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desenvolvimento da criança

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Prévia do material em texto

O desenvolvimento da criança 
nos primeiros anos de vida
Sim ao direito à vida 
Sim à saúde e educação 
Sim à cultura, lazer e esporte 
Sim à igualdade, justiça e paz 
Sim à plena cidadania
Albertina Duarte Takiut – CMDCA
O ciclo biológico do ser humano é considerado como sendo o desen-
volvimento embrionário-fetal, o nascimento, o crescimento, a reprodução, 
o envelhecimento e a morte. O desenvolvimento e o crescimento se dão 
pelos seguintes aspectos: desenvolvimento biológico, hereditário, adqui-
rido (como doenças), psicológico e socioambiental. Um ser humano ne-
cessita que seu crescimento e desenvolvimento sejam saudáveis desde o 
início para que tenha condições favoráveis a uma vida plenamente satis-
fatória e exerça suas atividades por toda vida. Os estímulos adequados e 
acompanhamento diário do ser que acaba de nascer farão com que qual-
quer problema detectado, nessa fase, seja monitorado por profissionais 
capacitados, possibilitando plenas condições de tratamento e cura.
Segundo o Ministério da Saúde, considera-se crescimento o aumento do 
tamanho corporal. É um processo dinâmico e contínuo que ocorre desde a 
fecundação até a morte dos sistemas orgânicos, considerando os processos 
de substituição e regeneração de tecidos e órgãos. Assim, o crescimento é 
considerado como um dos melhores indicadores de saúde da criança.
Desenvolvimento é a transformação, complexa, contínua, dinâmica e 
progressiva, que inclui, além do crescimento, a maturação, a aprendiza-
gem e os aspectos psíquicos e sociais.
Desenvolvimento psicossocial é o processo de humanização que inter- 
-relaciona aspectos biológicos, psíquicos, cognitivos, ambientais, socio-
econômicos e culturais, mediante o qual a criança vai adquirindo maior 
capacidade para mover-se, coordenar, sentir, pensar e interagir com os 
outros e o meio que a rodeia; em síntese, é o que lhe permitirá incorporar- 
-se, de forma ativa e transformadora, à sociedade em que vive. 
14
Desenvolvimento 
da fecundação ao nascimento
O crescimento e desenvolvimento humano se iniciam logo após a fecunda-
ção, dentro do útero. Durante os meses em que o feto está intrauterino, ele de-
senvolve mês a mês todos os seus órgãos (cérebro, fígado, rins etc.), sistemas 
(nervoso, digestório, respiratório etc.), até que esteja completamente pronto 
para nascer. Durante a vida intrauterina, o feto necessita retirar de sua mãe (pelo 
cordão umbilical) todos os nutrientes (água, carboidratos, oxigênio etc.) para 
seu completo desenvolvimento, interagindo com o meio em que vive: o útero 
materno (o feto recebe os estímulos da mãe e manifesta reações para esses es-
tímulos, o chute, por exemplo). Portanto, o desenvolvimento humano saudável 
requer que a relação mãe e filho, durante a gravidez e nos primeiros meses de 
vida, seja prazerosa (afetiva e emocional) e responsável, o que será determinan-
te para o bem-estar de ambos, sobretudo para o crescimento da criança: físico, 
emocional e social.
Embrião é o nome do ser em desenvolvimento desde o momento em que a 
célula-ovo (que carrega toda herança genética) começa a se dividir até a oitava 
semana, quando começa a ter forma humana. É chamado de feto após a oitava 
semana até o nascimento. A placenta é o órgão por meio do qual o embrião, e 
depois o feto, recebe alimento e oxigênio e elimina os excretos (por meio do 
cordão umbilical). Observe abaixo:
Idade Característica
(S
A
N
TO
S,
 2
00
2.
 A
da
p
ta
do
.)
4 semanas Com menos de 1cm de comprimento, o embrião já apresenta o cora-
ção batendo e os olhos parcialmente formados.
5 semanas Começam a se desenvolver os braços e as pernas, e o embrião já con-
trai seus músculos ao ser estimulado.
8 semanas Com aproximadamente 2,5cm de comprimento, o embrião já está 
com forma humana.
12 semanas O feto está com os dedos bem formados e movimenta-se por conta 
própria.
22 semanas O feto está com 20cm de comprimento e 500g de peso. Desenvolve- 
-se rapidamente o aparelho respiratório.
32 semanas O feto já pode sobreviver fora do corpo da mãe.
38-40 semanas O feto já está pronto para nascer, com aproximadamente 50cm de 
comprimento e peso de 3 a 3,5kg em média.
O bem-estar físico, emocional e social da mãe é importantíssimo para que ela 
possa contribuir no desenvolvimento do bebê. Uma gravidez indesejada, doen-
Fundamentos Biológicos do Desenvolvimento Infantil
15
O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida
ças adquiridas, má alimentação, violência, estresse podem ser fatores determi-
nantes para patologias encontradas posteriormente na criança. 
Desenvolvimento após o nascimento
Logo após o nascimento, observamos na criança características genotípicas 
e fenotípicas e passa-se a acompanhar mensalmente seu desenvolvimento em 
todos os aspectos durante os primeiros anos de vida.
As características fenotípicas (resultantes da interação entre o genótipo e o 
meio) dividem-se em três:
Hereditárias � – são as características genéticas (cor dos olhos, altura, cor 
do cabelo etc.).
Congênitas � – características adquiridas durante a gestação; por exemplo, 
se a mãe adquire rubéola, o vírus pode atingir o embrião e a criança pode-
rá nascer com anomalias, como surdez.
Adquiridas � – de causas principalmente ambientais, como a paralisia in-
fantil.
O desenvolvimento biológico do corpo se dá a partir do desenvolvimento: 
Céfalo-caudal � – o cérebro se liga aos demais órgãos do corpo. Primeiro a 
criança sustenta a cabeça, depois senta, fica em pé e por último anda. 
Próximo distal � – a maturação ocorre do centro do corpo para a periferia, 
de dentro para fora; ocorre o controle dos órgãos dentro do tronco e pos-
teriormente desenvolvem-se braços e dedos.
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança pode ser 
analisado e observado levando-se em consideração: 
Desenvolvimento corporal �
Motor � – controle dos movimentos. 
Curvas de crescimento � – peso, altura, crescimento da circunferência da 
cabeça e dos braços. 
Perceptivo � – visão, audição, olfato, tato e paladar.
Desenvolvimento cognitivo � – linguagem e memória. 
Desenvolvimento psicossocial � – social, emocional e adaptativo.
16
Para haver um desenvolvimento completo e saudável da criança, são neces-
sários: boa alimentação, hábitos de higiene, imunização contra doenças e cuida-
dos com o meio ambiente. Esses fatores influenciam diretamente a vida da crian-
ça, positivamente (quando a criança está bem alimentada, por exemplo, terá seu 
sistema imunológico mais preparado para combater doenças, e terá um melhor 
rendimento escolar) ou negativamente (criança sem hábitos de higiene e sem uma 
boa alimentação terá comprometida a saúde, pois essa criança pode adquirir do-
enças, dificultando a aprendizagem e rendimento escolar). Pediatras afirmam que 
bebês que têm uma alimentação saudável, um bom sistema imunológico e fisiolo-
gia normal em pleno desenvolvimento podem dobrar o seu peso com 180 dias.
Desenvolvimento nos primeiros meses
Mês Motor Cognitivo Social
1.º Coordenação motora grosseira (diversas ações refle-
xas): estremecimento no queixo, tremor nas mãos 
e sobressaltos; movimentos espasmódicos suaves. 
Assim que o sistema nervoso amadurece melhora 
o controle muscular. Dorme muito, precisa ser ama-
mentado, em média, de 3 em 3 horas.
Percebe e reco-
nhece os bati-
mentos cardíacos 
da mãe.
Linguagem: vo-
caliza, imita sons 
além de chorar, 
reage a vozes e 
sons familiares.
Comunica-se com 
os olhos, que se 
fixam em rostos 
em resposta a um 
sorriso.
2.º Coordenação motora grosseira: movimentos reflexos 
começam a desaparecer e ações intencionais tornam-
se mais frequentes; o apoio do pescoço desenvolve-
se, consegue erguer a 45 graus quando se deita de 
bruços; as pernas endireitam-se e podem dar um 
impulso (apoio) para baixo quando apoiadas numa 
superfície; com o desenvolvimento da flexibilidade 
das articulações dos quadris e joelhos, os chutes fi-
cam mais fortes. 
Coordenação motora fina: junta as mãozinhas, apertaos objetos colocados na mão.
Linguagem: res-
munga e emite 
sons de vogais, 
como “ah-ah”. 
Ouve mais do 
que enxerga.
Percebe quem 
lhe proporciona 
bem-estar e 
carinho. Mostra 
sinais autênticos 
de felicidade e 
cordialidade.
3.º Praticamente permanece inalterado. Linguagem: a 
emissão de sons 
é estimulada ao 
ouvir a conversa 
dos outros.
Sorri frequen-
temente; troca 
sorrisos com os 
pais e começa a 
mostrar preferên-
cia por eles.
4.º Coordenação motora grosseira: ergue a cabeça a 90 
graus quando está deitado de bruços; mantém a ca-
beça firme quando colocado em pé; quando deitado 
sobre o estômago, o bebê consegue manter a parte 
superior do corpo com os braços; consegue virar-se 
de lado.
Coordenação motora fina: alcança objetos, aperta um 
chocalho e leva-o à boca.
Pode reconhecer 
a mãe em um 
grupo de pessoas. 
Linguagem: ri 
alto e pode dar 
gritinhos de sa-
tisfação; balbucia 
para si mesmo ou 
para os outros.
Vocaliza ou sorri 
para começar 
ou responder a 
socialização. Na 
medida em que 
aumenta sua mo-
bilidade, torna-se 
mais assertivo e 
curioso.
(G
U
TM
A
N
, 2
00
5.
 A
da
p
ta
do
.)
Fundamentos Biológicos do Desenvolvimento Infantil
17
O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida
Mês Motor Cognitivo Social
5.º Coordenação motora grosseira: mantém a cabeça fir-
me quando é colocado em pé; consegue virar para 
um lado; flexiona os braços e arqueia as costas para 
erguer o peito; “balança-se” sobre o estômago, dá 
chutes com as pernas e nada com os braços; agarra 
os pés e leva-os até a boca quando deitado de cos-
tas.
Coordenação motora fina: agarra e faz força para al-
cançar objetos.
Antecipa o 
objeto completo 
mesmo somente 
após ver parte 
dele. Ri espon-
taneamente, 
balbucia rotinei-
ramente e pode 
combinar vogais 
e consoantes.
Gosta de 
brincadeiras 
socializantes. 
Interessa-se por 
outras crianças. 
Demonstra expec-
tativas. Ergue os 
braços para que 
o peguem; agarra 
quando alguém o 
segura.
6.º Coordenação motora grosseira: mantém a cabeça ni-
velada quando colocado para se sentar; com ajuda, 
senta-se direito. Inicia-se a dentição.
Coordenação motora fina: alimenta-se de comidas 
simples; transfere objetos de uma mão para a outra, 
vira-os de um lado para outro, gira-os de cabeça para 
baixo.
Observa as bocas 
atentamente e 
procura imitar 
sons e inflexões; 
faz sons de esta-
lar a língua.
Prefere brincar 
com pessoas, 
especialmente 
os jogos de par-
ticipação, como 
esconde- 
-esconde.
7.º Coordenação motora grosseira: senta-se sem apoio; 
vira-se em ambas as direções.
Coordenação motora fina: consegue comer com 
maior firmeza; quando sentado consegue fazer mo-
vimentos de agarrar; move-se de bruços para frente 
para pegar um objeto fora do alcance; suporta algum 
peso nas pernas, começa a engatinhar.
Usa brincadeira 
como esconde- 
-esconde para 
aprimorar-se. 
Pode fazer vários 
sons em um fôle-
go só; reconhece 
tons e inflexões 
diferentes. Pode 
fazer objeção de 
alguém tentar tirar 
seu brinquedo.
Começa a 
mostrar humor. 
Quer ser incluído 
nas interações 
sociais. Quer 
explorar e mani-
pular tudo.
8.º Coordenação motora grosseira: suporta todo seu peso 
nas pernas; gosta de pular; quando sentado, dá um 
giro para procurar objetos caídos; fica na posição sen-
tada usando os braços. Solidificação do quadril.
Coordenação motora fina: transfere objetos de uma 
mão para a outra; junta pequenos objetos e pega-os 
com a mão fechada; pega pequenos objetos fazendo 
uma “pinça” com o polegar e o indicador.
Começa a imitar 
uma ampla va-
riedade de sons. 
Volta a cabeça 
em direção a 
sons e vozes 
familiares.
Mostra autocons-
ciência. Olha-se 
no espelho e tem 
consciência de 
sua imagem.
9.º Coordenação motora grosseira: esforça-se para pegar 
objetos fora do alcance; faz progressos quando, sen-
tado, tenta se levantar; mantém-se em pé agarrando 
em alguma coisa.
Coordenação motora fina: aprende a abrir os dedos e 
a deixar cair objetos; brinca de esconde-esconde.
Percebe quando 
um dos pais 
deixa o ambiente 
e espera pela sua 
volta. Pode dizer, 
aleatoriamen-
te, “mamã” ou 
“papá”.
Demonstra 
ansiedade com 
estranhos e fica 
ansioso diante de 
situações não ha-
bituais. Demonstra 
ansiedade de 
separação e torna-
se excessivamente 
apegado.
10.º Coordenação motora grosseira: move-se agarrando 
nos móveis; por instantes fica em pé sem ajuda.
Coordenação motora fina: interessa-se por coisas pe-
quenas; gosta de brinquedos que tenham manivelas 
ou rodas que girem.
Pode reagir ao 
seu nome ou a 
palavras como 
“não”.
Procura obter 
aprovação dos 
pais e evita a 
reprovação. Com-
preende o “não”.
18
Mês Motor Cognitivo Social
11.º Coordenação motora grosseira: consegue sentar-se e 
virar na posição de bruços.
Coordenação motora fina: institui a “pinça” feita com 
os dedos para pegar coisas; segura um lápis e ten-
ta rabiscar; consegue bater palmas e acenar com a 
mão.
Diz “mamã” ou 
“papá” intencional-
mente. A maioria 
diz ao menos uma 
dessas palavras 
por volta dos 14 
meses.
Fica com receio 
de situações, ob-
jetos e barulhos 
altos (medo de 
escuro, aspirador 
de pó etc.).
12.º Coordenação motora grosseira: com auxílio, anda 
mais firme; começa a andar sem apoio.
Coordenação motora fina: apanha pequenos objetos 
do chão com habilidade; empilha blocos e forma tor-
res.
Diz alguma outra 
palavra além de 
“mamã” ou “papá”. 
Muitos não dizem 
nenhuma outra 
palavra além de 
“mamã” ou “papá” 
até os 14 meses 
ou mais.
Desenvolve o 
senso de humor. 
Demonstra afeto 
por pessoas e 
objetos, como 
dar abraços.
Desenvolvimento perceptivo: bebês nascem com os sentidos funcionando, 
alguns mais desenvolvidos do que outros. O paladar, o tato e o olfato do recém- 
-nascido são mais desenvolvidos, enquanto a visão é menos desenvolvida.
Audição � : ainda no útero, o feto de 28 semanas ouve e responde aos sons. 
Após o nascimento, e durante o primeiro mês, é sensível a sons muito al-
tos. Reconhece sons e vozes familiares; acalma-se com vozes e música su-
ave. Reconhece a voz da mãe e volta a cabeça na direção do som. Por volta 
do sétimo mês, localiza sons com precisão. 
Olfato � , tato e paladar: recém-nascidos que mamam no peito reconhecem 
a mãe pelo cheiro, preferem suavidade ao serem acariciados, abraçados e 
embalados. 
Visão � : enevoada ao nascer, embora tenha visão periférica; prefere con-
templar os objetos a uma distância de 20 a 40 centímetros de seu rosto. 
Durante o primeiro mês, aprende a seguir objetos que se movem; prefere 
branco e preto ou formas e rostos contrastados. Por volta do terceiro mês 
acompanha objetos familiares; reconhece objetos e pessoas a distância. 
Entre o quarto e o sétimo mês, diferencia as cores; prefere vermelhos e 
azuis. No sétimo mês, a visão está totalmente desenvolvida.
Devemos sempre levar em consideração que todo o processo depende e 
varia muito de criança para criança. 
Uma criança que frequenta a escola desde bebê deve ser observada e estimu-
lada pela(s) pessoa(s) que diariamente cuida(m) dela. O papel da escola, nesse 
momento, é o de incentivar a mãe a amamentar seu filho, registrar e informar 
sobre o acompanhamento e evolução do crescimento da criança para que a 
Fundamentos Biológicos do Desenvolvimento Infantil
19
O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida
mãe também possa observar, acompanhar e informar o pediatra a fim de que 
o mesmo possa fazer sua avaliação. Também devemos considerar que a criança 
percorre um processo de mudança psicossocial adaptativo, pois ela começa a 
conviver mais cedo com o meio social e ambiental, diferente das crianças que 
até o primeiro ano ficam sob os cuidados exclusivos da mãe.
IE
SD
E 
Br
as
il 
S.
A
.
Desenvolvimento motor da criança 
(primeiro ano de vida)
Recém-nascido
1 mês
2 meses
3 meses
4 meses
5 meses
6 meses
7 meses
8 meses
9 meses
10 meses
11 meses
12 a 14 meses
reflexos subcortiais
segue a luz
sorri, balbuciasustenta a cabeça
agarra objetos
gira sobre o abdômen
mantém-se sentado
preensão palmar
pinça digital
põe-se sentado
engatinha
de pé, dá passos com apoio
caminha só
Desenvolvimento nos primeiros anos
A partir do primeiro ano de vida, o processo de aprendizagem da criança é 
uma constante e uma transformação crescente e rápida. A criança aprenderá a: 
andar; subir e descer escadas; correr; falar; vestir-se; expressar suas vontades; 
necessidades e desejos; exprimir suas emoções; aprender regras de convívio 
social; controlar o corpo, como saber a hora de ir ao banheiro; pintar; escrever; 
ler; pular; criar; enfim, colocar em prática todos os potenciais que o ser humano 
tem e precisa desenvolver. Mas para isso acontecer é preciso ter boa saúde, ou 
seja, bem-estar para ter um rendimento compatível ao aprendizado necessário. 
20
Curvas de crescimento
As curvas de crescimento nos ajudam a quantificar o crescimento corporal da 
criança. Estão relacionados às suas necessidades fisiológicas para o bom desen-
volvimento, tais como: possuir um bom sistema imunológico para não contrair 
doenças, ter alimentação saudável e seu sistema corporal em perfeito funciona-
mento, como no que se refere à produção de hormônios que ajudam a crescer. 
As curvas de crescimento medem peso, altura e circunferência da cabeça e do 
braço em relação à idade da criança. 
Crianças de baixo peso e altura podem indicar desnutrição (no entanto, outros 
fatores como o genético podem estar presentes); a desnutrição faz com que a 
criança apresente sinais como sonolência, desânimo, e possa contrair doenças 
mais facilmente, deixando o rendimento escolar comprometido.
Atualmente, sabemos que temos um alto índice de crianças obesas. Crianças 
que não fazem atividade física, pois ficam muito tempo paradas na frente de 
computadores e videogames e ainda possuem uma alimentação desequilibrada, 
rica em carboidratos e gorduras (fast food), são levadas à obesidade.
Os professores podem contribuir fazendo uma pesquisa com seus alunos, 
medindo peso e altura dos mesmos e comparando os resultados com a tabela- 
-padrão, não esquecendo que cada criança é uma e pode apresentar variações, 
sem que sua saúde esteja comprometida. Com os dados em mãos, a professora 
poderá desenvolver ações que auxiliem o desenvolvimento das crianças: ativida-
de física, aulas sobre boa alimentação, entre outras. Observe o crescimento e de-
senvolvimento de crianças acima de um ano na tabela e nos gráficos a seguir:
IE
SD
E 
Br
as
il 
S.
A
.
Ótimo 
Seu filho está com o peso ideal.
Atenção 
Seu filho está um pouco abaixo do peso ideal.
Cuidado 
Seu filho está acima do peso ideal.
Cuidado 
Seu filho está muito abaixo do peso ideal.
Observe a linha 
de seu filho
Bom
Perigo
Grande 
perigo
Fundamentos Biológicos do Desenvolvimento Infantil
21
O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida
Gráfico de peso X idade – de 2 a 5 anos
(M
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2)2 anos 3 anos 4 anos 5 anos2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10
2 
anos
3 
anos
4 
anos
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Kg
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11
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8
Gráfico de altura X idade – de 2 a 5 anos
(M
IN
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 2
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2)2 anos 3 anos 4 anos
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anos2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10
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anos
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anos2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10
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Gráfico de altura e peso X idade – de 5 a 10 anos
(M
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anos
6 
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anos2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 2 4 6 8 104 6 8 10
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10
cm
kg
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U
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S
O
O Ministério da Saúde aponta que entre
10 a 12 meses: o bebê está crescido, gosta de imitar os pais, dá adeus, bate �
palmas. Fala pelo menos uma palavra com sentido e aponta para as coi-
sas que ele quer. Come comidas sólidas, porém, precisa comer mais vezes, 
(em pequenas porções) que um adulto. Gosta de ficar em pé apoiando-se 
nos móveis ou nas pessoas. Engatinha ou anda com apoio.
13 a 18 meses: a criança está cada vez mais independente: quer comer sozinha �
e já se reconhece no espelho. Anda alguns passos, mas sempre busca o olhar 
dos pais ou familiares. Fala algumas palavras e, às vezes, frases de duas ou três 
palavras. Brinca com brinquedos e pode ter um predileto. Anda sozinho.
19 meses a 2 anos: a criança já anda com segurança, dá pequenas corridas, �
sobe e desce escadas. Brinca com vários brinquedos. Aceita a companhia 
de outras crianças, mas brinca sozinha. Já tem vontade própria, fala muito 
a palavra “não”. Sobe e mexe em tudo: deve-se ter cuidado com o fogo e 
cabos de panelas. Corre e/ou sobe degraus baixos.
2 a 3 anos: a criança gosta de ajudar a se vestir. Dá nomes aos objetos, diz �
seu próprio nome e fala “meu”. A mãe deve começar, aos poucos, a tirar 
Fundamentos Biológicos do Desenvolvimento Infantil
23
O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida
a fralda e ensinar, com paciência, o seu filho a usar o peniquinho. Ela já 
demonstra suas alegrias, tristezas e raivas. Gosta de ouvir histórias e está 
cheia de perguntas. Diz seu nome e nomeia objetos como sendo seus.
3 a 4 anos: gosta de brincar com outras crianças. Tem interesse em apren- �
der sobre tudo o que a cerca, inclusive contar e reconhecer as cores. A 
criança ajuda a vestir-se e a calçar os sapatos. Brinca imitando as situações 
do seu cotidiano e os seus pais. 
4 a 6 anos: a criança gosta de ouvir histórias, aprender canções, ver livros e �
revistas. Veste-se e toma banho sozinha. Escolhe suas roupas, sua comida e 
seus amigos. Corre e pula alternando os pés. Gosta de expressar as suas ideias, 
comentar o seu cotidiano e, às vezes, conta ou inventa pequenas histórias.
Toda criança, além de crescer, ou seja, ganhar peso e altura, necessita adquirir 
habilidades físicas e motoras. É muito importante observar permanentemente o 
desenvolvimento físico e a postura da criança.
A finalidade de acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança é 
detectar problemas orgânicos para um adequado encaminhamento aos profis-
sionais; estimular o indivíduo para que seu desenvolvimento melhore a qualidade 
de vida e o aprendizado.
Desenvolvimento postural
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Além do desenvolvimento físico e motor, é muito importante observar o de-
senvolvimento postural da criança. Crianças obesas, desnutridas, com proble-
mas físicos podem comprometer o desenvolvimento postural e levar a sérios 
problemas na adolescência e/ou na fase adulta. Mães e professoras devem estar 
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atentas às crianças no caminhar, na postura dos ombros, quando estas estão 
fazendo atividades físicas, na hora de se alimentar e também na hora de estudar. 
Crianças que estudam deitadas e relaxadas comprometem a postura e a con-
centração, causando sonolência. Durante a alimentação, crianças que ficam na 
frente da televisão relaxadas comprometem a digestão; esse hábito também 
contribuirá para torná-las crianças obesas.
Observe:
Toda criança de um ano de idade já deve começar a ficar de pé e dar os �
primeiros passos.
Aos dois anos já deve andar sozinha, usar as mãos para levar até a boca os �
alimentos e falar muitas palavras.
Aos três anos já deve saber comer sozinha e correr. A partir daí a criança �
deve adquirir cada vez mais liberdade e segurança para realizar movimen-
tos e controlar seu corpo. 
Uma criança “quieta” e que não dá trabalho pode ser sinal de que alguma coisa 
não vai bem como seu desenvolvimento físico. Observe o seu jeito de andar, 
comer e sentar. Crianças que caem com frequência, que reclamam de dores nas 
pernas, nas costas e cansaço precisam ser avaliadas e orientadas. Na adolescên-
cia, quando o corpo cresce e se modifica rapidamente, os vícios de postura são 
muito comuns (ombros caídos, coluna torta, pés planos) e precisam ser avaliados 
para que não se transformem em problemas sérios de saúde na idade adulta. 
Portanto, além da vigilância, é necessário oferecer à criança e ao adolescente 
estímulos e condições apropriadas para um bom desenvolvimento físico e uma 
boa postura. É importante brincar, praticar esportes e ter contato com a nature-
za. Tudo isso é essencial para ter corpo e mente saudáveis. Pense nisso, qualquer 
dúvida encaminhe a criança a um serviço de saúde.
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Maneira correta de se sentar.Maneira incorreta de se sentar.
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Fundamentos Biológicos do Desenvolvimento Infantil
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O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida
Desenvolvimento da criança na escola: 
importância do teste visual e auditivo
Segundo Granzoto (2008),
[...] a visão, essencial para o aprendizado, é responsável pela maior parte da informação sensorial 
que recebemos do meio externo. A integridade desse meio de percepção é indispensável para 
o ensino da criança. Com o ingresso na escola, passamos a desenvolver mais intensamente as 
atividades intelectuais e sociais, diretamente associadas às capacidades psicomotoras e visuais.
Granzoto (2008) aponta que dados do Ministério da Educação indicam que o 
número de alunos na primeira série do Ensino Público Fundamental é de quase 
6 milhões. Entretanto, somente parte inexpressiva dessa população se submete 
a algum tipo de avaliação oftalmológica antes de ingressar na escola.
A capacidade visual desenvolvida nos primeiros anos de vida pode apresen-
tar alterações reversíveis, como quadros de estrabismo, astigmatismo e miopia, 
que aparecem geralmente durante os primeiros anos escolares. A observação e 
o reconhecimento da baixa visão durante a infância são da maior importância, 
pois na maior parte das vezes podem ser corrigidos com tratamentos simples e 
adequados.
Professoras devem estar atentas às crianças que reclamam muito de dores de 
cabeça, que coçam ou esfregam muito os olhos, e aquelas que franzem a testa 
quando fazem leituras de perto ou de longe. Nesses casos convém avisar os pais 
para encaminhar a criança para exames.
A escola deve motivar e incentivar o uso de óculos ou tampões pelas crianças 
que, segundo diagnóstico seguido de prescrição, necessitarem. Deve também 
coibir brincadeiras e comentários mal-intencionados de outras crianças. A escola 
precisa ter cuidado na hora das brincadeiras pedagógicas, na hora do lanche 
e nas atividades físicas para evitar que a criança sofra um acidente como uma 
queda, por exemplo.
Considerando a importância da visão na educação e socialização da criança, as ações de 
promoção da saúde e de educação em saúde assumem importância decisiva. A prevenção e 
a detecção precoce de deficiências oculares são os melhores recursos para combate à visão 
subnormal e devem ser feitas, preferencialmente, na infância. Para atingir o objetivo comum 
da saúde da criança em idade escolar, é necessária a ação integrada lar-escola-comunidade. 
(GRANZOTO, 2008)
Os testes devem ser feitos preferencialmente por pessoas da área da saúde, 
que estão preparadas e treinadas para fazer o diagnóstico da criança, ou em clí-
nicas especializadas.
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Segundo a fonoaudióloga Letícia Cintra (2008), 
[...] tanto as perdas auditivas como as desordens no processamento auditivo podem trazer 
sérias consequências para o desenvolvimento da linguagem, como também podem dificultar 
as relações sociais, comprometer o comportamento escolar, fragilizando as emoções da 
criança. Por esses motivos, o diagnóstico e o tratamento devem ser realizados o quanto antes, 
de preferência logo que detectada qualquer dúvida a respeito da audição, da linguagem 
e da aprendizagem escolar da criança. [...] As desordens do processamento auditivo são 
diagnosticadas a partir de exames específicos (avaliação do processamento auditivo) e da 
observação de manifestações comportamentais da linguagem compreensiva e expressiva 
(oral e escrita), comportamento social e desempenho escolar realizados no ambiente familiar 
e da escola. Esses exames e avaliações são realizados por fonoaudiólogos. O tratamento dessas 
alterações acontece, progressivamente, em sessões de fonoterapia. 
Texto complementar
A escola promotora de saúde
(MOREIRA; QUEIROZ, 2008)
“A escola pública, exercendo uma função articuladora no meio social, 
pode ser um poderoso instrumento nas mãos da população para o enfrenta-
mento dos seus problemas” (GADOTTI, 2000).
A promoção da saúde, definida na Carta de Ottawa (1986) como “o pro-
cesso de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da qualidade 
de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle do processo” 
preconiza que “para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e 
social os indivíduos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessida-
des e modificar favoravelmente o meio ambiente.” Partindo desse contexto, a 
prática da promoção da saúde poderá ser exercida em ambientes diversifica-
dos, como centros de saúde, empresas, escolas, residências e outros espaços.
No contexto escolar, a promoção da saúde poderá estar incluída na pro-
posta político-pedagógica das escolas, envolvendo a estrutura escolar e as 
parcerias comprometidas com a proposta de trabalho elaborada. A promo-
ção da saúde no âmbito escolar requer o desenvolvimento de ações integra-
das com os diversos assuntos que envolvem educação, saúde, meio ambien-
te, trabalho, cultura, música, educação física, alimentação saudável, moradia 
e outros, considerando que “a saúde se cria e se vive na vida cotidiana, nos 
centros de ensino, de trabalho e de lazer [...]” (MINISTÉRIO da Saúde Promo-
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O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida
ção da Saúde, 1999) e, ainda, que a “escola tem um papel relevante em re-
lação à educação da personalidade e, como consequência, no estilo de vida 
das pessoas para que tenham saúde” (MARTÍNEZ, 1996).
Uma escola engajada com a saúde e a vida do cidadão aborda conteúdos 
que visem ao desenvolvimento integral da pessoa e à diminuição de sua vul-
nerabilidade frente às doenças, o que contribuirá para a adoção de estilos de 
vida mais saudáveis.
A saúde e a educação são áreas estratégicas da sociedade que, trabalha-
das a partir da escola, permitem pensar no cidadão que assume a sua parcela 
de responsabilidade por sua saúde e condições de vida.
A comunidade, a família e a escola são segmentos que interagem em 
íntima relação com o contexto social em que estão situados e, portanto, não 
podem estar dissociados de um processo educativo mais integral. Mediante 
os temas transversais estabelecidos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCN) – entre os quais se inclui saúde – o professor pode explorar os assuntos 
da área de saúde com mais propriedade, aproveitando todas as oportunida-
des e situações vividas no cotidiano escolar.
Componentes essenciais para a implantação 
de uma escola que trabalha a promoção da saúde
A promoção da saúde implica, entre outras coisas, a construção de uma 
política que agrega as áreas de saúde, educação, meio ambiente, assistência 
social, esporte, cultura, trabalho, organizações governamentais e não-gover-
namentais que atuam na área social.
O trabalho na escola que se propõe a promover a saúde é realizado de 
forma intersetorial, com a mobilização e participação direta da comunidade, 
desde as decisões sobre o projeto de trabalho e o envolvimento de toda a 
escola e unidade de saúde, comunidade de pais, voluntários, empresas, par-
ceiros diversos, até a sua execução e avaliação.
Como componentesessenciais que identificam uma escola que busca 
promover a saúde, estão o desenvolvimento de habilidades e práticas sau-
dáveis visando melhorar os padrões de saúde e projetos que envolvem as 
crianças, adolescentes e adultos em um processo de reflexão sobre o cotidia-
no, sobre a adequação e conservação dos espaços físicos, entorno da escola 
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e comunidade e outros fatores fundamentais para que, na prática, sejam de-
senvolvidas habilidades pessoais que contribuam para uma vivência mais 
comprometida com a qualidade de vida. 
Desafios da prática docente
Partindo do ambiente escolar, no qual alunos, professores, funcionários e 
direção necessitam buscar, criar e manter espaços para projetos que levem 
essas pessoas a viver melhor e resolver as questões que envolvem especial-
mente os alunos, não apenas na escola, mas também em seu ambiente fami-
liar e comunitário, é necessária uma prática docente diferenciada, na qual o 
professor será convidado a:
participar ativamente da elaboração, execução e avaliação do projeto �
político-pedagógico da escola, juntamente com os atores da comu-
nidade local envolvidos no processo (pais, parceiros, Poder Público, 
ONGs e outras instituições locais/regionais); 
conhecer e trabalhar temas de saúde reconhecidos como de urgên- �
cia social e indispensáveis, tais como sexualidade, DST/aids, gravidez 
precoce, drogas, alimentação saudável, saúde bucal, estilos de vida 
saudável, nas quais esteja presente a atividade física; entre esses te-
mas deve se dar ênfase à prevenção e ao tratamento da obesidade, do 
tabagismo e do alcoolismo e suas consequências, como a violência; 
estimular, em todo o ambiente escolar, a consciência de direitos e �
deveres e o exercício da cidadania, pela prática diária de uma escola 
aberta à comunidade e preocupada com a melhoria dos seus padrões 
de vida e pelo desenvolvimento de programas e projetos sociocomu-
nitários que apoiem a ação da escola para trabalhar essas questões; 
explorar continuamente o potencial das tecnologias de comunicação; �
contribuir para que o ambiente escolar e seu entorno seja saudável, en- �
volvendo, nesse processo, os alunos, funcionários, pais e comunidade; 
estimular a participação da comunidade, estabelecendo parcerias �
com empresas e comércio local, associação de moradores, associações 
beneficentes, entidades de classe, ONGs, estados e municípios; 
partilhar o espaço físico da escola com a comunidade. �
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O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida
Atividades
1. Uma professora reuniu 10 alunos, todos com 4 anos, mediu peso e altura e 
chegou aos resultados da tabela a seguir. Observe nos gráficos da apostila e 
veja se essas crianças estão com peso e altura compatíveis com a idade.
Aluno Peso Altura Resposta
1 16kg 96cm
2 20kg 103cm
3 13kg 95cm
4 22kg 98cm
5 14kg 100cm
6 19kg 105cm
7 11kg 92cm
8 23kg 96cm
9 13,5kg 94cm
10 17kg 106cm
2. O desenvolvimento infantil deve ser acompanhado e estimulado levando-se 
em consideração todos os fatores que possam interferir antes e/ou depois 
do nascimento. Quais são esses fatores?
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3. Como o(a) educador(a) pode contribuir para o desenvolvimento postural do 
aluno?
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O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida
Dicas de estudo
O CORPO Humano: a incrível jornada do homem do nascimento à morte. 
Apresentado por Robert Winston. v. 2. Coleção Super Interessante. 1 DVD, color.
O Volume 2 dessa coleção aborda o desenvolvimento infantil de uma maneira 
global do ser biológico, psicológico e social. Mostra-nos várias etapas e situações 
de desenvolvimento da criança e sua relação com o meio em que vive. Observe 
durante o filme as diferenças e como é possível estimular o desenvolvimento 
motor, cognitivo e psicossocial. 
CARTILHA. Síndrome de Down: estimulação precoce 2 a 5 anos. Disponível em: 
<www.projetodown.org.br>. Acesso em: 20 fev. 2008.
A cartilha destaca que a síndrome de Down (SD) é essencialmente um atraso 
no desenvolvimento, tanto das funções motoras do corpo como das funções 
mentais. Faz uma abordagem sobre o trabalho de estimulação que procura dar 
à criança condições para desenvolver-se desde o nascimento, explorando ao 
máximo suas capacidades, ajudando a alcançar as fases seguintes do desenvol-
vimento. A importância dessa pesquisa refere-se à atuação dos profissionais da 
educação que devem conhecer e estar preparados para a inclusão de crianças 
portadoras de necessidades especiais nas salas de aula regular. 
REVISTA CRESCER. Infância. Disponível em: <http://revistacrescer.globo.com/
Crescer/0,191 25,EFC429774-2335,00.htm>. Acesso em: 20 fev. 2008.
Esse site aborda o tema crescimento e relata situações em que crianças em 
fase de crescimento podem apresentar dores nas pernas. Essa dor é chamada de 
dor do crescimento. De dia a criança está brincando normalmente e se queixa 
de dor nas pernas durante a noite. Conhecer esse assunto torna-se relevante 
para saber como diagnosticar e proceder com as crianças que possuem dores 
do crescimento.

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