Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Piauí Centro de Tecnologia Curso de Engenharia Elétrica DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS Prof. Marcos Zurita zurita@ufpi.edu.br www.ufpi.br/zurita Teresina - 2012 Transistores de Efeito de Campo - Parte III - Aplicações 2 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Sumário ● 1. O Efeito de Corpo ● 2. Modelo Para Grandes Sinais em BM ● 3. O MOSFET Como Amplificador ● 4. Modelo Para Pequenos Sinais em BM ● 5. Outras Configurações de Amplificadores ● 6. Espelho de Corrente ● 7. Chave Analógica ● Bibliografia 3 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita 1. O Efeito de Corpo 4 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O Efeito de Corpo ● A conexão direta do substrato ao terminal fonte, adotada em muitas aplicações, garante a polarização reversa do corpo do MOSFET e permite que sua influência no funcionamento do dispositivo seja desprezada. p+ p+ n Fonte/Source (S) Dreno/Drain (D)Porta/Gate (G) Substrato/Body (SS) Metal Óxido Semicondutor n+ n+ p Fonte/Source (S) Dreno/Drain (D)Porta/Gate (G) Substrato/Body (SS) Metal Óxido Semicondutor 5 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O Efeito de Corpo ● Entretanto, em alguns casos, não é conveniente manter essa conexão entre o substrato e o fonte, tais como: ● Em circuitos integrados: muitas vezes diversos transistores compartilham o mesmo substrato, que é usualmente conectado ao ponto mais negativo da fonte de alimentação (ou ao ponto mais positivo, no caso se um pMOS). ● Em circuitos cujo vDS pode variar de polaridade: nestes casos é preciso estabelecer a tensão de corpo de modo a garantir que ele esteja sempre reversamente polarizado em relação ao canal. p+ p+ n Fonte/Source (S) Dreno/Drain (D)Porta/Gate (G) Substrato/Body (SS) Metal Óxido Semicondutor n+ n+ p Fonte/Source (S) Dreno/Drain (D)Porta/Gate (G) Substrato/Body (SS) Metal Óxido Semicondutor 6 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O Efeito de Corpo ● Considere um nMOS cujo substrato (corpo) é conectado a um potencial de -vSB volts em relação ao fonte. ● O potencial negativo do substrato aumentará a região de depleção e cancelará parte do canal n induzido. ● Consequentemente, um potencial maior que VT será necessário em vGS para induzir o canal n. n+ n+ p SS Região de depleção do substrato G D VDS S Canal n induzido VSB 7 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O Efeito de Corpo ● Matematicamente, o efeito desse potencial negativo no substrato pode ser expresso como um aumento no potencial de limiar (VT): Onde: ● VT0 - tensão de limiar para vSB = 0 V. ● ϕf - parâmetro físico (tipicamente 2ϕf = 0,6 V). ● γ - parâmetro de efeito de corpo (tipicamente γ = 0,5 V½), dado por: ● NA – Concentração de dopantes (aceitadores) do canal. V T=V T0 [2 fV SB−2 f ] (Eq. 8.1) = 2 q N A εS Cox (Eq. 8.2) 8 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita 2. Modelo do MOS Para Grandes Sinais em Banda Média 9 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Modelo Para Grandes Sinais em BM Modelo Equivalente do nMOS na Região de Saturação Modelo Equivalente do pMOS na Região de Saturação 10 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita 3. O MOSFET Como Amplificador 11 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador O Amplificador de Fonte Comum ● Possui o terminal fonte do FET como ponto comum entre o sinal de entrada e o sinal de saída. ● Para que a amplificação ocorra de forma linear, duas condições principais devem ser atendidas: ● O FET deve ser polarizado na região de saturação; ● A amplitude do sinal a ser amplificado (vin) deve ser bem menor que o valor da tensão de polarização do gate. RD R1 R2 vin C1 C2 12 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador ● Para que o MOS opere na região de saturação ele deve obedecer a duas condições: ● Ou seja, conforme a Eq. 8.3, o valor mínimo de vDS é: ● Por outro lado, o limite mínimo de vGS (vGS=VT), indicado pela Eq. 8.4, leva à região de corte, onde iD=0. ● Nessa condição, não há queda de tensão em RD e vDS assume o valor máximo: v DS vGS−V T (Eq. 8.3) vGSV T (Eq. 8.4) v DSmin = vGS−V T (Eq.8.5) v DSmax = V DD (Eq. 8.6) 13 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador ● A Eq. 8.6 pode ser facilmente verificada através da equação da reta de carga do dispositivo, isto é, a equação da malha de saída do circuito: ● A Eq. 8.7 possui as mesmas variáveis da curva caracterís- tica de dreno do FET, poden- do ser utilizada para analisar ou solucionar a malha de saída. ● Os dois pontos notáveis da Eq. 8.7 são: ● vDS = 0 → iD = VDD/RD. ● iD = 0 → vDS = VDD. RD R1 R2 vin C1 C2 v DS = V DD−RDiD (Eq. 8.7) 14 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita ● Traçando a reta de carga do amplificador sobre as curvas características de dreno do MOS temos: O MOSFET Como Amplificador VDD Q vDSQ iDQ 15 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador ● Uma vez que o MOS foi corretamente polarizado na região de saturação e as variáveis do ponto quiescente (vGSQ, iDQ, vDSQ) determinadas, é possível então analisar a resposta do amplificador ao sinal de entrada. ● Para isto, deve-se observar a segunda condição imposta no início da análise, isto é, que sinal de entrada (vin) possa ser considerado um pequeno sinal frente a vGSQ: ● Aplicando o sinal de entrada à tensão de polarização do gate determina-se a tensão total em vGS: v i n ≪ 2vGSQ−V T (Eq. 8.8) vGS = vGSQv i n (Eq. 8.9) 16 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador ● Naturalmente, uma variação em vGS provocada pelo sinal de entrada implicará também numa variação da corrente de dreno iD (Eq. 7.36): ● Aplicando a Eq. 8.9, temos: ● Desde que vin atenda à Eq. 8.8, vin2 ≈ 0 e a Eq. 8.10 torna-se: onde id é a variação da corrente de dreno imposta por vin: iD=k vGS−V T 2 iD=k vGSQv i n−V T 2 =k vGSQ−V T 22 k vGSQ−V T v i nk v i n 2 (Eq. 8.10) iD=iDQid (Eq. 8.11) id= nC oxWL vGSQ−V T v i n (Eq. 8.12) 17 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita ● O efeito da modulação iD resultante da variação do sinal de entrada (vin) pode ser observado graficamente: O MOSFET Como Amplificador VGS1 = +6,2 V VGS2 = +5,8 V a b VDD Q vDSQ iDQ vDS1 vDS2 iD1 iD2 18 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador ● O ganho de um amplificador é definido como sendo a relação entre a amplitude do sinal de saída e o sinal de entrada: ● Considerando a Eq. 8.13 na análise gráfica realizada, o ganho do amplificador em questão pode ser definido como: Que, para o exemplo em questão, vale: Av= vo u t v i n (Eq. 8.13) Av = v DS vGS = vDS2−vDS1 vGS2−vGS1 (Eq. 8.14) Av = 12,5−10 5,8−6,2 =−6,25V /V 19 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador ● A relação entre vin e vout pode ser representada através da curva de ganho do amplificador: 20 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador Transcondutância (gm) ● A transcondutância (gm) é um parâmetro que relaciona as variações em vGS com as variações resultantes em iD sob vDS constante: logo: ● A Eq. 8.16 pode ser reescrita como: g m=[ ∂ iD∂ vGS ]vDS=cte (Eq. 8.15) g m= n CoxWL vGS−V T 1 v DS (Eq. 8.16) gm= 2 iD vGS−V T (Eq. 8.17) 21 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador ● Tomando id e vgs como a variação do sinal em iD e vGS, respectivamente, pode-se reescrever a Eq. 8.15 como: ● Graficamente, a trans- condutância (gm) pode ser vista como a inclina- ção da reta tangente ao ponto de polarização (Q) da curva de transferência do FET. 21 g m= id vgs (Eq. 8.18) 22 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador ● Assumindo λ = 0 e reescrevendo a Eq. 8.16 em função de iDQ,temos: ● A Eq. 8.19 evidencia duas importantes relações em um MOSFET: ● gm é proporcional à raiz quadrada da corrente DC de polarização do dreno (iDQ). ● Para uma dada corrente iDQ, gm é proporcional à raiz quadrada da relação de aspecto do transistor (W/L). ● Tais relações podem ser utilizadas para guiar o ajuste de parâmetros em projetos de dispositivos envolvendo transistores MOS. gm=2 nCox W /LiDQ (Eq. 8.19) 23 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador Método Gráfico para Determinação de gm e ro ● Obs.: A determinação de ro requer que as curvas caracterís- ticas de dreno tenham sido traçadas considerando o efeito de modulação do canal (λ ≠ 0). ΔvGSΔiD1 vDS=cte ΔiD2 ΔvDS gm=[ iD1 vGS ] (Eq. 8.20) ro=[ vDS iD2 ] (Eq. 8.21) 24 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador Ganho de Tensão (Av) ● Com base na definição de ganho expressa pela Eq. 8.13 é possível estabelecer uma uma equação para o ganho do amplificador de fonte comum, com base em seus parâmetros de circuito. ● Desde que vout é tomado a partir do dreno, pode-se determina-lo diretamente através de vDS. ● Aplicando a Eq. 8.11 na 8.7: ou seja: RD R1 R2 vin C1 C2 v DS = V DD−RDiDQi d (Eq. 8.22) v DS = V DSQ−RDi d (Eq. 8.23) 25 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador ● Logo, a componente do sinal da tensão de dreno (vds) será dada por: ● mas, id = gmvgs (Eq. 8.18) logo: ● Assumindo C2 como sendo um curto na frequência do sinal, temos que vout = vds, podendo o ganho de tensão do amplificador (Av) ser calculado diretamente como: vds =−RDi d (Eq. 8.24) vds =−gm RD vgs (Eq. 8.25) Av = vout v i n = vds vgs (Eq. 8.26) Av =−g m RD (Eq. 8.27) 26 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita O MOSFET Como Amplificador ● Representação gráfica dos sinais de entrada e saída de um amplificador nMOS de fonte comum: 27 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita 4. Modelo do MOS Para Pequenos Sinais em Banda Média 28 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Modelo Para Pequenos Sinais em BM ● Com base no conceito de trans- condutância é possível estabele- cer um modelo para o transistor para baixas e médias frequên- cias (banda média). ● O mesmo modelo pode ser alterado a fim de considerar também o efeito da modulação do canal (ro). ● Tais modelos não consideram as capacitâncias e indutâncias parasitas presentes nos dispositivos reais, não sendo adequados portanto para aplicações de chaveamento ou de frequências mais elevadas. 29 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Modelo Para Pequenos Sinais em BM Ex.: Para o amplificador MOS esboçado abaixo tem-se: VT=1,5 V, k'n(W/L) = 0,25 mA/V2, VA = 50 V. Determine: a) vGSQ, vDSQ e iDQ b) gm e ro c) Av d) Rin 30 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Modelo Para Pequenos Sinais em BM Sol.: ● a) O primeiro passo é determinar os parâmetros do ponto de operação do MOS, isto é, sua polarização. ● Para o transistor dado temos que: mas, ● Resolvendo o sistema (II) em (I) temos 2 soluções: ● iDQ = 1,059 mA → vGSQ = 4,41 V → vDSQ = 4,41 V ● iDQ' = 1,721 mA → vGSQ' = -2,21 V ● A segunda solução obviamente não é realizável pois não atende ao critério de polarização vGS > VT. iDQ =1/2k n ' W /LvGSQ−V T 2 = 0,5⋅0,25vGSQ−1,5 2 (I) vGSQ = v DD−RD iDQ = 15−10×10 3iDQ (II) 31 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Modelo Para Pequenos Sinais em BM ● b) A transcondutância é dada por: ● A resistência de saída (ro ou rDSsat) é dada por: ● c) Com base nos valores de gm e ro determinados é possível esboçar o modelo equivalente do circuito: g m= k n ' W /LvGS−V T = 0,254,41−1,5 = 0,725 mA /V r o = V A/ iDQ = 47,17 k 32 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Modelo Para Pequenos Sinais em BM ● Como o valor de RG é muito elevado a corrente que circula através dele pode-se desprezada frente a corrente de saída. ● Neste caso, a tensão de saída pode ser calculada como: logo: ● d) A resistência de entrada (Rin) pode ser definida como: logo: vo =−gm v gs RD∥RL∥r o=−0,725v gs 10∥10∥47 Av = vo v gs =−0,72510∥10∥47 =−3,28V /V Ri n = vi v i−vo RG = v i vi RG1− vov i = RG 1−Av = 10 4,3 = 2,33 M Ri n = v i ii 33 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita 5. Outras Configurações de Amplificadores 34 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Outras Configurações de Amplificadores O Amplificador de Dreno Comum (Seguidor de Fonte) ● Ganho de tensão sempre menor que a unidade. ● Baixa impedância de saída. ● Principal aplicação: Casador de impedâncias (buffer). vin vout 35 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Outras Configurações de Amplificadores ● O circuito equivalente para pequenos sinais deste amplificador pode ser esboçado como: ● Com base no modelo é possível demonstrar que as equações das tensões de entrada (vi) e de saída (vo), são dadas por: vo=g m vgsRS∥ro (Eq. 8.29) v i=vgsvo (Eq. 8.28) 36 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Outras Configurações de Amplificadores ● Da mesma forma, a impedância de saída (Zo) pode ser calculada por: ● Das Eqs. 8.28 e 8.29 deduz-se a equação do ganho de tensão (Av): ● Caso a resistência do canal seja muito maior que a do resistor de fonte (ro ≥ 10RS), a Eq. 8.31 pode ser aproximada por: Av= gmRS∥ro 1g mRS∥ro (Eq. 8.31) Z o=RS∥r o (Eq. 8.30) Av≃ gm RS 1g m RS (Eq. 8.32) 37 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Outras Configurações de Amplificadores Ex.: Para o amplificador MOS abaixo, determine: a) gm b) Zi c) Zo d) Av ● Para o circuito em questão temos: ● VGSQ = -2,86 V e; ● iDQ = 4,56 mA. R2 1 MΩ RS 2k2 Ω IDSS 16 mA VP -4 V ro 40 kΩ 38 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Outras Configurações de Amplificadores Sol.: ● a) Para o MOS tipo depleção a transcondutância pode ser calculada como: ● b) A impedância de entrada pode ser calculada através do circuito equivalente para pequenos sinais: gm0 = 2 I DSS ∣V P∣ = 8 mA/V gm = g m01− vGSQV P = 81−−2,86−4 = 2,28 mA /V 39 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Outras Configurações de Amplificadores ● Do circuito equivalente temos que: ● c) Da Eq. 8.30 temos: ● d) Como ro ≥ 10RS, o cálculo do ganho pode ser feito através da Eq. 8.32: Z i = RG = 1 M Z o = RS∥r o = 40k∥2k2= 2,08 k Av≃ gm RS 1g m RS = 2,28 mA /V 2,2 k 12,28mA/V 2,2k = 0,83V /V 40 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Outras Configurações de Amplificadores O Amplificador de Porta Comum ● Ganho de tensão similar ao de fonte comum. ● Resistência de entrada mais baixa que o de fonte comum. ● Aplicação mais comum: Circuitos Cascode. ● Se ro≥10RD, as Eqs. 8.33 e 8.35 podem ser aproximadas por: vin vout vG Z i=RG∥[ roRD1g m ro ] (Eq. 8.33) Av= g m RDRD /ro 1RD/ro (Eq. 8.35) Zo=RD∥ro (Eq. 8.34) Z i=RS∥1/ gm (Eq. 8.36) Av≃g m RD (Eq. 8.37) 41 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita 6. Espelho de Corrente 42 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Espelho de Corrente Espelho de Corrente MOS ● Trata-se basicamente de uma fonte de corrente constante cujo valor da corrente fornecida (Io) proporcional a uma corrente de referência (Iref). I ref= V DD−vGS R (Eq. 8.38) I ref = iD1 = 1 2 kn ' W 1L1 vGS−V T 2 I o = iD2 = 1 2 k n ' W 2L2 vGS−V T 2 Iref Io vGS I o=I ref L1W 2 W 1 L2 (Eq. 8.40) I o I ref = W 2/L2 W 1/L1 (Eq. 8.39) 43 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Espelho de Corrente Espelho de Corrente MOS Tipo Wilson ● Maior impedância de saída em relação ao espelho de corrente simples. ● Menor variação da corrente de saída em função da variação da carga. I ref= V DD−V SS−2 vGS R (Eq. 8.41) I o I ref = W 2/L2 W 1/L1 (Eq. 8.42) 44 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita 7. Chave Analógica 45 Dispositivos Eletrônicos – Prof.Marcos Zurita Chave Analógica MOS Chave Analógica nMOS ● Quando fechada, deve conduzir com a menor resistência possível. ● Quando aberta, deve oferecer a maior resistência possível entre seus terminais. ● Deve ser capaz de conduzir corrente nos dois sentidos (bidirecional). 46 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Chave Analógica MOS ● Admita um sinal de entrada senoidal do tipo: ● Para assegurar que o substrato do nMOS permaneça rever- samente polarizado para toda a faixa de tensões do sinal de entrada, este deverá ser polarizado com uma tensão igual ou inferior a menor tensão possível de vi : v i=5 sen t v BV imin ⇒ vB−5 V 47 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Chave Analógica MOS Operação como chave fechada: ● Para garantir que o nMOS conduza para toda a faixa da tensão de entrada, a tensão de controle (vc) deve atender à condição (vGS > VT), logo: ● O funcionamento da chave para a faixa positiva e negativa de vi pode ser analisado com base em circuitos equivalentes: vconV i max V T ⇒ vcon7 V 48 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Chave Analógica MOS ● Deve-se notar que a tensão mínima de controle necessária para fechar a chave (vc(on)) não leva a uma boa condutividade do nMOS nas tensões próximas a vi(max). ● Na prática, para garantir uma baixa resistência de operação para toda a faixa de tensões de entrada, a tensão de controle deverá ser bem maior que esse valor mínimo. Operação como chave aberta: ● Para garantir que o nMOS não conduza para toda a faixa da tensão de entrada, a tensão de controle (vc) deve atender à condição (vGS < VT), logo: vcoff V i minV T ⇒ vcoff −3V 49 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Chave Analógica MOS Porta de Transmissão CMOS ● Implementada a partir de uma chave analógica nMOS e uma pMOS em paralelo. Simbologia 50 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Chave Analógica MOS Operação como chave aberta: ● Aplicando vc = -5V (vc = +5V) temos: ● O nMOS permanece em corte para toda a faixa de tensões de vi, já que vGSn mantém-se inferior a VT, pois, ● O pMOS permanece em corte para toda a faixa de tensões de vi, já que -vGSp mantém-se inferior a -VT, pois, Operação como chave fechada: ● Aplicando vc = +5V (vc = -5V) temos: ● O nMOS conduz para vi < +3V já que vGSn mantém-se superior a VT nessa faixa. ● O pMOS conduz para vi > -3V já que -vGSp mantém-se superior a -VT nessa faixa. vGSn = vGn−V Sn = vc−v i =−5−5 sen t vGSp = vGp−V Sp = vc−vi =5−5 sen t 51 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Chave Analógica MOS ● O funcionamento da chave para a faixa positiva e negativa de vi pode ser analisado com base em circuitos equivalentes: 52 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Chave Analógica MOS ● Ou seja, para a chave fechada (vc = +5V) temos que: ● Para -5 < vi ≤ -3 V: A condução é feita somente pelo nMOS. ● Para -3 < vi < +3 V: A condução é realizada pelos dois transistores ao mesmo tempo. ● Para 3 ≤ vi < 5 V: A condução é feita somente pelo pMOS. ● Contribuição das resistências de canal de cada um dos transistores para a resistência de condução da chave (RON): pMOS nMOS rDS -5 -3 530 vi (V) RON = rDSn || rDSp 53 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Chave Analógica MOS ● Vantagens sobre a chave analógica simples: ● vc na mesma faixa de tensão do sinal analógico; ● Baixa resistência de condução (RON) devido ao paralelo entre as resistências de canal do nMOS e do pMOS; ● RON sofre pouca variação devido à vi. ● Desvantagens: ● Exige um transistor a mais na condução (transistor de grande porte); ● Exige ao menos um inversor lógico para gerar a tensão complementar de controle (vc) (dois transistores de pequeno porte); 54 Dispositivos Eletrônicos – Prof. Marcos Zurita Bibliografia ● Adel S. Sedra, Kenneth C. Smith, “Microeletrônica”, 5ª Edição, Pearson, 2007. ● Behzad Razavi, “Fundamentos de Microeletrônica”, 1º Edição, LTC, 2010. ● Robert L. Boylestad, Louis Nashelsky, “Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos”, 8º Edição, Prentice Hall, 2004. ● David Comer, Donald Comer, “Fundamentos de Projeto de Circuitos Eletrônicos”, LTC, 2005. ● Jimmie J. Cathey, “Dispositivos e Circuitos Eletrônicos”, 2ª Ed., Coleção Schaum, Bookman, 2003. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54
Compartilhar