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<p>Colégio O Bom Pastor e O Bom Pastor Jr.</p><p>Educação Física</p><p>Professor Antonio Carlos</p><p>Entenda as classes funcionais das Paralimpíadas</p><p>Cada esporte possui um sistema próprio de classificação: confira e se</p><p>familiarize com a "sopa de letrinhas"</p><p>As Paralimpíadas de Tóquio começam no dia 24 de agosto, e para que você não se</p><p>perca na sopa de letrinhas das classes funcionais o ge preparou um guia explicando o</p><p>sistema de classificação funcional dos atletas em cada um dos 22 esportes do</p><p>programa paralímpico.</p><p>Cada modalidade tem um sistema próprio de classificação, com siglas em referência</p><p>ao nome do esporte ou da deficiência em inglês, além de números que indicam o grau</p><p>de comprometimento do atleta.</p><p>O objetivo da classificação é garantir sempre a igualdade de condições na disputa.</p><p>Para tal são feitos 1) exames físicos, 2) avaliação funcional, com testes de força</p><p>muscular, amplitude de movimento articular, medição de membros e coordenação e 3)</p><p>exame técnico, que consiste na demonstração da prova em si, com o atleta usando as</p><p>adaptações necessárias. Os avaliadores analisam a realização do movimento, a</p><p>técnica utilizada, assim como as próteses e órteses.</p><p>Confira a classificação de todos os esportes:</p><p>ATLETISMO</p><p>Petrucio Ferreira corre na pista em treino de aclimatação do Brasil em Hamamatsu —</p><p>Foto: Takuma Matsushita</p><p>A letra “F” (de field, em inglês) é utilizada para provas de campo, como arremessos e</p><p>lançamentos. A letra “T” (de track, em inglês) é utilizada para corridas de velocidade,</p><p>fundo e saltos. Quanto menor a numeração, maior o grau de deficiência.</p><p>·T 11 a 13: deficientes visuais</p><p>·T 20: deficientes intelectuais</p><p>·T 31 a 38: paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes, 35 a 38 para andantes)</p><p>·T 40 e 41: anões</p><p>http://ge.globo/</p><p>Colégio O Bom Pastor e O Bom Pastor Jr.</p><p>Educação Física</p><p>Professor Antonio Carlos</p><p>·T 42 a 44: deficiência nos membros inferiores</p><p>.T 45 a 47: deficiência nos membros superiores</p><p>·T 51 a 54: competem em cadeiras (sequelas de poliomielite, lesão medular e</p><p>amputação)</p><p>.T 61 a 64: amputados de membros inferiores com prótese</p><p>·F 11 a 13: deficientes visuais</p><p>·F 20: deficientes intelectuais</p><p>F 31 a 38: paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes, 35 a 38 para andantes)</p><p>F 40 e 41: anões</p><p>·F 42 a 44: deficiência nos membros inferiores</p><p>.F 45 a 47: deficiência nos membros superiores</p><p>·F 51 a 57: competem em cadeiras (sequelas de poliomielite, lesão medular e</p><p>amputação)</p><p>BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS</p><p>Os atletas recebem uma classificação funcional que varia de 1 a 4,5 pontos, de acordo</p><p>com o comprometimento motor: quanto menor o comprometimento do atleta, maior a</p><p>pontuação. Durante o jogo, a soma total dos cinco jogadores não pode ultrapassar os</p><p>14 pontos.</p><p>https://youtu.be/KKRbbuquaGY</p><p>BOCHA</p><p>A classificação varia de acordo com o grau de comprometimento motor e a</p><p>necessidade de auxílio, como o uso de calha e de capacete com agulha.</p><p>.BC1: podem ter auxílio para estabilizar a cadeira e receber a bola.</p><p>·BC2: não há assistência.</p><p>·BC3: atletas com deficiências muito severas, que utilizam instrumento auxiliar e</p><p>podem ser ajudados por outra pessoa</p><p>·BC4: atletas com deficiências severas que competem sem assistência</p><p>CANOAGEM</p><p>Existem três classes funcionais nos eventos de canoagem paralímpica:</p><p>. KL1: usa somente os braços na remada</p><p>.KL2: usa tronco e braços na remada</p><p>.KL3: usa pernas, tronco e braços na remada</p><p>Luis Carlos Cardoso treina na canoa: ele compete na classe 1, que usa somente</p><p>braços na remada — Foto: Ale Cabral / CPB</p><p>https://youtu.be/KKRbbuquaGY</p><p>Colégio O Bom Pastor e O Bom Pastor Jr.</p><p>Educação Física</p><p>Professor Antonio Carlos</p><p>CICLISMO - DE PISTA E ESTRADA</p><p>Há quatro tipos de bicicletas, indicadas por diferentes letras. Quanto menor o número,</p><p>maior a limitação do competidor.</p><p>· Tandem - B: atletas com deficiência visual que competem no tandem (bicicleta com</p><p>dois assentos) com um ciclista sem deficiência no banco da frente.</p><p>·H1–H4: atletas que utilizam a handbike (bicicleta especial em que o impulso é dado</p><p>com os braços) e se posicionam deitados</p><p>H5: atletas que utilizam a handbike e se posicionam ajoelhados, utilizando a força dos</p><p>braços e também do tronco para impulsão</p><p>·T1–T2: atletas com paralisia cerebral que precisam competir usando um triciclo.</p><p>·C1–C5: atletas com deficiência físico-motoras e/ou amputados que competem usando</p><p>uma bicicleta convencional.</p><p>ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS</p><p>São elegíveis atletas com deficiência física que afeta o movimento de pelo menos uma</p><p>perna ou pé. Há duas classes nas Paralimpíadas.</p><p>·Categoria A: atletas com bom controle do tronco, em que o braço que porta a arma</p><p>não é afetado pela deficiência.</p><p>·Categoria B: atletas com deficiência que afeta o controle do tronco ou do braço que</p><p>porta a arma.</p><p>https://youtu.be/ztNuuchykII</p><p>FUTEBOL DE 5</p><p>Nas Paralimpíadas são elegíveis apenas os cegos totais (B1) para as posições de</p><p>linha. Se encaixam neste quesito atletas sem qualquer percepção luminosa ou com</p><p>alguma percepção luminosa, mas incapazes de reconhecer formas a qualquer</p><p>distância ou em qualquer direção. O goleiro tem visão normal.</p><p>GOALBALL</p><p>Todos os atletas usam vendas para que haja igualdade de condições.</p><p>·B1 – cego total: nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos ou percepção de</p><p>luz, mas com incapacidade de reconhecer formatos a qualquer distância ou em</p><p>qualquer direção.</p><p>·B2 – atletas com percepção de vultos.</p><p>·B3 – atletas que conseguem definir imagens.</p><p>https://youtu.be/lJ2JBhqWQb4</p><p>HALTEROFILISMO</p><p>A classificação para a modalidade é feita unicamente através do peso. Portanto,</p><p>atletas com diferentes deficiências competem juntos pela mesma medalha. São</p><p>elegíveis atletas com deficiências que afetem o movimento das pernas e quadris,</p><p>assim como anões.</p><p>HIPISMO</p><p>Quanto menor o número, maior o comprometimento físico do atleta.</p><p>Classe I (dividida em Ia e Ib): cadeirantes com pouco equilíbrio do tronco e/ou</p><p>debilitação de funções em todos os quatro membros</p><p>Classe II: cadeirantes ou com comprometimento severo do tronco e mínima limitação</p><p>de membros ou comprometimento moderado de tronco, pernas e braços</p><p>Classe III: atletas com lesões severas nas pernas, mas com mínimo ou nenhum</p><p>comprometimento de troco, ou com moderado comprometimento de pernas, troncos e</p><p>braços.</p><p>Classe IV: reúne atletas com comprometimento severo em ambos os braços, com</p><p>comprometimento moderado dos quatro membros, com baixa estatura ou com</p><p>deficiência visual severa ou total (B1)</p><p>https://youtu.be/ztNuuchykII</p><p>Colégio O Bom Pastor e O Bom Pastor Jr.</p><p>Educação Física</p><p>Professor Antonio Carlos</p><p>Classe V: deficiência em um membro ou deficiência leve em dois membros,</p><p>comprometimento de amplitude de movimento ou da força muscular e atletas com</p><p>deficiência visual moderada (B2)</p><p>JUDÔ</p><p>Antonio Tenório é da classe B1, para cegos — Foto: Reprodução</p><p>Competem apenas deficientes visuais. Há divisões por peso, mas atletas com</p><p>diferentes graus de comprometimento da visão competem juntos.</p><p>·B1 – cego total: nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos ou percepção de</p><p>luz, mas com incapacidade de reconhecer formatos a qualquer distância ou direção.</p><p>·B2 – atletas com percepção de vultos.</p><p>· B3 – atletas que conseguem definir imagens.</p><p>NATAÇÃO</p><p>A letra “S” antes da classe representa provas de estilo livre, costas e borboleta. As</p><p>letras “SB” referem-se ao nado peito, enquanto “SM” indicam eventos medley. Como o</p><p>nado peito exige maior impulsão com a perna, é comum que o atleta esteja em uma</p><p>classe diferente neste estilo em relação aos outros. O mesmo acontecer com as</p><p>provas medley. Quanto menor o número, maior a deficiência.</p><p>·1–10: atletas com deficiências físicas.</p><p>·11–13: atletas com deficiências visuais. Os da classe 11 tem pouca ou nenhuma</p><p>visão.</p><p>·14: atletas com deficiências intelectuais.</p><p>PARABADMINTON</p><p>Colégio O Bom Pastor e O Bom Pastor Jr.</p><p>Educação Física</p><p>Professor Antonio Carlos</p><p>Vitor Tavares será o representante do Brasil</p><p>na estreia do parabadminton em</p><p>Paralimpíadas — Foto: Takuma Matsushita/CPB</p><p>O esporte estreante no programa dos Jogos tem seis classes funcionais</p><p>.WH1: atletas cadeirantes, geralmente com deficiência em ambas as pernas e tronco</p><p>.WH2: atletas cadeirantes em uma das pernas e mínima ou nenhuma limitação de</p><p>tronco</p><p>.SL3: atletas andantes com deficiência em uma ou duas pernas e com muita</p><p>dificuldade de locomoção e equilíbrio</p><p>.SL4: atletas andantes com deficiência em uma ou nas duas pernas, mas com pouca</p><p>dificuldade de locomoção e equilíbrio</p><p>.SU5: atletas com deficiência nos membros superiores, podendo ser ou não no braço</p><p>da raquete</p><p>.SH6: atletas de baixa estatura</p><p>https://youtu.be/tdvdpiCj5MA</p><p>PARATAEKWONDO</p><p>Apenas a modalidade kiorugui, de luta, é disputada. Nas Paralimpíadas há</p><p>combinação de duas classes funcionais em uma única disputa.</p><p>.K44: atletas com amputação unilateral abaixo da articulação do cotovelo ou perda de</p><p>função equivalente ou perda de dedos dos pés que afete a capacidade de levantar o</p><p>tornozelo.</p><p>.K43: atletas com restrições em ambos os lados abaixo da articulação do cotovelo ou</p><p>dismelia bilateral.</p><p>REMO</p><p>.PR1- remadores com função nula ou mínima de tronco, que precisam ser amarrados</p><p>ao barco e impulsionam o barco principalmente através de braços e ombros.</p><p>.PR2 - remadores com uso funcional dos braços e tronco, mas que ainda apresentam</p><p>fraqueza/ausência da função das pernas para deslizar o assento.</p><p>.PR3 - Remadores com função residual nas pernas que lhes permite deslizar no</p><p>assento. Esta classe também inclui atletas com deficiência visual, podendo haver até</p><p>dois por barco de quatro.</p><p>RUGBY EM CADEIRA DE RODAS</p><p>Colégio O Bom Pastor e O Bom Pastor Jr.</p><p>Educação Física</p><p>Professor Antonio Carlos</p><p>Seleção brasileira de rugby em ação no Parapan de Lima — Foto: Saulo</p><p>Cruz/EXEMPLUS/CPB</p><p>Todos os atletas são tetraplégicos. Cada um recebe uma pontuação de acordo com</p><p>sua habilidade funcional, de 0.5 a 3.5. Quanto maior o número, menor o</p><p>comprometimento pela deficiência. Os quatro titulares não podem somar juntos mais</p><p>do que oito pontos. A cada mulher em quadra, o limite de pontuação é ampliado em</p><p>0.5 pontos.</p><p>TÊNIS DE MESA</p><p>Há 11 classes no tênis de mesa. Quanto maior o número, menor o comprometimento</p><p>físico-motor.</p><p>·TT1, TT2, TT3, TT4 e TT5 – atletas cadeirantes</p><p>·TT6, TT7, TT8, TT9, TT10 – atletas andantes</p><p>·TT11 - atletas andantes com deficiência intelectual</p><p>https://youtu.be/JuhLEFhoNa8</p><p>TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS</p><p>·Classe aberta: atletas com deficiência para se locomover (medula ou amputação),</p><p>mas sem comprometimento de braços e mãos.</p><p>·Classe “quad”: atletas com deficiências que afetem, além das pernas, o movimento</p><p>dos braços, dificultando o domínio da raquete e da movimentação da cadeira de rodas.</p><p>Nesta classe, homens e mulheres podem competir juntos.</p><p>TIRO COM ARCO</p><p>Em Tóquio haverá disputa em apenas duas classes:</p><p>.W1: atletas com comprometimento em todos os quatro membros e que usem cadeira</p><p>de rodas.</p><p>.Aberta: combina as classes W2 e ST, reunindo atletas que têm deficiência nas</p><p>pernas e usam cadeira de rodas ou que possuem deficiência de equilíbrio e atiram em</p><p>pé ou com auxílio de um apoio.</p><p>https://youtu.be/JuhLEFhoNa8</p><p>Colégio O Bom Pastor e O Bom Pastor Jr.</p><p>Educação Física</p><p>Professor Antonio Carlos</p><p>Atletas do</p><p>tiro com arco do Brasil treinam em Hamamatsu — Foto: Takuma Matsushita/CPB</p><p>TIRO ESPORTIVO</p><p>·SH1: atletas que conseguem suportar o peso da arma. Podem usar rifle ou pistola.</p><p>·SH2: atletas que necessitam de suporte para apoiar a arma. Podem usar apenas o</p><p>rifle.</p><p>TRIATLO</p><p>Existem nove classes no triatlo paralímpico. Nos Jogos de Tóquio haverá quatro</p><p>classes para os homens (PTWC, PTS4, PTS5, PTVI) e de quatro para as mulheres</p><p>(PTWC, PTS2, PTS5, PTVI).</p><p>.PTWC: Atletas cadeirantes, que utilizam handcycle e cadeira de rodas para corrida. A</p><p>classe ainda é dividida nas subclasses PTWC1 (deficiências mais severas) e PTWC2</p><p>(menos severas).</p><p>.PTS 2-5: Atletas com deficiências físico-motoras e paralisia cerebral andantes, sendo</p><p>a PTS2 para deficiências mais severas e PTS5 para deficiências mais moderadas. É</p><p>permitido o uso de próteses para provas de ciclismo e corrida.</p><p>.PTVI: para deficientes visuais. Atletas são assistidos por um guia, e no ciclismo é</p><p>usado a bicicleta tandem, para duas pessoas</p><p>VÔLEI SENTADO</p><p>Colégio O Bom Pastor e O Bom Pastor Jr.</p><p>Educação Física</p><p>Professor Antonio Carlos</p><p>Treino da seleção brasileira feminina de vôlei sentado em Hamamatsu — Foto: Fabio</p><p>Chey/CPB</p><p>A formação em quadra permite no máximo um atleta VS2 por time por vez.</p><p>.VS1: atletas com comprometimento significativo das funções do core, com</p><p>amputações altas, membros encurtados no nascimento, rigidez anormal de</p><p>articulações, tensão muscular e movimentos descoordenados e/ou involuntários.</p><p>.VS2: atletas com comprometimento menos grave, como amputação de pés, de dedos</p><p>de uma das mãos, casos mais brandos de tensão muscular, movimentos</p><p>descoordenados e/ou involuntários.</p><p>Fonte do texto: Redação do ge — Tóquio, Japão</p><p>21/08/2021 11h01</p>