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HISTÓRIA DA ÁFRICA Unidade 2 “A Invenção da África” 1 Revisão unidade 1 1. Até a década de 1930, os intelectuais brasileiros realizavam estudos sobre o negro baseados em ideias pseudocientíficas surgidas na Europa, na segunda metade do século XIX. E quase sempre, segundo Ianni (1998 apud CAMPOS, 2006, p. 11), ressaltavam o "trauma" da escravidão. Nas palavras de M. Amadou Mahtar, Diretor Geral da UNESCO (1974-1987), o fenômeno da escravidão, com o tráfico negreiro e a colonização, além de causar danos ao estudo do passado africano, trouxeram consigo "estereótipos raciais criadores de desprezo e incompreensão, tão profundamente consolidados que corromperam inclusive os próprios conceitos de historiografia". Também, a partir de 1930, os movimentos negros surgem no Brasil e, desde então, questões envolvendo racismo, a história dos negros no Brasil, entre outros temas relacionados ao tópico, passam a ser objeto de novas interpretações. Com relação às ações desses movimentos, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Em 1931, foi fundada a Frente Negra Brasileira, que chegou a se transformar em um partido político em 1936. ( ) Em 16 de maio de 1932, devido à pressão dos movimentos negros, foi decretada e sancionada a lei que institui o Dia Nacional da Umbanda, que passou a ser comemorada no dia 15 de novembro. ( ) Em 1934, Recife sediou o primeiro congresso afro-brasileiro que reuniu intelectuais e pessoas interessadas em compreender a influência africana na formação do Brasil. ( ) Em 1944 foi fundado o Teatro Experimental do Negro, que apresentava uma expressiva produção teatral que buscava dinamizar a consciência da A- F - V - F - V. B- V - F - V - V. C- V - F - F - F. D- F - F - V - V. 2. A obrigatoriedade da inclusão da História e Cultura afro-brasileira nos currículos da Educação Básica visa ampliar o foco para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira. O art. 26 A, acrescido à Lei nº 9.394/96, oportuniza repensar as relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas no sentido de orientar a reelaboração de estratégias que promovam novos olhares à educação. Sobre o fortalecimento de identidade e de direitos, analise as sentenças a seguir: I- À superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que somente os negros são tratados. II- O desencadeamento de processo de afirmação de identidades, de historicidade negada ou distorcida. III- O rompimento com imagens negativas forjadas por diferentes meios de comunicação, contra os negros e povos indígena. IV- As excelentes condições de formação e de instrução que precisam ser oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, em todos os estabelecimentos, inclusive os localizados nas chamadas periferias urbanas e nas zonas rurais. Assinale a alternativa CORRETA: A- As sentenças I e II estão corretas. B- As sentenças I e IV estão corretas. C- As sentenças II, III e IV estão corretas. D- Somente a sentença IV está correta. 3. As diretrizes curriculares para a educação étnico-racial e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana sinalizam que entre os direitos dos cidadãos brasileiros, encontram-se o de cursar cada um dos níveis de ensino e de serem orientados por professores qualificados e com formação para lidar com as tensas relações produzidas pelo racismo e discriminações, sensíveis e capazes de conduzir a reeducação das relações entre diferentes grupos étnicos. Com base no exposto, assinale a alternativa CORRETA: A- Para compreendermos a dinâmica que transfere um continente desprovido de história, constituído por sociedades ditas incivilizadas, composto por sujeitos inferiorizados para um continente pobre em diversidade cultural, formado por diferentes sociedades com estruturas políticas, religiosas. B- Essa realidade é indicativa de que basta fazer referência à África e à história e cultura afro-brasileira nas salas de aula, não é preciso atentar para a abordagem dos conteúdos que serão trabalhados. C- As diretrizes curriculares para a educação étnico-racial e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana sinalizam que entre os direitos dos cidadãos brasileiros, encontram-se o de trancar cada um dos níveis de ensino e de serem orientados por professores qualificados e com formação para lidar com as tensas relações produzidas pelo racismo e discriminações, sensíveis e capazes de conduzir a reeducação das relações entre grupos étnicos. D- No entanto, não se pode negar e nem deixar de citar os núcleos de estudos afro-brasileiros e africanos junto às universidades federais, estaduais e também as iniciativas em âmbito estadual, municipal, privadas entre outros, engajados em divulgar e difundir as questões relacionadas aos estudos da África. 4. Estudamos algumas abordagens metodológicas para o ensino de História da África e afro-brasileira nos espaços de sala de aula. O fazer destes conteúdos representam um desafio aos professores, pois ainda não se conta com estudos suficientes e com amplos materiais que possam facilitar a prática em sala de aula, porém o professor deve estar alerta no sentido de não reproduzir antigos preconceitos e favorecer compreensões reducionistas sobre aquele povo e cultura. Sobre essas abordagens, analise as afirmativas a seguir: I- Abordar a história da África e dos trabalhadores negros somente a partir da experiência da escravidão. II- Apresentar uma imagem da África cheia de estereótipos, exotismos, povoada por animais selvagens, a miséria e as doenças. III- Defender os valores de uma sociedade justa racialmente não deve ser causa somente de indivíduos negros ou indígenas. IV- Acreditar e difundir enfaticamente o mito de democracia racial. Agora, assinale a alternativa CORRETA: A- Somente a afirmativa III está correta. B- Somente a afirmativa I está correta. C- As afirmativas II e III estão corretas. D- As afirmativas I, II e IV estão corretas. 5. Em 2003, a Lei n° 10.639 tornou obrigatório o ensino de História da África e dos afro-brasileiros na Educação Básica. No mesmo ano foi criado pelo governo federal o Seppir (Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial), medidas importantes no combate à descriminação, desigualdade social e à valorização do legado afrodescendente. Sobre esses importantes movimentos feitos pelo Governo Federal, assinale a alternativa CORRETA: A- Essas medidas não são necessárias, pois forçar que o povo respeite a cultura negra, também é um desrespeito aos Direitos Individuais. B- Esses movimentos não foram efetivos, frente a desigualdade existente ainda hoje. C- O objetivo dessas ações foi promover a igualdade racial e rumar para uma sociedade verdadeiramente democrática. D- A Seppir foi a secretaria responsável por criar a ação afirmativa de cotas para os afrodescendentes nas Universidades. 6. O Sistema de Cotas para afrodescendentes nas universidades foi uma conquista galgada a muito tempo, ela justifica-se pelo fato de que ao longo da história das Universidades a grande maioria dos profissionais qualificados pela instituição universitária brasileira foi esmagadoramente branca. Com base nos impactos sociais das ações afirmativas, assinale a alternativa INCORRETA: A- Estímulo da confiança de crianças e adolescentes negros em sua capacidade de realização. B- Instauração, no espaço acadêmico, de um mecanismo reparador das perdas infringidas à população negra brasileira. C- Estímulo aos estudantes negros para demandar de suas escolas um melhor nível educacional. D- Perceber a existência do racismo e tentar ignorar para uma convivência pacífica. 7. No intuito de colocar em prática e efetivar as previsões da Lei 10.639 no contexto escolar, os desafios e os limites que se apresentam não são poucos, tanto no que diz respeito às pesquisas, aos materiais sistematizados, distribuídos, utilizados na comunicação, como no fazer em meio ao universo escolar e espaços de sala de aula. Em meio a este processo e contexto da didática da História da Áfricae dos africanos deve-se optar por determinadas posturas e abordagens, bem como preterir outras. Sobre o contexto, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Deve-se evitar a caracterização do continente africano como um local selvagem, favorável para caças e safáris, assim como de uma região inóspita acometida por mazelas. ( ) Deve-se questionar o mito da democracia racial e que reclamar por políticas públicas que promovam justiça social é um dever de todos os brasileiros. ( ) Deve-se enfatizar o processo de escravidão e maus-tratos que prevaleceu em meio às lavouras de cana-de-açúcar e na mineração do ouro. ( ) Deve-se reconhecer a existência de preconceitos racistas e valorizar as contribuições dos africanos ao desenvolvimento da humanidade. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: A- V - V - F - V. B- V - V - V - F. C- F - V - V - V. D- V - F - V - V. 8. O entendimento de que os movimentos sociais pelos direitos culturais, políticos, seja ele qual for, não é um ato neutro, mas é fundamental para a discussão do contexto das lutas e reivindicações dos grupos que defendem a ideologia africana e afro-brasileira. Com base no que são movimentos sociais, assinale a alternativa CORRETA: A- São grupos não espontâneos criados para angariar fundos. B- São grupos de formação espontânea , cujos objetivos são fazer pressão aos governos através da força. C- São grupos criados com autorização legal, cujos objetivos é fazer parte das bancadas políticos partidárias do Congresso Nacional. D- São movimentos populares não espontâneos, que representam um grupo cujos interesses determinam uma ação social orientada visando transformações políticas, econômicas e sociais. 9. Entre os dias 31 de agosto e 8 de setembro de 2001, aconteceu, na cidade de Durban, África do Sul, a Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Conexa. Esta conferência teve como objetivo primordial promover uma ação. Sobre essa ação, assinale a alternativa CORRETA: A- Discutir e apresentar mecanismos de combate ao racismo, à discriminação e à intolerância em todo o mundo. B- Instituir a obrigatoriedade da História da África nos currículos escolares de vários países, entre eles, o Brasil. C- Possibilitar a criação de cotas para os afrodescendentes nas universidades e discutir sobre a intolerância religiosa e cultural. D- Criar um marketing em âmbito mundial de combate ao racismo, à discriminação e à intolerância. 10. Entre os dias 31 de agosto e 8 de setembro de 2001, aconteceu, na cidade de Durban, África do Sul, a Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Conexa. Esta conferência teve como objetivo primordial promover uma ação. Sobre essa ação, assinale a alternativa CORRETA: A- Discutir e apresentar mecanismos de combate ao racismo, à discriminação e à intolerância em todo o mundo. B- Instituir a obrigatoriedade da História da África nos currículos escolares de vários países, entre eles, o Brasil. C- Possibilitar a criação de cotas para os afrodescendentes nas universidades e discutir sobre a intolerância religiosa e cultural. D- Criar um marketing em âmbito mundial de combate ao racismo, à discriminação e à intolerância. UNIDADE 2 A INVENÇÃO DA ÁFRICA Tópico 1: as muitas áfricas - aspectos da historiografia africana Após a Segunda Guerra Mundial e ao longo do processo de descolonização (e independência das nações africanas) surgem críticas a tese que a “África não tinha História”. O olhar eurocêntrico, então vigente, apenas contemplava uma visão evolutiva (progressiva) das sociedades baseada na História europeia. A partir, principalmente da década de 1960, se inicia o processo de elaboração de uma História da África por especialistas de várias disciplinas acadêmicas que enfatizam o protagonismo dos povos africanos contemplando sua diversidade e ritmos próprios. Tópico 1: as muitas áfricas - aspectos da historiografia africana A elaboração de uma História africana pode ser simbolizada na publicação de 2 extensas coleções multivolumes: A “Historia Geral da África” (UNESCO), na década de 1960; (Disponível em português: http://portal.mec.gov.br/?option=com_content&view=article&id=16146). Esta coleção organizada pela UNESCO reuniu especialistas africanos em uma perspectiva que passa a ser conhecida como “Afrocêntrica|” (centrada no olhar africano). A “Historia da África” publicada pela Cambridge University Press, na Inglaterra, a partir da década de 1970, que reuniu especialistas ingleses (ou que escrevem em inglês) que passam a ser conhecidos como “africanistas”. Tópico 1: Afrocentrismo O afrocentrismo é uma corrente historiográfica que deve ser entendida como resposta à perspectiva eurocêntrica e no âmbito do processo de independência dos países africanos. Dessa maneira, o afrocentrismo é uma corrente historiográfica cuja abordagem teórico-metodológica deve ser contextualizada e criticada, apesar do pioneirismo e contribuições, pelos estudos posteriores feitos por novas gerações de especialistas. Autores de destaque do afrocentrismo: Cheik Anta Diop, Senegal, (1923-1986) Joseph Ki-Zerbo, Burkina-Fasso, (1922-2006) Tópico 1: racismo e racialismo “O filósofo ganês Kwame Anthony Appiah (1997) estabeleceu uma distinção entre racismo e racialismo. Racialismo, no seu entender, seria simplesmente a concepção de que existem grupos humanos – raças – essencialmente diferentes entre si, por algumas características físicas que são parte de um conjunto.” “Para Appiah (1990), racismo e racialismo não são sinônimos. Para Appiah, o racialismo é uma crença falsa, mas não necessariamente perigosa. É um pressuposto das doutrinas racistas, mas não está necessariamente associado ao racismo em todos os contextos em que se manifesta.” Tópico 2: formas de organização das sociedades africanas Distribuição dos grupos étnico-linguísticos africanos Tópico 2: as civilizações africanas antigas África como berço da humanidade e da Civilização. Antigo Egito Cush Aksum Tópico 2: o Saara e o Sahel Sahel é o nome dado a faixa de savana que ocorre ao sul do deserto do Saara. O termo vem do árabe sahil, “costa”, pois a região era referida como sendo uma praia para o verdadeiro “mar interior” que é o Saara. O Saara é um espaço geográfico que inicialmente constituía uma barreira, mas graças a domesticação do camelo e técnicas de navegação no deserto se tornou o meio de ligação entre a África subsaariana e outras regiões (norte da África, Mediterrâneo, Oriente Médio e Europa). Tópico 2: o Sahel “Como consequência do avanço do deserto, o Saara moveu a faixa do Sahel cada vez mais para o sul. As populações do Sahel se adaptaram a um modo de vida seminômade, movendo seus rebanhos centenas de quilômetros para o norte ou para o sul, de acordo com o regime de chuvas.” Foi no Sahel que surgiu os impérios de Gana, do Mali e de Gaô. A África Subsaariana era chamada pelos viajantes árabes Bilad al-Sudan (A Terra dos Negros). Nome que depois tb passou a identificar o Sahel como “Cinturão Sudanês”. Tópico 2: o Sahel (impérios, reinos e Estados) Tópico 2: África Ocidental Reino da Gana Reinos Iorubás e o Benim Tópico 2: África do Sudoeste e Sudeste Reino do Congo Reino Monomotapa Tópico 3: as relações comerciais em África antes da chegada dos europeus Comércio de longa-distância: se trocava mercadorias de maior valor, mercadorias raras destinadas a suprir a demanda das elites locais. Comércio de curta-distância: se organizava a partir da vida da aldeia, das cidades próximas, das províncias, envolvendo as regiões vizinhas. Tópico 3: Rotas Comerciais de longa-distância antes de 1500 – Mar Mediterrâneo, Mar Vermelho e Oceano Índico Tópico 3: África Central – A dispersão dos Bantos O povo banto configurava-se por grupos de populações aparentadas pela língua, com modos de vida semelhantes, mas comparticularidades culturais que os diferenciavam uns dos outros. Ambundos, imbangalas, bacongos, cassanjes, ovimbundos, lubas, lundas, quiocos são alguns dos grupos banto que viviam na região das florestas e savanas da África centro-ocidental e central. Tópico 3: o comércio transaariano A chegada dos árabes à África, no séc. VII, ampliou a circulação comercial, entre os séculos XII e XVI, estendendo-se em especial da zona sahelo/sudanesa ao Magrebe. Seguindo os itinerários dos principais produtos africanos, pode-se constatar a complexidade e o dinamismo das relações comerciais e culturais entre cidades de diferentes regiões do continente. Os produtos que circulavam por estas rotas eram: sal, ouro, cobre, marfim, noz-de-cola, entre outros. O sal extraído das minas de Teghazza, por exemplo, supria os mercados do Sudão ocidental. Já em Arwill, o sal extraído das margens do rio Senegal abastecia o interior do Níger. Nessa perspectiva, o sal era utilizado como moeda comercial entre as sociedades africanas. Tópico 3: o comércio transaariano Tópico 3: Rota do Atlântico – o comércio depois do contato com os europeus Tópico 4: a África e o islã “No continente africano, ainda no séc. VII, os exércitos árabes conquistam toda a vasta região compreendida entre o Egito e o Marrocos. Nos séculos seguintes, o Islã se expande na África em espaços vazios cortando as águas do Oceano Índico e atravessando as areias do Saara.” “A fronteira islâmica se alarga, via atividade missionária, que em realidade, são mercadores engajados no comércio de longa-distância. A África subsaariana, região separada da África do Norte pela imensidão do deserto do Saara, deixa de ser uma barreira, quase intransponível, graças a domesticação do camelo ocorrida no início da era cristã.” Tópico 4: o processo de islamização na África Tópico 4: Islã no Norte da África “O norte da África foi islamizado a partir das conquistas militares dos árabes no séc. VII. Ao longo dos séculos seguintes, os árabes e outros povos locais, como os berberes, criam estados islamizados que se expandem para outras regiões do norte da África e mesmo além como na Península Ibérica (atual Portugal e Espanha).” Exemplos de reinos e impérios islamizados criados por berberes e árabes: Califado Fatímida (909-1171) Império Almorávida (1040-1147) Império Almóada (1121-1269) Tópico 4: Islã no “Cinturão Sudanês” “No Cinturão Sudanês (Sahel), como explicado anteriormente, o Islã se expande ao longo das rotas comerciais. A conversão das populações locais é lenta e, geralmente, é antecedida pela conversão das elites governantes que percebem na adesão ao Islã não apenas um nova religião, mas também uma forma eficaz de se inserir em um vasto mundo islâmico em condições de igualdade.” Exemplos de reinos e impérios islamizados criados no Sahel (Cinturão Sudanês): Mali (1235-1670) Gana (1050-1200) Songhai (1464-1591) Tópico 4: Mansa Musa “Mansa Musa I (1312-1332), imperador do Mali, em 1324, partiu em peregrinação a Meca levando tributos especiais do império, em mantimentos, cavalos, dromedários e ouro. Quando teve tudo disposto, pôs-se em marcha, acompanhado por milhares de pessoas – grandes da corte, soldados, escravos – e com cem camelos apinhados de metal amarelo.” Tópico 4: o Sudão central - o Kanem-Bornu e os hauçás “Os povos hauçás viviam em uma região estratégica: a meio caminho entre as rotas comerciais do Songhai e do Kanem-Bornu.” “No séc. XV, com a região já islamizada, as cidades hauçás iniciam uma disputa pela hegemonia local, o que terminou por enfraquecê-las. Desse modo, os estados hauçás acabaram sucumbindo aos estados vizinhos, mais fortes, de Bornu e do Songhai.” Tópico 4: a África Oriental e o Islã “Na África Oriental por muito tempo foi parte de rotas comerciais que ligavam o Oriente Médio e o norte da África até o Extremo Oriente. As trocas comerciais favoreciam o contato com diferentes ideias e a circulação de pessoas trouxe o islamismo para esta região da África. O avanço da islamização teve como consequência o surgimento de algumas populações muçulmanas na costa oriental. No século XI fundou-se uma dinastia islâmica em Quíloa, na costa da atual Tanzânia.” Tópico 4: os Suaílis (Swahili) “A cultura Swahili originou-se na Costa Swahili da mistura de culturas perso-árabe e bantu que é creditada por criar “Swahili” como uma cultura e língua distintivas do Leste Africano.” “Por volta do século VIII, o povo Swahili se envolveu no comércio do Oceano Índico. Como consequência, eles foram influenciados pelas culturas árabe, persa, indiana e chinesa. Durante o século X, várias cidades-estados floresceram ao longo da costa de suaíli e da ilha adjacente. Eles eram muçulmanos, cosmopolitas e politicamente independentes um do outro.” “O Sultanato de Kilwa era um sultanato medieval, centrado em Kilwa, cuja autoridade, no seu auge, se estendia por toda a extensão da Costa Swahili. Foi fundada no século 10, e a última dinastia nativa foi derrubada por uma invasão portuguesa em 1505.” os Suaílis (Swahili): regiões da África Oriental dos falantes de swahili image1.png image2.png image3.png image4.jpeg image5.png image6.png image7.emf image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png