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<p>UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA</p><p>ANDRÉIA PAULA MARANGONI</p><p>GERENCIAMENTO DA INTEGRAÇÃO E DO ESCOPO</p><p>São Miguel do Oeste</p><p>2022</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 2</p><p>2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 3</p><p>2.1. GERENCIAMENTO DA INTEGRAÇÃO ............................................................... 4</p><p>2.1.2. Processos de Gerenciamento da Integração ................................................ 5</p><p>2.1.2.1. Desenvolver o termo de abertura ................................................................... 6</p><p>2.1.2.2. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto ........................................ 6</p><p>2.1.2.3. Orientar e gerenciar o trabalho do projeto ...................................................... 7</p><p>2.1.2.4. Monitorar e controlar o trabalho do projeto ..................................................... 7</p><p>2.1.2.5. Realizar o controle integrado de mudanças ................................................... 8</p><p>2.1.2.6. Encerrar o projeto ou fase .............................................................................. 9</p><p>2.1.3. A importância da integração de projetos .................................................... 10</p><p>2.2. GERENCIAMENTO DO ESCOPO ..................................................................... 10</p><p>2.2.1. Processos de Gerenciamento do escopo ................................................... 11</p><p>2.2.1.1. Planejar o gerenciamento do escopo ........................................................... 12</p><p>2.2.1.2. Coletar os requisitos ..................................................................................... 12</p><p>2.2.1.3. Definição do escopo ..................................................................................... 13</p><p>2.2.1.4. Criar a Estrutura Analítica do Projeto – EAP ................................................ 14</p><p>2.2.1.5. Controlar o escopo ....................................................................................... 15</p><p>2.2.1.6. Validar o escopo ........................................................................................... 15</p><p>2.2.2. A importância da elaboração do escopo ..................................................... 16</p><p>3 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 17</p><p>REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 18</p><p>2</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A administração de um empreendimento depende da gestão adequada do</p><p>conhecimento organizacional e da forma como ele é aplicado. Todos os projetos</p><p>precisam contar com boas estratégias de gerenciamento. Elas auxiliam as equipes a</p><p>planejar as etapas, identificar riscos e avaliar o melhor caminho a ser tomado em cada</p><p>momento (ARTIA, 20--).</p><p>Uma boa gestão de projetos é caracterizada por, aplicação de técnicas e</p><p>estratégias eficientes durante a elaboração das ideias do projeto, além da</p><p>transformação de idealizações em resultados concretos, ou seja, com uma gestão de</p><p>projetos correta, é possível retirar o objetivo do papel e torná-lo real (Project Builder,</p><p>2021).</p><p>Conforme Coutinho (2020), as áreas de gerenciamento foram definidas pelo</p><p>Project Management Institute (PMI) para facilitar o agrupamento de processos,</p><p>ferramentas e técnicas comprovadamente eficientes quando utilizadas no</p><p>gerenciamento de projetos, com a função de aumentar a probabilidade de sucesso do</p><p>projeto e orientar as melhores práticas nas 10 áreas distintas – gerenciamento de</p><p>Integração, escopo, cronograma, custos, qualidade, recursos, comunicações, partes</p><p>interessadas, riscos e aquisições –, neste trabalho serão abordadas as áreas de</p><p>gerenciamento da integração de projetos e do escopo.</p><p>3</p><p>2 DESENVOLVIMENTO</p><p>O ciclo de vida de um projeto consiste na separação da gestão do projeto em</p><p>etapas menores, pois tais etapas permitem determinar o ponto de partida e o período</p><p>de finalização, conferindo ao referido projeto o caráter transitório que ele exige</p><p>(COUTINHO, 2020).</p><p>Essas etapas são definidas pela organização ou pelo gerente de projetos, de</p><p>acordo com os aspectos organizacionais, setor ou tecnologia disponível, e de uma</p><p>forma geral, elas consistem em fases que são complementares e guiam as principais</p><p>tomadas de decisões dos gestores. Coutinho (2020), complementa que, é possível</p><p>mapear quatro fases comuns a todos os ciclos de vida:</p><p>a) Fase inicial: é quando ele começa a ser definido e traçado, nesse momento os</p><p>motivos e objetivos são determinados, as possibilidades e restrições</p><p>analisadas, além disso, são definidos os recursos que serão necessários ao</p><p>longo do projeto.</p><p>b) Organização e preparação: nesta etapa, faz-se necessário a coleta de</p><p>informações, estipular os custos, determinar os setores responsáveis por cada</p><p>parte e elaborar o cronograma, tendo sempre os prazos bem definidos.</p><p>Necessita de muitos dados a fim de deixar tudo pronto para que o projeto possa</p><p>ser iniciado, como, documentações, cálculos de custos, definição dos materiais</p><p>e insumos.</p><p>c) Execução e monitoramento: a fase da execução é também a fase do</p><p>monitoramento, ainda que todos os planos sobre o projeto estejam revisados e</p><p>adequados ao intuito principal, imprevistos podem acontecer. Monitorar o</p><p>projeto e mensurá-lo a partir de indicadores de desempenho é essencial para</p><p>que, caso surja um imprevisto, possa ser modificado o rumo do projeto de</p><p>maneira correta.</p><p>d) Encerramento: após o encerramento das etapas anteriores, o projeto é</p><p>concluído. E nesse momento é feita a entrega ao cliente, bem como são</p><p>analisadas as lições aprendidas. Ao fazer essa análise sobre tudo que foi</p><p>realizado durante a execução, os integrantes da equipe terão maior noção</p><p>sobre o envolvimento e estarão mais aptos para os próximos projetos.</p><p>Com essa estrutura definida, é possível mapear e gerenciar todas as atividades</p><p>estabelecidas no início.</p><p>4</p><p>2.1. GERENCIAMENTO DA INTEGRAÇÃO</p><p>A área de conhecimento de gerenciamento da integração do projeto é a única</p><p>que apresenta processos nas quatro fases do ciclo de vida de um projeto, ou seja, há</p><p>processos na iniciação, na organização e preparação, na execução e monitoramento,</p><p>e no encerramento. Dessa forma pode-se dizer que a integração coordena e unifica</p><p>os processos das demais áreas de conhecimento.</p><p>O objetivo da integração é avaliar e selecionar a aplicação dos diversos</p><p>processos das demais nove áreas de conhecimento temáticas, sendo elas, o escopo,</p><p>cronograma, custos, qualidade, recursos, comunicações, partes interessadas, riscos</p><p>e aquisições, dessa forma todas as áreas que somam uma empreitada vão estar</p><p>sustentadas por bases firmes, garantindo que as metas do projeto sejam alcançadas</p><p>(CAMARGO, 2019).</p><p>Imagem 01 – Fundamentos de Gerenciamento da Integração</p><p>Fonte: Montes (2021).</p><p>Assim, o gerenciamento da integração do projeto vai abranger todo o ciclo de</p><p>vida do projeto, definindo onde e quando concentrar recursos e esforço, tratando dos</p><p>problemas antes de se tornarem críticos e possibilitando coordenar o trabalho visando</p><p>sempre o sucesso do projeto (MONTES, 2021).</p><p>O gerenciamento da integração define onde e quando concentrar recursos e</p><p>esforço, tratando dos problemas antes de se tornarem críticos e possibilitando</p><p>coordenar o trabalho visando sempre o sucesso do projeto (MONTES, 2021).</p><p>5</p><p>Diferente do que ocorre no gerenciamento de custos, por exemplo, onde é</p><p>permitido envolver um especialista em orçamento, no gerenciamento da integração é</p><p>uma responsabilidade exclusiva do gerente de projetos, estando esse habilitado a</p><p>assumir essa função, afinal ele é o único que tem</p><p>uma visão geral do projeto e</p><p>consegue enxergar muito bem as ligações entre as etapas (JUSTO, 2019).</p><p>Apesar disso, Camargo (2019), ressalta que durante o gerenciamento de</p><p>integração serão realizadas diversas avaliações e trocas de experiências entre o</p><p>gerente de projetos e as demais partes integrantes nos processos e atividades que</p><p>serão necessárias para atingir as metas do projeto com sucesso.</p><p>2.1.2. Processos de Gerenciamento da Integração</p><p>A área de conhecimento do gerenciamento da integração do projeto é</p><p>composta por seis processos que serão descritos em sequência e listados</p><p>graficamente na imagem 02, os quais estão presentes nas quatro fases do ciclo de</p><p>vida de um projeto – iniciação, na organização e preparação, na execução e</p><p>monitoramento, e no encerramento – como já mencionados anteriormente.</p><p>Imagem 02 – Os seis processos de gerenciamento da integração</p><p>Fonte: Apostila Estácio, (SANTOS, 20--).</p><p>6</p><p>2.1.2.1. Desenvolver o termo de abertura</p><p>O termo de abertura é o processo que envolve o desenvolvimento de um</p><p>documento que formalmente autoriza o início do projeto ou da próxima fase de um</p><p>projeto, e documenta os requisitos iniciais que satisfaçam as necessidades e as</p><p>expectativas dos interessados no projeto, além de delegar a autoridade necessária ao</p><p>gerente de projetos (JUSTO, 2019).</p><p>De acordo com Montes (2021), o termo deve ser desenvolvido</p><p>preferencialmente pelo próprio gerente do projeto e é composto por diversas</p><p>atividades de outras áreas de conhecimento como:</p><p> Identificar as entregas chaves;</p><p> Identificar riscos de alto nível, premissas e restrições;</p><p> Analisar benefícios e alinhá-los com as partes interessadas e com o negócio;</p><p> Levantar de forma macro o cronograma e o orçamento do projeto de modo a</p><p>avaliar a viabilidade do projeto;</p><p> Entre outras atividades.</p><p>Conforme Justo (2019), a forma de elaborar o termo de abertura do projeto é</p><p>livre, podendo ser um documento corrido, ou modelos visuais, como um canvas de</p><p>projeto. Esse documento é importante porque auxilia na comunicação entre as partes</p><p>interessadas, alinha as expectativas iniciais em relação ao projeto e ajuda a equipe a</p><p>focar nos pontos mais críticos do projeto.</p><p>2.1.2.2. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto</p><p>É o processo de documentação das ações necessárias para definir, preparar,</p><p>integrar e coordenar todos os planos auxiliares do projeto. O plano será a fonte</p><p>principal de informações sobre como o projeto será iniciado, organizado e preparado,</p><p>executado e monitoramento, e por fim encerado, levando em consideração todas as</p><p>áreas de conhecimento do projeto e como elas serão integradas e consolidadas</p><p>através do plano de gerenciamento do projeto (SANTOS, 20--).</p><p>Durante todas as etapas do projeto, este plano pode e deve ser atualizado,</p><p>atendendo as novas necessidades, à medida que as mudanças vão ocorrendo, pois</p><p>dificilmente será implantado exatamente como planejado. Sendo que, uma vez</p><p>7</p><p>aprovado, o plano somente pode ser alterado através de solicitação de mudança</p><p>aprovada.</p><p>O plano do projeto é composto de duas partes, o plano propriamente dito e as</p><p>linhas de base, pelas quais o desempenho do projeto será avaliado, sendo elas</p><p>listadas por Santos (20--).</p><p> Linha de base do escopo (Declaração do Escopo, Estrutura Analítica do Projeto</p><p>e Dicionário da EAP);</p><p> Linha de base do cronograma (cronograma); e</p><p> Linha de base do desempenho de custos (orçamento).</p><p>2.1.2.3. Orientar e gerenciar o trabalho do projeto</p><p>É o processo para a execução do trabalho definido no plano de gerenciamento</p><p>do projeto para atingir os objetivos. Na execução do projeto, é quando a pressão e o</p><p>pânico começam a surgir com maior frequência, e o gerente de projetos deve usar</p><p>suas ferramentas e habilidades de modo a conectar as partes interessadas para</p><p>atingir o objetivo do projeto (MONTES, 2021).</p><p>Esse processo orienta o desempenho das atividades planejadas do projeto e</p><p>gerencia as diversas interfaces técnicas e organizacionais que existem dentro dele,</p><p>portanto, Montes (2021) ressalta que, um dos fatores essencial é que o gerente de</p><p>projeto seja extremamente eficiente em:</p><p> Manter a equipe motivada;</p><p> Lidar com os conflitos;</p><p> Agilizar tomada de decisão;</p><p> Identificar causas de desvios e problemas; e</p><p> Saber a dose certa de pressão.</p><p>2.1.2.4. Monitorar e controlar o trabalho do projeto</p><p>Para Montes (2021), monitorar e controlar o trabalho do projeto, trata-se de um</p><p>processo de acompanhamento, avaliação e controle do progresso do projeto para</p><p>atender aos objetivos de desempenho definidos no plano de gerenciamento do</p><p>projeto. É muito importante monitorar e controlar o trabalho do projeto, principalmente,</p><p>para:</p><p>8</p><p> Avaliar a saúde do seu projeto durante todo o projeto;</p><p> Identificar áreas que exigem atenção especial;</p><p> Recomendar ações para corrigir ou evitar os desvios;</p><p> Garantir a qualidade (saúde) do projeto através do monitoramento, check-list e</p><p>contingência prevista.</p><p>Inclui a coleta, a medição e a distribuição das informações sobre o desempenho</p><p>e a avaliação das medições e tendências para efetuar melhorias no processo. O</p><p>monitoramento e o controle ocorrem durante todo ciclo de vida do projeto, desde a</p><p>iniciação até o encerramento, permitindo que a equipe de gerenciamento do projeto</p><p>tenha uma visão clara da saúde do projeto e identifique as áreas que exigem atenção</p><p>especial (SANTOS, 20--).</p><p>2.1.2.5. Realizar o controle integrado de mudanças</p><p>É o processo de avaliação, aprovação e acompanhamento das solicitações de</p><p>mudança do projeto, que podem impactar as entregas e o plano do projeto. A mudança</p><p>por si só pode não ser ruim, mas seus impactos podem ser negativos para o projeto.</p><p>Na fase de planejamento, em geral, são até bem-vindas. Mas, na medida em que o</p><p>projeto avança na sua execução, pode ter efeitos devastadores nos objetivos do</p><p>projeto (SANTOS, 20--).</p><p>Por conta disso Montes (2021), afirma que, realizar o controle integrado de</p><p>mudanças é um dos processos mais importantes para garantir o sucesso do projeto e</p><p>envolve as seguintes etapas:</p><p> Solicitação de mudança;</p><p> Revisão do impacto dos custos e benefícios gerados pela mudança;</p><p> Aprovação;</p><p> Replanejamento contemplando a mudança;</p><p> Execução, controle e monitoramento da mudança; e</p><p> Encerramento da entrega ou resultado contemplando a mudança.</p><p>Mudanças são praticamente inevitáveis ao longo da execução, e algumas</p><p>podem ser necessárias para atender as novas expectativas das partes interessadas,</p><p>entretanto, as decisões de aprovar ou recusar mudanças devem ser comunicadas às</p><p>partes interessadas, garantindo que todos saibam o que está acontecendo no projeto</p><p>(JUSTO, 2019).</p><p>9</p><p>Qualquer mudança gera custo e deve ser contabilizado no seu projeto, pois um</p><p>dos grandes problemas na execução, é subestimar o impacto das mudanças para</p><p>tentar superar as expectativas do cliente. Por conta disso, torna-se fundamental</p><p>garantir que seus benefícios sejam maiores do que os custos envolvidos e agregam</p><p>valor aos objetivos do projeto (MONTES, 2021).</p><p>2.1.2.6. Encerrar o projeto ou fase</p><p>É o processo de finalização de todas as atividades de todos os grupos de</p><p>processos de gerenciamento do projeto, onde o gerente de projeto finaliza</p><p>formalmente todas as atividades do projeto ou da fase (JUSTO, 2019).</p><p>De acordo com Santos (20--) os projetos terminam por um de quatro motivos:</p><p>absorção, esgotamento, integração ou extinção.</p><p>a) absorção: ocorre quando os projetos transformam-se numa unidade de</p><p>negócios independente.</p><p>b) esgotamento: quando o projeto tem seus recursos cortados.</p><p>c) a integração: ocorre quando os recursos são retirados do projeto existente e</p><p>devolvidos à organização, ou alocados em outros projetos.</p><p>d) extinção: é o melhor término, em que o projeto é concluído, aceito e encerrado.</p><p>Se o projeto for cancelado, a documentação</p><p>indicará por que ele foi concluído</p><p>antes do previsto e formalizará os procedimentos da transferência das entregas</p><p>finalizadas ou em andamento para o cliente (SANTOS, 20--).</p><p>Montes (2021), alerta que, o gerente de projeto e sua equipe devem ter um</p><p>cuidado especial quando encerrar o projeto ou uma fase de modo a garantir que:</p><p> Os critérios de sucesso do projeto sejam satisfeitos;</p><p> As entregas sejam verificadas e documentadas;</p><p> A aceitação das entregas seja formalizada;</p><p> Os produtos e serviços do projeto sejam transferidos para próxima fase ou</p><p>produção;</p><p> O sucesso ou fracasso do projeto seja auditado;</p><p> As lições aprendidas e informações do projeto sejam registradas para o uso</p><p>futuro da organização;</p><p> Arquivar toda a documentação coletada ao longo do projeto para futura</p><p>referência; e</p><p>10</p><p> E quando ocorrer o cancelamento do projeto, suas razões sejam investigadas</p><p>e documentadas.</p><p>O processo de encerrar o projeto também estabelece os procedimentos para</p><p>coordenar as atividades necessárias para verificar e documentar as entregas do</p><p>projeto, e do relatório final, que normalmente contém: descrição do projeto, objetivos</p><p>do projeto, principais pontos do gerenciamento do projeto (JUSTO, 2019).</p><p>2.1.3. A importância da integração de projetos</p><p>Não é possível encarar a integração das áreas de conhecimento dentro de um</p><p>projeto como uma missão simples. Pelo contrário, não é fácil associar todas as áreas</p><p>de gerenciamento unificando de todos os processos para obter um projeto eficaz, sem</p><p>contar a experiência e técnica profissional.</p><p>Tudo precisa se manter interligado para que não haja conflitos durante a</p><p>execução do projeto. Desse modo, todas as vezes em que o planejamento estiver</p><p>pronto, devem ser realizadas revisões, que estipulem e busquem por pontos</p><p>problemáticos. Sendo possível identificar que, quando não há integração, os</p><p>momentos conflitantes tendem a ser ainda mais alarmantes (PROJECT BUILDER,</p><p>2019).</p><p>2.2. GERENCIAMENTO DO ESCOPO</p><p>O gerenciamento do escopo assegura que o projeto inclui todo o trabalho</p><p>necessário, e somente o necessário, para entregar com sucesso o produto final do</p><p>projeto, está relacionado principalmente com a definição e controle do que está e do</p><p>que não está incluso no projeto (CAMARGO, 2019).</p><p>Pode-se dizer que essa é a parte do planejamento que determina e documenta</p><p>uma lista de objetivos específicos, entregas, tarefas, custos e prazos. Ele é elaborado</p><p>para explicar os limites de um projeto, estabelecer responsabilidades de cada membro</p><p>da equipe e apontar os procedimentos tanto para a realização quanto para a</p><p>verificação e aprovação do trabalho (PROJECT BUILDER, 2021).</p><p>Para o gerenciamento do escopo, o primeiro passo é a elaboração do Plano de</p><p>gerenciamento do escopo que estabelece a regra do jogo para planejar, monitorar e</p><p>11</p><p>controlar o escopo do projeto, de modo a ficar claro para diversas partes interessadas</p><p>o que deve ser feito (SANTOS, 20--).</p><p>O gerenciamento de escopo é, basicamente, o processo de organizar o</p><p>“esqueleto” do seu projeto. Nesse processo, você garante as atividades e recursos</p><p>fundamentais para a execução eficiente do projeto, evitando excessos, acúmulos,</p><p>equívocos etc. Ou seja, esse gerenciamento é sobre direcionar e controlar os</p><p>processos referentes ao escopo (PROJECT BUILDER, 2021).</p><p>2.2.1. Processos de Gerenciamento do escopo</p><p>Busca esclarecer o que está e o que não está incluído no trabalho do projeto</p><p>que o projeto, através dos seis processos que serão descritos em sequência e listados</p><p>graficamente na imagem 03.</p><p>Imagem 03 – Os seis processos de gerenciamento do escopo</p><p>Fonte: Apostila Estácio (SANTOS, 20--).</p><p>12</p><p>2.2.1.1. Planejar o gerenciamento do escopo</p><p>Trata-se do trabalho que visa criar um plano para levar a efeito o gerenciamento</p><p>do escopo do projeto. Esse plano documenta como o projeto será definido, monitorado</p><p>e controlado pela equipe do projeto e validado pela equipe do cliente. O benefício da</p><p>criação de um plano é estabelecer as diretrizes de como o escopo será gerenciado ao</p><p>longo do projeto (PROJECT BUILDER, 2019).</p><p>Consiste em criar um plano de gerenciamento do escopo do projeto, que</p><p>determinará como o escopo será definido, validado e controlado. Para Camargo</p><p>(2019), o planejamento é utilizado para definir:</p><p> Como o escopo será realizado;</p><p> Quais as ferramentas que devo usar;</p><p> Como o escopo será gerenciado e controlado de acordo com o plano de</p><p>gerenciamento de projetos (que integra todo o planejamento do projeto); e</p><p> Como obter as aceitações das entregas.</p><p>Para desenvolver o Plano de gerenciamento do escopo e de seu detalhamento,</p><p>primeiro inicia-se com a análise das informações contidas no Termo de abertura do</p><p>projeto, no Estudo de viabilidade do projeto e das informações históricas de projetos</p><p>anteriores do acervo do ativo organizacional. A criação desse plano reduz o risco de</p><p>“scope creep”, expressão que reflete o efeito das mudanças não controladas no</p><p>projeto. Dê ao cliente o que ele pediu: nem mais nem menos (SANTOS, 20--).</p><p>Na construção, o plano de gerenciamento de escopo do projeto pode ser</p><p>identificado durante as etapas, onde cada uma delas precisa ser pensada e planejada,</p><p>pois algumas atividades só podem acontecer depois da realização de outras</p><p>(CAMARGO, 2019).</p><p>2.2.1.2. Coletar os requisitos</p><p>Coletar os requisitos objetiva definir e documentar as funções e funcionalidades</p><p>do projeto e do produto do projeto para atendimento das necessidades e expectativas</p><p>quantificadas e documentadas do cliente e demais partes interessadas do projeto,</p><p>sendo que, o sucesso do projeto depende da execução deste trabalho de coleta</p><p>(SANTOS, 20--).</p><p>13</p><p>Os requisitos precisam ser detalhados o suficiente para permitir sua medição</p><p>durante a execução do projeto, são estes que formam a base das informações para a</p><p>criação da EAP – Estrutura Analítica do Projeto. Os planejamentos do cronograma,</p><p>do orçamento e da qualidade, tomam por base os requisitos levantados no</p><p>planejamento do escopo do projeto (PROJECT BUILDER, 2019).</p><p>O trabalho para coleta de requisitos começa com a análise das informações</p><p>contidas no termo de abertura do projeto e no registro das partes interessadas, os</p><p>quais foram desenvolvidos na iniciação do projeto. Conforme Camargo (20219),</p><p>podem ser classificados em:</p><p>a) requisitos do projeto: envolvem os levantamentos de necessidades do trabalho</p><p>do projeto, como o gerenciamento do projeto e das entregas.</p><p>b) requisitos do produto: envolvem as informações do produto, tais como os</p><p>requisitos técnicos, funcionalidades e seu desempenho.</p><p>.</p><p>2.2.1.3. Definição do escopo</p><p>A definição do escopo é um processo complicado para o adequado</p><p>planejamento das demais áreas de conhecimento, pois, na fase de planejamento do</p><p>projeto, há uma ordem obrigatória. Primeiramente, planejamos o escopo, depois o</p><p>tempo, em seguida os custos, e for fim, na sequência as demais áreas de</p><p>conhecimento (SANTOS, 20--).</p><p>Essa etapa vai esclarecer, ainda, o que é preciso para que os objetivos sejam</p><p>alcançados ao especificar recursos e funções desenvolvidas de acordo com a</p><p>elaboração detalhada desse escopo. Trata-se de um trabalho elaborado</p><p>progressivamente, à medida que as informações sobre o projeto se tornam</p><p>conhecidas pela equipe. Dessa forma, os gestores terão uma base para discutir com</p><p>mais segurança futuras ações dentro do processo geral (PROJECT BUILDER, 2019).</p><p>A declaração do escopo do projeto descreve em detalhes as entregas do</p><p>projeto e o trabalho necessário para criar estas entregas. Também especifica</p><p>claramente o que não está no projeto, para nivelar as expectativas das partes</p><p>interessadas. Quanto mais clara a declaração, mais nítido fica para averiguar se</p><p>algum pedido está dentro ou fora do escopo acordado do projeto (SANTOS, 20--).</p><p>14</p><p>2.2.1.4. Criar a Estrutura Analítica do Projeto – EAP</p><p>A estrutura</p><p>analítica do projeto – EAP – é a alma do projeto e representa todas</p><p>as atividades do mesmo, permitindo uma visão completa do trabalho. Sem ela, é muito</p><p>provável que algo possa ser esquecido, portanto o que não estiver ali representado,</p><p>não está no escopo do projeto (SANTOS, 20--).</p><p>A decomposição do trabalho do projeto em partes menores, mais facilmente</p><p>gerenciáveis de forma hierárquico de cima para baixo, onde cada nível descendente</p><p>da EAP detalha com maior clareza o trabalho planejado do elemento superior. É</p><p>usualmente mais representada por um diagrama, mas também pode ser representada</p><p>por lista estruturada endentada (CAMARGO, 2019).</p><p>A EAP não representa relações de dependências de execução, mas sim o que</p><p>deve ser executado. Até onde decompor é uma questão particular para cada projeto.</p><p>Sendo que nem sempre um detalhamento excessivo é interessante, pois é um esforço</p><p>gerencial grande e por vezes desnecessário. Por outro lado, poucos níveis de</p><p>decomposição podem dificultar o trabalho de gerenciamento do projeto.</p><p>Um exemplo de decomposição de atividades e tarefas pode ser representado</p><p>pela imagem 04, a qual representa três fases do projeto e vai ramificando cada</p><p>atividade dentro dessas fases.</p><p>Imagem 04 – Estrutura Analítica do projeto de um galpão</p><p>Fonte: Apostila Estácio (SANTOS, 20--).</p><p>15</p><p>2.2.1.5. Controlar o escopo</p><p>É o processo de monitoramento do andamento do escopo do projeto e</p><p>gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo. O seu controle</p><p>assegura que todas as mudanças solicitadas e ações corretivas ou preventivas são</p><p>devidamente desempenhados e registrados. Também é usado para gerenciar as</p><p>mudanças reais quando essas ocorrem e é integrado aos outros processos de</p><p>controle (SANTOS, 20--).</p><p>O controle de escopo gera informações sobre o desempenho do trabalho,</p><p>solicitações de mudanças e atualizações nos documentos do projeto, por conta disso,</p><p>é importante notar que o gerenciamento efetivo do escopo requer uma comunicação</p><p>clara entre as partes envolvidas para garantir que as partes interessadas e os</p><p>membros da equipe compreendam as atividades desenvolvidas (CAMARGO, 2019).</p><p>De acordo com Santos (20--), o processo de controlar o escopo consiste em:</p><p> Medir o progresso de trabalho de elaboração do escopo do projeto e de seu</p><p>produto.</p><p> Gerenciar as solicitações de mudança, de modo a garantir que somente as</p><p>mudanças aprovadas sejam implementadas.</p><p> É um trabalho que exige proatividade do gerente do projeto. Ele deve agir para</p><p>evitar problemas futuros e se antecipar em eliminar as causas que podem</p><p>causar mudanças no projeto.</p><p>2.2.1.6. Validar o escopo</p><p>O processo de validar o escopo do projeto visa formalizar a aceitação das</p><p>entregas concluídas, aumentando as chances de que a entrega satisfaça as partes</p><p>envolvidas, garantindo, uma probabilidade elevada de que o serviço, produto ou</p><p>resultado seja aceito (PROJECT BUILDER, 2019).</p><p>Esse trabalho pode ocorrer no final de uma fase do projeto ou durante qualquer</p><p>momento na fase de execução e envolve:</p><p> Reuniões frequentes e programadas de revisões com o cliente para garantir</p><p>que as entregas foram concluídas satisfatoriamente.</p><p> Obtenção do aceite formal do cliente das entregas concluídas.</p><p>16</p><p>Envolve as atividades de inspeção, exame e verificação para confirmar que as</p><p>entregas concluídas atendem os critérios de aceitação estabelecidos no Plano do</p><p>projeto. Enquanto o controle qualidade trata da precisão das entregas, atendimento</p><p>as tolerâncias e dos requisitos de qualidade do Plano do projeto, a validação trata do</p><p>aceite das entregas concluídas pelo cliente (SANTOS, 20--).</p><p>2.2.2. A importância da elaboração do escopo</p><p>O gerenciamento de escopo serve principalmente para que o desenvolvimento</p><p>do projeto seja enxuto, ou seja, para que exatamente o que foi planejado seja feito.</p><p>Outro ponto positivo é que você pode medir o aproveitamento da equipe, cada área</p><p>com sua função e resultado de acordo com a linha do tempo e de alocação de recursos</p><p>do escopo (PROJECT BUILDER, 2019).</p><p>Ignorar a elaboração do escopo pode causar diversos problemas para o projeto</p><p>e para o negócio, em geral, pois a falta de planejamento diminui as chances de o</p><p>projeto ser bem-sucedido e gera grandes riscos de insatisfação do cliente, além disso,</p><p>é preciso considerar que os custos e desperdícios aumentam, bem como o prazo de</p><p>execução (PROJECT BUILDER, 2020).</p><p>17</p><p>3 CONCLUSÃO</p><p>Projetos podem não atingir os seus objetivos em função de vários fatores bem</p><p>comuns que podem ser encontrados nas empresas, sendo estes, prazos</p><p>inadequados, uma equipe com falta de capacitação ou até mal estruturado, escopo</p><p>indefinido ou até mesmo, não realizar a definição das etapas corretamente e, com</p><p>isso, ter dificuldades para distribuir recursos e gerenciar os fluxos de trabalho do modo</p><p>adequado.</p><p>Com toda pesquisa e levantamento realizado sobre o assunto é possível</p><p>concluir que o investimento em soluções para a gestão de projetos é uma tendência</p><p>cada vez maior no mercado e se bem aplicado garante muito resultados positivos,</p><p>criando um cenário de projetos que terão mais qualidade e agilidade durante sua</p><p>execução.</p><p>18</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>CAMARGO, Robson. Gerenciamento de integração de projetos: melhor</p><p>comunicação e bons resultados. 2019. Disponível em:</p><p>Acesso em: 23 jun. 22.</p><p>MONTES, Eduardo. Gerenciamento da integração: O que é, objetivo e como fazer.</p><p>2021. Disponível em: Acesso em: 23 jun. 22.</p><p>SANTOS, Carlos Fernando da Rocha. Gerenciamento da integração e escopo. 20--.</p><p>Disponível em: Acesso em: 23 jun. 22.</p><p>ENTENDA a importância do gerenciamento de projetos na Estratégia das</p><p>Companhias. Project Builder. 2021. Disponível em:</p><p>Acesso em: 23 jun. 22.</p><p>GERENCIAMENTO de escopo PMBOK: conheça 6 etapas essenciais. Project</p><p>Builder. 2019. Disponível em:</p><p>Acesso</p><p>em: 23 jun. 22.</p><p>COMO definir o escopo do projeto? 4 processos de entrada fundamentais. Project</p><p>Builder. 2020. Disponível em: Acesso em: 23 jun. 22.</p><p>COUTINHO, Thiago. Entende a importância de um bom gerenciamento de projetos.</p><p>2020. Disponível em: Acesso em: 23 jun. 22.</p><p>Gerenciamento de Projetos: o que é e qual a sua importância?. Artia. 20--.</p><p>Disponível em: Acesso em: 23</p><p>jun. 22.</p><p>JUSTO, Andreia Silva. Gerenciamento da integração: o que é e como fazer em 7</p><p>passos. 2019. Disponível em: Acesso em: 23 jun. 22.</p>