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Professor Wagner Damazio 1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo (Resolvidas e Comentadas) 1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo www.estrategiaconcursos.com.br 1258 1436 ( ) Certo ( ) Errado. Comentários Errado. O candidato foi induzido ao erro por acreditar que a fundamentação seria com base no inciso XVI, art. 5º, da CF 88, in verbis: XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente" Veja que a CF menciona que o direito de reunião independe de autorização para ser realizada, devendo apenas o prévio aviso a autoridade competente. Diferentemente é o caso de um baile de carnaval, em que é necessário um tratamento diferenciado por conta do número imenso de participantes, por exemplo. Segundo José dos Santos Carvalho Filho (p. 1156 e 1157, 2012): Autorização de uso é o ato administrativo pelo qual o Poder Público consente que determinado indivíduo utilize bem público de modo privativo, atendendo primordialmente a seu próprio interesse. Esse ato administrativo é unilateral, porque a exteriorização da vontade é apenas da Administração Pública, embora o particular seja o interessado no uso. É também discricionário, porque depende da valoração do Poder Público sobre a conveniência e a oportunidade em conceder o consentimento. Trata-se de ato precário: a Administração pode revogar posteriormente a autorização se sobrevierem razões administrativas para tanto, não havendo, como regra, qualquer direito de indenização em favor do administrado. A autorização de uso só remotamente atende ao interesse público, até porque esse objetivo é inarredável para a Administração. Na verdade, porém, o benefício maior do uso do bem público pertence ao administrado que obteve a utilização privativa. Portanto, é de se considerar que na autorização de uso é prevalente o interesse privado do autorizatário. Como o ato é discricionário e precário, ficam resguardados os interesses administrativos. Sendo assim, o consentimento dado pela autorização de uso não depende de lei nem exige licitação prévia. Em outra ótica, cabe afirmar que o administrado não tem direito subjetivo à utilização do bem público, não comportando formular judicialmente pretensão no sentido de obrigar a Administração a consentir no uso; os critérios de deferimento ou não do pedido de uso são exclusivamente administrativos, calcados na conveniência e na oportunidade da Administração. Exemplos desse tipo de ato administrativo são as autorizações de uso de terrenos baldios, de área para estacionamento, de retirada de água de fontes não abertas ao público, de fechamento de ruas para festas comunitárias ou para a segurança de moradores e outros semelhantes. (grifos não constantes do original) Dessa forma, para se organizar um baile de carnaval é necessária autorização do poder competente, pois não se trata de uma simples reunião para ser exposta alguma manifestação. Gabarito: Errado. 17. 2017/CESPE/TJ-PR /Juiz de Direito Em relação aos bens públicos, assinale a opção correta. a) O ordenamento jurídico brasileiro permite que pertençam a particulares algumas áreas nas ilhas oceânicas e costeiras. b) Por serem abertos a uma utilização universal, o mercado municipal e o cemitério público são considerados bens de uso comum do povo.