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<p>Patologia clínica cirúrgica de pequenos animais</p><p>Parto patológico</p><p>Prof.: Vanessa Raquel</p><p>Parto patológico</p><p>Gestação</p><p>É um processo que culmina na geração, desenvolvimento e nascimento de um novo organismo animal, que tem seu início pela fecundação e término no momento da parturição.</p><p>espécie canina gira em torno de 60 dias.</p><p>tempo de gestação “aparente” - período entre a primeira monta/inseminação e o parto, pode variar entre 58 e 72 dias;</p><p>tempo “real”- A duração real da gestação é definida como o tempo entre o pico de hormônio luteinizante (LH) e o dia do parto, apresentando duração entre 62 e 64 dias.</p><p>Parto patológico</p><p>exame Obstetrício</p><p>Por meio dos métodos de acompanhamento gestacional:</p><p>Quantificar o número de fetos presentes.</p><p>Informar a idade gestacional e predizer a possível data de parturição.</p><p>Diagnóstico de anormalidades.</p><p>ESTABELECENDO O MOMENTO ADEQUADO PARA A INTERVENÇÃO CIRÚRGICA.</p><p>Parto patológico</p><p>exame Obstetrício</p><p>Sinais podem ser observados em cadelas gestantes:</p><p>Aumento das glândulas mamárias e tetos (especialmente em cadelas primíparas ao redor da 5º semana)</p><p>Leve apatia na 3º e na 5º semana, correspondendo ao período de implantação e aumento da pressão do útero gravídico contra o fígado e o estômago, respectivamente.</p><p>Aumento de volume abdominal e comportamento materno, podem ser indicativos de processos gestacionais.</p><p>Pseudogestação.</p><p>Parto patológico</p><p>exame Obstetrício</p><p>Palpação abdominal</p><p>Entre os dias 24 e 35 pós-monta/inseminação, período em que é possível palpar as pequenas vesículas amnióticas presentes no útero da fêmea.</p><p>Obesas ou com o abdome tenso, pode ser demasiadamente difícil a palpação das vesículas antes dos 28 dias.</p><p>3 A acurácia dessa técnica semiológica durante o segundo terço da gestação gira em torno de 87% a 88% para diagnóstico positivo e de 73% para diagnóstico negativo.</p><p>Parto patológico</p><p>exame Obstetrício</p><p>Dosagem hormonal</p><p>O hormônio específico da gestação na espécie canina é a RELAXINA, que tem sua produção realizada pela placenta.</p><p>A mensuração da concentração sérica desse hormônio permite o diagnóstico da gestação na espécie canina de forma relativamente precoce, visto que o aumento de sua concentração sérica ocorre a partir de 24 dias pós-ovulação.</p><p>O único kit comercialmente disponível no Brasil para a dosagem de relaxina atualmente é o FASTest® Relaxin (Megacor Diagnostik), que realiza a análise por meio da técnica de imunocromatografia em amostras de soro ou plasma.</p><p>Parto patológico</p><p>Parto patológico</p><p>exame Obstetrício</p><p>Exame radiográfico</p><p>Só é possível a partir do período em que ocorre a MINERALIZAÇÃO FETAL, quando esqueletos fetais se tornam visíveis radiograficamente a partir do dia 44 da gestação (tardio).</p><p>IMPORTANTE – 1º terço da gestação, os embriões são mais sensíveis aos efeitos deletérios da radiação ionizante.</p><p>A presença de conteúdo fecal no cólon também interfere na visibilização dos fetos.</p><p>Vantagem:</p><p>Torna possível a contagem fetal, sendo considerado método padrão-ouro para esse fim.</p><p>Parto patológico</p><p>exame Obstetrício</p><p>FIGURA 1 Imagens radiográficas da região abdominal de uma fêmea canina gestante (estimativa de 54 dias de gestação) em duas projeções. A: imagem radiográfica em projeção lateral direita (LLD). B: imagem radiográfica em projeção ventrodorsal (VD), na qual o lado direito da paciente foi demarcado pela letra D. É possível notar a presença de diversas estruturas esqueléticas por todo o abdome, com a presença de 6 fetos bem mineralizados, identificados pelas suas cabeças (asteriscos) e colunas.</p><p>Parto patológico</p><p>exame Obstetrício</p><p>FIGURA 2 Imagens radiográficas do abdome em projeção lateral direita de uma cadela gestante em diferentes tempos de gestação. A: imagem obtida aos 45 dias de gestação. Observa-se apenas uma estrutura mineralizada mal definida em topografia de corpo uterino (seta). Há também acentuada quantidade de conteúdo fecal em cólon. Por esse estudo, não é possível realizar uma contagem de forma fidedigna. B: imagem obtida aos 55 dias de gestação da mesma paciente. É possível individualizar o esqueleto de 2 fetos (numerados como 1 e 2), bem mineralizados e de conspicuidade adequada, permitindo uma avaliação assertiva.</p><p>Parto patológico</p><p>exame Obstetrício</p><p>Exame ultrassonográfico</p><p>A ultrassonografia é um exame de imagem essencial na prática obstétrica, pois permite o diagnóstico da gestação, seu acompanhamento, visando ao monitoramento do desenvolvimento embrionário/fetal, o diagnóstico de anomalias gestacionais, bem como a predição do momento do parto.</p><p>Parto patológico</p><p>exame Obstetrício</p><p>Exame ultrassonográfico</p><p>O intuito de um diagnóstico precoce, visando facilitar a detecção de pequenas vesículas gestacionais.</p><p>A utilização de transdutores lineares de alta frequência (> 7,5 MHz) é recomendada, visando a melhor definição das estruturas materno-fetais.</p><p>A gestação será aqui dividida em três terços.</p><p>1º terço corresponderá às 3 primeiras semanas de gestação (dia 0 ao dia 21)</p><p>2º terço à quarta, quinta e sexta semanas (dia 22 ao dia 42)</p><p>3º terço corresponderá à sétima, oitava e nona semanas (dia 43 ao dia 63)</p><p>Parto patológico</p><p>Distocias fetal</p><p>A distocia é a incapacidade ou dificuldade em expelir os fetos no canal do parto.</p><p>Causas</p><p>Origem materna</p><p>Inércia uterina</p><p>Diminuição do canal pélvico</p><p>Anormalidades na vulva</p><p>Rupturas uterinas</p><p>Distocias de origem fetal</p><p>Anomalias como malformações</p><p>Morte fetal ou fetos exageradamente grandes</p><p>Estática fetal e fetos mal posicionados</p><p>As raças braquicefálicas já são predispostas a terem partos distócicos, sendo recomendada cesariana eletiva.</p><p>Parto patológico</p><p>Distocias fetal</p><p>As distocias de causa fetal podem ser classificadas, primordialmente, como dependentes da estática fetal no conduto pélvico durante a fase expulsiva do parto, ou independentes da insinuação postural do feto.</p><p>Distocia fetal dependente da estática fetal</p><p>Define-se estática fetal como o conjunto de características posturais do feto ao insinuar-se através do canal do parto.</p><p>Tipo de insinuação fetal:</p><p>Apresentação</p><p>Posição</p><p>Atitude</p><p>caracteriza a disposição do feto no interior do útero durante a gestação, bem como a sua postura no momento do parto.</p><p>Parto patológico</p><p>Distocias fetal</p><p>FIGURA 5 Distintas alterações posturais do feto que caracterizam as distocias fetais dependentes da estática. A: feto em apresentação anterior, posição vertebrossacra, com flexão de ombros (articulação escapuloumeral); B: feto em apresentação posterior, posição lombossacra com flexão da articulação coxofemural; C: feto em apresenteção anterior, posição vertebrossacra, com flexão lateral da cabeça; D: feto em apresentação anterior, posição vertebrossacra, com flexão ventral da cabeça; E: feto em apresentação transversa horizontal e posição esternoabdominal.</p><p>Parto patológico</p><p>insinuação fetal</p><p>Apresentação fetal</p><p>Trata-se da maneira como o feto se insinua no conduto pélvico em relação a seu eixo longitudinal.</p><p>Dessa maneira, considera-se a apresentação anterior, posterior ou transversa (horizontal ou vertical).</p><p>Para a espécie canina, tanto a apresentação anterior como a posterior podem ser consideradas eutócicas, uma vez que 40% dos filhotes apresentam-se no canal do parto com os membros posteriores.</p><p>Parto patológico</p><p>insinuação fetal</p><p>Posição fetal</p><p>É descrita como a relação entre a coluna vertebral do feto e a pelve materna, na dependência do tipo de apresentação fetal.</p><p>A maior frequência dos nascimentos ocorre na posição vertebrossacra (em apresentação anterior), embora a posição lombossacra (em apresentação posterior) também seja frequentemente observada.</p><p>Parto patológico</p><p>insinuação fetal</p><p>Atitude fetal</p><p>Atitude anômalas</p><p>Descreve-se a maneira como os apêndices fetais insinuam-se no conduto pélvico (cabeça e membros).</p><p>A atitude estendida da cabeça é a forma eutócica no canal do parto, bem como a extensão dos membros torácicos na apresentação anterior.</p><p>Quando em apresentação posterior, os membros pélvicos tendem a flexionar-se espontaneamente, sendo considerada a atitude frequente para esse tipo de apresentação fetal nas cadelas.</p><p>Característica de algo irregular ou fora do comum.</p><p>Alterações na apresentação, posição e/ou na postura do feto durante o parto podem predispor à distocia.</p><p>Parto patológico</p><p>Distocias fetal</p><p>Distocia fetal independente da estática fetal</p><p>As alterações do parto não relativas às características de insinuação fetal.</p><p>Causas:</p><p>Tamanho e o peso fetal,</p><p>Conformação corporal (malformações),</p><p>Morte fetal ou deficiência hormonal do feto,</p><p>Alterações do cordão umbilical</p><p>Alterações das membranas e líquidos fetais.</p><p>Parto patológico</p><p>Intervenção no parto</p><p>A intervenção do médico-veterinário é recomendada quando:</p><p>O trabalho de parto não começa com base na data de estimada.</p><p>A segunda fase do trabalho de parto dura mais de 4 horas sem insinuação do feto.</p><p>Há mais de 2 horas de intervalo entre o nascimento.</p><p>A mãe mostra sinais de doença ou sofrimento.</p><p>Há mais de 30 minutos de fortes contrações abdominais sem o nascimento de um feto.</p><p>Há eliminação de quantidade substancial de secreção avermelhada antes do nascimento do primeiro feto ou</p><p>É observada uma secreção sanguinolenta proeminente a qualquer momento durante o trabalho de parto.</p><p>Fases do parto :</p><p>1º início das contrações uterinas e dilatação da cérvix, estendendo-se por 6 a 12 horas (36h).</p><p>2º à expulsão fetal (4 a 24 horas).</p><p>3º expulsão da placenta.</p><p>Parto patológico</p><p>Auxilio no parto</p><p>TRAÇÃO FORÇADA</p><p>Consiste em aplicar força sobre o feto devidamente posicionado e removê-lo do interior do útero.</p><p>Uma ligeira tração manual sobre a cabeça ou os membros posteriores pode ser executada, principalmente nas primíparas, em quem o genital está passando pela primeira dilatação.</p><p>Sua aplicação aos pequenos animais é muito restrita devido ao acesso.</p><p>Figura 15.1 Inclinação natural durante o parto normal em cadelas</p><p>Parto patológico</p><p>Auxilio no parto</p><p>Atenção especial deve ser dada no caso de fetos absolutos ou relativos grandes, na vigência de rigor mortis ou enfisema subcutâneo. O risco de sequelas à parturiente é muito grande, especialmente as paralisias por compressão de nervos.</p><p>Avaliados:</p><p>Proporções do feto</p><p>Grau de dilatação compatível da via fetal,</p><p>Lubrificação do trato genital</p><p>Estática fetal</p><p>Presença de eventuais obstáculos.</p><p>O trabalho é facilitado quando o produto está vivo.</p><p>Parto patológico</p><p>Auxilio no parto</p><p>O uso de fórceps é possível, mas exige cuidados extremos. A utilização de pinças hemostáticas deve ser desencorajada devido ao risco de mutilação do filhote ou de ruptura uterina e lacerações vaginais.</p><p>É importante lembrar que a existência de feto insinuado insensibiliza o trato reprodutivo devido à compressão, reduzindo uma possível resposta à dor.</p><p>Figura 15.4 Tração incorreta com fórceps em cadelas.</p><p>Figura 15.3 Correto posicionamento do fórceps em cadelas</p><p>Parto patológico</p><p>fetotomia</p><p>A resolução cirúrgica (seja por meio da fetotomia para os casos de óbito fetal ou por cesariana) deve ser considerada uma forma de reduzir o estresse e o trauma materno.</p><p>Indica-se a fetotomia nos seguintes casos:</p><p>Se o feto estiver preferencialmente morto</p><p>Na vigência de fetos absolutos ou relativos grandes</p><p>Fetos enfisematosos</p><p>Monstruosidades fetais</p><p>Fetos que sofreram graves mutilações durante as tentativas de tração</p><p>Distocias de impossível correção</p><p>Casos de adiantada putrefação.</p><p>Parto patológico</p><p>fetotomia</p><p>Os cortes mal executados e aqueles realizados sobre o tórax deixam expostas pontas ósseas cortantes ou de alta capacidade perfurante. Sua remoção exige cuidado e a devida proteção do genital.</p><p>A fetotomia exige do técnico conhecimento de estática fetal, princípios do parto e anatomia;</p><p>familiarização com o material; e experiência no procedimento, que exige boa dose de força física e paciência.</p><p>A técnica nunca deve ser abandonada, desde que tenham sido feitos alguns cortes, pois o risco de perfuração uterina é muito alto.</p><p>Alguns veterinários, por falta do equipamento ou receio de executar a fetotomia, optam pela cesariana, a despeito da condição do feto, ou pelo sacrifício da parturiente.</p><p>Parto patológico</p><p>Cesárea (histerotomia)</p><p>Indicação</p><p>Inércia uterina primária quando o potencial de contração do miométrio está comprometido;</p><p>Secundária, por exaustão uterina;</p><p>Distocias obstrutivas e quando a tração e remoção do feto não forem possíveis.</p><p>EMERGÊNCIA</p><p>Distocia prolongada coloca em risco as vidas da mãe e/ou do neonato.</p><p>Parto patológico</p><p>Cesárea (histerotomia)</p><p>Os cornos uterinos encontram-se paralelos e em contato entre si. À medida que aumentam de tamanho, eles também flexionam e curvam o útero cranial e ventralmente sobre si mesmo.</p><p>O útero gravídico repousa no assoalho abdominal durante a última metade da gestação.</p><p>3 camadas: túnica serosa (perimétrio), túnica muscular (miométrio) e túnica mucosa (endométrio).</p><p>Anatomia Aplicada</p><p>Parto patológico</p><p>Cesárea (histerotomia)</p><p>Técnica Operatória</p><p>As fêmeas devem ser contidas em decúbito dorsal e uma incisão, iniciando-se na cicatriz umbilical, deve ser realizada na linha média ventral. A extensão da incisão é determinada pelo tamanho do útero e o tecido glandular mamário deve ser evitado.</p><p>O cirurgião deve se lembrar de que o útero aumentado encontra-se próximo à parede abdominal aumentando o risco de perfuração.</p><p>Parto patológico</p><p>Cesárea (histerotomia)</p><p>Exterioriza-se primeiro um corno uterino e depois o outro (Figura 19.14A) por meio de elevação cuidadosa através da incisão. A cavidade abdominal deve ser protegida com compressas, evitando-se sua contaminação com fluidos fetais. A incisão no corno uterino pode ser realizada no corpo do útero ou em cada corno separadamente (Figura 19.14B). Quando feita no corpo, favorece a remoção de fetos em posições distócicas próximas à pelve. Nos cornos, diminui o risco de contaminação da cavidade abdominal e favorece a retirada de um número grande de fetos. A incisão é realizada fora da zona de placentação, inicialmente com o bisturi e estendida com uma tesoura até um comprimento suficiente para a remoção fácil dos fetos. Cada feto pode ser trazido à incisão por uma compressão suave no corno uterino, comprimindo-o cranialmente ao aumento de volume. Uma vez que o feto se encontre próximo à incisão, pode-se segurá-lo e aplicar uma tração suave para facilitar sua remoção (Figura 19.14C).</p><p>Parto patológico</p><p>Cesárea (histerotomia)</p><p>À medida que se remove cada feto, rompem-se os anexos fetais, na altura da cabeça, para permitir que se inicie a respiração. Pinçam-se então os vasos umbilicais, com duas pinças (Figura 19.14D), seccionando-se entre elas, mantendo a pinça proximal ao feto a aproximadamente 2 cm a 3 cm da parede abdominal (Figura 19.14E). Coloca-se o neonato em uma compressa estéril que é passada para um assistente. Removem-se os anexos associados por meio de uma tração suave na pinça para minimizar a hemorragia (Figura 19.14F). Repete-se este procedimento até que todos os fetos e seus anexos sejam removidos.</p><p>Parto patológico</p><p>Cesárea (histerotomia)</p><p>FIGURA 3 Neonato sendo ordenhado para fora do útero em cirurgia de cesariana.</p><p>Parto patológico</p><p>Cesárea (histerotomia)</p><p>FIGURA 19.14 Operação cesariana na cadela. A: Exposição do corpo (c) e dos dois cornos uterinos (u) in vivo. B: Incisões realizadas em corpo e cornos uterinos (linhas tracejadas). C: Incisão no corno uterino in vivo. D: Retirada do feto in vivo. E: Vasos umbilicais pinçados com duas pinças hemostáticas</p><p>in vivo. F: Remoção dos anexos, in vivo, por meio de tração suave na pinça.</p><p>Parto patológico</p><p>Cesárea (histerotomia)</p><p>Antes da sutura o útero deve ser palpado desde os ovários até o interior da pelve, certificando-se de que todos os fetos e anexos foram removidos. Uma vez que tenham sido removidos todos os fetos, o útero começa a se contrair rapidamente; essa contração é importante no controle da hemorragia. Se o útero não iniciar a contração no momento do fechamento, pode-se administrar ocitocina (5 a 20 unidades intramuscular [IM] ou endovenosa [EV]) ou maleato de ergonovina (0,02 a 0,1 mg/kg IM).</p><p>Usa-se material de sutura absorvível, com o número variando de 0 a 2-0 de acordo com o porte do animal, em duas camadas, sendo adequado o padrão de sutura simples contínuo no primeiro plano seguido de uma sutura invaginante em padrão contínuo do tipo Cushing ou Lembert. Antes de retornar o útero ao abdome, a ferida deve ser inspecionada e o útero limpo com gaze embebida em solução salina estéril morna. Recoloca-se o omento sobre o útero e as outras vísceras abdominais.</p><p>Parto patológico</p><p>Cesárea (histerotomia)</p><p>A incisão abdominal pode ser fechada em padrão simples interrompido com fio absorvível (categute cromado, polidioxanona, ácido poliglicólico, polidioxanona, poligliconato ou poliglactina 910) ou em padrão de sutura contínuo simples com fio não absorvível (polipropileno ou náilon monofilamentar).</p><p>A síntese do tecido subcutâneo e da pele consiste em sutura de aproximação, padrão simples contínuo ou X (Sultan), com fio absorvível, de diâmetro relacionado com o porte do animal e fio inabsorvível, como o náilon, em padrão simples separado, respectivamente.</p><p>Parto patológico</p><p>Cesárea (histerotomia)</p><p>Cesárea com ovário-histerectomia</p><p>Devem-se retirar os neonatos, como descrito na técnica anterior, e em seguida realizar uma OVH normalmente.</p><p>Técnica Operatória</p><p>Após realizar o acesso à cavidade abdominal pela linha média, devem-se localizar os ovários com o gancho para OVE ou com o dedo indicador (ver técnica de OVH) e fazer um orifício no ligamento largocaudal ao pedículo ovariano. Posiciona-se uma, duas ou três pinças Mosquito, Crile ou Rochester-Carmalt no pedículo ovariano proximal ao ovário, posiciona-se uma ligadura circundante ou em 8 proximal (abaixo) das pinças do pedículo ovariano e posiciona-se uma ou duas ligaduras circundantes com material de sutura absorvível caudal ao ligamento próprio na ponta do corno uterino. Realiza-se a transecção do mesovário e ligamento próprio e remove-se o ovário. A artéria e a veia uterina são ligadas e seccionadas no nível do ligamento, cranialmente ao corno uterino.</p><p>Parto patológico</p><p>Cesárea (histerotomia)</p><p>https://youtu.be/R472ztdptRs</p><p>Parto patológico</p><p>Obrigado !!</p><p>image2.jpeg</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.jpeg</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p><p>image15.png</p><p>image16.jpeg</p><p>image17.webp</p><p>image18.webp</p><p>image19.png</p><p>image20.png</p><p>image21.jpeg</p><p>image22.jpeg</p><p>image23.png</p><p>image24.jpg</p><p>image25.webp</p><p>image26.gif</p><p>image27.jpeg</p><p>media1.mp4</p><p>image28.png</p><p>image29.jpeg</p><p>image30.jpeg</p><p>image31.jpeg</p><p>image32.jpeg</p>