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BOAS PRÁTICAS NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS MARISA BRASIL ENGENHEIRA DE ALIMENTOS MARISA ALENCAR ENGENHEIRA DE ALIMENTOS EMENTA DO CURSO • Legislação; • Alimento seguro e controle higiênico sanitário; • Perigos em alimentos; • Microbiologia básica; • Doenças transmitidas por alimentos; • Contaminação dos alimentos; • Manipulação segura de alimentos; • Higiene pessoal e hábitos higiênicos dos manipuladores; • Instalações, estrutura física e leiaute das áreas de manipulação de alimentos; • Higiene ambiental; • Qualidade da água; • Controle de pragas; • Manejo de resíduos; • Seleção de fornecedores; • Controle de qualidade de matérias primas e insumos: Recebimento, armazenamento, manipulação, exposição, conservação, distribuição e transporte, controle de amostras, aproveitamento de sobras; • Procedimentos de manipulação de alimentos: descongelamento, dessalgue, porcionamento, refrigeração, congelamento, cozimento, reaquecimento. • Documentação; • Exposição de termos de intimação e autos de infração (Vigilância Sanitária). OBJETIVO DO CURSO DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS ✓ Formar profissionais para atuar em estabelecimentos que manipulam alimentos; ✓ Desenvolver a habilidade para resolução de problemas ligados a manipulação inadequada dos alimentos; ✓ Capacitar o profissional para que seja multiplicador e aplique junto aos seus colaboradores as boas práticas de manipulação de alimentos; ✓ Requisitos normativos: Requisitos que são estabelecidos em normas técnicas. A empresa pode optar por segui-los e implementá-los. - ISO 22000: Gestão de Segurança de Alimentos. - FSSC 22000: Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos. - BRC: Norma Global para Segurança de Alimentos. ✓ Requisitos legais: Legislações aplicáveis ao estabelecimento e que devem ser cumpridas sob risco de autuação ou outras ações legais cabíveis: - Anvisa ou Visas (Estadual e Municipal) e MAPA. REQUISITOS: NORMATIVOS X LEGAIS LEGISLAÇÃO ❖ RDC Nº 216 de 15 de setembro de 2004 - Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação; ❖ RDC Nº 52 de 29 de setembro de 2014 - Altera a Resolução RDC Nº 216, de 15 de setembro de 2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para os Serviços de Alimentação; ❖ Instrução Normativa DIVISA/SVS Nº 04 de 15 de dezembro de 2014 (DF) - Aprova o regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o roteiro de inspeção, anexo; ❖ Portaria CVS Nº 05 de 09 de abril de 2013 (SP) - Aprova o regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o roteiro de inspeção, anexo; ❖ Portaria de consolidação nº 05 de 28 de Setembro de 2017 – Trata da consolidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de Saúde; (Inclui a Portaria 2914/2011- pag 377); ❖ RDC Nº 52 de 22 de outubro de 2009 - Dispõe sobre o funcionamento de empresas especializadas na prestação de serviço de controle de vetores e pragas urbanas e dá outras providências; ❖ Lei N° 6437 de 20 de agosto de 1977 - Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências; ❖ Portaria Nº 1.428, de 26 de novembro de 1993 - Aprova, na forma dos textos anexos, o "Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos" e o "Regulamento Técnico para o Estabelecimento de Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ's) para Serviços e Produtos na Área de Alimentos"; ❖ Portaria Nº 3.523, de 28 de agosto de 1998 - Regulamento Técnico contendo Medidas Básicas referentes aos Procedimentos de Verificação Visual do Estado de Limpeza, Remoção de Sujidades por Métodos Físicos e Manutenção do Estado de Integridade e Eficiência de todos os Componentes dos Sistemas de Climatização, para garantir a Qualidade do Ar de Interiores e Prevenção de Riscos à Saúde dos Ocupantes de Ambientes Climatizados; - PMOC: Plano de Manutenção, Operação e Controle: Busca garantir a qualidade do ambiente e preservar a saúde das pesssoas; ❖ Lei Nº 8078 de 11 de setembro de 1990 – Código de defesa do consumidor; LEGISLAÇÃO MUNICIPAL ❖ Portaria Nº 4950 de 30 de novembro de 1977 – Código de saúde do município de Fortaleza; ❖ Portaria Nº 5530 de 17 de dezembro de 1981 – Código de obras e posturas de Fortaleza; ❖ Portaria Municipal Nº 31 de 21 de março de 2005 - Lista de verificação das boas práticas em serviços de alimentação, conforme resolução nº 216 de 15 de setembro de 2004; ❖ Portaria Municipal nº 33 de 07 de março de 2012 - Roteiro de vistoria sanitária em veículos de transporte de alimentos para consumo humano; ❖ Lei Nº 10.340 de 28 de abril de 2015 - Altera os arts. 1o ao 33 da Lei 8.408, de 24 de dezembro de 1999, e dá outras providencias – Resíduos Sólidos. ❖ Lei Nº 15.072 de 20 de dezembro de 2011 – Dispõe sobre a obrigatoriedade de informação em cardápios e cartazes de bares, restaurantes, lanchonetes e similares sobre os valores calóricos dos alimentos e refeições. ❖ Norma Regulamentadora Nº14 - Fornos; ❖ Norma Regulamentadora Nº17 - Ergonomia; ❖ Norma Regulamentadora Nº23 - Proteção contra incêndio; ❖ Norma Regulamentadora Nº24 - Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho; ❖Norma Regulamentadora Nº33 - Segurança e saúde no trabalho em espaços confinados; NORMAS MTE ❖ Norma Regulamentadora Nº06 – Equipamentos de proteção individual; ❖ Norma Regulamentadora Nº07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO; ❖ Norma Regulamentadora Nº09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais; ❖ Norma Regulamentadora Nº12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamento. NORMAS MTE Conceitos Alimentos preparados: são alimentos manipulados e preparados em serviços de alimentação, expostos à venda embalados ou não, subdividindo- se em três categorias: a) Alimentos cozidos, mantidos quentes e expostos ao consumo; b) Alimentos cozidos, mantidos refrigerados, congelados ou à temperatura ambiente, que necessitam ou não de aquecimento antes do consumo; c) Alimentos crus, mantidos refrigerados ou à temperatura ambiente, expostos ao consumo. Antissepsia: operação que visa a redução de microrganismos presentes na pele em níveis seguros, durante a lavagem das mãos com sabonete anti- séptico ou por uso de agente antisséptico após a lavagem e secagem das mãos. Boas Práticas: procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária. Contaminantes: substâncias ou agentes de origem biológica, química ou física, estranhos ao alimento, que sejam considerados nocivos à saúde humana ou que comprometam a sua integridade. Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas: Sistema que incorpora ações preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou a proliferação de vetores e pragas urbanas que comprometam a qualidade higiênicosanitária do alimento. Limpeza: operação de remoção de substâncias minerais e ou orgânicas indesejáveis, tais como terra, poeira, gordura e outras sujidades. Desinfecção: operação de redução, por método físico e ou agente químico, do número de microrganismos em nível que não comprometa a qualidade higiênico sanitária do alimento. Higienização: operação que compreende duas etapas, a limpeza e a desinfecção. Manipulação de alimentos: operações efetuadas sobre a matéria-prima para obtenção e entrega ao consumo do alimento preparado, envolvendo as etapas de preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e exposição à venda. Manipuladores de alimentos: qualquer pessoa do serviço de alimentação que entra em contato direto ou indireto com o alimento ; Manual de Boas Práticas:documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo, no mínimo, os requisitos higiênico-sanitários dos edifícios, a manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água de abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de qualidade do alimento preparado. Medida de controle: procedimento adotado com o objetivo de prevenir, reduzir a um nível aceitável ou eliminar um agente físico, químico ou biológico que comprometa a qualidade higiênico-sanitária do alimento. Produtos perecíveis: produtos alimentícios, alimentos “in natura”, produtos semi preparados ou produtos preparados para o consumo que, pela sua natureza ou composição, necessitam de condições especiais de temperatura para sua conservação. Registro: consiste de anotação em planilha e ou documento, apresentando data e identificação do funcionário responsável pelo seu preenchimento. Resíduos: materiais a serem descartados, oriundos da área de preparação e das demais áreas do serviço de alimentação. Saneantes: substâncias ou preparações destinadas à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos e/ou públicos, em lugares de uso comum e no tratamento de água. Serviço de alimentação: estabelecimento onde o alimento é manipulado, preparado, armazenado e ou exposto à venda, podendo ou não ser consumido no local. Procedimento Operacional Padronizado - POP: procedimento escrito de forma objetiva que estabelece instruções sequenciais para a realização de operações rotineiras e específicas na manipulação de alimentos. Manipulação segura de alimentos é todo o cuidado que o manipulador deve ter para que o alimento se torne seguro para o consumo, entre outros envolve: ➢ Estrutura física do local onde ocorre a manipulação; ➢ Estado de saúde do manipulador de alimentos; ➢ Condições de exposição do alimento no ato da manipulação; ➢ Armazenamento do alimento após preparado; ➢ Qualidade microbiológica da matéria prima; O que é manipulação segura de alimentos? O que é higiene ? São todos os hábitos que nos auxiliam a prevenir doenças e a manter a nossa saúde e bem estar. A falta de higiene contamina os alimentos, o que pode nos trazer doenças e levar uma pessoa à morte. O que é um alimento seguro? 1 - Alimento seguro é o alimento que não apresenta risco à saúde e integridade física do consumidor. 2 – É o alimento produzido sob condições que garantam o controle dos perigos. Tipos de perigos em alimentos O que são perigos? São contaminantes inaceitáveis de natureza química, física ou biológica que possa causar danos à saúde e a integridade do consumidor, ou, são causas potenciais de danos inaceitáveis que possam tornar um alimento impróprio para o consumo e afetar a saúde do consumidor, ocasionar a perda da qualidade e da integridade econômica do produto. ATIVIDADE 1 PROCURAR UMA NOTÍCIA SOBRE PERIGOS EM ALIMENTOS E COMENTAR ATIVIDADE 2 IDENTIFICAR O TIPO DE PERIGO IDENTIFICAR A FONTE IDENTIFICAR A MEDIDA PREVENTIVA DOCUMENTÁRIO POR TRÁS DO BALCÃO PARTE 1 Tipos de perigos nos alimentos Perigo Físico ▪ São objetos ou matérias estranhas, tais como vidros, metais, pedras, madeiras, plásticos, insetos, ossos, cabelo. ▪ Algumas medidas preventivas são: manter vidros fora da área de produção, realizar manutenções preventivas nos equipamentos, selecionar fornecedores, possuir um bom controle de pragas, treinar os manipuladores. Perigo Físico Perigo Químico ▪ Também podem estar naturalmente presentes nos alimentos e compostos químicos ou substâncias tóxicas. ▪ Os exemplos de venenos naturalmente presentes são as micotoxinas. As substâncias tóxicas, adicionadas intencionalmente ou não, são pesticidas, alérgenos, metais tóxicos, nitratos e nitritos, fungicidas, produtos de limpeza e lubrificantes. ▪ Algumas medidas preventivas são: Uso de produtos de limpeza registrados e adequados para uso em superfícies que entram em contato com alimentos, treinamentos de manipuladores sobre higienização nas concentrações e tempos corretos. Perigo Químico - efeitos Agudos – Acontecem logo após a ingestão dos alimentos contaminados. Crônico - Ocorrem a longo prazo Perigo Químico • Micotoxinas - São toxinas produzidas por fungos Ex.: Aflatoxinas( Milhos, amendoins, nozes, castanhas) Patulina( pães mofados, suco de maça, frutas como banana, pera, abacaxi • Agrotóxicos – Utilizados para a proteção da colheita, no controle de pragas e para aumentar o rendimento da colheita https://drive.google.com/file/d/0B1Q9GO6URFRLWWVUYjdMRW5HNUk/view Perigo Biológico ▪ São organismos vivos, tais como bactérias e suas toxinas, protozoários, vírus e parasitas. ▪ Exemplos de perigos biológicos são:Salmonella spp., Listeria monocyogenes,Campylobacter jejuni, Clostridium botulinum,Clostridium perfringens,Bacillus cereus,Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Giardia lambia, Entamoeba histolytica, vírus da Hepatite A etc. ▪ Estes organismos tem formas específicas de atuação e controle; ▪ Algumas formas de prevenção são: Aquecimento de todas as partes do alimento a 70ºC, manutenção do mesmos a temperatura abaixo de 5ºC, higiene de manipuladores e prevenção à contaminação cruzada. Microbiologia básica Classificação dos microrganismos • Úteis São MO que quando presentes em um alimento causam alterações benéficas, modificando suas características originais, de forma a transformá-los em um novo alimento Bactérias: • fermentação do leite (iogurtes e queijos) • vegetais (picles) Leveduras: • fermento na indústria de panificação • bebidas (cerveja e vinho) Fungos: • fermentação de diversos queijos • consumidos diretamente (champignon e shitake) Classificação dos microrganismos • Deteriorantes São microrganismos (MO) presentes nos alimentos que causam alterações químicas prejudiciais, resultando na chamada deterioração microbiana, resulta na alteração de cor, odor, sabor, textura e aspecto do alimento Classificação dos microrganismos • Patogênicos São microrganismos (MO) presentes nos alimentos que podem causar as doenças transmitidas por alimentos (DTA’s), sérios problemas econômicos e que representam um risco à saúde. Fatores que interferem na multiplicação dos microrganismos A multiplicação microbiana nos alimentos depende: ✓ Do tipo de microrganismo; ✓ Da contaminação inicial; ✓ Da presença de outros microrganismos naturais da sua microbiota e contaminantes externos; ✓ Da higiene da superfície onde o alimento se encontra; ✓ Do tipo de alimento e sua exposição; ✓ Das condições ambientais. Após 1h = 10 Após 6h = 1 000 000 IMPORTANTE: O processo de cozimento não é capaz de matar todas as bactérias, algumas sobrevivem na forma de ESPORO Principais fatores que influenciam a multiplicação de microrganismos Temperatura Tipos de microrganismos 1) Bactérias: - Preferem ambientes úmidos; - Preferem alimentos ricos em proteínas; - Produzem toxinas; - Encontradas: intestino, trato genital, nariz, boca, pulmão, mãos, alimentos e meio ambiente; Staphylococcus aureus - Encontrada no cabelo, nariz, boca, mãos e pele dos animais. - A contaminação ocorre após tocar os alimentos depois de cozidos, tossir ou espirrar sobre os alimentos ou não lavar as mãos corretamente. Os principais sintomas causados são vômitos, náuseas e raramente diarreias. Staphylococcus aureus • Prevenção: ➢ Higiene e atitudes higiênicas do pessoal. ➢ Afastar manipuladores com ferimentos expostos na pele, tosse, gripes, otites, icterícia, diarréia, vômito, febre, dor de garganta com febre, secreções doouvido, olhos ou nariz. ➢ Armazenar alimentos fora da faixa de temperatura: 20º a 40ºC. ➢ Congelamento rápido e manter cadeia de frio. Bacillus cereus: - Encontrado na terra, água, cereais, grãos e hortaliças. - A contaminação ocorre do material advindo do solo que não foi bem higienizado ou que contaminou superfícies de trabalho trazendo contaminação cruzada ao ambiente de manipulação. - Os principais sintomas são diarreia e náuseas, raramente ocorre vômitos e febre. Clostridium botulinum: - Encontrada no solo, água, vegetais, frutas e peixes. - A contaminação ocorre pela toxina botulínica presente no alimento, principalmente em alimentos enlatados contaminados ou com processamento térmico inadequado. - Os principais sintomas são: náuseas, vertigem, perda dos reflexos, dificuldade de deglutir e falar, paralisia respiratória podendo levar o paciente a óbito. Salmonella sp - É encontrada em intestinos de animais e homem, matéria prima animal, rações animais, ovos e hortaliças plantadas com esterco animal ou contaminadas com as fezes humanas. - A contaminação ocorre por meio da contaminação cruzada entre produtos contaminados e ou não contaminados ou cozimento inadequado dos alimentos contaminados. - Os principais sintomas são: diarreia, mal estar, cólicas e febre. Salmonella sp • Prevenção: - Higiene pessoal, controle de saúde (portadores) - Cozimento e reaquecimento adequados: 70ºC - Evitar contaminações cruzadas ou lavar bem utensílios antes do uso para alimentos a serem consumidos crus - Lavar bem as mãos sempre que manusear carnes cruas (aves em especial). Salmonella typhi: - Encontrada no intestino do homem e mãos contaminadas, água contaminada por esgoto e hortaliças contaminadas com fezes humanas. - A contaminação ocorre pelas mãos sujas dos manipuladores ou água de poço sem tratamento. - Os principais sintomas são: Infecção intestinal, febre, vômito, mal estar, calafrios, podendo levar à morte. Escherichia coli - Encontrada nas fezes humanas e de animais de sangue quente, águas de rios e poços. - A contaminação ocorre por meio da contaminação cruzada entre alimentos crus e cozidos, mãos não higienizadas dos manipuladores, inclusive após o uso do banheiro. - Os principais sintomas são: Diarréia, vômito, mal estar, cólica e calafrios Escherichia coli • Alimentos envolvidos: carne bovina, frango, leite, hambúrguer, iogurtes, queijos, vegetais, salsichas, maionese, saladas de buffets. • Prevenção: Cozinhar ou aquecer bem alimentos (> 70ºC/ 2min) - especialmente carnes Evitar contaminação cruzada Listeria monocitogenes: - Encontrada no solo, água, esgoto, vegetais em putrefação e ração animal. - A contaminação vem através de matérias primas como leite, carnes, pescados, frutas e hortaliças. - Os principais sintomas são: Cólica, diarreia, febre, calafrios, mal estar, dor de cabeça e dor nas juntas. Clostridium perfringes: - Encontrada na água, solo, intestino de animais e homem e hortaliças. - A contaminação ocorre por meio de matérias primas como carne e aves, material do solo, contaminação cruzada entre alimentos crus e prontos. - Os principais sintomas são: diarreia e cólicas. Bolores ou mofos Deterioram os alimentos; Alguns produzem micotoxinas, provocando doenças; Maiores que bactérias; Alguns são úteis industrialmente. Tipos de microrganismos Leveduras • Maiores que bactérias; • Frequentes nos vegetais Úteis: • na produção de bebidas, pães e outros produtos; • alimentos fermentados; • Estragam alimentos; • Normalmente não causam danos à saúde quando transmitidos por alimento. 3) Vírus: - Não possuem vida própria e só crescem quando estão dentro da célula do organismo do homem e animais; - O homem adquire esse microrganismo através da ingestão de água contaminada, outro alimento contaminado, ar ou junto a pessoas doentes. Tipos de microrganismos 4) Parasitas - Seu desenvolvimento se dá no organismo do homem ou do animal; - Se encontram no solo, água, alimentos em geral e no intestino humano e animal. Tipos de microrganismos Vibrio parahaemolyticus • O consumo de peixes, crustáceos e moluscos contaminados provoca no ser humano gastrenterite branda, com duração de dois a três dias Sintomas: Diarreia, cãibras abdominais, náusea, vômito, dor de cabeça, febre baixa e calafrios. Nos casos mais severos, em vez de diarreia, ocorre disenteria com fezes mucóides e sanguinolenta. Prevenção: Cocção adequada dos alimentos, na refrigeração e congelamento Parasitose - Ascaris Lumbricoides - Ascaridíase Taenia Solium - Cisticercose Sintomas da cisticercose • Dor de cabeça, convulsões, confusão mental ou coma quando a larva da Taenia se aloja no cérebro; • Palpitações, dificuldade em respirar ou respiração ruidosa quando a larva da Taenia se aloja no coração; • Dor local, inchaço, inflamação, cãibras ou dificuldade nos movimentos quando a larva da Taenia se aloja no músculo; • Papo, que geralmente não causa dor e que pode ser confundido com um cisto quando a larva da Taenia se aloja na pele; • Problemas de visão ou perda da visão quando a larva da Taenia se aloja nos olhos. Taenia Solium e Saginata - Teníase Sintomas • Diarreia frequente ou prisão de ventre; • Enjoo; • Dor abdominal; • Dor de cabeça; • Falta ou aumento do apetite; • Irritação; • Cansaço e insônia Fatores intrínsecos 1) pH - Quanto menor o PH, mais ácido o alimento e menor a incidência de tipos de microrganismos; - O pH mais importante na microbiologia de alimentos é 4,5 → Não há multiplicação da Clostridium botulinum, apenas bolores e leveduras resistem; - Acidulantes → Usados para eliminar riscos de deterioração. Fatores intrínsecos 2) Atividade de água - É a quantidade de água livre presente nos alimentos, que pode favorece o metabolismo dos microrganismos; Fatores intrínsecos 3) Oxigênio - Aeróbios: Necessitam de oxigênio para se desenvolverem; - Anaeróbios: Necessitam da falta de oxigênio para se desenvolverem; - Facultativos: Tanto faz a existência ou não de oxigênio para se desenvolverem. Fatores intrínsecos 4) Nutrientes - Substâncias presentes na estrutura dos alimentos e são importantes para o desenvolvimento de todos os seres vivos; Fatores intrínsecos 5) Constituintes antimicrobianos - Constituintes naturalmente presentes nos alimentos: Alho: Alicina → B. cereus, S. aureus, C. botulinum. Cravo: eugenol → Bactérias. Fatores extrínsecos 1) Temperatura - Binômio tempo X temperatura: Dois fatores utilizados para controlar, eliminar ou diminuir o número de microrganismos durante a manipulação e distribuição dos alimentos; - Alguns fungos, bactérias e esporos sobrevivem ao calor. Fatores extrínsecos 2) Umidade relativa do ambiente - Está diretamente ligada à atividade aquosa do alimento; - Os locais de armazenamento de alimentos devem possuir entre 50 e 60% de umidade. Fatores extrínsecos 3) Composição gasosa do ambiente - Tecnologia de atmosfera modificada ajuda a inibir a proliferação de microrganismos; - Os gases mais utilizados são oxigênio, nitrogênio e gás carbônico. São todas as ocorrências clínicas consequentes da ingestão de alimentos que possam estar contaminados com microrganismos patogênicos, substâncias químicas, objetos lesivos ou que contenham em sua constituição estruturas naturalmente tóxicas, ou seja, são doenças consequentes da ingestão de perigos biológicos, químicos ou físicos presentes dos alimentos. Caso de DTA: Episódio em que uma pessoa apresenta sinais e sintomas após ingerir alimento considerado contaminado. Surto de DTA: Episódio no qual duas ou mais pessoas apresentam, num determinado período de tempo, sinais e sintomas após a ingestão de um mesmo alimento considerado contaminado. Doenças Transmitidas por Alimentos - DTA’s Tipos de DTA’s 1) Infecções: Causadaspela ingestão de microrganismos patogênicos que desenvolvem-se e multiplicam-se ou produzem toxinas que provocam os sintomas. 2) Intoxicações: Provocadas pela ingestão de toxinas formadas em decorrência de intensa proliferação de microrganismos patogênicos no alimento. Conservação dos Alimentos Conservação pelo calor; Conservação pelo frio; Conservação pela concentração e desidratação; Conservação pela salga; Conservação por fermentação; Conservação por atmosfera modificada; Conservação por aditivos químicos. Manipulação segura de alimentos é todo o cuidado que o manipulador deve ter para que o alimento se torne seguro para o consumo, entre outros envolve: ➢ Estrutura física do local onde ocorre a manipulação; ➢ Estado de saúde do manipulador de alimentos; ➢ Condições de exposição do alimento no ato da manipulação; ➢ Armazenamento do alimento após preparado; ➢ Qualidade microbiológica da matéria prima; Resumindo: O controle higiênico sanitário deve ser realizado desde a escolha do fornecedor até a exposição do alimento. O que é manipulação segura de alimentos? Perigos nos alimentos Como evitar que cheguem nos alimentos Aplicando as Boas Práticas!! O que são as Boas Práticas Práticas de higiene recomendadas para a manipulação de alimentos, visando a obtenção de alimentos seguros. Onde se aplicam as Boas Práticas? BPM – MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS BPA - AGRÍCOLA BPF – FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS/EMBALAGENS Benefícios de implantar as Boas Práticas: - Maior segurança e qualidade dos produtos; - Redução de perdas; - Maior competitividade; - Atendimento às exigências do mercado e dos consumidores; - Atendimento a eventuais ações judiciais; - Atendimento à legislação. POP RDC 216 - ANVISA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO POP RDC 275 - ANVISA ESTABELECIMENTOS PRODUTORES/INDUSTRIALIZADORES DE ALIMENTOS - HIGIENIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS; - CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS E VETORES URBANOS; - POTABILIDADE DA ÁGUA; - HIGIENE E SAÚDE DOS MANIPULADORES; - SELEÇÃO DE MATÉRIAS PRIMAS, INGREDIENTES E EMBALAGENS; - HIGIENIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS; - CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS E VETORES URBANOS; - POTABILIDADE DA ÁGUA; - HIGIENE E SAÚDE DOS MANIPULADORES; - MANEJO DE RESÍDUOS; - PROGRAMA DE RECOLHIMENTO DE ALIMENTOS - MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS; OBS: PARA GELATOS COMESTÍVEIS HÁ O POP 09: PASTEURIZAÇÃO. ÁREA FÍSICA SEM CRUZAMENTO Recebimento Bancada para apoio de monoblocos Balança Estrado Tanque Doca para caminhões Área de lixo Limpeza Guarda de butijões Cozinha Quente Saladas Lavagem de Utensílios de Cozinha Lavagem de Utensílios de Mesa Administração Armazenamento a frio Material de Limpeza Estoque Pré- preparo de Hortifruti Pré- preparo de Carnes Guarda de Utensílios Distribuição Pass through Devolução Pia de Mão Edifícios e instalações Área de manipulação Instalações Física Superfícies Pisos / ralos; Paredes; Forros e tetos; Portas e janelas Características • Lisas • Resistentes • Laváveis • Impermeáveis • Cores claras Edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios • A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. O acesso às instalações deve ser controlado e independente, não comum a outros usos. • O dimensionamento da edificação e das instalações deve ser compatível com todas as operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos ou por outros meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada. Edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios • As instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso, impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, dentre outros e não devem transmitir contaminantes aos alimentos. • As portas e as janelas devem ser mantidas ajustadas aos batentes. As portas da área de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotadas de fechamento automático. As aberturas externas das áreas de armazenamento e preparação de alimentos, inclusive o sistema de exaustão, devem ser providas de telas milimetradas para impedir o acesso de vetores e pragas urbanas. As telas devem ser removíveis para facilitar a limpeza periódica. Piso Aberc, 2009 Cor clara Bom estado de conservação Material liso Impermeável Lavável Fácil higienização Piso Aberc, 2009 Piso com declive Ralos sifonados Grelha com sistema de fechamento PISO PAREDE E TETO TETO/FORRO PAREDES E DIVISÓRIAS PORTAS E JANELAS • As instalações devem ser abastecidas de água corrente e dispor de conexões com rede de esgoto ou fossa séptica. Quando presentes, os ralos devem ser sifonados e as grelhas devem possuir dispositivo que permitam seu fechamento. • As caixas de gordura e de esgoto devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos, devendo estar localizadas fora da área de preparação e armazenamento de alimentos e apresentar adequado estado de conservação e funcionamento. Edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios ESGOTAMENTO SANITÁRIO CAIXA DE GORDURA RALOS E CANALETAS Devem ser sifonados e possuir sistema de fechamento, na ausência desse sistema, usar telas milimétricas que devem ser removidas diariamente para higienização; RALOS E CAIXAS DE GORDURA RALOS E CANALETAS • Devem estar livres de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais. ÁREAS INTERNAS E EXTERNAS MONTACARGAS ✓ PIAS - De material resistente, lavável e em bom estado de conservação; - Pias de cuba funda: Ideal para lavagem de utensílios • A iluminação da área de preparação deve proporcionar a visualização de forma que as atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as características sensoriais dos alimentos. As luminárias localizadas sobre a área de preparação dos alimentos devem ser apropriadas e estar protegidas contra explosão e quedas acidentais. ? • As instalações elétricas devem estar embutidas ou protegidas em tubulações externas e íntegras de tal forma a permitir a higienização dos ambientes. • A ventilação deve garantir a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, condensação de vapores dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico- sanitária do alimento. O fluxo de ar não deve incidir diretamente sobre os alimentos. • Os equipamentos e os filtros para climatização devem estar conservados. A limpeza dos componentes do sistema de climatização, a troca de filtros e a manutenção programada e periódica destes equipamentos devem ser registradas e realizadas conforme legislação específica. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS • Exclusivos para os manipuladores; • Sem comunicação com as áreas de produção, armazenamento e refeitório; • Facilidades para a higiene pessoal; Banheiros e vestiários Aberc, 2009 Bacia com tampa Mictório (sexo masculino) 1 armário para cada funcionário 1 chuveiro a cada 20 funcionários Banheiros e vestiários Aberc, 2009 Sem comunicação direta com a área de manipulação Dotada de lixeiras com tampa e pedal Porta com acionamento automático Separados por sexo • As instalações sanitárias devem possuir lavatórios e estar supridas de produtos destinados à higiene pessoal tais como papel higiênico, sabonete líquido inodoro antisséptico ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico e toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para secagem das mãos. Oscoletores dos resíduos devem ser dotados de tampa e acionados sem contato manual. • Devem existir lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de manipulação, em posições estratégicas em relação ao fluxo de preparo dos alimentos e em número suficiente de modo a atender toda a área de preparação. Os lavatórios devem possuir sabonete líquido inodoro antisséptico ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico, toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionado sem contato manual. Estrutura Física ► Localizados em todas as áreas; ► Exclusivo; ► Em posição estratégica; ►Com cartaz educativo; ► Facilidades adequadas. Lavatórios ideais EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS • Que entram em contato com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme estabelecido em legislação específica. • Devem ser mantidos em adequado estado de conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção. Higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios • As instalações, os equipamentos, os móveis e os utensílios devem ser mantidos em condições higiênico sanitárias apropriadas. As operações de higienização devem ser realizadas por funcionários comprovadamente capacitados e com frequência que garanta a manutenção dessas condições e minimize o risco de contaminação do alimento. • As caixas de gordura devem ser periodicamente limpas. O descarte dos resíduos deve atender ao disposto em legislação específica. • As operações de limpeza e, se for o caso, de desinfecção das instalações e equipamentos, quando não forem realizadas rotineiramente, devem ser registradas. • A área de preparação do alimento deve ser higienizada quantas vezes forem necessárias e imediatamente após o término do trabalho. Devem ser tomadas precauções para impedir a contaminação dos alimentos causada por produtos saneantes, pela suspensão de partículas e pela formação de aerossóis. Substâncias odorizantes e ou desodorantes em quaisquer das suas formas não devem ser utilizadas nas áreas de preparação e armazenamento dos alimentos. • Os produtos saneantes utilizados devem estar regularizados pelo Ministério da Saúde. A diluição, o tempo de contato e modo de uso/aplicação dos produtos saneantes devem obedecer às instruções recomendadas pelo fabricante. Os produtos saneantes devem ser identificados e guardados em local reservado para essa finalidade. • Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização devem ser próprios para a atividade e estar conservados, limpos e disponíveis em número suficiente e guardados em local reservado para essa finalidade. Os utensílios utilizados na higienização de instalações devem ser distintos daqueles usados para higienização das partes dos equipamentos e utensílios que entrem em contato com o alimento. • Os funcionários responsáveis pela atividade de higienização das instalações sanitárias devem utilizar uniformes apropriados e diferenciados daqueles utilizados na manipulação de alimentos. Limpeza Desinfecção HIGIENIZAÇÃO Ambiente de trabalho, equipamentos e utensílios Higienização Equipamentos não higienizados = contaminação cruzada + formação de BIOFILMES = contaminação alimentos. BIOFILMES Limpeza & Sanitização A limpeza e desinfecção normalmente consistem em 6 etapas: 1.Remova as sujidades com água. 2. Aplique o detergente e esfregue 3. Enxágüe 5. Enxágüe final 6. Secar naturalmente Sanitização Não se esqueça!! Antes de sanitizar, é preciso limpar! Limpeza 4. Aplique o sanitizante e deixe agir por no mínimo 15 minutos Morte dos microrganismos. Medir a concentração do sanitizante (200ppm) quaternario A desinfecção pode ser feita com água fervendo, álcool a 70% ou solução clorada. Limpeza e desinfecção Calor Imersão Borrifamento Guardar em local limpo e seco. Limpeza e desinfecção Protegendo os utensílios Limpeza e desinfecção Frequência de higienização Instalações/Equipamentos Frequência Pisos, ralos e rodapés Diária ou a cada turno de trabalho Paredes Diária para meia parede e semanal para parede inteira Tela milimétrica Semanal Janelas e portas Diária Teto ou forro Semanal Reservatório de água No mínimo semestral Tomadas e interruptores Semanal Luminárias Mensal Banheiros Diária Equipamentos e utensílios Diária ou de acordo com o uso DOSADORES/DILUIDORES FATIADOR DE FRIOS NATUREZA DA SUPERFÍCIE Plástico/Inox MÉTODO DE HIGIENIZAÇÃO - Desligamento do equipamento; - Desmontagem de todas as peças necessárias. Corpo do equipamento: - Retirada dos resíduos de alimentos; - Limpeza, com auxílio de escova de nylon e esponja embebida em detergente clorado de todo o equipamento, principalmente nas frestas; - Secagem com papel toalha; - Remontagem do equipamento. Peças: - Lavagem das peças em água corrente; - Remoção de resíduos com esponja e escova de nylon, embebidas em detergente clorado principalmente as frestas e quinas; -Enxágüe em água corrente para retirada dos resíduos e também do detergente; PRODUTO UTILIZADO Detergente clorado PRINCÍPIO ATIVO Hidróxido de potássio; Hipoclorito de sódio; Alcalinizante; Sabões; Tensoativo. MATERIAL NECESSÁRIO Esponja, escova de nylon TEMPO DA OPERAÇÃO 30 minutos EPI’s Luvas de borracha FREQUENCIA DA OPERAÇÃO Após o uso RESPONSÁVEL Auxiliar de cozinha Qualidade da água Utilidades Qualidade da água Doenças vinculadas a água Doenças Agentes Causadores Sintomas Cólera Vibrio cholerae Diarreia abundante, vômitos ocasionais, acidose, câimbras e colapso respiratório Gastroenterite viral Rotavísrus Diarreia e vômitos, podendo levar a desidratação grave Amebíase Entamoeba hystolitica Desinteria aguda, febre e calafrios Qualidade da água Cuidados com o gelo Utilizar gelo com potabilidade comprovada Qualidade da água • Límpida, sem cor, gosto e odor • Origem segura • Armazenada adequadamente • Com potabilidade comprovada • Deve ser utilizada somente água potável para manipulação de alimentos. Quando utilizada solução alternativa de abastecimento de água, a potabilidade deve ser atestada semestralmente mediante laudos laboratoriais, sem prejuízo de outras exigências previstas em legislação específica. • O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado a partir de água potável, mantido em condição higiênico-sanitária que evite sua contaminação. • O vapor, quando utilizado em contato direto com alimentos ou com superfícies que entrem em contato com alimentos, deve ser produzido a partir de água potável e não pode representar fonte de contaminação. 4 • O reservatório de água deve ser edificado e ou revestido de materiais que não comprometam a qualidade da água, conforme legislação específica. Deve estar livre de rachaduras, vazamentos, infiltrações, descascamentos dentre outros defeitos e em adequado estado de higiene e conservação, devendo estar devidamente tampado. • O reservatório de água deve ser higienizado, em um intervalo máximo de seis meses, devendo ser mantidos registros da operação. Moscas, baratas, ratos, pássaros e outros. (grande risco de contaminação) Controle integrado de pragas e vetores urbanos • A edificação, as instalações, os equipamentos, os móveis e os utensílios devem ser livres de vetores e pragas urbanas. Deve existir um conjunto de ações eficazes e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação dos mesmos. Atração Acesso Abrigo • Quando as medidas de prevenção adotadas não forem eficazes, o controle químico deve ser empregado e executado por empresa especializada, conforme legislação específica, com produtos desinfestantes regularizados pelo Ministérioda Saúde. • Quando da aplicação do controle químico, a empresa especializada deve estabelecer procedimentos pré e pós tratamento a fim de evitar a contaminação dos alimentos, equipamentos e utensílios. Quando aplicável, os equipamentos e os utensílios, antes de serem reutilizados, devem ser higienizados para a remoção dos resíduos de produtos desinfestantes. • Inspeção de caixas de papelão, caixotes e vidros; • Limpeza cuidadosa de móveis, equipamentos e utensílios; • Gerenciamento e acondicionamento do lixo; • Vedação de frestas, rachaduras e outros; • Instalar barreiras físicas em ralos, portas e janelas; • Manter limpo terrenos baldios; • Manter todas as áreas de armazenamento e produção de alimentos limpas; Controle de pragas O que fazer: Controle de pragas Meios para impedir o acesso: Ralos com sistema abre e fecha e/ou tela Proteção borracha na parte inferior de portas Tela milimétrica nas janelas Cortina de ar ou de PVC nas portas Controle de pragas • Examinar regularmente as áreas internas e externas para detectar evidências de presença e infestação. • Realizar controle químico por empresas terceirizadas especializadas. Tipos de Iscagem Armadilha com Cola Proteção metálica Porta Isca/com veneno Somente áreas externas Modelos Armadilhas - MIP Armadilha luminosa com cola Manejo de resíduos • O estabelecimento deve dispor de recipientes identificados e íntegros, de fácil higienização e transporte, em número e capacidade suficientes para conter os resíduos. • Os coletores utilizados para deposição dos resíduos das áreas de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotados de tampas acionadas sem contato manual. • Os resíduos devem ser frequentemente coletados e estocados em local fechado e isolado da área de preparação e armazenamento dos alimentos, de forma a evitar focos de contaminação e atração de vetores e pragas urbanas. Manipuladores • O controle da saúde dos manipuladores deve ser registrado e realizado de acordo com a legislação específica. • Os manipuladores que apresentarem lesões e ou sintomas de enfermidades que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos devem ser afastados da atividade de preparação de alimentos enquanto persistirem essas condições de saúde. • Os manipuladores devem ter asseio pessoal, apresentando-se com uniformes compatíveis à atividade, conservados e limpos. Os uniformes devem ser trocados, no mínimo, diariamente e usados exclusivamente nas dependências internas do estabelecimento. As roupas e os objetos pessoais devem ser guardados em local específico e reservado para esse fim. • Os manipuladores devem lavar cuidadosamente as mãos ao chegar ao trabalho, antes e após manipular alimentos, após qualquer interrupção do serviço, após tocar materiais contaminados, após usar os sanitários e sempre que se fizer necessário. Devem ser afixados cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta lavagem e antisepsia das mãos e demais hábitos de higiene, em locais de fácil visualização, inclusive nas instalações sanitárias e lavatórios. Mãos Sujas Mãos após lavagem com água e sabão Mãos após anti-sepsia com álcool 70% Sujas Após lavagem com água e sabão Após anti-sepsia com álcool 70% Mãos Mãos Sujas Mãos Lavadas Aliança Pano de Cozinha Dinheiro Cabelo Bigode Ar • Os manipuladores não devem fumar, falar desnecessariamente, cantar, assobiar, espirrar, cuspir, tossir, comer, manipular dinheiro ou praticar outros atos que possam contaminar o alimento, durante o desempenho das atividades. • Os manipuladores devem usar cabelos presos e protegidos por redes, toucas ou outro acessório apropriado para esse fim, não sendo permitido o uso de barba. As unhas devem estar curtas e sem esmalte ou base. Durante a manipulação, devem ser retirados todos os objetos de adorno pessoal e a maquiagem. • Os manipuladores de alimentos devem ser supervisionados e capacitados periodicamente em higiene pessoal, em manipulação higiênica dos alimentos e em doenças transmitidas por alimentos. A capacitação deve ser comprovada mediante documentação. • Os visitantes devem cumprir os requisitos de higiene e de saúde estabelecidos para os manipuladores. Bactérias no corpo humano Mãos 100 à 1000 mil/cm2 Couro cabeludo 1 milhão/cm2 Axilas 10 milhões/cm2 Saliva 100 milhões/g Testa 10 à 100 mil/cm2 Secreção nasal 10 milhões/g Equipamentos de Proteção EPI - Definição • De acordo com a NR-6 da Portaria nº 3214 de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego, considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI: • TODO DISPOSITIVO DE USO INDIVIDUAL DESTINADO A PROTEGER A SAÚDE E A INTEGRIDADE FÍSICA DO TRABALHADOR. EPI – Obrigações • LEGISLAÇÃO A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, de forma gratuita, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) Sempre que medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas c) Para atender situações de emergência EPI – Obrigações • DA EMPRESA ✓ adquirir o adequado ao risco da atividade. ✓ exigir seu uso. ✓ Fornecer somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente. ✓ Orientar e treinar o trabalhador quanto a seu uso , guarda e conservação. ✓ Substituir imediatamente quando extraviado ou danificado. ✓ Responsabilizar-se por sua manutenção e higienização. EPI – Obrigações • DO EMPREGADO ✓ Usar , utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina. ✓ Responsabilizar-se por sua guarda e conservação. ✓ Comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para uso. ✓ Cumprir as determinações do empregador sobre seu uso adequado. EPI - Aplicação • O equipamento de proteção individual se faz necessário, quando: ✓ As medidas de proteção coletivas forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidente do trabalho e/ou doenças profissionais. ✓ As medidas de proteção coletivas estiverem sendo implantadas. ✓ Para atender as situações de emergências. ✓ Na execução de trabalhos de curta duração. EPI – Vias • As vias de exposição são: EPI • Para fins de aplicação considera-se obrigatório os seguintes EPI`s para o trabalho no interior das produções. ✓ Touca para proteção de cabelo (descartável). ✓ Blusa ✓ Calça de cor clara ✓ Luvas e máscaras → específicos para áreas diferentes ✓ Calçado fechado EPI – Face • Proteção dos olhos e face - Óculos: Proteção contra partículas, luz intensa, radiação, respingos de produtos químicos. - Protetor facial: Proteção do rosto EPI – Mãos • Proteção dos membros superiores Proteção de mãos, dedos e braços de riscos mecânicos, térmicos e químicos ✓ Luvas de proteção ✓ Mangas ✓ Mangotes ✓ Dedeiras EPI – Calçados • Proteção dos membros inferiores: Proteção de pés, dedos dos pés e pernas contra riscos de origem térmica, umidade, produtos químicos, quedas - Calçados de segurança - Botas e botinas EPI – Respiradores • Proteção Respiratória Proteção do sistema respiratório contra gases, vapores, névoas, poeiras. - Máscaras de proteção respiratória: Descartáveis Convencionais EPI – Uniformes • Proteção para o corpo em geral Proteção contra calor, frio, produtos químicos, umidade, intempéries. ✓ Calças ✓ Conjuntos de calça e blusão ✓ Aventais ✓ Japona O USO DE LUVAS é obrigatório Trocar as luvas sempre que estiverem sujas e rasgadas, quando sair do setor, quando trocar de atividade Lavar sempre as mãos antes de calçar as luvas • Na proteção de curativos de cortes e feridas • Nos machucados podem estar presente uma vasta quantidade de bactérias patogênicas capaz de sedesenvolver nos alimentos e causar toxinfecções alimentares. • Na manipulação de alimentos prontos para consumo que são alimentos ingeridos sem lavar, cozinhar ou qualquer preparação adicional. Matérias primas, ingredientes e embalagens Recebimento Verifique sempre: A temperatura dos alimentos Resfriados: 5ºC ou conforme Fabricante Congelados -18ºC com tolerância até -12ºC Validade Maximo 30% da validade total ou 50% para produtos com mais de 120 dias de validade Não receber alimentos com 10 dias para vencer Estabelecer horários Avaliar condições de transporte Avaliar condições da embalagem Verificar a rotulagem das embalagens Avaliar características dos produtos ( cor, odor, textura, sabor) Recebimento das mercadorias Ordem de recebimento das mercadorias 1º - alimentos perecíveis refrigerados; 2º - alimentos perecíveis congelados; 3º - alimentos perecíveis em temperatura ambiente; 4º - alimentos não perecíveis. • Os serviços de alimentação devem especificar os critérios para avaliação e seleção dos fornecedores de matérias-primas, ingredientes e embalagens. O transporte desses insumos deve ser realizado em condições adequadas de higiene e conservação. • A recepção das matérias-primas, dos ingredientes e das embalagens deve ser realizada em área protegida e limpa. Devem ser adotadas medidas para evitar que esses insumos contaminem o alimento preparado. • As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser submetidos à inspeção e aprovados na recepção. As embalagens primárias das matérias-primas e dos ingredientes devem estar íntegras. A temperatura das matérias-primas e ingredientes que necessitem de condições especiais de conservação deve ser verificada nas etapas de recepção e de armazenamento. • Os lotes das matérias-primas, dos ingredientes ou das embalagens reprovados ou com prazos de validade vencidos devem ser imediatamente devolvidos ao fornecedor e, na impossibilidade, devem ser devidamente identificados e armazenados separadamente. Deve ser determinada a destinação final dos mesmos. http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2015/03/vigilancia-sanitaria-apreende-mais-de-40- quilos-de-alimentos-em-evento-de-food-trucks-4715060.html http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2015/03/vigilancia-sanitaria-apreende-mais-de-40-quilos-de-alimentos-em-evento-de-food-trucks-4715060.html http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2015/03/vigilancia-sanitaria-apreende-mais-de-40-quilos-de-alimentos-em-evento-de-food-trucks-4715060.html • Devem-se manter os termômetros limpos e calibrados para garantir a precisão. • Modo de uso: Meça a temperatura interna de um alimento inserindo a haste do termômetro ou sonda na parte mais central. Aguarde 30 segundos ou até que no indicador pare de se mover antes de gravar a temperatura. • O termômetro tipo vareta (de penetração) é o mais recomendado para se medir a temperatura dentro dos alimentos e também em bebidas. Medem de –50ºC a 300ºC. • O termômetro infravermelho com mira laser mede a distância, sem precisar tocar o produto no qual está sendo feita a medição. • Pode ser utilizado para medir a temperatura em alimentos onde se deseja evitar qualquer tipo de contato. • Não mede a temperatura no interior dos alimentos, portanto deve-se ter cautela ao utilizá-lo para mensurar a temperatura de produtos de grande espessura • As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser armazenados em local limpo e organizado, de forma a garantir proteção contra contaminantes. Devem estar adequadamente acondicionados e identificados, sendo que sua utilização deve respeitar o prazo de validade. Para os alimentos dispensados da obrigatoriedade da indicação do prazo de validade, deve ser observada a ordem de entrada dos mesmos. • As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser armazenados sobre paletes, estrados e ou prateleiras, respeitando-se o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventilação, limpeza e, quando for o caso, desinfecção do local. Os paletes, estrados e ou prateleiras devem ser de material liso, resistente, impermeável e lavável Armazenamento do alimento Armazene corretamente no mesmo equipamento: Embalados, separados e identificados. Acondicionar segundo os critérios abaixo: - Prateleiras superiores: alimentos prontos para consumo - Prateleiras intermediárias: alimentos semi-prontos ou pré-preparados. - Prateleiras inferiores: produtos crus Cuidados com a armazenamento dos alimentos Resfriados e congelados Observar: • Controle da temperatura (refrigeração ou congelamento); • Organização; • Não forrar as prateleiras • Não desligar o equipamento; • Controle da capacidade do equipamento • Controle da validade (PVPS/PEPS); • Identificação; • Higiene do equipamento. • Distribuição dos produtos em recipientes rasos; • Colocação dos recipientes afastados ou em cruz; • Relação Volume X Capacidade do congelador. Não usar volumes muito grandes porque o centro do alimento demora a congelar e os microrganismos podem se multiplicar. Cuidados com a armazenamento dos alimentos Resfriados e congelados Os produtos em armazenagem deve ter identificação apropriada: - Produtos fechados permanecem na sua embalagem original e não precisam de identificação; - Produtos manipulados e embalados individualmente, prontos para serem comercializados, devem ser identificados com etiqueta de venda (etiqueta de balança). - Produtos abertos devem, preferencialmente, ser mantidos nas embalagens originais. - Caso não seja possível manter os produtos abertos, que foram manipulados, em suas embalagens originais, eles devem ser guardados em recipiente apropriado, tampado e devem ser identificados. Espaçamento -20 cm das paredes, 25cm do piso e 60cm do teto. Identificação / Rotulagem -Todos os produtos devem estar adequadamente identificados e rotulados e protegidos contra contaminação. PVPS ( primeiro que vence primeiro que sai) - A disposição dos produtos deve obedecer a data de validade, sendo que os produtos que vão vencer logo são posicionados de forma a serem consumidos em primeiro lugar. ARMAZENAMENTO A SECO Etapa onde os alimentos são armazenados à temperatura ambiente, segundo especificações no próprio produto. • Quando aplicável, antes de iniciar a preparação dos alimentos, deve-se proceder à adequada limpeza das embalagens primárias das matérias-primas e dos ingredientes, minimizando o risco de contaminação. • O tratamento térmico deve garantir que todas as partes do alimento atinjam a temperatura de, no mínimo, 70ºC (setenta graus Celsius). Temperaturas inferiores podem ser utilizadas no tratamento térmico desde que as combinações de tempo e temperatura sejam suficientes para assegurar a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos •Higienize todas as frutas e verduras Elimine a contaminação cruzada HIGIENE DE HORTIFRUTIGRANJEIROS Seleção Descartar as partes consideradas impróprias para o consumo. Lavagem A pré-lavagem de hortifrutigranjeiros, deve ser feita em água corrente potável e em local apropriado. Desinfecção •Diluir o produto clorado (Ex.: 1 col de sopa rasa de água sanitária para 1 litro em água potável); •Imergir o alimento de 8 a 15 minutos na solução clorada. Enxágue Retirar o excesso de solução clorada com água potável. Proteja os alimentos, utensílios e embalagens durante a estocagem Elimine a contaminação cruzada • A eficácia do tratamento térmico deve ser avaliada pela verificação da temperatura e do tempo utilizados e, quando aplicável, pelas mudanças na textura e cor na parte central do alimento. • Para os alimentos que forem submetidos à fritura, além dos controles estabelecidos para um tratamento térmico, deve-se instituir medidas que garantam que o óleo e a gordura utilizados não constituam uma fonte de contaminaçãoquímica do alimento preparado. • Os óleos e gorduras utilizados devem ser aquecidos a temperaturas não superiores a 180ºC (cento e oitenta graus Celsius), sendo substituídos imediatamente sempre que houver alteração evidente das características físico químicas ou sensoriais, tais como aroma e sabor, e formação intensa de espuma e fumaça. • Para os alimentos congelados, antes do tratamento térmico, deve-se proceder ao descongelamento, a fim de garantir adequada penetração do calor. Excetuam-se os casos em que o fabricante do alimento recomenda que o mesmo seja submetido ao tratamento térmico ainda congelado, devendo ser seguidas as orientações constantes da rotulagem. Condições indicadas: Caso não sejam utilizados imediatamente, os alimentos submetidos ao descongelamento devem ser mantidos sob refrigeração, não devendo ser recongelados. Descongelamento Sob refrigeração Forno de microondas Cocção direta 1. Na refrigeração Retirar o alimento no dia anterior e levar a geladeira ou câmara de refrigeração, em embalagem fechada e recipiente limpo. DESCONGELAMENTO Etapa onde os alimentos passam da temperatura de congelamento para até 4C, sob refrigeração ou em condições controladas. Carnes (são as mais difíceis de descongelar): De 3 a 5 Kg: 1 a 2 dias de geladeira De 5,5 a 7 Kg: entre 2 e 3 dias De 7 a 10 Kg: entre 3 e 4 dias Descongelamento 2. No microondas Em microondas, sendo preparado imediatamente após o descongelamento. 3. Direto na Cocção DESCONGELAMENTO O descongelamento é favorecido quando a porção do alimento é pequena até 2 kg. Não use facas, espátulas ou martelos para quebrar as porções de comida que foram congeladas. Certos alimentos podem, sim, ir direto do freezer para o cozimento. É o caso de carnes moídas ou em forma de hambúrguer ou salsicha, por exemplo. Caldos e sopas também podem ser retirados do pote de congelamento e ir direto derreter no caldeirão. Isso não afeta suas propriedades nutritivas. Todos os alimentos crus que foram descongelados não devem ser recongelados. ATENÇÃO EVITE A CONTAMINAÇÃO CRUZADA ➢Através do contato com mãos, ➢ Tábuas de corte, ➢ Facas, ➢ Equipamentos (como moedor de carne usado também para moer temperos e alimentos cozidos), ➢ Panos. Se não estiverem higienizados corretamente vão contaminar toda a produção. • Após serem submetidos à cocção, os alimentos preparados devem ser mantidos em condições de tempo e de temperatura que não favoreçam a multiplicação microbiana. Para conservação a quente, os alimentos devem ser submetidos à temperatura superior a 60ºC por, no máximo, 6 horas. Para conservação sob refrigeração ou congelamento, os alimentos devem ser previamente submetidos ao processo de resfriamento. • O processo de resfriamento de um alimento preparado deve ser realizado de forma a minimizar o risco de contaminação cruzada. A temperatura do alimento preparado deve ser reduzida de 60ºC a 10ºC em até duas horas. • Deve ser conservado sob refrigeração a temperaturas inferiores a 5ºC, ou congelado à temperatura igual ou inferior a -18º. • O prazo máximo de consumo do alimento preparado e conservado sob refrigeração a temperatura de 4ºC ou inferior, deve ser de 5 dias. Quando forem utilizadas temperaturas superiores a 4ºC e inferiores a 5ºC , o prazo máximo de consumo deve ser reduzido, de forma a garantir as condições higiênico- sanitárias do alimento preparado. • Caso o alimento preparado seja armazenado sob refrigeração ou congelamento deve-se ser identificado. ETIQUETAS DE IDENTIFICAÇÃO OBSERVAÇÕES: • No caso de abertura de embalagem original de matéria-prima, transferir o conteúdo para recipientes adequados e higienizados e colocar a etiqueta de validade conforme itens especificados acima. Data de Validade: Alimentos congelados = 30 dias Alimentos resfriados = até 5 dias IMPORTANTE Após a abertura da embalagem original perde-se o prazo de validade informado pelo fornecedor NOME DO PRODUTO ou PREPARAÇÃO: ______________ DATA DA MANIPULAÇÃO: ___ /___ /___ VALIDADE: ___ /___ /___ Preparação do alimento • As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens utilizados para preparação do alimento devem estar em condições higiênico-sanitárias adequadas e em conformidade com a legislação específica. • O quantitativo de funcionários, equipamentos, móveis e ou utensílios disponíveis devem ser compatíveis com volume, diversidade e complexidade das preparações alimentícias. • Durante a preparação dos alimentos, devem ser adotadas medidas a fim de minimizar o risco de contaminação cruzada. Deve-se evitar o contato direto ou indireto entre alimentos crus, semi-preparados e prontos para o consumo. Condições indicadas: Caso não sejam utilizados imediatamente, os alimentos submetidos ao descongelamento devem ser mantidos sob refrigeração, não devendo ser recongelados. Dessalgue Sob refrigeração Através de fervuras Armazenamento e transporte do alimento preparado • Os meios de transporte do alimento preparado devem ser higienizados, sendo adotadas medidas a fim de garantir a ausência de vetores e pragas urbanas. Os veículos devem ser dotados de cobertura para proteção da carga, não devendo transportar outras cargas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária do alimento preparado. • O armazenamento e o transporte do alimento preparado, da distribuição até a entrega ao consumo, deve ocorrer em condições de tempo e temperatura que não comprometam sua qualidade higiênico-sanitária. A temperatura do alimento preparado deve ser monitorada durante essas etapas.. Exposição ao consumo do alimento preparado • As áreas de exposição do alimento preparado e de consumação ou refeitório devem ser mantidas organizadas e em adequadas condições higiênico-sanitárias. Os equipamentos, móveis e utensílios disponíveis nessas áreas devem ser compatíveis com as atividades, em número suficiente e em adequado estado de conservação. • Os manipuladores devem adotar procedimentos que minimizem o risco de contaminação dos alimentos preparados por meio da anti-sepsia das mãos e pelo uso de utensílios ou luvas descartáveis. • Os equipamentos necessários à exposição ou distribuição de alimentos preparados sob temperaturas controladas, devem ser devidamente dimensionados, e estar em adequado estado de higiene, conservação e funcionamento. A temperatura desses equipamentos deve ser regularmente monitorada. • O equipamento de exposição do alimento preparado na área de consumação deve dispor de barreiras de proteção que previnam a contaminação do mesmo em decorrência da proximidade ou da ação do consumidor e de outras fontes. • Os utensílios utilizados na consumação do alimento, tais como pratos, copos, talheres, devem ser descartáveis ou, quando feitos de material não-descartável, devidamente higienizados, sendo armazenados em local protegido. • Os ornamentos e plantas localizados na área de consumação ou refeitório não devem constituir fonte de contaminação para os alimentos preparados. • A área do serviço de alimentação onde se realiza a atividade de recebimento de dinheiro, cartões e outros meios utilizados para o pagamento de despesas, deve ser reservada. Os funcionários responsáveis por essa atividade não devem manipular alimentos preparados, embalados ou não. Temperatura até 10oC entre 10 e 21oC Tempo de exposição até 4 h até 2 h Distribuição – Alimentos Frios Distribuição – Alimentos Quentes Temperatura acima de 65oC acima de 60oC abaixo de 60oC Tempo até 12 h até 6 h até 3 h Sobras X Restos • Quentes: Devem ser mantidas em temperatura monitorizada; • Frias: Saladas que contêm maionese e molhos não devem ser reaproveitadas, assim como as saladas cruas. • Self-service: Ao se aproximar o horário final do serviço sempre: Trocar as cubas fundas pelas cubas rasas, assim não passa para o cliente a impressãoque a comida está pouca, que estão servindo o que sobrou. ➢Self-service: Ao se aproximar o horário final do serviço sempre: Deixar as cubas tampadas para não ressecar o alimento ou ocorrer contaminação.ía Documentação e registro • Os serviços de alimentação devem dispor de Manual de Boas Práticas e de Procedimentos Operacionais Padronizados. Esses documentos devem estar acessíveis aos funcionários envolvidos e disponíveis à autoridade sanitária, quando requerido. • Os POP devem conter as instruções sequenciais das operações e a frequencia de execução, especificando o nome, o cargo e ou a função dos responsáveis pelas atividades. Devem ser aprovados, datados e assinados pelo responsável do estabelecimento. • Os registros devem ser mantidos por período mínimo de 30 (trinta) dias contados a partir da data de preparação dos alimentos. • Os serviços de alimentação devem implementar Procedimentos Operacionais Padronizados relacionados aos seguintes itens: a) Higienização de instalações, equipamentos e móveis; b) Controle integrado de vetores e pragas urbanas; c) Higienização do reservatório; d) Higiene e saúde dos manipuladores. • O responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos deve ser o proprietário ou funcionário designado, devidamente capacitado, sem prejuízo dos casos onde há previsão legal para responsabilidade técnica. • O responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação, abordando, no mínimo, os seguintes temas: • a) Contaminantes alimentares; • b) Doenças transmitidas por alimentos; • c) Manipulação higiênica dos alimentos; • d) Boas Práticas. CONTROLE DE QUALIDADE DO PRODUTO FINAL - Existência de controle de qualidade do produto final; - Existência de programa de amostragem para análise laboratorial do produto final; - Existência de laudo laboratorial atestando o controle de qualidade do produto final, assinado pelo técnico da empresa responsável pela análise ou expedido por empresa erceirizada; - Existência de equipamentos e materiais necessários para análise do produto final realizadas no estabelecimento. AUTOS – VIGILÂNCIA SANITÁRIA -INTIMAÇÃO -INFRAÇÃO OBRIGADA MARISAALENCAR@CE.SENAC.BR 85 999126430 mailto:MARISAALENCAR@CE.SENAC.BR Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7: REQUISITOS: NORMATIVOS X LEGAIS Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12: LEGISLAÇÃO MUNICIPAL Slide 13 Slide 14: NORMAS MTE Slide 15: NORMAS MTE Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28: ATIVIDADE 1 PROCURAR UMA NOTÍCIA SOBRE PERIGOS EM ALIMENTOS E COMENTAR Slide 29: ATIVIDADE 2 IDENTIFICAR O TIPO DE PERIGO IDENTIFICAR A FONTE IDENTIFICAR A MEDIDA PREVENTIVA Slide 30: DOCUMENTÁRIO POR TRÁS DO BALCÃO PARTE 1 Slide 31: Tipos de perigos nos alimentos Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40: Perigo Químico - efeitos Slide 41: Perigo Químico Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49: Classificação dos microrganismos Slide 50: Classificação dos microrganismos Slide 51: Classificação dos microrganismos Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58: Staphylococcus aureus Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62: Salmonella sp Slide 63 Slide 64 Slide 65: Escherichia coli Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72: Vibrio parahaemolyticus Slide 73: Parasitose - Ascaris Lumbricoides - Ascaridíase Slide 74: Taenia Solium - Cisticercose Slide 75: Sintomas da cisticercose Slide 76: Taenia Solium e Saginata - Teníase Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86: Tipos de DTA’s Slide 87: Conservação dos Alimentos Slide 88: O que é manipulação segura de alimentos? Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110 Slide 111 Slide 112 Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121 Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125 Slide 126 Slide 127 Slide 128 Slide 129 Slide 130: INSTALAÇÕES SANITÁRIAS Slide 131 Slide 132 Slide 133 Slide 134 Slide 135 Slide 136 Slide 137 Slide 138 Slide 139: EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS Slide 140 Slide 141 Slide 142 Slide 143 Slide 144 Slide 145 Slide 146 Slide 147 Slide 148 Slide 149 Slide 150 Slide 151 Slide 152 Slide 153 Slide 154 Slide 155 Slide 156 Slide 157 Slide 158 Slide 159 Slide 160 Slide 161 Slide 162 Slide 163 Slide 164 Slide 165: Limpeza & Sanitização Slide 166 Slide 167 Slide 168 Slide 169 Slide 170 Slide 171 Slide 172 Slide 173 Slide 174 Slide 175 Slide 176 Slide 177 Slide 178 Slide 179 Slide 180 Slide 181 Slide 182 Slide 183 Slide 184 Slide 185 Slide 186 Slide 187 Slide 188 Slide 189 Slide 190 Slide 191 Slide 192 Slide 193 Slide 194 Slide 195 Slide 196: Tipos de Iscagem Slide 197 Slide 198 Slide 199 Slide 200 Slide 201 Slide 202 Slide 203 Slide 204 Slide 205 Slide 206 Slide 207 Slide 208 Slide 209 Slide 210 Slide 211 Slide 212 Slide 213 Slide 214 Slide 215 Slide 216 Slide 217 Slide 218 Slide 219 Slide 220 Slide 221 Slide 222: EPI - Definição Slide 223: EPI – Obrigações Slide 224: EPI – Obrigações Slide 225: EPI – Obrigações Slide 226: EPI - Aplicação Slide 227: EPI – Vias Slide 228: EPI Slide 229: EPI – Face Slide 230: EPI – Mãos Slide 231: EPI – Calçados Slide 232: EPI – Respiradores Slide 233: EPI – Uniformes Slide 234 Slide 235 Slide 236 Slide 237 Slide 238 Slide 239 Slide 240 Slide 241 Slide 242 Slide 243 Slide 244 Slide 245 Slide 246 Slide 247 Slide 248 Slide 249 Slide 250 Slide 251 Slide 252 Slide 253 Slide 254 Slide 255 Slide 256 Slide 257 Slide 258 Slide 259 Slide 260 Slide 261 Slide 262 Slide 263 Slide 264 Slide 265 Slide 266 Slide 267 Slide 268 Slide 269: Elimine a contaminação cruzada Slide 270 Slide 271: Elimine a contaminação cruzada Slide 272 Slide 273 Slide 274 Slide 275 Slide 276 Slide 277 Slide 278 Slide 279 Slide 280 Slide 281 Slide 282 Slide 283 Slide 284 Slide 285 Slide 286 Slide 287 Slide 288 Slide 289 Slide 290 Slide 291 Slide 292 Slide 293 Slide 294 Slide 295 Slide 296 Slide 297 Slide 298 Slide 299 Slide 300 Slide 301 Slide 302 Slide 303 Slide 304 Slide 305 Slide 306 Slide 307 Slide 308 Slide 309 Slide 310 Slide 311 Slide 312 Slide 313 Slide 314 Slide 315 Slide 316 Slide 317 Slide 318 Slide 319 Slide 320