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ENEM Filosofia Antiga Sócrates e os Sofistas FIL0499 - (Enem) Sócrates: “Quem não sabe o que uma coisa é, como poderia saber de que �po de coisa ela é? Ou te parece ser possível alguém que não conhece absolutamente quem é Mênon, esse alguém saber se ele é belo, se é rico e ainda se é nobre? Parece-te ser isso possível? Assim, Mênon, que coisa afirmas ser a virtude?”. PLATÃO. Mênon. Rio de Janeiro: PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2001 (adaptado). A a�tude apresentada na interlocução do filósofo com Mênon é um exemplo da u�lização do(a) a) escrita epistolar. b) método dialé�co. c) linguagem trágica. d) explicação fisicalista. e) suspensão judica�va. FIL0587 - (Enem) Advento da Polis, nascimento da filosofia: entre as duas ordens de fenômenos, os vínculos são demasiado estreitos para que o pensamento racional não apareça, em suas origens, solidário das estruturas sociais e mentais próprias da cidade grega. Assim recolocada na história, a filosofia despoja-se desse caráter de revelação absoluta que às vezes lhe foi atribuído, saudando, na jovem ciência dos jônios, a razão intemporal que veio encarnar-se no Tempo. A escola de Mileto não viu nascer a Razão; ela construiu uma Razão, uma primeira forma de racionalidade. Essa razão grega não é a razão experimental da ciência contemporânea VERNANT, J. P. Origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2002. Os vínculos entre os fenômenos indicados no trecho foram fortalecidos pelo surgimento de uma categoria de pensadores, a saber: a) Os epicuristas, envolvidos com o ideal de vida feliz. b) Os estoicos, dedicados à superação dos infortúnios. c) Os sofistas, comprome�dos com o ensino da retórica. d) Os peripaté�cos, empenhados na dinâmica do ensino. e) Os poetas rapsodos, responsáveis pela narra�va do mito. FIL0050 - (Enem) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refle�r sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. E sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação. BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977. O texto evidencia caracterís�cas do modo de vida socrá�co, que se baseava na a) contemplação da tradição mí�ca. b) sustentação do método dialé�co. c) rela�vização do saber verdadeiro. d) valorização da argumentação retórica. e) inves�gação dos fundamentos da natureza. FIL0052 - (Enem) Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a jus�ça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua 1@professorferretto @prof_ferretto sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas. RACHELS. J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009. O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre jus�ça e é�ca é resultado de a) determinações biológicas impregnadas na natureza humana. b) verdades obje�vas com fundamento anterior aos interesses sociais. c) mandamentos divinos inques�onáveis legados das tradições an�gas. d) convenções sociais resultantes de interesses humanos con�ngentes. e) sen�mentos experimentados diante de determinadas a�tudes humanas. FIL0044 - (Enem) Alguns pensam que Protágoras de Abdera pertence também ao grupo daqueles que aboliram o critério, uma vez que ele afirma que todas as impressões dos sen�dos e todas as opiniões são verdadeiras, e que a verdade é uma coisa rela�va, uma vez que tudo o que aparece a alguém ou é opinado por alguém é imediatamente real para essa pessoa. KERFERD, G. B. O movimento sofista. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado). O grupo ao qual se associa o pensador mencionado no texto se caracteriza pelo obje�vo de a) alcançar o conhecimento da natureza por meio da experiência. b) jus�ficar a veracidade das afirmações com fundamentos universais. c) priorizar a diversidade de entendimentos acerca das coisas. d) preservar as regras de convivência entre os cidadãos. e) analisar o princípio do mundo conforme a teogonia. FIL0045 - (Enem) Tomemos o exemplo de Sócrates: é precisamente ele quem interpela as pessoas na rua, os jovens no ginásio, perguntando: “Tu te ocupas de �?” O deus o encarregou disso, é sua missão, e ele não a abandonará, mesmo no momento em que for ameaçado de morte. Ele é certamente o homem que cuida do cuidado dos outros: esta é a posição par�cular do filósofo. FOUCAULT, M. Ditos e escritos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. O fragmento evoca o seguinte princípio moral da filosofia socrá�ca, presente em sua ação dialógica: a) Examinar a própria vida. b) Ironizar o seu oponente. c) Sofismar com a verdade. d) Debater visando a aporia. e) Desprezar a virtude alheia. FIL0715 - (Enem) Não �nha outra filosofia. Nem eu. Não digo que a Universidade me não �vesse ensinado alguma; mas eu decorei-lhe só as fórmulas, o vocabulário, o esqueleto. Tratei-a como tratei o la�m; embolsei três versos de Virgílio, dois de Horácio, uma dúzia de locuções morais e polí�cas, para as despesas da conversação. Tratei-os como tratei a história e a jurisprudência. Colhi de todas as cousas a fraseologia, a casca, a ornamentação. ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Belo Horizonte: Autên�ca, 1995. A descrição crí�ca do personagem de Machado de Assis assemelha-se às caracterís�cas dos sofistas, contestados pelos filósofos gregos da An�guidade, porque se mostra alinhada à a) laboração conceitual de entendimentos. b) u�lização persuasiva do discurso. c) narração alegórica dos rapsodos. d) inves�gação empírica da physis. e) expressão pictográfica da pólis. 2@professorferretto @prof_ferretto