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<p>CÓD: SL-117JN-24</p><p>7908433247814</p><p>CONCURSO NACIONAL UNIFICADO</p><p>CNU</p><p>Conhecimentos gerais</p><p>para os BLOCOS 1, 2, 3, 4,</p><p>5, 6 e 7</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>EDITAIS Nº 1, 2, 3, 4, 5, 6 E 7/2024</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Como passar em um concurso público?</p><p>Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro</p><p>estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como</p><p>estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.</p><p>Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução</p><p>preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.</p><p>Então mãos à obra!</p><p>• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter</p><p>que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;</p><p>• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você</p><p>tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma</p><p>área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;</p><p>• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,</p><p>determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não</p><p>pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;</p><p>• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É</p><p>praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha</p><p>contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;</p><p>• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto</p><p>estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque</p><p>refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.</p><p>• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses</p><p>materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais</p><p>exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;</p><p>• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma</p><p>menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é</p><p>tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.</p><p>A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo</p><p>com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.</p><p>Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação</p><p>e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.</p><p>A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!</p><p>ÍNDICE</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Políticas Públicas</p><p>1. Introdução às políticas públicas: conceitos e tipologias ............................................................................................................ 7</p><p>2. Ciclos de políticas públicas: agenda e formulação; processos de decisão; implementação, seus planos, projetos e programas;</p><p>monitoramento e avaliação ....................................................................................................................................................... 17</p><p>3. Institucionalização das políticas em Direitos Humanos como políticas de Estado .................................................................... 18</p><p>4. Federalismo e descentralização de políticas públicas no Brasil: organização e funcionamento dos sistemas de programas</p><p>nacionai ..................................................................................................................................................................................... 18</p><p>Desafios do Estado de Direito: Democracia e Cidadania</p><p>1. Estado de direito e a Constituição Federal de 1988: consolidação da democracia, representação política e participação cida-</p><p>dã ............................................................................................................................................................................................... 23</p><p>2. Divisão e coordenação de Poderes da República ....................................................................................................................... 23</p><p>3. Presidencialismo como sistema de governo: noções gerais, capacidades governativas e especificidades do caso brasileiro .. 24</p><p>4. Efetivação e reparação de Direitos Humanos: memória, autoritarismo e violência de Estado ................................................. 25</p><p>5. Programa Nacional de Direitos Humanos PNDH-3 (Decreto nº 7.037/2009) ............................................................................ 25</p><p>6. Combate às discriminações, desigualdades e injustiças: de renda, regional, racial, etária e de gênero ................................... 62</p><p>7. Desenvolvimento sustentável, meio ambiente e mudança climática ........................................................................................ 63</p><p>Ética e Integridade</p><p>1. Princípios e valores éticos do serviço público, seus direitos e deveres à luz do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, e do</p><p>Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto nº 1.171/1994) ........................... 67</p><p>2. Governança pública e sistemas de governança (Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017); Gestão de riscos e medidas</p><p>mitigatórias na Administração Pública ....................................................................................................................................... 74</p><p>3. Integridade pública (Decreto nº 11.529/2023) .......................................................................................................................... 80</p><p>4. Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania e equidade social .............................................................................. 83</p><p>5. Governo eletrônico e seu impacto na sociedade e na Administração Pública; Lei nº 14.129/2021 .......................................... 88</p><p>6. Acesso à informação; Lei nº 12.527/2011 ................................................................................................................................. 97</p><p>7. Transparência e imparcialidade nos usos da inteligência artificial no âmbito do serviço público ............................................. 104</p><p>Diversidade e Inclusão na Sociedade</p><p>1. Diversidade de sexo, gênero e sexualidade; diversidade étnico-racial; diversidade cultural ..................................................... 107</p><p>2. Desafios sociopolíticos da inclusão de grupos vulnerabilizados: crianças e adolescentes; idosos; LGBTQIA+; pessoas com</p><p>deficiências; pessoas em situação de rua, povos indígenas, comunidades quilombolas e demais minorias sociais ................. 110</p><p>ÍNDICE</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>na agenda. Nesta etapa, é essencial realizar um diag-</p><p>nóstico do problema, a fim de elaborar alternativas viáveis. Estabe-</p><p>lecer objetivos claros é fundamental, pois eles orientarão o proces-</p><p>so de formulação, bem como as fases subsequentes de tomada de</p><p>decisão, implementação e avaliação das políticas públicas. Durante</p><p>essa fase, são realizadas reuniões, consultas públicas e audiências</p><p>para analisar os cenários e considerar os aspectos jurídicos, admi-</p><p>nistrativos e financeiros relacionados à política pública. Essa etapa</p><p>é crucial para o sucesso das fases subsequentes.</p><p>3) Processo Decisório: analisa quem será responsável por to-</p><p>mar decisões e como isso será feito após o processo de formulação</p><p>de políticas públicas. Durante esta etapa, determina-se o curso de</p><p>ação a ser seguido.</p><p>Existem alguns modelos que servem de base para a tomada de</p><p>decisão:</p><p>– Modelo de Racionalidade Absoluta: neste modelo, os atores</p><p>calculam os custos e benefícios de cada alternativa para encontrar</p><p>a melhor solução.</p><p>– Modelo de Racionalidade Limitada: aqui, a decisão é base-</p><p>ada em opções satisfatórias, não necessariamente nas melhores.</p><p>– Modelo Incremental: este modelo considera mais o elemen-</p><p>to político do que o critério técnico. A melhor decisão é aquela que</p><p>garante o melhor acordo entre os envolvidos.</p><p>– Modelo de Fluxos Múltiplos: no modelo de fluxos múltiplos,</p><p>há uma convergência de problemas, soluções e situações favorá-</p><p>veis.</p><p>A tomada de decisão visa encontrar a melhor solução possível</p><p>com o mínimo uso de recursos disponíveis, com base em uma aná-</p><p>lise de custo-benefício.</p><p>4) Implementação: uma vez que uma política é aprovada, ela</p><p>entra na fase de implementação. Isso envolve a tradução das polí-</p><p>ticas em ações concretas, alocação de recursos, definição de res-</p><p>ponsabilidades e execução dos programas e serviços relacionados à</p><p>política. Na fase de implementação, a política pública é efetivamen-</p><p>te colocada em prática, transformando as intenções políticas em</p><p>ações concretas. Isso ocorre após a delimitação da política pública,</p><p>a tomada de decisão, a alocação de recursos e o desenho institu-</p><p>cional.</p><p>No entanto, esta fase pode enfrentar desafios, como:</p><p>– Desenho inadequado da política;</p><p>– Caráter genérico da política;</p><p>– Envolvimento de várias organizações na implementação;</p><p>– Níveis de consenso em relação à opinião política.</p><p>Esses desafios podem impactar a eficácia da implementação da</p><p>política pública.</p><p>5) Avaliação: após a implementação da política pública, é ne-</p><p>cessário realizar uma avaliação para verificar se seus objetivos e</p><p>metas estão sendo alcançados. Isso envolve verificar se a política</p><p>está tendo um impacto positivo no público-alvo e se está cumprin-</p><p>do sua finalidade.</p><p>A avaliação pode ocorrer tanto após a implementação da polí-</p><p>tica, para corrigir possíveis problemas, quanto antes da implemen-</p><p>tação, para prevenir efeitos indesejados.</p><p>Com base na avaliação, é possível tomar várias decisões, como:</p><p>– Continuar a política pública sem alterações;</p><p>– Fazer modificações em alguns aspectos da política;</p><p>– Encerrar a política pública quando o problema foi resolvido</p><p>ou quando a implementação se mostrou ineficaz.</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>1212</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>É importante notar que, embora essas etapas sejam apresen-</p><p>tadas de forma sequencial, na prática, elas muitas vezes se sobre-</p><p>põem e interagem entre si. Além disso, o processo de políticas pú-</p><p>blicas envolve uma ampla gama de atores e interesses, tornando-o</p><p>complexo e sujeito a mudanças ao longo do tempo.</p><p>As três principais causas que podem levar ao fim de uma Polí-</p><p>tica Pública são:</p><p>a) Quando o problema público é resolvido;</p><p>b) Quando a política pública se torna ineficaz para resolver o</p><p>problema;</p><p>c) Quando o problema público, mesmo não resolvido, perde</p><p>sua importância na agenda política e no programa de governo.</p><p>INSTITUCIONALIZAÇÃO DAS POLÍTICAS EM DIREITOS HU-</p><p>MANOS COMO POLÍTICAS DE ESTADO</p><p>A institucionalização das políticas em direitos humanos como</p><p>políticas de Estado representa um marco fundamental na promo-</p><p>ção e proteção dos direitos fundamentais de todos os cidadãos.</p><p>Este processo envolve a incorporação de princípios e normas de</p><p>direitos humanos em todos os níveis de governança e em todas as</p><p>áreas da administração pública, assegurando que esses direitos se-</p><p>jam respeitados, protegidos e cumpridos pelo Estado.</p><p>Fundamentos e Importância</p><p>Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres</p><p>humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia,</p><p>idioma, religião ou qualquer outra condição. A institucionalização</p><p>desses direitos nas políticas de Estado visa garantir que as práticas</p><p>governamentais sejam consistentemente orientadas pelos padrões</p><p>internacionais de direitos humanos. Isso é essencial não apenas</p><p>para proteger os indivíduos contra abusos e violações, mas tam-</p><p>bém para promover o bem-estar e a dignidade de todas as pessoas.</p><p>Políticas de Estado e Estruturas Institucionais</p><p>As políticas de Estado em direitos humanos requerem estru-</p><p>turas institucionais sólidas. Isso inclui a criação de órgãos governa-</p><p>mentais especializados, como comissões ou secretarias de direitos</p><p>humanos, que são responsáveis por formular, implementar e mo-</p><p>nitorar políticas nesta área. Também é fundamental a existência de</p><p>um quadro legal abrangente que alinhe a legislação nacional com as</p><p>obrigações internacionais em matéria de direitos humanos.</p><p>Educação e Conscientização</p><p>A institucionalização efetiva também passa pela educação</p><p>e conscientização. Isso significa integrar os direitos humanos nos</p><p>currículos educacionais e promover campanhas de conscientização</p><p>pública para informar os cidadãos sobre seus direitos e sobre como</p><p>protegê-los. Uma população bem informada sobre seus direitos é</p><p>mais capaz de reivindicá-los e defender-se contra abusos.</p><p>Participação Pública e Sociedade Civil</p><p>Outro aspecto chave é a participação pública e o envolvimento</p><p>da sociedade civil. Políticas eficazes de direitos humanos exigem um</p><p>diálogo aberto entre o governo e a sociedade, incluindo organiza-</p><p>ções não governamentais, grupos de defesa de direitos, acadêmicos</p><p>e outros atores relevantes. A participação ativa desses grupos asse-</p><p>gura que as políticas sejam inclusivas, representativas e sensíveis às</p><p>necessidades de diferentes comunidades.</p><p>Monitoramento e Responsabilidade</p><p>Para garantir a eficácia dessas políticas, é crucial ter mecanis-</p><p>mos de monitoramento e responsabilização. Isso pode ser realizado</p><p>através de relatórios regulares, revisões independentes e a criação</p><p>de órgãos de supervisão que possam avaliar o cumprimento dos</p><p>compromissos de direitos humanos e responsabilizar as autorida-</p><p>des por falhas ou violações.</p><p>Desafios e Perspectivas Futuras</p><p>Apesar de sua importância, a institucionalização das políticas</p><p>de direitos humanos enfrenta desafios, incluindo resistências po-</p><p>líticas, limitações de recursos e a necessidade de harmonização</p><p>das práticas locais com padrões internacionais. A superação desses</p><p>desafios requer compromisso político, recursos adequados e uma</p><p>abordagem colaborativa entre diferentes setores da sociedade.</p><p>Em conclusão, a institucionalização das políticas em direitos</p><p>humanos como políticas de Estado é fundamental para a constru-</p><p>ção de sociedades justas e equitativas. Ela promove o respeito à</p><p>dignidade humana, a proteção contra abusos e a promoção de uma</p><p>cultura de respeito e valorização dos direitos humanos. Esta abor-</p><p>dagem não apenas fortalece o estado de direito e a democracia,</p><p>mas também contribui para a estabilidade social e o desenvolvi-</p><p>mento sustentável. Portanto, assegurar que os direitos humanos</p><p>sejam uma prioridade nas políticas de Estado é um imperativo tanto</p><p>ético quanto prático para governos comprometidos com o bem-es-</p><p>tar de seus cidadãos e o progresso de sua nação.</p><p>FEDERALISMO E DESCENTRALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚ-</p><p>BLICAS NO BRASIL: ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO</p><p>DOS SISTEMAS DE PROGRAMAS NACIONAIS</p><p>O federalismo e a descentralização de políticas públicas no</p><p>Brasil representam aspectos fundamentais da organização política</p><p>e administrativa do país. A estrutura federal brasileira é compos-</p><p>ta pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cada um com</p><p>competências e responsabilidades específicas definidas pela Consti-</p><p>tuição de 1988. Essa estrutura visa equilibrar o poder entre diferen-</p><p>tes níveis de governo, ao mesmo tempo que promove a autonomia</p><p>regional e local.</p><p>Federalismo Brasileiro</p><p>O federalismo no Brasil é caracterizado pela distribuição de po-</p><p>deres entre os diferentes níveis de governo. A União detém compe-</p><p>tências exclusivas em áreas como defesa nacional, política externa,</p><p>e regulação do comércio internacional. Os Estados possuem compe-</p><p>tências residuais, ou seja, tudo aquilo que não é exclusivo da União</p><p>ou atribuído aos Municípios. Já os Municípios são responsáveis por</p><p>questões de interesse local, como educação básica e serviços de</p><p>saúde de atenção primária.</p><p>Descentralização de Políticas Públicas</p><p>A descentralização no Brasil foi intensificada com a Constitui-</p><p>ção de 1988, que ampliou as competências dos Estados e Municí-</p><p>pios, especialmente em áreas como saúde, educação e assistência</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>13</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>social. Essa mudança visou aproximar a administração dos serviços</p><p>públicos dos cidadãos, buscando maior eficiência e adequação às</p><p>realidades locais. A descentralização é vista como um meio de pro-</p><p>mover a participação cidadã, aumentar a transparência e melhorar</p><p>a alocação de recursos.</p><p>Organização e Funcionamento dos Sistemas de Programas</p><p>Nacionais</p><p>No contexto desse federalismo descentralizado, os sistemas de</p><p>programas nacionais são organizados de modo a assegurar a uni-</p><p>formidade de diretrizes em todo o território nacional, ao mesmo</p><p>tempo que permitem adaptações às especificidades locais e regio-</p><p>nais. Por exemplo, no sistema de saúde, o Sistema Único de Saúde</p><p>(SUS) estabelece diretrizes nacionais, mas permite que Estados e</p><p>Municípios adaptem suas políticas e programas de acordo com as</p><p>necessidades locais.</p><p>A gestão desses programas envolve um constante processo de</p><p>negociação e coordenação entre os diferentes níveis de governo.</p><p>Mecanismos como consórcios intermunicipais, conferências de po-</p><p>líticas públicas e comissões intergestoras são exemplos de como</p><p>essa coordenação é realizada na prática. Esses mecanismos visam</p><p>promover a integração entre os diferentes níveis de governo e ga-</p><p>rantir a coerência e a efetividade das políticas públicas.</p><p>Desafios e Perspectivas</p><p>Apesar dos benefícios potenciais, a descentralização enfrenta</p><p>desafios significativos no Brasil. A variação na capacidade admi-</p><p>nistrativa e financeira entre os Municípios e Estados pode levar a</p><p>desigualdades significativas na qualidade dos serviços públicos ofe-</p><p>recidos. Além disso, a complexidade na coordenação entre os dife-</p><p>rentes níveis de governo pode resultar em sobreposição de funções</p><p>e ineficiências.</p><p>Para enfrentar esses desafios, é necessário fortalecer mecanis-</p><p>mos de cooperação e coordenação, aprimorar a capacidade admi-</p><p>nistrativa dos governos locais e regionais e garantir uma distribuição</p><p>mais equitativa de recursos. Além disso, a avaliação contínua das</p><p>políticas públicas e a promoção da transparência e da participação</p><p>cidadã são essenciais para assegurar a eficácia e a responsabilidade</p><p>na gestão pública.</p><p>o federalismo e a descentralização de políticas públicas no Bra-</p><p>sil oferecem um quadro complexo, mas potencialmente eficaz, para</p><p>a gestão de serviços e programas em um país de dimensões conti-</p><p>nentais e de grande diversidade regional. Ao equilibrar a autono-</p><p>mia dos governos locais com a coordenação e supervisão em nível</p><p>federal, busca-se promover políticas públicas que sejam ao mesmo</p><p>tempo uniformes em qualidade e adaptadas às necessidades locais.</p><p>A efetivação desse modelo, contudo, requer um compromisso con-</p><p>tínuo com a melhoria da capacidade administrativa, a cooperação</p><p>intergovernamental e a participação ativa da sociedade.</p><p>QUESTÕES</p><p>1. (DETRAN-MT - Administrador – UFMT) Políticas Públicas con-</p><p>sistem em:</p><p>(A) Outputs resultantes da atividade política, em áreas como</p><p>emprego, educação, segurança e saúde.</p><p>(B) Procedimentos formais e informais que expressam relações</p><p>de poder na solução de conflitos.</p><p>(C) Centros de competências instituídos para o desempenho de</p><p>funções estatais, por meio de seus agentes.</p><p>(D) Procedimentos que permitem aos gestores públicos tornar</p><p>públicas suas ações, garantindo-lhes transparência.</p><p>2. (ANVISA - Técnico Administrativo – CETRO) A respeito das</p><p>Políticas Públicas, é correto afirmar que</p><p>(A) geram bens públicos e privados.</p><p>(B) são o resultado da atividade política.</p><p>(C) não possuem aspecto coercitivo.</p><p>(D) leis orgânicas municipais são políticas públicas.</p><p>(E) Estados e Municípios priorizam a ocupação do que se con-</p><p>vencionou denominar a high politics.</p><p>3. (BANPARÁ - Assistente Social – EXATUS) Sobre conselhos de</p><p>Políticas Públicas, julgue as alternativas e assinale a INCORRETA:</p><p>(A) Os conselhos, nos moldes definidos pela Constituição Fe-</p><p>deral de 1988, são espaços públicos com força legal para atuar</p><p>nas políticas públicas, na definição de suas prioridades, de seus</p><p>conteúdos e recursos orçamentários, de segmentos sociais a</p><p>serem atendidos e na avaliação dos resultados.</p><p>(B) A composição plural e heterogênea, com representação da</p><p>sociedade civil e do governo em diferentes formatos, caracte-</p><p>riza os conselhos como instâncias de negociação de conflitos</p><p>entre diferentes grupos e interesses, portanto, como campo de</p><p>disputas políticas, de conceitos e processos, de significados e</p><p>resultantes políticos.</p><p>(C) Os conselhos são canais importantes de participação cole-</p><p>tiva, que possibilitam a criação de uma nova cultura política e</p><p>novas relações políticas entre governos e cidadãos.</p><p>(D) Os conselhos representam o esvaziamento das responsa-</p><p>bilidades públicas do Estado, de qualificação das instâncias de</p><p>representação coletivas, de fragmentação do espaço público,</p><p>de despolitização da política e de processos que fragilizam a</p><p>capacidade de a sociedade civil exercer pressão direta sobre os</p><p>rumos da ação estatal.</p><p>(E) Em termos da tradição política brasileira, os conselhos de</p><p>políticas públicas são arranjos institucionais inéditos, uma con-</p><p>quista da sociedade civil para imprimir níveis crescentes de de-</p><p>mocratização às políticas públicas e ao Estado, que em nosso</p><p>país têm forte trajetória de centralização e concentração de</p><p>poder.</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>1414</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>4. (TJ-GO - Analista Judiciário – FGV) O conceito de política pú-</p><p>blica e seus diversos significados seguem uma tradicional classifi-</p><p>cação, que divide em ciclos essa atividade estatal e o seu processo.</p><p>A perspectiva “de cima para baixo” tem suas raízes no modelo de</p><p>estágios, que devem ser claramente distintos.</p><p>Um desses estágios é o da implementação da política pública,</p><p>que pode ser definido como:</p><p>(A) o processo de julgamentos deliberados sobre a validade de</p><p>propostas para a ação pública;</p><p>(B) o processo de execução e efetuação, que pressupõe um ato</p><p>anterior e direcionado à consecução de objetivos;</p><p>(C) a determinação do caminho definitivo para a solução do</p><p>problema que a originou;</p><p>(D) a discrepância entre o status quo e uma situação ideal pos-</p><p>sível;</p><p>(E) o conjunto de problemas ou temas que a comunidade políti-</p><p>ca percebe como merecedor de intervenção pública.</p><p>5. (DPE-RJ - Técnico Superior Especializado – Administração –</p><p>FGV) Os modelos de elaboração de Políticas Públicas que aspiram</p><p>à generalidade desconsideram o fato de que diferentes ambientes</p><p>sociais, que configuram a situação em que é feita a escolha da polí-</p><p>tica, aparentemente levam os tomadores de decisão a fazer opções</p><p>significativamente distintas. Deste modo, para que haja adequabili-</p><p>dade de um modelo teórico, deve-se levar em conta que:</p><p>(A) não existe diferença entre a busca de um modelo para os</p><p>países desenvolvidos e os países em desenvolvimento.</p><p>(B) o analista</p><p>deve vincular-se com rigidez a um modelo em</p><p>particular, não devendo, necessariamente, ter que observar os</p><p>aspectos do ambiente em estudo.</p><p>(C) nem sempre há necessidade de identificar e estruturar os</p><p>aspectos da política a ser analisada.</p><p>(D) esse modelo deve estar ligado às metas fixadas e como pro-</p><p>duto da participação das massas.</p><p>(E) na elaboração de políticas, as percepções e os interesses</p><p>dos atores individuais estão presentes em todos os estágios.</p><p>6. FGV - 2022</p><p>As políticas públicas resultam do processo decisório governa-</p><p>mental. Nelas, são identificados problemas, prioridades, estratégias</p><p>e atores que concorrem para sua execução. E sua avaliação permite</p><p>aprimorar, inovar e, até mesmo, mudar o rumo da ação governa-</p><p>mental.</p><p>O processo de formulação, implementação e avaliação das po-</p><p>líticas públicas é complexo e dinâmico. No entanto, estudos trazem</p><p>a noção de ciclo de políticas públicas como um referencial para pen-</p><p>sar e pôr em prática as políticas públicas. Na perspectiva do ciclo,</p><p>cada etapa ressalta um aspecto desse processo, sem descartar pos-</p><p>sibilidades de interação entre cada uma delas.</p><p>Considerando o ciclo das políticas públicas, a teoria do equilí-</p><p>brio pontuado, que ajuda a identificar momentos de estabilidade e</p><p>de mudanças incrementais no foco das políticas públicas, está me-</p><p>lhor relacionada com a seguinte etapa do ciclo:</p><p>(A) formulação de alternativas.</p><p>(B) avaliação.</p><p>(C) tomada de decisão.</p><p>(D) formação da agenda.</p><p>(E) implementação.</p><p>7. IBFC - 2020</p><p>O ciclo de políticas públicas deve conter diversas etapas. Assi-</p><p>nale a alternativa que não compreenda uma das fases do ciclo de</p><p>políticas públicas.</p><p>(A) Formulação da agenda</p><p>(B) Tomada de decisão</p><p>(C) Implementação</p><p>(D) Propaganda eleitoral</p><p>8. FGV - 2021</p><p>O conceito de política pública modificou-se ao longo das úl-</p><p>timas décadas. Atualmente considera-se que as políticas públicas</p><p>têm uma natureza bastante complexa e controversa. O ciclo clássi-</p><p>co de políticas públicas que englobava três etapas foi ampliado, no</p><p>sentido de se compreender melhor seu processo.</p><p>Considerando essa nova perspectiva, as fases e a respectiva or-</p><p>dem de desenvolvimento das políticas públicas são:</p><p>(A) agenda, formulação, estratégia, execução, implementação</p><p>e monitoramento;</p><p>(B) formação da agenda, decisão de implementação, execução</p><p>e monitoramento;</p><p>(C) agenda, elaboração, formulação, implementação, execução,</p><p>acompanhamento e avaliação;</p><p>(D) formulação, execução, implementação, acompanhamento</p><p>e avaliação;</p><p>(E) agenda, formulação, execução, monitoramento e avaliação.</p><p>9. Qual é o principal objetivo da institucionalização das políti-</p><p>cas de direitos humanos como políticas de Estado?</p><p>(A) Assegurar que as práticas governamentais estejam orienta-</p><p>das pelos padrões internacionais de direitos humanos.</p><p>(B) Promover a supremacia do governo sobre as legislações in-</p><p>ternacionais.</p><p>(C) Limitar a participação da sociedade civil no processo legis-</p><p>lativo.</p><p>(D) Centralizar o poder legislativo em órgãos governamentais</p><p>especializados.</p><p>10. Por que a educação e a conscientização são essenciais na</p><p>institucionalização das políticas de direitos humanos?</p><p>(A) Para aumentar o controle do Estado sobre a população.</p><p>(B) Para informar os cidadãos sobre seus direitos e como pro-</p><p>tegê-los.</p><p>(C) Para reduzir a influência da sociedade civil e de organiza-</p><p>ções não governamentais.</p><p>(D) Para centralizar a formulação de políticas de direitos huma-</p><p>nos no governo.</p><p>11. Qual é o papel da sociedade civil na institucionalização das</p><p>políticas de direitos humanos como políticas de Estado?</p><p>(A) Reduzir a transparência e a prestação de contas do governo.</p><p>(B) Assegurar que as políticas sejam inclusivas e representati-</p><p>vas das necessidades de diferentes comunidades.</p><p>(C) Centralizar as decisões de políticas de direitos humanos nas</p><p>mãos de grupos selecionados.</p><p>(D) Promover uma agenda política específica, independente</p><p>dos direitos humanos.</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>15</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>12. Qual dos seguintes aspectos é um desafio significativo en-</p><p>frentado pela descentralização de políticas públicas no Brasil?</p><p>(A) Uniformidade de diretrizes em todo o território nacional.</p><p>(B) Cooperação entre Estados e Municípios.</p><p>(C) Variação na capacidade administrativa e financeira entre</p><p>Municípios e Estados.</p><p>(D) Implementação de políticas de saúde em nível nacional.</p><p>13. No contexto do federalismo brasileiro, quais são as respon-</p><p>sabilidades primárias dos Municípios?</p><p>(A) Defesa nacional e política externa.</p><p>(B) Regulação do comércio internacional.</p><p>(C) Educação básica e serviços de saúde de atenção primária.</p><p>(D) Gestão de políticas ambientais e recursos naturais.</p><p>14. Como os sistemas de programas nacionais são organizados</p><p>no federalismo descentralizado brasileiro?</p><p>(A) Através da centralização das decisões em um único nível</p><p>de governo.</p><p>(B) Mediante a eliminação total da autonomia dos governos</p><p>locais.</p><p>(C) Estabelecendo diretrizes nacionais, mas permitindo adapta-</p><p>ções às necessidades locais.</p><p>(D) Por meio da uniformidade estrita de implementação em to-</p><p>dos os estados e municípios.</p><p>15. FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Ci-</p><p>ências Sociais (Sociólogo) -O estudo das políticas públicas usa mo-</p><p>delos na forma de ciclos de etapas sucessivas, de modo a facilitar</p><p>sua análise e identificar uma possível intervenção, como no exem-</p><p>plo proposto a seguir.</p><p>Nesse modelo, a(s) etapa(s)</p><p>(A) identificação do problema e formação da Agenda corres-</p><p>pondem aos processos de reconhecimento de uma questão</p><p>social como problema público e de sua legitimação na pauta</p><p>pública, em determinado momento.</p><p>(B) formulação das alternativas consiste na escolha técnico-po-</p><p>lítica dos rumos a seguir, decidindo entre as alternativas formu-</p><p>ladas de ação efetiva ou não.</p><p>(C) tomada de decisão refere-se à capacidade de oferecer uma</p><p>solução consistente indicando os encaminhamentos e progra-</p><p>mas para o problema social diagnosticado.</p><p>(D) implementação contribui para os esforços de efetivação da</p><p>ação governamental, mediante a verificação da pertinência,</p><p>viabilidade e eficácia potencial de um programa.</p><p>(E) avaliação identifica o conjunto de assuntos e problemas</p><p>que os gestores públicos e a comunidade política entendem</p><p>como mais relevantes em um dado momento.</p><p>GABARITO</p><p>1 A</p><p>2 B</p><p>3 D</p><p>4 B</p><p>5 E</p><p>6 D</p><p>7 D</p><p>8 C</p><p>9 A</p><p>10 B</p><p>11 B</p><p>12 C</p><p>13 C</p><p>14 C</p><p>15 A</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>1616</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>23</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO:</p><p>DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>ESTADO DE DIREITO E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:</p><p>CONSOLIDAÇÃO DA DEMOCRACIA, REPRESENTAÇÃO PO-</p><p>LÍTICA E PARTICIPAÇÃO CIDADÃ</p><p>O Estado de Direito e a Constituição Federal de 1988 no Bra-</p><p>sil estão intrinsecamente ligados à consolidação da democracia, à</p><p>representação política e à participação cidadã. A Constituição de</p><p>1988, frequentemente chamada de “Constituição Cidadã”, marca</p><p>um ponto de virada na história política brasileira, estabelecendo as</p><p>bases para um Estado democrático de direito e enfatizando os direi-</p><p>tos e garantias fundamentais.</p><p>Consolidação da Democracia</p><p>A Constituição de 1988 foi promulgada após um longo período</p><p>de regime militar autoritário, representando um forte movimento</p><p>de redemocratização. Ela estabeleceu um sistema de governo de-</p><p>mocrático, baseado na separação de poderes - Executivo, Legisla-</p><p>tivo e Judiciário - e no respeito aos direitos humanos e liberdades</p><p>fundamentais. A Constituição também reforçou as instituições de-</p><p>mocráticas, estabelecendo regras claras para eleições livres e justas,</p><p>o funcionamento dos partidos políticos e a alternância de poder.</p><p>Esses elementos são essenciais para a consolidação da democracia,</p><p>pois garantem que o governo reflita a vontade do povo e que haja</p><p>mecanismos para a accountability e a transparência.</p><p>Representação Política</p><p>A representação política é um pilar central da democracia, e</p><p>a Constituição Federal de 1988 abordou essa questão com grande</p><p>ênfase. Ela estabeleceu um sistema político representativo, no qual</p><p>os cidadãos elegem seus representantes para atuar em seu nome</p><p>nos níveis federal, estadual e municipal. A Constituição também</p><p>procurou garantir uma representação mais equitativa e plural, re-</p><p>conhecendo a diversidade da sociedade brasileira e incentivando a</p><p>participação de grupos historicamente marginalizados. Este aspecto</p><p>é crucial, pois a representação política efetiva é fundamental para</p><p>que todos os segmentos da sociedade tenham suas vozes ouvidas e</p><p>seus interesses atendidos. Além disso, a representação política sob</p><p>a égide da Constituição de 1988 visa assegurar que os processos de</p><p>tomada de decisão sejam responsivos e responsáveis, fortalecendo</p><p>assim os princípios democráticos.</p><p>Participação Cidadã</p><p>A Constituição de 1988 também colocou um foco especial na</p><p>participação cidadã como um meio de fortalecer a democracia. Ela</p><p>reconheceu que a democracia vai além do simples ato de votar, en-</p><p>globando a participação ativa dos cidadãos na vida política e nas</p><p>decisões que afetam suas vidas. Isso se manifesta de várias formas,</p><p>incluindo a participação direta em plebiscitos e referendos, o enga-</p><p>jamento em audiências públicas e o direito de propor legislação por</p><p>meio de iniciativas populares. A Constituição também estimulou a</p><p>formação de associações civis, organizações não governamentais e</p><p>outros grupos de interesse, reconhecendo o papel vital que essas</p><p>entidades desempenham na articulação de interesses e na promo-</p><p>ção de mudanças sociais.</p><p>Desafios e Avanços</p><p>Apesar dos avanços significativos trazidos pela Constituição</p><p>Federal de 1988, a consolidação da democracia no Brasil continua</p><p>a enfrentar desafios. Questões como a corrupção, a desigualdade</p><p>social, e a efetiva implementação de políticas públicas permanecem</p><p>como obstáculos significativos. No entanto, a Constituição forneceu</p><p>uma estrutura robusta para o enfrentamento desses desafios, es-</p><p>tabelecendo um sistema legal e institucional capaz de promover</p><p>reformas e garantir a justiça social.</p><p>A Constituição Federal de 1988 foi um marco decisivo na his-</p><p>tória do Brasil, estabelecendo as fundações de um Estado de Di-</p><p>reito democrático. Ela consolidou a democracia, reforçou a repre-</p><p>sentação política e ampliou a participação cidadã, tornando-se um</p><p>símbolo de uma nova era na política brasileira. Embora desafios</p><p>permaneçam, a Constituição de 1988 continua a ser um guia para</p><p>o desenvolvimento democrático e a justiça social no Brasil, ofere-</p><p>cendo um caminho para um futuro mais inclusivo e representativo.</p><p>Através dela, os cidadãos têm não apenas direitos, mas também</p><p>canais para participar ativamente na construção de uma sociedade</p><p>mais justa e igualitária. A experiência brasileira destaca a importân-</p><p>cia de uma constituição democrática não apenas como um docu-</p><p>mento legal, mas como um compromisso vivo com os valores da</p><p>democracia, da justiça e da participação cidadã.</p><p>DIVISÃO E COORDENAÇÃO DE PODERES DA REPÚBLICA</p><p>A divisão e coordenação de poderes da República são conceitos</p><p>fundamentais em qualquer democracia moderna, incluindo a Repú-</p><p>blica Federativa do Brasil. Estes princípios estão arraigados na ideia</p><p>de que para haver um governo eficiente e justo, é necessário dividir</p><p>as funções estatais entre diferentes órgãos, garantindo, ao mesmo</p><p>tempo, a sua coordenação e equilíbrio.</p><p>A Divisão de Poderes</p><p>O conceito de divisão de poderes foi popularizado por Montes-</p><p>quieu no século XVIII. Ele propôs que o poder do Estado deveria ser</p><p>dividido em três ramos independentes: o Legislativo, o Executivo e</p><p>o Judiciário. Essa divisão tem como objetivo evitar a concentração</p><p>de poder nas</p><p>mãos de uma única entidade ou grupo, o que poderia</p><p>levar à tirania. Cada um desses poderes tem funções específicas e</p><p>distintas:</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>2424</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• Poder Legislativo: É responsável pela elaboração e aprovação</p><p>das leis. No Brasil, este poder é bicameral, composto pela Câmara</p><p>dos Deputados e pelo Senado Federal, que representam, respecti-</p><p>vamente, o povo e os estados.</p><p>• Poder Executivo: Tem a função de executar as leis aprovadas</p><p>pelo Legislativo, além de administrar os assuntos do Estado e con-</p><p>duzir a política externa. No Brasil, é representado pelo Presidente</p><p>da República, que é auxiliado por ministros de Estado.</p><p>• Poder Judiciário: Seu papel é interpretar as leis, garantindo</p><p>que sejam aplicadas de maneira justa e imparcial. No Brasil, o siste-</p><p>ma judiciário é complexo e inclui diversos tribunais, como o Supre-</p><p>mo Tribunal Federal (STF), que é a mais alta corte do país.</p><p>Coordenação entre os Poderes</p><p>Embora a divisão de poderes seja essencial, também é neces-</p><p>sário que haja uma coordenação entre eles para garantir o bom</p><p>funcionamento do Estado. Essa coordenação é alcançada por meio</p><p>de um sistema de “freios e contrapesos”, no qual cada poder tem</p><p>a capacidade de limitar ou verificar os outros, prevenindo abusos e</p><p>garantindo um equilíbrio.</p><p>Por exemplo, o Presidente da República pode vetar leis aprova-</p><p>das pelo Congresso Nacional, mas o Congresso pode derrubar esse</p><p>veto. Da mesma forma, o Judiciário pode declarar a inconstituciona-</p><p>lidade de leis aprovadas pelo Legislativo ou atos do Executivo. Esse</p><p>sistema de checagens mútuas assegura que nenhum dos poderes</p><p>exceda suas prerrogativas constitucionais.</p><p>Desafios na Coordenação de Poderes</p><p>• A coordenação entre os poderes, embora ideal</p><p>mente projetada para garantir a harmonia e o equilíbrio, pode</p><p>enfrentar desafios. Conflitos entre os poderes podem surgir, espe-</p><p>cialmente quando há interpretações divergentes da Constituição ou</p><p>dos limites de autoridade de cada poder. Além disso, o sistema po-</p><p>lítico pode ser desafiado por crises que exigem respostas rápidas e</p><p>eficientes, colocando em teste a capacidade de coordenação entre</p><p>os poderes.</p><p>• Importância da Interação e Respeito Mútuo</p><p>Para o bom funcionamento da República, é essencial que haja</p><p>uma interação respeitosa entre os poderes. Embora independen-</p><p>tes, eles devem trabalhar juntos para o benefício do país e de seus</p><p>cidadãos. O respeito mútuo e a colaboração são fundamentais para</p><p>a resolução de conflitos e para a promoção do bem-estar social e do</p><p>desenvolvimento.</p><p>A Constituição como Base da Divisão e Coordenação de Po-</p><p>deres</p><p>A Constituição do Brasil estabelece as bases para a divisão e</p><p>coordenação de poderes. Ela define não apenas as funções de cada</p><p>poder, mas também os limites de sua atuação. A Constituição é,</p><p>portanto, o documento fundamental que assegura a manutenção</p><p>do equilíbrio entre os poderes e o respeito às suas funções e com-</p><p>petências.</p><p>PRESIDENCIALISMO COMO SISTEMA DE GOVERNO: NO-</p><p>ÇÕES GERAIS, CAPACIDADES GOVERNATIVAS E ESPECIFI-</p><p>CIDADES DO CASO BRASILEIRO</p><p>O presidencialismo é um sistema de governo adotado por di-</p><p>versos países, incluindo o Brasil, caracterizado pela eleição direta</p><p>do chefe de Estado e de governo, que é o presidente. Esse siste-</p><p>ma difere significativamente do parlamentarismo, onde o chefe de</p><p>governo geralmente é diferente do chefe de Estado e é escolhido</p><p>pela maioria parlamentar. O presidencialismo possui especificida-</p><p>des e capacidades governativas que impactam diretamente a forma</p><p>como um país é administrado e suas políticas são implementadas.</p><p>Noções Gerais do Presidencialismo</p><p>No presidencialismo, o presidente é eleito diretamente pelo</p><p>povo, para um mandato fixo, e não pode ser destituído do cargo</p><p>por uma votação parlamentar, a menos que seja por meio de um</p><p>processo de impeachment, que exige procedimentos legais e justifi-</p><p>cativas sólidas. O presidente tem amplos poderes, incluindo a admi-</p><p>nistração do executivo, a condução da política externa, a nomeação</p><p>de ministros e altos funcionários do governo, e, em muitos casos, a</p><p>capacidade de vetar legislações aprovadas pelo legislativo.</p><p>Capacidades Governativas do Presidencialismo</p><p>O sistema presidencialista permite uma clara separação entre</p><p>o Executivo e o Legislativo. Isso pode gerar uma estabilidade gover-</p><p>namental, pois o presidente, uma vez eleito, possui um mandato</p><p>fixo. Por outro lado, essa separação pode levar a impasses políticos,</p><p>especialmente se o presidente não possui apoio da maioria no le-</p><p>gislativo. O sistema presidencialista também é caracterizado pela</p><p>centralização do poder executivo, o que pode agilizar a tomada de</p><p>decisões e a implementação de políticas. No entanto, isso também</p><p>coloca uma grande responsabilidade nas mãos de um único indiví-</p><p>duo, o que pode ser um desafio em termos de checks and balances</p><p>democráticos.</p><p>Especificidades do Caso Brasileiro</p><p>No Brasil, o presidencialismo foi adotado desde a proclamação</p><p>da república em 1889, com algumas interrupções durante períodos</p><p>de regime militar. A Constituição Federal de 1988 reforçou o siste-</p><p>ma presidencialista, estabelecendo um equilíbrio de poderes entre</p><p>o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Uma característica marcan-</p><p>te do presidencialismo brasileiro é o sistema de coalizão, no qual o</p><p>presidente muitas vezes precisa formar alianças com vários partidos</p><p>para garantir apoio legislativo. Isso é em parte devido ao grande</p><p>número de partidos políticos e à fragmentação do Congresso.</p><p>Desafios do Presidencialismo Brasileiro</p><p>Um dos principais desafios do presidencialismo no Brasil é a go-</p><p>vernabilidade. A necessidade de formar coalizões amplas e muitas</p><p>vezes heterogêneas pode levar a um alto custo político e à lentidão</p><p>na implementação de políticas. Além disso, o sistema tem sido cri-</p><p>ticado por possibilitar um certo grau de “presidencialismo de coa-</p><p>lizão”, onde o presidente tem que negociar extensivamente com o</p><p>Congresso, muitas vezes concedendo cargos e favores políticos em</p><p>troca de apoio.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>25</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Vantagens do Sistema Brasileiro</p><p>Apesar dos desafios, o sistema presidencialista no Brasil tam-</p><p>bém tem suas vantagens. Ele permite uma representação direta da</p><p>vontade popular na escolha do líder executivo e oferece uma cer-</p><p>ta estabilidade governamental, uma vez que o presidente tem um</p><p>mandato fixo. Além disso, em situações de crise, o sistema pode</p><p>permitir uma resposta rápida e coordenada, dada a centralização</p><p>do poder executivo.</p><p>o presidencialismo como sistema de governo apresenta tanto</p><p>desafios quanto oportunidades para a governança. No caso brasilei-</p><p>ro, essas particularidades são evidenciadas pela interação complexa</p><p>entre o presidente e um Congresso multipartidário. Enquanto o sis-</p><p>tema permite uma representação direta e pode facilitar a estabili-</p><p>dade e a tomada de decisões rápidas, ele também exige habilidade</p><p>política significativa para a formação de coalizões e a condução de</p><p>políticas efetivas. A experiência brasileira com o presidencialismo</p><p>ilustra a importância do equilíbrio entre estabilidade e responsa-</p><p>bilidade democrática, bem como os desafios de governar em um</p><p>ambiente político diversificado e frequentemente fragmentado.</p><p>EFETIVAÇÃO E REPARAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS: ME-</p><p>MÓRIA, AUTORITARISMO E VIOLÊNCIA DE ESTADO</p><p>A efetivação e reparação de direitos humanos são temas cen-</p><p>trais no contexto de sociedades que vivenciaram períodos de au-</p><p>toritarismo e violência de Estado. Essas questões abrangem não</p><p>apenas a necessidade de reconhecer e responder aos abusos come-</p><p>tidos, mas também a importância da memória para a construção de</p><p>um futuro mais justo e democrático.</p><p>Memória e Direitos Humanos</p><p>A memória desempenha um papel crucial na efetivação dos</p><p>direitos humanos, especialmente em contextos pós-autoritários. A</p><p>recordação de abusos e injustiças do passado não é apenas uma</p><p>forma de honrar as vítimas, mas</p><p>também um meio de conscien-</p><p>tizar a sociedade sobre os perigos do autoritarismo. O processo</p><p>de lembrar e reconhecer os erros históricos é fundamental para a</p><p>construção de uma cultura de respeito aos direitos humanos e para</p><p>prevenir a repetição de tais abusos. Isso pode envolver a criação de</p><p>museus, memoriais, dias de lembrança, e a inclusão dessa história</p><p>nos currículos educacionais.</p><p>Autoritarismo e Violação de Direitos Humanos</p><p>Regimes autoritários frequentemente perpetraram violações</p><p>graves de direitos humanos, incluindo tortura, desaparecimentos</p><p>forçados, execuções extrajudiciais e supressão de liberdades civis.</p><p>Essas violações, muitas vezes cometidas em nome da segurança na-</p><p>cional ou da estabilidade do Estado, deixaram cicatrizes profundas</p><p>nas vítimas, suas famílias e na sociedade como um todo. A transição</p><p>para um regime democrático requer não apenas o reconhecimento</p><p>dessas injustiças, mas também ações efetivas para reparar os danos</p><p>causados.</p><p>Reparação e Justiça</p><p>A reparação dos direitos humanos envolve várias medidas, in-</p><p>cluindo a responsabilização dos perpetradores, compensações para</p><p>as vítimas e garantias de não repetição. Processos de justiça de</p><p>transição, como tribunais especiais ou comissões da verdade, são</p><p>frequentemente estabelecidos para investigar os abusos e promo-</p><p>ver a justiça. Estes processos buscam equilibrar a necessidade de</p><p>justiça com a promoção da reconciliação nacional.</p><p>Além da justiça legal, a reparação também pode incluir com-</p><p>pensações financeiras, assistência médica e psicológica, e esforços</p><p>para restaurar a dignidade das vítimas. A reabilitação das vítimas e a</p><p>reconstrução de suas vidas são componentes essenciais para a cura</p><p>das feridas deixadas pela violência e pela opressão.</p><p>Violência de Estado e Seus Legados</p><p>A violência de Estado durante regimes autoritários deixa lega-</p><p>dos duradouros que podem persistir mesmo após a transição para</p><p>a democracia. Estes legados incluem desconfiança nas instituições,</p><p>trauma coletivo e divisões sociais profundas. Lidar com esses lega-</p><p>dos é um processo complexo que requer esforços contínuos de edu-</p><p>cação, diálogo e reformas institucionais para reconstruir a confiança</p><p>no Estado e em suas instituições.</p><p>Educação e Prevenção</p><p>A educação desempenha um papel vital na efetivação dos di-</p><p>reitos humanos e na prevenção de futuras violações. Isso envolve</p><p>educar as novas gerações sobre o passado, ensinando sobre os di-</p><p>reitos humanos e fomentando uma cultura de respeito e tolerância.</p><p>A inclusão da história do autoritarismo e das violações de direitos</p><p>humanos nos currículos escolares é crucial para garantir que as li-</p><p>ções do passado não sejam esquecidas.</p><p>A efetivação e reparação dos direitos humanos em contextos</p><p>pós-autoritários são processos desafiadores, mas essenciais. Eles</p><p>requerem um compromisso contínuo com a verdade, a justiça e a</p><p>reparação. O papel da memória é fundamental, não apenas como</p><p>um meio de honrar as vítimas, mas também como uma ferramen-</p><p>ta para construir uma sociedade mais justa e resiliente. Lidar com</p><p>o legado da violência e do autoritarismo é um passo crucial para</p><p>assegurar a dignidade de todos e para a construção de um futuro</p><p>democrático e respeitoso dos direitos humanos.</p><p>PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS PNDH-3</p><p>(DECRETO Nº 7.037/2009)</p><p>Política nacional é o instrumento que estabelece o patamar e</p><p>orienta as ações governamentais futuras, buscando o aperfeiçoa-</p><p>mento de alguma das esferas consideradas essenciais para a socie-</p><p>dade. No caso, o Brasil adota como uma de suas políticas nacionais</p><p>os direitos humanos, sendo que a aborda em detalhes em Progra-</p><p>mas Nacionais de Direitos Humanos, reelaborados periodicamente</p><p>de acordo com as novas necessidades sociais.</p><p>“A política nacional de direitos humanos do Estado brasileiro,</p><p>desenvolvida desde o retorno ao governo civil em 1985, e de forma</p><p>mais definida, desde 1995, pelo governo do Presidente Fernando</p><p>Henrique Cardoso, reflete e aprofunda uma concepção de direitos</p><p>humanos partilhada por organizações de direitos humanos desde a</p><p>resistência ao regime autoritário nos anos 1970. Pela primeira vez,</p><p>entretanto, na história republicana, quase meio- século depois da</p><p>Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948, os direitos hu-</p><p>manos passaram a ser assumidos como política oficial do governo,</p><p>num contexto social e político deste fim de século extremamente</p><p>adverso para a maioria das não-elites na população brasileira. [...]</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>2626</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Em meados dos anos oitenta, já começava a ficar claro que o</p><p>desenvolvimento econômico e social e a transição para democra-</p><p>cia, ainda que necessários, não eram suficientes para conter o au-</p><p>mento da criminalidade e da violência no Brasil. Ficava patente que</p><p>esse fenômeno constituía um grande obstáculo e uma ameaça aos</p><p>processos de desenvolvimento e de consolidação da democracia.</p><p>A questão era saber se esta tendência de banalização da crimina-</p><p>lidade, da violência e da morte poderia ser controlada e revertida</p><p>ou se ela acabaria por consumir os recursos humanos da sociedade</p><p>brasileira a ponto de inviabilizar os processos de desenvolvimento e</p><p>de consolidação da democracia no país. [...]</p><p>Com o objetivo de limitar, controlar e reverter as graves vio-</p><p>lações de direitos humanos e implementando uma recomendação</p><p>da Conferência Mundial de Direitos Humanos realizada em Viena</p><p>em 1993 - na qual o Brasil teve papel muito atuante, pois foi o em-</p><p>baixador Gilberto Sabóia quem coordenou o comitê de redação da</p><p>Declaração e Programa de Viena ¾ o governo Fernando Henrique</p><p>Cardoso decidiu integrar como política de governo a promoção e</p><p>realização dos direitos humanos propondo um plano de ação para</p><p>direitos humanos. Em 7 de setembro de 1995, o Presidente anun-</p><p>ciava: ‘Chegou a hora de mostrarmos, na prática, num plano nacio-</p><p>nal, como vamos lutar para acabar com a impunidade, como vamos</p><p>lutar para realmente fazer com que os direitos humanos sejam res-</p><p>peitados’.</p><p>Ao assumir esse compromisso, o governo brasileiro reconhece</p><p>a obrigação do estado de proteger e promover os direitos humanos</p><p>e os princípios da universalidade e da indivisibilidade dos direitos</p><p>humanos. [...]”.1</p><p>O principal mecanismo utilizado para exteriorizar e planejar a</p><p>Política Nacional de Direitos humanos é o Programa Nacional de</p><p>Direitos Humanos.</p><p>DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009.</p><p>Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3 e</p><p>dá outras providências.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe</p><p>confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,</p><p>DECRETA:</p><p>Art. 1º Fica aprovado o Programa Nacional de Direitos Huma-</p><p>nos - PNDH-3, em consonância com as diretrizes, objetivos estra-</p><p>tégicos e ações programáticas estabelecidos, na forma do Anexo</p><p>deste Decreto.</p><p>Art. 2º O PNDH-3 será implementado de acordo com os seguin-</p><p>tes eixos orientadores e suas respectivas diretrizes:</p><p>I - Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e so-</p><p>ciedade civil:</p><p>a) Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade</p><p>civil como instrumento de fortalecimento da democracia participa-</p><p>tiva;</p><p>b) Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como ins-</p><p>trumento transversal das políticas públicas e de interação demo-</p><p>crática; e</p><p>1 PINHEIRO, Paúlo Sérgio; MESQUITA NETO, Paulo de. Direitos huma-</p><p>nos no Brasil: perspectivas no final do século. Disponível em: .</p><p>c) Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informa-</p><p>ções em Direitos Humanos e construção de mecanismos de avalia-</p><p>ção e monitoramento de sua efetivação;</p><p>II - Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos:</p><p>a) Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento sus-</p><p>tentável, com inclusão social e econômica, ambientalmente equi-</p><p>librado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente</p><p>diverso, participativo e não discriminatório;</p><p>b) Diretriz</p><p>5: Valorização da pessoa humana como sujeito cen-</p><p>tral do processo de desenvolvimento; e</p><p>c) Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como</p><p>Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de</p><p>direitos;</p><p>III - Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto</p><p>de desigualdades:</p><p>a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma univer-</p><p>sal, indivisível e interdependente, assegurando a cidadania plena;</p><p>b) Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes</p><p>para o seu desenvolvimento integral, de forma não discriminatória,</p><p>assegurando seu direito de opinião e participação;</p><p>c) Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais; e</p><p>d) Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade;</p><p>IV - Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e</p><p>Combate à Violência:</p><p>a) Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de</p><p>segurança pública;</p><p>b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema</p><p>de segurança pública e justiça criminal;</p><p>c) Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e pro-</p><p>fissionalização da investigação de atos criminosos;</p><p>d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na</p><p>erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e carce-</p><p>rária;</p><p>e) Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de</p><p>proteção das pessoas ameaçadas;</p><p>f) Diretriz 16: Modernização da política de execução penal,</p><p>priorizando a aplicação de penas e medidas alternativas à privação</p><p>de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e</p><p>g) Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível,</p><p>ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa de direi-</p><p>tos;</p><p>V - Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Huma-</p><p>nos:</p><p>a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da po-</p><p>lítica nacional de educação em Direitos Humanos para fortalecer</p><p>uma cultura de direitos;</p><p>b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e</p><p>dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica, nas insti-</p><p>tuições de ensino superior e nas instituições formadoras;</p><p>c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como</p><p>espaço de defesa e promoção dos Direitos Humanos;</p><p>d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no</p><p>serviço público; e</p><p>e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática</p><p>e ao acesso à informação para consolidação de uma cultura em Di-</p><p>reitos Humanos; e</p><p>VI - Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade:</p><p>a) Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade como</p><p>Direito Humano da cidadania e dever do Estado;</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>27</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>b) Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção</p><p>pública da verdade; e</p><p>c) Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com pro-</p><p>moção do direito à memória e à verdade, fortalecendo a democra-</p><p>cia.</p><p>Parágrafo único. A implementação do PNDH-3, além dos res-</p><p>ponsáveis nele indicados, envolve parcerias com outros órgãos fe-</p><p>derais relacionados com os temas tratados nos eixos orientadores</p><p>e suas diretrizes.</p><p>Art. 3º As metas, prazos e recursos necessários para a imple-</p><p>mentação do PNDH-3 serão definidos e aprovados em Planos de</p><p>Ação de Direitos Humanos bianuais.</p><p>Art. 4º (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>II - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>III - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>IV - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>V - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>§ 1º (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>I - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>II - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>III - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>IV - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>V - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>VI - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>VII - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>VIII - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>IX - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>X - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>XI - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>XII - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>XIII - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>XIV - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>XV - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>XVI - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>XVII - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>XVIII - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>XIX - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>XX - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>XXI - (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>§ 3º (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>§ 4º (Revogado pelo Decreto nº 10.087, de 2019) (Vigência)</p><p>Art. 5º Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os órgãos</p><p>do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público,</p><p>serão convidados a aderir ao PNDH-3.</p><p>Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.</p><p>Art. 7º Fica revogado o Decreto nº 4.229, de 13 de maio de</p><p>2002.</p><p>Brasília, 21 de dezembro de 2009; 188º da Independência e</p><p>121º da República.</p><p>ANEXO</p><p>Eixo Orientador I:</p><p>• Interação democrática entre Estado e sociedade civil</p><p>A partir da metade dos anos 1970, começam a ressurgir no Bra-</p><p>sil iniciativas de rearticulação dos movimentos sociais, a despeito</p><p>da repressão política e da ausência de canais democráticos de par-</p><p>ticipação. Fortes protestos e a luta pela democracia marcaram esse</p><p>período. Paralelamente, surgiram iniciativas populares nos bairros</p><p>reivindicando direitos básicos como saúde, transporte, moradia e</p><p>controle do custo de vida. Em um primeiro momento, eram inicia-</p><p>tivas atomizadas, buscando conquistas parciais, mas que ao longo</p><p>dos anos foram se caracterizando como movimentos sociais orga-</p><p>nizados.</p><p>Com o avanço da democratização do País, os movimentos so-</p><p>ciais multiplicaram-se. Alguns deles institucionalizaram-se e passa-</p><p>ram a ter expressão política. Os movimentos populares e sindicatos</p><p>foram, no caso brasileiro, os principais promotores da mudança e</p><p>da ruptura política em diversas épocas e contextos históricos. Com</p><p>efeito, durante a etapa de elaboração da Constituição Cidadã de</p><p>1988, esses segmentos atuaram de forma especialmente articula-</p><p>da, afirmando-se como um dos pilares da democracia e influencian-</p><p>do diretamente os rumos do País.</p><p>Nos anos que se seguiram, os movimentos passaram a se con-</p><p>solidar por meio de redes com abrangência regional ou nacional,</p><p>firmando-se como sujeitos na formulação e monitoramento das</p><p>políticas públicas. Nos anos 1990, desempenharam papel funda-</p><p>mental na resistência a todas as orientações do neoliberalismo de</p><p>flexibilização dos direitos sociais, privatizações, dogmatismo do</p><p>mercado e enfraquecimento do Estado. Nesse mesmo período,</p><p>multiplicaram-se pelo País experiências de gestão estadual e muni-</p><p>cipal em que lideranças desses movimentos, em larga escala, passa-</p><p>ram a desempenhar funções de gestores públicos.</p><p>Com as eleições de 2002, alguns dos setores mais organizados</p><p>da sociedade trouxeram reivindicações históricas acumuladas, pas-</p><p>sando a influenciar diretamente a atuação do governo e vivendo de</p><p>perto suas contradições internas.</p><p>Nesse novo cenário, o diálogo entre Estado e sociedade civil</p><p>assumiu especial relevo, com a compreensão e a preservação do</p><p>distinto papel de cada um dos segmentos no processo de gestão. A</p><p>interação é desenhada por acordos e dissensos, debates de idéias</p><p>e pela deliberação em torno de propostas. Esses requisitos são im-</p><p>prescindíveis ao pleno exercício da democracia, cabendo à socieda-</p><p>de civil exigir, pressionar, cobrar, criticar, propor e fiscalizar as ações</p><p>do Estado.</p><p>Essa concepção de interação democrática construída entre os</p><p>diversos órgãos do Estado e a sociedade civil trouxe consigo resul-</p><p>tados práticos em termos de políticas públicas e avanços na inter-</p><p>locução de setores do poder público com toda a diversidade social,</p><p>cultural, étnica e regional que caracteriza os movimentos sociais em</p><p>nosso País. Avançou-se fundamentalmente na compreensão de que</p><p>os Direitos Humanos constituem condição para a prevalência da</p><p>dignidade humana, e que devem ser promovidos e protegidos por</p><p>meio do esforço conjunto do Estado e da sociedade civil.</p><p>Uma das finalidades do PNDH-3 é dar continuidade à integra-</p><p>ção e ao aprimoramento dos mecanismos de participação existen-</p><p>tes, bem como criar novos meios de construção e monitoramento</p><p>das políticas públicas sobre Direitos Humanos no Brasil.</p><p>No âmbito institucional o PNDH-3, amplia as conquistas na área</p><p>dos direitos e garantias fundamentais, pois internaliza a diretriz se-</p><p>gundo a qual a primazia dos Direitos Humanos constitui princípio</p><p>transversal a ser considerado em todas as políticas públicas.</p><p>As diretrizes deste capítulo discorrem sobre a importância de</p><p>fortalecer a garantia e os instrumentos de participação social, o ca-</p><p>ráter transversal dos Direitos Humanos e a construção de mecanis-</p><p>mos de avaliação e monitoramento de sua efetivação. Isso inclui a</p><p>construção de sistema de indicadores de Direitos Humanos e a arti-</p><p>culação das políticas e instrumentos de monitoramento existentes.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>2828</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>O Poder Executivo tem papel protagonista na coordenação e</p><p>implementação do PNDH-3, mas faz-se necessária a definição de</p><p>responsabilidades compartilhadas entre a União, Estados, Municí-</p><p>pios e do Distrito Federal na execução de políticas públicas, tanto</p><p>quanto a criação de espaços de participação e controle social nos</p><p>Poderes Judiciário e Legislativo, no Ministério Público e nas Defen-</p><p>sorias, em ambiente de respeito, proteção e efetivação dos Direitos</p><p>Humanos. O conjunto dos órgãos do Estado – não apenas no âm-</p><p>bito do Executivo Federal – deve estar comprometido com a imple-</p><p>mentação e monitoramento do PNDH-3.</p><p>Aperfeiçoar a interlocução entre Estado e sociedade civil de-</p><p>pende da implementação de medidas que garantam à sociedade</p><p>maior participação no acompanhamento e monitoramento das po-</p><p>líticas públicas em Direitos Humanos, num diálogo plural e trans-</p><p>versal entre os vários atores sociais e deles com o Estado. Ampliar o</p><p>controle externo dos órgãos públicos por meio de ouvidorias, moni-</p><p>torar os compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasi-</p><p>leiro, realizar conferências periódicas sobre a temática, fortalecer e</p><p>apoiar a criação de conselhos nacional, distrital, estaduais e muni-</p><p>cipais de Direitos Humanos, garantindo-lhes eficiência, autonomia</p><p>e independência são algumas das formas de assegurar o aperfeiço-</p><p>amento das políticas públicas por meio de diálogo, de mecanismos</p><p>de controle e das ações contínuas da sociedade civil. Fortalecer as</p><p>informações em Direitos Humanos com produção e seleção de in-</p><p>dicadores para mensurar demandas, monitorar, avaliar, reformular</p><p>e propor ações efetivas, garante e consolida o controle social e a</p><p>transparência das ações governamentais.</p><p>A adoção de tais medidas fortalecerá a democracia participati-</p><p>va, na qual o Estado atua como instância republicana da promoção</p><p>e defesa dos Direitos Humanos e a sociedade civil como agente ati-</p><p>vo – propositivo e reativo – de sua implementação.</p><p>Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade civil</p><p>como instrumento de fortalecimento da democracia participativa.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Garantia da participação e do controle social das políticas pú-</p><p>blicas em Direitos Humanos, em diálogo plural e transversal entre</p><p>os vários atores sociais.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Apoiar, junto ao Poder Legislativo, a instituição do Conselho</p><p>Nacional dos Direitos Humanos, dotado de recursos humanos, ma-</p><p>teriais e orçamentários para o seu pleno funcionamento, e efetuar</p><p>seu credenciamento junto ao Escritório do Alto Comissariado das</p><p>Nações Unidas para os Direitos Humanos como “Instituição Nacio-</p><p>nal Brasileira”, como primeiro passo rumo à adoção plena dos “Prin-</p><p>cípios de Paris”.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>b)Fomentar a criação e o fortalecimento dos conselhos de</p><p>Direitos Humanos em todos os Estados e Municípios e no Distrito</p><p>Federal, bem como a criação de programas estaduais de Direitos</p><p>Humanos.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Criar mecanismos que permitam ação coordenada entre os</p><p>diversos conselhos de direitos, nas três esferas da Federação, visan-</p><p>do a criação de agenda comum para a implementação de políticas</p><p>públicas de Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República, Secretaria-Geral da Presidência da Repú-</p><p>blica</p><p>d)Criar base de dados dos conselhos nacionais, estaduais, dis-</p><p>trital e municipais, garantindo seu acesso ao público em geral.</p><p>Responsáveis: Secretaria-Geral da Presidência da República;</p><p>Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Repú-</p><p>blica</p><p>e)Apoiar fóruns, redes e ações da sociedade civil que fazem</p><p>acompanhamento, controle social e monitoramento das políticas</p><p>públicas de Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Secretaria-Geral da Presidência da Repú-</p><p>blica</p><p>f)Estimular o debate sobre a regulamentação e efetividade dos</p><p>instrumentos de participação social e consulta popular, tais como</p><p>lei de iniciativa popular, referendo, veto popular e plebiscito.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Secretaria-Geral da Presidência da Repú-</p><p>blica</p><p>g)Assegurar a realização periódica de conferências de Direitos</p><p>Humanos, fortalecendo a interação entre a sociedade civil e o po-</p><p>der público.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Ampliação do controle externo dos órgãos públicos.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Ampliar a divulgação dos serviços públicos voltados para a</p><p>efetivação dos Direitos Humanos, em especial nos canais de trans-</p><p>parência.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Propor a instituição da Ouvidoria Nacional dos Direitos Hu-</p><p>manos, em substituição à Ouvidoria-Geral da Cidadania, com in-</p><p>dependência e autonomia política, com mandato e indicação pelo</p><p>Conselho Nacional dos Direitos Humanos, assegurando recursos</p><p>humanos, materiais e financeiros para seu pleno funcionamento.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Fortalecer a estrutura da Ouvidoria Agrária Nacional.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário</p><p>Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como instru-</p><p>mento transversal das políticas públicas e de interação democrá-</p><p>tica.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Promoção dos Direitos Humanos como princípios orientadores</p><p>das políticas públicas e das relações internacionais.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Considerar as diretrizes e objetivos estratégicos do PNDH-3</p><p>nos instrumentos de planejamento do Estado, em especial no Plano</p><p>Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária</p><p>Anual.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Secretaria-Geral da Presidência da Repú-</p><p>blica; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>29</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>b)Propor e articular o reconhecimento do status constitucional</p><p>de instrumentos internacionais de Direitos Humanos novos ou já</p><p>existentes ainda não ratificados.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério</p><p>da Justiça; Secretaria de Rela-</p><p>ções Institucionais da Presidência da República</p><p>c)Construir e aprofundar agenda de cooperação multilateral</p><p>em Direitos Humanos que contemple prioritariamente o Haiti, os</p><p>países lusófonos do continente africano e o Timor-Leste.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>d)Aprofundar a agenda Sul-Sul de cooperação bilateral em Di-</p><p>reitos Humanos que contemple prioritariamente os países lusófo-</p><p>nos do continente africano, o Timor-Leste, Caribe e a América La-</p><p>tina.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Fortalecimento dos instrumentos de interação democrática</p><p>para a promoção dos Direitos Humanos.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Criar o Observatório Nacional dos Direitos Humanos para</p><p>subsidiar, com dados e informações, o trabalho de monitoramento</p><p>das políticas públicas e de gestão governamental e sistematizar a</p><p>documentação e legislação, nacionais e internacionais, sobre Direi-</p><p>tos Humanos.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Estimular e reconhecer pessoas e entidades com destaque na</p><p>luta pelos Direitos Humanos na sociedade brasileira e internacional,</p><p>com a concessão de premiação, bolsas e outros incentivos, na for-</p><p>ma da legislação aplicável.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>c)Criar selo nacional “Direitos Humanos”, a ser concedido às</p><p>entidades públicas e privadas que comprovem atuação destacada</p><p>na defesa e promoção dos direitos fundamentais.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informação</p><p>em Direitos Humanos e construção de mecanismos de avaliação e</p><p>monitoramento de sua efetivação.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Desenvolvimento de mecanismos de controle social das políti-</p><p>cas públicas de Direitos Humanos, garantindo o monitoramento e a</p><p>transparência das ações governamentais.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Instituir e manter sistema nacional de indicadores em Direi-</p><p>tos Humanos, de forma articulada com os órgãos públicos e a so-</p><p>ciedade civil.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Integrar os sistemas nacionais de informações para elabora-</p><p>ção de quadro geral sobre a implementação de políticas públicas e</p><p>violações aos Direitos Humanos.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Articular a criação de base de dados com temas relacionados</p><p>aos Direitos Humanos.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>d)Utilizar indicadores em Direitos Humanos para mensurar de-</p><p>mandas, monitorar, avaliar, reformular e propor ações efetivas.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as</p><p>Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial de Políti-</p><p>cas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;</p><p>Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvimento Social e Com-</p><p>bate à Fome; Ministério da Justiça; Ministério das Cidades; Minis-</p><p>tério do Meio Ambiente; Ministério da Cultura; Ministério do Turis-</p><p>mo; Ministério do Esporte; Ministério do Desenvolvimento Agrário</p><p>e)Propor estudos visando a criação de linha de financiamento</p><p>para a implementação de institutos de pesquisa e produção de es-</p><p>tatísticas em Direitos Humanos nos Estados.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Monitoramento dos compromissos internacionais assumidos</p><p>pelo Estado brasileiro em matéria de Direitos Humanos.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Elaborar relatório anual sobre a situação dos Direitos Huma-</p><p>nos no Brasil, em diálogo participativo com a sociedade civil.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>b)Elaborar relatórios periódicos para os órgãos de tratados da</p><p>ONU, no prazo por eles estabelecidos, com base em fluxo de infor-</p><p>mações com órgãos do governo federal e com unidades da Fede-</p><p>ração.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>c)Elaborar relatório de acompanhamento das relações entre o</p><p>Brasil e o sistema ONU que contenha, entre outras, as seguintes</p><p>informações:</p><p>• Recomendações advindas de relatores especiais do Conselho</p><p>de Direitos Humanos da ONU;</p><p>• Recomendações advindas dos comitês de tratados do Meca-</p><p>nismo de Revisão Periódica;</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>d)Definir e institucionalizar fluxo de informações, com respon-</p><p>sáveis em cada órgão do governo federal e unidades da Federação,</p><p>referentes aos relatórios internacionais de Direitos Humanos e às</p><p>recomendações dos relatores especiais do Conselho de Direitos Hu-</p><p>manos da ONU e dos comitês de tratados.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>e)Definir e institucionalizar fluxo de informações, com respon-</p><p>sáveis em cada órgão do governo federal, referentes aos relatórios</p><p>da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e às decisões da</p><p>Corte Interamericana de Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>f)Criar banco de dados público sobre todas as recomendações</p><p>dos sistemas ONU e OEA feitas ao Brasil, contendo as medidas ado-</p><p>tadas pelos diversos órgãos públicos para seu cumprimento.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>3030</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>Eixo Orientador II:</p><p>Desenvolvimento e Direitos Humanos</p><p>O tema “desenvolvimento” tem sido amplamente debatido por</p><p>ser um conceito complexo e multidisciplinar. Não existe modelo</p><p>único e preestabelecido de desenvolvimento, porém, pressupõe-</p><p>-se que ele deva garantir a livre determinação dos povos, o reco-</p><p>nhecimento de soberania sobre seus recursos e riquezas naturais,</p><p>respeito pleno à sua identidade cultural e a busca de equidade na</p><p>distribuição das riquezas.</p><p>Durante muitos anos, o crescimento econômico, medido pela</p><p>variação anual do Produto Interno Bruto (PIB), foi usado como indi-</p><p>cador relevante para medir o avanço de um país. Acreditava-se que,</p><p>uma vez garantido o aumento de bens e serviços, sua distribuição</p><p>ocorreria de forma a satisfazer as necessidades de todas as pesso-</p><p>as. Constatou-se, porém, que, embora importante, o crescimento</p><p>do PIB não é suficiente para causar, automaticamente, melhoria do</p><p>bem estar para todas as camadas sociais. Por isso, o conceito de</p><p>desenvolvimento foi adotado por ser mais abrangente e refletir, de</p><p>fato, melhorias nas condições de vida dos indivíduos.</p><p>A teoria predominante de desenvolvimento econômico o defi-</p><p>ne como um processo que faz aumentar as possibilidades de acesso</p><p>das pessoas a bens e serviços, propiciadas pela expansão da capa-</p><p>cidade e do âmbito das atividades econômicas. O desenvolvimento</p><p>seria a medida qualitativa do progresso da economia de um país,</p><p>refletindo transições de estágios mais baixos para estágios mais al-</p><p>tos, por meio da adoção de novas tecnologias que permitem e fa-</p><p>vorecem essa transição. Cresce nos últimos anos a assimilação das</p><p>idéias desenvolvidas por Amartya Sem, que abordam o desenvol-</p><p>vimento como liberdade e seus resultados centrados no bem estar</p><p>social e, por conseguinte, nos direitos do ser humano.</p><p>São essenciais para o desenvolvimento as liberdades e os direi-</p><p>tos básicos como alimentação, saúde</p><p>e educação. As privações das</p><p>liberdades não são apenas resultantes da escassez de recursos, mas</p><p>sim das desigualdades inerentes aos mecanismos de distribuição,</p><p>da ausência de serviços públicos e de assistência do Estado para a</p><p>expansão das escolhas individuais. Este conceito de desenvolvimen-</p><p>to reconhece seu caráter pluralista e a tese de que a expansão das</p><p>liberdades não representa somente um fim, mas também o meio</p><p>para seu alcance. Em consequência, a sociedade deve pactuar as</p><p>políticas sociais e os direitos coletivos de acesso e uso dos recursos.</p><p>A partir daí, a medição de um índice de desenvolvimento humano</p><p>veio substituir a medição de aumento do PIB, uma vez que o Índice</p><p>de Desenvolvimento Humano (IDH) combina a riqueza per capita</p><p>indicada pelo PIB aos aspectos de educação e expectativa de vida,</p><p>permitindo, pela primeira vez, uma avaliação de aspectos sociais</p><p>não mensurados pelos padrões econométricos.</p><p>No caso do Brasil, por muitos anos o crescimento econômico</p><p>não levou à distribuição justa de renda e riqueza, mantendo-se ele-</p><p>vados índices de desigualdade. As ações de Estado voltadas para a</p><p>conquista da igualdade socioeconômica requerem ainda políticas</p><p>permanentes, de longa duração, para que se verifique a plena pro-</p><p>teção e promoção dos Direitos Humanos. É necessário que o mode-</p><p>lo de desenvolvimento econômico tenha a preocupação de aperfei-</p><p>çoar os mecanismos de distribuição de renda e de oportunidades</p><p>para todos os brasileiros, bem como incorpore os valores de pre-</p><p>servação ambiental. Os debates sobre as mudanças climáticas e o</p><p>aquecimento global, gerados pela preocupação com a maneira com</p><p>que os países vêm explorando os recursos naturais e direcionan-</p><p>do o progresso civilizatório, está na agenda do dia. Esta discussão</p><p>coloca em questão os investimentos em infraestrutura e modelos</p><p>de desenvolvimento econômico na área rural, baseados, em grande</p><p>parte, no agronegócio, sem a preocupação com a potencial violação</p><p>dos direitos de pequenos e médios agricultores e das populações</p><p>tradicionais.</p><p>O desenvolvimento pode ser garantido se as pessoas forem</p><p>protagonistas do processo, pressupondo a garantia de acesso de</p><p>todos os indivíduos aos direitos econômicos, sociais, culturais e am-</p><p>bientais, e incorporando a preocupação com a preservação e a sus-</p><p>tentabilidade como eixos estruturantes de proposta renovada de</p><p>progresso. Esses direitos têm como foco a distribuição da riqueza,</p><p>dos bens e serviços.</p><p>Todo esse debate traz desafios para a conceituação sobre os</p><p>Direitos Humanos no sentido de incorporar o desenvolvimento</p><p>como exigência fundamental. A perspectiva dos Direitos Humanos</p><p>contribui para redimensionar o desenvolvimento. Motiva a passar</p><p>da consideração de problemas individuais a questões de interesse</p><p>comum, de bem-estar coletivo, o que alude novamente o Estado e</p><p>o chama à corresponsabilidade social e à solidariedade.</p><p>Ressaltamos que a noção de desenvolvimento está sendo ama-</p><p>durecida como parte de um debate em curso na sociedade e no go-</p><p>verno, incorporando a relação entre os direitos econômicos, sociais,</p><p>culturais e ambientais, buscando a garantia do acesso ao trabalho,</p><p>à saúde, à educação, à alimentação, à vida cultural, à moradia ade-</p><p>quada, à previdência, à assistência social e a um meio ambiente sus-</p><p>tentável. A inclusão do tema Desenvolvimento e Direitos Humanos</p><p>na 11a Conferência Nacional reforçou as estratégias governamen-</p><p>tais em sua proposta de desenvolvimento.</p><p>Assim, este capítulo do PNDH-3 propõe instrumentos de avan-</p><p>ço e reforça propostas para políticas públicas de redução das desi-</p><p>gualdades sociais concretizadas por meio de ações de transferência</p><p>de renda, incentivo à economia solidária e ao cooperativismo, à ex-</p><p>pansão da reforma agrária, ao fomento da aquicultura, da pesca e</p><p>do extrativismo e da promoção do turismo sustentável.</p><p>O PNDH-3 inova ao incorporar o meio ambiente saudável e as</p><p>cidades sustentáveis como Direitos Humanos, propõe a inclusão do</p><p>item “direitos ambientais” nos relatórios de monitoramento sobre</p><p>Direitos Humanos e do item “Direitos Humanos” nos relatórios am-</p><p>bientais, assim como fomenta pesquisas de tecnologias socialmen-</p><p>te inclusivas.</p><p>Nos projetos e empreendimentos com grande impacto socio-</p><p>ambiental, o PNDH-3 garante a participação efetiva das populações</p><p>atingidas, assim como prevê ações mitigatórias e compensatórias.</p><p>Considera fundamental fiscalizar o respeito aos Direitos Humanos</p><p>nos projetos implementados pelas empresas transnacionais, bem</p><p>como seus impactos na manipulação das políticas de desenvolvi-</p><p>mento. Nesse sentido, avalia como importante mensurar o impacto</p><p>da biotecnologia aplicada aos alimentos, da nanotecnologia, dos</p><p>poluentes orgânicos persistentes, metais pesados e outros poluen-</p><p>tes inorgânicos em relação aos Direitos Humanos.</p><p>Alcançar o desenvolvimento com Direitos Humanos é capa-</p><p>citar as pessoas e as comunidades a exercerem a cidadania, com</p><p>direitos e responsabilidades. É incorporar, nos projetos, a própria</p><p>população brasileira, por meio de participação ativa nas decisões</p><p>que afetam diretamente suas vidas. É assegurar a transparência dos</p><p>grandes projetos de desenvolvimento econômico e mecanismos de</p><p>compensação para a garantia dos Direitos Humanos das populações</p><p>diretamente atingidas.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>31</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Por fim, este PNDH-3 reforça o papel da equidade no Plano Plu-</p><p>rianual, como instrumento de garantia de priorização orçamentária</p><p>de programas sociais.</p><p>Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento susten-</p><p>tável, com inclusão social e econômica, ambientalmente equili-</p><p>brado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente</p><p>diverso, participativo e não discriminatório.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Implementação de políticas públicas de desenvolvimento com</p><p>inclusão social.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Ampliar e fortalecer as políticas de desenvolvimento social e</p><p>de combate à fome, visando a inclusão e a promoção da cidadania,</p><p>garantindo a segurança alimentar e nutricional, renda mínima e as-</p><p>sistência integral às famílias.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate</p><p>à Fome</p><p>b)Expandir políticas públicas de geração e transferência de ren-</p><p>da para erradicação da extrema pobreza e redução da pobreza.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate</p><p>à Fome</p><p>c)Apoiar projetos de desenvolvimento sustentável local para</p><p>redução das desigualdades inter e intrarregionais e o aumento da</p><p>autonomia e sustentabilidade de espaços sub-regionais.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Agrário</p><p>d)Avançar na implantação da reforma agrária, como forma de</p><p>inclusão social e acesso aos direitos básicos, de forma articulada</p><p>com as políticas de saúde, educação, meio ambiente e fomento à</p><p>produção alimentar.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário</p><p>e)Incentivar as políticas públicas de economia solidária, de co-</p><p>operativismo e associativismo e de fomento a pequenas e micro</p><p>empresas.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério</p><p>do Desenvolvimento Agrário; Ministério das Cidades; Ministério do</p><p>Desenvolvimento Social e Combate à Fome</p><p>f)Fortalecer políticas públicas de apoio ao extrativismo e ao</p><p>manejo florestal comunitário ambientalmente sustentáveis.</p><p>Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério do De-</p><p>senvolvimento Agrário; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e</p><p>Comércio Exterior</p><p>g)Fomentar o debate sobre a expansão de plantios de mono-</p><p>culturas que geram impacto no meio ambiente e na cultura dos po-</p><p>vos e comunidades tradicionais, tais como eucalipto, cana-de-açú-</p><p>car, soja, e sobre o manejo florestal, a grande pecuária, mineração,</p><p>turismo e pesca.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>h)Erradicar o trabalho infantil, bem como todas as formas de</p><p>violência e exploração sexual de crianças e adolescentes nas ca-</p><p>Editora</p><p>Administração Pública Federal</p><p>1. Princípios constitucionais e normas que regem a administração pública (artigos de 37 a 41 da Constituição Federal de</p><p>1988) .......................................................................................................................................................................................... 115</p><p>2. Estrutura organizacional da Administração Pública Federal (Decreto Lei nº 200/1967)............................................................ 121</p><p>3. Agentes públicos: Regime Jurídico Único (Lei nº 8.112/1990 e suas alterações) ...................................................................... 152</p><p>Finanças Públicas</p><p>1. Atribuições econômicas do Estado ............................................................................................................................................ 195</p><p>2. Fundamentos das finanças públicas, tributação e orçamento ................................................................................................... 196</p><p>3. Financiamento das Políticas Públicas: estrutura de receitas e despesas do Estado brasileiro .................................................. 196</p><p>4. Noções de orçamento público: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual</p><p>(LOA) .......................................................................................................................................................................................... 197</p><p>5. Federalismo fiscal no Brasil; Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) ................................................ 244</p><p>1</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS: CONCEITOS E TIPOLOGIAS</p><p>Políticas Públicas são conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado diretamente ou indiretamente, com a</p><p>participação de entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado</p><p>seguimento social, cultural, étnico ou econômico.</p><p>Para Seichi1 as Políticas Públicas, analiticamente, ocorrem com o monopólio de atores estatais, segundo esta concepção, o que</p><p>determina se uma política é ou não “pública” é a personalidade jurídica do formulador, em outras palavras, é política pública somente</p><p>quando emanada de ator estatal.</p><p>As Políticas Públicas são formadas para atender as demandas da sociedade nas mais diversas áreas ou seguimentos, a iniciativa</p><p>ocorre por parte dos poderes executivo e legislativo. A lei que institui uma política pública pode, se necessário, assegurar a participação</p><p>da sociedade na criação, no processo, no acompanhamento e na avaliação da lei, a participação pode ocorrer em forma de conselhos</p><p>estabelecidos no âmbito municipal, estadual ou federal.</p><p>O quadro a seguir apresenta alguns conceitos de Políticas Públicas dados por estudiosos da área, os conceitos se integram e completam</p><p>o significado ainda que em diferentes períodos:</p><p>Autor Definição de Políticas Públicas Ano</p><p>Mead Campo dentro do estudo da política que analisa o governo</p><p>à luz de grandes questões públicas. 1995</p><p>Lynn Conjunto específico de ações do governo que irão produzir</p><p>efeitos específicos 1980</p><p>Peters</p><p>Soma das atividades dos governos, que agem diretamente</p><p>ou através de delegação, e que influenciam as vidas dos</p><p>cidadãos.</p><p>1986</p><p>Dye O que o governo escolhe fazer ou não fazer. 1984</p><p>Laswell Responder às seguintes questões: quem ganha o quê, por</p><p>que e que diferença faz. 1958</p><p>Fonte: Oliveira (2012).</p><p>Assim as Políticas Públicas podem ainda ser consideradas como “outputs”2 como tratado na linguagem dos processos estabelecidos</p><p>em uma organização, elas são resultados das atividades políticas.</p><p>A política pública difere da decisão política, há uma necessidade de envolver diversas ações estratégicas para se implementar decisões</p><p>tomadas e não apenas uma escolha entre outras alternativas, sendo assim, nem todas as decisões políticas podem ser consideradas como</p><p>políticas públicas.</p><p>A complexidade da sociedade moderna ocorre devido a fatores como: idade, religião, sexo, estado civil, renda, escolaridade, profissão,</p><p>ideais, interesses, costumes, e tudo isso causa em algum momento uma série de conflitos.</p><p>O gerenciamento desses conflitos pode assegurar a sobrevivência e progresso da sociedade como um todo, e isto é estabelecido por</p><p>meio da política. Segundo Seichi3, organizações privadas, organizações não governamentais, organismos multilaterais, redes de políticas</p><p>públicas (policy networks), juntamente com atores estatais, são protagonistas no estabelecimento das políticas públicas.</p><p>Dica: Política Pública é um conceito que comporta diferentes expressões, existem várias definições esclarecedoras a respeito, que são</p><p>importantes para formar uma ideia geral sobre o que seja política e política pública.</p><p>1 SECCHI, L.; Políticas Públicas: Conceitos, Esquemas de Análise, Casos Práticos. SP: Cengage Learning, 2010.</p><p>2 Saídas</p><p>3 SECCHI, L.; Políticas Públicas: Conceitos, Esquemas de Análise, Casos Práticos. SP: Cengage Learning, 2010.</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>22</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Convém lembrar que Política Pública é diferente de política,</p><p>porque Política é ampla, envolve um conjunto de procedimentos</p><p>formais e informais que expressam relações de poder e que se des-</p><p>tinam à resolução pacífica dos conflitos quanto a bens públicos, já</p><p>Política Pública possui soluções/ações específicas.</p><p>Os instrumentos que compõem as Políticas Públicas são:</p><p>- Planejamento: os planos são direcionados a estabelecerem</p><p>as diretrizes, prioridades e objetivos em geral, ao estabelecerem os</p><p>planos são firmadas metas estratégicas para períodos longos.</p><p>- Execução: os programas são estabelecidos buscando atender</p><p>objetivos gerais com foco em um determinado tema, público,</p><p>conjunto ou área.</p><p>- Monitoramento: o monitoramento é realizado por meio de</p><p>ações que visam alcançar determinados objetivos preestabelecidos</p><p>no programa.</p><p>- Avaliação: as atividades de avaliação são estabelecidas com</p><p>o objetivo de avaliar os resultados ou percursos alcançados a partir</p><p>dos objetivos preestabelecidos.</p><p>Atores das Políticas Públicas</p><p>Esse é o nome dado aos grupos que apresentam as</p><p>reivindicações que possivelmente poderão ser convertidas em</p><p>Políticas Públicas, as ações estabelecidas por este grupo levam aos</p><p>dirigentes os interesses da sociedade e promovem uma integração</p><p>dos grupos com o Sistema Político.</p><p>Esses atores são todas as pessoas, grupos ou instituições que,</p><p>direta ou indiretamente participam da formulação e implementação</p><p>de uma política. Os envolvidos no processo de discussão, criação</p><p>e execução das Políticas Públicas podem ser classificados como</p><p>estatais ou privados:</p><p>- Estatais: são os procedentes do Governo ou do Estado, alguns</p><p>foram eleitos pela sociedade por um período determinado (os</p><p>políticos eleitos) e outros atuarão de forma permanente exercendo</p><p>funções públicas no Estado (servidores). Os servidores teoricamente</p><p>deveriam atuar de forma neutra, sem agir de acordo com os</p><p>interesses pessoais, mas sim contribuindo de modo essencial para</p><p>um bom desempenho das ações governamentais.</p><p>- Privados: são os procedentes da Sociedade Civil, eles não</p><p>possuem um vínculo direto com a administração do Estado, esse</p><p>grupo é formado por sindicatos de trabalhadores, sindicatos</p><p>patronais, entidades de representação da Sociedade Civil</p><p>Organizada, a imprensa, os centros de pesquisa, entre outros.</p><p>Ao longo dos anos as mudanças que ocorreram na sociedade</p><p>como um todo levaram o Estado a ampliar seu papel de atuação</p><p>que concentrava-se na segurança pública e defesa externa em caso</p><p>de ataques inimigos. Essa ampliação foi tomada pela democracia e</p><p>pelas novas responsabilidades que levaram o Estado a atuar pelo</p><p>bem-estar da sociedade como um todo.</p><p>As atividades realizadas pelo Estado no exercício e busca pelo</p><p>bem-estar comum são desenvolvidas nas mais diversas áreas como:</p><p>saúde, trabalho, educação,</p><p>deias produtivas, com base em códigos de conduta e no Estatuto da</p><p>Criança e do Adolescente.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Turismo</p><p>i)Garantir que os grandes empreendimentos e projetos de in-</p><p>fraestrutura resguardem os direitos dos povos indígenas e de comu-</p><p>nidades quilombolas e tradicionais, conforme previsto na Constitui-</p><p>ção e nos tratados e convenções internacionais.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério dos Trans-</p><p>portes; Ministério da Integração Nacional; Ministério de Minas e</p><p>Energia; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade</p><p>Racial da Presidência da República; Ministério do Meio Ambiente;</p><p>Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministé-</p><p>rio da Pesca e Aquicultura; Secretaria Especial de Portos da Presi-</p><p>dência da República</p><p>j)Integrar políticas de geração de emprego e renda e políticas</p><p>sociais para o combate à pobreza rural dos agricultores familiares,</p><p>assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas, famílias de</p><p>pescadores e comunidades tradicionais.</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Comba-</p><p>te à Fome; Ministério da Integração Nacional; Ministério do Desen-</p><p>volvimento Agrário; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério</p><p>da Justiça; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualda-</p><p>de Racial da Presidência da República; Ministério da Cultura; Minis-</p><p>tério da Pesca e Aquicultura</p><p>k)Integrar políticas sociais e de geração de emprego e renda</p><p>para o combate à pobreza urbana, em especial de catadores de ma-</p><p>teriais recicláveis e população em situação de rua.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério</p><p>do Meio Ambiente; Ministério do Desenvolvimento Social e Comba-</p><p>te à Fome; Ministério das Cidades; Secretaria dos Direitos Humanos</p><p>da Presidência da República</p><p>l)Fortalecer políticas públicas de fomento à aquicultura e à pes-</p><p>ca sustentáveis, com foco nos povos e comunidades tradicionais de</p><p>baixa renda, contribuindo para a segurança alimentar e a inclusão</p><p>social, mediante a criação e geração de trabalho e renda alternati-</p><p>vos e inserção no mercado de trabalho.</p><p>Responsáveis: Ministério da Pesca e Aquicultura; Ministério do</p><p>Trabalho e Emprego; Ministério do Desenvolvimento Social e Com-</p><p>bate à Fome</p><p>m)Promover o turismo sustentável com geração de trabalho e</p><p>renda, respeito à cultura local, participação e inclusão dos povos</p><p>e das comunidades nos benefícios advindos da atividade turística.</p><p>Responsáveis: Ministério do Turismo; Ministério do Desenvol-</p><p>vimento, Indústria e Comércio Exterior</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Fortalecimento de modelos de agricultura familiar e agroeco-</p><p>lógica.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Garantir que nos projetos de reforma agrária e agricultura fa-</p><p>miliar sejam incentivados os modelos de produção agroecológica e</p><p>a inserção produtiva nos mercados formais.</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Minis-</p><p>tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior</p><p>b)Fortalecer a agricultura familiar camponesa e a pesca arte-</p><p>sanal, com ampliação do crédito, do seguro, da assistência técnica,</p><p>extensão rural e da infraestrutura para comercialização.</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Minis-</p><p>tério da Pesca e Aquicultura</p><p>c)Garantir pesquisa e programas voltados à agricultura familiar</p><p>e pesca artesanal, com base nos princípios da agroecologia.</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Mi-</p><p>nistério do Meio Ambiente; Ministério da Agricultura, Pecuária e</p><p>Abastecimento; Ministério da Pesca e Aquicultura; Ministério do</p><p>Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>3232</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>d)Fortalecer a legislação e a fiscalização para evitar a contami-</p><p>nação dos alimentos e danos à saúde e ao meio ambiente causados</p><p>pelos agrotóxicos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-</p><p>mento; Ministério do Meio Ambiente; Ministério da Saúde; Minis-</p><p>tério do Desenvolvimento Agrário</p><p>e)Promover o debate com as instituições de ensino superior e</p><p>a sociedade civil para a implementação de cursos e realização de</p><p>pesquisas tecnológicas voltados à temática socioambiental, agro-</p><p>ecologia e produção orgânica, respeitando as especificidades de</p><p>cada região.</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do Desen-</p><p>volvimento Agrário</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Fomento à pesquisa e à implementação de políticas para o de-</p><p>senvolvimento de tecnologias socialmente inclusivas, emancipató-</p><p>rias e ambientalmente sustentáveis.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Adotar tecnologias sociais de baixo custo e fácil aplicabilida-</p><p>de nas políticas e ações públicas para a geração de renda e para a</p><p>solução de problemas socioambientais e de saúde pública.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério</p><p>do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério do Meio</p><p>Ambiente; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da</p><p>Saúde</p><p>b)Garantir a aplicação do princípio da precaução na proteção</p><p>da agrobiodiversidade e da saúde, realizando pesquisas que ava-</p><p>liem os impactos dos transgênicos no meio ambiente e na saúde.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Meio Am-</p><p>biente; Ministério de Ciência e Tecnologia</p><p>c)Fomentar tecnologias alternativas para substituir o uso de</p><p>substâncias danosas à saúde e ao meio ambiente, como poluentes</p><p>orgânicos persistentes, metais pesados e outros poluentes inorgâ-</p><p>nicos.</p><p>Responsáveis: Ministério de Ciência e Tecnologia; Ministério</p><p>do Meio Ambiente; Ministério da Saúde; Ministério da Agricultura,</p><p>Pecuária e Abastecimento; Ministério do Desenvolvimento, Indús-</p><p>tria e Comércio Exterior</p><p>d)Fomentar tecnologias de gerenciamento de resíduos sóli-</p><p>dos e emissões atmosféricas para minimizar impactos à saúde e ao</p><p>meio ambiente.</p><p>Responsáveis: Ministério de Ciência e Tecnologia; Ministério</p><p>do Meio Ambiente; Ministério da Saúde; Ministério das Cidades</p><p>e)Desenvolver e divulgar pesquisas públicas para diagnosticar</p><p>os impactos da biotecnologia e da nanotecnologia em temas de Di-</p><p>reitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério do Meio</p><p>Ambiente; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Mi-</p><p>nistério de Ciência e Tecnologia</p><p>f)Produzir, sistematizar e divulgar pesquisas econômicas e me-</p><p>todologias de cálculo de custos socioambientais de projetos de in-</p><p>fraestrutura, de energia e de mineração que sirvam como parâme-</p><p>tro para o controle dos impactos de grandes projetos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério</p><p>de Minas e Energia; Ministério do Meio Ambiente; Secretaria de</p><p>Assuntos Estratégicos da Presidência da República; Ministério da</p><p>Integração Nacional</p><p>Objetivo estratégico IV:</p><p>Garantia do direito a cidades inclusivas e sustentáveis.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Apoiar ações que tenham como princípio o direito a cidades</p><p>inclusivas e acessíveis como elemento fundamental da implemen-</p><p>tação de políticas urbanas.</p><p>Responsáveis: Ministério das Cidades; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério do De-</p><p>senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior</p><p>b)Fortalecer espaços institucionais democráticos, participati-</p><p>vos e de apoio aos Municípios para a implementação de planos di-</p><p>retores que atendam aos preceitos da política urbana estabelecidos</p><p>no Estatuto da Cidade.</p><p>Responsável: Ministério das Cidades</p><p>c)Fomentar políticas públicas de apoio aos Estados, Distrito Fe-</p><p>deral e Municípios em ações sustentáveis de urbanização e regula-</p><p>rização fundiária dos assentamentos de população de baixa renda,</p><p>comunidades pesqueiras e de provisão habitacional de interesse</p><p>social, materializando a função social da propriedade.</p><p>Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio Am-</p><p>biente; Ministério da Pesca e Aquicultura</p><p>d)Fortalecer a articulação entre os órgãos de governo e os con-</p><p>sórcios municipais para atuar na política de</p><p>saneamento ambiental,</p><p>com participação da sociedade civil.</p><p>Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio Am-</p><p>biente; Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da Re-</p><p>pública</p><p>e)Fortalecer a política de coleta, reaproveitamento, triagem,</p><p>reciclagem e a destinação seletiva de resíduos sólidos e líquidos,</p><p>com a organização de cooperativas de reciclagem, que beneficiem</p><p>as famílias dos catadores.</p><p>Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Trabalho e</p><p>Emprego; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;</p><p>Ministério do Meio Ambiente</p><p>f)Fomentar políticas e ações públicas voltadas à mobilidade ur-</p><p>bana sustentável.</p><p>Responsável: Ministério das Cidades</p><p>g)Considerar na elaboração de políticas públicas de desenvolvi-</p><p>mento urbano os impactos na saúde pública.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério das Cidades</p><p>h)Fomentar políticas públicas de apoio às organizações de ca-</p><p>tadores de materiais recicláveis, visando à disponibilização de áreas</p><p>e prédios desocupados pertencentes à União, a fim de serem trans-</p><p>formados em infraestrutura produtiva para essas organizações.</p><p>Responsáveis: Ministério do Planejamento, Orçamento e Ges-</p><p>tão; Ministério das Cidades; Ministério do Trabalho e Emprego; Mi-</p><p>nistério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome</p><p>i)Estimular a produção de alimentos de forma comunitária,</p><p>com uso de tecnologias de bases agroecológicas, em espaços ur-</p><p>banos e periurbanos ociosos e fomentar a mobilização comunitária</p><p>para a implementação de hortas, viveiros, pomares, canteiros de</p><p>ervas medicinais, criação de pequenos animais, unidades de pro-</p><p>cessamento e beneficiamento agroalimentar, feiras e mercados pú-</p><p>blicos populares.</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Comba-</p><p>te à Fome; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>33</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito central</p><p>do processo de desenvolvimento.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Garantia da participação e do controle social nas políticas pú-</p><p>blicas de desenvolvimento com grande impacto socioambiental.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Fortalecer ações que valorizem a pessoa humana como su-</p><p>jeito central do desenvolvimento, enfrentando o quadro atual de</p><p>injustiça ambiental que atinge principalmente as populações mais</p><p>pobres.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Meio Ambiente</p><p>b)Assegurar participação efetiva da população na elaboração</p><p>dos instrumentos de gestão territorial e na análise e controle dos</p><p>processos de licenciamento urbanístico e ambiental de empreendi-</p><p>mentos de impacto, especialmente na definição das ações mitiga-</p><p>doras e compensatórias por impactos sociais e ambientais.</p><p>Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das</p><p>Cidades</p><p>c)Fomentar a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico</p><p>(ZEE), incorporando o sócio e etnozoneamento.</p><p>Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Meio Am-</p><p>biente</p><p>d)Assegurar a transparência dos projetos realizados, em todas</p><p>as suas etapas, e dos recursos utilizados nos grandes projetos eco-</p><p>nômicos, para viabilizar o controle social.</p><p>Responsáveis: Ministério dos Transportes; Ministério da Inte-</p><p>gração Nacional; Ministério de Minas e Energia; Secretaria Especial</p><p>dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>e)Garantir a exigência de capacitação qualificada e participati-</p><p>va das comunidades afetadas nos projetos básicos de obras e em-</p><p>preendimentos com impactos sociais e ambientais.</p><p>Responsáveis: Ministério da Integração Nacional; Ministério de</p><p>Minas e Energia; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>f)Definir mecanismos para a garantia dos Direitos Humanos das</p><p>populações diretamente atingidas e vizinhas aos empreendimentos</p><p>de impactos sociais e ambientais.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>g)Apoiar a incorporação dos sindicatos de trabalhadores e cen-</p><p>trais sindicais nos processos de licenciamento ambiental de empre-</p><p>sas, de forma a garantir o direito à saúde do trabalhador.</p><p>Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério do</p><p>Trabalho e Emprego; Ministério da Saúde</p><p>h)Promover e fortalecer ações de proteção às populações mais</p><p>pobres da convivência com áreas contaminadas, resguardando-as</p><p>contra essa ameaça e assegurando-lhes seus direitos fundamentais.</p><p>Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das</p><p>Cidades; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;</p><p>Ministério da Saúde</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Afirmação dos princípios da dignidade humana e da equidade</p><p>como fundamentos do processo de desenvolvimento nacional.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Reforçar o papel do Plano Plurianual como instrumento de</p><p>consolidação dos Direitos Humanos e de enfrentamento da concen-</p><p>tração de renda e riqueza e de promoção da inclusão da população</p><p>de baixa renda.</p><p>Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Ges-</p><p>tão</p><p>b)Reforçar os critérios da equidade e da prevalência dos Direi-</p><p>tos Humanos como prioritários na avaliação da programação orça-</p><p>mentária de ação ou autorização de gastos.</p><p>Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Ges-</p><p>tão</p><p>c)Instituir código de conduta em Direitos Humanos para ser</p><p>considerado no âmbito do poder público como critério para a con-</p><p>tratação e financiamento de empresas.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>d)Regulamentar a taxação do imposto sobre grandes fortunas</p><p>previsto na Constituição.</p><p>Responsáveis: Ministério da Fazenda; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>e)Ampliar a adesão de empresas ao compromisso de responsa-</p><p>bilidade social e Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento, Indústria</p><p>e Comércio Exterior</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Fortalecimento dos direitos econômicos por meio de políticas</p><p>públicas de defesa da concorrência e de proteção do consumidor.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Garantir o acesso universal a serviços públicos essenciais de</p><p>qualidade.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Educação;</p><p>Ministério de Minas e Energia; Ministério do Desenvolvimento So-</p><p>cial e Combate à Fome; Ministério das Cidades</p><p>b)Fortalecer o sistema brasileiro de defesa da concorrência</p><p>para coibir condutas anticompetitivas e concentradoras de renda.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Fazenda</p><p>c)Garantir o direito à informação do consumidor, fortalecendo</p><p>as ações de acompanhamento de mercado, inclusive a rotulagem</p><p>dos transgênicos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvol-</p><p>vimento, Indústria e Comércio Exterior; Ministério da Agricultura,</p><p>Pecuária e Abastecimento</p><p>d)Fortalecer o combate à fraude e a avaliação da conformidade</p><p>dos produtos e serviços no mercado.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvi-</p><p>mento, Indústria e Comércio Exterior</p><p>Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como</p><p>Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de</p><p>direitos.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Afirmação dos direitos ambientais como Direitos Humanos.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Incluir o item Direito Ambiental nos relatórios de monitora-</p><p>mento dos Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Meio Ambiente</p><p>b)Incluir o tema dos Direitos Humanos nos instrumentos e rela-</p><p>tórios dos órgãos ambientais.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Meio Ambiente</p><p>c)Assegurar a proteção dos direitos ambientais e dos Direitos</p><p>Humanos no Código Florestal.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>3434</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Responsável: Ministério do Meio Ambiente</p><p>d)Implementar e ampliar políticas públicas voltadas</p><p>para a re-</p><p>cuperação de áreas degradadas e áreas de desmatamento nas zo-</p><p>nas urbanas e rurais.</p><p>Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das</p><p>Cidades</p><p>e)Fortalecer ações que estabilizem a concentração de gases de</p><p>efeito estufa em nível que permita a adaptação natural dos ecossis-</p><p>temas à mudança do clima, controlando a interferência das ativida-</p><p>des humanas (antrópicas) no sistema climático.</p><p>Responsável: Ministério do Meio Ambiente</p><p>f)Garantir o efetivo acesso a informação sobre a degradação e</p><p>os riscos ambientais, e ampliar e articular as bases de informações</p><p>dos entes federados e produzir informativos em linguagem acessí-</p><p>vel.</p><p>Responsável: Ministério do Meio Ambiente</p><p>g)Integrar os atores envolvidos no combate ao trabalho escra-</p><p>vo nas operações correntes de fiscalização ao desmatamento e ao</p><p>corte ilegal de madeira.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego; Minis-</p><p>tério do Meio Ambiente</p><p>Eixo Orientador III:</p><p>Universalizar direitos em um contexto de desigualdades</p><p>A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma em seu</p><p>preâmbulo que o “reconhecimento da dignidade inerente a todos</p><p>os membros da família humana e de seus direitos iguais e inaliená-</p><p>veis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”.</p><p>No entanto, nas vicissitudes ocorridas no cumprimento da Declara-</p><p>ção pelos Estados signatários, identificou-se a necessidade de reco-</p><p>nhecer as diversidades e diferenças para concretização do princípio</p><p>da igualdade.</p><p>No Brasil, ao longo das últimas décadas, os Direitos Humanos</p><p>passaram a ocupar uma posição de destaque no ordenamento ju-</p><p>rídico. O País avançou decisivamente na proteção e promoção do</p><p>direito às diferenças. Porém, o peso negativo do passado continua</p><p>a projetar no presente uma situação de profunda iniquidade social.</p><p>O acesso aos direitos fundamentais continua enfrentando bar-</p><p>reiras estruturais, resquícios de um processo histórico, até secular,</p><p>marcado pelo genocídio indígena, pela escravidão e por períodos</p><p>ditatoriais, práticas que continuam a ecoar em comportamentos,</p><p>leis e na realidade social.</p><p>O PNDH-3 assimila os grandes avanços conquistados ao longo</p><p>destes últimos anos, tanto nas políticas de erradicação da miséria e</p><p>da fome, quanto na preocupação com a moradia e saúde, e aponta</p><p>para a continuidade e ampliação do acesso a tais políticas, funda-</p><p>mentais para garantir o respeito à dignidade humana.</p><p>Os objetivos estratégicos direcionados à promoção da cidada-</p><p>nia plena preconizam a universalidade, indivisibilidade e interde-</p><p>pendência dos Direitos Humanos, condições para sua efetivação</p><p>integral e igualitária. O acesso aos direitos de registro civil, alimen-</p><p>tação adequada, terra e moradia, trabalho decente, educação, par-</p><p>ticipação política, cultura, lazer, esporte e saúde, deve considerar a</p><p>pessoa humana em suas múltiplas dimensões de ator social e sujei-</p><p>to de cidadania.</p><p>À luz da história dos movimentos sociais e de programas de</p><p>governo, o PNDH-3 orienta-se pela transversalidade, para que a im-</p><p>plementação dos direitos civis e políticos transitem pelas diversas</p><p>dimensões dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais.</p><p>Caso contrário, grupos sociais afetados pela pobreza, pelo racismo</p><p>estrutural e pela discriminação dificilmente terão acesso a tais di-</p><p>reitos.</p><p>As ações programáticas formuladas visam enfrentar o desafio</p><p>de eliminar as desigualdades, levando em conta as dimensões de</p><p>gênero e raça nas políticas públicas, desde o planejamento até a sua</p><p>concretização e avaliação. Há, neste sentido, propostas de criação</p><p>de indicadores que possam mensurar a efetivação progressiva dos</p><p>direitos.</p><p>Às desigualdades soma-se a persistência da discriminação, que</p><p>muitas vezes se manifesta sob a forma de violência contra sujeitos</p><p>que são histórica e estruturalmente vulnerabilizados.</p><p>O combate à discriminação mostra-se necessário, mas insufi-</p><p>ciente enquanto medida isolada. Os pactos e convenções que in-</p><p>tegram o sistema regional e internacional de proteção dos Direitos</p><p>Humanos apontam para a necessidade de combinar estas medidas</p><p>com políticas compensatórias que acelerem a construção da igual-</p><p>dade, como forma capaz de estimular a inclusão de grupos social-</p><p>mente vulneráveis. Além disso, as ações afirmativas constituem</p><p>medidas especiais e temporárias que buscam remediar um passado</p><p>discriminatório. No rol de movimentos e grupos sociais que deman-</p><p>dam políticas de inclusão social encontram-se crianças, adolescen-</p><p>tes, mulheres, pessoas idosas, lésbicas, gays, bissexuais, travestis,</p><p>transexuais, pessoas com deficiência, pessoas moradoras de rua,</p><p>povos indígenas, populações negras e quilombolas, ciganos, ribei-</p><p>rinhos, varzanteiros e pescadores, entre outros.</p><p>Definem-se, neste capítulo, medidas e políticas que devem ser</p><p>efetivadas para reconhecer e proteger os indivíduos como iguais</p><p>na diferença, ou seja, para valorizar a diversidade presente na po-</p><p>pulação brasileira para estabelecer acesso igualitário aos direitos</p><p>fundamentais. Trata-se de reforçar os programas de governo e as</p><p>resoluções pactuadas nas diversas conferências nacionais temáti-</p><p>cas, sempre sob o foco dos Direitos Humanos, com a preocupação</p><p>de assegurar o respeito às diferenças e o combate às desigualdades,</p><p>para o efetivo acesso aos direitos.</p><p>Por fim, em respeito à primazia constitucional de proteção e</p><p>promoção da infância, do adolescente e da juventude, o capítulo</p><p>aponta suas diretrizes para o respeito e a garantia das gerações fu-</p><p>turas. Como sujeitos de direitos, as crianças, os adolescentes e os</p><p>jovens são frequentemente subestimadas em sua participação polí-</p><p>tica e em sua capacidade decisória. Preconiza-se o dever de assegu-</p><p>rar-lhes, desde cedo, o direito de opinião e participação.</p><p>Marcadas pelas diferenças e por sua fragilidade temporal, as</p><p>crianças, os adolescentes e os jovens estão sujeitos a discrimina-</p><p>ções e violências. As ações programáticas promovem a garantia de</p><p>espaços e investimentos que assegurem proteção contra qualquer</p><p>forma de violência e discriminação, bem como a promoção da ar-</p><p>ticulação entre família, sociedade e Estado para fortalecer a rede</p><p>social de proteção que garante a efetividade de seus direitos.</p><p>Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal,</p><p>indivisível e interdependente, assegurando a cidadania plena.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Universalização do registro civil de nascimento e ampliação</p><p>do acesso à documentação básica.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Ampliar e reestruturar a rede de atendimento para a emissão</p><p>do registro civil de nascimento visando a sua universalização.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>35</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>• Interligar maternidades e unidades de saúde aos cartórios,</p><p>por meio de sistema manual ou informatizado, para emissão de re-</p><p>gistro civil de nascimento logo após o parto, garantindo ao recém</p><p>nascido a certidão de nascimento antes da alta médica.</p><p>• Fortalecer a Declaração de Nascido Vivo (DNV), emitida pelo</p><p>Sistema Único de Saúde , como mecanismo de acesso ao registro</p><p>civil de nascimento, contemplando a diversidade na emissão pelos</p><p>estabelecimentos de saúde e pelas parteiras.</p><p>• Realizar orientação sobre a importância do registro civil de</p><p>nascimento para a cidadania por meio da rede de atendimento</p><p>(saúde, educação e assistência social) e pelo sistema de Justiça e de</p><p>segurança pública.</p><p>• Aperfeiçoar as normas e o serviço público notarial e de re-</p><p>gistro, em articulação com o Conselho Nacional de Justiça, para ga-</p><p>rantia da gratuidade e da cobertura do serviço de registro civil em</p><p>âmbito nacional.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvi-</p><p>mento Social e Combate à Fome; Ministério da Previdência Social;</p><p>Ministério da Justiça; Ministério do Planejamento, Orçamento e</p><p>Gestão; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da</p><p>República</p><p>b)Promover a mobilização nacional com intuito de reduzir o nú-</p><p>mero de pessoas sem registro</p><p>civil de nascimento e documentação</p><p>básica.</p><p>• Instituir comitês gestores estaduais, distrital e municipais</p><p>com o objetivo de articular as instituições públicas e as entidades da</p><p>sociedade civil para a implantação de ações que visem à ampliação</p><p>do acesso à documentação básica.</p><p>• Realizar campanhas para orientação e conscientização da po-</p><p>pulação e dos agentes responsáveis pela articulação e pela garantia</p><p>do acesso aos serviços de emissão de registro civil de nascimento e</p><p>de documentação básica.</p><p>• Realizar mutirões para emissão de registro civil de nascimen-</p><p>to e documentação básica, com foco nas regiões de difícil acesso e</p><p>no atendimento às populações específicas como os povos indíge-</p><p>nas, quilombolas, ciganos, pessoas em situação de rua, institucio-</p><p>nalizadas e às trabalhadoras rurais.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Desenvolvi-</p><p>mento Social e Combate à Fome; Ministério da Defesa; Ministério</p><p>da Fazenda; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Jus-</p><p>tiça; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da</p><p>República</p><p>c)Criar bases normativas e gerenciais para garantia da universa-</p><p>lização do acesso ao registro civil de nascimento e à documentação</p><p>básica.</p><p>• Implantar sistema nacional de registro civil para interligação</p><p>das informações de estimativas de nascimentos, de nascidos vivos</p><p>e do registro civil, a fim de viabilizar a busca ativa dos nascidos não</p><p>registrados e aperfeiçoar os indicadores para subsidiar políticas pú-</p><p>blicas.</p><p>• Desenvolver estudo e revisão da legislação para garantir o</p><p>acesso do cidadão ao registro civil de nascimento em todo o terri-</p><p>tório nacional.</p><p>• Realizar estudo de sustentabilidade do serviço notarial e de</p><p>registro no País.</p><p>• Desenvolver a padronização do registro civil (certidão de nas-</p><p>cimento, de casamento e de óbito) em território nacional.</p><p>• Garantir a emissão gratuita de Registro Geral e Cadastro de</p><p>Pessoa Física aos reconhecidamente pobres.</p><p>• Desenvolver estudo sobre a política nacional de documenta-</p><p>ção civil básica.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério do Desenvol-</p><p>vimento Social e Combate à Fome; Ministério do Planejamento,</p><p>Orçamento e Gestão; Ministério da Fazenda; Ministério da Justiça;</p><p>Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Previdência Social;</p><p>Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Repú-</p><p>blica</p><p>d)Incluir no questionário do censo demográfico perguntas para</p><p>identificar a ausência de documentos civis na população.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Acesso à alimentação adequada por meio de políticas estru-</p><p>turantes.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Ampliar o acesso aos alimentos por meio de programas e</p><p>ações de geração e transferência de renda, com ênfase na partici-</p><p>pação das mulheres como potenciais beneficiárias.</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Com-</p><p>bate à Fome; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da</p><p>Presidência da República</p><p>b)Vincular programas de transferência de renda à garantia da</p><p>segurança alimentar da criança, por meio do acompanhamento da</p><p>saúde e nutrição e do estímulo de hábitos alimentares saudáveis,</p><p>com o objetivo de erradicar a desnutrição infantil.</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Comba-</p><p>te à Fome; Ministério da Educação; Ministério da Saúde</p><p>c)Fortalecer a agricultura familiar e camponesa no desenvolvi-</p><p>mento de ações específicas que promovam a geração de renda no</p><p>campo e o aumento da produção de alimentos agroecológicos para</p><p>o autoconsumo e para o mercado local.</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Minis-</p><p>tério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome</p><p>d)Ampliar o abastecimento alimentar, com maior autonomia</p><p>e fortalecimento da economia local, associado a programas de in-</p><p>formação, de educação alimentar, de capacitação, de geração de</p><p>ocupações produtivas, de agricultura familiar camponesa e de agri-</p><p>cultura urbana.</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Com-</p><p>bate à Fome; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;</p><p>Ministério do Desenvolvimento Agrário</p><p>e)Promover a implantação de equipamentos públicos de segu-</p><p>rança alimentar e nutricional, com vistas a ampliar o acesso à ali-</p><p>mentação saudável de baixo custo, valorizar as culturas alimentares</p><p>regionais, estimular o aproveitamento integral dos alimentos, evitar</p><p>o desperdício e contribuir para a recuperação social e de saúde da</p><p>sociedade.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate</p><p>à Fome</p><p>f)Garantir que os hábitos e contextos regionais sejam incorpo-</p><p>rados nos modelos de segurança alimentar como fatores da produ-</p><p>ção sustentável de alimentos.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate</p><p>à Fome</p><p>g)Realizar pesquisas científicas que promovam ganhos de pro-</p><p>dutividade na agricultura familiar e assegurar estoques reguladores.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>3636</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Comba-</p><p>te à Fome; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministério da</p><p>Agricultura, Pecuária e Abastecimento</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Garantia do acesso à terra e à moradia para a população de</p><p>baixa renda e grupos sociais vulnerabilizados.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Fortalecer a reforma agrária com prioridade à implementação</p><p>e recuperação de assentamentos, à regularização do crédito fundi-</p><p>ário e à assistência técnica aos assentados, atualização dos índices</p><p>Grau de Utilização da Terra (GUT) e Grau de Eficiência na Exploração</p><p>(GEE), conforme padrões atuais e regulamentação da desapropria-</p><p>ção de áreas pelo descumprimento da função social plena.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Ministé-</p><p>rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento</p><p>b)Integrar as ações de mapeamento das terras públicas da</p><p>União.</p><p>Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Ges-</p><p>tão</p><p>c)Estimular o saneamento dos serviços notariais de registros</p><p>imobiliários, possibilitando o bloqueio ou o cancelamento adminis-</p><p>trativo dos títulos das terras e registros irregulares.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvi-</p><p>mento Agrário</p><p>d)Garantir demarcação, homologação, regularização e desin-</p><p>trusão das terras indígenas, em harmonia com os projetos de futu-</p><p>ro de cada povo indígena, assegurando seu etnodesenvolvimento e</p><p>sua autonomia produtiva.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>e)Assegurar às comunidades quilombolas a posse dos seus ter-</p><p>ritórios, acelerando a identificação, o reconhecimento, a demarca-</p><p>ção e a titulação desses territórios, respeitando e preservando os</p><p>sítios de valor simbólico e histórico.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da</p><p>Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da Cultura;</p><p>Ministério do Desenvolvimento Agrário</p><p>f)Garantir o acesso a terra às populações ribeirinhas, varzan-</p><p>teiras e pescadoras, assegurando acesso aos recursos naturais que</p><p>tradicionalmente utilizam para sua reprodução física, cultural e eco-</p><p>nômica.</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Minis-</p><p>tério do Meio Ambiente</p><p>g)Garantir que nos programas habitacionais do governo sejam</p><p>priorizadas as populações de baixa renda, a população em situação</p><p>de rua e grupos sociais em situação de vulnerabilidade no espaço</p><p>urbano e rural, considerando os princípios da moradia digna, do de-</p><p>senho universal e os critérios de acessibilidade nos projetos.</p><p>Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Desenvol-</p><p>vimento Social e Combate à Fome</p><p>h)Promover a destinação das glebas e edifícios vazios ou subu-</p><p>tilizados pertencentes à União, para a população de baixa renda,</p><p>reduzindo o déficit habitacional.</p><p>Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Planeja-</p><p>mento, Orçamento e Gestão</p><p>i)Estabelecer que a garantia da qualidade de abrigos e alber-</p><p>gues, bem como seu caráter inclusivo e de resgate da cidadania à</p><p>população em situação de rua, estejam entre os critérios</p><p>de con-</p><p>cessão de recursos para novas construções e manutenção dos exis-</p><p>tentes.</p><p>Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério do Desenvol-</p><p>vimento Social e Combate à Fome</p><p>j)Apoiar o monitoramento de políticas de habitação de inte-</p><p>resse social pelos conselhos municipais de habitação, garantindo</p><p>às cooperativas e associações habitacionais acesso às informações.</p><p>Responsável: Ministério das Cidades</p><p>k)Garantir as condições para a realização de acampamentos ci-</p><p>ganos em todo o território nacional, visando a preservação de suas</p><p>tradições, práticas e patrimônio cultural.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Cidades</p><p>Objetivo estratégico IV:</p><p>Ampliação do acesso universal a sistema de saúde de qualida-</p><p>de.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Expandir e consolidar programas de serviços básicos de saú-</p><p>de e de atendimento domiciliar para a população de baixa renda,</p><p>com enfoque na prevenção e diagnóstico prévio de doenças e defi-</p><p>ciências, com apoio diferenciado às pessoas idosas, indígenas, ne-</p><p>gros e comunidades quilombolas, pessoas com deficiência, pessoas</p><p>em situação de rua, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais,</p><p>crianças e adolescentes, mulheres, pescadores artesanais e popula-</p><p>ção de baixa renda.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Polí-</p><p>ticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;</p><p>Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da</p><p>República; Ministério da Pesca e Aquicultura</p><p>b)Criar programas de pesquisa e divulgação sobre tratamentos</p><p>alternativos à medicina tradicional no sistema de saúde.</p><p>Responsável: Ministério da Saúde</p><p>c)Reformular o marco regulatório dos planos de saúde, de</p><p>modo a diminuir os custos para a pessoa idosa e fortalecer o pacto</p><p>intergeracional, estimulando a adoção de medidas de capitalização</p><p>para gastos futuros pelos planos de saúde.</p><p>Responsável: Ministério da Saúde</p><p>d)Reconhecer as parteiras como agentes comunitárias de saú-</p><p>de.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Polí-</p><p>ticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>e)Aperfeiçoar o programa de saúde para adolescentes, especi-</p><p>ficamente quanto à saúde de gênero, à educação sexual e reprodu-</p><p>tiva e à saúde mental.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Po-</p><p>líticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Es-</p><p>pecial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>f)Criar campanhas e material técnico, instrucional e educativo</p><p>sobre planejamento reprodutivo que respeite os direitos sexuais e</p><p>reprodutivos, contemplando a elaboração de materiais específicos</p><p>para a população jovem e adolescente e para pessoas com defici-</p><p>ência.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Po-</p><p>líticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Es-</p><p>pecial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>g)Estimular programas de atenção integral à saúde das mulhe-</p><p>res, considerando suas especificidades étnico-raciais, geracionais,</p><p>regionais, de orientação sexual, de pessoa com deficiência, priori-</p><p>zando as moradoras do campo, da floresta e em situação de rua.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>37</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Po-</p><p>líticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Es-</p><p>pecial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência</p><p>da República; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à</p><p>Fome</p><p>h)Ampliar e disseminar políticas de saúde pré e neonatal, com</p><p>inclusão de campanhas educacionais de esclarecimento, visando à</p><p>prevenção do surgimento ou do agravamento de deficiências.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Po-</p><p>líticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Es-</p><p>pecial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>i)Expandir a assistência pré-natal e pós-natal por meio de pro-</p><p>gramas de visitas domiciliares para acompanhamento das crianças</p><p>na primeira infância.</p><p>Responsável: Ministério da Saúde</p><p>j)Apoiar e financiar a realização de pesquisas e intervenções</p><p>sobre a mortalidade materna, contemplando o recorte étnico-racial</p><p>e regional.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Polí-</p><p>ticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>k)Assegurar o acesso a laqueaduras e vasectomias ou reversão</p><p>desses procedimentos no sistema público de saúde, com garantia</p><p>de acesso a informações sobre as escolhas individuais.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Polí-</p><p>ticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>l)Ampliar a oferta de medicamentos de uso contínuo, especiais</p><p>e excepcionais, para a pessoa idosa.</p><p>Responsável: Ministério da Saúde</p><p>m)Realizar campanhas de diagnóstico precoce e tratamento</p><p>adequado às pessoas que vivem com HIV/AIDS para evitar o estágio</p><p>grave da doença e prevenir sua expansão e disseminação.</p><p>Responsável: Ministério da Saúde</p><p>n)Proporcionar às pessoas que vivem com HIV/AIDS programas</p><p>de atenção no âmbito da saúde sexual e reprodutiva.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Polí-</p><p>ticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>o)Capacitar os agentes comunitários de saúde que realizam a</p><p>triagem e a captação nas hemorredes para praticarem abordagens</p><p>sem preconceito e sem discriminação.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>p)Garantir o acompanhamento multiprofissional a pessoas</p><p>transexuais que fazem parte do processo transexualizador no Siste-</p><p>ma Único de Saúde e de suas famílias.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>q)Apoiar o acesso a programas de saúde preventiva e de prote-</p><p>ção à saúde para profissionais do sexo.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Polí-</p><p>ticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>r)Apoiar a implementação de espaços essenciais para higiene</p><p>pessoal e centros de referência para a população em situação de</p><p>rua.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e</p><p>Combate à Fome</p><p>s)Investir na política de reforma psiquiátrica fomentando pro-</p><p>gramas de tratamentos substitutivos à internação, que garantam às</p><p>pessoas com transtorno mental a possibilidade de escolha autôno-</p><p>ma de tratamento, com convivência familiar e acesso aos recursos</p><p>psiquiátricos e farmacológicos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Cultura</p><p>t)Implementar medidas destinadas a desburocratizar os ser-</p><p>viços do Instituto Nacional de Seguro Social para a concessão de</p><p>aposentadorias e benefícios.</p><p>Responsável: Ministério da Previdência Social</p><p>u)Estimular a incorporação do trabalhador urbano e rural ao</p><p>regime geral da previdência social.</p><p>Responsável: Ministério da Previdência Social</p><p>v)Assegurar a inserção social das pessoas atingidas pela hanse-</p><p>níase isoladas e internadas em hospitais-colônias.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Saúde</p><p>w)Reconhecer, pelo Estado brasileiro, as violações de direitos</p><p>às pessoas atingidas pela hanseníase no período da internação e</p><p>do isolamento compulsórios, apoiando iniciativas para agilizar as</p><p>reparações com a concessão de pensão especial prevista na Lei no</p><p>11.520/2007.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>x)Proporcionar as condições necessárias para conclusão do</p><p>trabalho da Comissão Interministerial de Avaliação para análise</p><p>dos requerimentos de pensão especial das pessoas atingidas pela</p><p>hanseníase, que foram internadas e isoladas compulsoriamente em</p><p>hospitais-colônia até 31 de dezembro de 1986.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>Objetivo</p><p>estratégico V:</p><p>Acesso à educação de qualidade e garantia de permanência na</p><p>escola.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Ampliar o acesso a educação básica, a permanência na escola</p><p>e a universalização do ensino no atendimento à educação infantil.</p><p>Responsável: Ministério da Educação</p><p>b)Assegurar a qualidade do ensino formal público com seu mo-</p><p>nitoramento contínuo e atualização curricular.</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>c)Desenvolver programas para a reestruturação das escolas</p><p>como pólos de integração de políticas educacionais, culturais e de</p><p>esporte e lazer.</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura;</p><p>Ministério do Esporte</p><p>d)Apoiar projetos e experiências de integração da escola com a</p><p>comunidade que utilizem sistema de alternância.</p><p>Responsável: Ministério da Educação</p><p>e)Adequar o currículo escolar, inserindo conteúdos que valo-</p><p>rizem as diversidades, as práticas artísticas, a necessidade de ali-</p><p>mentação adequada e saudável e as atividades físicas e esportivas.</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura;</p><p>Ministério do Esporte; Ministério da Saúde</p><p>f)Integrar os programas de alfabetização de jovens e adultos</p><p>aos programas de qualificação profissional e educação cidadã,</p><p>apoiando e incentivando a utilização de metodologias adequadas</p><p>às realidades dos povos e comunidades tradicionais.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>3838</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do Desen-</p><p>volvimento Social e Combate à Fome; Ministério do Trabalho e Em-</p><p>prego; Ministério da Pesca e Aquicultura</p><p>g)Estimular e financiar programas de extensão universitária</p><p>como forma de integrar o estudante à realidade social.</p><p>Responsável: Ministério da Educação</p><p>h)Fomentar as ações afirmativas para o ingresso das popula-</p><p>ções negra, indígena e de baixa renda no ensino superior.</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial de</p><p>Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da Repú-</p><p>blica; Ministério da Justiça</p><p>i)Ampliar o ensino superior público de qualidade por meio da</p><p>criação permanente de universidades federais, cursos e vagas para</p><p>docentes e discentes.</p><p>Responsável: Ministério da Educação</p><p>j)Fortalecer as iniciativas de educação popular por meio da</p><p>valorização da arte e da cultura, apoiando a realização de festivais</p><p>nas comunidades tradicionais e valorizando as diversas expressões</p><p>artísticas nas escolas e nas comunidades.</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura;</p><p>Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Repú-</p><p>blica</p><p>k)Ampliar o acesso a programas de inclusão digital para popu-</p><p>lações de baixa renda em espaços públicos, especialmente escolas,</p><p>bibliotecas e centros comunitários.</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura;</p><p>Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério da Pesca e Aquicul-</p><p>tura</p><p>l)Fortalecer programas de educação no campo e nas comuni-</p><p>dades pesqueiras que estimulem a permanência dos estudantes</p><p>na comunidade e que sejam adequados às respectivas culturas e</p><p>identidades.</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério do Desen-</p><p>volvimento Agrário; Ministério da Pesca e Aquicultura</p><p>Objetivo estratégico VI:</p><p>Garantia do trabalho decente, adequadamente remunerado,</p><p>exercido em condições de equidade e segurança.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Apoiar a agenda nacional de trabalho decente por meio do</p><p>fortalecimento do seu comitê executivo e da efetivação de suas</p><p>ações.</p><p>Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego</p><p>b)Fortalecer programas de geração de emprego, ampliando</p><p>progressivamente o nível de ocupação e priorizando a população</p><p>de baixa renda e os Estados com elevados índices de emigração.</p><p>Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego</p><p>c)Ampliar programas de economia solidária, mediante políticas</p><p>integradas, como alternativa de geração de trabalho e renda, e de</p><p>inclusão social, priorizando os jovens das famílias beneficiárias do</p><p>Programa Bolsa Família.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério</p><p>do Desenvolvimento Social e Combate à Fome</p><p>d)Criar programas de formação, qualificação e inserção profis-</p><p>sional e de geração de emprego e renda para jovens, população em</p><p>situação de rua e população de baixa renda.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do</p><p>Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Educação</p><p>e)Integrar as ações de qualificação profissional às atividades</p><p>produtivas executadas com recursos públicos, como forma de ga-</p><p>rantir a inserção no mercado de trabalho.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério</p><p>do Desenvolvimento Social e Combate à Fome</p><p>f)Criar programas de formação e qualificação profissional para</p><p>pescadores artesanais, industriais e aquicultores familiares.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério</p><p>da Pesca e Aquicultura</p><p>g)Combater as desigualdades salariais baseadas em diferenças</p><p>de gênero, raça, etnia e das pessoas com deficiência.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria</p><p>Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>h)Acompanhar a implementação do Programa Nacional de</p><p>Ações Afirmativas, instituído pelo Decreto no 4.228/2002, no âm-</p><p>bito da administração pública federal, direta e indireta, com vistas</p><p>à realização de metas percentuais da ocupação de cargos comissio-</p><p>nados pelas mulheres, população negra e pessoas com deficiência.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>i)Realizar campanhas envolvendo a sociedade civil organizada</p><p>sobre paternidade responsável, bem como ampliar a licença-pa-</p><p>ternidade, como forma de contribuir para a corresponsabilidade e</p><p>para o combate ao preconceito quanto à inserção das mulheres no</p><p>mercado de trabalho.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres</p><p>da Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego</p><p>j)Elaborar diagnósticos com base em ações judiciais que envol-</p><p>vam atos de assédio moral, sexual e psicológico, com apuração de</p><p>denúncias de desrespeito aos direitos das trabalhadoras e trabalha-</p><p>dores, visando orientar ações de combate à discriminação e abuso</p><p>nas relações de trabalho.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria</p><p>Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidên-</p><p>cia da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres</p><p>da Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos Huma-</p><p>nos da Presidência da República</p><p>k)Garantir a igualdade de direitos das trabalhadoras e trabalha-</p><p>dores domésticos com os dos demais trabalhadores.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria</p><p>Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República;</p><p>Ministério da Previdência Social</p><p>l)Promover incentivos a empresas para que empreguem os</p><p>egressos do sistema penitenciário.</p><p>Responsáveis: Ministério da Fazenda; Ministério do Trabalho e</p><p>Emprego; Ministério da Justiça</p><p>m)Criar cadastro nacional e relatório periódico de empregabili-</p><p>dade de egressos do sistema penitenciário.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>n)Garantir os direitos trabalhistas e previdenciários de profis-</p><p>sionais do sexo por meio da regulamentação de sua profissão.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria</p><p>Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.</p><p>° Objetivo estratégico VII:</p><p>° Combate e prevenção ao trabalho escravo.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Promover a efetivação do Plano Nacional para Erradicação do</p><p>Trabalho Escravo.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria</p><p>Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>39</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>b)Apoiar a coordenação e implementação de planos estaduais,</p><p>distrital e municipais para erradicação do trabalho escravo.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Monitorar e articular o trabalho das comissões estaduais, dis-</p><p>trital e municipais para a erradicação do trabalho escravo.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria</p><p>Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>d)Apoiar a alteração da Constituição para prever a expropria-</p><p>ção dos imóveis rurais e urbanos nos quais forem encontrados tra-</p><p>balhadores reduzidos à condição análoga a de escravos.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria de</p><p>Relações Institucionais da Presidência da República; Secretaria Es-</p><p>pecial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>e)Identificar periodicamente as atividades produtivas em que</p><p>há ocorrência de trabalho escravo adulto e infantil.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria</p><p>Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>f)Propor marco legal e ações repressivas para erradicar a inter-</p><p>mediação ilegal de mão de obra.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria</p><p>Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Secre-</p><p>taria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial</p><p>g)Promover a destinação de recursos do Fundo de Amparo ao</p><p>Trabalhador (FAT) para capacitação técnica e profissionalizante de</p><p>trabalhadores rurais e de povos e comunidades tradicionais, como</p><p>medida preventiva ao trabalho escravo, assim como para imple-</p><p>mentação de política de reinserção social dos libertados da condi-</p><p>ção de trabalho escravo.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria</p><p>Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>h)Atualizar e divulgar semestralmente o cadastro de emprega-</p><p>dores que utilizaram mão-de-obra escrava.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria</p><p>Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico VIII:</p><p>Promoção do direito à cultura, lazer e esporte como elementos</p><p>formadores de cidadania.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Ampliar programas de cultura que tenham por finalidade pla-</p><p>nejar e implementar políticas públicas para a proteção e promoção</p><p>da diversidade cultural brasileira, em formatos acessíveis.</p><p>Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério do Esporte</p><p>b)Elaborar programas e ações de cultura que considerem os</p><p>formatos acessíveis, as demandas e as características específicas</p><p>das diferentes faixas etárias e dos grupos sociais.</p><p>Responsável: Ministério da Cultura</p><p>c)Fomentar políticas públicas de esporte e lazer, considerando</p><p>as diversidades locais, de forma a atender a todas as faixas etárias</p><p>e aos grupos sociais.</p><p>Responsável: Ministério do Esporte</p><p>d)Elaborar inventário das línguas faladas no Brasil.</p><p>Responsável: Ministério da Cultura</p><p>e)Ampliar e desconcentrar os pólos culturais e pontos de cul-</p><p>tura para garantir o acesso das populações de regiões periféricas e</p><p>de baixa renda.</p><p>Responsável: Ministério da Cultura</p><p>f)Fomentar políticas públicas de formação em esporte e lazer,</p><p>com foco na intersetorialidade, na ação comunitária na intergera-</p><p>cionalidade e na diversidade cultural.</p><p>Responsável: Ministério do Esporte</p><p>g)Ampliar o desenvolvimento de programas de produção au-</p><p>diovisual, musical e artesanal dos povos indígenas.</p><p>Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça</p><p>h)Assegurar o direito das pessoas com deficiência e em sofri-</p><p>mento mental de participarem da vida cultural em igualdade de</p><p>oportunidade com as demais, e de desenvolver e utilizar o seu po-</p><p>tencial criativo, artístico e intelectual.</p><p>Responsáveis: Ministério do Esporte; Ministério da Cultura; Se-</p><p>cretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>i)Fortalecer e ampliar programas que contemplem participação</p><p>dos idosos nas atividades de esporte e lazer.</p><p>Responsáveis: Ministério do Esporte; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>j)Potencializar ações de incentivo ao turismo para pessoas ido-</p><p>sas.</p><p>Responsáveis: Ministério do Turismo; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico IX:</p><p>Garantia da participação igualitária e acessível na vida política.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Apoiar campanhas para promover a ampla divulgação do</p><p>direito ao voto e participação política de homens e mulheres, por</p><p>meio de campanhas informativas que garantam a escolha livre e</p><p>consciente.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Po-</p><p>líticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>b)Apoiar o combate ao crime de captação ilícita de sufrágio,</p><p>inclusive com campanhas de esclarecimento e conscientização dos</p><p>eleitores.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Apoiar os projetos legislativos para o financiamento público</p><p>de campanhas eleitorais.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>d)Garantir acesso irrestrito às zonas eleitorais por meio de</p><p>transporte público e acessível e apoiar a criação de zonas eleitorais</p><p>em áreas de difícil acesso.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades</p><p>e)Promover junto aos povos indígenas ações de educação e ca-</p><p>pacitação sobre o sistema político brasileiro.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>f)Apoiar ações de formação política das mulheres em sua diver-</p><p>sidade étnico-racial, estimulando candidaturas e votos de mulheres</p><p>em todos os níveis.</p><p>Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres</p><p>da Presidência da República</p><p>g)Garantir e estimular a plena participação das pessoas com</p><p>deficiência no ato do sufrágio, seja como eleitor ou candidato, as-</p><p>segurando os mecanismos de acessibilidade necessários, inclusive</p><p>a modalidade do voto assistido.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>4040</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes</p><p>para o seu desenvolvimento integral, de forma não discriminató-</p><p>ria, assegurando seu direito de opinião e participação.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Proteger e garantir os direitos de crianças e adolescentes por</p><p>meio da consolidação das diretrizes nacionais do ECA, da Política</p><p>Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança</p><p>e do Adolescente e da Convenção sobre os Direitos da Criança da</p><p>ONU.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Formular plano de médio prazo e decenal para a política na-</p><p>cional de promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do</p><p>adolescente.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Desenvolver e implementar metodologias de acompanha-</p><p>mento e avaliação das políticas e planos nacionais referentes aos</p><p>direitos de crianças e adolescentes.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Elaborar e implantar sistema de coordenação da política dos</p><p>direitos da criança e do adolescente em todos os níveis de governo,</p><p>para atender às recomendações do Comitê sobre Direitos da Crian-</p><p>ça, dos relatores especiais e do Comitê sobre Direitos Econômicos,</p><p>Sociais e Culturais da ONU.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>d)Criar sistema nacional de coleta de dados e monitoramen-</p><p>to junto aos Municípios, Estados e Distrito Federal acerca do cum-</p><p>primento das obrigações da Convenção dos Direitos da Criança da</p><p>ONU.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>e)Assegurar a opinião das crianças e dos adolescentes que es-</p><p>tiverem capacitados a formular seus próprios juízos, conforme o</p><p>disposto no artigo 12 da Convenção sobre os Direitos da Criança, na</p><p>formulação das políticas públicas voltadas para estes segmentos,</p><p>garantindo sua participação nas conferências dos direitos das crian-</p><p>ças e dos adolescentes.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Consolidar o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e</p><p>Adolescentes, com o fortalecimento do papel</p><p>dos Conselhos Tu-</p><p>telares e de Direitos.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Apoiar a universalização dos Conselhos Tutelares e de Direi-</p><p>tos em todos os Municípios e no Distrito Federal, e instituir parâme-</p><p>tros nacionais que orientem o seu funcionamento.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Implantar escolas de conselhos nos Estados e no Distrito Fe-</p><p>deral, com vistas a apoiar a estruturação e qualificação da ação dos</p><p>Conselhos Tutelares e de Direitos.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Apoiar a capacitação dos operadores do sistema de garantia</p><p>dos direitos para a proteção dos direitos e promoção do modo de</p><p>vida das crianças e adolescentes indígenas, afrodescendentes e co-</p><p>munidades tradicionais, contemplando ainda as especificidades da</p><p>população infanto-juvenil com deficiência.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>d)Fomentar a criação de instâncias especializadas e regionali-</p><p>zadas do sistema de justiça, de segurança e defensorias públicas,</p><p>para atendimento de crianças e adolescentes vítimas e autores de</p><p>violência.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>e)Desenvolver mecanismos que viabilizem a participação de</p><p>crianças e adolescentes no processo das conferências dos direitos,</p><p>nos conselhos de direitos, bem como nas escolas, nos tribunais e</p><p>nos procedimentos judiciais e administrativos que os afetem.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>f)Estimular a informação às crianças e aos adolescentes sobre</p><p>seus direitos, por meio de esforços conjuntos na escola, na mídia</p><p>impressa, na televisão, no rádio e na Internet.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Proteger e defender os direitos de crianças e adolescentes com</p><p>maior vulnerabilidade.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Promover ações educativas para erradicação da violência na</p><p>família, na escola, nas instituições e na comunidade em geral, im-</p><p>plementando as recomendações expressas no Relatório Mundial de</p><p>Violência contra a Criança da ONU.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Desenvolver programas nas redes de assistência social, de</p><p>educação e de saúde para o fortalecimento do papel das famílias</p><p>em relação ao desenvolvimento infantil e à disciplina não violenta.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério do</p><p>Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Saúde</p><p>c)Propor marco legal para a abolição das práticas de castigos</p><p>físicos e corporais contra crianças e adolescentes.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>d)Implantar sistema nacional de registro de ocorrência de vio-</p><p>lência escolar, incluindo as práticas de violência gratuita e reiterada</p><p>entre estudantes (bullying), adotando formulário unificado de re-</p><p>gistro a ser utilizado por todas as escolas.</p><p>Responsável: Ministério da Educação</p><p>e)Apoiar iniciativas comunitárias de mobilização de crianças</p><p>e adolescentes em estratégias preventivas, com vistas a minimizar</p><p>sua vulnerabilidade em contextos de violência.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério do Es-</p><p>porte; Ministério do Turismo</p><p>f)Extinguir os grandes abrigos e eliminar a longa permanência</p><p>de crianças e adolescentes em abrigamento, adequando os serviços</p><p>de acolhimento aos parâmetros aprovados pelo CONANDA e CNAS.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate</p><p>à Fome</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>41</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>g)Fortalecer as políticas de apoio às famílias para a redução dos</p><p>índices de abandono e institucionalização, com prioridade aos gru-</p><p>pos familiares de crianças com deficiências.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e</p><p>Combate à Fome</p><p>h)Ampliar a oferta de programas de famílias acolhedoras para</p><p>crianças e adolescentes em situação de violência, com o objetivo</p><p>de garantir que esta seja a única opção para crianças retiradas do</p><p>convívio com sua família de origem na primeira infância.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate</p><p>à Fome</p><p>i)Estruturar programas de moradia coletivas para adolescentes</p><p>e jovens egressos de abrigos institucionais.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate</p><p>à Fome</p><p>j)Fomentar a adoção legal, por meio de campanhas educativas,</p><p>em consonância com o ECA e com acordos internacionais.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Relações Exteriores</p><p>k)Criar serviços e aprimorar metodologias para identificação e</p><p>localização de crianças e adolescentes desaparecidos.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>l)Exigir em todos os projetos financiados pelo Governo Federal</p><p>a adoção de estratégias de não discriminação de crianças e adoles-</p><p>centes em razão de classe, raça, etnia, crença, gênero, orientação</p><p>sexual, identidade de gênero, deficiência, prática de ato infracional</p><p>e origem.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>m)Reforçar e centralizar os mecanismos de coleta e análise sis-</p><p>temática de dados desagregados da infância e adolescência, espe-</p><p>cialmente sobre os grupos em situação de vulnerabilidade, histori-</p><p>camente vulnerabilizados, vítimas de discriminação, de abuso e de</p><p>negligência.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>n)Estruturar rede de canais de denúncias (Disques) de violência</p><p>contra crianças e adolescentes, integrada aos Conselhos Tutelares.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>o)Estabelecer instrumentos para combater a discriminação re-</p><p>ligiosa sofrida por crianças e adolescentes.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico IV:</p><p>Enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescen-</p><p>tes.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Revisar o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Se-</p><p>xual contra Crianças e Adolescentes, em consonância com as reco-</p><p>mendações do III Congresso Mundial sobre o tema.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Ampliar o acesso e qualificar os programas especializados em</p><p>saúde, educação e assistência social, no atendimento a crianças e</p><p>adolescentes vítimas de violência sexual e de suas famílias</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Educação;</p><p>Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secreta-</p><p>ria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>c)Desenvolver protocolos unificados de atendimento psicosso-</p><p>cial e jurídico a vítimas de violência sexual.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério do De-</p><p>senvolvimento Social e Combate à Fome; Secretaria Especial de Po-</p><p>líticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>d)Desenvolver ações específicas para combate à violência e à</p><p>exploração sexual de crianças e adolescentes em situação de rua.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e</p><p>Combate à Fome.</p><p>e)Estimular a responsabilidade social das empresas para ações</p><p>de enfrentamento da exploração sexual e de combate ao trabalho</p><p>infantil em suas organizações e cadeias produtivas.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Trabalho e</p><p>Emprego; Mi-</p><p>nistério do Turismo;</p><p>f)Combater a pornografia infanto-juvenil na Internet, por meio</p><p>do fortalecimento do Hot Line Federal e da difusão de procedimen-</p><p>tos de navegação segura para crianças, adolescentes, famílias e</p><p>educadores.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da Edu-</p><p>cação</p><p>Objetivo estratégico V:</p><p>Garantir o atendimento especializado a crianças e adolescentes</p><p>em sofrimento psíquico e dependência química.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Universalizar o acesso a serviços de saúde mental para crian-</p><p>ças e adolescentes em cidades de grande e médio porte, incluindo</p><p>a garantia de retaguarda para as unidades de internação socioedu-</p><p>cativa.</p><p>Responsável: Ministério da Saúde</p><p>b)Fortalecer políticas de saúde que contemplem programas de</p><p>desintoxicação e redução de danos em casos de dependência quí-</p><p>mica.</p><p>Responsável: Ministério da Saúde</p><p>Objetivo estratégico VI:</p><p>Erradicação do trabalho infantil em todo o território nacional.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Erradicar o trabalho infantil, por meio das ações interseto-</p><p>riais no Governo Federal, com ênfase no apoio às famílias e educa-</p><p>ção em tempo integral.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério</p><p>da Educação; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presi-</p><p>dência da República</p><p>b)Fomentar a implantação da Lei de Aprendizagem (Lei no</p><p>10.097/2000), mobilizando empregadores, organizações de traba-</p><p>lhadores, inspetores de trabalho, Judiciário, organismos internacio-</p><p>nais e organizações não governamentais.</p><p>Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego</p><p>c)Desenvolver pesquisas, campanhas e relatórios periódicos</p><p>sobre o trabalho infantil, com foco em temas e públicos que reque-</p><p>rem abordagens específicas, tais como agricultura familiar, trabalho</p><p>doméstico, trabalho de rua.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>4242</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria</p><p>Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República;</p><p>Ministério do Desenvolvimento Agrário; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República; Ministério do Desen-</p><p>volvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Justiça</p><p>Objetivo estratégico VII:</p><p>Implementação do Sistema Nacional de Atendimento Socioe-</p><p>ducativo (SINASE).</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Elaborar e implementar um plano nacional socioeducativo</p><p>e sistema de avaliação da execução das medidas daquele sistema,</p><p>com divulgação anual de seus resultados e estabelecimento de me-</p><p>tas, de acordo com o estabelecido no ECA.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Implantar módulo específico de informações para o sistema</p><p>nacional de atendimento educativo junto ao Sistema de Informação</p><p>para a Infância e Adolescência, criando base de dados unificada que</p><p>inclua as varas da infância e juventude, as unidades de internação e</p><p>os programas municipais em meio aberto.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Implantar centros de formação continuada para os operado-</p><p>res do sistema socioeducativo em todos os Estados e no Distrito</p><p>Federal.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério do</p><p>Desenvolvimento Social e Combate à Fome</p><p>d)Desenvolver estratégias conjuntas com o sistema de justiça,</p><p>com vistas ao estabelecimento de regras específicas para a aplica-</p><p>ção da medida de privação de liberdade em caráter excepcional e</p><p>de pouca duração.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>e)Apoiar a expansão de programas municipais de atendimento</p><p>socioeducativo em meio aberto.</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Social e Comba-</p><p>te à Fome; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência</p><p>da República</p><p>f)Apoiar os Estados e o Distrito Federal na implementação de</p><p>programas de atendimento ao adolescente em privação de liberda-</p><p>de, com garantia de escolarização, atendimento em saúde, esporte,</p><p>cultura e educação para o trabalho, condicionando a transferência</p><p>voluntária de verbas federais à observância das diretrizes do plano</p><p>nacional.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Saúde; Ministério do Esporte; Ministério da Cultura; Ministério do</p><p>Trabalho e Emprego</p><p>g)Garantir aos adolescentes privados de liberdade e suas famí-</p><p>lias informação sobre sua situação legal, bem como acesso à defesa</p><p>técnica durante todo o período de cumprimento da medida socio-</p><p>educativa.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>h)Promover a transparência das unidades de internação de</p><p>adolescentes em conflito com a lei, garantindo o contato com a fa-</p><p>mília e a criação de comissões mistas de inspeção e supervisão.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>i)Fomentar a desativação dos grandes complexos de unidades</p><p>de internação, por meio do apoio à reforma e construção de novas</p><p>unidades alinhadas aos parâmetros estabelecidos no SINASE e no</p><p>ECA, em especial na observância da separação por sexo, faixa etária</p><p>e compleição física.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>j)Desenvolver campanhas de informação sobre o adolescente</p><p>em conflito com a lei, defendendo a não redução da maioridade</p><p>penal.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>k)Estabelecer parâmetros nacionais para a apuração adminis-</p><p>trativa de possíveis violações dos direitos e casos de tortura em</p><p>adolescentes privados de liberdade, por meio de sistema indepen-</p><p>dente e de tramitação ágil.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Igualdade e proteção dos direitos das populações negras, his-</p><p>toricamente afetadas pela discriminação e outras formas de into-</p><p>lerância.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Apoiar, junto ao Poder Legislativo, a aprovação do Estatuto</p><p>da Igualdade Racial.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da</p><p>Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial</p><p>dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>b)Promover ações articuladas entre as políticas de educação,</p><p>cultura, saúde e de geração de emprego e renda, visando incidir di-</p><p>retamente na qualidade de vida da população negra e no combate</p><p>à violência racial.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da</p><p>Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da Educa-</p><p>ção; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desenvolvi-</p><p>mento Social e Combate à Fome; Ministério da Saúde</p><p>c)Elaborar programas de combate ao racismo institucional e</p><p>estrutural, implementando normas administrativas e legislação na-</p><p>cional e internacional.</p><p>Responsável: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da</p><p>Igualdade Racial da Presidência da República</p><p>d)Realizar levantamento de informações para produção de</p><p>relatórios periódicos de acompanhamento das políticas contra a</p><p>discriminação racial, contendo, entre outras, informações sobre in-</p><p>clusão no sistema de ensino (básico e superior), inclusão no merca-</p><p>do de trabalho, assistência integrada à saúde, número de violações</p><p>registradas e apuradas, recorrências de violações, e dados popula-</p><p>cionais e de renda.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da</p><p>Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial</p><p>dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>e)Analisar periodicamente os indicadores que apontam desi-</p><p>gualdades visando à formulação e implementação de políticas pú-</p><p>blicas afirmativas que valorizem a promoção da igualdade racial.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da</p><p>Igualdade Racial</p><p>da Presidência da República; Secretaria Especial</p><p>dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério da</p><p>Educação; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério do Desen-</p><p>volvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Saúde</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>43</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>f)Fortalecer a integração das políticas públicas em todas as co-</p><p>munidades remanescentes de quilombos localizadas no território</p><p>brasileiro.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da</p><p>Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da Cultura</p><p>g)Fortalecer os mecanismos existentes de reconhecimento das</p><p>comunidades quilombolas como garantia dos seus direitos especí-</p><p>ficos .</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Minis-</p><p>tério da Cultura; Secretaria Especial de Política de Promoção da</p><p>Igualdade Racial da Presidência da República</p><p>h)Fomentar programas de valorização do patrimônio cultural</p><p>das populações negras.</p><p>Responsável: Ministério da Cultura; Secretaria Especial de Pro-</p><p>moção da Igualdade Racial da Presidência da República</p><p>i)Assegurar o resgate da memória das populações negras, me-</p><p>diante a publicação da história de resistência e resgate de tradições</p><p>das populações das diásporas.</p><p>Responsável: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da</p><p>Igualdade Racial da Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Garantia aos povos indígenas da manutenção e resgate das</p><p>condições de reprodução, assegurando seus modos de vida.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Assegurar a integridade das terras indígenas para proteger e</p><p>promover o modo de vida dos povos indígenas.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Proteger os povos indígenas isolados e de recente contato</p><p>para garantir sua reprodução cultural e etnoambiental.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Aplicar os saberes dos povos indígenas e das comunidades</p><p>tradicionais na elaboração de políticas públicas, respeitando a Con-</p><p>venção no 169 da OIT.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>d)Apoiar projetos de lei com objetivo de revisar o Estatuto do</p><p>Índio com base no texto constitucional de 1988 e na Convenção no</p><p>169 da OIT.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>e)Elaborar relatório periódico de acompanhamento das políti-</p><p>cas indigenistas que contemple dados sobre os processos de de-</p><p>marcações das terras indígenas, dados sobre intrusões e conflitos</p><p>territoriais, inclusão no sistema de ensino (básico e superior), assis-</p><p>tência integrada à saúde, número de violações registradas e apura-</p><p>das, recorrências de violações e dados populacionais.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>f)Proteger e promover os conhecimentos tradicionais e medici-</p><p>nais dos povos indígenas.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde</p><p>g)Implementar políticas de proteção do patrimônio dos povos</p><p>indígenas, por meio dos registros material e imaterial, mapeando os</p><p>sítios históricos e arqueológicos, a cultura, as línguas e a arte.</p><p>Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça</p><p>h)Promover projetos e pesquisas para resgatar a história dos</p><p>povos indígenas.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>i)Promover ações culturais para o fortalecimento da educação</p><p>escolar dos povos indígenas, estimulando a valorização de suas pró-</p><p>prias formas de produção do conhecimento.</p><p>Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério da Justiça</p><p>j)Garantir o acesso à educação formal pelos povos indígenas,</p><p>bilíngues e com adequação curricular formulada com a participação</p><p>de representantes das etnias indigenistas e especialistas em edu-</p><p>cação.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação</p><p>k)Assegurar o acesso e permanência da população indígena no</p><p>ensino superior, por meio de ações afirmativas e respeito à diversi-</p><p>dade étnica e cultural.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação</p><p>l)Adotar medidas de proteção dos direitos das crianças indíge-</p><p>nas nas redes de ensino, saúde e assistência social, em consonância</p><p>com a promoção dos seus modos de vida.</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Saúde;</p><p>Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Secreta-</p><p>ria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Garantia dos direitos das mulheres para o estabelecimento das</p><p>condições necessárias para sua plena cidadania.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Desenvolver ações afirmativas que permitam incluir plena-</p><p>mente as mulheres no processo de desenvolvimento do País, por</p><p>meio da promoção da sua autonomia econômica e de iniciativas</p><p>produtivas que garantam sua independência.</p><p>Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres</p><p>da Presidência da República</p><p>b)Incentivar políticas públicas e ações afirmativas para a parti-</p><p>cipação igualitária, plural e multirracial das mulheres nos espaços</p><p>de poder e decisão.</p><p>Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres</p><p>da Presidência da República</p><p>c)Elaborar relatório periódico de acompanhamento das políti-</p><p>cas para mulheres com recorte étnico-racial, que contenha dados</p><p>sobre renda, jornada e ambiente de trabalho, ocorrências de assé-</p><p>dio moral, sexual e psicológico, ocorrências de violências contra a</p><p>mulher, assistência à saúde integral, dados reprodutivos, mortalida-</p><p>de materna e escolarização.</p><p>Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres</p><p>da Presidência da República</p><p>d)Divulgar os instrumentos legais de proteção às mulheres,</p><p>nacionais e internacionais, incluindo sua publicação em formatos</p><p>acessíveis, como braile, CD de áudio e demais tecnologias assistivas.</p><p>Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres</p><p>da Presidência da República</p><p>e)Ampliar o financiamento de abrigos para mulheres em situa-</p><p>ção de vulnerabilidade, garantindo plena acessibilidade.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres</p><p>da Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social</p><p>e Combate à Fome</p><p>f)Propor tratamento preferencial de atendimento às mulheres</p><p>em situação de violência doméstica e familiar nos Conselhos Gesto-</p><p>res do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e junto ao</p><p>Fundo de Desenvolvimento Social.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres</p><p>da Presidência da República; Ministério das Cidades; Ministério do</p><p>Desenvolvimento Social e Combate à Fome</p><p>g) Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a ga-</p><p>rantia do acesso aos serviços de saúde. (Redação dada pelo Decreto</p><p>nº 7.177, de 2010)</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>4444</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Po-</p><p>líticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da</p><p>Justiça</p><p>h)Realizar campanhas e ações educativas para desconstruir os</p><p>estereótipos relativos às profissionais do sexo.</p><p>Responsável: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres</p><p>da Presidência da República</p><p>Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Afirmação da diversidade para construção de uma sociedade</p><p>igualitária.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Realizar campanhas e ações educativas para desconstrução</p><p>de estereótipos relacionados com diferenças étnico-raciais, etárias,</p><p>de identidade e orientação sexual, de pessoas com deficiência, ou</p><p>segmentos profissionais socialmente discriminados.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Pro-</p><p>moção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria</p><p>Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República;</p><p>Ministério da Cultura</p><p>b)Incentivar e promover a realização de atividades de valori-</p><p>zação da cultura das comunidades tradicionais, entre elas ribeiri-</p><p>nhos, extrativistas, quebradeiras de coco, pescadores artesanais,</p><p>seringueiros, geraizeiros, varzanteiros, pantaneiros, comunidades</p><p>de fundo de pasto, caiçaras e faxinalenses.</p><p>Responsáveis: Ministério da Cultura; Ministério do Desenvolvi-</p><p>meio ambiente, segurança, etc.</p><p>Dessa forma, as políticas públicas são ações que buscam atingir</p><p>resultados nessas diversas áreas e consequentemente promover o</p><p>bem-estar da sociedade, sendo assim, elas podem ser compreen-</p><p>didas como um conjunto de ações e decisões do governo, voltadas</p><p>para a solução (ou não) de problemas da sociedade, que é a soma</p><p>das ações, metas e planos que os governos estabelecem buscando</p><p>alcançar o bem-estar da sociedade.</p><p>A maneira pela qual a sociedade expressa os interesses e ne-</p><p>cessidades é através de solicitações aos grupos organizados. Essas</p><p>necessidades são apresentas aos vereadores/deputados/senado-</p><p>res, e estes levam os interesses e demandas da sociedade aos pre-</p><p>feitos/governadores/presidente da República, membros do Poder</p><p>Executivo escolhidos para representar a sociedade e atender ao</p><p>bem-estar coletivo.</p><p>Os grupos organizados podem ser chamados de Sociedade Civil</p><p>Organizada, incluindo também sindicatos, associações, entidades</p><p>empresariais, associações patronais e ONGs em geral.</p><p>Vivemos em uma sociedade que se caracteriza por uma grande</p><p>diversidade, ou seja, diferentes valores, cultura, costumes, religião,</p><p>idade, sexo, profissão, interesses e ainda por inúmeras necessida-</p><p>des com uma quantidade escassa de recursos.</p><p>A formação de grupos que possuem interesses comuns é um</p><p>caminho muito comum para criar força e se organizar para reivindi-</p><p>car direitos e melhorias para a sociedade, é importante que essas</p><p>ações sejam sempre estabelecidas de acordo com as conformida-</p><p>des da legislação vigente.</p><p>Levando em conta que as necessidades são ilimitadas faz-se</p><p>necessário ao formulador de políticas públicas selecionar as prio-</p><p>ridades de modo que as políticas sejam então respostas que aten-</p><p>dam as expectativas e demandas da sociedade voltando o governo</p><p>para o atendimento dos interesses públicos da sociedade buscando</p><p>assim atender o bem-estar da sociedade.</p><p>Os interesses apresentados pelos grupos aos dirigentes do go-</p><p>verno podem ser específicos para atender uma parte específica do</p><p>grupo de pessoas, como por exemplo a construção de uma creche,</p><p>ou um sistema de captação de águas, ou mesmo de interesse geral</p><p>da sociedade, como por exemplo, a necessidade de melhorias na</p><p>saúde pública ou na questão da segurança.</p><p>A apresentação das demandas e interesses não significa ne-</p><p>cessariamente que serão atendidas mas a força, justificativas ou</p><p>o impacto com que as reivindicações chegam aos dirigentes pode</p><p>demonstrar a urgência e importância de tal ação para o grupo ou</p><p>a sociedade.</p><p>Modelos de Tomada de Decisão em Políticas Públicas</p><p>As decisões são escolhas entre diferentes cursos de ações pos-</p><p>síveis, normalmente uma pessoa faz escolhas diariamente para</p><p>diferentes situações ou circunstâncias e isso também ocorre no</p><p>contexto organizacional, essas decisões têm inúmeras implicações,</p><p>inclusive no alcance de resultados e no consumo de recursos da</p><p>empresa.</p><p>O estudo sistemático do processo decisório pode maximizar as</p><p>chances de decisões boas a serem tomadas e minimizar as chances</p><p>de serem tomadas decisões que tragam consequências negativas</p><p>para a organização.</p><p>Com a finalidade de descobrir a melhor decisão para determi-</p><p>nadas situações, cabe ao indivíduo tomador de decisões construir</p><p>o máximo de alternativas possíveis para que então possa escolher</p><p>o melhor caminho otimizando e possibilitando o crescimento e</p><p>desenvolvimento da empresa nesse contexto de competitividade</p><p>agressiva.</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>3</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Etapas para Solução de Problemas</p><p>Seguir critérios racionais e etapas estabelecidas pode ser um</p><p>caminho para resolução de problemas e tomada de decisões no</p><p>contexto organizacional. Abaixo foram litadas as etapas da solução</p><p>de problemas e as principais técnicas de cada uma.</p><p>Deve-se primeiramente realizar a identificação do problema</p><p>ou da oportunidade, pode ser caracterizada pela existência de um</p><p>obstáculo ao alcance de objetivos organizacionais, por uma nova</p><p>oportunidade, por um problema nos processos de trabalho ou por</p><p>um acontecimento qualquer que exija uma decisão e, subsequente-</p><p>mente, a adoção de determinadas ações.</p><p>O diagnóstico do problema consiste na caracterização do pro-</p><p>blema, devemos entender o problema, seu contexto, suas causas e</p><p>suas consequências ante de iniciar o processo de resolução. Chia-</p><p>venato destaca condições sob as quais a decisão pode ser tomada: 4</p><p>1. Incerteza: situação em que o tomador de decisão tem pouca</p><p>ou nenhuma informação a respeito da probabilidade de ocorrência</p><p>de cada evento futuro.</p><p>2. Risco: é a situação em que sabemos a probabilidade de</p><p>ocorrência de um evento, mas que tomamos diferentes decisões,</p><p>de acordo com os riscos que estamos dispostos a assumir. Por</p><p>exemplo: na prova desse concurso, se cair uma questão que trate</p><p>de um assunto acercado do qual nunca ouvimos falar, e todas as</p><p>alternativas parecem igualmente plausíveis, temos 20% de chance</p><p>de acertar e 80% de chance de errar. Para marcar o gabarito, cada</p><p>um adotará uma tática, considerando os riscos e benefícios envolvi-</p><p>dos. Neste caso, a intuição, que vimos anteriormente, também pode</p><p>estar presente.</p><p>3. Certeza: é a situação em que temos sob controle todos os</p><p>fatores que afetam a tomada de decisão, aqui sabemos quais são</p><p>os riscos e probabilidades de ocorrência de eventos, temos infor-</p><p>mações acerca de custo, sabemos quais são os fatores potenciali-</p><p>zadores e restritivos, e possuímos estudos de viabilidade das alter-</p><p>nativas etc.</p><p>4. Turbulência: é a condição para tomada de decisão que ocor-</p><p>re quando as metas não são claras ou quando o meio ambiente</p><p>muda muito depressa.</p><p>Decisões Racionais</p><p>As decisões ordenadas de forma lógica são chamadas de deci-</p><p>sões racionais, uma vez que seguem critérios para escolher a me-</p><p>lhor alternativa buscando os melhores resultados com os menores</p><p>custos, algumas características são a busca pelo resultado e evitar</p><p>a incerteza.</p><p>É necessário considerar que não é possível obter todas as in-</p><p>formações de modo a tomar uma decisão cem por cento racional,</p><p>considerando que nem todas as variáveis estão sob nosso total con-</p><p>trole.</p><p>Decisões Intuitivas</p><p>As decisões baseadas em sentimentos, intuição, percepção são</p><p>chamadas de decisões intuitivas, esse tipo de decisão normalmente</p><p>ocorre quando as informações, dados não são suficientes para se</p><p>tomar uma decisão racional ou mesmo quando não há tempo para</p><p>se analisar todas as variáveis.</p><p>4 CHIAVENATO, I.; Administração nos novos tempos. 2ª ed., RJ: Elsevier, 2004.</p><p>São muitos os fatores que afetam uma decisão, tais como: cus-</p><p>tos, fatores políticos, objetivos, riscos que podem ser assumidos,</p><p>tempo disponível para decidir, quantidade de informações disponí-</p><p>veis, viabilidade das soluções, autoridade e responsabilidade do to-</p><p>mador de decisão, estrutura de poder da organização entre outros.</p><p>Decisões Programadas e Não Programadas</p><p>As decisões podem ainda ser programadas ou não programa-</p><p>das, as programadas são aquelas para a qual a organização dispõe</p><p>de soluções padronizadas e preestabelecidas. São tomadas com</p><p>base em regras e procedimentos preestabelecidos aplicam-se a</p><p>problemas rotineiros, cujas soluções podem ser previstas. Neste</p><p>caso, não seguiremos as etapas de decisão, pois o diagnóstico já</p><p>foi identificado, aconselha-se no contexto organizacional tomar o</p><p>maior número possível de decisões programáveis.</p><p>Já as decisões não programáveis ou não programadas são</p><p>aquelas referentes a problemas inéditos, novos ou problemas que</p><p>as soluções programadas não são capazes de resolver. As transfor-</p><p>mações que ocorrem no mundo organizacional contribuem para</p><p>que decisões não programáveis sejam frequentemente necessárias,</p><p>esse tipo de decisão exige que sejam seguidas todas as etapas de</p><p>tomada de decisão (identificação do problema, diagnóstico etc.).</p><p>Há tipos de decisão quanto ao nível organizacional em que ela</p><p>é tomada, assim:</p><p>- Decisões Estratégicas: são aquelas mais amplas, referentes à</p><p>organização como um todo</p><p>mento Social e Combate à Fome; Ministério do Esporte</p><p>c)Fomentar a formação e capacitação em Direitos Humanos,</p><p>como meio de resgatar a autoestima e a dignidade das comunida-</p><p>des tradicionais, rurais e urbanas.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da</p><p>Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da Justiça;</p><p>Ministério da Cultura</p><p>d)Apoiar políticas de acesso a direitos para a população cigana,</p><p>valorizando seus conhecimentos e cultura.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate</p><p>à Fome</p><p>e)Apoiar e valorizar a associação das mulheres quebradeiras</p><p>de coco, protegendo e promovendo a continuidade de seu trabalho</p><p>extrativista.</p><p>Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate</p><p>à Fome</p><p>f)Elaborar relatórios periódicos de acompanhamento das polí-</p><p>ticas direcionadas às populações e comunidades tradicionais, que</p><p>contenham, entre outras, informações sobre população estimada,</p><p>assistência integrada à saúde, número de violações registradas e</p><p>apuradas, recorrência de violações, lideranças ameaçadas, dados</p><p>sobre acesso à moradia, terra e território e conflitos existentes.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Se-</p><p>cretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da</p><p>Presidência da República; Secretaria Especial dos Direitos Humanos</p><p>da Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Proteção e promoção da diversidade das expressões culturais</p><p>como Direito Humano.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Promover ações de afirmação do direito à diversidade das ex-</p><p>pressões culturais, garantindo igual dignidade e respeito para todas</p><p>as culturas.</p><p>Responsável: Ministério da Cultura</p><p>b)Incluir nos instrumentos e relatórios de políticas culturais a</p><p>temática dos Direitos Humanos.</p><p>Responsável: Ministério da Cultura</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Valorização da pessoa idosa e promoção de sua participação</p><p>na sociedade.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Promover a inserção, a qualidade de vida e a prevenção de</p><p>agravos aos idosos, por meio de programas que fortaleçam o conví-</p><p>vio familiar e comunitário, garantindo o acesso a serviços, ao lazer,</p><p>à cultura e à atividade física, de acordo com sua capacidade fun-</p><p>cional.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério do Es-</p><p>porte</p><p>b)Apoiar a criação de centros de convivência e desenvolver</p><p>ações de valorização e socialização da pessoa idosa nas zonas ur-</p><p>banas e rurais.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Cultura</p><p>c)Fomentar programas de voluntariado de pessoas idosas, vi-</p><p>sando valorizar e reconhecer sua contribuição para o desenvolvi-</p><p>mento e bem-estar da comunidade.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>d)Desenvolver ações que contribuam para o protagonismo da</p><p>pessoa idosa na escola, possibilitando sua participação ativa na</p><p>construção de uma nova percepção intergeracional.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>e)Potencializar ações com ênfase no diálogo intergeracional,</p><p>valorizando o conhecimento acumulado das pessoas idosas.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>f)Desenvolver ações intersetoriais para capacitação continuada</p><p>de cuidadores de pessoas idosas.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Ministério da Cultura</p><p>g)Desenvolver política de humanização do atendimento ao ido-</p><p>so, principalmente em instituições de longa permanência.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Cultura</p><p>h)Elaborar programas de capacitação para os operadores dos</p><p>direitos da pessoa idosa.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República.</p><p>i)Elaborar relatório periódico de acompanhamento das políti-</p><p>cas para pessoas idosas que contenha informações sobre os Cen-</p><p>tros Integrados de Atenção a Prevenção à Violência, tais como:</p><p>quantidade existente; sua participação no financiamento público;</p><p>sua inclusão nos sistemas de atendimento; número de profissionais</p><p>capacitados; pessoas idosas atendidas; proporção dos casos com</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>45</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>resoluções; taxa de reincidência; pessoas idosas seguradas e apo-</p><p>sentadas; famílias providas por pessoas idosas; pessoas idosas em</p><p>abrigos; pessoas idosas em situação de rua; principal fonte de ren-</p><p>da dos idosos; pessoas idosas atendidas, internadas e mortas por</p><p>violência ou maus-tratos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério da Previ-</p><p>dência Social; Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvimento</p><p>Social e Combate à Fome</p><p>Objetivo estratégico IV:</p><p>Promoção e proteção dos direitos das pessoas com deficiên-</p><p>cia e garantia da acessibilidade igualitária.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Garantir às pessoas com deficiência igual e efetiva proteção</p><p>legal contra a discriminação.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>b)Garantir salvaguardas apropriadas e efetivas para prevenir</p><p>abusos a pessoas com deficiência e pessoas idosas.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Assegurar o cumprimento do Decreto de Acessibilidade (De-</p><p>creto no 5.296/2004), que garante a acessibilidade pela adequação</p><p>das vias e passeios públicos, semáforos, mobiliários, habitações, es-</p><p>paços de lazer, transportes, prédios públicos, inclusive instituições</p><p>de ensino, e outros itens de uso individual e coletivo.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Trabalho e Emprego; Mi-</p><p>nistério das Cidades</p><p>d)Garantir recursos didáticos e pedagógicos para atender às</p><p>necessidades educativas especiais.</p><p>Responsável: Ministério da Educação</p><p>e)Disseminar a utilização dos sistemas braile, tadoma, escrita</p><p>de sinais e libras tátil para inclusão das pessoas com deficiência em</p><p>todo o sistema de ensino.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>f)Instituir e implementar o ensino da Língua Brasileira de Sinais</p><p>como disciplina curricular facultativa.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>g)Propor a regulamentação das profissões relativas à imple-</p><p>mentação da acessibilidade, tais como: instrutor de Libras, guia-in-</p><p>térprete, tradutor-intérprete, transcritor, revisor e ledor da escrita</p><p>braile e treinadores de cães-guia.</p><p>Responsável: Ministério do Trabalho e Emprego</p><p>h)Elaborar relatórios sobre os Municípios que possuam frota</p><p>adaptada para subsidiar o processo de monitoramento do cumpri-</p><p>mento e implementação da legislação de acessibilidade.</p><p>Responsáveis: Ministério das Cidades; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico V:</p><p>Garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de</p><p>gênero.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Desenvolver políticas afirmativas e de promoção de cultura</p><p>de respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero, favo-</p><p>recendo a visibilidade e o reconhecimento social.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Apoiar projeto de lei que disponha sobre a união civil entre</p><p>pessoas do mesmo sexo.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>c)Promover ações voltadas à garantia do direito de adoção por</p><p>casais homoafetivos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de</p><p>Políticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>d)Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço</p><p>público todas as configurações familiares constituídas</p><p>por lésbicas,</p><p>gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução</p><p>da heteronormatividade.</p><p>Responsável: Ministério do Planejamento, Orçamento e Ges-</p><p>tão</p><p>e)Desenvolver meios para garantir o uso do nome social de tra-</p><p>vestis e transexuais.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>f)Acrescentar campo para informações sobre a identidade de</p><p>gênero dos pacientes nos prontuários do sistema de saúde.</p><p>Responsável: Ministério da Saúde</p><p>g)Fomentar a criação de redes de proteção dos Direitos Huma-</p><p>nos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT),</p><p>principalmente a partir do apoio à implementação de Centros de</p><p>Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homo-</p><p>fobia e de núcleos de pesquisa e promoção da cidadania daquele</p><p>segmento em universidades públicas.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>h)Realizar relatório periódico de acompanhamento das polí-</p><p>ticas contra discriminação à população LGBT, que contenha, entre</p><p>outras, informações sobre inclusão no mercado de trabalho, as-</p><p>sistência à saúde integral, número de violações registradas e apu-</p><p>radas, recorrências de violações, dados populacionais, de renda e</p><p>conjugais.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>Objetivo estratégico VI:</p><p>Respeito às diferentes crenças, liberdade de culto e garantia</p><p>da laicidade do Estado.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Instituir mecanismos que assegurem o livre exercício das di-</p><p>versas práticas religiosas, assegurando a proteção do seu espaço</p><p>físico e coibindo manifestações de intolerância religiosa.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Cultura; Se-</p><p>cretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>b)Promover campanhas de divulgação sobre a diversidade re-</p><p>ligiosa para disseminar cultura da paz e de respeito às diferentes</p><p>crenças.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Cultura; Secretaria Especial</p><p>de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da Re-</p><p>pública</p><p>c) (Revogado pelo Decreto nº 7.177, de 2010)</p><p>Responsável: (Revogado pelo Decreto nº 7.177, de 2010)</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>4646</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>d)Estabelecer o ensino da diversidade e história das religiões,</p><p>inclusive as derivadas de matriz africana, na rede pública de ensino,</p><p>com ênfase no reconhecimento das diferenças culturais, promoção</p><p>da tolerância e na afirmação da laicidade do Estado.</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>e)Realizar relatório sobre pesquisas populacionais relativas a</p><p>práticas religiosas, que contenha, entre outras, informações sobre</p><p>número de religiões praticadas, proporção de pessoas distribuídas</p><p>entre as religiões, proporção de pessoas que já trocaram de religião,</p><p>número de pessoas religiosas não praticantes e número de pessoas</p><p>sem religião.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>Eixo Orientador IV:</p><p>Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência</p><p>Por muito tempo, alguns segmentos da militância em Direitos</p><p>Humanos mantiveram-se distantes do debate sobre as políticas</p><p>públicas de segurança no Brasil. No processo de consolidação da</p><p>democracia, por diferentes razões, movimentos sociais e entidades</p><p>manifestaram dificuldade no tratamento do tema. Na base dessa</p><p>dificuldade, estavam a memória dos enfrentamentos com o aparato</p><p>repressivo ao longo de duas décadas de regime ditatorial, a postu-</p><p>ra violenta vigente, muitas vezes, em órgãos de segurança pública,</p><p>a percepção do crime e da violência como meros subprodutos de</p><p>uma ordem social injusta a ser transformada em seus próprios fun-</p><p>damentos.</p><p>Distanciamento análogo ocorreu nas universidades, que, com</p><p>poucas exceções, não se debruçaram sobre o modelo de polícia</p><p>legado ou sobre os desafios da segurança pública. As polícias bra-</p><p>sileiras, nos termos de sua tradição institucional, pouco aproveita-</p><p>ram da reflexão teórica e dos aportes oferecidos pela criminologia</p><p>moderna e demais ciências sociais, já disponíveis há algumas dé-</p><p>cadas às polícias e aos gestores de países desenvolvidos. A cultura</p><p>arraigada de rejeitar as evidências acumuladas pela pesquisa e pela</p><p>experiência de reforma das polícias no mundo era a mesma que</p><p>expressava nostalgia de um passado de ausência de garantias indi-</p><p>viduais, e que identificava na idéia dos Direitos Humanos não a mais</p><p>generosa entre as promessas construídas pela modernidade, mas</p><p>uma verdadeira ameaça.</p><p>Estavam postas as condições históricas, políticas e culturais</p><p>para que houvesse um fosso aparentemente intransponível entre</p><p>os temas da segurança pública e os Direitos Humanos.</p><p>Nos últimos anos, contudo, esse processo de estranhamento</p><p>mútuo passou a ser questionado. De um lado, articulações na so-</p><p>ciedade civil assumiram o desafio de repensar a segurança pública</p><p>a partir de diálogos com especialistas na área, policiais e gestores.</p><p>De outro, começaram a ser implantadas as primeiras políticas públi-</p><p>cas buscando caminhos alternativos de redução do crime e da vio-</p><p>lência, a partir de projetos centrados na prevenção e influenciados</p><p>pela cultura de paz.</p><p>A proposição do Sistema Único de Segurança Pública, a moder-</p><p>nização de parte das nossas estruturas policiais e a aprovação de</p><p>novos regimentos e leis orgânicas das polícias, a consciência cres-</p><p>cente de que políticas de segurança pública são realidades mais</p><p>amplas e complexas do que as iniciativas possíveis às chamadas</p><p>“forças da segurança”, o surgimento de nova geração de policiais,</p><p>disposta a repensar práticas e dogmas e, sobretudo, a cobrança da</p><p>opinião pública e a maior fiscalização sobre o Estado, resultante do</p><p>processo de democratização, têm tornado possível a construção de</p><p>agenda de reformas na área.</p><p>O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania</p><p>(Pronasci) e os investimentos já realizados pelo Governo Federal na</p><p>montagem de rede nacional de altos estudos em segurança pública,</p><p>que têm beneficiado milhares de policiais em cada Estado, simboli-</p><p>zam, ao lado do processo de debates da 1ª Conferência Nacional de</p><p>Segurança Pública, acúmulos históricos significativos, que apontam</p><p>para novas e mais importantes mudanças.</p><p>As propostas elencadas neste eixo orientador do PNDH-3 ar-</p><p>ticulam-se com tal processo histórico de transformação e exigem</p><p>muito mais do que já foi alcançado. Para tanto, parte-se do pressu-</p><p>posto de que a realidade brasileira segue sendo gravemente mar-</p><p>cada pela violência e por severos impasses estruturais na área da</p><p>segurança pública.</p><p>Problemas antigos, como a ausência de diagnósticos, de pla-</p><p>nejamento e de definição formal de metas, a desvalorização pro-</p><p>fissional dos policiais e dos agentes penitenciários, o desperdício</p><p>de recursos e a consagração de privilégios dentro das instituições,</p><p>as práticas de abuso de autoridade e de violência policial contra</p><p>grupos vulneráveis e a corrupção dos agentes de segurança pública,</p><p>demandam reformas tão urgentes quanto profundas.</p><p>As propostas sistematizadas no PNDH-3 agregam, nesse con-</p><p>texto, as contribuições oferecidas pelo processo da 11ª Conferência</p><p>Nacional dos Direitos Humanos e avançam também sobre temas</p><p>que não foram objeto de debate, trazendo para o PNDH-3 parte do</p><p>acúmulo crítico que tem sido proposto ao País pelos especialistas e</p><p>pesquisadores da área.</p><p>Em linhas gerais, o PNDH-3 aponta para a necessidade de am-</p><p>pla reforma no modelo de polícia e propõe o aprofundamento do</p><p>debate sobre a implantação do ciclo completo de policiamento às</p><p>corporações estaduais. Prioriza transparência e participação popu-</p><p>lar, instando ao aperfeiçoamento das estatísticas e à publicação de</p><p>dados, assim como à reformulação do Conselho Nacional de Segu-</p><p>rança Pública. Contempla a prevenção da violência e da criminalida-</p><p>de como diretriz, ampliando</p><p>o controle sobre armas de fogo e indi-</p><p>cando a necessidade de profissionalização da investigação criminal.</p><p>Com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalida-</p><p>de policial e carcerária, confere atenção especial ao estabelecimen-</p><p>to de procedimentos operacionais padronizados, que previnam as</p><p>ocorrências de abuso de autoridade e de violência institucional, e</p><p>confiram maior segurança a policiais e agentes penitenciários. Re-</p><p>afirma a necessidade de criação de ouvidorias independentes em</p><p>âmbito federal e, inspirado em tendências mais modernas de po-</p><p>liciamento, estimula as iniciativas orientadas por resultados, o de-</p><p>senvolvimento do policiamento comunitário e voltado para a solu-</p><p>ção de problemas, elencando medidas que promovam a valorização</p><p>dos trabalhadores em segurança pública. Contempla, ainda, a cria-</p><p>ção de sistema federal que integre os atuais sistemas de proteção a</p><p>vítimas e testemunhas, defensores de Direitos Humanos e crianças</p><p>e adolescentes ameaçados de morte.</p><p>Também como diretriz, o PNDH-3 propõe profunda reforma da</p><p>Lei de Execução Penal que introduza garantias fundamentais e no-</p><p>vos regramentos para superar as práticas abusivas, hoje comuns. E</p><p>trata as penas privativas de liberdade como última alternativa, pro-</p><p>pondo a redução da demanda por encarceramento e estimulando</p><p>novas formas de tratamento dos conflitos, como as sugeridas pelo</p><p>mecanismo da Justiça Restaurativa.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>47</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Reafirma-se a centralidade do direito universal de acesso à Jus-</p><p>tiça, com a possibilidade de acesso aos tribunais por toda a popula-</p><p>ção, com o fortalecimento das defensorias públicas e a moderniza-</p><p>ção da gestão judicial, de modo a garantir respostas judiciais mais</p><p>céleres e eficazes. Destacam-se, ainda, o direito de acesso à Justiça</p><p>em matéria de conflitos agrários e urbanos e o necessário estímulo</p><p>aos meios de soluções pacíficas de controvérsias.</p><p>O PNDH-3 apresenta neste eixo, fundamentalmente, propos-</p><p>tas para que o Poder Público se aperfeiçoe no desenvolvimento de</p><p>políticas públicas de prevenção ao crime e à violência, reforçando</p><p>a noção de acesso universal à Justiça como direito fundamental,</p><p>e sustentando que a democracia, os processos de participação e</p><p>transparência, aliados ao uso de ferramentas científicas e à profis-</p><p>sionalização das instituições e trabalhadores da segurança, assina-</p><p>lam os roteiros mais promissores para que o Brasil possa avançar no</p><p>caminho da paz pública.</p><p>Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de</p><p>segurança pública</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Modernização do marco normativo do sistema de segurança</p><p>pública.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Propor alteração do texto constitucional, de modo a conside-</p><p>rar as polícias militares não mais como forças auxiliares do Exército,</p><p>mantendo-as apenas como força reserva.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Propor a revisão da estrutura, treinamento, controle, empre-</p><p>go e regimentos disciplinares dos órgãos de segurança pública, de</p><p>forma a potencializar as suas funções de combate ao crime e prote-</p><p>ção dos direitos de cidadania, bem como garantir que seus órgãos</p><p>corregedores disponham de carreira própria, sem subordinação à</p><p>direção das instituições policiais.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Propor a criação obrigatória de ouvidorias de polícias inde-</p><p>pendentes nos Estados e no Distrito Federal, com ouvidores pro-</p><p>tegidos por mandato e escolhidos com participação da sociedade.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>d)Assegurar a autonomia funcional dos peritos e a moderni-</p><p>zação dos órgãos periciais oficiais, como forma de incrementar sua</p><p>estruturação, assegurando a produção isenta e qualificada da prova</p><p>material, bem como o princípio da ampla defesa e do contraditório</p><p>e o respeito aos Direitos Humanos.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>e)Promover o aprofundamento do debate sobre a instituição</p><p>do ciclo completo da atividade policial, com competências reparti-</p><p>das pelas polícias, a partir da natureza e da gravidade dos delitos.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>f)Apoiar a aprovação do Projeto de Lei no 1.937/2007, que dis-</p><p>põe sobre o Sistema Único de Segurança Pública.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Modernização da gestão do sistema de segurança pública.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Condicionar o repasse de verbas federais à elaboração e revi-</p><p>são periódica de planos estaduais, distrital e municipais de seguran-</p><p>ça pública que se pautem pela integração e pela responsabilização</p><p>territorial da gestão dos programas e ações.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Criar base de dados unificada que permita o fluxo de infor-</p><p>mações entre os diversos componentes do sistema de segurança</p><p>pública e a Justiça criminal.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>c)Redefinir as competências e o funcionamento da Inspetoria-</p><p>-Geral das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Defesa</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Promoção dos Direitos Humanos dos profissionais do sistema</p><p>de segurança pública, assegurando sua formação continuada e</p><p>compatível com as atividades que exercem.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Proporcionar equipamentos para proteção individual efetiva</p><p>para os profissionais do sistema federal de segurança pública.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Condicionar o repasse de verbas federais aos Estados, ao Dis-</p><p>trito Federal e aos Municípios, à garantia da efetiva disponibilização</p><p>de equipamentos de proteção individual aos profissionais do siste-</p><p>ma nacional de segurança pública.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Fomentar o acompanhamento permanente da saúde mental</p><p>dos profissionais do sistema de segurança pública, mediante servi-</p><p>ços especializados do sistema de saúde pública.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde</p><p>d)Propor projeto de lei instituindo seguro para casos de aci-</p><p>dentes incapacitantes ou morte em serviço para os profissionais do</p><p>sistema de segurança pública.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça;</p><p>e)Garantir a reabilitação e reintegração ao trabalho dos profis-</p><p>sionais do sistema de segurança pública federal, nos casos de defi-</p><p>ciência adquirida no exercício da função.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça;</p><p>Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de</p><p>segurança pública e justiça criminal.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Publicação de dados do sistema federal de segurança pública.</p><p>Ação programática</p><p>a)Publicar trimestralmente estatísticas sobre:</p><p>• Crimes registrados, inquéritos instaurados e concluídos, pri-</p><p>sões efetuadas, flagrantes registrados, operações realizadas, armas</p><p>e entorpecentes apreendidos pela Polícia Federal em cada Estado</p><p>da Federação;</p><p>• Veículos abordados, armas e entorpecentes apreendidos e</p><p>prisões efetuadas pela Polícia Rodoviária Federal em cada Estado</p><p>da Federação;</p><p>• Presos provisórios e condenados sob custódia do sistema pe-</p><p>nitenciário federal e quantidade de presos trabalhando e estudan-</p><p>do por sexo, idade e raça ou etnia;</p><p>• Vitimização de policiais federais, policiais rodoviários fede-</p><p>rais, membros da Força Nacional de Segurança Pública e agentes</p><p>penitenciários federais;</p><p>• Quantidade e tipos de laudos produzidos pelos órgãos fede-</p><p>rais de perícia oficial.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Consolidação de mecanismos de participação popular na ela-</p><p>boração das políticas públicas de segurança.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>4848</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Reformular o Conselho Nacional de Segurança Pública, asse-</p><p>gurando a participação da sociedade civil organizada em sua com-</p><p>posição e garantindo sua articulação com o Conselho Nacional de</p><p>Política Criminal e Penitenciária.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Fomentar mecanismos de gestão participativa das políticas</p><p>públicas de segurança,</p><p>como conselhos e conferências, ampliando</p><p>a Conferência Nacional de Segurança Pública.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profis-</p><p>sionalização da investigação de atos criminosos.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Ampliação do controle de armas de fogo em circulação no</p><p>País.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Realizar ações permanentes de estímulo ao desarmamento</p><p>da população.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Propor reforma da legislação para ampliar as restrições e os</p><p>requisitos para aquisição de armas de fogo por particulares e em-</p><p>presas de segurança privada.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Propor alteração da legislação para garantir que as armas</p><p>apreendidas em crimes que não envolvam disparo sejam inutiliza-</p><p>das imediatamente após a perícia.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>d)Registrar no Sistema Nacional de Armas todas as armas de</p><p>fogo destruídas.</p><p>Responsável: Ministério da Defesa</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Qualificação da investigação criminal.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Propor projeto de lei para alterar o procedimento do inquéri-</p><p>to policial, de modo a admitir procedimentos orais gravados e trans-</p><p>formar em peça ágil e eficiente de investigação criminal voltada à</p><p>coleta de evidências.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Fomentar o debate com o objetivo de unificar os meios de</p><p>investigação e obtenção de provas e padronizar procedimentos de</p><p>investigação criminal.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Promover a capacitação técnica em investigação criminal</p><p>para os profissionais dos sistemas estaduais de segurança pública.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>d)Realizar pesquisas para qualificação dos estudos sobre técni-</p><p>cas de investigação criminal.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Produção de prova pericial com celeridade e procedimento pa-</p><p>dronizado.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Propor regulamentação da perícia oficial.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Propor projeto de lei para proporcionar autonomia adminis-</p><p>trativa e funcional dos órgãos periciais federais.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Propor padronização de procedimentos e equipamentos a se-</p><p>rem utilizados pelas unidades periciais oficiais em todos os exames</p><p>periciais criminalísticos e médico-legais.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>d)Desenvolver sistema de dados nacional informatizado para</p><p>monitoramento da produção e da qualidade dos laudos produzidos</p><p>nos órgãos periciais.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>e)Fomentar parcerias com universidades para pesquisa e de-</p><p>senvolvimento de novas metodologias a serem implantadas nas</p><p>unidades periciais.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>f)Promover e apoiar a educação continuada dos profissionais</p><p>da perícia oficial, em todas as áreas, para a formação técnica e em</p><p>Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico IV:</p><p>Fortalecimento dos instrumentos de prevenção à violência.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Elaborar diretrizes para as políticas de prevenção à violência</p><p>com o objetivo de assegurar o reconhecimento das diferenças gera-</p><p>cionais, de gênero, étnico-racial e de orientação sexual.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Po-</p><p>líticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria Es-</p><p>pecial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência</p><p>da República</p><p>b)Realizar anualmente pesquisas nacionais de vitimização.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>c)Fortalecer mecanismos que possibilitem a efetiva fiscalização</p><p>de empresas de segurança privada e a investigação e responsabili-</p><p>zação de policiais que delas participem de forma direta ou indireta.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>d)Desenvolver normas de conduta e fiscalização dos serviços</p><p>de segurança privados que atuam na área rural.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>e)Elaborar diretrizes para atividades de policiamento comuni-</p><p>tário e policiamento orientado para a solução de problemas, bem</p><p>como catalogar e divulgar boas práticas dessas atividades.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>f)Elaborar diretrizes para atuação conjunta entre os órgãos de</p><p>trânsito e os de segurança pública para reduzir a violência no trân-</p><p>sito.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades</p><p>g)Realizar debate sobre o atual modelo de repressão e estimu-</p><p>lar a discussão sobre modelos alternativos de tratamento do uso e</p><p>tráfico de drogas, considerando o paradigma da redução de danos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República; Gabinete de Seguran-</p><p>ça Institucional; Ministério da Saúde</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>49</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Objetivo estratégico V:</p><p>Redução da violência motivada por diferenças de gênero, raça</p><p>ou etnia, idade, orientação sexual e situação de vulnerabilidade.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Fortalecer a atuação da Polícia Federal no combate e na apu-</p><p>ração de crimes contra os Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>b)Garantir aos grupos em situação de vulnerabilidade o conhe-</p><p>cimento sobre serviços de atendimento, atividades desenvolvidas</p><p>pelos órgãos e instituições de segurança e mecanismos de denún-</p><p>cia, bem como a forma de acioná-los.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de</p><p>Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria</p><p>Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidên-</p><p>cia da República</p><p>c)Desenvolver e implantar sistema nacional integrado das re-</p><p>des de saúde, de assistência social e educação para a notificação</p><p>de violência.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério do De-</p><p>senvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Educação;</p><p>Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da</p><p>Presidência da República</p><p>d)Promover campanhas educativas e pesquisas voltadas à pre-</p><p>venção da violência contra pessoas com deficiência, idosos, mulhe-</p><p>res, indígenas, negros, crianças, adolescentes, lésbicas, gays, bisse-</p><p>xuais, transexuais, travestis e pessoas em situação de rua.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Social e</p><p>Combate à Fome; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da</p><p>Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial de</p><p>Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério</p><p>da Justiça; Ministério do Turismo; Ministério do Esporte</p><p>e)Fortalecer unidade especializada em conflitos indígenas na</p><p>Polícia Federal e garantir sua atuação conjunta com a FUNAI, em</p><p>especial nos processos conflituosos de demarcação.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>f)Fomentar cursos de qualificação e capacitação sobre aspec-</p><p>tos da cultura tradicional dos povos indígenas e sobre legislação</p><p>indigenista para todas as corporações policiais, principalmente para</p><p>as polícias militares e civis especialmente nos Estados e Municípios</p><p>em que as aldeias indígenas estejam localizadas nas proximidades</p><p>dos centros urbanos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>g)Fortalecer mecanismos para combater a violência contra a</p><p>população indígena, em especial para as mulheres indígenas víti-</p><p>mas de casos de violência psicológica, sexual e de assédio moral.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Se-</p><p>cretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da</p><p>República</p><p>h)Apoiar</p><p>a implementação do pacto nacional de enfrentamen-</p><p>to à violência contra as mulheres de forma articulada com os planos</p><p>estaduais de segurança pública e em conformidade com a Lei Maria</p><p>da Penha (Lei no 11.340/2006).</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Po-</p><p>líticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da</p><p>Saúde; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da</p><p>República</p><p>i)Avaliar o cumprimento da Lei Maria da Penha com base nos</p><p>dados sobre tipos de violência, agressor e vítima.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Po-</p><p>líticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>j)Fortalecer ações estratégicas de prevenção à violência contra</p><p>jovens negros.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da</p><p>Igualdade Racial da Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>k)Estabelecer política de prevenção de violência contra a popu-</p><p>lação em situação de rua, incluindo ações de capacitação de poli-</p><p>ciais em Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>l)Promover a articulação institucional, em conjunto com a so-</p><p>ciedade civil, para implementar o Plano de Ação para o Enfrenta-</p><p>mento da Violência contra a Pessoa Idosa.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério do De-</p><p>senvolvimento Social e Combate à Fome; Ministério da Saúde</p><p>m)Fomentar a implantação do serviço de recebimento e enca-</p><p>minhamento de denúncias de violência contra a pessoa idosa em</p><p>todas as unidades da Federação.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>n)Capacitar profissionais de educação e saúde para identificar</p><p>e notificar crimes e casos de violência contra a pessoa idosa e con-</p><p>tra a pessoa com deficiência.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério da Edu-</p><p>cação</p><p>o)Implementar ações de promoção da cidadania e Direitos Hu-</p><p>manos das lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis, com</p><p>foco na prevenção à violência, garantindo redes integradas de aten-</p><p>ção.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico VI:</p><p>Enfrentamento ao tráfico de pessoas.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Desenvolver metodologia de monitoramento, disseminação</p><p>e avaliação das metas do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfi-</p><p>co de Pessoas, bem como construir e implementar o II Plano Nacio-</p><p>nal de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Turismo; Se-</p><p>cretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da</p><p>República; Ministério do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial</p><p>dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>b)Estruturar, a partir de serviços existentes, sistema nacional</p><p>de atendimento às vítimas do tráfico de pessoas, de reintegração e</p><p>diminuição da vulnerabilidade, especialmente de crianças, adoles-</p><p>centes, mulheres, transexuais e travestis.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as</p><p>Mulheres da Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>5050</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>c)Implementar as ações referentes a crianças e adolescentes</p><p>previstas na Política e no Plano Nacional de Enfrentamento ao Trá-</p><p>fico de Pessoas.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>d)Consolidar fluxos de encaminhamento e monitoramento de</p><p>denúncias de casos de tráfico de crianças e adolescentes.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de</p><p>Políticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>e)Revisar e disseminar metodologia para atendimento de</p><p>crianças e adolescentes vítimas de tráfico.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>f)Fomentar a capacitação de técnicos da gestão pública, orga-</p><p>nizações não governamentais e representantes das cadeias produ-</p><p>tivas para o enfrentamento ao tráfico de pessoas.</p><p>Responsável: Ministério do Turismo</p><p>g)Desenvolver metodologia e material didático para capacitar</p><p>agentes públicos no enfrentamento ao tráfico de pessoas.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Turismo; Ministério da Jus-</p><p>tiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidên-</p><p>cia da República</p><p>h)Realizar estudos e pesquisas sobre o tráfico de pessoas, in-</p><p>clusive sobre exploração sexual de crianças e adolescentes.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Turismo; Ministério da Jus-</p><p>tiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidên-</p><p>cia da República</p><p>Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na</p><p>erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e carce-</p><p>rária.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Fortalecimento dos mecanismos de controle do sistema de</p><p>segurança pública.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Criar ouvidoria de polícia com independência para exercer</p><p>controle externo das atividades das Polícias Federais e da Força</p><p>Nacional de Segurança Pública, coordenada por um ouvidor com</p><p>mandato.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>b)Fortalecer a Ouvidoria do Departamento Penitenciário Na-</p><p>cional, dotando-a de recursos humanos e materiais necessários ao</p><p>desempenho de suas atividades, propondo sua autonomia funcio-</p><p>nal.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Condicionar a transferência voluntária de recursos federais</p><p>aos Estados e ao Distrito Federal ao plano de implementação ou à</p><p>existência de ouvidorias de polícia e do sistema penitenciário, que</p><p>atendam aos requisitos de coordenação por ouvidor com mandato,</p><p>escolhidos com participação da sociedade civil e com independên-</p><p>cia para sua atuação.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>d)Elaborar projeto de lei para aperfeiçoamento da legislação</p><p>processual penal, visando padronizar os procedimentos da investi-</p><p>gação de ações policiais com resultado letal.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>e)Dotar as Corregedorias da Polícia Federal, da Polícia Rodovi-</p><p>ária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional de recursos</p><p>humanos e materiais suficientes para o desempenho de suas ativi-</p><p>dades, ampliando sua autonomia funcional.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>f)Fortalecer a inspetoria da Força Nacional de Segurança Públi-</p><p>ca e tornar obrigatória a publicação trimestral de estatísticas sobre</p><p>procedimentos instaurados e concluídos e sobre o número de poli-</p><p>ciais desmobilizados.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>g)Publicar trimestralmente estatísticas sobre procedimentos</p><p>instaurados e concluídos pelas Corregedorias da Polícia Federal e</p><p>da Polícia Rodoviária Federal, e sobre a quantidade de policiais in-</p><p>fratores e condenados, por cargo e tipo de punição aplicada.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>h)Publicar trimestralmente informações sobre pessoas mortas</p><p>e feridas em ações da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal</p><p>e da Força Nacional de Segurança Pública.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>i)Criar sistema de rastreamento de armas e de veículos usados</p><p>pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de</p><p>Segurança Pública, e fomentar a criação de sistema semelhante nos</p><p>Estados e no Distrito Federal.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Padronização de procedimentos e equipamentos do sistema</p><p>de segurança pública.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Elaborar procedimentos operacionais padronizados para as</p><p>forças policiais</p><p>federais, com respeito aos Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>b)Elaborar procedimentos operacionais padronizados sobre re-</p><p>vistas aos visitantes de estabelecimentos prisionais, respeitando os</p><p>preceitos dos Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de</p><p>Políticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>c)Elaborar diretrizes nacionais sobre uso da força e de armas de</p><p>fogo pelas instituições policiais e agentes do sistema penitenciário.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>d)Padronizar equipamentos, armas, munições e veículos apro-</p><p>priados à atividade policial a serem utilizados pelas forças policiais</p><p>da União, bem como aqueles financiados com recursos federais nos</p><p>Estados, no Distrito Federal e nos Municípios.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>e)Disponibilizar para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Fe-</p><p>deral e para a Força Nacional de Segurança Pública munição, tecno-</p><p>logias e armas de menor potencial ofensivo.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>51</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Consolidação de política nacional visando à erradicação da</p><p>tortura e de outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou</p><p>degradantes.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Elaborar projeto de lei visando a instituir o Mecanismo Pre-</p><p>ventivo Nacional, sistema de inspeção aos locais de detenção para</p><p>o monitoramento regular e periódico dos centros de privação de</p><p>liberdade, nos termos do protocolo facultativo à convenção da ONU</p><p>contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos</p><p>ou degradantes.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério das Re-</p><p>lações Exteriores;</p><p>b)Instituir grupo de trabalho para discutir e propor atualização</p><p>e aperfeiçoamento da Lei no 9.455/1997, que define os crimes de</p><p>tortura, de forma a atualizar os tipos penais, instituir sistema na-</p><p>cional de combate à tortura, estipular marco legal para a definição</p><p>de regras unificadas de exame médico-legal, bem como estipular</p><p>ações preventivas obrigatórias como formação específica das forças</p><p>policiais e capacitação de agentes para a identificação da tortura.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Promover o fortalecimento, a criação e a reativação dos co-</p><p>mitês estaduais de combate à tortura.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>d)Propor projeto de lei para tornar obrigatória a filmagem dos</p><p>interrogatórios ou audiogravações realizadas durante as investiga-</p><p>ções policiais.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>e)Estabelecer protocolo para a padronização de procedimen-</p><p>tos a serem realizados nas perícias destinadas a averiguar alegações</p><p>de tortura.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>f)Elaborar matriz curricular e capacitar os operadores do siste-</p><p>ma de segurança pública e justiça criminal para o combate à tortura.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>g)Capacitar e apoiar a qualificação dos agentes da perícia ofi-</p><p>cial, bem como de agentes públicos de saúde, para a identificação</p><p>de tortura.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>h)Incluir na formação de agentes penitenciários federais curso</p><p>com conteúdos relativos ao combate à tortura e sobre a importân-</p><p>cia dos Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>i)Realizar campanhas de prevenção e combate à tortura nos</p><p>meios de comunicação para a população em geral, além de cam-</p><p>panhas específicas voltadas às forças de segurança pública, bem</p><p>como divulgar os parâmetros internacionais de combate às práticas</p><p>de tortura.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>j)Estabelecer procedimento para a produção de relatórios anu-</p><p>ais, contendo informações sobre o número de casos de torturas e</p><p>de tratamentos desumanos ou degradantes levados às autoridades,</p><p>número de perpetradores e de sentenças judiciais.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>• Objetivo estratégico IV:</p><p>• Combate às execuções extrajudiciais realizadas por agentes</p><p>do Estado.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Fortalecer ações de combate às execuções extrajudiciais re-</p><p>alizadas por agentes do Estado, assegurando a investigação dessas</p><p>violações.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>b)Desenvolver e apoiar ações específicas para investigação e</p><p>combate à atuação de milícias e grupos de extermínio.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de</p><p>proteção das pessoas ameaçadas.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Instituição de sistema federal que integre os programas de</p><p>proteção.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Propor projeto de lei para integração, de forma sistêmica, dos</p><p>programas de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas, defen-</p><p>sores de Direitos Humanos e crianças e adolescentes ameaçados</p><p>de morte.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Desenvolver sistema nacional que integre as informações das</p><p>ações de proteção às pessoas ameaçadas.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Ampliar os programas de proteção a vítimas e testemunhas</p><p>ameaçadas, defensores dos Direitos Humanos e crianças e adoles-</p><p>centes ameaçados de morte para os Estados em que o índice de</p><p>violência aponte a criação de programas locais.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>d)Garantir a formação de agentes da Polícia Federal para a pro-</p><p>teção das pessoas incluídas nos programas de proteção de pessoas</p><p>ameaçadas, observadas suas diretrizes.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>e)Propor ampliação os recursos orçamentários para a realiza-</p><p>ção das ações dos programas de proteção a vítimas e testemunhas</p><p>ameaçadas, defensores dos Direitos Humanos e crianças e adoles-</p><p>centes ameaçados de morte.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>5252</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Consolidação da política de assistência a vítimas e a testemu-</p><p>nhas ameaçadas.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Propor projeto de lei para aperfeiçoar o marco legal do Pro-</p><p>grama Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas,</p><p>ampliando a proteção de escolta policial para as equipes técnicas</p><p>do programa, e criar sistema de apoio à reinserção social dos usuá-</p><p>rios do programa.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>b)Regulamentar procedimentos e competências para a execu-</p><p>ção do Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas</p><p>Ameaçadas, em especial para a realização de escolta de seus usu-</p><p>ários.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>c)Fomentar a criação de centros de atendimento a vítimas de</p><p>crimes e a seus familiares, com estrutura adequada e capaz de ga-</p><p>rantir o acompanhamento</p><p>psicossocial e jurídico dos usuários, com</p><p>especial atenção a grupos sociais mais vulneráveis, assegurando o</p><p>exercício de seus direitos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as</p><p>Mulheres da Presidência da República</p><p>d)Incentivar a criação de unidades especializadas do Serviço de</p><p>Proteção ao Depoente Especial da Polícia Federal nos Estados e no</p><p>Distrito Federal.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>e)Garantir recursos orçamentários e de infraestrutura ao Servi-</p><p>ço de Proteção ao Depoente Especial da Polícia Federal, necessários</p><p>ao atendimento pleno, imediato e de qualidade aos depoentes es-</p><p>peciais e a seus familiares, bem como o atendimento às demandas</p><p>de inclusão provisória no programa federal.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Garantia da proteção de crianças e adolescentes ameaçados</p><p>de morte.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Ampliar a atuação federal no âmbito do Programa de Prote-</p><p>ção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte nas unidades</p><p>da Federação com maiores taxas de homicídio nessa faixa etária.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Formular política nacional de enfrentamento da violência le-</p><p>tal contra crianças e adolescentes.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Desenvolver e aperfeiçoar os indicadores de morte violenta</p><p>de crianças e adolescentes, assegurando publicação anual dos da-</p><p>dos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Saúde</p><p>d)Desenvolver programas de enfrentamento da violência letal</p><p>contra crianças e adolescentes e divulgar as experiências bem su-</p><p>cedidas.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>Objetivo estratégico IV:</p><p>Garantia de proteção dos defensores dos Direitos Humanos e</p><p>de suas atividades.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Fortalecer a execução do Programa Nacional de Proteção aos</p><p>Defensores dos Direitos Humanos, garantindo segurança nos casos</p><p>de violência, ameaça, retaliação, pressão ou ação arbitrária, e a de-</p><p>fesa em ações judiciais de má-fé, em decorrência de suas ativida-</p><p>des.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Articular com os órgãos de segurança pública de Direitos Hu-</p><p>manos nos Estados para garantir a segurança dos defensores dos</p><p>Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>c)Capacitar os operadores do sistema de segurança pública e</p><p>de justiça sobre o trabalho dos defensores dos Direitos Humanos.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>d)Fomentar parcerias com as Defensorias Públicas dos Estados</p><p>e da União para a defesa judicial dos defensores dos Direitos Huma-</p><p>nos nos processos abertos contra eles.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>e)Divulgar em âmbito nacional a atuação dos defensores e mi-</p><p>litantes dos Direitos Humanos, fomentando cultura de respeito e</p><p>valorização de seus papéis na sociedade.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, prio-</p><p>rizando a aplicação de penas e medidas alternativas à privação de</p><p>liberdade e melhoria do sistema penitenciário.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Reestruturação do sistema penitenciário.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Elaborar projeto de reforma da Lei de Execução Penal (Lei no</p><p>7.210/1984), com o propósito de:</p><p>• Adotar mecanismos tecnológicos para coibir a entrada de</p><p>substâncias e materiais proibidos, eliminando a prática de revista</p><p>íntima nos familiares de presos;</p><p>• Aplicar a Lei de Execução Penal também a presas e presos</p><p>provisórios e aos sentenciados pela Justiça Especial;</p><p>• Vedar a divulgação pública de informações sobre perfil psi-</p><p>cológico do preso e eventuais diagnósticos psiquiátricos feitos nos</p><p>estabelecimentos prisionais;</p><p>• Instituir a obrigatoriedade da oferta de ensino pelos estabe-</p><p>lecimentos penais e a remição de pena por estudo;</p><p>• Estabelecer que a perda de direitos ou a redução de acesso</p><p>a qualquer direito ocorrerá apenas como consequência de faltas de</p><p>natureza grave;</p><p>• Estabelecer critérios objetivos para isolamento de presos e</p><p>presas no regime disciplinar diferenciado;</p><p>• Configurar nulidade absoluta dos procedimentos disciplina-</p><p>res quando não houver intimação do defensor do preso;</p><p>• Estabelecer o regime de condenação como limite para casos</p><p>de regressão de regime;</p><p>• Assegurar e regulamentar as visitas íntimas para a população</p><p>carcerária LGBT.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>53</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Elaborar decretos extraordinários de indulto a condenados</p><p>por crimes sem violência real, que reduzam substancialmente a po-</p><p>pulação carcerária brasileira.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Fomentar a realização de revisões periódicas processuais dos</p><p>processos de execução penal da população carcerária.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>d)Vincular o repasse de recursos federais para construção de</p><p>estabelecimentos prisionais nos Estados e no Distrito Federal ao</p><p>atendimento das diretrizes arquitetônicas que contemplem a exis-</p><p>tência de alas específicas para presas grávidas e requisitos de aces-</p><p>sibilidade.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial de Po-</p><p>líticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>e)Aplicar a Política Nacional de Saúde Mental e a Política para</p><p>a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas no sistema</p><p>penitenciário.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde</p><p>f)Aplicar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mu-</p><p>lher no contexto prisional, regulamentando a assistência pré-natal,</p><p>a existência de celas específicas e período de permanência com</p><p>seus filhos para aleitamento.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Se-</p><p>cretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da</p><p>República</p><p>g)Implantar e implementar as ações de atenção integral aos</p><p>presos previstas no Plano Nacional de Saúde no Sistema Peniten-</p><p>ciário.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde</p><p>h)Promover estudo sobre a viabilidade de criação, em âmbi-</p><p>to federal, da carreira de oficial de condicional, trabalho externo e</p><p>penas alternativas, para acompanhar os condenados em liberdade</p><p>condicional, os presos em trabalho externo, em qualquer regime de</p><p>execução, e os condenados a penas alternativas à prisão.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Planejamen-</p><p>to, Orçamento e Gestão</p><p>i)Avançar na implementação do Sistema de Informações Peni-</p><p>tenciárias (InfoPen), financiando a inclusão dos estabelecimentos</p><p>prisionais dos Estados e do Distrito Federal e condicionando os re-</p><p>passes de recursos federais à sua efetiva integração ao sistema.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>j)Ampliar campanhas de sensibilização para inclusão social de</p><p>egressos do sistema prisional.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>k)Estabelecer diretrizes na política penitenciária nacional que</p><p>fortaleçam o processo de reintegração social dos presos, internados</p><p>e egressos, com sua efetiva inclusão nas políticas públicas sociais.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvi-</p><p>mento Social e Combate à Fome; Ministério da Saúde; Ministério da</p><p>Educação; Ministério do Esporte</p><p>l)Debater, por meio de grupo de trabalho interministerial,</p><p>ações e estratégias que visem assegurar o encaminhamento para o</p><p>presídio feminino de mulheres transexuais e travestis que estejam</p><p>em regime de reclusão.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República; Secretaria</p><p>Especial de</p><p>Políticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Limitação do uso dos institutos de prisão cautelar.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Propor projeto de lei para alterar o Código de Processo Penal,</p><p>com o objetivo de:</p><p>• Estabelecer requisitos objetivos para decretação de prisões</p><p>preventivas que consagrem sua excepcionalidade;</p><p>• Vedar a decretação de prisão preventiva em casos que envol-</p><p>vam crimes com pena máxima inferior a quatro anos, excetuando</p><p>crimes graves como formação de quadrilha e peculato;</p><p>• Estabelecer o prazo máximo de oitenta e um dias para prisão</p><p>provisória.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Alterar a legislação sobre abuso de autoridade, tipificando de</p><p>modo específico as condutas puníveis.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Tratamento adequado de pessoas com transtornos mentais.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Estabelecer diretrizes que garantam tratamento adequado às</p><p>pessoas com transtornos mentais, em consonância com o princípio</p><p>de desinstitucionalização.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde</p><p>b)Propor projeto de lei para alterar o Código Penal, prevendo</p><p>que o período de cumprimento de medidas de segurança não deve</p><p>ultrapassar o da pena prevista para o crime praticado, e estabele-</p><p>cendo a continuidade do tratamento fora do sistema penitenciário</p><p>quando necessário.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde</p><p>c)Estabelecer mecanismos para a reintegração social dos inter-</p><p>nados em medida de segurança quando da extinção desta, median-</p><p>te aplicação dos benefícios sociais correspondentes.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Mi-</p><p>nistério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome</p><p>Objetivo estratégico IV:</p><p>Ampliação da aplicação de penas e medidas alternativas.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Desenvolver instrumentos de gestão que assegurem a sus-</p><p>tentabilidade das políticas públicas de aplicação de penas e medi-</p><p>das alternativas.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça</p><p>b)Incentivar a criação de varas especializadas e de centrais de</p><p>monitoramento do cumprimento de penas e medidas alternativas.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Desenvolver modelos de penas e medidas alternativas que</p><p>associem seu cumprimento ao ilícito praticado, com projetos temá-</p><p>ticos que estimulem a capacitação do cumpridor, bem como penas</p><p>de restrição de direitos com controle de frequência.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>d)Desenvolver programas-piloto com foco na educação, para</p><p>aplicação da pena de limitação de final de semana.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Educação</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>5454</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil</p><p>e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa dos direitos.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Acesso da população à informação sobre seus direitos e sobre</p><p>como garanti-los.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Difundir o conhecimento sobre os Direitos Humanos e sobre</p><p>a legislação pertinente com publicações em linguagem e formatos</p><p>acessíveis.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>b)Fortalecer as redes de canais de denúncia (disque-denúncia)</p><p>e sua articulação com instituições de Direitos Humanos.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>c)Incentivar a criação de centros integrados de serviços públi-</p><p>cos para prestação de atendimento ágil à população, inclusive com</p><p>unidades itinerantes para obtenção de documentação básica.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>d)Fortalecer o governo eletrônico com a ampliação da disponi-</p><p>bilização de informações e serviços para a população via Internet,</p><p>em formato acessível.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Garantia do aperfeiçoamento e monitoramento das normas ju-</p><p>rídicas para proteção dos Direitos Humanos.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Implementar o Observatório da Justiça Brasileira, em parce-</p><p>ria com a sociedade civil.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Aperfeiçoar o sistema de fiscalização de violações aos Direi-</p><p>tos Humanos, por meio do aprimoramento do arcabouço de san-</p><p>ções administrativas.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Saúde; Ministério da Justi-</p><p>ça; Ministério do Trabalho e Emprego</p><p>c)Ampliar equipes de fiscalização sobre violações dos Direitos</p><p>Humanos, em parceria com a sociedade civil.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>d)Propor projeto de lei buscando ampliar a utilização das ações</p><p>coletivas para proteção dos interesses difusos, coletivos e individu-</p><p>ais homogêneos, garantindo a consolidação de instrumentos coleti-</p><p>vos de resolução de conflitos.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>e)Propor projetos de lei para simplificar o processamento e jul-</p><p>gamento das ações judiciais; coibir os atos protelatórios; restringir</p><p>as hipóteses de recurso ex officio e reduzir recursos e desjudicializar</p><p>conflitos.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>f)Aperfeiçoar a legislação trabalhista, visando ampliar novas</p><p>tutelas de proteção das relações do trabalho e as medidas de com-</p><p>bate à discriminação e ao abuso moral no trabalho.</p><p>Responsáveis: Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério</p><p>da Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>g)Implementar mecanismos de monitoramento dos serviços</p><p>de atendimento ao aborto legalmente autorizado, garantindo seu</p><p>cumprimento e facilidade de acesso.</p><p>Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Polí-</p><p>ticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>Objetivo estratégico III:</p><p>Utilização de modelos alternativos de solução de conflitos.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Fomentar iniciativas de mediação e conciliação, estimulando</p><p>a resolução de conflitos por meios autocompositivos, voltados à</p><p>maior pacificação social e menor judicialização.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério do Desenvolvi-</p><p>mento Agrário; Ministério das Cidades</p><p>b)Fortalecer a criação de núcleos de justiça comunitária, em</p><p>articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e</p><p>apoiar o financiamento de infraestrutura e de capacitação.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Capacitar lideranças comunitárias sobre instrumentos e téc-</p><p>nicas de mediação comunitária, incentivando a resolução de confli-</p><p>tos nas próprias comunidades.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>d)Incentivar projetos pilotos de Justiça Restaurativa, como for-</p><p>ma de analisar seu impacto e sua aplicabilidade no sistema jurídico</p><p>brasileiro.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>e)Estimular e ampliar experiências voltadas para a solução de</p><p>conflitos por meio da mediação comunitária e dos Centros de Re-</p><p>ferência em Direitos Humanos, especialmente em áreas de baixo</p><p>Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e com dificuldades de</p><p>acesso a serviços públicos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>Objetivo estratégico IV:</p><p>Garantia de acesso universal ao sistema judiciário.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Propor a ampliação da atuação da Defensoria Pública da</p><p>União.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Fomentar parcerias entre Municípios e entidades de prote-</p><p>ção dos Direitos Humanos para atendimento da população com difi-</p><p>culdade de acesso ao sistema de justiça, com base no mapeamento</p><p>das principais demandas da população local e no estabelecimento</p><p>de estratégias para atendimento e ações educativas e informativas.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos</p><p>Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>c)Apoiar a capacitação periódica e constante dos operadores</p><p>do Direito e servidores da Justiça na aplicação dos Direitos Huma-</p><p>nos voltada para a composição de conflitos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>d)Dialogar com o Poder Judiciário para assegurar o efetivo</p><p>acesso das pessoas com deficiência à justiça, em igualdade de con-</p><p>dições com as demais pessoas.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>55</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>e)Apoiar os movimentos sociais e a Defensoria Pública na ob-</p><p>tenção da gratuidade das perícias para as demandas judiciais, indi-</p><p>viduais e coletivas, e relacionadas a violações de Direitos Humanos.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>Objetivo estratégico V:</p><p>Modernização da gestão e agilização do funcionamento do</p><p>sistema de justiça.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Propor legislação de revisão e modernização dos serviços no-</p><p>tariais e de registro.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>b)Desenvolver sistema integrado de informações do Poder Exe-</p><p>cutivo e Judiciário e disponibilizar seu acesso à sociedade.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>Objetivo estratégico VI:</p><p>Acesso à Justiça no campo e na cidade.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Assegurar a criação de marco legal para a prevenção e media-</p><p>ção de conflitos fundiários urbanos, garantindo o devido processo</p><p>legal e a função social da propriedade.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades</p><p>b)Propor projeto de lei voltado a regulamentar o cumprimento</p><p>de mandados de reintegração de posse ou correlatos, garantindo a</p><p>observância do respeito aos Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério das Cidades;</p><p>Ministério do Desenvolvimento Agrário</p><p>c)Promover o diálogo com o Poder Judiciário para a elaboração</p><p>de procedimento para o enfrentamento de casos de conflitos fundi-</p><p>ários coletivos urbanos e rurais.</p><p>Responsáveis: Ministério das Cidades; Ministério da Justiça;</p><p>Ministério do Desenvolvimento Agrário</p><p>d) Propor projeto de lei para institucionalizar a utilização da</p><p>mediação nas demandas de conflitos coletivos agrários e urbanos,</p><p>priorizando a oitiva do INCRA, institutos de terras estaduais, Minis-</p><p>tério Público e outros órgãos públicos especializados, sem prejuízo</p><p>de outros meios institucionais para solução de conflitos. (Redação</p><p>dada pelo Decreto nº 7.177, de 2010)</p><p>Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário; Minis-</p><p>tério da Justiça</p><p>Eixo Orientador V:</p><p>Educação e cultura em Direitos Humanos</p><p>A educação e a cultura em Direitos Humanos visam à formação</p><p>de nova mentalidade coletiva para o exercício da solidariedade, do</p><p>respeito às diversidades e da tolerância. Como processo sistemático</p><p>e multidimensional que orienta a formação do sujeito de direitos,</p><p>seu objetivo é combater o preconceito, a discriminação e a violên-</p><p>cia, promovendo a adoção de novos valores de liberdade, justiça e</p><p>igualdade.</p><p>A educação em Direitos Humanos, como canal estratégico</p><p>capaz de produzir uma sociedade igualitária, extrapola o direito à</p><p>educação permanente e de qualidade. Trata-se de mecanismo que</p><p>articula, entre outros elementos: a) a apreensão de conhecimentos</p><p>historicamente construídos sobre Direitos Humanos e a sua rela-</p><p>ção com os contextos internacional, regional, nacional e local; b)</p><p>a afirmação de valores, atitudes e práticas sociais que expressem</p><p>a cultura dos Direitos Humanos em todos os espaços da socieda-</p><p>de; c) a formação de consciência cidadã capaz de se fazer presente</p><p>nos níveis cognitivo, social, ético e político; d) o desenvolvimento</p><p>de processos metodológicos participativos e de construção coleti-</p><p>va, utilizando linguagens e materiais didáticos contextualizados; e)</p><p>o fortalecimento de políticas que gerem ações e instrumentos em</p><p>favor da promoção, da proteção e da defesa dos Direitos Humanos,</p><p>bem como da reparação das violações.</p><p>O PNDH-3 dialoga com o Plano Nacional de Educação em Di-</p><p>reitos Humanos (PNEDH) como referência para a política nacional</p><p>de Educação e Cultura em Direitos Humanos, estabelecendo os ali-</p><p>cerces a serem adotados nos âmbitos nacional, estadual, distrital e</p><p>municipal.</p><p>O PNEDH, refletido neste programa, se desdobra em cinco</p><p>grandes áreas:</p><p>Na educação básica, a ênfase do PNDH-3 é possibilitar, desde</p><p>a infância, a formação de sujeitos de direito, priorizando as popula-</p><p>ções historicamente vulnerabilizadas. A troca de experiências entre</p><p>crianças de diferentes raças e etnias, imigrantes, com deficiência</p><p>física ou mental, fortalece, desde cedo, sentimento de convivência</p><p>pacífica. Conhecer o diferente, desde a mais tenra idade, é perder</p><p>o medo do desconhecido, formar opinião respeitosa e combater o</p><p>preconceito, às vezes arraigado na própria família.</p><p>No PNDH-3, essa concepção se traduz em propostas de mu-</p><p>danças curriculares, incluindo a educação transversal e permanente</p><p>nos temas ligados aos Direitos Humanos e, mais especificamente, o</p><p>estudo da temática de gênero e orientação sexual, das culturas in-</p><p>dígena e afro-brasileira entre as disciplinas do ensino fundamental</p><p>e médio.</p><p>No ensino superior, as metas previstas visam a incluir os Direi-</p><p>tos Humanos, por meio de diferentes modalidades como discipli-</p><p>nas, linhas de pesquisa, áreas de concentração, transversalização</p><p>incluída nos projetos acadêmicos dos diferentes cursos de gradu-</p><p>ação e pós-graduação, bem como em programas e projetos de ex-</p><p>tensão.</p><p>A educação não formal em Direitos Humanos é orientada pe-</p><p>los princípios da emancipação e da autonomia, configurando-se</p><p>como processo de sensibilização e formação da consciência crítica.</p><p>Desta forma, o PNDH-3 propõe inclusão da temática de Educação</p><p>em Direitos Humanos nos programas de capacitação de lideranças</p><p>comunitárias e nos programas de qualificação profissional, alfabe-</p><p>tização de jovens e adultos, entre outros. Volta-se, especialmente,</p><p>para o estabelecimento de diálogo e parcerias permanentes como o</p><p>vasto leque brasileiro de movimentos populares, sindicatos, igrejas,</p><p>ONGs, clubes, entidades empresariais e toda sorte de agrupamen-</p><p>tos da sociedade civil que desenvolvem atividades formativas em</p><p>seu cotidiano.</p><p>A formação e a educação continuada em Direitos Humanos,</p><p>com recortes de gênero, relações étnico-raciais e de orientação</p><p>sexual, em todo o serviço público, especialmente entre os agentes</p><p>do sistema de Justiça de segurança pública, são fundamentais para</p><p>consolidar o Estado Democrático e a proteção do direito à vida e</p><p>à dignidade, garantindo tratamento igual a todas as pessoas e o</p><p>funcionamento de sistemas de Justiça que promovam os Direitos</p><p>Humanos.</p><p>Por fim, aborda-se o papel estratégico dos meios de comuni-</p><p>cação de massa, no sentido de construir ou desconstruir ambiente</p><p>nacional e cultura social de respeito e proteção aos Direitos Huma-</p><p>nos. Daí a importância primordial de introduzir mudanças que as-</p><p>segurem ampla democratização desses meios, bem como de atuar</p><p>permanentemente junto a todos os profissionais e empresas do</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>5656</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>setor (seminários, debates, reportagens, pesquisas e conferências),</p><p>buscando sensibilizar e conquistar seu compromisso ético com a</p><p>afirmação histórica dos Direitos Humanos.</p><p>Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política</p><p>nacional de educação em Direitos Humanos para fortalecer cultura</p><p>de direitos.</p><p>Objetivo estratégico I:</p><p>Implementação do Plano Nacional de Educação em Direitos</p><p>Humanos - PNEDH</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Desenvolver ações programáticas e promover articulação</p><p>que viabilizem a implantação e a implementação do PNEDH.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Justiça</p><p>b)Implantar mecanismos e instrumentos de monitoramento,</p><p>avaliação</p><p>e atualização do PNEDH, em processos articulados de mo-</p><p>bilização nacional.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Justiça</p><p>c)Fomentar e apoiar a elaboração de planos estaduais e muni-</p><p>cipais de educação em Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Justiça</p><p>d)Apoiar técnica e financeiramente iniciativas em educação em</p><p>Direitos Humanos, que estejam em consonância com o PNEDH.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Justiça</p><p>e)Incentivar a criação e investir no fortalecimento dos comitês</p><p>de educação em Direitos Humanos em todos os Estados e no Dis-</p><p>trito Federal, como órgãos consultivos e propositivos da política de</p><p>educação em Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>Objetivo Estratégico II:</p><p>Ampliação de mecanismos e produção de materiais pedagógi-</p><p>cos e didáticos para Educação em Direitos Humanos.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Incentivar a criação de programa nacional de formação em</p><p>educação em Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Justiça; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presi-</p><p>dência da República</p><p>b)Estimular a temática dos Direitos Humanos nos editais de</p><p>avaliação e seleção de obras didáticas do sistema de ensino.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação;</p><p>c)Estabelecer critérios e indicadores de avaliação de publica-</p><p>ções na temática de Direitos Humanos para o monitoramento da</p><p>escolha de livros didáticos no sistema de ensino.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>d)Atribuir premiação anual de educação em Direitos Humanos,</p><p>como forma de incentivar a prática de ações e projetos de educação</p><p>e cultura em Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>e)Garantir a continuidade da “Mostra Cinema e Direitos Huma-</p><p>nos na América do Sul” e o “Festival dos Direitos Humanos” como</p><p>atividades culturais para difusão dos Direitos Humanos.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>f)Consolidar a revista “Direitos Humanos” como instrumento</p><p>de educação e cultura em Direitos Humanos, garantindo o caráter</p><p>representativo e plural em seu conselho editorial.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>g)Produzir recursos pedagógicos e didáticos especializados</p><p>e adquirir materiais e equipamentos em formato acessível para a</p><p>educação em Direitos Humanos, para todos os níveis de ensino.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>h)Publicar materiais pedagógicos e didáticos para a educação</p><p>em Direitos Humanos em formato acessível para as pessoas com</p><p>deficiência, bem como promover o uso da Língua Brasileira de Si-</p><p>nais (Libras) em eventos ou divulgação em mídia.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação.</p><p>i)Fomentar o acesso de estudantes, professores e demais pro-</p><p>fissionais da educação às tecnologias da informação e comunicação.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e</p><p>dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica, nas insti-</p><p>tuições de ensino superior e outras instituições formadoras.</p><p>Objetivo Estratégico I:</p><p>Inclusão da temática de Educação e Cultura em Direitos Hu-</p><p>manos nas escolas de educação básica e em outras instituições</p><p>formadoras.</p><p>Ações Programáticas:</p><p>a)Estabelecer diretrizes curriculares para todos os níveis e mo-</p><p>dalidades de ensino da educação básica para a inclusão da temática</p><p>de educação e cultura em Direitos Humanos, promovendo o reco-</p><p>nhecimento e o respeito das diversidades de gênero, orientação se-</p><p>xual, identidade de gênero, geracional, étnico-racial, religiosa, com</p><p>educação igualitária, não discriminatória e democrática.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Secretaria Espe-</p><p>cial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>b)Promover a inserção da educação em Direitos Humanos nos</p><p>processos de formação inicial e continuada de todos os profissio-</p><p>nais da educação, que atuam nas redes de ensino e nas unidades</p><p>responsáveis por execução de medidas socioeducativas.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>c)Incluir, nos programas educativos, o direito ao meio ambien-</p><p>te como Direito Humano.</p><p>Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Secretaria Espe-</p><p>cial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério</p><p>da Educação</p><p>d)Incluir conteúdos, recursos, metodologias e formas de avalia-</p><p>ção da educação em Direitos Humanos nos sistemas de ensino da</p><p>educação básica.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>57</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>e)Desenvolver ações nacionais de elaboração de estratégias de</p><p>mediação de conflitos e de Justiça Restaurativa nas escolas, e outras</p><p>instituições formadoras e instituições de ensino superior, inclusive</p><p>promovendo a capacitação de docentes para a identificação de vio-</p><p>lência e abusos contra crianças e adolescentes, seu encaminhamen-</p><p>to adequado e a reconstrução das relações no âmbito escolar.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Justiça</p><p>f)Publicar relatório periódico de acompanhamento da inclusão</p><p>da temática dos Direitos Humanos na educação formal que conte-</p><p>nha, pelo menos, as seguintes informações:</p><p>• Número de Estados e Municípios que possuem planos de</p><p>educação em Direitos Humanos;</p><p>• Existência de normas que incorporam a temática de Direitos</p><p>Humanos nos currículos escolares;</p><p>• Documentos que atestem a existência de comitês de educa-</p><p>ção em Direitos Humanos;</p><p>• Documentos que atestem a existência de órgãos governa-</p><p>mentais especializados em educação em Direitos Humanos.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>g)Desenvolver e estimular ações de enfrentamento ao bullying</p><p>e ao cyberbulling.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>h)Implementar e acompanhar a aplicação das leis que dispõem</p><p>sobre a inclusão da história e cultura afro-brasileira e dos povos in-</p><p>dígenas em todos os níveis e modalidades da educação básica.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>Objetivo Estratégico II:</p><p>Inclusão da temática da Educação em Direitos Humanos nos</p><p>cursos das Instituições de Ensino Superior .</p><p>Ações Programáticas:</p><p>a)Propor a inclusão da temática da educação em Direitos Hu-</p><p>manos nas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de gradua-</p><p>ção.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>b)Incentivar a elaboração de metodologias pedagógicas de ca-</p><p>ráter transdisciplinar e interdisciplinar para a educação em Direitos</p><p>Humanos nas Instituições de Ensino Superior.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>c)Elaborar relatórios sobre a inclusão da temática dos Direitos</p><p>Humanos no ensino superior, contendo informações sobre a</p><p>e sua relação com o ambiente, elas são</p><p>tomadas nos níveis mais altos da hierarquia e possuem consequên-</p><p>cias de longo prazo.</p><p>- Decisões Táticas: ou chamadas também de administrativas,</p><p>são tomadas nos níveis das unidades organizacionais ou departa-</p><p>mentos.</p><p>- Decisões Operacionais: são aquelas tomadas no dia-a-dia,</p><p>relacionadas a tarefas e aspectos cotidianos da realidade organi-</p><p>zacional.</p><p>- Decisões Autocráticas: são decisões tomadas sem discussões,</p><p>acordos e debates. O tomador de decisão deve ser um gerente ou</p><p>alguém com responsabilidade e autoridade para tal. É uma forma</p><p>rápida de tomada de decisão e não devem ser questionadas. Muitas</p><p>vezes, são decisões de cunho estritamente técnico.</p><p>- Decisões Compartilhadas: são aquelas decisões tomadas de</p><p>forma compartilhada, entre gerente e equipe. Têm características</p><p>marcantes, tais como o debate, participação e busca de consenso.</p><p>Podem ser consultivas, quando a decisão é tomada após a consulta,</p><p>ou participativa, quando a decisão é tomada de forma conjunta.</p><p>- Decisões Delegadas: são tomadas pela equipe ou pessoa que</p><p>recebeu poderes para isso. As decisões delegadas não precisam ser</p><p>aprovadas ou revistas pela administração. A pessoa ou grupo assu-</p><p>me plena responsabilidade pelas decisões, tendo para isso a infor-</p><p>mação, a maturidade, as qualificações e as atitudes suficientes para</p><p>decidir da melhor maneira possível.</p><p>Serão apresentadas abaixo cinco etapas sequenciais no proces-</p><p>so de decisão, este processo começa com a identificação da situa-</p><p>ção e vai até monitoração e feedback.</p><p>1ª Etapa - Reconhecimento: ocorre aqui a identificação/</p><p>diagnóstico da situação, é a etapa mais difícil, pois é necessário</p><p>reconhecer um problema e/ou oportunidade. Ela é fundamental</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>44</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>porque, se não for bem-feita, todo trabalho de uma equipe será</p><p>perdido, essa etapa é considerada a mais difícil das cinco etapas do</p><p>processo decisório.</p><p>2ª Etapa - Planejamento: nessa etapa acontece o desenvolvi-</p><p>mento de alternativas, ou seja, aqui são elaboradas as alternativas</p><p>de ação. Faz-se necessária a elaboração de alternativas porque é a</p><p>partir delas que uma decisão deverá ser tomada, e sem elas, não</p><p>existe decisão a ser tomada. Para facilitar essa etapa, pode ser de-</p><p>senvolvido um instrumento gráfico, denominado “árvore de deci-</p><p>são”, que avalia as alternativas disponíveis (esse processo é normal-</p><p>mente usado quando há muitas alternativas a serem discutidas).</p><p>3ª Etapa - Avaliação: ocorre aqui a avaliação e escolha das al-</p><p>ternativas, que foram desenvolvidas na etapa anterior. Nesta etapa,</p><p>deverá ser feita uma análise das vantagens e desvantagens das al-</p><p>ternativas desenvolvidas, e é importante destacar que realmente</p><p>deve-se avaliar as vantagens e as desvantagens de cada alternativa</p><p>utilizando senso crítico ao avaliar as alternativas.</p><p>4ª Etapa - Decisão e implementação: faz-se a seleção e depois</p><p>a implementação, ou seja, nessa etapa é o momento de selecio-</p><p>nar a melhor alternativa. Uma vez escolhida, deve-se anunciá-la</p><p>com confiança e de forma decisiva, pois caso contrário poderá ser</p><p>despertado um sentimento de insegurança nos outros. Para a im-</p><p>plementação da alternativa escolhida, deve-se também, verificar</p><p>o momento oportuno de implementá-la, é um erro comum imple-</p><p>mentar a alternativa escolhida na época errada.</p><p>5ª Etapa - Controle: ocorre aqui a monitoração e o feedback,</p><p>para que se alcance os resultados desejados e para um bom contro-</p><p>le do andamento e do processo, faz-se necessário a avaliação dos</p><p>resultados da decisão. Nessa etapa é necessário humildade, pois</p><p>em se verificando que os resultados não atingiram o esperado é</p><p>preferível admitir o erro que manter a decisão, pois as consequên-</p><p>cias poderão ser danosas.</p><p>Modelos de Tomada de Decisão</p><p>Com relação as Políticas Públicas, os modelos de tomada de</p><p>decisão são classificados como:</p><p>Modelo Incremental: segundo informações do Ministério do</p><p>Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), o modelo de tomada</p><p>de decisão incremental pode ser visto como um processo político</p><p>caracterizado pela barganha e pelo compromisso entre decisores</p><p>auto orientados. As decisões limitam-se a decisões sucessivas an-</p><p>teriores, sendo, portanto, apenas marginalmente diferentes das an-</p><p>teriores. Dessa forma, ocorreriam apenas mudanças incrementais</p><p>no status quo.</p><p>O modelo incremental traz duas constatações ao processo de</p><p>políticas públicas:</p><p>1) Por mais adequada que seja a fundamentação técnica de</p><p>uma alternativa, a decisão envolve relações de poder;</p><p>2) Os governos democráticos não possuem efetivamente liber-</p><p>dade total na alocação de recursos públicos.</p><p>A principal crítica a este modelo se refere à sua pouca compa-</p><p>tibilidade com as necessidades de mudanças necessárias à gestão</p><p>de programas e projetos, podendo gerar prejuízos à eficiência do</p><p>Estado e legitimar um viés conservador no processo decisório.</p><p>Modelo Racional: segundo ainda informações do MPOG, nes-</p><p>te modelo, a tomada de decisão segue as seguintes atividades se-</p><p>quenciais:</p><p>- Um objetivo para solucionar um problema é estabelecido.</p><p>- Todas as estratégias alternativas para alcançar o objetivo são</p><p>exploradas e listadas.</p><p>- Todas as sequências significantes de cada alternativa estraté-</p><p>gica são previstas e as probabilidades dessas consequências ocorre-</p><p>rem são estimadas.</p><p>- Por fim, a estratégia que parece resolver o problema ou que o</p><p>resolve com menor custo é selecionada.</p><p>Esse modelo parte de um pressuposto ingênuo de que a infor-</p><p>mação é perfeita e não considera limites cognitivos em se analisar</p><p>todas as opções de políticas. Tampouco, considera adequadamente</p><p>o peso das relações de poder na tomada de decisões. Os decisores,</p><p>muitas vezes, são obrigados a selecionar políticas públicas em bases</p><p>políticas, ideológicas ou aleatoriamente, sem referência a padrões</p><p>de eficiência.</p><p>Tipos de Políticas Públicas</p><p>Veja como Oliveira5 explica as os tipos de políticas públicas:</p><p>Políticas Distributivas: referem-se a decisões alocativas,</p><p>sem contrapartidas fiscais, esse tipo de política implica nas ações</p><p>cotidianas que todo e qualquer governo precisa fazer. Ela diz</p><p>respeito à oferta de equipamentos e serviços públicos, mas sempre</p><p>feita de forma pontual ou setorial, de acordo com a demanda social</p><p>ou a pressão dos grupos de interesse.</p><p>São exemplos de políticas públicas distributivas: as podas</p><p>de árvores, os reparos em uma creche, a implementação de um</p><p>projeto de educação ambiental ou a limpeza de um córrego, dentre</p><p>outros. O seu financiamento é feito pela sociedade como um todo</p><p>através do orçamento geral de um estado.</p><p>Políticas Regulatórias: disciplinam aspectos da atividade social,</p><p>esse tipo consiste na elaboração das leis que autorizarão os governos</p><p>a fazerem ou não determinada política pública redistributiva ou</p><p>distributiva. Se estas duas implicam no campo de ação do poder</p><p>executivo, a política pública regulatória é, essencialmente, campo</p><p>de ação do poder legislativo.</p><p>Políticas Redistributivas: são aquelas que de várias formas</p><p>(transferências, isenções, etc.) redistribuem recursos de qualquer</p><p>natureza, entre grupos sociais. Consistem em redistribuição de</p><p>renda em forma de recursos e financiamentos de equipamentos e</p><p>serviços públicos.</p><p>São exemplos de políticas públicas redistributivas: os</p><p>programas de bolsa-escola, bolsa-universitária, cesta básica, renda</p><p>cidadã, isenção de IPTU e de taxas de energia/água para famílias</p><p>carentes, dentre outros.</p><p>5 OLIVEIRA, A.F. Políticas Públicas Educacionais: conceito e contextualização</p><p>numa perspectiva didática. SINPRODF. 2012.</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>5</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Do ponto de vista da justiça social o seu financiamento deveria ser feito pelos estratos sociais de maior poder aquisitivo, de modo</p><p>que se pudesse ocorrer, portanto, a redução das desigualdades sociais. No entanto, por conta do poder de organização e pressão desses</p><p>estratos sociais, o financiamento dessas políticas acaba sendo feito</p><p>exis-</p><p>tência de ouvidorias e sobre o número de:</p><p>• cursos de pós-graduação com áreas de concentração em Di-</p><p>reitos Humanos;</p><p>• grupos de pesquisa em Direitos Humanos;</p><p>• cursos com a transversalização dos Direitos Humanos nos</p><p>projetos políticos pedagógicos;</p><p>• disciplinas em Direitos Humanos;</p><p>• teses e dissertações defendidas;</p><p>• associações e instituições dedicadas ao tema e com as quais</p><p>os docentes e pesquisadores tenham vínculo;</p><p>• núcleos e comissões que atuam em Direitos Humanos;</p><p>• educadores com ações no tema Direitos Humanos;</p><p>• projetos de extensão em Direitos Humanos;</p><p>Responsáveis: Ministério da Educação; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>d)Fomentar a realização de estudos, pesquisas e a implementa-</p><p>ção de projetos de extensão sobre o período do regime 1964-1985,</p><p>bem como apoiar a produção de material didático, a organização de</p><p>acervos históricos e a criação de centros de referências.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Justiça</p><p>e)Incentivar a realização de estudos, pesquisas e produção bi-</p><p>bliográfica sobre a história e a presença das populações tradicio-</p><p>nais.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Secretaria Espe-</p><p>cial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da</p><p>República; Ministério da Justiça</p><p>Objetivo Estratégico III:</p><p>Incentivo à transdisciplinariedade e transversalidade nas ati-</p><p>vidades acadêmicas em Direitos Humanos.</p><p>Ações Programáticas:</p><p>a)Incentivar o desenvolvimento de cursos de graduação, de</p><p>formação continuada e programas de pós-graduação em Direitos</p><p>Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Secretaria Espe-</p><p>cial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da</p><p>República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>b)Fomentar núcleos de pesquisa de educação em Direitos Hu-</p><p>manos em instituições de ensino superior e escolas públicas e priva-</p><p>das, estruturando-as com equipamentos e materiais didáticos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da Ci-</p><p>ência e Tecnologia</p><p>c)Fomentar e apoiar, no Conselho Nacional de Desenvolvimen-</p><p>to Científico e Tecnológico (CNPq) e na Coordenação de Aperfei-</p><p>çoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a criação da área</p><p>“Direitos Humanos” como campo de conhecimento transdisciplinar</p><p>e recomendar às agências de fomento que abram linhas de finan-</p><p>ciamento para atividades de ensino, pesquisa e extensão em Direi-</p><p>tos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Fazenda</p><p>d)Implementar programas e ações de fomento à extensão uni-</p><p>versitária em direitos humanos, para promoção e defesa dos Direi-</p><p>tos Humanos e o desenvolvimento da cultura e educação em Direi-</p><p>tos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>5858</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como</p><p>espaço de defesa e promoção dos Direitos Humanos.</p><p>Objetivo Estratégico I:</p><p>Inclusão da temática da educação em Direitos Humanos na</p><p>educação não formal.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Fomentar a inclusão da temática de Direitos Humanos na</p><p>educação não formal, nos programas de qualificação profissional,</p><p>alfabetização de jovens e adultos, extensão rural, educação social</p><p>comunitária e de cultura popular.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério do Desenvolvimento Agrário;</p><p>Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da</p><p>Presidência da República; Ministério da Cultura; Secretaria Especial</p><p>de Políticas para as Mulheres da Presidência da República</p><p>b)Apoiar iniciativas de educação popular em Direitos Humanos</p><p>desenvolvidas por organizações comunitárias, movimentos sociais,</p><p>organizações não governamentais e outros agentes organizados da</p><p>sociedade civil.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas de Pro-</p><p>moção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria</p><p>Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República;</p><p>Ministério da Cultura; Ministério da Justiça</p><p>c)Apoiar e promover a capacitação de agentes multiplicadores</p><p>para atuarem em projetos de educação em Direitos Humanos.</p><p>Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Pre-</p><p>sidência da República</p><p>d)Apoiar e desenvolver programas de formação em comunica-</p><p>ção e Direitos Humanos para comunicadores comunitários.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério das Comunicações; Ministério</p><p>da Cultura</p><p>e)Desenvolver iniciativas que levem a incorporar a temática da</p><p>educação em Direitos Humanos nos programas de inclusão digital e</p><p>de educação à distância.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério das</p><p>Comunicações; Ministério de Ciência e Tecnologia</p><p>f)Apoiar a incorporação da temática da educação em Direi-</p><p>tos Humanos nos programas e projetos de esporte, lazer e cultura</p><p>como instrumentos de inclusão social.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Cultura; Ministério do Esporte</p><p>g)Fortalecer experiências alternativas de educação para os</p><p>adolescentes, bem como para monitores e profissionais do sistema</p><p>de execução de medidas socioeducativas.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Justiça</p><p>Objetivo estratégico II:</p><p>Resgate da memória por meio da reconstrução da história dos</p><p>movimentos sociais.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Promover campanhas e pesquisas sobre a história dos mo-</p><p>vimentos de grupos historicamente vulnerabilizados, tais como o</p><p>segmento LGBT, movimentos de mulheres, quebradeiras de coco,</p><p>castanheiras, ciganos, entre outros.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as</p><p>Mulheres da Presidência da República</p><p>b)Apoiar iniciativas para a criação de museus voltados ao resga-</p><p>te da cultura e da história dos movimentos sociais.</p><p>Responsáveis: Ministério da Cultura; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no</p><p>serviço público.</p><p>Objetivo Estratégico I:</p><p>Formação e capacitação continuada dos servidores públicos</p><p>em Direitos Humanos, em todas as esferas de governo.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a) Apoiar e desenvolver atividades de formação e capacitação</p><p>continuadas interdisciplinares em Direitos Humanos para servido-</p><p>res públicos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Justiça; Ministério da Saúde; Ministério do Planejamento, Orça-</p><p>mento e Gestão; Ministério das Relações Exteriores</p><p>b)Incentivar a inserção da temática dos Direitos Humanos nos</p><p>programas das escolas de formação de servidores vinculados aos</p><p>órgãos públicos federais.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as</p><p>Mulheres da Presidência da República; Secretaria Especial de Polí-</p><p>ticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República</p><p>c)Publicar materiais didático-pedagógicos sobre Direitos Hu-</p><p>manos e função pública, desdobrando temas e aspectos adequados</p><p>ao diálogo com as várias áreas de atuação dos servidores públicos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência</p><p>da República; Ministério do Planejamento, Orçamento</p><p>e Gestão</p><p>Objetivo Estratégico II:</p><p>Formação adequada e qualificada dos profissionais do siste-</p><p>ma de segurança pública.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Oferecer, continuamente e permanentemente, cursos em Di-</p><p>reitos Humanos para os profissionais do sistema de segurança pú-</p><p>blica e justiça criminal.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República; Secretaria Especial de</p><p>Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Secretaria</p><p>Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidên-</p><p>cia da República</p><p>b)Oferecer permanentemente cursos de especialização aos</p><p>gestores, policiais e demais profissionais do sistema de segurança</p><p>pública.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>c)Publicar materiais didático-pedagógicos sobre segurança pú-</p><p>blica e Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>d)Incentivar a inserção da temática dos Direitos Humanos nos</p><p>programas das escolas de formação inicial e continuada dos mem-</p><p>bros das Forças Armadas.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Defesa</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>59</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>e)Criar escola nacional de polícia para educação continuada</p><p>dos profissionais do sistema de segurança pública, com enfoque</p><p>prático.</p><p>Responsável: Ministério da Justiça</p><p>f)Apoiar a capacitação de policiais em direitos das crianças, em</p><p>aspectos básicos do desenvolvimento infantil e em maneiras de li-</p><p>dar com grupos em situação de vulnerabilidade, como crianças e</p><p>adolescentes em situação de rua, vítimas de exploração sexual e</p><p>em conflito com a lei.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e</p><p>ao acesso à informação para consolidação de uma cultura em Di-</p><p>reitos Humanos.</p><p>Objetivo Estratégico I:</p><p>Promover o respeito aos Direitos Humanos nos meios de co-</p><p>municação e o cumprimento de seu papel na promoção da cultura</p><p>em Direitos Humanos.</p><p>Ações Programáticas:</p><p>a) Propor a criação de marco legal, nos termos do art. 221 da</p><p>Constituição, estabelecendo o respeito aos Direitos Humanos nos</p><p>serviços de radiodifusão (rádio e televisão) concedidos, permitidos</p><p>ou autorizados. (Redação dada pelo decreto nº 7.177, de 2010)</p><p>Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Espe-</p><p>cial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério</p><p>da Justiça; Ministério da Cultura</p><p>b)Promover diálogo com o Ministério Público para proposição</p><p>de ações objetivando a suspensão de programação e publicidade</p><p>atentatórias aos Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Di-</p><p>reitos Humanos da Presidência da República</p><p>c)Suspender patrocínio e publicidade oficial em meios que vei-</p><p>culam programações atentatórias aos Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Espe-</p><p>cial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério</p><p>da Justiça</p><p>d)(Revogado pelo decreto nº 7.177, de 2010)</p><p>Responsáveis: (Revogado pelo decreto nº 7.177, de 2010)</p><p>e)Desenvolver programas de formação nos meios de comuni-</p><p>cação públicos como instrumento de informação e transparência</p><p>das políticas públicas, de inclusão digital e de acessibilidade.</p><p>Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Espe-</p><p>cial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério</p><p>da Cultura; Ministério da Justiça</p><p>f)Avançar na regularização das rádios comunitárias e promover</p><p>incentivos para que se afirmem como instrumentos permanentes</p><p>de diálogo com as comunidades locais.</p><p>Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Espe-</p><p>cial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério</p><p>da Cultura; Ministério da Justiça</p><p>g)Promover a eliminação das barreiras que impedem o aces-</p><p>so de pessoas com deficiência sensorial à programação em todos</p><p>os meios de comunicação e informação, em conformidade com o</p><p>Decreto no 5.296/2004, bem como acesso a novos sistemas e tec-</p><p>nologias, incluindo Internet.</p><p>Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Espe-</p><p>cial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério</p><p>da Justiça</p><p>Objetivo Estratégico II:</p><p>Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à</p><p>informação.</p><p>Ações Programáticas:</p><p>a)Promover parcerias com entidades associativas de mídia,</p><p>profissionais de comunicação, entidades sindicais e populares para</p><p>a produção e divulgação de materiais sobre Direitos Humanos.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Cultura; Ministério das Co-</p><p>municações</p><p>b)Incentivar pesquisas regulares que possam identificar for-</p><p>mas, circunstâncias e características de violações dos Direitos Hu-</p><p>manos na mídia.</p><p>Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Espe-</p><p>cial dos Direitos Humanos da Presidência da República</p><p>c)Incentivar a produção de filmes, vídeos, áudios e similares,</p><p>voltada para a educação em Direitos Humanos e que reconstrua a</p><p>história recente do autoritarismo no Brasil, bem como as iniciativas</p><p>populares de organização e de resistência.</p><p>Responsáveis: Ministério das Comunicações; Secretaria Espe-</p><p>cial dos Direitos Humanos da Presidência da República; Ministério</p><p>da Cultura; Ministério da Justiça</p><p>Eixo Orientador VI:</p><p>Direito à Memória e à Verdade</p><p>A investigação do passado é fundamental para a construção da</p><p>cidadania. Estudar o passado, resgatar sua verdade e trazer à tona</p><p>seus acontecimentos caracterizam forma de transmissão de expe-</p><p>riência histórica, que é essencial para a constituição da memória</p><p>individual e coletiva.</p><p>O Brasil ainda processa com dificuldades o resgate da memória</p><p>e da verdade sobre o que ocorreu com as vítimas atingidas pela</p><p>repressão política durante o regime de 1964. A impossibilidade de</p><p>acesso a todas as informações oficiais impede que familiares de</p><p>mortos e desaparecidos possam conhecer os fatos relacionados aos</p><p>crimes praticados e não permite à sociedade elaborar seus próprios</p><p>conceitos sobre aquele período.</p><p>A história que não é transmitida de geração a geração torna-se</p><p>esquecida e silenciada. O silêncio e o esquecimento das barbáries</p><p>geram graves lacunas na experiência coletiva de construção da iden-</p><p>tidade nacional. Resgatando a memória e a verdade, o País adquire</p><p>consciência superior sobre sua própria identidade, a democracia se</p><p>fortalece. As tentações totalitárias são neutralizadas e crescem as</p><p>possibilidades de erradicação definitiva de alguns resquícios daque-</p><p>le período sombrio, como a tortura, por exemplo, ainda persistente</p><p>no cotidiano brasileiro.</p><p>O trabalho de reconstituir a memória exige revisitar o passado</p><p>e compartilhar experiências de dor, violência e mortes. Somente</p><p>depois de lembrá-las e fazer seu luto, será possível superar o trau-</p><p>ma histórico e seguir adiante. A vivência do sofrimento e das perdas</p><p>não pode ser reduzida a conflito privado e subjetivo, uma vez que se</p><p>inscreveu num contexto social, e não individual.</p><p>A compreensão do passado por intermédio da narrativa da he-</p><p>rança histórica e pelo reconhecimento oficial dos acontecimentos</p><p>possibilita aos cidadãos construírem os valores que indicarão sua</p><p>atuação no presente. O acesso a todos os arquivos e documentos</p><p>produzidos durante o regime militar é fundamental no âmbito das</p><p>políticas de proteção dos Direitos Humanos.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>6060</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Desde os anos 1990, a persistência de familiares de mortos e</p><p>desaparecidos vem obtendo vitórias significativas nessa luta, com</p><p>abertura de importantes arquivos estaduais sobre a repressão po-</p><p>lítica do regime ditatorial. Em dezembro de 1995, coroando difícil</p><p>e delicado processo de discussão entre esses familiares, o Minis-</p><p>tério da Justiça e o Poder</p><p>Legislativo Federal, foi aprovada a Lei no</p><p>9.140/95, que reconheceu a responsabilidade do Estado brasileiro</p><p>pela morte de opositores ao regime de 1964.</p><p>Essa Lei instituiu Comissão Especial com poderes para deferir</p><p>pedidos de indenização das famílias de uma lista inicial de 136 pes-</p><p>soas e julgar outros casos apresentados para seu exame. No art. 4o,</p><p>inciso II, a Lei conferiu à Comissão Especial também a incumbência</p><p>de envidar esforços para a localização dos corpos de pessoas desa-</p><p>parecidas no caso de existência de indícios quanto ao local em que</p><p>possam estar depositados.</p><p>Em 24 de agosto de 2001, foi criada, pela Medida Provisória no</p><p>2151-3, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Esse marco</p><p>legal foi reeditado pela Medida Provisória no 65, de 28 de agosto de</p><p>2002, e finalmente convertido na Lei no 10.559, de 13 de novembro</p><p>de 2002. Essa norma regulamentou o art. 8o do Ato das Disposições</p><p>Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição de 1988, que</p><p>previa a concessão de anistia aos que foram perseguidos em decor-</p><p>rência de sua oposição política. Em dezembro de 2005, o Governo</p><p>Federal determinou que os três arquivos da Agência Brasileira de</p><p>Inteligência (ABIN) fossem entregues ao Arquivo Nacional, subordi-</p><p>nado à Casa Civil, onde passaram a ser organizados e digitalizados.</p><p>Em agosto de 2007, em ato oficial coordenado pelo Presidente</p><p>da República, foi lançado, pela Secretaria Especial dos Direitos Hu-</p><p>manos da Presidência da República e pela Comissão Especial sobre</p><p>Mortos e Desaparecidos Políticos, o livro-relatório “Direito à Me-</p><p>mória e à Verdade”, registrando os onze anos de trabalho daquela</p><p>Comissão e resumindo a história das vítimas da ditadura no Brasil.</p><p>A trajetória de estudantes, profissionais liberais, trabalhadores</p><p>e camponeses que se engajaram no combate ao regime militar apa-</p><p>rece como documento oficial do Estado brasileiro. O Ministério da</p><p>Educação e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos formularam</p><p>parceria para criar portal que incluirá o livro-relatório, ampliado</p><p>com abordagem que apresenta o ambiente político, econômico,</p><p>social e principalmente os aspectos culturais do período. Serão dis-</p><p>tribuídas milhares de cópias desse material em mídia digital para</p><p>estudantes de todo o País.</p><p>Em julho de 2008, o Ministério da Justiça e a Comissão de Anis-</p><p>tia promoveram audiência pública sobre “Limites e Possibilidades</p><p>para a Responsabilização Jurídica dos Agentes Violadores de Direi-</p><p>tos Humanos durante o Estado de Exceção no Brasil”, que discutiu</p><p>a interpretação da Lei de Anistia de 1979 no que se refere à contro-</p><p>vérsia jurídica e política, envolvendo a prescrição ou imprescritibili-</p><p>dade dos crimes de tortura.</p><p>A Comissão de Anistia já realizou setecentas sessões de julga-</p><p>mento e promoveu, desde 2008, trinta caravanas, possibilitando</p><p>a participação da sociedade nas discussões, e contribuindo para a</p><p>divulgação do tema no País. Até 1o de novembro de 2009, já ha-</p><p>viam sido apreciados por essa Comissão mais de cinquenta e dois</p><p>mil pedidos de concessão de anistia, dos quais quase trinta e cinco</p><p>mil foram deferidos e cerca de dezessete mil, indeferidos. Outros</p><p>doze mil pedidos aguardavam julgamento, sendo possível, ainda,</p><p>a apresentação de novas solicitações. Em julho de 2009, em Belo</p><p>Horizonte, o Ministro de Estado da Justiça realizou audiência pú-</p><p>blica de apresentação do projeto Memorial da Anistia Política do</p><p>Brasil, envolvendo a remodelação e construção de novo edifício</p><p>junto ao antigo “Coleginho” da Universidade Federal de Minas Ge-</p><p>rais (UFMG), onde estará disponível para pesquisas todo o acervo</p><p>da Comissão de Anistia.</p><p>No âmbito da sociedade civil, foram levadas ao Poder Judiciário</p><p>importantes ações que provocaram debate sobre a interpretação</p><p>das leis e a apuração de responsabilidades. Em 1982, um grupo de</p><p>familiares entrou com ação na Justiça Federal para a abertura de</p><p>arquivos e localização dos restos mortais dos mortos e desapareci-</p><p>dos políticos no episódio conhecido como “Guerrilha do Araguaia”.</p><p>Em 2003, foi proferida sentença condenando a União, que recorreu</p><p>e, posteriormente, criou Comissão Interministerial pelo Decreto no</p><p>4.850, de 2 de outubro de 2003, com a finalidade de obter informa-</p><p>ções que levassem à localização dos restos mortais de participantes</p><p>da “Guerrilha do Araguaia”. Os trabalhos da Comissão Interminis-</p><p>terial encerraram-se em março de 2007, com a divulgação de seu</p><p>relatório final.</p><p>Em agosto de 1995, o Centro de Estudos para a Justiça e o Direi-</p><p>to Internacional (CEJIL) e a Human Rights Watch/América (HRWA),</p><p>em nome de um grupo de familiares, apresentaram petição à Co-</p><p>missão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), denunciando</p><p>o desaparecimento de integrantes da “Guerrilha do Araguaia”. Em</p><p>31 de outubro de 2008, a CIDH expediu o Relatório de Mérito no</p><p>91/08, onde fez recomendações ao Estado brasileiro. Em 26 de</p><p>março de 2009, a CIDH submeteu o caso à Corte Interamericana</p><p>de Direitos Humanos, requerendo declaração de responsabilidade</p><p>do Estado brasileiro sobre violações de direitos humanos ocorridas</p><p>durante as operações de repressão àquele movimento.</p><p>Em 2005 e 2008, duas famílias iniciaram, na Justiça Civil, ações</p><p>declaratórias para o reconhecimento das torturas sofridas por seus</p><p>membros, indicando o responsável pelas sevícias. Ainda em 2008,</p><p>o Ministério Público Federal em São Paulo propôs Ação Civil Pública</p><p>contra dois oficiais do exército acusados de determinarem prisão</p><p>ilegal, tortura, homicídio e desaparecimento forçado de dezenas de</p><p>cidadãos.</p><p>Tramita também, no âmbito do Supremo Tribunal Federal,</p><p>Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, proposta</p><p>pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que so-</p><p>licita a mais alta corte brasileira posicionamento formal para saber</p><p>se, em 1979, houve ou não anistia dos agentes públicos responsá-</p><p>veis pela prática de tortura, homicídio, desaparecimento forçado,</p><p>abuso de autoridade, lesões corporais e estupro contra opositores</p><p>políticos, considerando, sobretudo, os compromissos internacio-</p><p>nais assumidos pelo Brasil e a insuscetibilidade de graça ou anistia</p><p>do crime de tortura.</p><p>Em abril de 2009, o Ministério da Defesa, no contexto da deci-</p><p>são transitada em julgado da referida ação judicial de 1982, criou</p><p>Grupo de Trabalho para realizar buscas de restos mortais na região</p><p>do Araguaia, sendo que, por ordem expressa do Presidente da Re-</p><p>pública, foi instituído Comitê Interinstitucional de Supervisão, com</p><p>representação dos familiares de mortos e desaparecidos políticos,</p><p>para o acompanhamento e orientação dos trabalhos. Após três me-</p><p>ses de buscas intensas, sem que tenham sido encontrados restos</p><p>mortais, os trabalhos foram temporariamente suspensos devido às</p><p>chuvas na região, prevendo-se sua retomada ao final do primeiro</p><p>trimestre de 2010.</p><p>Em maio de 2009, o Presidente da República coordenou o ato</p><p>de lançamento do projeto Memórias Reveladas, sob responsabili-</p><p>dade da Casa Civil, que interliga digitalmente o acervo recolhido ao</p><p>Arquivo Nacional após dezembro de 2005, com vários outros arqui-</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>61</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>vos federais sobre a repressão política e com arquivos estaduais de</p><p>quinze unidades da federação, superando cinco milhões de páginas</p><p>de documentos (www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br).</p><p>Cabe, agora, completar esse processo mediante recolhimento</p><p>ao Arquivo Nacional de todo e qualquer documento indevidamente</p><p>retido ou ocultado, nos termos da Portaria Interministerial assinada</p><p>na mesma data daquele lançamento. Cabe também sensibilizar o</p><p>Legislativo pela aprovação do Projeto de Lei no 5.228/2009, assina-</p><p>do pelo Presidente da República, que introduz avanços democrati-</p><p>zantes nas normas reguladoras do direito de acesso à informação.</p><p>Iimportância superior nesse resgate da história nacional está</p><p>no imperativo de localizar os restos mortais de pelo menos cento</p><p>e quarenta brasileiros e brasileiras que foram mortos</p><p>pelo apare-</p><p>lho de repressão do regime ditatorial. A partir de junho de 2009,</p><p>a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República</p><p>planejou, concebeu e veiculou abrangente campanha publicitária</p><p>de televisão, internet, rádio, jornais e revistas de todo o Brasil bus-</p><p>cando sensibilizar os cidadãos sobre essa questão. As mensagens</p><p>solicitavam que informações sobre a localização de restos mortais</p><p>ou sobre qualquer documento e arquivos envolvendo assuntos da</p><p>repressão política entre 1964 e 1985 sejam encaminhados ao Me-</p><p>mórias Reveladas. Seu propósito é assegurar às famílias o exercício</p><p>do direito sagrado de prantear seus entes queridos e promover os</p><p>ritos funerais, sem os quais desaparece a certeza da morte e se per-</p><p>petua angústia que equivale a nova forma de tortura.</p><p>As violações sistemáticas dos Direitos Humanos pelo Estado</p><p>durante o regime ditatorial são desconhecidas pela maioria da po-</p><p>pulação, em especial pelos jovens. A radiografia dos atingidos pela</p><p>repressão política ainda está longe de ser concluída, mas calcula-se</p><p>que pelo menos cinquenta mil pessoas foram presas somente nos</p><p>primeiros meses de 1964; cerca de vinte mil brasileiros foram sub-</p><p>metidos a torturas e cerca de quatrocentos cidadãos foram mortos</p><p>ou estão desaparecidos. Ocorreram milhares de prisões políticas</p><p>não registradas, cento e trinta banimentos, quatro mil, oitocentos e</p><p>sessenta e duas cassações de mandatos políticos, uma cifra incalcu-</p><p>lável de exílios e refugiados políticos.</p><p>As ações programáticas deste eixo orientador têm como fina-</p><p>lidade assegurar o processamento democrático e republicano de</p><p>todo esse período da história brasileira, para que se viabilize o dese-</p><p>jável sentimento de reconciliação nacional. E para se construir con-</p><p>senso amplo no sentido de que as violações sistemáticas de Direitos</p><p>Humanos registradas entre 1964 e 1985, bem como no período do</p><p>Estado Novo, não voltem a ocorrer em nosso País, nunca mais.</p><p>Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade como</p><p>Direito Humano da cidadania e dever do Estado.</p><p>Objetivo Estratégico I:</p><p>Promover a apuração e o esclarecimento público das viola-</p><p>ções de Direitos Humanos praticadas no contexto da repressão</p><p>política ocorrida no Brasil no período fixado pelo art. 8o do ADCT</p><p>da Constituição, a fim de efetivar o direito à memória e à verdade</p><p>histórica e promover a reconciliação nacional.</p><p>Ação Programática:</p><p>a)Designar grupo de trabalho composto por representantes da</p><p>Casa Civil, do Ministério da Justiça, do Ministério da Defesa e da Se-</p><p>cretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República,</p><p>para elaborar, até abril de 2010, projeto de lei que institua Comis-</p><p>são Nacional da Verdade, composta de forma plural e suprapartidá-</p><p>ria, com mandato e prazo definidos, para examinar as violações de</p><p>Direitos Humanos praticadas no contexto da repressão política no</p><p>período mencionado, observado o seguinte:</p><p>• O grupo de trabalho será formado por representantes da</p><p>Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá, do Minis-</p><p>tério da Justiça, do Ministério da Defesa, da Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República, do presidente da</p><p>Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, criada</p><p>pela Lei no 9.140/95 e de representante da sociedade civil, indicado</p><p>por esta Comissão Especial;</p><p>• Com o objetivo de promover o maior intercâmbio de informa-</p><p>ções e a proteção mais eficiente dos Direitos Humanos, a Comissão</p><p>Nacional da Verdade estabelecerá coordenação com as atividades</p><p>desenvolvidas pelos seguintes órgãos:</p><p>• Arquivo Nacional, vinculado à Casa Civil da Presidência da</p><p>República;</p><p>• Comissão de Anistia, vinculada ao Ministério da Justiça;</p><p>• Comissão Especial criada pela Lei no 9.140/95, vinculada à</p><p>Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Repú-</p><p>blica;</p><p>• Comitê Interinstitucional de Supervisão instituído pelo Decre-</p><p>to Presidencial de 17 de julho de 2009;</p><p>• Grupo de Trabalho instituído pela Portaria no 567/MD, de 29</p><p>de abril de 2009, do Ministro de Estado da Defesa;</p><p>• No exercício de suas atribuições, a Comissão Nacional da Ver-</p><p>dade poderá realizar as seguintes atividades:</p><p>• requisitar documentos públicos, com a colaboração das res-</p><p>pectivas autoridades, bem como requerer ao Judiciário o acesso a</p><p>documentos privados;</p><p>• colaborar com todas as instâncias do Poder Público para a</p><p>apuração de violações de Direitos Humanos, observadas as disposi-</p><p>ções da Lei no 6.683, de 28 de agosto de 1979;</p><p>• promover, com base em seus informes, a reconstrução da</p><p>história dos casos de violação de Direitos Humanos, bem como a</p><p>assistência às vítimas de tais violações;</p><p>• promover, com base no acesso às informações, os meios e</p><p>recursos necessários para a localização e identificação de corpos e</p><p>restos mortais de desaparecidos políticos;</p><p>• identificar e tornar públicas as estruturas utilizadas para a</p><p>prática de violações de Direitos Humanos, suas ramificações nos</p><p>diversos aparelhos do Estado e em outras instâncias da sociedade;</p><p>• registrar e divulgar seus procedimentos oficiais, a fim de ga-</p><p>rantir o esclarecimento circunstanciado de torturas, mortes e de-</p><p>saparecimentos, devendo-se discriminá-los e encaminhá-los aos</p><p>órgãos competentes;</p><p>• apresentar recomendações para promover a efetiva reconci-</p><p>liação nacional e prevenir no sentido da não repetição de violações</p><p>de Direitos Humanos.</p><p>• A Comissão Nacional da Verdade deverá apresentar, anual-</p><p>mente, relatório circunstanciado que exponha as atividades realiza-</p><p>das e as respectivas conclusões, com base em informações colhidas</p><p>ou recebidas em decorrência do exercício de suas atribuições.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>6262</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção</p><p>pública da verdade.</p><p>Objetivo Estratégico I:</p><p>Incentivar iniciativas de preservação da memória histórica e</p><p>de construção pública da verdade sobre períodos autoritários.</p><p>Ações programáticas:</p><p>a)Disponibilizar linhas de financiamento para a criação de cen-</p><p>tros de memória sobre a repressão política, em todos os Estados,</p><p>com projetos de valorização da história cultural e de socialização do</p><p>conhecimento por diversos meios de difusão.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério da Cul-</p><p>tura; Ministério da Educação</p><p>b)Criar comissão específica, em conjunto com departamen-</p><p>tos de História e centros de pesquisa, para reconstituir a história</p><p>da repressão ilegal relacionada ao Estado Novo (1937-1945). Essa</p><p>comissão deverá publicar relatório contendo os documentos que</p><p>fundamentaram essa repressão, a descrição do funcionamento da</p><p>justiça de exceção, os responsáveis diretos no governo ditatorial,</p><p>registros das violações, bem como dos autores e das vítimas.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Justiça; Ministério da Cultura</p><p>c) Identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as insti-</p><p>tuições e as circunstâncias relacionados à prática de violações de di-</p><p>reitos humanos, suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos</p><p>estatais e na sociedade, bem como promover, com base no acesso</p><p>às informações, os meios e recursos necessários para a localização e</p><p>identificação de corpos e restos mortais de desaparecidos políticos.</p><p>(Redação dada pelo Decreto nº 7.177, de 2010)</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Casa Civil da Presidência da República;</p><p>Ministério da Justiça; Secretaria de Relações Institucionais da Presi-</p><p>dência da República</p><p>d)Criar e manter museus, memoriais e centros de documenta-</p><p>ção sobre a resistência à ditadura.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça; Ministério da Cultu-</p><p>ra; Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República</p><p>e)Apoiar técnica e financeiramente a criação de</p><p>observatórios</p><p>do Direito à Memória e à Verdade nas universidades e em organiza-</p><p>ções da sociedade civil.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação</p><p>f) Desenvolver programas e ações educativas, inclusive a pro-</p><p>dução de material didático-pedagógico para ser utilizado pelos</p><p>sistemas de educação básica e superior sobre graves violações de</p><p>direitos humanos ocorridas no período fixado no art. 8º do Ato das</p><p>Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988.</p><p>(Redação dada pelo Decreto nº 7.177, de 2010)</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Educação; Ministério da</p><p>Justiça; Ministério da Cultura; Ministério de Ciência e Tecnologia</p><p>Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com pro-</p><p>moção do direito à memória e à verdade, fortalecendo a demo-</p><p>cracia.</p><p>Objetivo Estratégico I:</p><p>Suprimir do ordenamento jurídico brasileiro eventuais nor-</p><p>mas remanescentes de períodos de exceção que afrontem os</p><p>compromissos internacionais e os preceitos constitucionais sobre</p><p>Direitos Humanos.</p><p>Ações Programáticas:</p><p>a)Criar grupo de trabalho para acompanhar, discutir e articular,</p><p>com o Congresso Nacional, iniciativas de legislação propondo:</p><p>• revogação de leis remanescentes do período 1964-1985 que</p><p>sejam contrárias à garantia dos Direitos Humanos ou tenham dado</p><p>sustentação a graves violações;</p><p>• revisão de propostas legislativas envolvendo retrocessos na</p><p>garantia dos Direitos Humanos em geral e no direito à memória e</p><p>à verdade.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça; Secretaria de Rela-</p><p>ções Institucionais da Presidência da República</p><p>b)Propor e articular o reconhecimento do status constitucional</p><p>de instrumentos internacionais de Direitos Humanos novos ou já</p><p>existentes ainda não ratificados.</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça; Secretaria de Re-</p><p>lações Institucionais da Presidência da República; Ministério das</p><p>Relações Exteriores</p><p>c) Fomentar debates e divulgar informações no sentido de que</p><p>logradouros, atos e próprios nacionais ou prédios públicos não re-</p><p>cebam nomes de pessoas identificadas reconhecidamente como</p><p>torturadores. (Redação dada pelo Decreto nº 7.177, de 2010)</p><p>Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República; Casa Civil da Presi-</p><p>dência da República; Secretaria de Relações Institucionais da Presi-</p><p>dência da República</p><p>d) Acompanhar e monitorar a tramitação judicial dos processos</p><p>de responsabilização civil sobre casos que envolvam graves viola-</p><p>ções de direitos humanos praticadas no período fixado no art. 8º do</p><p>Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de</p><p>1988. (Redação dada pelo Decreto nº 7.177, de 2010)</p><p>Responsáveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da</p><p>Presidência da República; Ministério da Justiça</p><p>COMBATE ÀS DISCRIMINAÇÕES, DESIGUALDADES E INJUS-</p><p>TIÇAS: DE RENDA, REGIONAL, RACIAL, ETÁRIA E DE GÊNE-</p><p>RO</p><p>O combate às discriminações, desigualdades e injustiças de</p><p>renda, regionais, raciais, etárias e de gênero é um desafio global</p><p>que requer uma abordagem multifacetada e comprometimento</p><p>contínuo de todos os setores da sociedade. Esta luta não é apenas</p><p>uma questão de justiça social, mas também um imperativo para o</p><p>desenvolvimento sustentável e a coesão social.</p><p>Discriminação e Desigualdade de Renda</p><p>A disparidade de renda é uma das formas mais visíveis e persis-</p><p>tentes de desigualdade. Ela se manifesta através da concentração</p><p>de riqueza nas mãos de poucos, enquanto uma grande parcela da</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>63</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>população luta para atender às necessidades básicas. Esse fenôme-</p><p>no tem raízes profundas em sistemas econômicos que favorecem</p><p>os já privilegiados, perpetuando ciclos de pobreza e privação. Para</p><p>combatê-lo, é essencial implementar políticas econômicas inclusi-</p><p>vas, promover a educação financeira, garantir salários justos e in-</p><p>centivar modelos de negócios que distribuam mais equitativamente</p><p>os lucros.</p><p>Desigualdades Regionais</p><p>As desigualdades regionais refletem disparidades no desenvol-</p><p>vimento, acesso a serviços e oportunidades entre diferentes áreas</p><p>geográficas. Áreas rurais, por exemplo, frequentemente enfrentam</p><p>falta de acesso a serviços de saúde, educação e infraestrutura bá-</p><p>sica, comparadas às regiões urbanas. Uma abordagem eficaz para</p><p>reduzir essas desigualdades inclui investimentos direcionados em</p><p>infraestrutura, políticas de descentralização de serviços e incentivos</p><p>para negócios que promovam o desenvolvimento local.</p><p>Discriminação Racial</p><p>A discriminação racial é um legado histórico que continua a</p><p>afetar milhões de pessoas ao redor do mundo. Ela se manifesta em</p><p>diferentes formas, incluindo preconceitos implícitos, racismo ins-</p><p>titucional e violência. O combate a essa discriminação exige uma</p><p>mudança cultural profunda, que pode ser alcançada através da edu-</p><p>cação, legislação anti-discriminatória e políticas de ação afirmativa.</p><p>Além disso, é crucial reconhecer e valorizar a diversidade cultural,</p><p>promovendo uma sociedade mais inclusiva e empática.</p><p>Desigualdades Etárias</p><p>Desigualdades etárias se referem às diferentes formas como</p><p>jovens e idosos são tratados e percebidos na sociedade. Enquanto</p><p>os jovens podem enfrentar estereótipos e falta de oportunidades,</p><p>os idosos muitas vezes lidam com isolamento, discriminação e fal-</p><p>ta de acesso a cuidados adequados. Para enfrentar estas questões,</p><p>políticas de inclusão etária, programas de mentoria intergeracionais</p><p>e a garantia de direitos e serviços adequados para todas as faixas</p><p>etárias são fundamentais.</p><p>Discriminação de Gênero</p><p>A discriminação de gênero é uma das formas mais profunda-</p><p>mente enraizadas de desigualdade, afetando pessoas de todos os</p><p>gêneros em diversos aspectos da vida. Ela se manifesta através de</p><p>diferenças salariais, sub-representação em posições de liderança,</p><p>estereótipos de gênero e, em casos mais extremos, violência de gê-</p><p>nero. O combate a essa forma de discriminação requer uma abor-</p><p>dagem holística que inclua a promoção da igualdade de gênero em</p><p>todos os níveis da educação, políticas de equidade salarial, legis-</p><p>lação rigorosa contra a violência de gênero e a criação de espaços</p><p>seguros e inclusivos para todas as identidades de gênero.</p><p>Uma estratégia fundamental nessa luta é a educação. A educa-</p><p>ção desempenha um papel crucial na mudança de atitudes e pre-</p><p>conceitos de longa data. Ensinar desde cedo sobre igualdade de gê-</p><p>nero, respeito pelas diferenças e a importância da diversidade pode</p><p>moldar uma geração mais justa e igualitária. Além disso, a inclusão</p><p>de mulheres e indivíduos de gêneros não-binários em posições de</p><p>tomada de decisão garante que diversas perspectivas sejam consi-</p><p>deradas nas políticas e práticas institucionais.</p><p>Outro aspecto importante é a legislação. Leis que protegem</p><p>contra a discriminação de gênero, assédio e violência são essenciais.</p><p>No entanto, estas leis precisam ser adequadamente implementa-</p><p>das e reforçadas. A criação de mecanismos de denúncia acessíveis</p><p>e processos judiciais justos e sensíveis ao gênero são fundamentais</p><p>para garantir que essas leis não sejam apenas simbólicas, mas efe-</p><p>tivamente protejam os indivíduos contra a discriminação e a vio-</p><p>lência.</p><p>Além disso, é vital promover a equidade econômica entre os</p><p>gêneros. Isso inclui abordar a diferença salarial de gênero e criar</p><p>oportunidades iguais de emprego e progressão na carreira para to-</p><p>dos, independentemente do gênero. Políticas de licença parental</p><p>igualitária e o fornecimento de serviços de cuidados infantis aces-</p><p>síveis também são cruciais para permitir que homens e mulheres</p><p>compartilhem responsabilidades familiares de maneira igualitária.</p><p>Por fim, a participação e o engajamento da comunidade são</p><p>essenciais para impulsionar</p><p>a mudança. O apoio a organizações e</p><p>movimentos que lutam pela igualdade de gênero, a participação em</p><p>campanhas de conscientização e a promoção de diálogos abertos</p><p>sobre questões de gênero podem criar um impacto significativo.</p><p>Além disso, é importante que cada indivíduo reflita sobre suas pró-</p><p>prias atitudes e comportamentos e se esforce para ser um aliado</p><p>ativo na luta contra a discriminação de gênero.</p><p>O combate às discriminações e desigualdades de renda, regio-</p><p>nais, raciais, etárias e de gênero é um esforço contínuo que requer</p><p>uma abordagem holística. Políticas inclusivas, educação, legislação</p><p>apropriada, e a participação ativa da sociedade são fundamentais</p><p>para alcançar uma sociedade mais justa e igualitária. Cada passo</p><p>dado nesta direção não apenas melhora a vida dos indivíduos afeta-</p><p>dos, mas também fortalece o tecido social como um todo, criando</p><p>um mundo onde todos têm a oportunidade de prosperar e contri-</p><p>buir plenamente.</p><p>DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, MEIO AMBIENTE E</p><p>MUDANÇA CLIMÁTICA</p><p>O desenvolvimento sustentável, o meio ambiente e a mudança</p><p>climática estão intrinsecamente ligados em um desafio global que</p><p>exige atenção imediata e ação coordenada. O desenvolvimento sus-</p><p>tentável busca atender às necessidades das gerações atuais sem</p><p>comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas</p><p>próprias necessidades. Isso implica equilibrar o crescimento econô-</p><p>mico com a conservação ambiental e a justiça social.</p><p>Desenvolvimento Sustentável</p><p>O desenvolvimento sustentável aborda a interconexão entre</p><p>três pilares fundamentais: econômico, social e ambiental. No con-</p><p>texto econômico, significa adotar práticas que promovam a prospe-</p><p>ridade sem esgotar recursos finitos. Socialmente, envolve garantir</p><p>que todos tenham acesso a oportunidades, serviços e qualidade de</p><p>vida adequados. E ambientalmente, implica a preservação e a res-</p><p>tauração dos ecossistemas naturais que sustentam a vida na Terra.</p><p>Isso requer uma transição para uma economia mais verde,</p><p>onde a eficiência no uso de recursos, a produção de energia limpa e</p><p>a redução das emissões de carbono sejam prioridades. Além disso,</p><p>o desenvolvimento sustentável exige a promoção da justiça social,</p><p>garantindo que os benefícios sejam distribuídos de forma equitati-</p><p>va, incluindo a erradicação da pobreza e a redução das desigualda-</p><p>des.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>6464</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Meio Ambiente</p><p>O meio ambiente é o nosso lar comum, e sua saúde é crucial</p><p>para a sobrevivência de todas as formas de vida. A degradação am-</p><p>biental, a perda de biodiversidade, a poluição e o esgotamento de</p><p>recursos naturais representam ameaças significativas. Para preser-</p><p>var o meio ambiente, é necessário adotar práticas sustentáveis em</p><p>todos os setores, desde a agricultura até a indústria, e promover</p><p>a conservação de ecossistemas críticos, como florestas, oceanos e</p><p>rios.</p><p>Além disso, a gestão responsável dos resíduos e a redução do</p><p>uso de plásticos descartáveis são medidas importantes para com-</p><p>bater a poluição e proteger os ecossistemas aquáticos e terrestres.</p><p>Mudança Climática</p><p>A mudança climática é um dos maiores desafios enfrentados</p><p>pela humanidade. A emissão excessiva de gases de efeito estufa,</p><p>principalmente provenientes da queima de combustíveis fósseis,</p><p>tem causado o aumento da temperatura global, resultando em</p><p>eventos climáticos extremos, derretimento de geleiras e elevação</p><p>do nível do mar. Para enfrentar a mudança climática, é imperativo</p><p>reduzir as emissões de carbono e adaptar-se aos impactos já em</p><p>curso.</p><p>A transição para fontes de energia limpa, como a solar e a eóli-</p><p>ca, é fundamental para reduzir as emissões de carbono. Além disso,</p><p>a conservação de florestas e a restauração de ecossistemas desem-</p><p>penham um papel vital na absorção de carbono atmosférico.</p><p>O desenvolvimento sustentável, a preservação do meio am-</p><p>biente e o combate à mudança climática são desafios complexos</p><p>que exigem ação global e compromisso de todos os setores da so-</p><p>ciedade. Essa é uma responsabilidade compartilhada para garan-</p><p>tir um futuro sustentável e saudável para as gerações presentes e</p><p>futuras. É necessário que governos, empresas e indivíduos atuem</p><p>de forma coletiva e imediatamente para enfrentar esses desafios</p><p>cruciais.</p><p>QUESTÕES</p><p>1. Qual foi um dos principais impactos da Constituição Federal</p><p>de 1988 no sistema político brasileiro?</p><p>(A) Aumento da centralização do poder no governo federal.</p><p>(B) Estabelecimento de um sistema de governo democrático e</p><p>reforço das instituições democráticas.</p><p>(C) Redução da participação cidadã na política.</p><p>(D) Limitação das funções do Poder Judiciário.</p><p>2. Como a Constituição Federal de 1988 abordou a questão da</p><p>participação cidadã na democracia brasileira?</p><p>(A) Restringindo o direito ao voto apenas a determinadas clas-</p><p>ses sociais.</p><p>(B) Enfatizando apenas a participação em eleições periódicas.</p><p>(C) Promovendo a participação direta em plebiscitos e referen-</p><p>dos e o engajamento em audiências públicas.</p><p>(D) Proibindo a formação de organizações civis e grupos de in-</p><p>teresse.</p><p>3. Qual é o objetivo principal da divisão de poderes em um Es-</p><p>tado democrático, conforme proposto por Montesquieu e adotado</p><p>na Constituição Federal do Brasil?</p><p>(A) Centralizar o poder legislativo para eficiência na criação de</p><p>leis.</p><p>(B) Prevenir a concentração de poder nas mãos de uma única</p><p>entidade ou grupo, evitando a tirania.</p><p>(C) Facilitar a administração governamental delegando funções</p><p>específicas.</p><p>(D) Estabelecer o predomínio do Poder Judiciário sobre os de-</p><p>mais poderes.</p><p>4. No contexto do sistema de freios e contrapesos na divisão</p><p>de poderes, qual das seguintes afirmações descreve corretamente</p><p>uma das funções do Poder Judiciário no Brasil?</p><p>(A) O Poder Judiciário pode vetar leis aprovadas pelo Poder Le-</p><p>gislativo.</p><p>(B) O Poder Judiciário tem a capacidade de declarar a inconsti-</p><p>tucionalidade de leis ou atos do Executivo.</p><p>(C) O Poder Judiciário é responsável por promulgar e executar</p><p>as leis.</p><p>(D) O Poder Judiciário pode propor emendas à Constituição Fe-</p><p>deral.</p><p>5. Qual é um dos principais desafios enfrentados pelo sistema</p><p>presidencialista brasileiro?</p><p>(A) Dificuldades em formar coalizões governamentais devido à</p><p>fragmentação do Congresso.</p><p>(B) Centralização excessiva do poder legislativo.</p><p>(C) Eliminação da separação entre os poderes Executivo e Le-</p><p>gislativo.</p><p>(D) Independência total do Poder Judiciário em relação às de-</p><p>cisões presidenciais.</p><p>6. No sistema presidencialista brasileiro, como é caracterizada</p><p>a relação entre o presidente e o Congresso Nacional?</p><p>(A) O Congresso Nacional tem o poder de nomear o Presidente.</p><p>(B) O Presidente pode dissolver o Congresso Nacional a qual-</p><p>quer momento.</p><p>(C) O Presidente necessita negociar com o Congresso para for-</p><p>mar coalizões e garantir apoio legislativo.</p><p>(D) O Congresso Nacional atua de forma totalmente indepen-</p><p>dente, sem interação com o Presidente.</p><p>7. Qual é o papel da memória no contexto da efetivação dos</p><p>direitos humanos em sociedades pós-autoritárias?</p><p>(A) Promover o esquecimento coletivo das violações para ace-</p><p>lerar a reconciliação nacional.</p><p>(B) Conscientizar a sociedade sobre os perigos do autoritarismo</p><p>e prevenir a repetição de abusos.</p><p>(C) Justificar as ações tomadas pelos regimes autoritários.</p><p>(D) Focar exclusivamente no futuro, ignorando as injustiças do</p><p>passado.</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>65</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>8. No processo de reparação de direitos humanos após um regi-</p><p>me autoritário, qual das seguintes medidas é geralmente adotada?</p><p>(A) Indenização financeira e exoneração dos perpetradores de</p><p>violações de direitos humanos.</p><p>(B) Responsabilização dos perpetradores e compensação para</p><p>as vítimas.</p><p>(C) Promoção exclusiva de compensações financeiras, sem in-</p><p>vestigação das violações.</p><p>(D) Anistia geral para todos os envolvidos em abusos, sem qual-</p><p>quer forma de compensação às vítimas.</p><p>9. Qual é um dos principais desafios no processo de lidar com o</p><p>legado da violência</p><p>de Estado em regimes autoritários?</p><p>(A) Reconstruir a confiança nas instituições e lidar com o trau-</p><p>ma coletivo e divisões sociais.</p><p>(B) Eliminar completamente todas as formas de governo auto-</p><p>ritário futuras.</p><p>(C) Estabelecer um novo regime autoritário que seja mais be-</p><p>nevolente.</p><p>(D) Ignorar completamente o passado para evitar conflitos na</p><p>sociedade.</p><p>10. Qual das seguintes é uma abordagem eficaz para combater</p><p>as desigualdades regionais, conforme mencionado no texto?</p><p>(A) Redução do investimento em infraestrutura em áreas ur-</p><p>banas.</p><p>(B) Incentivos para negócios que promovam o desenvolvimen-</p><p>to local.</p><p>(C) Centralização de serviços públicos em grandes cidades.</p><p>(D) Ignorar as disparidades de desenvolvimento entre áreas ru-</p><p>rais e urbanas.</p><p>11. De acordo com o texto, qual é um dos principais meios para</p><p>combater a discriminação racial?</p><p>(A) Aumento de barreiras comerciais entre países.</p><p>(B) Redução de investimentos em educação multicultural.</p><p>(C) Implementação de legislação anti-discriminatória e políticas</p><p>de ação afirmativa.</p><p>(D) Promoção de políticas de isolamento cultural.</p><p>12. No contexto da luta contra a discriminação de gênero, qual</p><p>a importância da educação, conforme discutido no texto?</p><p>(A) A educação é irrelevante para a questão da igualdade de</p><p>gênero.</p><p>(B) Educação sobre igualdade de gênero desde cedo pode mol-</p><p>dar uma geração mais justa e igualitária.</p><p>(C) Educação formal deve ser evitada para promover a igualda-</p><p>de de gênero.</p><p>(D) Educação em igualdade de gênero deve ser restrita ao en-</p><p>sino superior.</p><p>13. O que significa o conceito de desenvolvimento sustentável</p><p>e quais são seus três pilares fundamentais?</p><p>(A) Desenvolvimento sustentável refere-se apenas à preserva-</p><p>ção ambiental.</p><p>(B) Desenvolvimento sustentável é um termo usado exclusiva-</p><p>mente no contexto econômico.</p><p>(C) Desenvolvimento sustentável busca equilibrar os pilares</p><p>econômico, social e ambiental.</p><p>(D) Desenvolvimento sustentável concentra-se apenas na erra-</p><p>dicação da pobreza.</p><p>14. Por que a gestão responsável de resíduos e a redução do</p><p>uso de plásticos descartáveis são medidas importantes para prote-</p><p>ger o meio ambiente?</p><p>(A) Para promover a conveniência no descarte de resíduos.</p><p>(B) Para combater a poluição e proteger ecossistemas aquáti-</p><p>cos e terrestres.</p><p>(C) Para aumentar a produção de plásticos descartáveis.</p><p>(D) Para aumentar a demanda por recursos naturais.</p><p>15. O que causa a mudança climática e quais são algumas das</p><p>medidas mencionadas no texto para enfrentá-la?</p><p>(A) A mudança climática é causada pelo aumento da produção</p><p>agrícola, e a principal medida é a urbanização.</p><p>(B) A mudança climática é causada pela expansão da indústria</p><p>de alimentos, e a principal medida é o desmatamento.</p><p>(C) A mudança climática é causada pela emissão excessiva de</p><p>gases de efeito estufa, e medidas incluem a transição para fon-</p><p>tes de energia limpa e a conservação de florestas.</p><p>(D) A mudança climática é causada pela pesca excessiva, e me-</p><p>didas incluem a redução do consumo de frutos do mar.</p><p>GABARITO</p><p>1 B</p><p>2 C</p><p>3 B</p><p>4 B</p><p>5 A</p><p>6 C</p><p>7 B</p><p>8 B</p><p>9 A</p><p>10 B</p><p>11 C</p><p>12 B</p><p>13 C</p><p>14 B</p><p>15 C</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>___________________________________________</p><p>___________________________________________</p><p>___________________________________________</p><p>___________________________________________</p><p>___________________________________________</p><p>___________________________________________</p><p>DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA</p><p>6666</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>67</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>ÉTICA E INTEGRIDADE</p><p>PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS DO SERVIÇO PÚBLICO,</p><p>SEUS DIREITOS E DEVERES À LUZ DO ARTIGO 37 DA CONS-</p><p>TITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, E DO CÓDIGO DE ÉTICA PRO-</p><p>FISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXE-</p><p>CUTIVO FEDERAL (DECRETO Nº 1.171/1994)</p><p>O serviço público desempenha um papel crucial na sociedade,</p><p>proporcionando serviços essenciais, aplicando a lei e promovendo</p><p>o bem-estar geral. Para garantir que o serviço público seja eficiente,</p><p>transparente e justo,</p><p>a Constituição Federal de 1988, no Artigo 37,</p><p>estabelece princípios e valores éticos que devem orientar a atuação</p><p>dos agentes públicos. Este texto explorará os princípios, valores, di-</p><p>reitos e deveres no contexto do serviço público brasileiro, conforme</p><p>estabelecido pelo Artigo 37 da Constituição.</p><p>Princípios do Serviço Público</p><p>O Artigo 37 da Constituição Federal de 1988 estabelece diver-</p><p>sos princípios fundamentais que devem nortear a atuação dos ser-</p><p>vidores públicos. Alguns desses princípios incluem:</p><p>• Legalidade: Os agentes públicos devem atuar de acordo com</p><p>a lei, respeitando os limites e competências definidos por ela.</p><p>• Impessoalidade: A atuação do servidor público deve ser neu-</p><p>tra, sem discriminação ou favorecimento pessoal.</p><p>• Moralidade: A administração pública deve pautar-se pela éti-</p><p>ca e probidade, buscando o bem comum.</p><p>• Publicidade: Os atos da administração pública devem ser</p><p>transparentes, de forma a permitir o controle social.</p><p>• Eficiência: O serviço público deve ser prestado com qualidade</p><p>e de forma eficiente, visando ao melhor atendimento das necessi-</p><p>dades da sociedade.</p><p>Valores Éticos no Serviço Público</p><p>Além dos princípios, o serviço público também é regido por va-</p><p>lores éticos fundamentais. Entre esses valores estão:</p><p>• Integridade: A honestidade e a retidão moral são valores es-</p><p>senciais para a atuação no serviço público.</p><p>• Respeito: O respeito pelos direitos e dignidade das pessoas é</p><p>fundamental para a construção de uma sociedade justa.</p><p>• Responsabilidade: A responsabilidade na gestão dos recur-</p><p>sos públicos e no cumprimento das atribuições é crucial.</p><p>• Accountability: A prestação de contas é um valor que assegu-</p><p>ra a transparência e a responsabilização dos agentes públicos.</p><p>Direitos e Deveres dos Servidores Públicos</p><p>Os servidores públicos têm direitos garantidos pela Constitui-</p><p>ção, como a estabilidade no emprego, remuneração digna e acesso</p><p>à capacitação. No entanto, esses direitos estão intrinsecamente li-</p><p>gados a deveres, como o cumprimento das obrigações funcionais, a</p><p>atuação de acordo com os princípios éticos e a observância das leis</p><p>e regulamentos.</p><p>A Constituição Federal também estabelece que o servidor pú-</p><p>blico deve dedicar-se integralmente ao serviço, não se envolver em</p><p>atividades político-partidárias e atuar com zelo e probidade.</p><p>Os princípios e valores éticos do serviço público, conforme deli-</p><p>neados pelo Artigo 37 da Constituição Federal de 1988, constituem</p><p>a base para a construção de uma administração pública transpa-</p><p>rente, eficiente e responsável. O cumprimento desses princípios e</p><p>valores é essencial para garantir que o serviço público atenda aos</p><p>interesses da sociedade, promovendo o bem-estar e o desenvolvi-</p><p>mento do país. É responsabilidade de todos os agentes públicos, em</p><p>todas as esferas de governo, agir de acordo com esses princípios e</p><p>valores, contribuindo para uma gestão pública ética e eficaz.</p><p>Direitos e Deveres dos Servidores Públicos1</p><p>Os direitos do servidor público estão consagrados, em grande</p><p>parte, na Constituição Federal (arts. 37 a 41); não há impedimento,</p><p>contudo, para que outros direitos sejam outorgados pelas Consti-</p><p>tuições Estaduais ou mesmo nas leis ordinárias dos Estados e Mu-</p><p>nicípios.</p><p>Os direitos e deveres do servidor público estatutário constam</p><p>do Estatuto do Servidor que cada unidade da Federação tem com-</p><p>petência para estabelecer, ou da CLT, se o regime celetista for o es-</p><p>colhido para reger as relações de emprego. Em qualquer hipótese,</p><p>deverão ser observadas as normas da Constituição Federal.</p><p>Os estatutos promulgados antes da atual Constituição consig-</p><p>nam os direitos e deveres do funcionário. A Lei nº 8.112/90, tam-</p><p>bém estabelece em seus artigos os direitos e deveres dos servido-</p><p>res públicos.</p><p>Dentre os direitos, incluem-se os concernentes a férias, licen-</p><p>ças, vencimento ou remuneração e demais vantagens pecuniárias,</p><p>assistência, direito de petição, disponibilidade e aposentadoria, al-</p><p>guns deles já analisados no item concernente às normas constitu-</p><p>cionais.</p><p>Com relação à retribuição pecuniária (direito ao estipêndio), já</p><p>foi visto que a Emenda Constitucional nº 19/98 introduziu, ao lado</p><p>do regime de remuneração ou vencimento, o sistema de subsídio.</p><p>Para estes, o estipêndio compõe-se de uma parcela única, vedado</p><p>acréscimo de vantagens outras de qualquer espécie. Para os servi-</p><p>dores em regime de remuneração, continuam a existir as vantagens</p><p>pecuniárias acrescidas ao padrão fixado em lei.</p><p>A legislação ordinária emprega, com sentidos precisos, os vo-</p><p>cábulos vencimento e remuneração, usados indiferentemente na</p><p>Constituição. Na lei federal, vencimento é a retribuição pecuniária</p><p>pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão fixado</p><p>em lei (art. 40 da Lei nº 8.112/90) e remuneração é o vencimento e</p><p>mais as vantagens pecuniárias atribuídas em lei (art. 41). Provento</p><p>1 [ Pietro, Maria Sylvia Zanella D. Direito Administrativo. (36th edição).</p><p>Grupo GEN, 2023.]</p><p>ÉTICA E INTEGRIDADE</p><p>6868</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>é a retribuição pecuniária a que faz jus o aposentado. E pensão é o</p><p>benefício pago aos dependentes do servidor falecido. O vencimen-</p><p>to, o subsídio e a remuneração (inclusive as vantagens pecuniárias</p><p>de qualquer espécie), os proventos e a pensão são definidos em lei</p><p>(arts. 37, X, 40, §3º, 61, §1º, a e d, da Constituição).</p><p>Com relação às vantagens pecuniárias, Hely Lopes Meirelles,</p><p>faz uma classificação que já se tornou clássica; para ele, “vantagens</p><p>pecuniárias são acréscimos ao vencimento do servidor, concedidas</p><p>a título definitivo ou transitório, pela decorrência do tempo de ser-</p><p>viço (ex facto temporis), ou pelo desempenho de funções especiais</p><p>(ex facto officii), ou em razão das condições anormais em que se</p><p>realiza o serviço (propter laborem), ou, finalmente, em razão de</p><p>condições pessoais do servidor (propter personam). As duas primei-</p><p>ras espécies constituem os adicionais (adicionais de vencimento e</p><p>adicionais de função), as duas últimas formam a categoria das grati-</p><p>ficações de serviço e gratificações pessoais”. A Lei nº 8.112/90, em</p><p>seu artigo 49, prevê as vantagens que podem ser pagas ao servidor,</p><p>incluindo, além dos adicionais e gratificações, também as indeniza-</p><p>ções, que compreendem a ajuda de custo, as diárias, o transporte e</p><p>o auxílio-moradia (definidos nos artigos subsequentes).</p><p>São exemplos de adicionais por tempo de serviço os acréscimos</p><p>devidos por quinquênio e a sexta parte dos vencimentos, previstos</p><p>na Constituição paulista (art. 129). Eles aderem ao vencimento e</p><p>incluem-se nos cálculos dos proventos de aposentadoria.</p><p>Os adicionais de função são pagos em decorrência da natureza</p><p>especial da função ou do regime especial de trabalho, como as van-</p><p>tagens de nível universitário e o adicional de dedicação exclusiva.</p><p>Em regra, também se incorporam aos vencimentos e aos proventos</p><p>desde que atendidas as condições legais.</p><p>A gratificação de serviço é retribuição paga em decorrência das</p><p>condições anormais em que o serviço é prestado. Como exemplo,</p><p>podem ser citadas as gratificações de representação, de insalubri-</p><p>dade, de risco de vida e saúde.</p><p>As gratificações pessoais correspondem a acréscimos devidos</p><p>em razão de situações individuais do servidor, como o salário-espo-</p><p>sa e o salário-família.</p><p>Embora a classificação citada seja útil, até para fins didáticos,</p><p>o critério distintivo – incorporação dos adicionais aos vencimentos</p><p>e não incorporação das gratificações – nem sempre é o que decor-</p><p>re da lei; esta é que define as condições em que cada vantagem</p><p>é devida e calculada e estabelece as hipóteses de incorporação.</p><p>É frequente a lei determinar que uma gratificação (por exemplo,</p><p>a de risco de vida e saúde) se incorpore aos vencimentos depois</p><p>de determinado período de tempo. É evidente, contudo, que, no</p><p>silêncio da lei, tem-se que entender que a gratificação de serviço</p><p>somente é devida enquanto perdurarem as condições especiais de</p><p>sua execução, não havendo infringência ao princípio constitucional</p><p>da irredutibilidade</p><p>de vencimento na retirada da vantagem quando</p><p>o servidor deixa de desempenhar a função que lhe conferiu o acrés-</p><p>cimo. As gratificações que não se incorporam não são incluídas nos</p><p>vencimentos para fins de cálculo dos proventos de aposentadoria e</p><p>de pensão dos dependentes.</p><p>O princípio da irredutibilidade de vencimentos diz respeito</p><p>ao padrão de cada cargo, emprego ou função e às vantagens pe-</p><p>cuniárias já incorporadas; não abrange as vantagens transitórias,</p><p>somente devidas em razão de trabalho que está sendo executado</p><p>em condições especiais; cessado este, suspende-se o pagamento</p><p>do acréscimo, correspondente ao cargo, emprego ou função.</p><p>Os vencimentos do servidor público (empregada a palavra em</p><p>sentido amplo, para abranger também as vantagens pecuniárias)</p><p>têm caráter alimentar e, por isso mesmo, não podem ser objeto</p><p>de penhora, arresto ou sequestro, consoante artigos 649, IV, 821 e</p><p>823 do CPC. Pelo artigo 833, IV, do novo CPC, são impenhoráveis os</p><p>vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações,</p><p>os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os mon-</p><p>tepios. Pela mesma razão, o artigo 100 da Constituição e o artigo 33</p><p>de suas disposições transitórias, ao excluírem os créditos de natu-</p><p>reza alimentar do processo especial de execução contra a Fazenda</p><p>Pública, sempre foram interpretados de modo a incluir, na ressalva,</p><p>os vencimentos devidos aos servidores públicos. Esse entendimen-</p><p>to foi adotado, no Estado de São Paulo, pelo Decreto nº 29.463,</p><p>de 19-12-88, e pelo artigo 57, §3º, de sua Constituição. Agora, a</p><p>matéria constitui objeto de preceito constitucional contido no ar-</p><p>tigo 100, §1º-A, da Constituição, com a redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 30/00; ficou expresso que “os débitos de natureza</p><p>alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, venci-</p><p>mentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios</p><p>previdenciários e indenizações por morte ou invalidez, fundadas na</p><p>responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julga-</p><p>do”.</p><p>Ainda com relação aos direitos dos funcionários, é importan-</p><p>te lembrar que muitos deles correspondem a benefícios previstos</p><p>para os integrantes da Previdência Social ou, mais amplamente, da</p><p>Seguridade Social (que abrange previdência, saúde e assistência).</p><p>Com efeito, em relação aos servidores, o Poder Público pode</p><p>determinar a sua inclusão na previdência social (ressalvados aque-</p><p>les direitos, como aposentadoria e disponibilidade, que constituem</p><p>encargos que a Constituição atribui ao Estado) ou assumi-los como</p><p>encargos próprios. A primeira opção normalmente é utilizada para</p><p>os servidores contratados pela legislação trabalhista e, a segunda,</p><p>para os estatutários.</p><p>Assim, examinando-se os Estatutos funcionais, normalmente,</p><p>encontram-se vantagens, como a licença para tratamento de saúde,</p><p>licença-gestante, licença ao funcionário acidentado ou acometido</p><p>de doença profissional e auxílio-funeral, entre outras. Na esfera fe-</p><p>deral, com a Lei nº 8.112/90, essas vantagens passaram a ter cará-</p><p>ter previdenciário (art. 185).</p><p>Em regra, os mesmos direitos dos trabalhadores da esfera pri-</p><p>vada se aplicam aos servidores públicos, como:</p><p>– Garantia de salário nunca inferior ao mínimo, incluindo aque-</p><p>les que recebem remuneração variável;</p><p>– Décimo terceiro salário;</p><p>– Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno;</p><p>– Remuneração das horas extras em no mínimo 50% a mais da</p><p>hora normal;</p><p>– Salário família para os dependentes;</p><p>– Jornada de trabalho não superior a 8 horas diária e 44 sema-</p><p>nais + repouso semanal remunerado;</p><p>– Férias anuais remunerada com, pelo menos, um terço a mais</p><p>do que o salário normal;</p><p>– Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,</p><p>com duração de 120 a 180 dias;</p><p>– Licença paternidade, nos termos fixados em lei;</p><p>– Proteção do mercado de trabalho da mulher;</p><p>– Redução de riscos inerentes ao trabalho;</p><p>– Proibição de diferença de salários, idade, cor ou estado civil.</p><p>ÉTICA E INTEGRIDADE</p><p>69</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>– No entanto, em todos esses direitos, é crucial verificar a lei</p><p>que se aplica a você, porque a lei é diferente para servidor federal,</p><p>estadual ou municipal.</p><p>Deveres dos Servidores Públicos</p><p>Os deveres dos servidores públicos vêm normalmente previs-</p><p>tos nas leis estatutárias, abrangendo, entre outros, os de assidui-</p><p>dade, pontualidade, discrição, urbanidade, obediência, lealdade. O</p><p>descumprimento dos deveres enseja punição disciplinar.</p><p>Os deveres a serem abordados são: dever de agir, dever de</p><p>eficiência, dever de probidade e dever de prestar contas.</p><p>O dever de agir se refere à obrigação do administrador públi-</p><p>co de se desincumbir no tempo próprio das atribuições inerentes a</p><p>cargo, função ou emprego público de que é titular. Tais atribuições</p><p>devem ser exercidas em sua plenitude e no momento legal. Sua</p><p>omissão sujeita o agente público a punições de ordens administra-</p><p>tiva e penal (concussão e prevaricação).</p><p>O dever de eficiência traz como mandamento ao agente pú-</p><p>blico o rendimento em seu serviço, que deve ser demonstrado de</p><p>maneira rápida e bem realizada. O serviço deve ser executado de</p><p>forma que atenda ao interesse coletivo, em tempo hábil, e sem dei-</p><p>xar de lado a qualidade.</p><p>O dever de probidade impõe ao agente público o desempenho</p><p>de suas atribuições de forma que indique atitudes retas, leais, jus-</p><p>tas e honestas, características próprias da integridade de caráter do</p><p>ser humano. O administrador deve buscar sempre o melhor para a</p><p>Administração Pública. É elemento essencial para legitimar os atos</p><p>do administrador público. O art. 37, §4o, da Constituição Federal</p><p>preceitua que os atos de improbidade administrativa importarão</p><p>suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, indispo-</p><p>nibilidade dos bens e ressarcimento ao erário na forma da lei.</p><p>O dever de prestar contas se refere à própria gestão de bens,</p><p>direitos e serviços alheios. Portanto, não foge ao administrador pú-</p><p>blico a responsabilidade de prestar contas de sua atuação na gestão</p><p>do patrimônio público, não se restringindo apenas aos atos de na-</p><p>tureza econômico-financeira, mas também aos planos de governo.</p><p>Os regimes jurídicos modernos impõem uma série de deveres</p><p>aos servidores públicos como requisitos para o bom desempenho</p><p>de seus encargos e regular funcionamento dos serviços públicos.</p><p>A Lei de Improbidade Administrativa, de natureza nacional, diz que</p><p>constituem ato de improbidade administrativa que atenta contra os</p><p>princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que</p><p>viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e leal-</p><p>dade às instituições. (Lei 8.429/92, art. 10 cap), as quais, para serem</p><p>punidas, pressupõem que o agente as pratique com a consciência</p><p>da ilicitude, isto é, dolosamente.</p><p>O dever de lealdade exige do servidor maior dedicação ao ser-</p><p>viço e o integral respeito às leis e as instituições.</p><p>O dever de obediência impõe ao servidor o acatamento às or-</p><p>dens legais de seus superiores e sua fiel execução.</p><p>Dever de conduta ética decorre do princípio constitucional da</p><p>moralidade administrativa e impõem ao servidor de jamais despre-</p><p>zar o elemento ético de sua conduta.</p><p>Dever de eficiência, conforme acima explanado, decorre do in-</p><p>ciso LXXVIII do art. 5º da CF, acrescentado pela EC 45/2004.</p><p>Outros deveres são comumente especificados nos estatutos,</p><p>procurando adequar a conduta do servidor. O servidor, por estar</p><p>submetido à hierarquia administrativa, deve atuar segundo os pa-</p><p>drões legais e éticos impostos, estabelecendo a Lei 8.112/1990 um</p><p>rol, meramente exemplificativo, de deveres impostos aos agentes</p><p>públicos. Vejamos:</p><p>a) Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo.</p><p>b) Ser leal às instituições a que servir.</p><p>c) Observar as normas legais e regulamentares.</p><p>d) Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifesta-</p><p>mente ilegais.</p><p>e) Atender com presteza: ao público em geral, prestando as</p><p>informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; à ex-</p><p>pedição de certidões requeridas</p><p>para defesa de direito ou esclare-</p><p>cimento de situações de interesse pessoal; às requisições para a</p><p>defesa da fazenda pública.</p><p>f) Levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do</p><p>cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver</p><p>suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autori-</p><p>dade competente para apuração.</p><p>g) Zelar pela economia do material e a conservação do patri-</p><p>mônio público.</p><p>h) Guardar sigilo sobre assunto da repartição.</p><p>i) Manter conduta compatível com a moralidade administrati-</p><p>va.</p><p>j) Ser assíduo e pontual ao serviço.</p><p>k) Tratar com urbanidade as pessoas.</p><p>l) Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder:</p><p>a representação será encaminhada pela via hierárquica e apreciada</p><p>pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegu-</p><p>rando-se ao representando ampla defesa.</p><p>Servidores Públicos</p><p>Os servidores públicos são pessoas físicas que prestam serviços</p><p>à administração pública direta, às autarquias ou fundações públi-</p><p>cas, gerando entre as partes um vínculo empregatício ou estatutá-</p><p>rio. Esses serviços são prestados à União, aos Estados-membros, ao</p><p>Distrito Federal ou aos Municípios.</p><p>As disposições sobre os Servidores Públicos estão elencadas</p><p>dos Artigos 39 a 41 da CF. Vejamos:</p><p>SEÇÃO II</p><p>DOS SERVIDORES PÚBLICOS</p><p>Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios</p><p>instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único</p><p>e planos de carreira para os servidores da administração pública</p><p>direta, das autarquias e das fundações públicas.</p><p>Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios</p><p>instituirão conselho de política de administração e remuneração de</p><p>pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Po-</p><p>deres.</p><p>§1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais</p><p>componentes do sistema remuneratório observará:</p><p>I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos</p><p>cargos componentes de cada carreira;</p><p>II - os requisitos para a investidura;</p><p>III - as peculiaridades dos cargos.</p><p>ÉTICA E INTEGRIDADE</p><p>7070</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>§2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas</p><p>de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores</p><p>públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos</p><p>requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a</p><p>celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.</p><p>§3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o</p><p>disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX,</p><p>XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados</p><p>de admissão quando a natureza do cargo o exigir.</p><p>§4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os</p><p>Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão</p><p>remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única,</p><p>vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono,</p><p>prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória,</p><p>obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.</p><p>§5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor</p><p>remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer</p><p>caso, o disposto no art. 37, XI.</p><p>§6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão</p><p>anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e</p><p>empregos públicos.</p><p>§7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários</p><p>provenientes da economia com despesas correntes em cada</p><p>órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento</p><p>de programas de qualidade e produtividade, treinamento e</p><p>desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização</p><p>do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de</p><p>produtividade.</p><p>§8º A remuneração dos servidores públicos organizados em</p><p>carreira poderá ser fixada nos termos do §4º.</p><p>§9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter</p><p>temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou</p><p>de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. (Incluído</p><p>pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores</p><p>titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário,</p><p>mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores</p><p>ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que</p><p>preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada pela</p><p>Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência</p><p>social será aposentado: (Redação dada pela Emenda Constitucional</p><p>nº 103, de 2019)</p><p>I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em</p><p>que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese</p><p>em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para</p><p>verificação da continuidade das condições que ensejaram a conces-</p><p>são da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federa-</p><p>tivo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo</p><p>de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta</p><p>e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;</p><p>III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade,</p><p>se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem,</p><p>e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na</p><p>idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Cons-</p><p>tituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os</p><p>demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo</p><p>ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103,</p><p>de 2019)</p><p>§2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores</p><p>ao valor mínimo a que se refere o §2º do art. 201 ou superiores</p><p>ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência</p><p>Social, observado o disposto nos §§14 a 16. (Redação dada pela</p><p>Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria</p><p>serão disciplinadas em lei do respectivo ente federativo. (Redação</p><p>dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados</p><p>para concessão de benefícios em regime próprio de previdência</p><p>social, ressalvado o disposto nos §§4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação</p><p>dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar</p><p>do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição</p><p>diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência,</p><p>previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por</p><p>equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar</p><p>do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição</p><p>diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente</p><p>penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos</p><p>de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput</p><p>do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela</p><p>Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar</p><p>do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição</p><p>diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades</p><p>sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos</p><p>e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes,</p><p>vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.</p><p>(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima</p><p>reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes da</p><p>aplicação do disposto no inciso III do §1º, desde que comprovem</p><p>tempo de efetivo exercício das funções de magistério na</p><p>educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei</p><p>complementar do</p><p>pelo orçamento geral do ente estatal (união, estado federado ou</p><p>município).</p><p>Políticas Constitucionais: estabelecem procedimentos para a adoção de decisões públicas e relações entre os vários aparatos do</p><p>Estado. Cada tipo de política pressupõe uma arena de poder diferente, uma rede diferente de atores, uma diferente estrutura decisional</p><p>e um contexto institucional diferente.</p><p>Fases das Políticas Públicas</p><p>As fases das Políticas Públicas também são conhecidas como “Processo de Formulação de Políticas Públicas” ou “Ciclo das Políticas</p><p>Públicas”. Veja na tabela a seguir, as cincos fases das Políticas Públicas:</p><p>1ª Fase Formação da Agenda: seleção das prioridades.</p><p>2ª Fase Formação de Políticas: apresentação das alternativas ou soluções.</p><p>3ª Fase Processo de Tomada de Decisão: determinação ou escolha das ações.</p><p>4ª Fase Implementação: execução das ações.</p><p>5ª Fase Avaliação: verificação dos resultados alcançados.</p><p>Fonte: Elaborado com base no SEBRAE.</p><p>1ª Fase - Formação de Agenda: dá-se o nome de formação de agenda para o procedimento de escolha da lista com os principais pro-</p><p>blemas da sociedade a serem tratados. Estabelecer quais os assuntos ou questões serão tratadas pelo Governo é fundamental, uma vez</p><p>que, ilimitados são as reivindicações e interesses da sociedade em meio a uma limitada quantidade de recursos.</p><p>Faz-se necessário definir as questões a serem tratadas bem como reconhecer aquelas que não serão levadas adiante, alguns elemen-</p><p>tos poderão ser levados em conta para a inserção de um problema na Agenda Governamental. Veja os exemplos abaixo:</p><p>Exemplo 1: se um número elevado de pequenas empresas encerra os negócios nos primeiros meses de existência, uma política pública</p><p>voltada especificamente para esta situação poderia ser criada como medida de controle ou influência.</p><p>Exemplo 2: acontecimentos como crimes violentos podem levar a população a uma comoção, o impacto social causado por evento</p><p>específico pode levar os dirigentes do governo a estabelecerem ações que possam evitar a repetição do ato ocorrido.</p><p>O feedback das ações governamentais que podem contribuir para o apontamento de falhas em medidas adotadas pelo programa</p><p>avaliado ou outros programas que não receberam atenção governamental.</p><p>O período onde ocorre transição entre os governos pode ser considerado como um período onde a agenda passa por mudanças,</p><p>diante desta circunstância faz-se necessário valorizar e dedicar maior atenção aos temas já selecionados como mais relevantes entre as</p><p>demandas da sociedade.</p><p>Porém ainda que uma questão esteja selecionada na Agenda Governamental, isso não significa obrigatoriamente que será dedicada</p><p>uma atenção especial ou prioridade. Isso normalmente ocorrerá quando outros fatores são somados a esta questão como, por exemplo,</p><p>mobilização popular, vontade política, percepção dos custos de não se resolver a questão versus os custos de resolver.</p><p>2ª Fase - Formulação de Políticas: faz-se necessário definir quais caminhos ou ações deverão ser tomadas para solucionar uma situa-</p><p>ção já vista como um problema inserido na Agenda Governamental.</p><p>Diante da realidade mencionada anteriormente compreende-se que esse processo nem sempre é tomado como um processo pacífico,</p><p>embora as ações ou medidas tomadas sejam favoráveis e de interesse de determinado grupo/parte da sociedade, outros grupos poderão</p><p>considerar as ações não favoráveis aos seus interesses e necessidades.</p><p>Por isso, definir os objetivos da política, os programas e metas a serem desenvolvidas fazem-se importantes e necessárias, ainda que</p><p>provoque rejeições de várias propostas de ação.</p><p>As decisões devem ser tomadas após ouvir o corpo técnico da administração pública, considerando recursos materiais, econômicos,</p><p>técnicos, pessoais, e ainda após verificação do posicionamento dos grupos sociais.</p><p>Veja abaixo alguns importantes passos para a elaboração de Políticas Públicas:</p><p>- A conversão de estatísticas em informação relevante para o problema;</p><p>- Análise das preferências dos atores; e</p><p>- Ação baseada no conhecimento adquirido.</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>66</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Deve haver uma comunicação entre o responsável pela elabo-</p><p>ração da Política Pública e os atores envolvidos no contexto com o</p><p>propósito de facilitar a formulação de propostas, onde ela irá ser</p><p>implantada e requerer a eles uma proposta sobre qual seria a me-</p><p>lhor forma de proceder. As diversas opiniões poderão servir como</p><p>um banco de ideias que poderão apontar o caminho desejado por</p><p>cada segmento social.</p><p>Uma análise objetiva precisa ser realizada com relação as opi-</p><p>niões do grupo e ainda considerar a viabilidade técnica, legal, fi-</p><p>nanceira e política. Comparar e medir as alternativas, os riscos, a</p><p>eficácia e eficiência pode conduzir a um melhor atendimento aos</p><p>interesses e objetivos sociais.</p><p>3ª Fase - Processo de Tomada de Decisão: embora seja neces-</p><p>sário tomar decisões em todos os momentos no ciclo de Políticas</p><p>Públicas, esta fase concentra-se em um importante momento de</p><p>ação em resposta aos problemas escolhidos para a Agenda. Defi-</p><p>nem-se os recursos e o prazo temporal da ação política. As formali-</p><p>zações das escolhas são expressas por meio de leis, normas, resolu-</p><p>ções, decretos, e outros atos da administração pública.</p><p>É importante ressaltar que na terceira fase ou processo de to-</p><p>mada de decisão, verificam-se os procedimentos a seguir antes de</p><p>tomar a decisão. Faz-se necessário decidir aqueles que participarão</p><p>do processo e ainda se o mesmo será aberto ou fechado. Se for</p><p>aberto faz-se necessário verificar se ocorrerá participação dos be-</p><p>neficiários, se a decisão será ou não tomada por votação, e em qual</p><p>grau direto ou indireto.</p><p>As decisões serão fortemente influenciadas por diferentes for-</p><p>mas de decisão e diferentes controladores da Agenda.</p><p>Pesquisadores e estudiosos desenvolveram modelos que po-</p><p>derão amenizar erros e elevar eficiência desse processo. Dentre os</p><p>diversos modelos, cabe a Abordagem das Organizações, que pres-</p><p>supõe que o governo é um conjunto de organizações dos mais di-</p><p>versos níveis, dotadas de maior ou menor autonomia. A forma dos</p><p>governos perceberem problemas são os sensores das organizações,</p><p>e as informações fornecidas por tais sensores se constituem em re-</p><p>curso para se solucionar os problemas inseridos nesse modelo, as</p><p>Políticas Públicas passam a ser entendidas como resultado da atua-</p><p>ção das organizações.</p><p>Assim, os atores são as próprias organizações que concorrem</p><p>em termos de poder e influência para promover a sua perspectiva</p><p>e interpretação dos problemas tratados. Sob este enfoque, expli-</p><p>cam-se as decisões basicamente como o resultado de interações</p><p>políticas entre as organizações burocráticas. As soluções ajustam-se</p><p>aos procedimentos operacionais padronizados, ou seja, às rotinas</p><p>organizacionais.</p><p>Segundo esse modelo, uma boa decisão seria aquela que per-</p><p>mitisse a efetiva acomodação de todos os pontos de conflito envol-</p><p>vidos naquela Política Pública. Os principais atores, ou seja, aque-</p><p>les que têm condições efetivas de inviabilizar uma Política Pública</p><p>devem ter a convicção de que saíram ganhando. Na pior hipótese,</p><p>nenhum deles deve se sentir completamente prejudicado. Na práti-</p><p>ca, isso requer que os atores que podem impedir a execução devem</p><p>sentir que poderão não ter ganhos reais mas, ao menos, não terão</p><p>prejuízos com a política proposta.</p><p>4ª Fase - Implementação: Na quarta fase, na implementação</p><p>ocorre a transformação do planejamento e das escolhas em atos.</p><p>O principal responsável pela execução da política ou ação direta é</p><p>o corpo administrativo. Devem realizar a aplicação, o controle e o</p><p>monitoramento das medidas já definidas. Dependendo da postura</p><p>do corpo administrativo a política poderá sofrer mudanças drásticas</p><p>durante este período/fase. Mencionaremos aqui dois modelos de</p><p>implementação das Políticas Públicas, o de cima para baixo e o de</p><p>baixo para cima.</p><p>De Cima para Baixo: aplicação descendente, do governo para</p><p>população. Este modelo representa um modelo centralizado</p><p>respectivo ente federativo. (Redação dada pela</p><p>Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos</p><p>acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção</p><p>de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de</p><p>previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições</p><p>para a acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no</p><p>Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§7º Observado o disposto no §2º do art. 201, quando se</p><p>tratar da única fonte de renda formal auferida pelo dependente, o</p><p>benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do</p><p>respectivo ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a</p><p>hipótese de morte dos servidores de que trata o §4º-B decorrente</p><p>de agressão sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação</p><p>dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para</p><p>preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme</p><p>critérios estabelecidos em lei.</p><p>ÉTICA E INTEGRIDADE</p><p>71</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>§9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou</p><p>municipal será contado para fins de aposentadoria, observado</p><p>o disposto nos §§9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço</p><p>correspondente será contado para fins de disponibilidade. (Redação</p><p>dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem</p><p>de tempo de contribuição fictício.</p><p>§11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total</p><p>dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes</p><p>da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de</p><p>outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral</p><p>de previdência social, e ao montante resultante da adição de</p><p>proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável</p><p>na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei</p><p>de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.</p><p>§12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em</p><p>regime próprio de previdência social, no que couber, os requisitos</p><p>e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social.</p><p>(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente,</p><p>de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e</p><p>exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo,</p><p>ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.</p><p>(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios</p><p>instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo,</p><p>regime de previdência complementar para servidores públicos</p><p>ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos</p><p>benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o valor das</p><p>aposentadorias e das pensões em regime próprio de previdência</p><p>social, ressalvado o disposto no §16. (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§15. O regime de previdência complementar de que trata o §14</p><p>oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição</p><p>definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por</p><p>intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou</p><p>de entidade aberta de previdência complementar. (Redação dada</p><p>pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto</p><p>nos §§14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado</p><p>no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do</p><p>correspondente regime de previdência complementar.</p><p>§17. Todos os valores de remuneração considerados para o</p><p>cálculo do benefício previsto no §3° serão devidamente atualizados,</p><p>na forma da lei.</p><p>§18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias</p><p>e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que</p><p>superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime</p><p>geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual</p><p>igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.</p><p>§19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do</p><p>respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo</p><p>que tenha completado as exigências para a aposentadoria</p><p>voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer</p><p>jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao</p><p>valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade</p><p>para aposentadoria compulsória. (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de</p><p>previdência social e de mais de um órgão ou entidade gestora</p><p>desse regime em cada ente federativo, abrangidos todos os</p><p>poderes, órgãos e entidades autárquicas e fundacionais, que serão</p><p>responsáveis pelo seu financiamento, observados os critérios, os</p><p>parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de</p><p>que trata o §22. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103,</p><p>de 2019)</p><p>§21. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional</p><p>nº 103, de 2019)</p><p>§22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de</p><p>previdência social, lei complementar federal estabelecerá, para os</p><p>que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento</p><p>e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros</p><p>aspectos, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de</p><p>2019)</p><p>I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o</p><p>Regime Geral de Previdência Social; (Incluído pela Emenda Consti-</p><p>tucional nº 103, de 2019)</p><p>II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos re-</p><p>cursos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>III - fiscalização pela União e controle externo e social; (Incluído</p><p>pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído pela</p><p>Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>V - condições para instituição do fundo com finalidade previ-</p><p>denciária de que trata o art. 249 e para vinculação a ele dos recur-</p><p>sos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de</p><p>qualquer natureza; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de</p><p>2019)</p><p>VI - mecanismos de equacionamento do déficit atuarial; (Inclu-</p><p>ído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, ob-</p><p>servados os princípios relacionados com governança, controle in-</p><p>terno e transparência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103,</p><p>de 2019)</p><p>VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles</p><p>que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indireta-</p><p>mente, com a gestão do regime; (Incluído pela Emenda Constitucio-</p><p>nal nº 103, de 2019)</p><p>IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela</p><p>Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição</p><p>de alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias. (Incluído</p><p>pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os ser-</p><p>vidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de</p><p>concurso público.</p><p>§1º O servidor público estável só perderá o cargo:</p><p>I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;</p><p>II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegu-</p><p>rada ampla defesa;</p><p>III - mediante procedimento de avaliação periódica de desem-</p><p>penho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.</p><p>§2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor</p><p>estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se</p><p>estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,</p><p>aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com</p><p>remuneração proporcional ao tempo de serviço.</p><p>ÉTICA E INTEGRIDADE</p><p>7272</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>§3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor</p><p>estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional</p><p>onde</p><p>um número muito pequeno de funcionários participa das decisões</p><p>e pode opinar sobre a forma da implementação das Políticas Pú-</p><p>blicas. As decisões tomadas pela administração pública devem ser</p><p>cumpridas sem quaisquer questionamentos.</p><p>De Baixo para Cima: aplicação ascendente, da população para</p><p>o governo. Este modelo representa um modelo descentralizado.</p><p>Ocorre participação dos beneficiários ou usuário final das políticas</p><p>em questão. O contato direto com aqueles que serão os beneficiá-</p><p>rios, o cidadão, permite uma perspectiva participativa nas Políticas</p><p>Públicas.</p><p>Nesta fase deve-se chamar a atenção para fatores que podem</p><p>comprometer a eficácia das políticas, as disputas de poder entre</p><p>as organizações, os fatores internos e externos que podem afetar</p><p>o desempenho das organizações, suas estruturas, sua preparação</p><p>formal.</p><p>Dentre os fatores de disputas entre as organizações, desta-</p><p>cam-se a quantidade de agências ou organizações envolvidas no</p><p>acompanhamento e controle das políticas e o grau de cooperação</p><p>ou lealdade entre elas.</p><p>Quanto maior o número de organizações envolvidas na execu-</p><p>ção de uma política, maior será o número de comandos ou ordens</p><p>que tem de ser expedidas e, consequentemente, o tempo deman-</p><p>dado para a realização das tarefas, a extensão da cadeia de coman-</p><p>do mede-se pelo número de decisões que é necessário adotar para</p><p>que o programa funcione.</p><p>A extensão de comando afeta o grau de cooperação entre as</p><p>organizações, tornando o controle e monitoração do processo de</p><p>implementação mais complexo e difícil. Dessa forma, quanto mais</p><p>elos (agências e organizações da administração pública envolvidas</p><p>na execução de tarefas) tiver a cadeia de comando (canais de trans-</p><p>missão das ordens para execução das tarefas) mais sujeita a defici-</p><p>ências estará a implementação de políticas.</p><p>Dentre os fatores internos que afetam as organizações, pode-</p><p>mos enumerar, em primeiro lugar, as características estruturais das</p><p>agências burocráticas (recursos humanos, financeiros e materiais) e</p><p>a relação entre quantidade de mudanças exigidas por uma política</p><p>e extensão do consenso sobre seus objetivos e metas.</p><p>As características das agências abrangem aspectos objetivos</p><p>(como tamanho, hierarquia, autonomia, sistemas de comunicação</p><p>e de controle) e qualitativos (como a competência da equipe e a</p><p>vitalidade de seus membros).</p><p>Essas características estruturais são responsáveis não apenas</p><p>pela eficácia na execução das tarefas como também pela compre-</p><p>ensão mais ou menos precisa dos implementadores acerca da polí-</p><p>tica e pela abertura ou adaptabilidade da organização às mudanças.</p><p>Quanto ao segundo fator interno, cabe destacar a existência</p><p>de consenso dentro da burocracia, com efeito, a relação entre a</p><p>quantidade de mudanças exigidas afeta inversamente o consenso</p><p>sobre a política, ou seja, quanto mais mudanças no padrão de inte-</p><p>ração dos atores ou nas estruturas forem necessárias, menor será</p><p>o consenso sobre como atingi-las. Isso afeta negativamente o grau</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>7</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>de cooperação entre as organizações e a lealdade da burocracia aos</p><p>formuladores, provocando deficiências e deturpações na imple-</p><p>mentação das Políticas Públicas.</p><p>Os fatores externos, por fim, também afetam as Políticas Pú-</p><p>blicas, com efeito, a opinião pública, a disposição das elites, as con-</p><p>dições econômicas e sociais da população e a posição de grupos</p><p>privados podem tornar problemática a execução das políticas.</p><p>A indiferença e descaso gerais, a resistência passiva ou a mobili-</p><p>zação intensa contra as medidas podem configurar uma conjuntura</p><p>negativa que prejudique a aplicação dos objetivos e metas propos-</p><p>tas na política. Para melhor se entender isso, é importante ressaltar</p><p>quais características possuem os indivíduos que podem contribuir</p><p>para o aparecimento dos fatores externos.</p><p>Além da diferença na escala social (grupos de alta, média ou</p><p>baixa posição), as características mais importantes dos atores polí-</p><p>ticos são: a racionalidade, os interesses e as capacidades que pos-</p><p>suem para agir. Se entendermos essas três características, entende-</p><p>remos como ocorre a formulação de Políticas Públicas na prática.</p><p>A racionalidade é a capacidade de um Grupo Social (um ator)</p><p>definir estratégias e cursos de ação para alcançar seus objetivos. Os</p><p>interesses representam as preferências de um dado ator por uma</p><p>certa política com a qual possui mais afinidade em detrimento de</p><p>outras que desconhece ou não possui simpatia.</p><p>A capacidade reflete os recursos (carisma, possibilidade de mo-</p><p>bilização, liderança, unidade, acesso aos meios de comunicação)</p><p>que um ator possui na sua relação com seus representados, o que</p><p>faz com que a sociedade ouça seus argumentos e os leve em consi-</p><p>deração (ou não).</p><p>5ª Fase - Monitoramento ou Avaliação: o fato de que o “Mo-</p><p>nitoramento e Avaliação” são classificados como a quinta fase não</p><p>significa que suas atuações ocorram somente no final. A avaliação</p><p>pode ser realizada em todos os momentos do ciclo de Políticas Pú-</p><p>blicas. O constante exercício do monitoramento e avaliação pode</p><p>contribuir para o sucesso das ações governamentais e para a maxi-</p><p>mização dos resultados obtidos com os recursos. O monitoramento</p><p>e avaliação tem vital importância no processo de percepção sobre</p><p>quais ações tendem a elevar melhores resultados.</p><p>O monitoramento e a avaliação permitem à administração:</p><p>- Corrigir e prevenir falhas;</p><p>- Prestar contas de seus atos;</p><p>- Justificar as ações e explicar as decisões;</p><p>- Gerar informações úteis para futuras Políticas Públicas;</p><p>- Fomentar a coordenação e a cooperação entre esses atores;</p><p>- Identificar as barreiras que impedem o sucesso de um pro-</p><p>grama;</p><p>- Promover o diálogo entre os vários atores individuais e cole-</p><p>tivos envolvidos; e</p><p>- Responder se os recursos, que são escassos, estão produzindo</p><p>os resultados esperados e da forma mais eficiente possível;</p><p>O processo de avaliação de uma política leva em conta seus</p><p>impactos e as funções cumpridas pela política, busca determinar</p><p>sua relevância, analisar a eficiência, eficácia e sustentabilidade das</p><p>ações desenvolvidas, e ainda serve como um meio de aprendizado</p><p>para os atores públicos.</p><p>Os impactos se referem aos efeitos que uma Política Pública</p><p>provoca nas capacidades dos atores e grupos sociais, por meio da</p><p>redistribuição de recursos e valores, afetando interesses e suas es-</p><p>truturas de preferências. A avaliação de impacto analisa as modifi-</p><p>cações na distribuição de recursos, a magnitude dessas modifica-</p><p>ções, os segmentos afetados, as contribuições dos componentes da</p><p>política na consecução de seus objetivos.</p><p>A avaliação de uma política também deve enfocar os efeitos</p><p>que esses impactos provocam e que se traduzem em novas deman-</p><p>das de decisão por parte das autoridades, com o objetivo de anular</p><p>ou reforçar a execução da medida. Também é importante analisar</p><p>se a política produziu algum impacto importante não previsto ini-</p><p>cialmente, bem como determinar quais são os maiores obstáculos</p><p>para o seu sucesso.</p><p>Quanto às funções cumpridas pela política, a avaliação deve</p><p>comparar em que medida a Política Pública, nos termos em que</p><p>foi formulada e implementada, cumpre os requisitos de uma boa</p><p>política. Idealmente, uma boa política deve cumprir as seguintes</p><p>funções:</p><p>- Promover e melhorar os níveis de cooperação entre os atores</p><p>envolvidos;</p><p>- Constituir-se num programa factível, isto é, implementável;</p><p>- Reduzir a incerteza sobre as consequências das escolhas fei-</p><p>tas;</p><p>- Evitar o deslocamento da solução de um problema político por</p><p>meio da transferência ou adiamento para outra arena, momento</p><p>ou grupo;</p><p>- Ampliar as opções políticas futuras e não presumir valores</p><p>dominantes e interesses futuros nem predizer a evolução dos co-</p><p>nhecimentos. Uma boa política deveria evitar fechar possíveis alter-</p><p>nativas de ação.</p><p>Para se determinar a relevância de uma política deve se per-</p><p>guntar se as ações desenvolvidas por ela são apropriadas para o</p><p>problema enfrentado.</p><p>Para</p><p>se analisar a eficácia e eficiência de um programa, uma</p><p>avaliação deve buscar responder se os produtos alcançados são ge-</p><p>rados em tempo hábil, se o custo para tais produtos são os meno-</p><p>res possíveis e se esses produtos atendem aos objetivos da política.</p><p>Quanto à sustentabilidade, uma política deve ser capaz de que seus</p><p>efeitos positivos se mantenham após o término das ações governa-</p><p>mentais na área foco da Política Pública avaliada.</p><p>Por fim, é importante se apreender, dentre outras coisas, quais</p><p>seriam outras alternativas de ações que poderiam ter sido adota-</p><p>das – e que poderão ser em intervenções futuras – e quais lições</p><p>se tirar da experiência – tanto daquilo que deu certo como do que</p><p>deu errado.</p><p>A avaliação pode ser dividida de forma interna ou externa. A</p><p>primeira divisão se dá entre a avaliação interna – que é conduzida</p><p>pela equipe responsável pela operacionalização do programa – e a</p><p>externa – feita por especialistas que não participam do programa.</p><p>A vantagem da primeira se dá devido ao fato de que, ao es-</p><p>tarem inseridos no programa, a equipe terá maior conhecimento</p><p>sobre ele, além de acesso facilitado às informações necessárias, o</p><p>que diminui o tempo e os custos da avaliação.</p><p>Em contrapartida, a equipe envolvida no programa pode não</p><p>contar com a separação do objeto avaliado, necessária para se ga-</p><p>rantir a imparcialidade. Já a avaliação externa tem como ponto fra-</p><p>co o tempo necessário para se familiarizar com o objeto de estudo,</p><p>porém conta com imparcialidade maior.</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>88</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>A segunda divisão se refere ao objetivo da avaliação, e pode</p><p>ser formativa, quando se busca informações úteis para a equipe na</p><p>parte inicial do programa, ou a somativa, que busca gerar informa-</p><p>ções sobre o valor ou mérito do programa a partir de seus resulta-</p><p>dos, para que a autoridade responsável possa tomar sua decisão</p><p>de manter, diminuir, aumentar ou encerrar as ações do programa.</p><p>Controle Social</p><p>Transparência e Participação social: Os novos Arranjos de Po-</p><p>líticas e Políticas Públicas</p><p>A complexidade das políticas públicas tem originado iniciati-</p><p>vas pontuais, fragmentadas e descontinuadas no tempo, em face</p><p>das constantes mudanças decorrentes de influências políticas e da</p><p>incapacidade de resolver consistentemente os problemas que são</p><p>postos pela sociedade para o Estado e para a Administração Públi-</p><p>ca, e essa é a imagem da política pública transmitida pelos meios</p><p>de comunicação.</p><p>No Brasil vigora e está em desenvolvimento um regime de-</p><p>mocrático, os princípios democráticos refletem profundamente no</p><p>modo como as políticas públicas são desenvolvidas e implementa-</p><p>das. Em regimes democráticos é importante considerar que existem</p><p>condições essenciais a serem observadas e respeitadas no que tan-</p><p>ge à gestão de interesses públicos por meio de políticas públicas.</p><p>Os fundamentos democráticos que contextualizam e parame-</p><p>trizam o desenvolvimento de políticas públicas são:</p><p>a) o jogo político ocorre com base em regras preestabelecidas,</p><p>haja vista que as ações e decisões políticas são pautadas direta ou</p><p>indiretamente por regras constitucionais;</p><p>b) as eleições são periódicas e têm como base o sufrágio (voto)</p><p>universal – logo, constituem fontes de manifestação de preferências</p><p>e escolhas do eleitorado sobre amplos programas de governo de</p><p>políticas públicas;</p><p>c) os mandatos dos eleitos são limitados temporalmente e</p><p>quanto ao alcance de decisões e ações, o que exige a definição de</p><p>consistentes linhas de ação, preferencialmente, institucionalizadas</p><p>em legislação e instrumentos orçamentários de longo prazo para</p><p>que as políticas públicas tenham continuidade;</p><p>d) a prevalência da vontade da maioria da população, limitada</p><p>por regras preestabelecidas, é que determinará que tipos de políti-</p><p>cas públicas serão priorizadas em cada governo;</p><p>e) a oposição tem participação legítima do jogo político e deve</p><p>ter condições de assumir o poder por meio do voto popular – logo,</p><p>sempre terá importância o seu papel de crítica sobre como estão</p><p>sendo conduzidas políticas públicas e como propositora de diferen-</p><p>tes agendas a serem cumpridas caso venha a assumir o poder;</p><p>f) os representantes são responsáveis frente ao eleitorado, de</p><p>modo que ao cidadão sempre caberá o direito de cobrar a criação</p><p>de novas políticas púbicas de seu interesse e pela eficiência e eficá-</p><p>cia das já existentes;</p><p>g) os clássicos direitos civis (direito à vida, liberdade, seguran-</p><p>ça, igualdade, dentre outros) são garantidos – logo, exigem ações</p><p>concretas dos governantes para manutenção de políticas públicas</p><p>permanentes para que os cidadãos os desfrutem na sua plenitude.</p><p>Os elementos acima ganharam força na condução dos interes-</p><p>ses públicos, principalmente a partir dos fundamentos da Reforma</p><p>Gerencial de 1995, com a Reforma Gerencial houve claro delinea-</p><p>mento sobre o papel da administração pública e o perfil de atuação</p><p>do Estado na gestão de políticas públicas.</p><p>Nessa concepção a administração pública não se restringe à</p><p>execução de rotinas ou ao gerenciamento de órgãos públicos: ela</p><p>é bem mais ampla que isso, compreende a estrutura organizacio-</p><p>nal do Estado, em seus três poderes. O Estado, por sua vez, é mais</p><p>abrangente, compreende também o sistema constitucional-legal,</p><p>que regula a população nos limites de um território.</p><p>Portanto, a concepção, a implementação e a avaliação de po-</p><p>líticas públicas devem ser balizadas pelos condicionantes de um</p><p>regime democrático. A gestão pública deixa de ser voltada para</p><p>somente rotinas e procedimentos burocráticos internos para se</p><p>colocar também como meio para que governantes, políticos, ad-</p><p>ministradores e sociedade a utilizem para viabilização de políticas</p><p>públicas capazes de fortalecer a democracia por meio da elevação</p><p>dos níveis de justiça social e fomentar o desenvolvimento econômi-</p><p>co sustentável.</p><p>A ampliação das discussões e a abertura de espaços para no-</p><p>vos participantes com influências na concepção e implementação</p><p>de políticas públicas deve ser regra na democracia, pois “se demo-</p><p>cracia é participação dos cidadãos, uma participação insuficiente</p><p>debilita-a” (Bobbio et al., 1998).</p><p>Por que a participação é tão importante no processo de for-</p><p>mação de políticas públicas?</p><p>A falta de participação torna difícil para os agentes públicos e</p><p>governantes perceberem demandas não expressas pelo número re-</p><p>duzido de cidadãos que se manifestam nas esferas políticas, essa</p><p>falta de percepção dos problemas enfrentados pela sociedade fra-</p><p>giliza a produção legislativa que regula a distribuição de recursos</p><p>entre grupos na sociedade.</p><p>Numa situação como essa, existe a tendência de que os recur-</p><p>sos públicos sejam direcionados para os poucos cidadãos que par-</p><p>ticipam dos processos políticos de elaboração de políticas públicas</p><p>em detrimento da maioria da população não participante, o que</p><p>gera falta de legitimidade dos governos perante a sociedade.</p><p>Assim, como o nosso sistema é democrático, não há alternativa</p><p>diferente para compreender as políticas públicas e utilizá-las para</p><p>fazer cumprir o que constitucionalmente foi determinado. Veja a</p><p>importância da participação que vem sendo atribuída na elabora-</p><p>ção do Plano Plurianual federal e de alguns estados e municípios. É</p><p>o cidadão e a sociedade civil organizada obtendo um espaço para</p><p>priorizar a alocação de recursos orçamentários em políticas que</p><p>consideram prioritárias.</p><p>Antes de ser vista como coisa de políticos, a política deve ser</p><p>compreendida por servidores públicos, agentes políticos e cida-</p><p>dãos, para que consigam se instrumentalizar, se capacitar e se arti-</p><p>cular com eficiência com vistas a planejar e executar ações públicas</p><p>capazes de encontrarem um mínimo de legitimidade, eficiência e</p><p>eficácia perante a sociedade.</p><p>Como a Administração Pública trabalha para o público, não</p><p>pode esperar, principalmente dos que detêm cargos com capacida-</p><p>de decisória, que “um chefe” diga o que e como fazer política pú-</p><p>blica. Desenvolver políticas públicas é, portanto, atividade</p><p>que en-</p><p>volve políticos, administradores e servidores públicos, e cidadãos.</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>9</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>No processo de transformação de modos de governo centra-</p><p>lizado para governos mais descentralizados, a governança passou</p><p>a significar um modo de governo distinto do modelo de controle</p><p>hierárquico, característico do Estado intervencionista.</p><p>A acepção atual de governança diz respeito a um novo estilo de</p><p>governo, distinto do modelo de controle hierárquico. Está relacio-</p><p>nada a governos que atuam procurando maior grau de cooperação</p><p>e de interação entre o Estado e os atores não estatais em redes</p><p>decisórias mistas situadas na intersecção entre o espaço público e</p><p>o espaço privado.</p><p>A governança expande o foco para incluir atores públicos, pri-</p><p>vados e da sociedade civil como componentes essenciais do proces-</p><p>so de governo, daí na nova governança a abertura de espaços e de</p><p>canais institucionais para ampliação da participação nos processos</p><p>de concepção e implementação de políticas públicas é consequên-</p><p>cia lógica no processo de fortalecimento da democracia brasileira.</p><p>DICA: A nova governança pública representa um novo modo</p><p>de governar: mais democrático, mais participativo, mais descen-</p><p>tralizado e com maior número de atores participantes.</p><p>A gestão pública brasileira vive um intenso processo de trans-</p><p>formação, ainda sob a influência principal da redemocratização do</p><p>país e da reforma do Estado, que tem na descentralização um de</p><p>seus eixos principais para aproximação da ação pública das reais</p><p>aspirações da sociedade.</p><p>No âmbito local, surgem tendências de crescente constituição</p><p>de estruturas organizacionais em forma de rede envolvendo organi-</p><p>zações estatais, não governamentais e privadas para atuarem coo-</p><p>perativamente em contextos de múltiplas e sobrepostas jurisdições.</p><p>As relações entre tais organizações têm fundamentos que vão</p><p>além de simples relações contratuais. Num processo de negociação</p><p>contínua em longos períodos tende a haver formação de laços so-</p><p>ciopolíticos em que a confiança entre os atores assume papel rele-</p><p>vante; logo, as relações se diferenciam substancialmente daquelas</p><p>constituídas em regras puras de mercado.</p><p>Nessa linha, estudos têm mostrado que o resgate da importân-</p><p>cia do município na definição e condução de políticas públicas e na</p><p>gestão do território está, cada vez mais, exigindo a concepção de</p><p>novas formas de intervenção voltadas ao atendimento das necessi-</p><p>dades locais, assim como a incorporação de uma multiplicidade de</p><p>novos atores na articulação dos interesses da comunidade.</p><p>A qualidade da gestão local passa a depender da capacidade</p><p>de obtenção de equilíbrios dinâmicos nas articulações entre atores</p><p>internos, integrantes do próprio poder público, e externos, oriun-</p><p>dos da iniciativa privada ou da sociedade em geral, participando da</p><p>concepção e implementação de políticas públicas.</p><p>As estruturas locais de governança são vistas mais como inicia-</p><p>tivas orgânicas que mecanicistas, logo, a forma de gestão de inicia-</p><p>tivas locais tende a ser descentralizada e distribuída. Esta lógica da</p><p>governança leva à constituição de configurações únicas de conjun-</p><p>tos de atores em torno de projetos específicos.</p><p>Os projetos, neste caso, apresentam a peculiaridade de ir além</p><p>da atuação das organizações e, ao mesmo tempo, serem conduzi-</p><p>dos sob uma lógica própria de gestão desenvolvida em espaço de</p><p>intersecção de condicionantes do setor público e do setor privado</p><p>local.</p><p>Nessa nova perspectiva de condução das atividades estatais, no</p><p>Brasil apostou-se no controle social realizado por meio de comis-</p><p>sões/conselhos de cidadãos para avaliação da qualidade de servi-</p><p>ços, possibilitando, deste modo, influir nas mudanças da gestão dos</p><p>equipamentos sociais.</p><p>A gestão de serviços tende a ser deixada a cargo da comunida-</p><p>de, das organizações não governamentais ou mesmo de especialis-</p><p>tas e voluntários, com patrocínio parcial de empresas com objetivos</p><p>de melhorar sua imagem e evitar efeitos negativos dos problemas</p><p>sociais que pudessem atingi-las. Ao Estado caberia manter o fun-</p><p>cionamento e controle dessas políticas por meio de uma burocracia</p><p>preparada para tal função.</p><p>Com a Reforma do Estado de 1995 foi dado início ao processo</p><p>de publicização, como incentivo à constituição de organizações hí-</p><p>bridas de propriedade pública não estatal, submetidas ao controle</p><p>social, para ocupar o espaço compreendido entre o Estado e a so-</p><p>ciedade para prestação de serviços sociais e competitivos.</p><p>Nesse sentido, a chamada Lei do Terceiro Setor (Lei n°</p><p>9.790/1999), instituiu o Termo de Parceria como instrumento de</p><p>regulação das relações entre o poder público e as entidades quali-</p><p>ficadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público.</p><p>O objetivo foi formar vínculos de cooperação entre as partes,</p><p>para o fomento e a execução de políticas públicas e de atividades</p><p>de interesse público. Além disso, essa lei reforçou a atuação dos</p><p>Conselhos de Políticas Públicas nos diferentes níveis de governo ao</p><p>determinar a necessidade de consultas a eles quanto à intenção de</p><p>firmar Termos de Parceria com organizações privadas e do terceiro</p><p>setor.</p><p>Um ponto positivo nesse processo de descentralização da ges-</p><p>tão de políticas públicas foi instituição e ampliação da atuação dos</p><p>conselhos como espaços públicos (não estatais). Isso sinalizou para</p><p>a possibilidade de representação de interesses coletivos na cena</p><p>política e na definição da agenda pública, apresentando um caráter</p><p>híbrido, uma vez que são, ao mesmo tempo, parte do Estado e da</p><p>sociedade.</p><p>Esses conselhos, como canais institucionalizados de participa-</p><p>ção política, de controle público sobre a ação governamental, de</p><p>deliberação legalmente aceita e de publicação das ações do gover-</p><p>no, marcam uma reconfiguração das relações entre Estado e so-</p><p>ciedade que, idealmente, busca a corresponsabilização quanto ao</p><p>desenho, monitoramento e avaliação de políticas públicas.</p><p>Ao lado de vários outros conselhos já institucionalizados que</p><p>figuram como arena de manifestação da sociedade civil dentro de</p><p>um novo espaço “público não estatal” de interseção entre Estado</p><p>e a Sociedade, a Lei de Responsabilidade Fiscal ampliou as insti-</p><p>tuições democráticas, ao trazer a figura dos Conselhos de Gestão</p><p>Fiscal.</p><p>Tais conselhos são integrados por representantes do Estado,</p><p>além de contar com a presença do Ministério Público e entidades</p><p>representativas da sociedade, que têm como função a promoção de</p><p>avaliação continuada da gestão.</p><p>Embora com funcionamento ainda precário, esses conselhos se</p><p>apresentam como instrumentos de controle social sobre o Estado</p><p>ao viabilizarem um canal de participação da população na formula-</p><p>ção, implementação e no controle da execução de políticas públicas</p><p>mais concatenadas com as demandas dos segmentos sociais a que</p><p>se destinam.</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>1010</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Os conselhos de políticas públicas funcionam como uma espé-</p><p>cie de fórum para negociação e captação de demandas de grupos</p><p>sociais, possibilitando a participação pública de segmentos menos</p><p>representativos.</p><p>As principais dificuldades enfrentadas pelos conselhos são:</p><p>- A desigualdade de condições entre seus participantes;</p><p>- A ausência de garantia de que suas decisões sejam efetiva-</p><p>mente implementadas; e</p><p>- A ausência de instrumentos jurídicos que imponham ao Poder</p><p>Executivo o cumprimento das decisões emanadas dos conselhos.</p><p>Não obstante a precariedade, os conselhos como bem explici-</p><p>tam Iglesias e Souza6 (Pinho et al, 2006), representam arranjos que</p><p>podem vir a viabilizar caminhos para maior proximidade dos cida-</p><p>dãos em direção à formulação e implementação de políticas públi-</p><p>cas, bem como da prestação de serviços pelo governo.</p><p>DICA: Esses conselhos existem nas políticas públicas mais bem</p><p>estruturadas. Têm amparo legal com atribuições definidas e atuam</p><p>mais no planejamento e fiscalização. Em regra são paritários (50%</p><p>de participantes públicos e 50% não públicos),</p><p>e nem todos são</p><p>obrigatórios.</p><p>O aumento das atividades associativas voluntárias propiciou a</p><p>distribuição mais equitativa de serviços do governo, e o fortaleci-</p><p>mento da cidadania e da democracia no Brasil. Exemplo disso foi</p><p>a criação de mais de 170 projetos de orçamento participativo ins-</p><p>talados, a instalação de cerca de 5000 conselhos de saúde, e de</p><p>milhares de comissões de planejamento urbano.7</p><p>Além disso, são realizadas audiências públicas em diferentes</p><p>âmbitos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para tratar</p><p>de assuntos que afetam interesses coletivos.</p><p>No contexto das políticas há mudanças na concepção sobre a</p><p>natureza dos serviços prestados e novas propostas são aplicadas</p><p>para fazer frente a novos desafios, como a ampliação de espaços de</p><p>cidadania, com atenção a minorias excluídas, aliadas à ampliação e</p><p>reconstrução da esfera de atuação dos governos locais dentro de</p><p>um processo de reconstrução da esfera pública, orientado para a</p><p>democratização da gestão das políticas públicas.8</p><p>A democracia brasileira vai, assim, deixando de ser uma demo-</p><p>cracia de elites para se transformar em uma democracia de opinião</p><p>pública na qual já podem ser percebidas características da demo-</p><p>cracia participativa ou republicana, na medida em que se multipli-</p><p>cam os processos participativos oriundos de organizações da socie-</p><p>dade civil, sejam elas públicas não estatais, de controle e advocacia</p><p>social, ou corporativas, como associações representativas de inte-</p><p>resses e sindicatos.</p><p>Nesse sentido, os governos locais assumem assim um papel de</p><p>coordenação e de liderança, mobilizando atores governamentais</p><p>e não governamentais e procurando estabelecer um processo de</p><p>‘concertação’ de diversos interesses e de diferentes recursos em</p><p>torno de objetivos comuns.</p><p>6 IGLESIAS, D.; e SOUZA, A. C. P. de; Governo Eletrônico, Transparência,</p><p>Accountability e Participação: o que portais de governos estaduais no Brasil</p><p>mostram. 2005.</p><p>7 AVRITZER, L. Sociedade Civil e Democratização. Belo Horizonte: Del Rey,</p><p>1994.</p><p>8 FARAH, M. F. S. Parcerias, novos arranjos institucionais e políticas públicas no</p><p>nível local de governo. RAP- Revista de Administração Pública, 2001.</p><p>Através dos novos arranjos institucionais assim constituídos</p><p>tende a crescer a perspectiva de sustentabilidade de políticas públi-</p><p>cas que, de outra forma, poderiam sofrer solução de continuidade</p><p>a cada mudança de governo.</p><p>O enraizamento das políticas em um espaço público que trans-</p><p>cende a esfera estatal reforça a possibilidade de políticas de longo</p><p>prazo, com repercussões sobre a eficiência e a efetividade das polí-</p><p>ticas implantadas.9</p><p>Não obstante os conselhos e a formação de novos arranjos de</p><p>governança e de gestão pública, ainda persistem profundamente</p><p>arraigadas culturalmente tendências de condução dos interesses</p><p>públicos “a portas fechadas”.</p><p>Os espaços efetivos para os cidadãos se fazerem presentes ain-</p><p>da, por um lado, são bastante diminutos e, por outro, a maioria dos</p><p>cidadãos ainda não detêm suficiente clareza sobre os seus direitos</p><p>em relação à administração e aos administradores públicos.</p><p>Outros Aspectos de Políticas Públicas</p><p>Instituições Públicas</p><p>Quase todas as políticas públicas são executadas por institui-</p><p>ções públicas, essas instituições têm papel decisivo: influenciam as</p><p>decisões com seu poder, condicionam as decisões com sua estru-</p><p>tura, limitam as decisões com suas normas, e impõem seu estilo</p><p>próprio de agir. Portanto, as instituições influenciam na escolha, na</p><p>forma e na implementação das políticas públicas.</p><p>Instituições, políticos, gestores e servidores não são neutros:</p><p>cada um tem seus interesses e nem sempre esses interesses são</p><p>harmônicos.</p><p>DICA: As instituições impõem limites e procuram moldar o</p><p>comportamento dos atores na direção que lhes interessa.</p><p>É comum abordar o aspecto da racionalidade nas instituições:</p><p>A racionalidade substantiva utiliza valores absolutos e preocupa-</p><p>-se com a efetividade dos resultados, mas nessa ótica os fins não</p><p>justificam os meios. É utilizada por políticos e refere-se à ética da</p><p>convicção.</p><p>Na racionalidade instrumental, funcional ou da conveniência,</p><p>os fins justificam os meios, nessa ótica os valores não são absolu-</p><p>tos (os valores são conscientes), e busca-se selecionar os melhores</p><p>meios que possibilitem alcançar os resultados desejados, é típica</p><p>das Organizações e refere-se à ética da responsabilidade.</p><p>Pluralismo e Elitismo: O pluralismo admite a existência de di-</p><p>versos grupos de poder e pressão e entende que as soluções podem</p><p>ser diferentes para os mesmos problemas. O pluralismo beneficia as</p><p>minorias organizadas.</p><p>O Elitismo compreende a tese de que apenas poucas pessoas</p><p>detêm o poder, definem e controlam as políticas públicas com a</p><p>finalidade de obter vantagens. É a denominada elite dominante, em</p><p>que os interesses da população são relegados a um segundo plano.</p><p>Carona: Em políticas públicas, carona é aquele cidadão que se</p><p>beneficia das políticas públicas sem ter concorrido para isso. Ex.:</p><p>políticas de preservação do meio ambiente, de controle da qualida-</p><p>de do ar, etc. Carona também é o cidadão que não paga os impostos</p><p>9 Idem</p><p>POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>11</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>que financiam a produção de bens/serviços pelo Estado e mesmo</p><p>assim utiliza esses bens/serviços produzidos. Ex.: serviços de saúde,</p><p>de educação etc.</p><p>O carona é irracional do ponto de vista da sociedade, mas racio-</p><p>nal sob a ótica do indivíduo/carona, visto que os cidadãos procuram</p><p>obter os melhores benefícios com um mínimo de custo ou esforço.</p><p>O carona também se aplica a entes estatais como Estados-</p><p>-membros e Municípios. Ex.: Investir menos em programas sociais</p><p>para não atrair beneficiários de outros entes, ou, até mesmo, forçar</p><p>cidadãos da comunidade a buscar atendimentos em outros Municí-</p><p>pios e/ou Estados-membros.</p><p>Empresário Político: São empresários/atores de origem diversa</p><p>que têm disposição e recursos para investir em políticas públicas</p><p>que lhes favoreçam ou gerem algum benefício. O empresário pode</p><p>ser um político (eleito ou não), jornalistas, lobistas, servidores pú-</p><p>blicos, acadêmicos, etc.</p><p>DICA: O empresário político, em regra, não é um comercial/</p><p>industrial.</p><p>Equilíbrio Interrompido: utiliza-se esse termo para explicar as</p><p>políticas públicas que são implementadas por longos períodos, mas</p><p>que em determinado momento são interrompidas em face de insta-</p><p>bilidades que provocam mudanças nas políticas anteriores.</p><p>Tipos de Demandas: considera três tipos de demandas: as de-</p><p>mandas novas resultam do surgimento de novos atores políticos ou</p><p>de novos problemas; as demandas recorrentes se referem a proble-</p><p>mas não resolvidos ou mal resolvidos, que retornam com frequên-</p><p>cia ao debate e à agenda governamental; e as demandas reprimidas</p><p>contemplam problemas já existentes que não foram considerados</p><p>problemas, mas apenas um “estado de coisas”.</p><p>CICLOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS: AGENDA E FORMULA-</p><p>ÇÃO; PROCESSOS DE DECISÃO; IMPLEMENTAÇÃO, SEUS</p><p>PLANOS, PROJETOS E PROGRAMAS; MONITORAMENTO E</p><p>AVALIAÇÃO.</p><p>Ciclo das Políticas Públicas</p><p>Compreende cinco etapas:</p><p>1) Construção da Agenda: no início do ciclo, ocorre a identifi-</p><p>cação e seleção de questões ou problemas que merecem atenção e</p><p>ação por parte do governo. Isso é influenciado por diversos atores</p><p>e fatores, como grupos de interesse, eventos atuais e necessidades</p><p>da sociedade. A montagem da agenda de políticas públicas, con-</p><p>forme Wöhlke, começa com a identificação de um problema, sua</p><p>transformação em uma questão pública e sua inclusão nas priorida-</p><p>des do governo. Nesse processo, diversos atores sociais desempe-</p><p>nham um papel crucial, incluindo atores formais, como os poderes</p><p>legislativo e executivo, e atores informais, como sindicatos, ONGs e</p><p>mídia, que influenciam a seleção dos temas públicos relevantes a</p><p>serem transformados em políticas públicas.</p><p>2) Formulação da Política: a fase de formulação de políticas</p><p>públicas envolve o planejamento das ações que foram previamente</p><p>identificadas</p>

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