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<p>Caso 16</p><p>Medicina Legal</p><p>Roger M. Trindade e Valdomiro Salvino</p><p>RA: 1220100068</p><p>RA: 1220100210</p><p>01 Exposição</p><p>do Caso</p><p>Exposição do Caso</p><p>Paciente H.S.D., sexo feminino, 19 anos, natural e procedente de Aracaju-SE, decide realizar</p><p>uma rinoplastia eletiva. Antes do procedimento, H.S.D. comparece ao consultório do médico</p><p>anestesista para realizar a avaliação pré-anestésica. Ao chegar à clínica, a paciente recebe</p><p>a notícia de que a consulta será realizada pela enfermeira integrante da equipe.</p><p>Pacientemente, respondeu às perguntas da enfermeira, que lhe entrega alguns pedidos de</p><p>exame já prontos e carimbados pelo médico.</p><p>No dia da sua cirurgia, a paciente finalmente conhece o anestesista que irá acompanhá-la.</p><p>O médico verifica com ela as informações da ficha de avaliação pré-anestésica e nota que</p><p>o campo dos antecedentes ginecológicos não foram preenchidos, porém, como a cirurgia</p><p>já estava prestes a acontecer, preferiu não aborrecer a paciente com mais perguntas.</p><p>Disse que estava tudo certo e que, em breve, ela acordaria ao final do procedimento.</p><p>A cirurgia evoluiu sem intercorrências quando o anestesista responsável foi chamado para</p><p>realizar uma sedação em outra sala.. Ele se certificou de que estava tudo bem com a</p><p>paciente e pediu ao médico residente, que o acompanhava, que assumisse a monitorização</p><p>da paciente na sua ausência. Disse que, caso fosse necessário, ele deveria ser avisado e que</p><p>estaria na sala vizinha. Durante a sedação, o médico anestesista foi chamado com urgência,</p><p>pois o residente afirmava que a paciente se mexera na mesa de cirurgia. Ao chegar à sala, ele</p><p>percebeu que o vaporizador estava vazio, fato que não havia sido notado pelo médico</p><p>residente. Então ajustou o anestésico inalatório e, naturalmente, culpou o residente pelo</p><p>ocorrido. Apesar disso, não houve outras intercorrências até o fim do procedimento.</p><p>No pós-operatório imediato, a paciente evoluiu bem e obteve alta hospitalar no dia seguinte.</p><p>Disse que a cirurgia ocorreu como ela gostaria, pois havia dormido o tempo inteiro e só se</p><p>lembrava de ter acordado no leito da enfermaria com o nariz que tanto idealizava.</p><p>Exposição do Caso</p><p>Já em casa, no 3º dia pós-operatório, a paciente apresentou sangramento vaginal</p><p>em grande quantidade, o que a levou a procurar assistência médica de urgência. O</p><p>médico plantonista a avaliou e disse que, infelizmente, ela sofrera um quadro de</p><p>abortamento espontâneo e que seria necessário realizar uma curetagem uterina.</p><p>Assustada, H.S.D. afirmou não saber que estava grávida e informou ao plantonista</p><p>que, naquela semana, passou por uma cirurgia eletiva. Ela disse que nas consultas</p><p>realizadas antes do procedimento não foi levantada a hipótese de gravidez e que,</p><p>portanto, não havia sido alertada sobre o risco de abortamento. Disse que percebeu</p><p>o atraso menstrual, mas que não achava que esse fato era importante para a</p><p>realização da cirurgia.</p><p>Exposição do Caso</p><p>Há Indícios de</p><p>Infração Ética no</p><p>Caso?02</p><p>SIM!</p><p>Artigo 22 do código de Ética Médica</p><p>● Falta de informação adequada: estabelece que "é vedado</p><p>ao médico deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o</p><p>prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo</p><p>quando a comunicação direta possa provocar-lhe dano,</p><p>devendo, nesse caso, a comunicação ser feita a seu</p><p>representante legal".</p><p>● No caso apresentado, a paciente não foi informada</p><p>adequadamente sobre os riscos associados à cirurgia, o</p><p>que pode ser caracterizado como violação deste artigo.</p><p>● Omissão de informações importantes: estabelece que "o</p><p>médico deve estar atento aos problemas de saúde do ser</p><p>humano, atuando por todos os meios ao seu alcance, para</p><p>a promoção e a proteção da saúde e para a prevenção e o</p><p>tratamento das doenças, respeitadas as normas éticas e</p><p>legais".</p><p>● No caso apresentado, o anestesista responsável pela</p><p>paciente deixou de perguntar sobre os antecedentes</p><p>ginecológicos da paciente, o que pode ter contribuído para</p><p>o abortamento espontâneo, caracterizando violação desse</p><p>artigo.</p><p>Artigo 7º do Código de Ética Médica</p><p>● Falta de supervisão adequada: estabelece que "o médico</p><p>não pode, em nenhuma circunstância ou sob nenhum</p><p>pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, nem</p><p>permitir quaisquer restrições ou imposições que possam</p><p>prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho".</p><p>● No caso apresentado, o anestesista responsável delegou</p><p>a monitorização da paciente para um médico residente,</p><p>que não percebeu que o vaporizador estava vazio, o que</p><p>pode caracterizar violação deste artigo.</p><p>Artigo 8º do Código de Ética</p><p>Médica</p><p>● Culpabilização indevida: o artigo 59 do Código de Ética</p><p>Médica estabelece que "o médico que, por negligência,</p><p>imprudência ou imperícia, causar dano ao paciente, fica</p><p>sujeito a penalidades éticas e profissionais, sem prejuízo</p><p>da responsabilidade civil ou penal que possa caber-lhe".</p><p>● No caso apresentado, o anestesista responsável culpou o</p><p>médico residente pelo ocorrido, mesmo sendo o</p><p>responsável pelo procedimento,.</p><p>Artigo 59 do Código de Ética Médica</p><p>Como o</p><p>profissional</p><p>deveria ter agido?03</p><p>● Realizar pessoalmente a avaliação</p><p>pré-anestésica</p><p>● Verificar a ficha de avaliação</p><p>pré-anestésica</p><p>● Monitorar continuamente a paciente</p><p>durante o procedimento</p><p>● Verificar o vaporizador do anestésico</p><p>● Deveria ter feito a anamnese completa e</p><p>informar à paciente sobre os riscos e</p><p>complicações do procedimento</p><p>Medidas para evitar infrações éticas:</p><p>Como o gestor</p><p>poderia evitar esse</p><p>problema?04</p><p>Algumas possíveis ações incluem:</p><p>Garantir treinamento da equipe</p><p>Estabelecer protocolos</p><p>Assegurar condições adequadas dos</p><p>equipamentos e materiais promovendo uma</p><p>cultura de segurança para a paciente</p><p>● FRANÇA, Genival V. Comentários ao Código de Ética Médica, 7a edição . [Digite o Local da</p><p>Editora]: Grupo GEN, 2019. E-book. ISBN 9788527735247. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735247/. Acesso em: 04 mar.</p><p>2023.</p><p>Dúvidas mande email: salvino.valdomiro@uni9.edu.br</p><p>Referências:</p><p>Obrigado!</p>

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