.</p><p>c) taxas, em razão do exercício do poder de polícia, contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas,</p><p>e contribuição cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime de previdência</p><p>próprio, de caráter contributivo e solidário.</p><p>d) tributos interestaduais e intermunicipais com a finalidade de limitar o tráfego de pessoas ou bens, sempre</p><p>que a segurança pública estiver ameaçada, podendo, na vigência de estado de emergência decorrente desta</p><p>ameaça, serem instituídos e cobrados empréstimos compulsórios e contribuições de intervenção no domínio</p><p>econômico.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>67</p><p>119</p><p>e) o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, contribuição de melhoria, taxas em razão do</p><p>exercício do poder de polícia e empréstimos compulsórios, condicionado a aval da União.</p><p>Comentário: Taxas, contribuições de melhoria e contribuição previdenciária cobrada de seus respectivos</p><p>servidores para custeio do Regime Próprio de Previdência, são tributos comuns a Municípios e Estados.</p><p>II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IGF, IEG, Empréstimos compulsórios, e demais contribuições especiais são de</p><p>competência exclusiva da União.</p><p>IPVA, ICMS, ITCMD são de competência apenas dos Estados e DF.</p><p>IPTU, ITBI, ISS e COSIP são de competência apenas dos Municípios e DF.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>7. FCC/DPE-RS-Defensor Público do Estado/2018</p><p>Considerando-se as competências tributárias previstas na Constituição Federal, é autorizada</p><p>a) à União a instituição de impostos sobre produtos industrializados.</p><p>b) aos Estados e ao Distrito Federal a instituição de impostos sobre operações de câmbio.</p><p>c) à União a instituição de impostos sobre a propriedade de veículos automotores.</p><p>d) aos Municípios a instituição de impostos sobre circulação de mercadorias.</p><p>e) aos Estados e ao Distrito Federal a instituição de imposto sobre grandes fortunas.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A União pode instituir II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, Imposto sobre Grandes Fortunas, Imposto</p><p>Extraordinário de Guerra e Impostos residuais. Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: Tal competência é da União. Os Estados podem instituir ITCMD, ICMS, IPVA. Já o DF pode</p><p>instituir o ITCMD, ICMS, IPVA, ITBI, IPTU e ISS. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Tal Imposto é de competência dos Estados e DF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Tal imposto é de competência dos Estados e DF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Tal imposto é de competência da União. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>8. FCC/CLDF-Procurador Legislativo/2018</p><p>O Código Tributário Nacional, no Título II do Livro Primeiro, trata da competência tributária. De acordo com</p><p>estas regras,</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>68</p><p>119</p><p>a) a competência dos Municípios para legislar concorrentemente sobre o IPVA, em razão da repartição de</p><p>receita tributária deste imposto entre Estados e Municípios, alcança apenas os veículos de propriedade de</p><p>pessoas naturais e jurídicas com domicílio nos referidos Municípios.</p><p>b) a competência dos Municípios para legislar concorrentemente sobre o IPVA, em razão da repartição de</p><p>receita tributária deste imposto entre Estados e Municípios, alcança apenas os veículos que efetivamente</p><p>circulam no Município, durante mais de 181 dias por ano, demonstrando o uso concreto de vias públicas.</p><p>c) a competência dos Municípios para legislar concorrentemente sobre o IPVA, em razão da repartição de</p><p>receita tributária deste imposto entre Estados e Municípios, alcança apenas os veículos licenciados nos</p><p>referidos Municípios.</p><p>d) a competência para legislar sobre o ITR será dos Municípios, sempre que estes optarem por fiscalizar e</p><p>cobrar este imposto, como estabelecido no inciso III do § 4o do art. 153 da Constituição Federal, desde que,</p><p>com isso, não ocorra redução do valor do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.</p><p>e) o não exercício da competência tributária dos Municípios para instituir o ITBI não defere à União, nem aos</p><p>Estados em que eles estão localizados, a competência para instituir o referido imposto.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O fato da receita do IPVA ser repartida com os Municípios em nada influencia a competência</p><p>para legislar sobre o IPVA, que pertence aos Estados e DF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O fato da receita do IPVA ser repartida com os Municípios em nada influencia a competência</p><p>para legislar sobre o IPVA, que pertence aos Estados e DF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O fato da receita do IPVA ser repartida com os Municípios em nada influencia a competência</p><p>para legislar sobre o IPVA, que pertence aos Estados e DF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: A opção prevista no art. 153, §4º, III da CF/88 não significa delegação da competência</p><p>legislativa da União aos Municípios, mas sim delegação da capacidade tributária ativa. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: É exatamente o que dispõe o art. 8º do CTN. Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>9. FCC/CLDF-Consultor Legislativo/2018</p><p>De acordo com a Constituição Federal, o Distrito Federal pode instituir tributos de competência tanto</p><p>estadual como municipal.</p><p>Em razão disso, esta pessoa jurídica de direito público poderá instituir</p><p>a) o ICMS sobre a prestação de serviços de transporte intramunicipal, intermunicipal e de comunicação.</p><p>b) o ISSQN sobre a prestação de serviços de transporte intramunicipal, intermunicipal e de comunicação.</p><p>c) impostos sobre a prestação de serviços de transporte intramunicipal e intermunicipal.</p><p>d) o ICMS sobre a prestação de serviços de transporte intramunicipal e intermunicipal e o ISSQN sobre a</p><p>prestação de serviços de comunicação.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>69</p><p>119</p><p>e) o ICMS sobre a prestação de serviços de comunicação e o ISSQN sobre a prestação de serviços de</p><p>transporte intramunicipal e intermunicipal.</p><p>Comentário:</p><p>Os Estados podem instituir ITCMD, ICMS, IPVA. Já o DF pode instituir o ITCMD, ICMS, IPVA, ITBI, IPTU e ISS.</p><p>E os Municípios o ITBI, IPTU e ISS.</p><p>Há sempre essa “confusão” entre qual tributo caberia no transporte intramunicipal e qual caberia no</p><p>transporte intermunicipal.</p><p>Transporte intramunicipal, isto é dentro do território do Município, só pode ser tributado pelo ISS.</p><p>Já o transporte intermunicipal, isto é entre dois municípios distintos, só pode ser tributado pelo ICMS.</p><p>Assim a única alternativa que atende corretamente a esta distinção é a letra C.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>10. FCC/CLDF-Consultor Técnico Legislativo/2018</p><p>A Constituição Federal, em seu art. 147, estabelece que “ao Distrito Federal cabem os impostos municipais”.</p><p>Ao atribuir esta competência específica para o Distrito Federal instituir impostos municipais, a Constituição</p><p>a) proíbe que o Distrito Federal institua taxas pelo poder de polícia.</p><p>b) proíbe que o Distrito Federal institua a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública.</p><p>c) proíbe que o Distrito Federal institua contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em</p><p>benefício destes, do regime próprio de previdência.</p><p>d) permite, por via indireta, que o Distrito Federal institua o IOF, o ITR e o IPI.</p><p>e) não proíbe que o Distrito Federal institua contribuição de melhoria.</p><p>Comentário: O DF pode instituir somente os seguintes impostos: ITCMD, ICMS, IPVA, ITBI, IPTU e ISS.</p><p>Também pode instituir taxas, contribuição de melhoria, contribuição previdenciária cobrada de seus</p><p>servidores para financiar o Regime Próprio de Previdência e a COSIP.</p><p>Assim o DF pode sim instituir contribuição</p><p>da competência tributária</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>4</p><p>119</p><p>(...)</p><p>§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a</p><p>estabelecer normas gerais.</p><p>§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência</p><p>suplementar dos Estados.</p><p>§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência</p><p>legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.</p><p>§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei</p><p>estadual, no que lhe for contrário.</p><p>Percebe-se, pela leitura do dispositivo supracitado que, embora a competência para legislar sobre direito</p><p>tributário seja concorrente da União, Estados e DF, cabe àquela a definição das normas gerais.</p><p>Os Estados, portanto, ficam incumbidos de suplementar as normas gerais definidas pela União, podendo</p><p>exercer competência legislativa plena, quando não existir a lei federal sobre normas gerais.</p><p>Nesse sentido, vamos ver o entendimento do STF:</p><p>“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPVA. LEI ESTADUAL. ALÍQUOTAS</p><p>DIFERENCIADAS EM RAZÃO DO TIPO DO VEÍCULO.</p><p>1.Os Estados-membros estão legitimados a ditar as normas gerais referentes ao IPVA, no</p><p>exercício da competência concorrente prevista no artigo 24, § 3º, da Constituição do Brasil.</p><p>2.O Supremo possui orientação no sentido de que não há tributo progressivo quando as alíquotas</p><p>são diferenciadas segundo critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva.</p><p>Agravo regimental a que se nega provimento”.</p><p>(STF, RE 466.480-AgR/MG, Rel. Min. Eros Grau, 24/06/2008)</p><p>Para entender melhor o julgado, faz-se necessário saber que o CTN foi editado sob a égide da CF/46. Nessa</p><p>CF, não havia previsão para IPVA, de forma que o CTN não contemplou o referido imposto.</p><p>Como hoje existe tal previsão constitucional, não havendo, contudo, normas gerais editadas pela União</p><p>sobre o IPVA, o STF entendeu que se aplica o disposto no art. 24, § 3º, da CF/88.</p><p>É importante destacar também que, sobrevindo lei federal de normas gerais sobre matéria anteriormente</p><p>disciplinada pelos Estados, fica a lei estadual suspensa no que contrariar a lei federal.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>5</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>Ocorre suspensão da lei estadual, e não revogação!</p><p>Há que se ressaltar, ainda, a competência legislativa municipal (ou você não sentiu falta deles?). Embora não</p><p>sejam citados no caput do art. 24 da CF/88, vejamos o que diz o art. 30, II, da própria CF:</p><p>Art. 30. Compete aos Municípios:</p><p>II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;</p><p>Observação: Quem legisla concorrentemente sobre direito tributário é a União, os Estados</p><p>e o DF. Ao município cabe apenas suplementar a legislação federal e a estadual no que</p><p>couber.</p><p>Explicadas tais regras, pergunta-se: a lei federal que dispõe sobre as regras gerais em matéria tributária deve</p><p>ser lei complementar ou ordinária?</p><p>Vejamos a resposta:</p><p>Art. 146. Cabe à lei complementar:</p><p>III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:</p><p>(...)</p><p>Percebe-se, pois, que a referida lei deve ser complementar!</p><p>Na aula inicial do nosso curso, você aprendeu que o Código Tributário Nacional – CTN - foi recepcionado pela</p><p>CF/88 com status de lei complementar, correto?</p><p>Na realidade, o CTN possui força de lei complementar desde a CF pretérita – CF/1967. Isso significa que não</p><p>foi apenas com a CF/88 que esta norma adquiriu o status de lei complementar.</p><p>É de se destacar também que o CTN continua sendo uma lei ordinária, mas com status de lei complementar,</p><p>pois o conteúdo nele tratado foi reservado à lei complementar pela nossa CF/88. Essas regras são mais</p><p>detalhadas no estudo do Direito Constitucional, disciplina que você já deve estar estudando ou ainda irá</p><p>estudar com o Prof. Ricardo Vale.</p><p>Nós veremos, nos próximos tópicos, algumas disposições do CTN acerca da competência tributária, bem</p><p>como suas características e outros conceitos relativos ao tema.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>6</p><p>119</p><p>Características da Competência Tributária</p><p>A competência tributária possui algumas características a ela inerentes, quais sejam: indelegável,</p><p>imprescritível, inalterável, irrenunciável, e facultativa. Vamos explicar separadamente cada uma de suas</p><p>características.</p><p>A competência tributária é indelegável</p><p>A competência tributária é indelegável, não sendo possível que um ente delegue a sua competência para</p><p>instituir determinado imposto, por exemplo, a outro. Vejamos o que diz o caput art. 7º do CTN:</p><p>Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar</p><p>ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em</p><p>matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos</p><p>termos do § 3º do artigo 18 da Constituição (referência a outra CF).</p><p>O que se extrai do art. 7º, do CTN, é que a competência tributária é realmente indelegável, contudo, as</p><p>atribuições administrativas decorrentes do exercício da competência tributária são delegáveis a outra</p><p>pessoa jurídica de direito público.</p><p>A delegação da função de arrecadar e fiscalizar os tributos instituídos, bem como as demais</p><p>atribuições administrativas citadas no art. 7º do CTN denomina-se capacidade tributária</p><p>ativa.</p><p>Assim, a União, por exemplo, ao fazer uso de sua competência tributária prevista no art. 149, caput, da CF/88,</p><p>pode instituir uma contribuição para o custeio dos conselhos de fiscalização e regulamentação de categorias</p><p>profissionais (contribuições corporativas), e delegar a atribuição de arrecadação do tributo ao próprio</p><p>conselho - CRM ou CRA, por exemplo.</p><p>No mesmo sentido, o art. 153, § 4º, III, da CF/88 permite que os Municípios fiscalizem e cobrem o Imposto</p><p>Territorial Rural (ITR). A união detém a competência para instituir o referido imposto (vamos estudar esse</p><p>imposto ainda nessa aula), mas pode repassar, mediante lei, a capacidade ativa para os Municípios que assim</p><p>optarem.</p><p>Podemos dizer, então, que a capacidade tributária ativa é a aptidão para que a pessoa jurídica seja inserida</p><p>no polo ativo (ou sujeito ativo) da relação jurídica constituída com a ocorrência do fato gerador. Em outras</p><p>palavras, trata-se do poder de exigir o tributo. Tal atribuição, nos termos do art. 119 CTN, só pode ser</p><p>realizada por pessoa jurídica de direito público.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>7</p><p>119</p><p>Alguns autores dissertam de modo contrário, no sentido da possibilidade de que a capacidade tributária ativa</p><p>pode ser delegada a pessoas jurídicas de direito privado. É temerário adotar essa posição em provas de</p><p>concurso, pois a tendência das bancas é adotar o que foi estabelecido no CTN!</p><p>É possível perceber, ante o exposto, que a competência tributária (instituição do tributo) é política, sendo</p><p>instituída por intermédio de lei e indelegável. No entanto, a capacidade tributária ativa (arrecadação,</p><p>fiscalização e execução) pode ser delegada a outra pessoa jurídica de direito público.</p><p>Nessa linha, frisemos que, em sentido amplo, a competência tributária compreende tanto a instituição do</p><p>tributo, como a capacidade tributária ativa. Contudo, apenas esta é delegável.</p><p>Vamos, portanto, esquematizar:</p><p>DICA DE PROVA: Adote como corretas assertivas que tragam em seu enunciado a</p><p>de melhoria.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>11. FCC/CLDF-Consultor Técnico Legislativo/2018</p><p>O Sistema Tributário Nacional disciplinado pela Constituição Federal contempla diversas exações, sendo que,</p><p>algumas delas, recebem a denominação de “contribuições”. De acordo com a atribuição de competências</p><p>expressa no texto constitucional, as contribuições</p><p>a) de melhoria, decorrentes de obras realizadas no território da pessoa jurídica de direito público, podem</p><p>ser instituídas por essa pessoa jurídica e, de acordo com o Código Tributário Nacional, desde que essas obras</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>70</p><p>119</p><p>acarretem o incremento organizado do processo de urbanização da região em que a obra venha a ser</p><p>realizada.</p><p>b) especiais para a modernização dos órgãos estaduais de segurança podem ser instituídas pelos Estados e</p><p>pelo Distrito Federal.</p><p>c) para o custeio dos regimes previdenciários estatutários próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal</p><p>e dos Municípios, em benefício dos servidores titulares de cargos efetivos dessas pessoas jurídicas de direito</p><p>público, podem ser por elas instituídas.</p><p>d) extraordinárias para o reforço da segurança das fronteiras, podem ser instituídas exclusivamente pela</p><p>União, na iminência ou no caso de guerra externa, sem prejuízo da instituição dos impostos extraordinários</p><p>constitucionalmente previstos.</p><p>e) para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis, podem ser instituídas pelos</p><p>Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O Fato Gerador da contribuição de melhoria é a valorização imobiliária decorrente de obra</p><p>pública. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Não há tal previsão na CF/88. Alternativa errada</p><p>Alternativa C: É exatamente o que informa o art. 149, §1º da CF/88. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Não há tal previsão na CF/88. Alternativa errada</p><p>Alternativa E: A COSIP só pode ser instituída pelos Municípios e DF, conforme art. 149-A da CF/88. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>12. FCC/TJ-SC-Juiz Estadual/2017</p><p>A respeito da competência legislativa sobre normas gerais em matéria tributária:</p><p>a) Trata-se de competência concorrente da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.</p><p>b) Trata-se de competência exclusiva da União.</p><p>c) É afastada pelo exercício da competência plena dos entes tributantes quanto aos seus respectivos tributos.</p><p>d) Pode ser exercida por lei ordinária, desde que comprovada a relevância e urgência da matéria.</p><p>e) Não tem relevância alguma para o imposto de transmissão causa mortis e doação de bens ou direitos.</p><p>Comentário: A competência para legislar sobre direito tributário cabe à União, aos Estados e ao Distrito</p><p>Federal. Porém, a fixação das normas gerais em matéria tributária é competência exclusiva da União,</p><p>disciplinada por meio de lei complementar (CF/88, art. 146).</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>71</p><p>119</p><p>13. FCC/PGE-MA-Procurador do Estado do Maranhão/2016</p><p>Sobre a competência tributária, considere os itens a seguir.</p><p>I. Muito embora a competência tributária seja privativa, a União pode instituir impostos de competência dos</p><p>Estados e do Distrito Federal no âmbito dos Territórios Federais.</p><p>II. A competência tributária pode ser exercida por outro ente na hipótese específica do ente</p><p>constitucionalmente competente não instituir o tributo que tem previsão de repartição constitucional de</p><p>receitas.</p><p>III. A imunidade tributária expressa a incompetência do ente para instituição do tributo na situação ali</p><p>prevista, podendo ser fixada na Constituição Federal ou em lei complementar.</p><p>IV. A competência para instituição de tributos é privativa, ou seja, quando atribuída a um ente político os</p><p>demais estão automaticamente proibidos de instituí-lo, visto não ser admitido ser tributado duas vezes por</p><p>um mesmo fato imponível.</p><p>É correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) I e IV.</p><p>b) II e III.</p><p>c) II e IV.</p><p>D) I, II e III.</p><p>e) I, III e IV.</p><p>Comentário:</p><p>Item I: Há tal previsão no art. 147 da CF/88. Item correto.</p><p>Item II: Não há tal previsão na CF/88 e é vedada tal prática pelo art. 8º do CTN. Item errado.</p><p>Item III: A primeira parte da assertiva está correta. Contudo a imunidade tributária é fixada na CF/88 apenas,</p><p>e não em lei complementar. Item errado.</p><p>Item IV: Exatamente! Aquele ente dotado de competência para instituir o tributo, somente ele poderá fazê-</p><p>lo. E em regra é vedada a tributação duas vezes por um único fato gerador. Item correto.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>14. FCC/ARSETE-Advogado/2016</p><p>Caso um determinado Município brasileiro decida instituir, em seu território, contribuições previstas na</p><p>Constituição Federal, ele poderá fazê-lo em relação às contribuições</p><p>a) para o custeio do regime previdenciário próprio dos servidores titulares de cargos efetivos desse</p><p>Município, cobrada desses servidores e em benefício deles, bem como contribuições de interesse das</p><p>categorias profissionais em atividade neste Município.</p><p>b) para o custeio do serviço de iluminação pública, desde que o Estado em que se localiza esse Município</p><p>não a tenha instituído, mas não poderá instituir contribuições de interesse das categorias econômicas em</p><p>atuação neste Município.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>72</p><p>119</p><p>c) de intervenção no domínio econômico em âmbito municipal, bem como contribuições de melhoria,</p><p>decorrentes de obras realizadas no Município.</p><p>d) de melhoria, decorrentes de obras públicas realizadas pelo poder público municipal, mas não poderá</p><p>instituir contribuições sociais de intervenção no domínio econômico, em âmbito Municipal.</p><p>e) para o custeio do regime previdenciário dos servidores federais, estaduais e municipais, titulares de cargos</p><p>efetivos e que atuem nas respectivas repartições públicas localizadas neste Município.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Os municípios podem instituir tal contribuição previdenciária, mas não podem instituir a</p><p>contribuição de interesse das categorias profissionais, pois esta é de competência da União. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa B: Os municípios podem instituir a COSIP e não há qualquer condicionamento em relação ao</p><p>Estado de que o Município faça parte, mesmo porque os Estados não têm tal competência tributária.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Os municípios não podem instituir as CIDEs. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Conforme art. 145, III da CF/88 os municípios têm competência para instituir a contribuição</p><p>de melhoria. Contudo não têm competência para instituir as CIDEs, que são de competência da União.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Os municípios podem instituir contribuição previdenciária apenas de seus servidores</p><p>municipais. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>15. FCC/PGM-Teresina-Analista Administrativo/2016</p><p>Considere:</p><p>I. Há bis in idem quando uma pessoa jurídica de direito público tributa mais de uma vez o mesmo contribuinte</p><p>sobre o mesmo fato gerador.</p><p>II. Ocorre bitributação quando duas pessoas de direito público tributam o mesmo contribuinte sobre o</p><p>mesmo fato gerador.</p><p>III. Haverá inconstitucionalidade ainda que a bitributação esteja prevista no próprio texto constitucional.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) III.</p><p>b) I e II.</p><p>c) I e III.</p><p>d) II e III.</p><p>e) I.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>73</p><p>119</p><p>Comentário: Os itens I e II trazem a definição correta de “bis in idem”</p><p>e bi tributação. Já em relação a</p><p>bitributação prevista na CF/88, se assim o for, não é possível que se alegue inconstitucionalidade. É o que</p><p>poderá ocorrer caso um dia a União crie Imposto Extraordinário de Guerra com fato gerador de outro</p><p>Imposto que não seja de sua competência, como IPVA, ICMS, ISS, por exemplo.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>16. FCC/SEFAZ-MA-Auditor Fiscal/2016</p><p>Relativamente aos tributos de competência dos entes federados, a Constituição Federal</p><p>a) autoriza a União a instituir impostos novos, não previstos no texto constitucional, desde que sejam não-</p><p>cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição,</p><p>cabendo aos Estados e ao Distrito Federal 20% dessa arrecadação, a título de repartição de receita.</p><p>b) autoriza a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a instituir impostos, taxas, contribuições</p><p>sociais e de melhoria, cabendo somente à União instituir empréstimos compulsórios.</p><p>c) não autoriza a União a instituir impostos que sejam da competência dos Municípios, exceto no caso de</p><p>guerra interna ou golpe de Estado.</p><p>d) autoriza a União a instituir impostos extraordinários, que também sejam da competência dos Estados,</p><p>devendo entregar-lhes 50% da receita auferida, a título de repartição de receita.</p><p>e) permite apenas aos Municípios instituir e cobrar a contribuição de melhoria.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Trata-se dos impostos residuais, previstos no art. 154, I, da CF/88. A redação da assertiva está</p><p>perfeita, inclusive quanto ao percentual dos recursos arrecadados destinados aos Estados e ao Distrito</p><p>Federal. Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: As contribuições sociais, em regra, são de competência da União, além dos empréstimos</p><p>compulsórios, evidentemente. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: A CF/88, em seu art. 154, II, autoriza a União instituir, na iminência ou no caso de guerra</p><p>externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão</p><p>suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Dessa forma, é possível instituir impostos de</p><p>competência dos Municípios, mas apenas no caso de guerra externa ou sua iminência. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Embora não se tenha estudado o tema “repartição das receitas tributárias”, é preciso ter em</p><p>mente que a receita dos impostos extraordinários de guerra não é repartida com outros entes. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa E: Todos os entes federados são competentes para instituir contribuições de melhoria.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>17. FCC/TJ-GO-Juiz Estadual/ 2015</p><p>Considere as seguintes afirmativas:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>74</p><p>119</p><p>I. A competência tributária pode ser deslocada para outro ente diante da inércia na instituição do tributo</p><p>pelo ente político originalmente competente.</p><p>II. A competência se distingue da capacidade tributária ativa porque esta está relacionada à instituição do</p><p>tributo e aquela à cobrança do tributo.</p><p>III. A competência tributária é fixada pela Constituição da República.</p><p>IV. A imunidade tributária significa ausência de competência do ente para instituir tributo na situação</p><p>definida pela norma constitucional imunizante.</p><p>V. A competência tributária pode ser delegada por lei a outro ente político, hipótese em que se torna</p><p>também o titular da capacidade tributária ativa.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) I, II e III.</p><p>B) III, IV e V.</p><p>c) I e II.</p><p>d) IV e V.</p><p>e) III e IV.</p><p>Comentário:</p><p>Item I: Tal hipótese é vedada pelo art. 8º do CTN. Item errado.</p><p>Item II: É exatamente o oposto: a capacidade tributária está relacionada a cobrança, e a competência à</p><p>instituição do tributo. Item errado.</p><p>Item III: Exatamente! A competência para que cada ente institua determinado tributo vêm expressa na</p><p>CF/88. Item correto.</p><p>Item IV: É a definição de imunidade tributária. Item correto.</p><p>Item V: É vedada a delegação da competência tributária. O que pode ser delegado é a atribuição das funções</p><p>de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria</p><p>tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, conforme art. 7º do CTN. Item errado.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>18. FCC/TCM-GO-Auditor Conselheiro Substituto/2015</p><p>De acordo com a Constituição Federal, a competência tributária para instituir o ICMS é dos Estados federados</p><p>e do Distrito Federal. Relativamente a este imposto e, considerando a disciplina estabelecida no Código</p><p>Tributário Nacional,</p><p>a) a atribuição da função de arrecadar o ICMS pode ser cometida à pessoa jurídica de direito privado e isso</p><p>não constitui delegação de competência.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>75</p><p>119</p><p>b) os Estados não poderão delegar sua competência tributária a nenhuma outra pessoa, mas poderão</p><p>delegar aos Municípios a atribuição de fiscalizá-los, não podendo essa atribuição ser revogada sem a</p><p>anuência do município que recebeu essa atribuição.</p><p>c) o não-exercício da competência tributária pelo Estado defere-a, primeiramente, à União e, caso essa</p><p>competência não seja por ela exercida, defere-a aos Municípios localizados no território do Estado que não</p><p>a exerceu.</p><p>d) a competência para legislar sobre ele é tanto dos Estados como dos Municípios que se encontram nesse</p><p>Estado, em razão de uma parte do produto da arrecadação desse imposto pertencer a esses Municípios.</p><p>e) a competência para instituir esse tributo poderá ser delegada aos Municípios localizados no território</p><p>desse Estado.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: É a literalidade do art. 7º, §3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a</p><p>pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de</p><p>direito público que a tenha conferido. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público</p><p>diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Os Municípios não têm competência para legislar sobre o ICMS. A repartição de receitas do</p><p>ICMS em nada influencia a competência legislativa, que é somente dos Estados e DF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: A competência tributária é indelegável. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>19. FCC/TCM-GO-Auditor Conselheiro Substituto/2015</p><p>De acordo com a Constituição Federal, os Municípios brasileiros podem</p><p>a) mediante prévia autorização do Congresso Nacional, e por meio de lei complementar, instituir</p><p>empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública.</p><p>b) instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública,</p><p>observados os princípios da legalidade, anterioridade, anterioridade nonagesimal (noventena) e da</p><p>irretroatividade.</p><p>c) instituir imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de</p><p>direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.</p><p>d) em caráter excepcional, mediante lei complementar e prévia autorização do Senado Federal, instituir</p><p>empréstimos compulsórios, no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse</p><p>social.</p><p>e) instituir imposto sobre a prestação de serviços de qualquer natureza, definidos em lei complementar,</p><p>inclusive a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, definida na</p><p>Lei Complementar nº 87/1996.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal</p><p>de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>76</p><p>119</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Os empréstimos compulsórios são de competência da União, e não dos Municípios.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: É o que informa o art. 149-A da CF/88. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: O ITCMD é de competência dos Estados e DF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Os empréstimos compulsórios são de competência da União, e não dos Municípios.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: A prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação é</p><p>tributada pelo ICMS, e o ICMS é de competência dos Estados. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>20. FCC/TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015</p><p>De acordo com a Constituição Federal, são tributos de competência</p><p>a) do Distrito Federal: o ITBI, o IGF, o ITCD e o ISSQN.</p><p>b) federal: o II, o IE, o ITR e os impostos extraordinários passíveis de serem instituídos na iminência ou no</p><p>caso de guerra externa.</p><p>c) estadual: o ICMS, o IPTU, o IPVA e o ITCD.</p><p>d) municipal: o ISSQN, o IPTU, o ITR e o ITBI.</p><p>e) federal: o IPI, o ITBI, o IOF, ITCD e o IR.</p><p>Comentário: A União pode instituir: II, IE, IPI, IR, IOF, ITR, Imposto sobre Grandes Fortunas, Imposto</p><p>Extraordinário de Guerra e Impostos Residuais.</p><p>Estados podem instituir ITCMD, ICMS, IPVA. Já o DF pode instituir o ITCMD, ICMS, IPVA, ITBI, IPTU e ISS. E os</p><p>Municípios o ITBI, IPTU e ISS.</p><p>Gabarito: Letra B.</p><p>21. FCC/TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015</p><p>A Constituição Federal atribui competência à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para</p><p>instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. Essas pessoas jurídicas de direito público também têm</p><p>competência para instituir contribuições.</p><p>De acordo com a Constituição Federal, os Municípios podem instituir contribuições</p><p>a) 1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis,</p><p>2. sociais e</p><p>3. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário.</p><p>b) 1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis,</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>77</p><p>119</p><p>2. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário e</p><p>3. de intervenção no domínio econômico.</p><p>c) 1. de intervenção no domínio econômico e</p><p>2. de interesse das categorias profissionais ou econômicas.</p><p>d) 1. de intervenção no domínio econômico,</p><p>2. sociais e</p><p>3. de interesse das categorias profissionais ou econômicas.</p><p>e) 1. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário</p><p>e</p><p>2. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis.</p><p>Comentário: Os municípios podem instituir contribuição de melhoria, COSIP e a contribuição previdenciária</p><p>cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário.</p><p>Não podem instituir CIDEs e nem contribuição de interesse das categorias profissionais e econômicas e nem</p><p>contribuições sociais.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>22. FCC/MANAUSPREV-Procurador Autárquico/2015</p><p>De acordo com a Constituição Federal, os Municípios têm competência tributária para instituir</p><p>a) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública e a contribuição de melhoria.</p><p>b) o ITR, observadas as cláusulas de convênio específico com a União para esse fim.</p><p>c) o IR sobre os rendimentos auferidos pelos funcionários estatutários dos órgãos que compõem sua</p><p>administração direta.</p><p>d) o ITBI sobre as transmissões de bens imóveis, por compra e venda ou por doação.</p><p>e) o ISSQN sobre a prestação de serviço de transporte intermunicipal de carga.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Os municípios podem instituir contribuição de melhoria, COSIP e a contribuição previdenciária</p><p>cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: Apesar de os Municípios poderem fiscalizar e cobrar o ITR, este é de competência da União.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O IR é de competência da União. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Sobre a doação incidirá o ITCMD. Alternativa errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>78</p><p>119</p><p>Alternativa E: O transporte intermunicipal é tributado por ICMS. O transporte intramunicipal por ISS.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>23. FCC/CGM São Luís-Auditor de Controle Interno/2015</p><p>De acordo com a Constituição Federal, compete à União instituir impostos sobre</p><p>a) grandes fortunas, nos termos de lei complementar; operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a</p><p>títulos ou valores mobiliários; propriedade territorial rural.</p><p>b) importação de produtos estrangeiros; propriedade predial e territorial urbana; renda e proventos de</p><p>qualquer natureza.</p><p>c) produtos industrializados; transmissão “causa mortis” e doação, de quaisquer bens ou direitos; grandes</p><p>fortunas, nos termos de lei complementar.</p><p>d) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; propriedade de veículos</p><p>automotores; operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.</p><p>e) propriedade territorial rural; transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens</p><p>imóveis; exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.</p><p>Comentário: A União pode instituir: II, IE, IPI, IR, IOF, ITR, Imposto sobre Grandes Fortunas, Imposto</p><p>Extraordinário de Guerra e Impostos Residuais.</p><p>Estados podem instituir ITCMD, ICMS, IPVA. Já o DF pode instituir o ITCMD, ICMS, IPVA, ITBI, IPTU e ISS. E os</p><p>Municípios o ITBI, IPTU e ISS.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>24. FCC/ PGM-Cuiabá - Procurador/2014</p><p>Procurador do município de Cuiabá consultado sobre possibilidades legislativas de iniciativa do executivo</p><p>municipal que propiciassem um aumento da arrecadação, elaborou parecer indicando quais seriam as</p><p>espécies tributárias de competência do município passíveis de serem alteradas. São tributos de competência</p><p>da União, dos Estados e dos Municípios, respectivamente:</p><p>a) Imposto sobre a propriedade territorial rural; Imposto sobre a prestação de Serviços de qualquer natureza,</p><p>não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei ordinária federal; Imposto sobre operações relativas à</p><p>circulação de mercadorias.</p><p>b) Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; Imposto sobre a</p><p>transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis por acessão física; Imposto sobre</p><p>a propriedade de veículos automotores.</p><p>c) Impostos extraordinários, no caso de iminência de guerra externa ou interna; Imposto sobre a propriedade</p><p>predial e territorial urbana; Imposto sobre a prestação de serviços de comunicação.</p><p>d) Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei</p><p>complementar; Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei ordinária federal; Imposto sobre a</p><p>prestação de serviços de transporte interestadual.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>79</p><p>119</p><p>e) Imposto sobre operações relativas a valores mobiliários; Imposto sobre operações relativas à circulação</p><p>de mercadorias; Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,</p><p>por natureza.</p><p>Comentário: A União pode instituir: II, IE, IPI, IR, IOF, ITR, Imposto sobre Grandes Fortunas, Imposto</p><p>Extraordinário de Guerra e Impostos Residuais.</p><p>Estados podem instituir ITCMD, ICMS, IPVA. Já o DF pode instituir o ITCMD, ICMS, IPVA, ITBI, IPTU e ISS. E os</p><p>Municípios o ITBI, IPTU e ISS.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>25. FCC/ TRF 4ª Região-Técnico Judiciário/2014</p><p>Sobre o Sistema Tributário Nacional, considere:</p><p>I. Segundo a Constituição Federal, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os</p><p>seguintes tributos: impostos, taxas e contribuição de melhoria.</p><p>II. A Constituição Federal é fonte instituidora de tributos, especialmente impostos e contribuições especiais.</p><p>III. Constitucionalmente, o princípio da capacidade contributiva é direcionado aos impostos, que terão</p><p>caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.</p><p>IV. Segundo a Constituição Federal, a União tem competência para instituir impostos municipais, desde que</p><p>sejam instituídos sobre Territórios não divididos em Municípios.</p><p>V. É vedado à União, Estados, Distrito Federal e Municípios instituir tributos sobre patrimônio, renda e</p><p>serviços, relacionados com as finalidades essenciais dos templos de qualquer culto.</p><p>Está correto o que consta APENAS em</p><p>a) I, II e III.</p><p>b) III, IV e V.</p><p>c) I, II e V.</p><p>d) I, III e IV.</p><p>e) II, IV e V.</p><p>Comentário:</p><p>Item I: É o que dispõe o art. 145, I, II e III da CF/88. Item correto.</p><p>Item II: A CF/88 apenas fixa quem é competente para cada tributo. Contudo cada ente federado deverá</p><p>instituir o tributo de sua competência por meio de Lei. Item errado.</p><p>Item III: De fato, o princípio da capacidade contributiva, segundo a CF/88, aplica-se a impostos, conforme o</p><p>§1º do art. 145. Item correto.</p><p>Item IV: Tal previsão tem respaldo no art. 147 da CF/88. Item correto.</p><p>Item V: A imunidade religiosa é apenas para “impostos” e não para “tributos”. Item errado.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>80</p><p>119</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>26. FCC/SEFAZ PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014</p><p>De acordo com a Constituição Federal,</p><p>a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição de melhoria,</p><p>decorrente de obra pública, ainda que não haja valorização imobiliária dela decorrente.</p><p>b) a União poderá instituir empréstimos compulsórios, mediante medida provisória, no caso de investimento</p><p>público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.</p><p>c) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis,</p><p>para o custeio do serviço de iluminação pública.</p><p>d) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos</p><p>extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos,</p><p>gradativamente, cessadas as causas de sua criação.</p><p>e) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos não compreendidos em sua competência</p><p>tributária, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos</p><p>discriminados na Constituição Federal.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A contribuição de melhoria tem por fato gerador a valorização imobiliária, sem a qual não é</p><p>possível exigir o tributo. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Os empréstimos compulsórios são instituídos por Lei Complementar e a CF/88 veda a edição</p><p>de M.P. cuja matéria seja reservada a Lei Complementar. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Apenas os Municípios e o DF são competentes para instituir a COSIP. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: É exatamente o que dispõe o art. 154, II da CF/88. Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: Para instituir os impostos residuais, é necessária Lei Complementar, conforme art. 154, I da</p><p>CF/88. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>27. FGV/ISS-Cuiabá/2016</p><p>A atual Constituição Federal instituiu competências tributárias comuns, privativas e residuais. Sobre a</p><p>atribuição de competência definida pela Constituição Federal de 1988, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Os Municípios são competentes para instituir o imposto sobre transmissão “causa mortis” e doação, de</p><p>quaisquer bens ou direitos.</p><p>b) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência comum para instituir contribuição</p><p>de intervenção no domínio econômico.</p><p>c) Apenas os Estados e o Distrito Federal têm competência para a instituição de contribuição de melhoria,</p><p>decorrente de obra pública.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>81</p><p>119</p><p>d) Os Estados têm competência para instituir imposto incidente sobre a prestação de transporte</p><p>interestadual e intermunicipal.</p><p>e) Os Estados e o Distrito Federal podem instituir impostos não previstos na Constituição Federal de 1988,</p><p>desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados</p><p>na Constituição.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Os Municípios não possuem competência tributária para instituir o ITCMD, mas tão somente</p><p>os Estados e o DF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A competência para instituir CIDE é exclusiva da União, conforme estabelece o art. 149, da</p><p>CF/88. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: A contribuição de melhoria é um tributo de competência comum. Logo, a União, os Estados,</p><p>o Distrito Federal e os Municípios têm competência tributária para institui-la. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: O ICMS é um imposto de competência estadual e incide sobre a prestação de serviço de</p><p>transporte interestadual e intermunicipal. Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: Trata-se da competência tributária residual, conferida pela CF/88 apenas à União. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>28. FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015</p><p>De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, os impostos extraordinários:</p><p>a) são de competência da União e só podem ser instituídos em caso de guerra externa, interna ou sua</p><p>iminência;</p><p>b) são de competência da União e podem ter fato gerador próprio de tributos de competência das demais</p><p>pessoas políticas de direito público interno;</p><p>c) podem ser exigidos nos casos de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência;</p><p>d) devem ser instituídos por meio de lei complementar;</p><p>e) deverão ter a sua cobrança suprimida imediatamente, quando cessadas as causas de sua criação.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A guerra interna não enseja instituição de impostos extraordinários. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Embora tenha sido considerada como gabarito pela banca examinadora, entendemos que o</p><p>imposto extraordinário pode ter fato gerador próprio de outro imposto de competência estadual, distrital</p><p>ou municipal, mas não fato gerador de “tributos” de competência de tais entes, já que a natureza jurídica do</p><p>tributo é definida pelo seu fato gerador (CTN, art. 4º), e se o imposto extraordinário possui fato gerador</p><p>típico de outra espécie tributária, deixa de ser imposto. Não obstante tal questionamento, a assertiva foi</p><p>considerada correta.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>82</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>Alternativa C: A calamidade pública não enseja instituição de impostos extraordinários. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Não há necessidade de edição de lei complementar, como ocorre com os empréstimos</p><p>compulsórios. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: A cobrança deve ser suprimida gradativamente, e não imediatamente, quando cessadas as</p><p>causas de sua criação. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>29. FGV/Pref. Recife-PE-Auditor do Tesouro Municipal/2014</p><p>Com relação à competência tributária, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Permite que uma pessoa jurídica</p><p>de direito público delegue a outra a atribuição de executar leis em</p><p>matéria tributária, conforme a legislação.</p><p>b) Significa que todos os entes políticos que compõem a Federação estão dotados de competência legislativa</p><p>plena.</p><p>c) Representa o poder que é outorgado pela Constituição Federal para a criação de tributos a todos os entes</p><p>administrativos de direito público.</p><p>d) Admite a delegação da administração dos tributos, porém não confere ao delegatário as garantias e</p><p>privilégios do poder delegante.</p><p>e) Autoriza que pessoa jurídica de direito público possa exercer, em caráter residual, a competência</p><p>conferida a outrem que, entretanto, não a exerce.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Consoante o previsto no art. 7º, do CTN, a competência tributária é indelegável, salvo</p><p>atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões</p><p>administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra.</p><p>Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: De acordo com o art. 6º, do CTN, a competência tributária compreende a competência</p><p>legislativa plena. Assim sendo, a princípio, todos os entes possuem a competência legislativa plena. Contudo,</p><p>a FGV associou competência legislativa plena ao fato de o ente poder disciplinar normas gerais em matéria</p><p>tributária, conforme estabelece o art. 24, § 3º, da CF/88, bem como dispor sobre os tributos de sua</p><p>competência. Logo, apenas a União detém a competência legislativa plena. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O erro da assertiva está em dizer “todos os entes administrativos de direito público. A</p><p>competência tributária se restringe aos entes políticos. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Pelo contrário, a delegação da capacidade tributária ativa compreende as garantias e</p><p>privilégios do ente delegante. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: O não exercício da competência tributária, nos termos do art. 8º do CTN, não a defere a pessoa</p><p>jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Nesse sentido, a</p><p>competência tributária é imprescritível (ou incaducável). Alternativa errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>83</p><p>119</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>30. FGV/AL-BA-Auditor/2014</p><p>Com referência à competência tributária, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Limita-se à esfera legislativa e é plena para todos os entes políticos.</p><p>b) É plena nas esferas legislativa, administrativa e de julgar para todos os entes políticos.</p><p>c) à União cabe a competência tributária plena, sendo limitada para Estados e Municípios.</p><p>d) No caso da União, está restrita à possibilidade de editar normas gerais de direito tributário.</p><p>e) Aos Estados e Municípios cabe a competência plena na esfera legislativa.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Não obstante o fato de o art. 6º, do CTN ter dito apenas que a competência tributária</p><p>compreende a competência legislativa, entendemos que a administração do tributo decorre do exercício da</p><p>competência tributária. Da mesma forma, também decorre da competência tributária o julgamento no</p><p>âmbito administrativo das lides instauradas entre o sujeito passivo e a Fazenda Pública. Mas, de qualquer</p><p>modo, não se trata de competência plena para todos os entes políticos. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Não se pode cogitar competência tributária plena nas esferas legislativa, administrativa e de</p><p>julgar para todos os entes políticos. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: De acordo com o art. 6º, do CTN, a competência tributária compreende a competência</p><p>legislativa plena. Assim sendo, a princípio, todos os entes possuem a competência legislativa plena. Contudo,</p><p>a FGV associou competência legislativa plena ao fato de o ente poder disciplinar normas gerais em matéria</p><p>tributária, conforme estabelece o art. 24, § 3º, da CF/88, bem como dispor sobre os tributos de sua</p><p>competência. Logo, apenas a União detém a competência legislativa plena. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Além de a União ser competente para editar normas gerais de direito tributário, detém</p><p>competência legislativa para instituir e dispor sobre os tributos que lhe foram atribuídos</p><p>constitucionalmente. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Os Estados e Municípios não possuem competência plena na esfera legislativa, conforme os</p><p>argumentos já mencionados nas alternativas anteriores. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>31. FGV/PGE-RO-Analista da Procuradoria/2015</p><p>Em nosso Sistema Tributário, a competência residual tributária pode ser exercida:</p><p>a) pelo Distrito Federal, que pode instituir impostos e taxas próprios dos municípios;</p><p>b) pelos Municípios, que podem criar novos tributos de interesse local, observando os princípios</p><p>constitucionais da anterioridade de exercício e da legalidade;</p><p>c) pelos Estados, que podem instituir contribuições que não tenham fato gerador e base de cálculo próprios</p><p>dos discriminados na Constituição Federal;</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>84</p><p>119</p><p>d) pela União, que, através de lei complementar, pode instituir impostos que não sejam cumulativos e não</p><p>tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal;</p><p>e) pelos Estados e Municípios, que podem instituir contribuições especiais, que não sejam cumulativas e</p><p>tenham a receita destinada à manutenção dos serviços de regiões metropolitanas.</p><p>Comentário: A competência residual tributária pode ser exercida apenas pela União, conforme estabelece o</p><p>art. 154, I, da CF/88, situação em que pode instituir impostos que não sejam cumulativos e não tenham fato</p><p>gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>32. FGV/SEFAZ-MT-Auditor Fiscal/2014</p><p>Com relação ao Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Pode ser instituído pela União, pelos Estados e pelos Municípios, no exercício de competência</p><p>concorrente.</p><p>b) Pode ser instituído pela União, mas, enquanto esta não o fizer, poderão instituí-lo os Estados, no exercício</p><p>de competência supletiva.</p><p>c) Pode ser instituído pela União, mas, enquanto esta não o fizer, poderão instituí-lo os Municípios, no</p><p>exercício de competência supletiva.</p><p>d) Pode ser instituído apenas pela União, por meio de lei complementar, inexistindo competência</p><p>concorrente ou supletiva de qualquer outro ente público.</p><p>e) Pode ser instituído apenas pela União, por meio de lei ordinária, inexistindo competência concorrente ou</p><p>supletiva de qualquer outro ente público.</p><p>Comentário: O Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) pode ser instituído apenas pela União, inexistindo</p><p>qualquer competência concorrente ou supletiva de qualquer outro ente público.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>33. FGV/PGM-Niterói-RJ-Procurador/2014</p><p>Para custear serviço de saúde em favor de seus servidores, o Município X institui, por lei ordinária,</p><p>contribuição compulsória equivalente a um dia de remuneração dos funcionários públicos a seu serviço. A</p><p>esse respeito, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) A lei municipal é inconstitucional, porque tal contribuição só poderia ser instituída por lei complementar.</p><p>b) A lei municipal é constitucional, pois se insere no exercício da autonomia político-administrativa do</p><p>Município.</p><p>c) A lei municipal é inconstitucional, por violação à vedação de exigência de tributo com efeito confiscatório.</p><p>d) A lei municipal é constitucional, pois compete ao Município instituir contribuição, cobrada de seus</p><p>servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário próprio.</p><p>e) A lei municipal é inconstitucional, porque só à União compete instituir contribuições sociais para custeio</p><p>da seguridade social, que abrange os serviços de saúde.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>85</p><p>119</p><p>Comentário: As únicas contribuições de competência dos Municípios são a contribuição ao regime próprio</p><p>de previdência social dos seus servidores, o que não abrange o custeio do serviço de saúde, e a contribuição</p><p>de iluminação pública. Logo, referida lei municipal é inconstitucional, porque só à União compete instituir</p><p>contribuições sociais para custeio da seguridade social, que abrange os serviços de saúde.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>34. VUNESP/ISS-Guarulhos-Inspetor Fiscal de Rendas/2019</p><p>A competência para instituir impostos não cumulativos e que não tenham fato gerador ou base de cálculo</p><p>próprios dos discriminados na Constituição Federal, mediante lei complementar, é chamada de competência</p><p>tributária</p><p>a) extraordinária concorrente de todos os entes da Federação.</p><p>b) plena dos Estados, Distrito Federal e Municípios.</p><p>c) excepcional da União, exercida em caso de guerra externa ou sua iminência.</p><p>d) ordinária de todos os entes da Federação.</p><p>e) residual da União.</p><p>Comentário: Trata-se da competência residual da União, prevista no art. 154, I, da CF/88.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>35. VUNESP/Câmara Municipal de Poá-SP-Procurador/2016</p><p>Segundo a Constituição Federal do Brasil, a União, no exercício da sua competência residual, poderá instituir,</p><p>mediante lei</p><p>a) complementar, impostos não previstos na sua competência originária, desde que sejam não-cumulativos</p><p>e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição.</p><p>b) ordinária, na iminência ou no caso de guerra externa, empréstimos compulsórios, compreendidos ou não</p><p>em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua</p><p>criação.</p><p>c) ordinária, impostos não previstos na sua competência originária, desde que sejam não-cumulativos e não</p><p>tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição.</p><p>d) ordinária, empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade</p><p>pública, de guerra externa ou sua iminência.</p><p>e) complementar, impostos não previstos na sua competência originária, desde que sejam cumulativos e não</p><p>tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição.</p><p>Comentário: Quando se fala em competência residual, precisamos focar no que dispõe o art. 154, da CF/88.</p><p>Referido dispositivo estabelece é que a União poderá instituir, por meio de lei complementar, impostos não</p><p>previstos na sua competência originária, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou</p><p>base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição. Neste caso, resta-nos apenas a Letra A.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>86</p><p>119</p><p>36. VUNESP/Pref. Registro-SP-Advogado/2016</p><p>Acerca da competência tributária, é correto afirmar que</p><p>a) é delegável, irrenunciável e seu exercício é obrigatório.</p><p>b) é delegável e renunciável, mas seu exercício é facultativo.</p><p>c) é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços,</p><p>atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa de direito público a outra,</p><p>nos termos estabelecidos pela Constituição Federal.</p><p>d) constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou função</p><p>de arrecadar tributos, como se verifica em relação às instituições financeiras.</p><p>e) o não-exercício da competência tributária pelos Estados ou pelos Municípios a defere à União.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A competência tributária é indelegável, irrenunciável e seu exercício é facultativo. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa B: A competência tributária é indelegável, irrenunciável e seu exercício é facultativo. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa C: A competência tributária é indelegável, mas o art. 7º, do CTN, estabelece ser possível delegar</p><p>a atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões</p><p>administrativas em matéria tributária, a outra pessoa jurídica de direito público. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: De acordo com o art. 7º, § 3º, do CTN, não constitui delegação de competência o</p><p>cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa E: De acordo com o art. 8º, do CTN, o não exercício da competência tributária não a defere a</p><p>pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>37. VUNESP/TJ-SP-Titular de Serviços de Notas e de Registros/2014</p><p>Em relação à competência residual tributária da União Federal, outorgada pela Constituição, é correto</p><p>afirmar que:</p><p>a) esse direito não está sujeito ao princípio de legalidade e somente pode ser utilizado em caso de guerra ou</p><p>comoção interna grave.</p><p>b) é o direito de instituir taxas e contribuições de melhoria.</p><p>c) é direito de a União instituir impostos não previstos no artigo 154, I da Carta Magna, desde que eles sejam</p><p>não cumulativos e não tenham base de cálculo própria dos demais impostos descritos na Constituição.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>87</p><p>119</p><p>d) é o direto de a União instituir impostos e contribuições sociais por lei complementar, desde que não</p><p>cumulativos.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O exercício da competência residual está sujeito ao princípio de legalidade e somente pode</p><p>ser exercida por meio de lei complementar. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A competência residual apenas compreende a instituição de novos impostos e outras</p><p>contribuições para seguridade social. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: De fato, a competência residual representa o direito de a União instituir impostos não</p><p>previstos no artigo 154, I da Carta Magna, desde que eles sejam não cumulativos e não tenham base de</p><p>cálculo própria dos demais impostos descritos na Constituição. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Realmente, a competência residual abrange a instituição de novos impostos e ontribuições</p><p>sociais por lei complementar, mas além de serem não cumulativos, não podem ter base de cálculo própria</p><p>dos demais impostos descritos na Constituição, ou contribuições, se for o caso. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>38. CESPE/SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019</p><p>Instituir contribuições previdenciárias de servidores públicos do Distrito Federal é competência exclusiva da</p><p>União.</p><p>Comentário: A competência para instituir contribuições previdenciárias de servidores públicos do Distrito</p><p>Federal pertence ao próprio Distrito Federal, com base no § 1º, do art. 149, da CF/88.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>39. CESPE/SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019</p><p>Com relação à competência tributária dos entes federados, assinale a opção correta.</p><p>a) O Distrito Federal e os municípios têm competência para instituir contribuições para o custeio de serviços</p><p>de iluminação pública.</p><p>b) Os estados federados e o Distrito Federal têm competência residual para legislar sobre empréstimos</p><p>compulsórios.</p><p>c) Os municípios, os estados federados, o Distrito Federal e a União têm competência concorrente para</p><p>instituir contribuições sociais interventivas e de interesse das categorias profissionais.</p><p>d) À União competem originariamente os impostos sobre doações de bens imóveis quando o donatário vier</p><p>a ser beneficiado com os direitos reais em dois ou mais estados.</p><p>e) Aos municípios e ao Distrito Federal competem os impostos incidentes sobre operações relativas à</p><p>circulação de mercadorias com a mudança de titularidade.</p><p>Comentário:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>88</p><p>119</p><p>Alternativa A: O art. 149-A, da CF/88, atribuiu ao Distrito Federal e aos municípios a competência para</p><p>instituir contribuições para o custeio de serviços de iluminação pública. Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: Somente a União pode instituir e legislar sobre empréstimos compulsórios. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Somente a União possui competência para instituir contribuições sociais interventivas e de</p><p>interesse das categorias profissionais. A única ressalva diz respeito à contribuição dos servidores públicos de</p><p>cada ente federativo. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: O imposto sobre doações compete sempre aos Estados e ao DF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: As operações relativas à circulação de mercadorias são tributadas pelo ICMS, de competência</p><p>dos Estados e Distrito Federal. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>40. CESPE/SEFAZ-RS-Técnico Tributário/2018</p><p>A capacidade ativa de arrecadação tributária pode ser transferida a título precário a outras pessoas jurídicas</p><p>de direito público.</p><p>Comentário: O art. 7º, do CTN, estabelece a possibilidade de a capacidade tributária ativa ser delegada a</p><p>outra pessoa jurídica de direito público.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>41. CESPE/CGM-João Pessoa/2018</p><p>Em relação à divisão das competências em matéria tributária, compete ao município instituir o IPTU, o ITBI</p><p>e o ISSQN.</p><p>Comentário: Realmente, conforme prevê o art. 156, da CF/88, compete ao município instituir o IPTU, o ITBI</p><p>e o ISSQN.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>42. CESPE/PGM-Manaus-Procurador/2018</p><p>Compete aos municípios instituir o ITCMD.</p><p>Comentário: Conforme prevê o art. 156, da CF/88, compete ao município instituir o IPTU, o ITBI e o ISSQN.</p><p>O ITCMD é de competência dos Estados.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>43. CESPE/TCE-MG-Analista de Controle Externo/2018</p><p>Determinado município da Federação, ao instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação</p><p>pública e contribuição de melhoria, decorrente de obra pública, exerce, respectivamente,</p><p>a) competência residual e competência privativa.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>89</p><p>119</p><p>b) competência privativa e competência residual.</p><p>c) competência comum e competência privativa.</p><p>d) competência privativa e competência comum.</p><p>e) competência comum e competência comum.</p><p>Comentário: A COSIP é de competência privativa dos Municípios e do Distrito Federal. Já a contribuição de</p><p>melhoria é tributo de competência comum. Logo, só nos resta a Letra D como resposta da questão.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>90</p><p>119</p><p>QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS</p><p>Impostos de Competência da União</p><p>1. FCC/Pref. Teresina-PI-Analista de Orçamento e Finanças Públicas/2016</p><p>A respeito do imposto sobre produtos industrializados é INCORRETO afirmar que</p><p>a) se inclui dentre os impostos de competência da União.</p><p>b) será seletivo, em função da essencialidade do produto.</p><p>c) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da</p><p>lei.</p><p>d) será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas</p><p>anteriores.</p><p>e) incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: De fato, o IPI é um dos impostos de competência da União. Alternativa correta.</p><p>Alternativa B: A CF/88 determina que o IPI seja seletivo, em função da essencialidade do produto. Alternativa</p><p>correta.</p><p>Alternativa C: A CF/88 também determina que o IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital</p><p>pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: A CF/88 assegura que o IPI será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação</p><p>com o montante cobrado nas anteriores. Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: A CF/88 concedeu imunidade do IPI em relação aos produtos industrializados destinados ao exterior.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>2. FCC/Prefeitura de Teresina - Assistente Técnico Administrativo/2016</p><p>De acordo com a Constituição Federal, o Poder Executivo NÃO poderá alterar as alíquotas dos impostos sobre</p><p>a) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.</p><p>b) importação de produtos estrangeiros.</p><p>c) renda e proventos de qualquer natureza.</p><p>d) produtos industrializados.</p><p>e) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores mobiliários.</p><p>Comentário: O art. 153, §1º permite que as alíquotas do II, IE, IPI e IOF sejam alteradas por ato do executivo. Assim</p><p>as alíquotas do IR não estão excepcionadas do princípio da legalidade.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>91</p><p>119</p><p>3. FCC/TCE-CE-Analista de Controle Externo/2015</p><p>O ITR</p><p>a) tem a Prefeitura como sujeito ativo da respectiva relação jurídico-tributária, substituindo-se à União no</p><p>exercício da função de fiscalização e cobrança desse imposto.</p><p>b) terá a arrecadação repartida entre a União e a Prefeitura, nos casos de esta optar pelo exercício das</p><p>funções de fiscalização e cobrança desse imposto.</p><p>c) incidirá, em detrimento da cobrança do IPTU, sobre a propriedade localizada em área urbana utilizada</p><p>para a exploração extrativa vegetal.</p><p>d) será cobrado conjuntamente com o IPTU, de competência municipal, sobre propriedades rurais situadas</p><p>nas zonas urbanas, definidas em lei municipal, que contem com determinados melhoramentos construídos</p><p>ou mantidos pelo Poder Público.</p><p>e) não pode ser exigido inclusive sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o</p><p>proprietário ou arrendatário que não possua outras propriedades.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Via de regra, o sujeito ativo do ITR é a União. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Caso o Município opte por fiscalizar e cobrar o ITR, terá direito à totalidade da arrecadação desse</p><p>imposto. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O ITR incidirá, em detrimento da cobrança do IPTU, sobre a propriedade localizada em área urbana,</p><p>mas que seja utilizada para a exploração extrativa vegetal, nos termos do DL 57/66. Alternativa correta.</p><p>Alternativa D: Não haverá cobrança em duplicidade, pois as competências foram rigidamente repartidas pela CF/88.</p><p>Caso contrário, haveria bitributação. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: A inclusão do “arrendatário” na assertiva a tornou incorreta, pois a imunidade é direcionada ao</p><p>proprietário do imóvel. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>4. FCC/PGE-BA-Analista de Procuradoria/2013</p><p>O Imposto de Renda de Pessoa Física</p><p>a) tem lançamento por declaração, na medida em que o Fisco só passa a exigir o crédito tributário decorrente</p><p>do imposto de renda após a apresentação, pelo contribuinte, da Declaração de Ajuste Anual.</p><p>b) tem alíquota proporcional, pois as alíquotas vão aumentando gradativamente, conforme vai aumentando</p><p>a base de cálculo, que é a renda ou provento de qualquer natureza.</p><p>c) relativamente às rendas auferidas pelos servidores públicos estaduais e municipais, é de competência do</p><p>Estado e do Município, respectivamente.</p><p>d) pode ser instituído somente por lei complementar e não deve obediência à anterioridade anual e</p><p>nonagesimal.</p><p>e) tem por fato gerador as rendas e proventos de qualquer natureza (acréscimos patrimoniais líquidos)</p><p>auferidos em determinado período de tempo.</p><p>Comentário: Embora a questão cobre algumas características específicas</p><p>do Imposto de Renda da Pessoa Física, é</p><p>possível responder e acertar a questão sem conhecê-las. Vamos ao comentário das alternativas:</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>92</p><p>119</p><p>Alternativa A: O IRPF é lançado por homologação, modalidade de lançamento tributário em que o contribuinte deve</p><p>realizar o pagamento antecipado do imposto, sem prévio exame da autoridade administrativa. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Trata-se, neste caso, de progressividade, pelo fato de as alíquotas aumentarem conforme maior seja a</p><p>base de cálculo do imposto. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: A competência tributária neste caso continua sendo da União. Ocorre que, em relação a esse imposto</p><p>devido, a CF/88 destinou a sua totalidade aos respectivos entes federados. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: O IR pode ser instituído por lei ordinária e deve obediência ao princípio da anterioridade anual,</p><p>embora constitua exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Conforme estudamos, o fato gerador do IR (e o IRPF é uma das formas de incidência do IR) é a</p><p>aquisição de rendas e proventos de qualquer natureza (acréscimos patrimoniais líquidos) auferidos em determinado</p><p>período de tempo. Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>5. CESPE/EBSERH-Analista Administrativo/2018</p><p>No caso de importação de produtos de bens estrangeiros industrializados, a base de cálculo do IPI equivale</p><p>ao preço normal do produto, acrescido não só das taxas exigidas para a entrada do produto no país, mas</p><p>também dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis.</p><p>Comentário: Conforme prevê o art. 47, do CTN, a base de cálculo do IPI, além dos elementos descritos na assertiva,</p><p>abrange também o próprio valor do imposto de importação.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>6. FGV/ISS-Cuiabá/2014</p><p>Com relação ao Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Pode ser instituído pela União, pelos Estados e pelos Municípios, no exercício de competência</p><p>concorrente.</p><p>b) Pode ser instituído pela União, mas, enquanto esta não o fizer, poderão instituí-lo os Estados, no exercício</p><p>de competência supletiva.</p><p>c) Pode ser instituído pela União, mas, enquanto esta não o fizer, poderão instituí-lo os Municípios, no</p><p>exercício de competência supletiva.</p><p>d) Pode ser instituído apenas pela União, por meio de lei complementar, inexistindo competência</p><p>concorrente ou supletiva de qualquer outro ente público.</p><p>e) Pode ser instituído apenas pela União, por meio de lei ordinária, inexistindo competência concorrente ou</p><p>supletiva de qualquer outro ente público.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Tal imposto é de competência privativa da União. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: O não exercício da competência tributária pela União não confere tal competência aos demais entes</p><p>federativos. Portanto, alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O não exercício da competência tributária pela União não confere tal competência aos demais entes</p><p>federativos. Portanto, alternativa errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>93</p><p>119</p><p>Alternativa D: Deveras, o imposto somente pode ser instituído pela União, por meio de lei complementar, não</p><p>havendo competência concorrente ou supletiva de qualquer outro ente público. Portanto, essa alternativa está</p><p>correta.</p><p>Alternativa E: A instituição do IGF deve ocorrer por meio de lei complementar. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>7. VUNESP/ISS-Campinas-Auditor Fiscal/2019</p><p>A respeito do imposto sobre produtos industrializados, é correto afirmar com base na Constituição Federal</p><p>que</p><p>a) terá majorado seu impacto na aquisição do exterior de bens de capital pelo contribuinte.</p><p>b) será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de plantas industriais</p><p>improdutivas.</p><p>c) será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da não cumulatividade.</p><p>d) incidirá também nas operações de venda destinadas ao exterior.</p><p>e) será seletivo em função da essencialidade do produto.</p><p>Comentário: O IPI é um imposto que deve ser seletivo e não cumulativo.</p><p>Alternativa A: Não há previsão constitucional nesse sentido. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Não há previsão constitucional nesse sentido. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Trata-se de uma característica do imposto de renda. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Há imunidade sobre os produtos industrializados destinados ao exterior. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Realmente, o IPI, além de ser não cumulativo, deve ser seletivo. Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>8. VUNESP/Pref. Rosana-SP-Procurador/2016</p><p>Caso determinado município opte, na forma da lei, por fiscalizar e cobrar o Imposto Territorial Rural, desde</p><p>que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal, é correto afirmar que</p><p>a) não poderá fazê-lo, por invadir competência federal constitucionalmente prevista.</p><p>b) poderá fazê-lo, somente se a União delegar sua competência legislativa a fim de que o município publique</p><p>lei instituindo o imposto em seu âmbito territorial.</p><p>c) não poderá fazê-lo, salvo se a União renunciar expressamente à competência que possui.</p><p>d) poderá fazê-lo, se a União autorizar, e desde que o município lhe repasse 50% da receita que arrecadar.</p><p>e) poderá fazê-lo, caso em que terá direito à totalidade dos valores que a título do imposto arrecadar.</p><p>Comentário: O ITR imposto pode ser fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei,</p><p>desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal, conforme previsão no art.</p><p>153, § 4º, III, da CF/88. Neste caso, terá direito à totalidade dos valores que a título do imposto arrecadar.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>94</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>9. VUNESP/Câmara Municipal Jaboticabal-SP-Agente Contábil e Financeiro/2015</p><p>O imposto, de competência da União, cujo fato gerador é a aquisição da disponibilidade econômica ou</p><p>jurídica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; e de</p><p>proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos</p><p>anteriormente, é o</p><p>a) Imposto sobre Bens de Capital e da Renda.</p><p>b) Imposto sobre a Produção e Circulação.</p><p>c) Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.</p><p>d) Imposto sobre Transmissão Inter vivos.</p><p>e) Imposto sobre Operações Financeiras.</p><p>Comentário: Trata-se de uma questão bastante direta. O imposto descrito na questão é o Imposto sobre a Renda e</p><p>Proventos de Qualquer Natureza (IR).</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>10. CESPE/PGM-João Pessoa-Procurador/2018</p><p>A Procuradoria-Geral do Município de João Pessoa foi consultada a respeito da possibilidade de se aumentar</p><p>a receita orçamentária decorrente de imposto territorial rural.</p><p>Em relação a essa situação hipotética e ao referido tributo, é correto afirmar que, de acordo com a</p><p>Constituição Federal de 1988 (CF), o município</p><p>a) deverá auferir a totalidade do produto de arrecadação, se optar por promover sua cobrança e fiscalização.</p><p>b) não poderá realizar fiscalização e cobrança, uma vez que o imposto em questão é um tributo federal.</p><p>c) poderá deferir ao Estado sua cobrança e fiscalização.</p><p>d) poderá aumentar a alíquota por lei municipal.</p><p>e) poderá instituir renúncia fiscal por meio de lei municipal.</p><p>Comentário: O Município detém 50% do produto da arrecadação do ITR. Caso queira aumenta a receita decorrente</p><p>desse imposto, deve optar por arrecadá-lo e fiscalizá-lo, hipótese em que faz jus a 100%</p><p>da arrecadação tributária,</p><p>desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>11. CESPE/EMAP-Analista Portuário/2018</p><p>Para a ocorrência do fato gerador do imposto sobre a importação de produtos estrangeiros, é necessário</p><p>que o bem seja incorporado à economia interna.</p><p>Comentário: O entendimento da banca CESPE é que a ocorrência do fato gerador do imposto sobre a importação de</p><p>produtos estrangeiros depende da incorporação do bem à economia interna, não havendo que se falar em cobrança</p><p>do imposto quando, por exemplo, ocorre importação temporária de determinado bem.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>12. CESPE/MPE-RR-Promotor de Justiça/2017</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>95</p><p>119</p><p>Um imóvel localizado na área urbana de determinado município é utilizado por seu proprietário</p><p>comprovadamente para o exercício exclusivo de atividades agrícola e pecuária.</p><p>Nessa situação hipotética,</p><p>a) é cabível apenas a cobrança do ITR, por expressa previsão legal, uma vez que o imóvel é utilizado em</p><p>exploração agrícola e pecuária.</p><p>b) o IPTU e o ITR serão tributos devidos e cobrados cumulativamente, pois se referem a dois fatos geradores</p><p>distintos: o IPTU será devido em razão da propriedade urbana; o ITR será devido pelo uso de imóvel em</p><p>atividades agrícola e pecuária.</p><p>c) embora sejam devidos, os dois tributos não poderão ser cobrados cumulativamente, pois ambos incidem</p><p>sobre o mesmo bem, devendo ser aplicado o princípio da não cumulatividade: o contribuinte terá o direito</p><p>de descontar do valor do IPTU devido o montante que for eventualmente pago a título de ITR.</p><p>d) somente será cabível a cobrança do IPTU, uma vez que o critério aplicado pelo CTN é o da localização do</p><p>imóvel, sendo irrelevante a destinação dada por seu proprietário.</p><p>Comentário: Considerando o disposto no CTN e no DL 57/66, no caso de um imóvel localizado na área urbana de</p><p>determinado município ser utilizado por seu proprietário comprovadamente para o exercício exclusivo de atividades</p><p>agrícola e pecuária, haverá incidência apenas de ITR, por conta da finalidade do imóvel.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>13. CESPE/PC-PE-Delegado/2016</p><p>O imposto sobre produtos industrializados (IPI), além de ser não cumulativo, será progressivo em função da</p><p>essencialidade do produto.</p><p>Comentário: Na realidade, o IPI, além de ser não cumulativo, será seletivo em função da essencialidade do produto.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>96</p><p>119</p><p>LISTA DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES</p><p>Competência Tributária</p><p>1. VUNESP/Fiscal de Tributos (Pref Guaratinguetá)/2022</p><p>A respeito da competência tributária, é correto afirmar:</p><p>A) compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal,</p><p>nas Constituições dos Estados, do Distrito Federal, bem como as Leis Orgânicas dos Municípios e observado</p><p>o disposto no Código Tributário Nacional.</p><p>B) nos casos dos tributos em que a receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas</p><p>de direito público, não pertence à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.</p><p>C) é delegável, mediante acordo de cooperação para atribuição, de pessoa jurídica de direito público a outra,</p><p>das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas</p><p>em matéria tributária.</p><p>D) é delegável em razão do cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar</p><p>tributos.</p><p>E) pode ser deferida à pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha</p><p>atribuído, em razão do não exercício por esta.</p><p>2. VUNESP/Agente Fiscal (Pref Piracicaba)/Rendas/2022</p><p>Sobre a competência tributária, nos termos da legislação e jurisprudência nacionais, pode-se afirmar que</p><p>A) é legal a atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos pela pessoa jurídica competente a outra</p><p>pessoa jurídica de direito público.</p><p>B) pode ser delegada, mediante decreto, desde que a outra pessoa de direito público interno.</p><p>C) o não exercício da competência tributária pelos municípios autoriza o respectivo estado à cobrança dos</p><p>seus impostos municipais.</p><p>D) constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da</p><p>função de arrecadar tributos.</p><p>E) a atribuição da função de arrecadar tributos não pode ser revogada a qualquer tempo por ato unilateral.</p><p>3. FCC/Prefeitura de Manaus-Assistente Técnico Fazendário/2019</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>97</p><p>119</p><p>A Constituição Federal outorga competência para as pessoas jurídicas de direito público interno instituírem</p><p>impostos. De acordo com o texto constitucional e com a legislação tributária nacional em vigor, compete aos</p><p>Municípios instituir impostos sobre</p><p>a) a transmissão inter vivos, a qualquer título, inclusive por doação, de bens imóveis, por natureza ou acessão</p><p>física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.</p><p>b) serviços de qualquer natureza, inclusive de transporte intramunicipal, definidos em lei complementar.</p><p>c) a propriedade predial e territorial urbana e rural.</p><p>d) a transmissão, a qualquer título, inclusive causa mortis, exclusivamente de bens imóveis, por natureza ou</p><p>acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua</p><p>aquisição.</p><p>e) serviços de qualquer natureza, inclusive de transporte intermunicipal, definidos em lei ordinária municipal</p><p>específica.</p><p>4. FCC/TRF 4ª Região-Técnico Judiciário/2019</p><p>A Constituição Federal de 1988 estabelece que o Brasil é uma república federativa formada pela união</p><p>indissolúvel dos estados e municípios e do distrito federal, e na parte que trata DA TRIBUTAÇÃO E DO</p><p>ORÇAMENTO, determina as competências tributárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.</p><p>Conforme a referida Constituição, são tributos que podem ser instituídos pela União:</p><p>a) imposto sobre operações de crédito, contribuição de melhoria, contribuição para o custeio da iluminação</p><p>pública e imposto sobre serviços.</p><p>b) imposto sobre a renda, imposto sobre importação de produtos estrangeiros e imposto sobre grandes</p><p>fortunas.</p><p>c) contribuição de intervenção no domínio econômico, contribuição de melhoria, imposto sobre</p><p>propriedades territoriais urbanas e taxa de fiscalização de portos e ferrovias.</p><p>d) taxa de serviço de polícia de fronteira, contribuição previdenciária, imposto sobre a renda, e imposto</p><p>sobre a propriedade de veículos automotores terrestres e aquáticos.</p><p>e) taxa de expedição de certidões, taxa de vigilância sanitária, imposto sobre produtos industrializados</p><p>destinados ao exterior e imposto sobre propriedade territorial urbana.</p><p>5. FCC/Prefeitura de Manaus-Técnico Fazendário/2018</p><p>De acordo com a Constituição Federal, os Municípios têm competência para instituir, na forma da lei,</p><p>a) contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública.</p><p>b) o ITBI, imposto que incide sobre a transmissão de quaisquer bens, a título oneroso.</p><p>c) o IPVA, que incide sobre a propriedade de quaisquer veículos licenciados no Município.</p><p>d) o IPTU, imposto que a incide sobre a propriedade e a transmissão de bens imóveis.</p><p>e) o ITCMD, que incide sobre a transmissão de quaisquer bens ocorrida dentro dos limites municipais.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>98</p><p>119</p><p>6. FCC/ Assembléia</p><p>Legistiva de SE - Analista Legislativo/2018</p><p>De acordo com a Constituição Federal, tanto os Estados como os Municípios brasileiros têm competência</p><p>para instituir</p><p>a) empréstimos compulsórios, condicionado a aval da União, Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza</p><p>e contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou</p><p>econômicas.</p><p>b) o Imposto sobre a Propriedade Territorial e Predial Urbana, contribuição para o custeio do serviço de</p><p>iluminação pública e taxas pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,</p><p>prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.</p><p>c) taxas, em razão do exercício do poder de polícia, contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas,</p><p>e contribuição cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime de previdência</p><p>próprio, de caráter contributivo e solidário.</p><p>d) tributos interestaduais e intermunicipais com a finalidade de limitar o tráfego de pessoas ou bens, sempre</p><p>que a segurança pública estiver ameaçada, podendo, na vigência de estado de emergência decorrente desta</p><p>ameaça, serem instituídos e cobrados empréstimos compulsórios e contribuições de intervenção no domínio</p><p>econômico.</p><p>e) o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, contribuição de melhoria, taxas em razão do</p><p>exercício do poder de polícia e empréstimos compulsórios, condicionado a aval da União.</p><p>7. FCC/DPE-RS-Defensor Público do Estado/2018</p><p>Considerando-se as competências tributárias previstas na Constituição Federal, é autorizada</p><p>a) à União a instituição de impostos sobre produtos industrializados.</p><p>b) aos Estados e ao Distrito Federal a instituição de impostos sobre operações de câmbio.</p><p>c) à União a instituição de impostos sobre a propriedade de veículos automotores.</p><p>d) aos Municípios a instituição de impostos sobre circulação de mercadorias.</p><p>e) aos Estados e ao Distrito Federal a instituição de imposto sobre grandes fortunas.</p><p>8. FCC/CLDF-Procurador Legislativo/2018</p><p>O Código Tributário Nacional, no Título II do Livro Primeiro, trata da competência tributária. De acordo com</p><p>estas regras,</p><p>a) a competência dos Municípios para legislar concorrentemente sobre o IPVA, em razão da repartição de</p><p>receita tributária deste imposto entre Estados e Municípios, alcança apenas os veículos de propriedade de</p><p>pessoas naturais e jurídicas com domicílio nos referidos Municípios.</p><p>b) a competência dos Municípios para legislar concorrentemente sobre o IPVA, em razão da repartição de</p><p>receita tributária deste imposto entre Estados e Municípios, alcança apenas os veículos que efetivamente</p><p>circulam no Município, durante mais de 181 dias por ano, demonstrando o uso concreto de vias públicas.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>99</p><p>119</p><p>c) a competência dos Municípios para legislar concorrentemente sobre o IPVA, em razão da repartição de</p><p>receita tributária deste imposto entre Estados e Municípios, alcança apenas os veículos licenciados nos</p><p>referidos Municípios.</p><p>d) a competência para legislar sobre o ITR será dos Municípios, sempre que estes optarem por fiscalizar e</p><p>cobrar este imposto, como estabelecido no inciso III do § 4o do art. 153 da Constituição Federal, desde que,</p><p>com isso, não ocorra redução do valor do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.</p><p>e) o não exercício da competência tributária dos Municípios para instituir o ITBI não defere à União, nem aos</p><p>Estados em que eles estão localizados, a competência para instituir o referido imposto.</p><p>9. FCC/CLDF-Consultor Legislativo/2018</p><p>De acordo com a Constituição Federal, o Distrito Federal pode instituir tributos de competência tanto</p><p>estadual como municipal.</p><p>Em razão disso, esta pessoa jurídica de direito público poderá instituir</p><p>a) o ICMS sobre a prestação de serviços de transporte intramunicipal, intermunicipal e de comunicação.</p><p>b) o ISSQN sobre a prestação de serviços de transporte intramunicipal, intermunicipal e de comunicação.</p><p>c) impostos sobre a prestação de serviços de transporte intramunicipal e intermunicipal.</p><p>d) o ICMS sobre a prestação de serviços de transporte intramunicipal e intermunicipal e o ISSQN sobre a</p><p>prestação de serviços de comunicação.</p><p>e) o ICMS sobre a prestação de serviços de comunicação e o ISSQN sobre a prestação de serviços de</p><p>transporte intramunicipal e intermunicipal.</p><p>10. FCC/CLDF-Consultor Técnico Legislativo/2018</p><p>A Constituição Federal, em seu art. 147, estabelece que “ao Distrito Federal cabem os impostos municipais”.</p><p>Ao atribuir esta competência específica para o Distrito Federal instituir impostos municipais, a Constituição</p><p>a) proíbe que o Distrito Federal institua taxas pelo poder de polícia.</p><p>b) proíbe que o Distrito Federal institua a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública.</p><p>c) proíbe que o Distrito Federal institua contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em</p><p>benefício destes, do regime próprio de previdência.</p><p>d) permite, por via indireta, que o Distrito Federal institua o IOF, o ITR e o IPI.</p><p>e) não proíbe que o Distrito Federal institua contribuição de melhoria.</p><p>11. FCC/CLDF-Consultor Técnico Legislativo/2018</p><p>O Sistema Tributário Nacional disciplinado pela Constituição Federal contempla diversas exações, sendo que,</p><p>algumas delas, recebem a denominação de “contribuições”. De acordo com a atribuição de competências</p><p>expressa no texto constitucional, as contribuições</p><p>a) de melhoria, decorrentes de obras realizadas no território da pessoa jurídica de direito público, podem</p><p>ser instituídas por essa pessoa jurídica e, de acordo com o Código Tributário Nacional, desde que essas obras</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>100</p><p>119</p><p>acarretem o incremento organizado do processo de urbanização da região em que a obra venha a ser</p><p>realizada.</p><p>b) especiais para a modernização dos órgãos estaduais de segurança podem ser instituídas pelos Estados e</p><p>pelo Distrito Federal.</p><p>c) para o custeio dos regimes previdenciários estatutários próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal</p><p>e dos Municípios, em benefício dos servidores titulares de cargos efetivos dessas pessoas jurídicas de direito</p><p>público, podem ser por elas instituídas.</p><p>d) extraordinárias para o reforço da segurança das fronteiras, podem ser instituídas exclusivamente pela</p><p>União, na iminência ou no caso de guerra externa, sem prejuízo da instituição dos impostos extraordinários</p><p>constitucionalmente previstos.</p><p>e) para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis, podem ser instituídas pelos</p><p>Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios.</p><p>12. FCC/TJ-SC-Juiz Estadual/2017</p><p>A respeito da competência legislativa sobre normas gerais em matéria tributária:</p><p>a) Trata-se de competência concorrente da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.</p><p>b) Trata-se de competência exclusiva da União.</p><p>c) É afastada pelo exercício da competência plena dos entes tributantes quanto aos seus respectivos tributos.</p><p>d) Pode ser exercida por lei ordinária, desde que comprovada a relevância e urgência da matéria.</p><p>e) Não tem relevância alguma para o imposto de transmissão causa mortis e doação de bens ou direitos.</p><p>13. FCC/PGE-MA-Procurador do Estado do Maranhão/2016</p><p>Sobre a competência tributária, considere os itens a seguir.</p><p>I. Muito embora a competência tributária seja privativa, a União pode instituir impostos de competência dos</p><p>Estados e do Distrito Federal no âmbito dos Territórios Federais.</p><p>II. A competência tributária pode ser exercida por outro ente na hipótese específica do ente</p><p>constitucionalmente competente não instituir o tributo que tem previsão de repartição</p><p>indelegabilidade da competência tributária. Essa é a regra! Só aceite a possibilidade de</p><p>delegação, caso a questão cite expressamente que diz respeito à capacidade ativa - ou suas</p><p>características.</p><p>INSTITUIÇÃO</p><p>DE TRIBUTOS</p><p>Arrecadação</p><p>Fiscalização</p><p>Execução leis,</p><p>atos etc.</p><p>INDELEGÁVEL</p><p>CAPACIDADE ATIVA</p><p>Delegável a</p><p>outra PJ direito</p><p>público</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>8</p><p>119</p><p>Antes de finalizar essa característica, não podemos deixar de comentar as regras descritas nos §§ 1º a 3º do</p><p>art. 7º do CTN.</p><p>O primeiro deles assevera que a pessoa que detiver a capacidade ativa terá as mesmas garantias e privilégios</p><p>processuais conferidos ao titular da competência tributária. Nada mais justo, tendo em vista que o sujeito</p><p>ativo substituirá o ente tributante na função de arrecadação tributária.</p><p>Assim, pode-se dizer que a delegação da capacidade tributária ativa compreende as garantias e os</p><p>privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. Por exemplo, no</p><p>âmbito do Direito Processual Civil, as pessoas políticas (União, Estados, DF e Municípios) possuem o dobro</p><p>do prazo para recorrer das decisões judiciais. Essas prerrogativas são, também, repassadas à pessoa jurídica</p><p>responsável pela cobrança dos tributos.</p><p>O § 2º, por seu turno, estabelece que a capacidade ativa pode ser revogada a qualquer tempo por ato</p><p>unilateral do ente tributante. Ou seja, se há discricionariedade na delegação de tais atribuições, também</p><p>haverá para a respectiva revogação.</p><p>Por último, o § 3º esclarece que não se confunde com capacidade ativa o cometimento a pessoas jurídicas</p><p>de direito privado o encargo ou função de arrecadar tributos. Entenda-se, neste caso, o mero recebimento</p><p>do valor e o seu posterior repasse ao ente instituidor.</p><p>Para ficar claro, tomemos como exemplo os bancos: são instituições financeiras que podem celebrar contrato</p><p>com o poder público (União, por exemplo) para receber os tributos e repassá-los posteriormente aos cofres</p><p>públicos.</p><p>Diferentemente, a capacidade tributária ativa inclui o poder de fiscalização do cumprimento das obrigações</p><p>tributárias e cobrança dos tributos devidos.</p><p>Pessoa jurídica de direito privado pode receber os tributos, não se confundindo com a</p><p>capacidade tributária.</p><p>Para o completo entendimento do assunto, é importante que você tenha em mente que a delegação das</p><p>atividades de fiscalização e cobrança (capacidade ativa) não confere necessariamente à pessoa jurídica</p><p>delegatária a disponibilidade dos recursos arrecadados. Ou seja, via de regra, deve-se arrecadar os tributos</p><p>e repassá-los ao ente competente.</p><p>Quando, por outro lado, lei que instituiu o tributo nomeia outra pessoa jurídica para ser sujeito ativo (capaz</p><p>de cobrar os tributos) e destina-lhe os recursos arrecadados, estamos diante do fenômeno da</p><p>parafiscalidade.</p><p>Entendido?</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>9</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>A competência tributária é imprescritível</p><p>O não exercício da competência tributária, nos termos do art. 8º do CTN, não a defere a pessoa jurídica de</p><p>direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.</p><p>Nesse sentido, a imprescritibilidade (ou incaducabilidade, como alguns denominam) traduz-se no fato de</p><p>que a competência tributária pode ser exercida a qualquer tempo pelo ente que a detém.</p><p>Ainda que não seja exercida, não há possibilidade de que outra pessoa política institua tal tributo.</p><p>A competência tributária é inalterável</p><p>Essa característica representa a inalterabilidade da competência tributária pelo ente federado. Nesse</p><p>sentido, os Municípios, por exemplo, encontram-se impedidos de aumentar a sua competência tributária,</p><p>prevendo, por meio de lei infraconstitucional, um novo imposto.</p><p>DICA DE PROVA: Não caia em “pegadinhas” de prova, dizendo que é possível alterar</p><p>competência tributária, por meio de reforma à Lei Orgânica do Município ou mesmo por</p><p>alteração na Constituição Estadual. Apenas reforma à CF/88 torna possível alteração de</p><p>competência tributária.</p><p>Sobre a dica acima, lembre-se de que uma das cláusulas pétreas (prevista no art. 60, § 4º, I, da CF/88) é a</p><p>proteção do pacto federativo. Portanto, não seria possível nem mesmo uma reforma constitucional, caso</p><p>seja tendente a abolir a autonomia financeira de algum ente federado.</p><p>Nada impede que haja reforma constitucional (por meio de emenda à Constituição),</p><p>alterando a competência tributária dos entes federados.</p><p>A competência tributária é irrenunciável</p><p>Do mesmo modo que a competência tributária é inalterável pelo ente federado, pode-se dizer que também</p><p>é irrenunciável, pois o ente federado não pode renunciar algo que foi previsto na Constituição Federal.</p><p>Em que pese essa característica, o exercício da competência tributária é facultativo, como se passa a</p><p>demonstrar no tópico subsequente.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>10</p><p>119</p><p>A competência tributária é facultativa</p><p>A doutrina majoritária considera o exercício da competência tributária uma facultatividade de cada ente</p><p>federado, ou seja, a CF/88 prevê a competência tributária, e os entes decidem, por critérios de conveniência</p><p>política, se será ou não instituído o tributo.</p><p>Uma vez instituído o tributo, sua cobrança é vinculada e obrigatória, pois isso compõe o</p><p>próprio conceito de tributo, visto na aula inicial do nosso curso!</p><p>Nesse contexto, vejamos o que diz o art. 11 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/99):</p><p>Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a</p><p>instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência</p><p>constitucional do ente da Federação.</p><p>Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não</p><p>observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos.</p><p>Repare, na leitura do parágrafo único, que a norma prevê uma sanção aos entes que não instituírem todos</p><p>os impostos de sua competência, previstos na CF/88.</p><p>O dispositivo da LRF foi inserido em nossa aula apenas para que você tenha conhecimento de que ele existe</p><p>e pode vir a ser cobrado em prova. Sendo assim, grave que a sanção só existe se não forem instituídos todos</p><p>os IMPOSTOS.</p><p>Ainda assim, caso uma questão mencione que a competência tributária é facultativa, sem citar a LRF, você</p><p>deve marcar “correto”! Tudo bem?</p><p>A título de exemplo sobre a facultatividade do exercício da competência tributária, citemos o Imposto sobre</p><p>Grandes Fortunas – IGF – previsto no art. 153, VII, que até hoje não foi instituído.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>11</p><p>119</p><p>Classificação da Competência Tributária</p><p>Aprendemos que a competência tributária é o poder conferido pela Constituição Federal aos entes federados</p><p>para instituir tributos, sempre por meio de lei.</p><p>Vimos também algumas características inerentes ao conceito de competência tributária e que o seu exercício</p><p>é facultativo, haja vista que a CF apenas estipula quais tributos podem ser instituídos, mas a edição da lei</p><p>instituidora é critério político do ente.</p><p>Nesse momento, portanto, a pergunta que se faz é: “Quais tributos podem ser instituídos pela União ou</p><p>pelos Municípios, por exemplo? E quais tributos os Estados e o DF são competentes para instituir?”</p><p>Estudaremos, nos tópicos a seguir que a competência tributária pode ser classificada em: privativa, comum,</p><p>cumulativa, residual e extraordinária.</p><p>constitucional de</p><p>receitas.</p><p>III. A imunidade tributária expressa a incompetência do ente para instituição do tributo na situação ali</p><p>prevista, podendo ser fixada na Constituição Federal ou em lei complementar.</p><p>IV. A competência para instituição de tributos é privativa, ou seja, quando atribuída a um ente político os</p><p>demais estão automaticamente proibidos de instituí-lo, visto não ser admitido ser tributado duas vezes por</p><p>um mesmo fato imponível.</p><p>É correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) I e IV.</p><p>b) II e III.</p><p>c) II e IV.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>101</p><p>119</p><p>D) I, II e III.</p><p>14. FCC/ARSETE-Advogado/2016</p><p>Caso um determinado Município brasileiro decida instituir, em seu território, contribuições previstas na</p><p>Constituição Federal, ele poderá fazê-lo em relação às contribuições</p><p>a) para o custeio do regime previdenciário próprio dos servidores titulares de cargos efetivos desse</p><p>Município, cobrada desses servidores e em benefício deles, bem como contribuições de interesse das</p><p>categorias profissionais em atividade neste Município.</p><p>b) para o custeio do serviço de iluminação pública, desde que o Estado em que se localiza esse Município</p><p>não a tenha instituído, mas não poderá instituir contribuições de interesse das categorias econômicas em</p><p>atuação neste Município.</p><p>c) de intervenção no domínio econômico em âmbito municipal, bem como contribuições de melhoria,</p><p>decorrentes de obras realizadas no Município.</p><p>d) de melhoria, decorrentes de obras públicas realizadas pelo poder público municipal, mas não poderá</p><p>instituir contribuições sociais de intervenção no domínio econômico, em âmbito Municipal.</p><p>e) para o custeio do regime previdenciário dos servidores federais, estaduais e municipais, titulares de cargos</p><p>efetivos e que atuem nas respectivas repartições públicas localizadas neste Município.</p><p>15. FCC/PGM-Teresina-Analista Administrativo/2016</p><p>Considere:</p><p>I. Há bis in idem quando uma pessoa jurídica de direito público tributa mais de uma vez o mesmo contribuinte</p><p>sobre o mesmo fato gerador.</p><p>II. Ocorre bitributação quando duas pessoas de direito público tributam o mesmo contribuinte sobre o</p><p>mesmo fato gerador.</p><p>III. Haverá inconstitucionalidade ainda que a bitributação esteja prevista no próprio texto constitucional.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) III.</p><p>b) I e II.</p><p>c) I e III.</p><p>d) II e III.</p><p>e) I.</p><p>16. FCC/SEFAZ-MA-Auditor Fiscal/2016</p><p>Relativamente aos tributos de competência dos entes federados, a Constituição Federal</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>102</p><p>119</p><p>a) autoriza a União a instituir impostos novos, não previstos no texto constitucional, desde que sejam não-</p><p>cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição,</p><p>cabendo aos Estados e ao Distrito Federal 20% dessa arrecadação, a título de repartição de receita.</p><p>b) autoriza a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a instituir impostos, taxas, contribuições</p><p>sociais e de melhoria, cabendo somente à União instituir empréstimos compulsórios.</p><p>c) não autoriza a União a instituir impostos que sejam da competência dos Municípios, exceto no caso de</p><p>guerra interna ou golpe de Estado.</p><p>d) autoriza a União a instituir impostos extraordinários, que também sejam da competência dos Estados,</p><p>devendo entregar-lhes 50% da receita auferida, a título de repartição de receita.</p><p>e) permite apenas aos Municípios instituir e cobrar a contribuição de melhoria.</p><p>17. FCC/TJ-GO-Juiz Estadual/ 2015</p><p>Considere as seguintes afirmativas:</p><p>I. A competência tributária pode ser deslocada para outro ente diante da inércia na instituição do tributo</p><p>pelo ente político originalmente competente.</p><p>II. A competência se distingue da capacidade tributária ativa porque esta está relacionada à instituição do</p><p>tributo e aquela à cobrança do tributo.</p><p>III. A competência tributária é fixada pela Constituição da República.</p><p>IV. A imunidade tributária significa ausência de competência do ente para instituir tributo na situação</p><p>definida pela norma constitucional imunizante.</p><p>V. A competência tributária pode ser delegada por lei a outro ente político, hipótese em que se torna</p><p>também o titular da capacidade tributária ativa.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) I, II e III.</p><p>B) III, IV e V.</p><p>c) I e II.</p><p>d) IV e V.</p><p>e) III e IV.</p><p>18. FCC/TCM-GO-Auditor Conselheiro Substituto/2015</p><p>De acordo com a Constituição Federal, a competência tributária para instituir o ICMS é dos Estados federados</p><p>e do Distrito Federal. Relativamente a este imposto e, considerando a disciplina estabelecida no Código</p><p>Tributário Nacional,</p><p>a) a atribuição da função de arrecadar o ICMS pode ser cometida à pessoa jurídica de direito privado e isso</p><p>não constitui delegação de competência.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>103</p><p>119</p><p>b) os Estados não poderão delegar sua competência tributária a nenhuma outra pessoa, mas poderão</p><p>delegar aos Municípios a atribuição de fiscalizá-los, não podendo essa atribuição ser revogada sem a</p><p>anuência do município que recebeu essa atribuição.</p><p>c) o não-exercício da competência tributária pelo Estado defere-a, primeiramente, à União e, caso essa</p><p>competência não seja por ela exercida, defere-a aos Municípios localizados no território do Estado que não</p><p>a exerceu.</p><p>d) a competência para legislar sobre ele é tanto dos Estados como dos Municípios que se encontram nesse</p><p>Estado, em razão de uma parte do produto da arrecadação desse imposto pertencer a esses Municípios.</p><p>e) a competência para instituir esse tributo poderá ser delegada aos Municípios localizados no território</p><p>desse Estado.</p><p>19. FCC/TCM-GO-Auditor Conselheiro Substituto/2015</p><p>De acordo com a Constituição Federal, os Municípios brasileiros podem</p><p>a) mediante prévia autorização do Congresso Nacional, e por meio de lei complementar, instituir</p><p>empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública.</p><p>b) instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública,</p><p>observados os princípios da legalidade, anterioridade, anterioridade nonagesimal (noventena) e da</p><p>irretroatividade.</p><p>c) instituir imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de</p><p>direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.</p><p>d) em caráter excepcional, mediante lei complementar e prévia autorização do Senado Federal, instituir</p><p>empréstimos compulsórios, no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse</p><p>social.</p><p>e) instituir imposto sobre a prestação de serviços de qualquer natureza, definidos em lei complementar,</p><p>inclusive a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, definida na</p><p>Lei Complementar nº 87/1996.</p><p>20. FCC/TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015</p><p>De acordo com a Constituição Federal, são tributos de competência</p><p>a) do Distrito Federal: o ITBI, o IGF, o ITCD e o ISSQN.</p><p>b) federal: o II, o IE, o ITR e os impostos extraordinários passíveis de serem instituídos na iminência ou no</p><p>caso de guerra externa.</p><p>c) estadual: o ICMS, o IPTU, o IPVA e o ITCD.</p><p>d) municipal: o ISSQN, o IPTU, o ITR e o ITBI.</p><p>e) federal: o IPI, o ITBI, o IOF, ITCD e o IR.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>104</p><p>119</p><p>21. FCC/TCM-GO-Auditor de</p><p>Controle Externo/2015</p><p>A Constituição Federal atribui competência à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para</p><p>instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. Essas pessoas jurídicas de direito público também têm</p><p>competência para instituir contribuições.</p><p>De acordo com a Constituição Federal, os Municípios podem instituir contribuições</p><p>a) 1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis,</p><p>2. sociais e</p><p>3. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário.</p><p>b) 1. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis,</p><p>2. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário e</p><p>3. de intervenção no domínio econômico.</p><p>c) 1. de intervenção no domínio econômico e</p><p>2. de interesse das categorias profissionais ou econômicas.</p><p>d) 1. de intervenção no domínio econômico,</p><p>2. sociais e</p><p>3. de interesse das categorias profissionais ou econômicas.</p><p>e) 1. cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário estatutário</p><p>e</p><p>2. para o custeio do serviço de iluminação pública, na forma das respectivas leis.</p><p>22. FCC/MANAUSPREV-Procurador Autárquico/2015</p><p>De acordo com a Constituição Federal, os Municípios têm competência tributária para instituir</p><p>a) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública e a contribuição de melhoria.</p><p>b) o ITR, observadas as cláusulas de convênio específico com a União para esse fim.</p><p>c) o IR sobre os rendimentos auferidos pelos funcionários estatutários dos órgãos que compõem sua</p><p>administração direta.</p><p>d) o ITBI sobre as transmissões de bens imóveis, por compra e venda ou por doação.</p><p>e) o ISSQN sobre a prestação de serviço de transporte intermunicipal de carga.</p><p>23. FCC/CGM São Luís-Auditor de Controle Interno/2015</p><p>De acordo com a Constituição Federal, compete à União instituir impostos sobre</p><p>a) grandes fortunas, nos termos de lei complementar; operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a</p><p>títulos ou valores mobiliários; propriedade territorial rural.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>105</p><p>119</p><p>b) importação de produtos estrangeiros; propriedade predial e territorial urbana; renda e proventos de</p><p>qualquer natureza.</p><p>c) produtos industrializados; transmissão “causa mortis” e doação, de quaisquer bens ou direitos; grandes</p><p>fortunas, nos termos de lei complementar.</p><p>d) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; propriedade de veículos</p><p>automotores; operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.</p><p>e) propriedade territorial rural; transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens</p><p>imóveis; exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.</p><p>24. FCC/ PGM-Cuiabá - Procurador/2014</p><p>Procurador do município de Cuiabá consultado sobre possibilidades legislativas de iniciativa do executivo</p><p>municipal que propiciassem um aumento da arrecadação, elaborou parecer indicando quais seriam as</p><p>espécies tributárias de competência do município passíveis de serem alteradas. São tributos de competência</p><p>da União, dos Estados e dos Municípios, respectivamente:</p><p>a) Imposto sobre a propriedade territorial rural; Imposto sobre a prestação de Serviços de qualquer natureza,</p><p>não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei ordinária federal; Imposto sobre operações relativas à</p><p>circulação de mercadorias.</p><p>b) Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; Imposto sobre a</p><p>transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis por acessão física; Imposto sobre</p><p>a propriedade de veículos automotores.</p><p>c) Impostos extraordinários, no caso de iminência de guerra externa ou interna; Imposto sobre a propriedade</p><p>predial e territorial urbana; Imposto sobre a prestação de serviços de comunicação.</p><p>d) Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei</p><p>complementar; Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei ordinária federal; Imposto sobre a</p><p>prestação de serviços de transporte interestadual.</p><p>e) Imposto sobre operações relativas a valores mobiliários; Imposto sobre operações relativas à circulação</p><p>de mercadorias; Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,</p><p>por natureza.</p><p>25. FCC/ TRF 4ª Região-Técnico Judiciário/2014</p><p>Sobre o Sistema Tributário Nacional, considere:</p><p>I. Segundo a Constituição Federal, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os</p><p>seguintes tributos: impostos, taxas e contribuição de melhoria.</p><p>II. A Constituição Federal é fonte instituidora de tributos, especialmente impostos e contribuições especiais.</p><p>III. Constitucionalmente, o princípio da capacidade contributiva é direcionado aos impostos, que terão</p><p>caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.</p><p>IV. Segundo a Constituição Federal, a União tem competência para instituir impostos municipais, desde que</p><p>sejam instituídos sobre Territórios não divididos em Municípios.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>106</p><p>119</p><p>V. É vedado à União, Estados, Distrito Federal e Municípios instituir tributos sobre patrimônio, renda e</p><p>serviços, relacionados com as finalidades essenciais dos templos de qualquer culto.</p><p>Está correto o que consta APENAS em</p><p>a) I, II e III.</p><p>b) III, IV e V.</p><p>c) I, II e V.</p><p>d) I, III e IV.</p><p>e) II, IV e V.</p><p>26. FCC/SEFAZ PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014</p><p>De acordo com a Constituição Federal,</p><p>a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição de melhoria,</p><p>decorrente de obra pública, ainda que não haja valorização imobiliária dela decorrente.</p><p>b) a União poderá instituir empréstimos compulsórios, mediante medida provisória, no caso de investimento</p><p>público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.</p><p>c) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis,</p><p>para o custeio do serviço de iluminação pública.</p><p>d) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos</p><p>extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos,</p><p>gradativamente, cessadas as causas de sua criação.</p><p>e) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos não compreendidos em sua competência</p><p>tributária, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos</p><p>discriminados na Constituição Federal.</p><p>27. FGV/ISS-Cuiabá/2016</p><p>A atual Constituição Federal instituiu competências tributárias comuns, privativas e residuais. Sobre a</p><p>atribuição de competência definida pela Constituição Federal de 1988, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Os Municípios são competentes para instituir o imposto sobre transmissão “causa mortis” e doação, de</p><p>quaisquer bens ou direitos.</p><p>b) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência comum para instituir contribuição</p><p>de intervenção no domínio econômico.</p><p>c) Apenas os Estados e o Distrito Federal têm competência para a instituição de contribuição de melhoria,</p><p>decorrente de obra pública.</p><p>d) Os Estados têm competência para instituir imposto incidente sobre a prestação de transporte</p><p>interestadual e intermunicipal.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>107</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>e) Os Estados e o Distrito Federal podem instituir impostos não previstos na Constituição Federal de 1988,</p><p>desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados</p><p>na Constituição.</p><p>28. FGV/Fiscal de Tributos-Niterói/2015</p><p>De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, os impostos extraordinários:</p><p>a) são de competência da União e só podem ser instituídos em caso de guerra externa, interna ou sua</p><p>iminência;</p><p>b) são de competência da União e podem ter fato gerador próprio de tributos de competência das demais</p><p>pessoas políticas de direito público interno;</p><p>c) podem ser exigidos nos casos de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência;</p><p>d) devem ser instituídos por meio de lei complementar;</p><p>e) deverão ter a sua cobrança suprimida imediatamente, quando cessadas as causas de sua criação.</p><p>29. FGV/Pref. Recife-PE-Auditor do Tesouro Municipal/2014</p><p>Com relação à competência tributária, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Permite que uma pessoa jurídica de direito público delegue a outra a atribuição de executar leis em</p><p>matéria tributária, conforme a legislação.</p><p>b) Significa que todos os entes políticos que compõem a Federação estão dotados de competência legislativa</p><p>plena.</p><p>c) Representa o poder que é outorgado pela Constituição Federal para a criação de tributos a todos os entes</p><p>administrativos de direito público.</p><p>d) Admite a delegação da administração dos tributos, porém não confere ao delegatário as garantias e</p><p>privilégios do poder delegante.</p><p>e) Autoriza que pessoa jurídica de direito público possa exercer, em caráter residual, a competência</p><p>conferida a outrem que, entretanto, não a exerce.</p><p>30. FGV/AL-BA-Auditor/2014</p><p>Com referência à competência tributária, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Limita-se à esfera legislativa e é plena para todos os entes políticos.</p><p>b) É plena nas esferas legislativa, administrativa e de julgar para todos os entes políticos.</p><p>c) à União cabe a competência tributária plena, sendo limitada para Estados e Municípios.</p><p>d) No caso da União, está restrita à possibilidade de editar normas gerais de direito tributário.</p><p>e) Aos Estados e Municípios cabe a competência plena na esfera legislativa.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>108</p><p>119</p><p>31. FGV/PGE-RO-Analista da Procuradoria/2015</p><p>Em nosso Sistema Tributário, a competência residual tributária pode ser exercida:</p><p>a) pelo Distrito Federal, que pode instituir impostos e taxas próprios dos municípios;</p><p>b) pelos Municípios, que podem criar novos tributos de interesse local, observando os princípios</p><p>constitucionais da anterioridade de exercício e da legalidade;</p><p>c) pelos Estados, que podem instituir contribuições que não tenham fato gerador e base de cálculo próprios</p><p>dos discriminados na Constituição Federal;</p><p>d) pela União, que, através de lei complementar, pode instituir impostos que não sejam cumulativos e não</p><p>tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal;</p><p>e) pelos Estados e Municípios, que podem instituir contribuições especiais, que não sejam cumulativas e</p><p>tenham a receita destinada à manutenção dos serviços de regiões metropolitanas.</p><p>32. FGV/SEFAZ-MT-Auditor Fiscal/2014</p><p>Com relação ao Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Pode ser instituído pela União, pelos Estados e pelos Municípios, no exercício de competência</p><p>concorrente.</p><p>b) Pode ser instituído pela União, mas, enquanto esta não o fizer, poderão instituí-lo os Estados, no exercício</p><p>de competência supletiva.</p><p>c) Pode ser instituído pela União, mas, enquanto esta não o fizer, poderão instituí-lo os Municípios, no</p><p>exercício de competência supletiva.</p><p>d) Pode ser instituído apenas pela União, por meio de lei complementar, inexistindo competência</p><p>concorrente ou supletiva de qualquer outro ente público.</p><p>e) Pode ser instituído apenas pela União, por meio de lei ordinária, inexistindo competência concorrente ou</p><p>supletiva de qualquer outro ente público.</p><p>33. FGV/PGM-Niterói-RJ-Procurador/2014</p><p>Para custear serviço de saúde em favor de seus servidores, o Município X institui, por lei ordinária,</p><p>contribuição compulsória equivalente a um dia de remuneração dos funcionários públicos a seu serviço. A</p><p>esse respeito, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) A lei municipal é inconstitucional, porque tal contribuição só poderia ser instituída por lei complementar.</p><p>b) A lei municipal é constitucional, pois se insere no exercício da autonomia político-administrativa do</p><p>Município.</p><p>c) A lei municipal é inconstitucional, por violação à vedação de exigência de tributo com efeito confiscatório.</p><p>d) A lei municipal é constitucional, pois compete ao Município instituir contribuição, cobrada de seus</p><p>servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário próprio.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>109</p><p>119</p><p>e) A lei municipal é inconstitucional, porque só à União compete instituir contribuições sociais para custeio</p><p>da seguridade social, que abrange os serviços de saúde.</p><p>34. VUNESP/ISS-Guarulhos-Inspetor Fiscal de Rendas/2019</p><p>A competência para instituir impostos não cumulativos e que não tenham fato gerador ou base de cálculo</p><p>próprios dos discriminados na Constituição Federal, mediante lei complementar, é chamada de competência</p><p>tributária</p><p>a) extraordinária concorrente de todos os entes da Federação.</p><p>b) plena dos Estados, Distrito Federal e Municípios.</p><p>c) excepcional da União, exercida em caso de guerra externa ou sua iminência.</p><p>d) ordinária de todos os entes da Federação.</p><p>e) residual da União.</p><p>35. VUNESP/Câmara Municipal de Poá-SP-Procurador/2016</p><p>Segundo a Constituição Federal do Brasil, a União, no exercício da sua competência residual, poderá instituir,</p><p>mediante lei</p><p>a) complementar, impostos não previstos na sua competência originária, desde que sejam não-cumulativos</p><p>e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição.</p><p>b) ordinária, na iminência ou no caso de guerra externa, empréstimos compulsórios, compreendidos ou não</p><p>em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua</p><p>criação.</p><p>c) ordinária, impostos não previstos na sua competência originária, desde que sejam não-cumulativos e não</p><p>tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição.</p><p>d) ordinária, empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade</p><p>pública, de guerra externa ou sua iminência.</p><p>e) complementar, impostos não previstos na sua competência originária, desde que sejam cumulativos e não</p><p>tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição.</p><p>36. VUNESP/Pref. Registro-SP-Advogado/2016</p><p>Acerca da competência tributária, é correto afirmar que</p><p>a) é delegável, irrenunciável e seu exercício é obrigatório.</p><p>b) é delegável e renunciável, mas seu exercício é facultativo.</p><p>c) é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços,</p><p>atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa de direito público a outra,</p><p>nos termos estabelecidos pela Constituição Federal.</p><p>d) constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou função</p><p>de arrecadar tributos, como se verifica em relação às instituições financeiras.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>110</p><p>119</p><p>e) o não-exercício da competência</p><p>tributária pelos Estados ou pelos Municípios a defere à União.</p><p>37. VUNESP/TJ-SP-Titular de Serviços de Notas e de Registros/2014</p><p>Em relação à competência residual tributária da União Federal, outorgada pela Constituição, é correto</p><p>afirmar que:</p><p>a) esse direito não está sujeito ao princípio de legalidade e somente pode ser utilizado em caso de guerra ou</p><p>comoção interna grave.</p><p>b) é o direito de instituir taxas e contribuições de melhoria.</p><p>c) é direito de a União instituir impostos não previstos no artigo 154, I da Carta Magna, desde que eles sejam</p><p>não cumulativos e não tenham base de cálculo própria dos demais impostos descritos na Constituição.</p><p>d) é o direto de a União instituir impostos e contribuições sociais por lei complementar, desde que não</p><p>cumulativos.</p><p>38. CESPE/SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019</p><p>Instituir contribuições previdenciárias de servidores públicos do Distrito Federal é competência exclusiva da</p><p>União.</p><p>39. CESPE/SEFAZ-RS-Auditor Fiscal/2019</p><p>Com relação à competência tributária dos entes federados, assinale a opção correta.</p><p>a) O Distrito Federal e os municípios têm competência para instituir contribuições para o custeio de serviços</p><p>de iluminação pública.</p><p>b) Os estados federados e o Distrito Federal têm competência residual para legislar sobre empréstimos</p><p>compulsórios.</p><p>c) Os municípios, os estados federados, o Distrito Federal e a União têm competência concorrente para</p><p>instituir contribuições sociais interventivas e de interesse das categorias profissionais.</p><p>d) À União competem originariamente os impostos sobre doações de bens imóveis quando o donatário vier</p><p>a ser beneficiado com os direitos reais em dois ou mais estados.</p><p>e) Aos municípios e ao Distrito Federal competem os impostos incidentes sobre operações relativas à</p><p>circulação de mercadorias com a mudança de titularidade.</p><p>40. CESPE/SEFAZ-RS-Técnico Tributário/2018</p><p>A capacidade ativa de arrecadação tributária pode ser transferida a título precário a outras pessoas jurídicas</p><p>de direito público.</p><p>41. CESPE/CGM-João Pessoa/2018</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>111</p><p>119</p><p>Em relação à divisão das competências em matéria tributária, compete ao município instituir o IPTU, o ITBI</p><p>e o ISSQN.</p><p>42. CESPE/PGM-Manaus-Procurador/2018</p><p>Compete aos municípios instituir o ITCMD.</p><p>43. CESPE/TCE-MG-Analista de Controle Externo/2018</p><p>Determinado município da Federação, ao instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação</p><p>pública e contribuição de melhoria, decorrente de obra pública, exerce, respectivamente,</p><p>a) competência residual e competência privativa.</p><p>b) competência privativa e competência residual.</p><p>c) competência comum e competência privativa.</p><p>d) competência privativa e competência comum.</p><p>e) competência comum e competência comum.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>112</p><p>119</p><p>GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES</p><p>1. A</p><p>2. A</p><p>3. B</p><p>4. B</p><p>5. A</p><p>6. C</p><p>7. A</p><p>8. E</p><p>9. C</p><p>10. E</p><p>11. C</p><p>12. B</p><p>13. A</p><p>14. D</p><p>15. B</p><p>16. A</p><p>17. E</p><p>18. A</p><p>19. B</p><p>20. B</p><p>21. E</p><p>22. A</p><p>23. A</p><p>24. E</p><p>25. D</p><p>26. D</p><p>27. D</p><p>28. B</p><p>29. A</p><p>30. C</p><p>31. D</p><p>32. D</p><p>33. E</p><p>34. E</p><p>35. A</p><p>36. C</p><p>37. C</p><p>38. E</p><p>39. A</p><p>40. C</p><p>41. C</p><p>42. E</p><p>43. D</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>113</p><p>119</p><p>LISTA DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES</p><p>Impostos de Competência da União</p><p>1. FCC/Pref. Teresina-PI-Analista de Orçamento e Finanças Públicas/2016</p><p>A respeito do imposto sobre produtos industrializados é INCORRETO afirmar que</p><p>a) se inclui dentre os impostos de competência da União.</p><p>b) será seletivo, em função da essencialidade do produto.</p><p>c) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da</p><p>lei.</p><p>d) será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas</p><p>anteriores.</p><p>e) incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.</p><p>2. FCC/Prefeitura de Teresina - Assistente Técnico Administrativo/2016</p><p>De acordo com a Constituição Federal, o Poder Executivo NÃO poderá alterar as alíquotas dos impostos sobre</p><p>a) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.</p><p>b) importação de produtos estrangeiros.</p><p>c) renda e proventos de qualquer natureza.</p><p>d) produtos industrializados.</p><p>e) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores mobiliários.</p><p>3. FCC/TCE-CE-Analista de Controle Externo/2015</p><p>O ITR</p><p>a) tem a Prefeitura como sujeito ativo da respectiva relação jurídico-tributária, substituindo-se à União no</p><p>exercício da função de fiscalização e cobrança desse imposto.</p><p>b) terá a arrecadação repartida entre a União e a Prefeitura, nos casos de esta optar pelo exercício das</p><p>funções de fiscalização e cobrança desse imposto.</p><p>c) incidirá, em detrimento da cobrança do IPTU, sobre a propriedade localizada em área urbana utilizada</p><p>para a exploração extrativa vegetal.</p><p>d) será cobrado conjuntamente com o IPTU, de competência municipal, sobre propriedades rurais situadas</p><p>nas zonas urbanas, definidas em lei municipal, que contem com determinados melhoramentos construídos</p><p>ou mantidos pelo Poder Público.</p><p>e) não pode ser exigido inclusive sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o</p><p>proprietário ou arrendatário que não possua outras propriedades.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>114</p><p>119</p><p>4. FCC/PGE-BA-Analista de Procuradoria/2013</p><p>O Imposto de Renda de Pessoa Física</p><p>a) tem lançamento por declaração, na medida em que o Fisco só passa a exigir o crédito tributário decorrente</p><p>do imposto de renda após a apresentação, pelo contribuinte, da Declaração de Ajuste Anual.</p><p>b) tem alíquota proporcional, pois as alíquotas vão aumentando gradativamente, conforme vai aumentando</p><p>a base de cálculo, que é a renda ou provento de qualquer natureza.</p><p>c) relativamente às rendas auferidas pelos servidores públicos estaduais e municipais, é de competência do</p><p>Estado e do Município, respectivamente.</p><p>d) pode ser instituído somente por lei complementar e não deve obediência à anterioridade anual e</p><p>nonagesimal.</p><p>e) tem por fato gerador as rendas e proventos de qualquer natureza (acréscimos patrimoniais líquidos)</p><p>auferidos em determinado período de tempo.</p><p>5. CESPE/EBSERH-Analista Administrativo/2018</p><p>No caso de importação de produtos de bens estrangeiros industrializados, a base de cálculo do IPI equivale</p><p>ao preço normal do produto, acrescido não só das taxas exigidas para a entrada do produto no país, mas</p><p>também dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis.</p><p>6. FGV/ISS-Cuiabá/2014</p><p>Com relação ao Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Pode ser instituído pela União, pelos Estados e pelos Municípios, no exercício de competência</p><p>concorrente.</p><p>b) Pode ser instituído pela União, mas, enquanto esta não o fizer, poderão instituí-lo os Estados, no exercício</p><p>de competência supletiva.</p><p>c) Pode ser instituído pela União, mas, enquanto esta não o fizer, poderão instituí-lo os Municípios, no</p><p>exercício de competência supletiva.</p><p>d) Pode ser instituído apenas pela União, por meio de lei complementar, inexistindo competência</p><p>concorrente ou supletiva de qualquer outro ente público.</p><p>e) Pode ser instituído apenas pela União, por meio de lei ordinária, inexistindo competência concorrente ou</p><p>supletiva de qualquer outro ente público.</p><p>7. VUNESP/ISS-Campinas-Auditor</p><p>Fiscal/2019</p><p>A respeito do imposto sobre produtos industrializados, é correto afirmar com base na Constituição Federal</p><p>que</p><p>a) terá majorado seu impacto na aquisição do exterior de bens de capital pelo contribuinte.</p><p>b) será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de plantas industriais</p><p>improdutivas.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>115</p><p>119</p><p>c) será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da não cumulatividade.</p><p>d) incidirá também nas operações de venda destinadas ao exterior.</p><p>e) será seletivo em função da essencialidade do produto.</p><p>8. VUNESP/Pref. Rosana-SP-Procurador/2016</p><p>Caso determinado município opte, na forma da lei, por fiscalizar e cobrar o Imposto Territorial Rural, desde</p><p>que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal, é correto afirmar que</p><p>a) não poderá fazê-lo, por invadir competência federal constitucionalmente prevista.</p><p>b) poderá fazê-lo, somente se a União delegar sua competência legislativa a fim de que o município publique</p><p>lei instituindo o imposto em seu âmbito territorial.</p><p>c) não poderá fazê-lo, salvo se a União renunciar expressamente à competência que possui.</p><p>d) poderá fazê-lo, se a União autorizar, e desde que o município lhe repasse 50% da receita que arrecadar.</p><p>e) poderá fazê-lo, caso em que terá direito à totalidade dos valores que a título do imposto arrecadar.</p><p>9. VUNESP/Câmara Municipal Jaboticabal-SP-Agente Contábil e Financeiro/2015</p><p>O imposto, de competência da União, cujo fato gerador é a aquisição da disponibilidade econômica ou</p><p>jurídica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; e de</p><p>proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos</p><p>anteriormente, é o</p><p>a) Imposto sobre Bens de Capital e da Renda.</p><p>b) Imposto sobre a Produção e Circulação.</p><p>c) Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.</p><p>d) Imposto sobre Transmissão Inter vivos.</p><p>e) Imposto sobre Operações Financeiras.</p><p>10. CESPE/PGM-João Pessoa-Procurador/2018</p><p>A Procuradoria-Geral do Município de João Pessoa foi consultada a respeito da possibilidade de se aumentar</p><p>a receita orçamentária decorrente de imposto territorial rural.</p><p>Em relação a essa situação hipotética e ao referido tributo, é correto afirmar que, de acordo com a</p><p>Constituição Federal de 1988 (CF), o município</p><p>a) deverá auferir a totalidade do produto de arrecadação, se optar por promover sua cobrança e fiscalização.</p><p>b) não poderá realizar fiscalização e cobrança, uma vez que o imposto em questão é um tributo federal.</p><p>c) poderá deferir ao Estado sua cobrança e fiscalização.</p><p>d) poderá aumentar a alíquota por lei municipal.</p><p>e) poderá instituir renúncia fiscal por meio de lei municipal.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>116</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>11. CESPE/EMAP-Analista Portuário/2018</p><p>Para a ocorrência do fato gerador do imposto sobre a importação de produtos estrangeiros, é necessário</p><p>que o bem seja incorporado à economia interna.</p><p>12. CESPE/MPE-RR-Promotor de Justiça/2017</p><p>Um imóvel localizado na área urbana de determinado município é utilizado por seu proprietário</p><p>comprovadamente para o exercício exclusivo de atividades agrícola e pecuária.</p><p>Nessa situação hipotética,</p><p>a) é cabível apenas a cobrança do ITR, por expressa previsão legal, uma vez que o imóvel é utilizado em</p><p>exploração agrícola e pecuária.</p><p>b) o IPTU e o ITR serão tributos devidos e cobrados cumulativamente, pois se referem a dois fatos geradores</p><p>distintos: o IPTU será devido em razão da propriedade urbana; o ITR será devido pelo uso de imóvel em</p><p>atividades agrícola e pecuária.</p><p>c) embora sejam devidos, os dois tributos não poderão ser cobrados cumulativamente, pois ambos incidem</p><p>sobre o mesmo bem, devendo ser aplicado o princípio da não cumulatividade: o contribuinte terá o direito</p><p>de descontar do valor do IPTU devido o montante que for eventualmente pago a título de ITR.</p><p>d) somente será cabível a cobrança do IPTU, uma vez que o critério aplicado pelo CTN é o da localização do</p><p>imóvel, sendo irrelevante a destinação dada por seu proprietário.</p><p>13. CESPE/PC-PE-Delegado/2016</p><p>O imposto sobre produtos industrializados (IPI), além de ser não cumulativo, será progressivo em função da</p><p>essencialidade do produto.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>117</p><p>119</p><p>GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES</p><p>1. E</p><p>2. C</p><p>3. C</p><p>4. E</p><p>5. E</p><p>6. D</p><p>7. E</p><p>8. E</p><p>9. C</p><p>10. A</p><p>11. C</p><p>12. A</p><p>13. E</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>118</p><p>119</p><p>Competência Privativa</p><p>Primeiramente, cabe ressaltar que a competência tributária privativa diz respeito àqueles tributos cuja</p><p>instituição somente pode ser feita por determinado ente político. Por exemplo, o Imposto sobre Produtos</p><p>Industrializados, como será visto ainda nesta aula, pode ser instituído apenas pela União.</p><p>No Direito Constitucional, você aprende que a competência privativa pode ser delegada,</p><p>ao contrário da exclusiva. Contudo, em Direito Tributário, a competência tributária</p><p>privativa é indelegável (como vimos, é característica intrínseca da competência tributária</p><p>a indelegabilidade).</p><p>Os tributos que possuem, por excelência, competência privativa são os impostos. Nesse contexto, a CF/88</p><p>definiu quais seriam os impostos federais, estaduais e distritais e municipais.</p><p>O art. 153 da CF/88 determina quais são impostos que ficaram sob a competência da União, quais sejam:</p><p>• Imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II);</p><p>• Imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE);</p><p>• Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR);</p><p>• Imposto sobre produtos industrializados (IPI);</p><p>• Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF);</p><p>• Imposto sobre propriedade territorial rural (ITR);</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>12</p><p>119</p><p>• Imposto sobre grandes fortunas (IGF).</p><p>Aos Estados e Distrito Federal, a competência relativa aos impostos foi prevista no art. 155, sendo eles os</p><p>seguintes:</p><p>• Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD);</p><p>• Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de</p><p>transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se</p><p>iniciem no exterior (ICMS);</p><p>• Imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA).</p><p>Por último, cabe aos Municípios e ao Distrito Federal instituir, com base nos preceitos do art. 156 da CF/88,</p><p>os seguintes impostos:</p><p>• Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU);</p><p>• Imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por</p><p>natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de</p><p>direitos a sua aquisição (ITBI);</p><p>• Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS).</p><p>Antes que você me pergunte, já adianto: não é somente a espécie tributária “impostos” que está submetida</p><p>à competência privativa. Cabe privativamente à União a instituição dos empréstimos compulsórios.</p><p>Ademais, em regra, as contribuições especiais (art. 149, caput, da CF/88) também são de competência</p><p>privativa da União.</p><p>Alguns autores classificam a competência para instituir empréstimos compulsórios e</p><p>contribuições especiais como competência especial!</p><p>Repare que eu fiz questão de grifar “em regra”, pois há exceções!</p><p>Ao interpretar o § 1º do art. 149, da CF, percebe-se que, apesar de a regra ser a instituição de contribuições</p><p>especiais pela União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios possuem competência privativa para</p><p>instituir as contribuições sociais, para custeio dos regimes de previdência próprios de seus servidores</p><p>públicos titulares de cargos efetivos.</p><p>Há que se destacar que a competência é privativa no âmbito de cada ente. Assim, o Estado de Minas Gerais</p><p>tem competência privativa para instituir as contribuições sociais para o custeio do seu Sistema de</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>13</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>Previdência. Contudo, não o tem para instituir contribuições sociais para a Previdência do Município de</p><p>Pouso Alegre, por exemplo, sendo esta privativa desse Município.</p><p>Além da competência acima citada, o Distrito Federal e os Municípios (os Estados não estão incluídos nesse</p><p>rol!) possuem competência privativa para instituir a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação</p><p>Pública (COSIP), com base no art. 149-A, da CF/88.</p><p>Em síntese, a competência privativa, em regra, diz respeito aos impostos. Contudo, devemos nos lembrar</p><p>que a competência para instituir empréstimos compulsórios (E.C.) e contribuições especiais é da União,</p><p>ressalvada, no último caso, a possibilidade de os Estados, DF e Municípios instituírem seu regime próprio de</p><p>previdência bem como a competência privativa do DF e Municípios para instituir a COSIP. Entendido?</p><p>Competência Comum</p><p>A competência comum diz respeito aos tributos vinculados, que, como já estudamos, são tributos cujo fato</p><p>gerador é uma atividade estatal relativa ao contribuinte. Você se lembra de quais tributos estamos nos</p><p>referindo? É isso mesmo: taxas e contribuições de melhoria.</p><p>Denomina-se competência comum, pois todos os entes federados podem instituir tais tributos, respeitadas,</p><p>por óbvio, as atribuições de cada ente, definidas na Constituição Federal. Para uma prova de Direito</p><p>Tributário, você não precisa saber nada mais do que isso!</p><p>Nesse rumo, caso o Estado do Rio de Janeiro preste serviço público específico e divisível, é possível instituir</p><p>uma taxa estadual para custear o referido serviço público. Do mesmo modo, se o Município de Juiz de Fora</p><p>realizar uma obra pública da qual decorra valorização imobiliária, torna-se possível a instituição de uma</p><p>contribuição de melhoria municipal.</p><p>Competência Cumulativa</p><p>A competência cumulativa foi prevista no art. 147 da CF/88, nos seguintes termos:</p><p>Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o</p><p>Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao</p><p>Distrito Federal cabem os impostos municipais.</p><p>Cabe destacar que os territórios federais não são entes federados, sendo considerados apenas</p><p>descentralizações administrativo-territoriais pertencentes à União. Sendo assim, não dispõem de</p><p>autonomia política e, consequentemente, não possuem competência tributária própria.</p><p>Contudo, conforme preceitua o § 1º do art. 33, da CF/88, os territórios federais podem ou não ser divididos</p><p>em Municípios, gozando estes de autonomia política.</p><p>A referida divisão em Municípios reflete sobre a competência tributária da União, isto é, se os territórios</p><p>federais não forem divididos em Municípios, compete à União os impostos estaduais e municipais. Havendo,</p><p>por outro lado, a citada divisão, competirá à União apenas os impostos estaduais, já que os Municípios</p><p>deterão a competência para instituir os seus próprios impostos municipais.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>14</p><p>119</p><p>Embora o texto constitucional mencione apenas “impostos”, guarde que tal disposição diz</p><p>respeito também aos demais tributos.</p><p>Para finalizar o estudo da competência cumulativa, a parte final do dispositivo constitucional menciona algo</p><p>que já estudamos, que é a competência distrital para instituir também os impostos municipais.</p><p>Essa competência decorre da impossibilidade de o Distrito Federal ser dividido em Municípios, conforme</p><p>previsão no caput do art. 32 da CF/88.</p><p>Competência Residual</p><p>A competência residual diz respeito à criação de “novos tributos”, além daqueles já existentes.</p><p>É com base no art. 154, I, e no art. 195, § 4º, que a União (unicamente a União) detém a competência para</p><p>instituir novos impostos e novas contribuições para a seguridade social, respectivamente.</p><p>Para a instituição dos denominados impostos residuais, há que se obedecer algumas restrições estampadas</p><p>no art. 154, I, da CF/88 (recomendo o acompanhamento na sua CF,</p><p>como sempre). São elas:</p><p>• Devem ser instituídos por lei complementar;</p><p>• Devem obedecer ao critério da não cumulatividade;</p><p>• Devem possuir fato gerador ou base de cálculo diversos dos demais impostos já discriminados na CF.</p><p>Quanto à primeira restrição, a consequência é que tais impostos não poderão ser instituídos por leis</p><p>ordinárias ou medidas provisórias.</p><p>Observação: De acordo com o art. 62, § 1º, III, da CF/88, as medidas provisórias não podem</p><p>tratar de temas reservados a lei complementar.</p><p>A não cumulatividade, por seu turno, é um mecanismo que permite que o imposto cobrado em uma</p><p>operação seja compensado com o que for cobrado na operação seguinte.</p><p>Por exemplo, digamos que uma fábrica de móveis venda sua produção para uma loja que, posteriormente,</p><p>revende os móveis aos consumidores finais. A não cumulatividade ocorre quando o legislador permite que</p><p>o estabelecimento revendedor, em nosso exemplo, pague somente a diferença entre o que foi pago na</p><p>operação anterior (venda da produção) e o que é devido na revenda ao consumidor.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>15</p><p>119</p><p>Por último, há que se ressaltar que o imposto residual deve ter fato gerador ou base de cálculo diferente</p><p>dos outros impostos já previstos na Constituição Federal.</p><p>No tocante às contribuições para a seguridade social residual, o raciocínio é o mesmo, apenas se</p><p>diferenciando quanto ao último requisito. Ou seja, a nova contribuição deve ter fato gerador ou base de</p><p>cálculo diferente das contribuições para seguridade social (e não dos impostos) já previstas na CF/88.</p><p>Trata-se de entendimento do Supremo Tribunal Federal (RE 242.615/BA)</p><p>Veja também o seguinte posicionamento da Suprema Corte:</p><p>Trecho do voto do Min. Carlos Velloso: “É que a técnica da competência residual da União é para</p><p>o legislador ordinário (C.F., art. 154, I) e não para o constituinte derivado.”</p><p>(STF, ADI 939/DF, Pleno, Rel. Min Sydney Sanches, Julgamento em 15/12/1993)</p><p>Para o STF, a competência residual prevista na CF/88 é para o legislador ordinário, e não para o constituinte</p><p>derivado. O que isso quer dizer? Ora, quando o legislador for instituir um imposto novo (uso da competência</p><p>residual) deverá obedecer às regras previstas no art. 154, I.</p><p>No entanto, quando uma emenda constitucional acrescenta um novo imposto na CF/88, o constituinte</p><p>derivado não está sujeito ao art. 154, I.</p><p>O legislador constituinte, ao realizar a distribuição de competências administrativas aos entes federados,</p><p>determinou que aos Estados cabe aquilo que a CF não determinou à União ou aos Municípios, sendo,</p><p>portanto, uma espécie de competência residual.</p><p>Nesse sentido, há quem entenda que os Estados (e o Distrito Federal, por conta da sua competência</p><p>cumulativa) possuem competência residual para a instituição de taxas e contribuições de melhoria.</p><p>Observação: Guarde essa informação e apenas a use, caso a questão solicite</p><p>expressamente a competência residual dos Estados para instituição de taxas e</p><p>contribuições de melhoria.</p><p>Competência Extraordinária</p><p>Além da competência privativa, comum, cumulativa e residual, a União – e somente ela – detém ainda a</p><p>competência tributária extraordinária.</p><p>Tal competência está prevista no art. 154, II, da CF/88, cuja redação é a seguinte:</p><p>Art. 154. A União poderá instituir:</p><p>II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos</p><p>ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente,</p><p>cessadas as causas de sua criação.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>16</p><p>119</p><p>Trata-se, portanto, da competência que a União possui para instituir o Imposto Extraordinário de Guerra –</p><p>IEG.</p><p>Cabe fazer algumas observações acerca do exercício de tal competência. Inicialmente, você deve saber que</p><p>tal imposto pode ser instituído por lei ordinária ou mesmo por medida provisória, pois não foi feita</p><p>nenhuma reserva à lei complementar.</p><p>Na dicção do CTN (art. 76), o IEG é temporário, devendo ser suprimido em até 5 anos, contados da</p><p>celebração da paz.</p><p>É importante lembrar, também, que não há restrição quanto a não cumulatividade, ou seja, o IEG pode ser</p><p>cumulativo.</p><p>Outro detalhe, a ser ressaltado, é o de que o fato gerador do IEG não pode ser a guerra (não faz o menor</p><p>sentido), mas sim um fato econômico relacionado ao contribuinte. Sobre esse fato, o legislador constituinte</p><p>conferiu ampla discricionariedade para sua definição, conforme se nota na expressão “compreendidos ou</p><p>não em sua competência tributária”.</p><p>A instituição do IEG somente se faz possível em situação de guerra externa ou sua</p><p>iminência. Não há, portanto, como instituir o imposto mediante uma guerra interna</p><p>(guerra civil).</p><p>Com efeito, a União poderia instituir o IEG, tendo o mesmo fato gerador de outro imposto de sua</p><p>competência ou mesmo da competência dos estados, por exemplo.</p><p>Estamos, então, diante de uma permissão constitucional para que haja bitributação ou bis in idem.</p><p>Muito provavelmente você deve ter ficado curioso para saber o significado de tais conceitos, correto?</p><p>Veremos isso no tópico a seguir. Antes disso, vamos esquematizar em uma tabela o que vimos até o</p><p>momento:</p><p>CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTOS ENTES FEDERADOS</p><p>Privativa Impostos, Empréstimos</p><p>Compulsórios e Contrib. Especiais</p><p>(com exceções)</p><p>União (E.C. e, em regra, contrib.</p><p>Especiais), Estados, DF e Municípios</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>17</p><p>119</p><p>Comum Taxas e Contribuições de Melhoria União, Estados, DF e Municípios</p><p>Cumulativa Tributos (embora o art. 147</p><p>mencione impostos)</p><p>Apenas União e DF</p><p>Residual Novos Impostos e Novas</p><p>Contribuições para Seguridade Social</p><p>Apenas União</p><p>Extraordinária IEG União</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>18</p><p>119</p><p>Competência Tributária, Bitributação e Bis in idem</p><p>Com base na competência tributária conferida pela Constituição Federal, os entes instituem tributos sobre</p><p>diversos fatos geradores. Em alguns casos, contudo, podem ocorrer diversas incidências sobre o mesmo fato</p><p>gerador.</p><p>Quando tais incidências são decorrentes de tributos de competência da mesma pessoa jurídica de direito</p><p>público, ocorre o fenômeno do bis in idem. É o caso, por exemplo da incidência do Imposto sobre a Renda</p><p>das Pessoas Jurídicas (IRPJ) sobre a apuração do lucro das empresas, que ocorre cumulativamente com a</p><p>Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Repare que neste caso ambos os tributos são de</p><p>competência da União.</p><p>Ademais, podemos citar, também, o que ocorre com as contribuições para o financiamento da seguridade</p><p>social: o art. 195, I, “b”, prevê a instituição de contribuição a cargo do empregador, da empresa e da entidade</p><p>a ela equiparada na forma da lei, incidente sobre receita ou faturamento. No exercício dessa competência</p><p>tributária, a União instituiu não apenas uma, mas, sim, duas contribuições, a saber: PIS/PASEP e COFINS.</p><p>Acrescente-se, ainda, que situação semelhante ocorre na importação, sendo esta mais uma fonte de custeio</p><p>da seguridade social, prevista no art. 195, IV, da CF/88. Amparado nesse dispositivo constitucional, o</p><p>legislador instituiu duas contribuições incidentes sobre a importação: PIS/PASEP-Importação e COFINS-</p><p>Importação.</p><p>Diante dos argumentos supracitados, infere-se que: não há vedação expressa ao bis in idem no âmbito da</p><p>CF/88. Não obstante, a União teve o exercício da sua competência residual</p><p>de certa forma restringido, já que</p><p>o art. 154, I c/c art. 195, § 4° exigiram que os novos impostos, ou as novas contribuições, não tenham fato</p><p>gerador ou base de cálculo próprios dos já discriminados na CF/88.</p><p>A bitributação, por outro lado, ocorre quando mais de um ente federado tributa o mesmo fato gerador.</p><p>Em regra, nesse caso, percebe-se que há invasão de competência tributária, pois a CF/88 traçou os limites</p><p>da competência de cada ente.</p><p>Um exemplo claro de bitributação seria a instituição, por parte de um município, de uma alíquota adicional</p><p>sobre o IPVA, a ser cobrado dos veículos registrados em sua circunscrição. Note, pois, que isso é vedado, já</p><p>que a competência para se instituir imposto sobre propriedade de veículos automotores cabe apenas aos</p><p>Estados e ao Distrito Federal.</p><p>Entretanto, existem situações excepcionais em que se permite haver bitributação. É o caso do IEG, cuja</p><p>própria redação constitucional permite que o imposto criado seja compreendido ou não na competência</p><p>tributária da União.</p><p>Com base em tal autorização, é possível que a União crie o ICMS-Extraordinário, a incidir sobre os mesmos</p><p>fatos geradores do referido imposto estadual. Sendo o ICMS tributo de competência originalmente estadual,</p><p>teríamos um caso típico de bitributação (tributação pela União e pelos Estados).</p><p>Embora estejamos tratando, neste momento, do estudo da bitributação, chama-nos a atenção o fato de que</p><p>os impostos extraordinários de guerra podem ser compreendidos ou não na competência tributária da</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>19</p><p>119</p><p>União. Quando não compreendidos em sua competência, teríamos um exemplo de bitributação, conforme</p><p>já explicado no parágrafo antecedente.</p><p>Todavia, se a União institui IEG, utilizando fato gerador compreendido em sua competência tributária,</p><p>teríamos uma hipótese de bis in idem, e não bitributação, você concorda? Ora, se a União institui o IR-</p><p>Extraordinário, teríamos duas incidências (IR comum e IR-Extraordinário) de tributos federais sobre o mesmo</p><p>fato gerador. Logo, a situação aventada se amoldaria no conceito de bis in idem.</p><p>Instituição de IEG compreendido na competência da União: bis in idem.</p><p>Instituição de IEG não compreendido na competência da União: bitributação.</p><p>Outra situação, em que a bitributação não é vedada, é a dupla tributação internacional da renda. Imagine a</p><p>seguinte situação: determinado cidadão, residente no exterior, aufere rendimentos de aluguéis de imóveis</p><p>situados no Brasil. Dessa forma, embora não seja residente no Brasil, a fonte de seus rendimentos está</p><p>localizada no território nacional. Nesse caso, a legislação do IR impõe que tais rendimentos sejam</p><p>tributados. Pode ocorrer que, a legislação pátria do referido cidadão, também determine a cobrança de</p><p>imposto sobre a renda auferida no exterior (no Brasil). Trata-se, portanto, de uma situação em que ocorre</p><p>bitributação.</p><p>Observação: Os países normalmente celebram tratados internacionais com o objetivo de</p><p>evitar que ocorra a dupla tributação, já que isso desestimula os investimento, em</p><p>decorrência da dupla incidência. O Brasil, por exemplo, é signatário de diversos tratados</p><p>internacionais.</p><p>Acompanhe, abaixo, o esquema que ilustra a distinção entre bitributação e bis in idem:</p><p>02 Incidências</p><p>Mesmo Fato</p><p>Gerador</p><p>Bis in idem 01 Ente Federado</p><p>Bitributação 02 Entes Federados</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>20</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>Para finalizar o estudo da bitributação, vejamos um julgado do STF acerca da bitributação:</p><p>“Recurso extraordinário em que se argumento a não incidência do II e do IPI sobre operação de</p><p>importação de sistema de tomografia computadorizada, amparada por contrato de</p><p>arrendamento mercantil. Alegada insubmissão do arrendamento mercantil, quer seria um</p><p>serviço, ao fato gerador do imposto de importação (art. 153, I, da Constituição). Inconsistência.</p><p>Por se tratar de tributos diferentes, com hipóteses de incidência específicas (prestação de</p><p>serviços e importação, entendida como a entrada de bem em território nacional – art. 19 do CTN),</p><p>a incidência concomitante do II e do ISS não implica bitributação ou de violação de pretensa</p><p>exclusividade e preferência de cobrança do ISS.</p><p>(STF, RE 429.306, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgamento em 01/02/2011)</p><p>Não ocorre bitributação no caso apresentado pelo STF, pois há dois fatos geradores distintos: importação e</p><p>prestação de serviços.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>21</p><p>119</p><p>Divisão da Competência Tributária na CF/88</p><p>Diante do que já estudamos até o momento, podemos sintetizar a competência tributária de cada ente</p><p>federativo em relação a cada uma das espécies tributárias. É algo que você irá memorizar naturalmente, mas</p><p>não custa facilitar o seu trabalho e esquematizar tudo, não é mesmo?</p><p>Impostos</p><p>União Estados e Distrito Federal Municípios e Distrito Federal</p><p>Imposto de Importação ICMS ISS</p><p>Imposto de Exportação ITCMD ITBI</p><p>Imposto de Renda IPVA IPTU</p><p>IPI - -</p><p>IOF - -</p><p>ITR - -</p><p>IGF - -</p><p>Impostos Residuais</p><p>Impostos Extraordinários</p><p>Taxas</p><p>União Estados e Distrito Federal Municípios e Distrito Federal</p><p>Taxas pelo exercício regular do</p><p>poder de polícia</p><p>Taxas pelo exercício regular do</p><p>poder de polícia</p><p>Taxas pelo exercício regular do</p><p>poder de polícia</p><p>Taxa pela utilização de serviços</p><p>públicos específicos e divisíveis</p><p>Taxa pela utilização de serviços</p><p>públicos específicos e divisíveis</p><p>Taxa pela utilização de serviços</p><p>públicos específicos e divisíveis</p><p>Contribuições de Melhoria</p><p>União Estados e Distrito Federal Municípios e Distrito Federal</p><p>Instituição em face de obras</p><p>públicas federais que gerem</p><p>valorização imobiliária</p><p>Instituição em face de obras</p><p>públicas estaduais/distritais que</p><p>gerem valorização imobiliária</p><p>Instituição em face de obras</p><p>públicas municipais/distritais que</p><p>gerem valorização imobiliária</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>22</p><p>119</p><p>Empréstimos Compulsórios</p><p>União Estados e Distrito Federal Municípios e Distrito Federal</p><p>Instituição em caso de guerra</p><p>externa ou calamidade pública</p><p>- -</p><p>Instituição em razão de</p><p>investimento público urgente e</p><p>de relevante interesse nacional</p><p>- -</p><p>Contribuições Especiais</p><p>União Estados e Distrito Federal Municípios e Distrito Federal</p><p>Contribuições Sociais (Regra) Contribuições para Custeio do</p><p>regime previdenciário dos</p><p>servidores estaduais/distritais</p><p>Contribuições para Custeio do</p><p>regime previdenciário dos</p><p>servidores municipais/distritais</p><p>Contribuição de Intervenção no</p><p>Domínio Econômico (CIDE)</p><p>- Contribuição para Custeio do</p><p>Serviço de Iluminação Pública</p><p>(COSIP)</p><p>Contribuições de interesse das</p><p>categorias profissionais ou</p><p>econômicas</p><p>- -</p><p>(SEFAZ-AM/2022) Nosso sistema tributário caracteriza-se por tributos específicos que devem ser recolhidos</p><p>por cada entre federativo.</p><p>Tratando apenas de impostos, assinale a opção que indica os que são de competência dos Estados.</p><p>A) O ITBI, o ICMS e o IPVA.</p><p>B) O ITCMD, o IPI e o ICMS.</p><p>C) O ITBI, o ICMS e o IPTU.</p><p>D) O ITCMD, o ICMS e o IPVA.</p><p>E) O ICMS, o IPVA e a COSIP.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: O ITBI é de competência municipal. Alternativa errada.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>23</p><p>119</p><p>Alternativa</p><p>B: O IPI é da competência da União. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O ITBI e o IPTU são de competência municipal. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: ITCMD, ICMS e IPVA são de competência estadual. Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: A COSIP é uma contribuição e não um imposto, além disso é de competência do Município e</p><p>do Distrito Federal por força constitucional do art. 149-A. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>(SEFAZ-ES/2021) A União resolveu exercer sua competência tributária residual criando um novo Imposto</p><p>sobre Movimentações Financeiras.</p><p>Acerca de tal imposto, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) Poderá ser instituído por lei ordinária.</p><p>B) Poderá ser cumulativo.</p><p>C) Seu fato gerador poderá ser coincidente com o de outro imposto já previsto na Constituição.</p><p>D) Sua base de cálculo poderá ser coincidente com a de outro imposto já previsto na Constituição.</p><p>E) Do produto de sua arrecadação, 20% pertencerá aos Estados e ao Distrito Federal.</p><p>Comentário: A questão aborda a competência residual de a União instituir novos impostos desde que:</p><p>Por lei complementar;</p><p>Os impostos não estejam previstos na constituição, ou seja, impostos novos;</p><p>Sejam não-cumulativo;</p><p>Não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios de impostos já descriminado na constituição.</p><p>Feita essa ressalva, vamos aos comentários das alternativas.</p><p>Alternativa A: A competência residual abordada na questão exige que o novo imposto seja instituído por</p><p>meio de lei complementar. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Por força constitucional, os novos impostos instituídos pela União não podem ser cumulativos.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: Não pode haver a coincidência de fato gerador de outro imposto já previsto na CF. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa D: A base de cálculo também não pode coincidir com a de impostos já previstos na CF. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa E: A arrecadação dos novos impostos pertence em 20% aos Estados e Distrito Federal conforme</p><p>disposição expressa constitucional, confira.</p><p>Art. 154. A União poderá instituir:</p><p>I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos</p><p>e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;</p><p>Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:</p><p>II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência</p><p>que lhe é atribuída pelo art. 154, I.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>24</p><p>119</p><p>Alternativa correta.</p><p>Gabarito: Letra E</p><p>(SEFAZ BA-Auditor Fiscal/2019) A Constituição Federal discrimina as competências dos entes políticos da</p><p>federação, dispondo que</p><p>a) os Estados e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio</p><p>do serviço de iluminação pública.</p><p>b) pertence ao Estado-membro a denominada competência residual tributária para instituir um novo</p><p>imposto, desde que seja não cumulativo e não tenha fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos</p><p>previstos na Constituição Federal.</p><p>c) compete aos Estados e ao Distrito Federal instituírem o imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer</p><p>título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis,</p><p>exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.</p><p>d) compete à União, na iminência ou no caso de guerra externa, instituir imposto extraordinário,</p><p>compreendido ou não em sua competência tributária, desde que seja suprimido, gradativamente, cessadas</p><p>as causas de sua criação.</p><p>e) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuições sociais, de intervenção no</p><p>domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de suas</p><p>atuações nas respectivas áreas.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A COSIP é de competência dos Municípios e DF, conforme preceitua o art. 149-A da CF/88.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: A competência residual para instituir outros impostos além daqueles previstos na CF/88 é</p><p>dada à União Federal, conforme art. 154, I, da CF/88. Alternativa errada.</p><p>Alternativa C: O ITBI é de competência dos Municípios e DF. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Exatamente o que dispõe o art. 154, II da CF/88. Alternativa correta.</p><p>Alternativa E: Somente a União pode instituir contribuições sociais e CIDEs. Aos Estados, DF e Municípios é</p><p>possível a instituição de contribuição previdenciárias, cobradas de seus servidores para financiar o Regime</p><p>Próprio de Previdência. Contudo, da forma como a assertiva foi redigida, dá a entender que todos os entes</p><p>federados podem instituir quaisquer contribuições sociais, quando essa prerrogativa é da União somente.</p><p>Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>(SEFAZ SC-Auditor Fiscal da Receita Estadual/2018) Conforme estabelece a Constituição Federal, cabe à lei</p><p>complementar dispor sobre conflitos de competência tributária. Nesse sentido, o Código Tributário Nacional</p><p>(CTN) dispõe que a competência tributária</p><p>a) é indelegável, sendo permitida a atribuição das funções de fiscalizar tributos e de executar leis, serviços,</p><p>atos ou decisões administrativas em matéria tributária a outra pessoa jurídica de direito público.</p><p>b) é delegável, mas pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito</p><p>público que a tenha conferido.</p><p>c) é plena, ilimitada e delegável e compreende a competência legislativa, fiscalizatória, arrecadatória e</p><p>sancionatória.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>25</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>d) plena será dividida entre os entes, na mesma proporção do produto da arrecadação na hipótese de</p><p>tributo, cujo produto da arrecadação seja atribuído pela Constituição a dois ou mais entes federados.</p><p>e) é indelegável, sendo permitida a atribuição das funções de arrecadar, de fiscalizar, de legislar e de executar</p><p>leis a outra pessoa jurídica de direito interno.</p><p>Comentário: A competência tributária é indelegável, conforme art. 7º do CTN. Contudo é permitida a</p><p>atribuição das funções de fiscalizar tributos e de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em</p><p>matéria tributária a outra pessoa jurídica de direito público.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>(Prefeitura de São Luís-Auditor Fiscal de Tributos/2018) De acordo com a disciplina estabelecida na</p><p>Constituição Federal, é vedado aos Municípios, para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de</p><p>calamidade pública, instituir</p><p>a) empréstimos compulsórios, exceto se a União delegar-lhe competência para tanto, e o Município o fizer</p><p>por meio de lei complementar.</p><p>b) empréstimos compulsórios ou impostos extraordinários.</p><p>c) impostos extraordinários, mas poderá instituir empréstimos compulsórios, desde que o faça por meio de</p><p>lei complementar.</p><p>d) empréstimos compulsórios, exceto se o fizer por meio de lei complementar.</p><p>e) empréstimos compulsórios, mas poderá instituir impostos extraordinários, mediante autorização expressa</p><p>da União, concedida por meio de Resolução do Senado Federal, e desde que o Município o faça por meio de</p><p>lei complementar.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Tal competência é indelegável. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: Municípios realmente não podem instituir Empréstimos Compulsórios nem Impostos</p><p>Extraordinários. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: Municípios não podem instituir Empréstimos Compulsórios. Estes são de competência da</p><p>União. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Municípios não podem instituir Empréstimos Compulsórios. Estes são de competência da</p><p>União. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Municípios não podem instituir Empréstimos Compulsórios. Estes são de competência</p><p>da</p><p>União. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>(TCE-MG-Analista de Controle Externo/2018) Um estado da Federação atribuiu a função de arrecadar</p><p>tributos de sua competência a ente privado.</p><p>Considerando-se essa situação hipotética bem como a doutrina e o Código Tributário Nacional (CTN), é</p><p>correto afirmar que o tribunal de contas local deverá julgar que o referido ato foi</p><p>a) legal, porque se admite a transferência da atribuição de arrecadar para entidade privada.</p><p>b) ilegal, mas a revogação do ato só poderá ser realizada bilateralmente para garantir a segurança jurídica.</p><p>c) ilegal, porque é vedada a delegação de competência tributária.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>26</p><p>119</p><p>d) legal, porque o ente privado passou a ser sujeito ativo direto.</p><p>e) legal, porque o ente privado pode deter competência tributária.</p><p>Comentário: De acordo com o art. 7º, § 3º, do CTN, não constitui delegação de competência o cometimento,</p><p>a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. Logo, o tribunal de contas</p><p>deverá julgar que o referido ato foi legal.</p><p>Gabarito: Letra A</p><p>(TCE-PR-Analista de Controle/2016) A Constituição Federal de 1988 (CF) atribui competência aos entes</p><p>federados para instituir e criar tributos. À luz da legislação constitucional e infraconstitucional, assinale a</p><p>opção correta, a respeito do instituto da competência tributária.</p><p>a) Ao contrário da capacidade tributária ativa, a competência tributária é delegável apenas às pessoas</p><p>jurídicas de direito público.</p><p>b) A instituição do imposto sobre grandes fortunas é de competência da União, mediante lei complementar.</p><p>c) Conforme a CF, compete aos municípios instituir imposto sobre a propriedade de veículos automotores.</p><p>d) Cabe aos estados a instituição do imposto sobre serviços de qualquer natureza.</p><p>e) A União pode instituir imposto extraordinário na iminência ou no caso de guerra externa, desde que o</p><p>faça mediante lei complementar.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: Na realidade, é exatamente o oposto do que foi afirmado, ao contrário da competência</p><p>tributária, a capacidade tributária ativa é delegável a outra pessoa jurídica de direito público. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa B: A instituição do imposto sobre grandes fortunas foi atribuída apenas à União, e deverá ocorrer</p><p>mediante lei complementar. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: Compete aos Estados instituir o IPVA. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: Cabe aos Municípios a instituição do imposto sobre serviços de qualquer natureza. Alternativa</p><p>errada.</p><p>Alternativa E: Não há necessidade de lei complementar para instituir imposto extraordinário de guerra pela</p><p>União. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>(Pref. Teresina-Auditor Fiscal/2016) O Código Tributário Nacional estabelece que a atribuição constitucional</p><p>de competência tributária para os Estados instituírem impostos como o IPVA</p><p>a) compreende o compartilhamento da competência legislativa com os Municípios localizados em seu</p><p>território, em razão de parte da receita deste imposto pertencer aos Municípios.</p><p>b) compreende a competência legislativa plena a respeito desse imposto, ressalvadas as limitações</p><p>existentes, contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e observado o disposto no CTN.</p><p>c) será, quando não exercida pelo Estado, exercida pelos Municípios nele localizados, que deverão fiscalizá-</p><p>lo e cobrá-lo.</p><p>d) pode ser delegada aos Municípios localizados em seu território, quando esses Municípios optarem, na</p><p>forma da lei, por fiscalizá-lo e cobrá-lo, e desde que essa delegação não implique redução do imposto ou</p><p>qualquer outra forma de renúncia fiscal.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>27</p><p>119</p><p>e) pode ser definitivamente perdida, a favor da União, quando o Estado não a exercer por três anos</p><p>consecutivos, ou por cinco intercalados, subsistindo a repartição de suas receitas com os Municípios</p><p>localizados no Estado que não exerceu sua competência.</p><p>Comentário: O CTN dispôs sobre competência tributária em seus arts. 6º a 8º.</p><p>Alternativa A: De acordo com o art. 6º, par. único, do CTN, os tributos cuja receita seja distribuída, no todo</p><p>ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que</p><p>tenham sido atribuídos. Isso significa que a repartição das receitas não altera a competência tributária do</p><p>ente que a repartiu. Alternativa errada.</p><p>Alternativa B: De acordo com o art. 6º, caput, do CTN, a atribuição constitucional de competência tributária</p><p>compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal e</p><p>nas Constituições dos Estados (no caso de IPVA, que é imposto estadual), e observado o disposto no texto</p><p>do próprio CTN. Alternativa correta.</p><p>Alternativa C: De acordo com o art. 8º, do CTN, o não exercício da competência tributária não a defere a</p><p>pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Portanto, no caso</p><p>citado, não é possível aos Municípios exercer a competência relativa ao IPVA. Alternativa errada.</p><p>Alternativa D: De acordo com o caput, do art. 7º, do CTN, a competência tributária é indelegável. Não se</p><p>pode delegá-la aos Municípios. Alternativa errada.</p><p>Alternativa E: Novamente, vale ressaltar que o não exercício da competência tributária não a defere a pessoa</p><p>jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Alternativa errada.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>28</p><p>119</p><p>CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O ESTUDO DOS</p><p>IMPOSTOS</p><p>Antes de entrarmos no estudo propriamente dito dos impostos, é necessário que tenhamos algumas noções</p><p>básicas para o completo entendimento do assunto.</p><p>Você pode até já dominar o que vamos falar a seguir, mas sempre “vou bater na tecla” com os conceitos</p><p>básicos, para que o aluno consiga acompanhar o ritmo do curso, sem deixar “pendências”. Afinal de contas,</p><p>você está fazendo um curso – e um curso muito completo -, e não lendo um livro, correto?</p><p>Portanto, iremos retornar com a mesma estória contada na Aula 1, com alguns acréscimos. Vamos lá!</p><p>Quando uma lei institui um tributo, prevê-se na norma um fato que, ocorrido, faz surgir o vínculo entre o</p><p>contribuinte e o fisco. Essa previsão na norma denomina-se hipótese de incidência. Ao fato ocorrido no</p><p>mundo real, chamamos de fato gerador. Por fim, é chamada de obrigação tributária a relação jurídica</p><p>constituída entre o fisco e o contribuinte, quando da ocorrência do fato gerador.</p><p>Contudo, embora exista uma obrigação do contribuinte para com o fisco, esta ainda não pode ser exigida,</p><p>pois é imprescindível que haja um procedimento oficial para definir, grosso modo, o valor exato a ser pago</p><p>e por quem deverá ser pago. Esse procedimento é denominado lançamento. É com o lançamento que se</p><p>constitui o crédito tributário, em favor do fisco.</p><p>O lançamento é realizado privativamente pela autoridade fiscal. Contudo, a lei pode exigir, em alguns casos,</p><p>a participação do contribuinte. Quando o lançamento é realizado unicamente pela autoridade,</p><p>denominamos lançamento de ofício.</p><p>Há também situações em que o contribuinte fica obrigado a prestar declarações que subsidiem a autoridade</p><p>administrativa a realizar o lançamento, hipótese que caracteriza o lançamento por declaração.</p><p>Por último, no lançamento por homologação, o contribuinte realiza quase todas as atividades, inclusive</p><p>realizando o pagamento antecipado, cabendo à autoridade a posterior conferência, realizando a</p><p>homologação.</p><p>Ante</p><p>o exposto, repare que há três modalidades de lançamento previstas no CTN. Por ora, é importante</p><p>que você grave apenas isso, pois será visto com maiores detalhes em outra aula. A título de complemento,</p><p>leia o art. 142 do CTN.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>29</p><p>119</p><p>Para facilitar a fixação do que você viu no presente tópico, vamos ilustrar a linha do tempo até que o tributo</p><p>seja exigível do contribuinte:</p><p>“Qual a diferença entre instituir imposto e definir fatos geradores, bases de cálculo e</p><p>contribuintes?”</p><p>As definições de base de cálculo, fato gerador e contribuinte dos impostos situam-se no</p><p>plano de normas gerais em matéria tributária, sendo regulamentadas por lei</p><p>complementar. É a União quem edita essa lei complementar, para todos os impostos</p><p>discriminados na CF, sejam eles federais, estaduais ou, até mesmo, municipais.</p><p>A instituição de tributo ocorre pela lei do ente tributante. Assim, não obstante haja</p><p>definição dos fatos geradores, das bases de cálculo e dos contribuintes do IPTU no CTN (lei</p><p>com status de complementar), a instituição ocorre pelos Municípios, por meio de lei</p><p>municipal. Ok? No momento da instituição, a lei define novamente o quais são os fatos</p><p>geradores, bases de cálculo e contribuintes, entre outros aspectos, sempre observando o</p><p>que foi definido na lei complementar.</p><p>Bom, creio que agora você tenha condições de estudar os impostos com muito mais facilidade!</p><p>Portanto, vamos seguir com a matéria!</p><p>Instituição do Tributo</p><p>por lei</p><p>Ocorrência da situação</p><p>prevista em lei Lançamento</p><p>Hipótese de</p><p>Incidência</p><p>Fato Gerador</p><p>(Surge Obrigação Tribut.)</p><p>Crédito</p><p>Tributário</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>30</p><p>119</p><p>==1723d6==</p><p>IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO</p><p>Na aula inicial do nosso curso, vimos algumas características gerais pertinentes aos impostos em geral. Além</p><p>disso, também já vimos os princípios aplicáveis aos mais diversos impostos (legalidade, anterioridade e</p><p>noventena, por exemplo), bem como os critérios estabelecidos pelo legislador constituinte acerca da</p><p>competência tributária de cada ente.</p><p>A partir de agora, estudaremos cada um dos impostos previstos na CF/88 de competência da União.</p><p>Você perceberá que, em alguns casos, será citado o CTN, no tocante à base de cálculo, fato gerador e</p><p>contribuintes do imposto, pois, como já aprendemos, no art. 146, III, a, da CF/88, há uma exigência específica</p><p>para que lei complementar (e o CTN possui esse status) defina tais “componentes” dos impostos.</p><p>Imposto de Importação</p><p>Trata-se de imposto de nítida finalidade extrafiscal, pois é utilizado como meio de controle sobre as</p><p>importações, interferindo diretamente na economia do país, gerando, por consequência, impactos negativos</p><p>ou positivos na indústria nacional.</p><p>Por esse motivo, o legislador constituinte (CF, art. 153, § 1º) facultou ao Poder Executivo a alteração das</p><p>alíquotas desse tributo (exceção à legalidade), desde que atendidas as condições e os limites legais.</p><p>Ademais, o mencionado imposto também constitui exceção aos princípios da anterioridade e noventena,</p><p>produzindo efeitos imediatos.</p><p>Fato Gerador</p><p>Relativamente ao fato gerador, vejamos o que diz o art. 19 do CTN:</p><p>Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros</p><p>tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.</p><p>Por se tratar de um momento difícil de ser apurado com exatidão, a legislação aduaneira estabeleceu que o</p><p>momento para fins de cálculo do imposto, em que se considera ocorrido o fato gerador, é a data do registro</p><p>da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo. Podemos dizer que este</p><p>é considerado o elemento temporal da hipótese de incidência.</p><p>Observação: Despacho para consumo é o procedimento adotado para mercadorias</p><p>importadas a título definitivo.</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>31</p><p>119</p><p>Para o STJ, não há incompatibilidade entre as normas:</p><p>"Ementa: (...) Não obstante o fato gerador do imposto de importação se dê com a entrada da</p><p>mercadoria estrangeira em território nacional, torna-se necessária a fixação de um critério</p><p>temporal a que se atribua a exatidão e certeza para se completar o inteiro desenho do fato</p><p>gerador. Assim, embora o fato gerador do tributo se dê com a entrada da mercadoria em</p><p>território nacional, ele apenas se aperfeiçoa com o registro da Declaração de Importação no</p><p>caso de regime comum e, nos termos precisos do parágrafo único, do artigo 1º, do Decreto-Lei</p><p>nº 37/66, "com a entrada no território nacional a mercadoria que contar como tendo sido</p><p>importada e cuja a falta seja apurada pela autoridade aduaneira".</p><p>(STJ, REsp 362.910/PR, Primeira Turma, Rel. Min. José Delgado, Julgamento em 16/04/2002)</p><p>Não caia em pegadinhas, dizendo que se aplica alíquota de II vigente na data da celebração</p><p>do contrato de compra e venda de mercadoria ou na data de embarque delas. O fato</p><p>gerador é a entrada no território nacional!</p><p>“Mas, e as mercadorias importadas temporariamente?”</p><p>Na Legislação Aduaneira, há um regime aduaneiro especial, denominado admissão temporária, que rege</p><p>essa forma de importação. As mercadorias entram temporariamente, amparadas por um regime aduaneiro</p><p>que suspende o pagamento dos tributos devidos, durante o período em que permanecem no território</p><p>nacional. Um exemplo clássico da ocorrência desse regime é a importação de bens para exposição temporária</p><p>em eventos.</p><p>Não faz sentido nos aprofundarmos mais do que isso nas hipóteses de ocorrência do fato gerador, pois nosso</p><p>curso é Direito Tributário, e não Legislação Aduaneira, ok?</p><p>Base de Cálculo e Alíquotas</p><p>No que se refere à base de cálculo do II, vejamos o que diz o art. 20 do CTN:</p><p>Art. 20. A base de cálculo do imposto é:</p><p>I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;</p><p>Fábio Dutra</p><p>Aula 03</p><p>SEFAZ-AM (Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) Direito Tributário - 2023 (Pré-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>02084062209 - Daniel Rocha de Almeida</p><p>32</p><p>119</p><p>II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar,</p><p>alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência,</p><p>para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;</p><p>III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da</p><p>arrematação.</p><p>Assim, quando a alíquota aplicável à mercadoria importada for específica, a base de cálculo será a unidade</p><p>de medida (Kg, ton, m³ etc.) adotada pela lei tributária.</p><p>De outra banda, se a alíquota for ad valorem, a base de cálculo será o preço normal, atualmente entendido</p><p>como o valor aduaneiro (valor real, e não o declarado pelo importador), apurado conforme as regras do</p><p>Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio – GATT (tratado internacional do qual o Brasil é</p><p>signatário).</p><p>Em se tratando de produto de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, a base de cálculo do II é</p><p>o preço da arrematação. Embora, na prática, não haja incidência de II sobre tal hipótese (leilão), é o conceito</p><p>teórico que você tem de levar para a sua prova, colega concurseiro (a)!!!</p><p>A respeito das alíquotas do II, é importante saber que elas estão fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC),</p><p>que é uma tabela que contém milhares de produtos e mercadorias relacionadas ao seu respectivo código</p><p>(de oito dígitos) e associadas a uma determinada alíquota.</p><p>Portanto, quando o importador preenche sua Declaração de Importação</p>

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