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Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
2
Cidadania contemporânea e pós-moderna
Objetivo do estudo
Ao final do estudo, você deverá ser capaz de contextualizar as questões de cidadania dos 
anos 1930 até a Pós-modernidade. 
Período da história do Brasil iniciado desde a Proclamação da República até a Revolução 
de 30, esta marcado por inúmeros eventos que nos permitem perceber claramente a 
relação entre as elites detentoras do capital, o Estado e as classes alijadas dos meios de 
produção. Erroneamente, alguns cientistas sociais 
e políticos afirmam se tratar de um período no qual 
a cidadania não era exercida pelo povo brasileiro, 
suas análises partindo de aspectos formais das 
relações sociais. Na contramão desta corrente ide-
ológica utilizamos outra perspectiva para analisar 
e compreender a história da sociedade brasileira. 
Neste aspecto o início da República nos apresenta 
elementos substanciais para análise profunda e 
reflexiva de nossa gente, nossas escolhas, nosso 
passado e presente.
Embora proclamada em 1889, a República Bra-
sileira não nasceu de uma ruptura radical com o 
passado monarquista, ao contrário, a transição 
vinha ocorrendo lentamente, num processo que 
permitiu às elites sua adaptação a este novo momento histórico. Grande parte do nosso 
malfadado presente nos surge como herança ou dívida das opções do nosso passado 
histórico e de nossas ações políticas. Uma não ação também é uma forma de agir!
As raízes da persistência do mal-estar social 
brasileiro podem ser facilmente apontadas nos 
seguintes pilares: terra, negro, educação, trabalho, 
pobreza, “assistencialismos” e corrupção. A história 
brasileira revela-se diante dos olhos do observador 
mais atento como um jogo de soma zero, no qual 
as elites se alternam no poder (respeitando a 
conjuntura internacional).
Há no Brasil um triplo movimento: primeiro, capi-
taneado pelas elites econômicas, que utilizam todo 
o aparato estatal e ideológico para manutenção de 
seu establishment (Estado, leis, políticas educacio-
nais, poder de polícia, intelectuais, mecanismos de 
mídia e ideologias); segundo, manifesto pela classe 
média, que vive um dilema histórico: estabelecer-se economicamente, negando a pobreza 
que a circunda como construção socioeconômica, pois deseja ser cooptada pela elite 
ou assumir seu caráter revolucionário enfrentando a ordem instaurada e construindo 
uma nova ordem social, assentada no equilíbrio entre condições econômicas e sociais; 
terceiro, o povo: limitado de um lado pela ausência de educação como base formadora 
de consciência crítica, mas ainda assim dotado de energia transformadora e arrasadora 
 
 
 
Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
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das massas (turba), com a experiência“... das costas marcadas e as mãos calejadas ...”. 
Optando por sobreviver, entorpecido com políticos, carnavais, futebol, novelas e a própria 
preguiça embebida no sebastianismo.
Para uma análise mais profunda de nossas raízes e da atual realidade brasileira ver os 
livros linkados e a lista de referência (anexo). Cabe ressaltar que estes livros possibilitam 
um panorama da nossa sociedade, mas não exaurem as possibilidades interpretativas. 
Optamos aqui por identificar dois elementos fundamentais para a dinâmica da cidadania: 
o coronelismo, uma das principais formas de poder; e a Revolta da Vacina, levante social 
que contraria a lógica da cidadania formal, e que consistiu na luta da população contra 
o saneamento e a reforma urbana. Na história oficial foi interpretado como resistência 
à política sanitarista e defesa de valores morais.
A sociedade brasileira da virada do século possuía uma configuração política complexa em 
que as oligarquias ascenderam ao poder tendo como base o coronelismo nos Municípios 
e Estados, sendo referendada pela Constituição que concedia autonomia aos Estados, 
logo delegando autoridade para constituir/aparelhar suas forças militares, organizar a 
justiça e contrair empréstimos no exterior. Tal prática era possível pois nossa República 
(federativa e presidencialista) era constituída a partir 
do sufrágio “universal” (excetuando os analfabetos, 
mulheres, menores de 21 anos, mendigos, militares 
sem patente e religiosos de ordens monásticas).
A base de todo este sistema era o coronelismo, que 
operava a partir da exclusão dos meios de produção 
sobre as classes mais pobres, propiciando ao 
proprietário rural poder econômico, ainda que 
decadente. A estrutura agrária permitia ao poder 
privado seu estabelecimento nos municípios, 
 
 
“Os judeus no Brasi” de Keila Grinberg - http://books.google.com.br/books?id=yrhhcd-tL-
UC&pg=PA87&dq=sebastianismo&lr=
A questão da representação política na primeira república - http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
49792008000100003&script=sci_arttext
Estado, ciência e política na Primeira República: a desqualificação dos pobres - http://www.scielo.br/
scielo.php?pid=S0103-40141999000100017&script=sci_arttext
Uma revolta popular contra A vacinação - http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252003000100032&script=sci_arttext
Indo além
Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
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sendo este redimensionado pela relação com o poder público. A relação consistia num 
sistema de retroalimentação, no qual o governo se beneficiava dos currais eleitorais 
(voto de cabresto), garantindo em troca verbas aos coronéis objetivando a manutenção 
da estrutura de mando. Logo, o sistema eleitoral da Primeira República se encontrava 
viciado e excludente, o que impossibilitava o estabelecimento da cidadania plena. Apesar 
da impossibilidade da “cidadania formal”, esta não deixou de se realizar neste período. 
Ao observarmos as manifestações sociais (Canudos, Contestado, Cangaço, Revolta da 
Chibata, Vacina, greves proletárias e os movimentos tenentistas) percebemos facilmente a 
mobilização social e o enfrentamento à ordem vigente. Outra possibilidade interpretativa 
soma a estes fatores a remoção imposta às classes pobres para bairros do subúrbio, 
objetivando não apenas a higienização e remodelação da capital, mas também a criação 
de espaços para a nova cidade e sua especulação. A resistência da população demonstrou 
o exercício da cidadania espontânea.
Welfare State
A partir da era das revoluções, a sociedade capitalista ocidental experimentou um 
período contínuo de aceleração da produção e riqueza, gerando consumismo desenfre-
ado atrelado ao lucro e à ganância. Tal prática resultou na especulação desmedida no 
setor financeiro, levando à quebra da bolsa, arrastando o mundo para um período de 
crise. Desde a expansão industrial e o surgimento do capitalismo (sistema econômico 
e político), uma nova forma de relação social foi sendo construída, baseada no conflito 
entre a burguesia e o proletariado: a luta de classes. Neste processo contínuo de en-
frentamentos, a aquisição da cidadania possuiu uma dinâmica própria em cada país. O 
início do século marcou uma série de greves por parte do proletariado, sob a influência 
de novas ideologias (anarquismo, comunismo e socialismo), objetivando conquistas 
civis, políticas e sociais. A crise de 29 revelou as limitações do laisser faire. A alterna-
tiva encontrada por muitos países foi o desenvolvimento do welfare state (estado de 
bem-estar social) - elevação do Estado à condição de principal agente regulamentador 
de investimentos na geração de empregos e assistencialismo. A base desta política era 
a realização de parcerias entre os sindicatos proletários e a burguesia proprietária. 
A necessidade de recuperação do sistema capitalista e a pressão do proletariado os 
direitos sociais avançaram.Brasil pós 30
Brasil pós-30
O Brasil passou pelo mesmo processo seguindo a tendência internacional, resguardando 
Para participar do fórum leia o texto e o vído indicado: 
Estado, ciência e política
http://www.scielo.br/pdf/ea/v13n35/v13n35a17.pdf
“ADMIRÁVEL GADO NOVO”
http://www.youtube.com/watch?v=SSx0qETvcJY&feature=channel_pageCONSTITUIÇÃO DE 1891: AS LIMITAÇÕES DA CIDADANIA NA
REPÚBLICA VELHA
http://www.revistafarn.inf.br/revistafarn/index.php/revistafarn/article/viewFile/98/110
Saiba mais
Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
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suas peculiaridades, tradições e modus operandi de sua política/relações de força. Duas pré-condições 
merecem destaque: concomitância do setor industrial modernizante, com setores conservadores/tradi-
cionais ligados à agroexportação e a posição do País no cenário mundial. As ações do governo Vargas 
objetivaram impulsionar definitivamente a transferência do eixo econômico do setor agrário para o ur-
bano, logo o estabelecimento de leis trabalhistas e o incentivo do Estado na industrialização, associado 
a políticas de cunho social (direitos sociais) e assistencialistas, marcaram 1930 como o período divisor 
de águas na história do Brasil, segundo Eli Diniz. Em contrapartida, o sistema agrário não sofria al-
terações, o que garantia a sobrevivência do poder de mando no campo e toda construção sociopolítica 
baseada na exclusão da terra.
O Brasil vivia um momento de recuperação econômica assentada em contradições sociais e políticas. As 
lutas proletárias dos anos 20 (incipientes) formaram consciência de classe. Porém, a criação do sindicato 
único tutelado pelo Estado cerceou e/ou condicionou à elaboração de uma concepção de mundo pelos 
trabalhadores. Em contrapartida, boa parte das reivindicações dos operários foram atendidas a 
partir das Leis Trabalhistas. Deve-se ressaltar que tais garantias apenas vigoravam nos centros urbanos 
e para aqueles que aceitavam ser cooptados pelo sindicato único. 
A implementação de políticas voltadas para o setor social (educação, moradia, saúde, emprego e infra-
estrutura) asseguraram o fortalecimento do espectro de segurança social criado pelo governo. O custo 
desta política (direitos sociais) foi o cerceamento de direitos civis e políticos.
As transformações sociais e o governo Getúlio Vargas (1930/1945 e 1951/1954) deixaram marcas 
definitivas no imaginário brasileiro: ditador ou pai 
dos pobres? Estadista revolucionário ou politiqueiro 
tradicional? Modernizador ou conservador? As visões 
variam de acordo com o lugar do observador/analista, 
e sua perspectiva. Mas, sem dúvida, a construção da 
cidadania brasileira tem neste período uma de suas 
maiores contribuições. Marca o reconhecimento por 
parte do Estado, do povo como agente da história. A 
relação entre o trabalho e a cidadania é definitiva-
mente construída e reverenciada neste período histó-
rico. Cidadão é o trabalhador de carteira assinada!
A partir de 1945 uma nova conjuntura internacional 
passou a influenciar as ações mundiais (âmbito inter-
no e externo): a guerra fria. Os efeitos deste período 
de tensão político/nuclear ... guerra improvável, paz 
impossível ... refletiu-se nos conflitos e opções que a 
sociedade brasileira passou a realizar, tendo ainda 
associado o populismo. O período de 1945 a 1964, 
considerado por muitos cientistas sociais/políticos como democrático, trouxe diversos atores sociais 
para a cena política. A cidadania, ainda excludente, era exercida por diversos setores sociais incluídos 
em sua plenitude, ou seja, por meio da participação social e política.
Este cenário produzia uma conjuntura interna instável. Para alguns setores (tradicionais, conservadores, 
associados ao capital internacional e/ou militares) tal efervescência simbolizava um real perigo verme-
lho ou a possibilidade de um governo sindical-populista. Logo, o recurso desses setores foi recorrer ao 
“padrão moderador” das Forças Armadas, praticado ao longo da história republicana.
Embora as Forças Armadas não apresentassem uma unidade ideológico/política, os fatores descritos 
anteriormente, somados à possibilidade de quebra de hierarquia da corporação (resultado da própria 
divisão ideológica e das práticas políticas), foram decisivos para a concretização da opção intervencio-
nista. A sede de Estado, por parte dos militares, ressurgiu no período de tensão entre 1951/54. Golpes 
 
Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
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à democracia foram pensados e arquitetados, defesa da Constituição e ambições de 
chegar ao poder através das urnas foram cogitados e testados. Estava latente o desejo 
pelo controle da máquina estatal, porém o povo como agente histórico e as divergências 
da corporação militar adiaram em dez anos a tomada do poder pelos militares.
O golpe, para alguns “revolução”, marcou um novo momento histórico da cidadania 
no Brasil, representando na prática um período de drásticas intervenções no processo 
social. O resultado foi o surgimento e exacerbação de problemas sociais, ainda não 
superados em nossa sociedade. No que tange à cidadania ocorreu uma ampliação dos 
direitos sociais, restrição dos direitos políticos e supressão dos direitos civis. Porém, 
cabe ressaltar o apoio de parte da sociedade ao intervencionismo: o bloco associado ao 
capital internacional; proprietários rurais; setores da classe média e igreja; e diversos 
governadores.
Centrando a discussão no impacto do regime militar sobre a prática cidadã, 1964/1985 
reflete um momento de tensão máxima entre a cidadania teórica e prática, concedida 
e conquistada. Como já havia ocorrido no Estado Novo (Ditadura Vargas), os direitos 
sociais foram assegurados, e durante os primeiros anos, como resultado do milagre 
econômico, havia oferta de empregos, agradando o operariado urbano. Os trabalha-
dores rurais passaram a ser ouvidos, diminuindo a pressão no campo. Porém, o fator 
determinante para o controle social esteve centrado na satisfação, ainda que passageira, 
alcançada pela classe média.
O regime militar brasileiro foi marcado pela forte preocupação em assegurar juridica-
mente sua autoridade. Tal prática levou à implementação de um sistema político deno-
minado “democrático”, ao permitir à população escolher seus representantes políticos 
entre dois partidos: a Arena (partido do governo) e o MDB (oposição consentida). Assim 
foi garantido aos militares a construção de um imaginário eficaz sobre parte da popu-
lação, enaltecendo a vitória da tradição, segurança e família sobre os revolucionários 
terroristas que objetivavam destruir o país através da cooptação de jovens estudantes. 
Logo, “nossa vocação” estava garantida: sermos o País do futuro.
A imposição do novo modelo econômico-político, e o fim da “ameaça vermelha” sindical-
populista, só seriam alcançados com o fim da cidadania. Neste aspecto a edição dos 
Atos Institucionais (AI) cerceava de alguma forma direitos civis e/ou políticos. Logo, 
parte da sociedade civil iniciou um período de intensa manifestação e ação política, en-
frentando diretamente os militares. A juventude de todo o mundo iniciava um processo 
de contestação da ordem vigente (maio de 1968, França, organização estudantil; Brasil, 
paz e amor e lutas sociais; Estados Unidos; Primavera de Praga e outros), sintetizado 
na frase: “Sejam realistas, exijam o impossível!” . A resposta radical veio por meio do 
AI-5, iniciando o recrudescimento definitivo do regime: censura, tortura e execuções. 
(...)
(Des)Construções ideológico-políticas realizadas durante o regime deixaram marcas 
profundas na sociedade, mesmo após o fim do regime militar: o “controle” ideológico da 
Rede Globo; a truculência herdada pela PM, a rejeição desta Instituição pela sociedade 
como personificação do mal, e seu resgate contra o mal maior (violência oriunda da 
desigualdade social) visto nos pedidos de intervenção contra os “favelados criminosos” 
– Tropa de Elite; falência da educação pública e o crescimento das redes privadas; e o 
mal-estar na discussão política.
Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
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Para participar do fórum leia o texto e o vídeo indicado: 
“A Trajetória do Welfare State no Brasil: Papel Redistributivo das Políticas Sociais 
dosAnos 1930 aos Anos 1990”
http://www.ipea.gov.br/pub/td/td_2001/td_0852.pdfQUANDO CASSETA E PLANETA ERA ENGRAÇADO (1992) (VÍDEO)
http://www.youtube.com/watch?v=g1c2s-naii8
MÚSICA BRASILEIRA NA ÉPOCA DA DITADURA MILITAR (VÍDEO)
http://www.youtube.com/watch?v=8ke2BBhLR2I&feature=related 
BRASIL: 1964 A 1989(VÍDEO)
http://www.youtube.com/watch?v=fax50-xbfss&feature=related
DITADURA MILITAR NO BRASIL
http://www.youtube.com/watch?v=5nanc18veas
Neoliberalismo
A política neoliberal fincou raízes a partir da Escola Austríaca (Friedrich Wieser - O 
Valor Natural/1889; Friedrich August von Hayek – O caminho da servidão/1944; 
e Ludwig von Mises – Ação humana/1949). Em comum, defendiam a 
liberdade do indivíduo e do mercado. Hayek e Mises afirmavam que as 
políticas keynesianas (implementadas no pós-29) possuíam limitações 
e frustrariam o desenvolvimento natural da economia, logo, inibindo a 
potencialidade libertadora para o indivíduo.
No início da década de 70, as idéias associadas ao livre mercado e a 
crítica voraz ao sistema keynesiano (Welfare State) voltaram à pauta. A 
Escola de Chicago (monetarista) tinha na figura de Milton Friedman seu 
principal expoente. Defensor da teoria monetarista, pregava o combate à 
inflação através da oferta de moeda, o fim do salário mínimo ou qualquer 
piso salarial, pois ambos distorciam o custo da produção.
Segundo a Escola de Chicago, as crises da década de 70 (fim da paridade 
dólar-ouro/1971; crise do petróleo, OPEP/1973 e Irã/1979), atingiram as 
“A guerra fria” - http://www.tvcultura.com.br/aloescola/historia/guerrafria/guerra1/descricaopanoramica.
htm
O populismo e sua história - http://books.google.com.br/books?id=XqYtwZXuOUUC&printsec=frontc
over&dq=populismo&lr=
“O Brasil Republicano” Jorge Luiz Ferreira” - http://books.google.com.br/books?id=e5g2UBcIIMQC
&pg=PP22&lpg=PP22&dq=%22padr%C3%A3o+moderador%22+que+as+For%C3%A7as+Armadas
&source=bl&ots=flZGV-_5qL&sig=cK1Uk9f4gz5sS2YTdkjzAhLc5VA&hl=pt-BR&ei=eAs4SovLJ5TDtw
f8ksnjDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1
Indo além
Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
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economias ocidentais de forma drástica. O sistema keynesiano não possuía mais fôlego 
para responder à crise; para os monetaristas, a oferta de moeda por bancos centrais 
motivou a inflação; impostos elevados, somados a tributos excessivos e regulamen-
tação estatal da economia, ocasionaram a queda da produção. A cartilha neoliberal 
pregava: redução do Estado (mínimo) e dos gastos públicos (cortes no sistema welfare 
state); diminuição da carga tributária; desregulamentação dos preços e privatizações. 
O enfraquecimento de sindicatos atrairia novos investidores aumentando a geração 
de empregos e consequentemente a circulação de capitais e riquezas. O equilíbrio 
seria alcançado através da prática da Lei de Say, que de forma simplista pode ser en-
tendida como: oferta cria demanda, logo, a previdência pública, as leis trabalhistas, 
os subsídios à saúde e à educação passaram a ser vistos como entraves econômicos. 
Ressaltavam que tais setores, sob a guarda do Estado, impediam a atuação do capital 
privado, cerceando as liberdades econômicas dos indivíduos.
A política neoliberal foi implementada na Inglaterra de Margaret Thatcher e nos EUA 
de Ronald Reagan, muito embora a experiência viesse ocorrendo no Chile sob a batuta 
ditatorial de Pinochet (rendendo a Milton Friedman acusações de colaboração com a 
ditadura chilena). A opção neoliberal não era a única alternativa, mas foi a escolhida 
pelos países capitalistas. No final da década de 80, com o fim da alternativa Russa e 
a queda do Muro de Berlim, o neoliberalismo passou a ser a ideologia hegemônica, 
amplamente difundida pelo Consenso de Washington, por Davos, pelo FMI e o Banco 
Mundial.
Brasil anos 80
OOs anos 80 reinauguram a prática cidadã, restaurando a efervescência política. Uma 
nova conjuntura internacional prenunciou possíveis transformações num horizonte a 
curto prazo. Foi o momento de reavaliação do nosso passado, formação social e matriz 
econômica. Momento também de projetar alternativas para superar nossos dilemas 
históricos. Mas, existiam dois aspectos basilares para tal processo: 1º encontrar um 
caminho para redução das desigualdades sociais em meio à crise econômica brasileira, 
sob a nova lógica do capital internacional; 2º calcular o impacto do governo autoritário 
sobre a sociedade.
A crise econômica da década de 80 está relacionada a três acontecimentos econômicos 
Para saber um pouco mais sobre a era vargas, leia:
Cidadania nos anos de 1950. Sindicatos e legislação trabalhista - http://www.Cpdoc.Fgv.Br/nav_gv/
htm/3e_ele_voltou/cidadania_nos_anos_1950.Asp
O trabalho na música popular brasileira - http://www.Brasileirinho.Mus.Br/artigos/trabalhompb.Htm
A invenção do trabalhismo - http://books.Google.Com.Br/books?Id=bqt3tevgre4c&printsec=frontcove
r&dq=inven%c3%a7%c3%a3o+trabalhismo&lr=
Saiba mais
Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
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internacionais: fim da paridade ouro-dólar (1971 – EUA); 1ª crise do petróleo (1973, 
OPEP); e 2ª crise do petróleo (1979, Irã). Esses acontecimentos levaram à retração 
da economia internacional e à adoção de um conjunto de políticas que inaugurou a 
prática neoliberal nos Estados Unidos da América e na Inglaterra. Interligados a estes 
fatores exógenos (basilares), havia o reflexo das políticas econômicas praticadas pelos 
governos militares: aprofundamento da dívida externa; gastos públicos desordenados 
e ineficazes atrelados à corrupção (malversação do erário público) e agravamento da 
concentração de renda, gerando o crescimento do abismo social entre ricos e pobres. 
Com a estagnação econômica, os problemas sociais emergiram trazendo à cena a desi-
gualdade social e a exclusão. A praça pública transformou-se no fórum de discussão e 
reivindicação política. A cidadania voltava a ser exercida nas fábricas do ABC paulista; 
nas ruas das cidades exigindo e festejando a anistia; no início das lutas dos excluídos 
socialmente (ressurgimento da luta pela terra, moradia e outros); e nas manifestações 
políticas pelas Diretas Já. Embora as ruas das cidades estivessem inundadas por 
pessoas, cantos e bandeiras, o regime militar tentava resistir e a Rede Globo ajudava 
a maquiar a realidade social, atribuindo o rótulo de mani-
festação cultural (aniversário da cidade de São Paulo) aos 
atos políticos que exigiam Diretas Já.
A população somava esperança (econômica), ideologia 
(política), vontade (cultura) e desespero (social) no fim do 
regime militar e no início da Nova República ... no novo 
tempo, apesar dos perigos/da força mais bruta, da noite 
que assusta, estamos na luta/pra sobreviver, pra sobre-
viver, pra sobreviver/pra que nossa esperança seja mais 
que a vingança/seja sempre um caminho que se deixa de 
herança ... porém, a política não é campo da inocência. 
O povo, esperançoso, logo seria traído numa construção 
arquitetada no seio do poder: acordos entre o PMDB, o PP 
e as dissidências ligadas ao regime.
A campanha das Diretas Já foi mantida, mesmo após a 
derrota da Emenda Dante de Oliveira. Tinha início a tran-
sição do lócus da política, do espaço público para o privado, 
através da videopolítica. Também é possível observar o início da crise de representa-
ção política que alicerça a falta de credibilidade e interesse do povo com a democracia 
republicana. A morte de Tancredo e os pacotes econômicos do governo Sarney (fiscais 
dos preços) aceleraram o processo de conversão da política. O povo durante a década 
de 80 conheceu a possibilidade de organização e mobilização política, concomitante 
ao comportamento de desinteresse, negligência, acomodação e leviandade com o bem 
público.
 
 
Assista aos Vídeos:
Milton Friedman em Entrevista Clássica parte 1 e 2
Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=-k6PBWi3OlM
Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=g0bi_-pPOOo
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Entre politização e despolitização a Constituiçãocidadã (1988) foi aprovada. Inicial-
mente despertou euforia na população, porém, o artigo 5º converteu-se em letra morta, 
ajudando a aumentar o descrédito do povo com a política e as leis vigentes. Floresceu 
assim um discurso caro e perigoso para a sociedade brasileira: ... a descrença na polí-
tica, e nos políticos considerados corruptos, bem como a certeza de que as leis não são 
para todos... Tal discurso passou a legitimar o descompromisso social que identifica 
para fora de si problemas intrínsecos à nossa formação: jeitinho brasileiro; “sabe com 
quem está falando?”; “somos todos iguais”; e o “todo mundo faz ...” (justificativa que 
engloba de corrupção a jogar lixo na rua).
Globalização
O termo globalização pode ser caracterizado como processo de aproximação entre os 
países e pessoas a partir da revolução técnico-científica e do avanço do sistema de 
transportes no globo terrestre. Movimento gerado a partir da necessidade imperiosa 
desenvolvida pelo sistema econômico neoliberal de aniquilar barreiras para a livre flu-
tuação financeira, intensificando o consumo de mercadorias e mão de obra, tornando 
possível a formação de uma aldeia global (apropria-
ção do conceito criado por McLuhan para caracteri-
zar os sistemas de informação em expansão). Este 
processo, em seu início, criou duas possibilidades de 
autorrealização: globalização por interdependência 
– na qual a integração das sociedades ocorreria res-
peitando suas particularidades, tendo como objetivo 
a integração igualitária superando as desigualdades; 
e a globalização por competição – na qual a integração 
ocorreria a partir de um processo de “concorrência” 
entre as culturas objetivando a massificação do mo-
delo melhor adaptado às necessidades sociais.
É possível identificar diversas experiências de glo-
balização com aplicabilidades distintas: ideológica 
- ataque às torres gêmeas , símbolo máximo do capi-
talismo global, inaugurando a fase do terrorismo global; midiática – programas como 
Conexões Urbanas e Central da Periferia possibilitam a criação de fóruns sociais de 
discussão sobre as condições de vida no planeta; ativismo - contestação realizada pelo 
comandante Marcos, no México, cooptando apoio com auxílio da internet; política - de-
núncias de corrupção e as manifestações sociais nas eleições do Irã; denúncia - tentativa 
de controle da informação realizada pelo governo popular da China, na solicitação de 
bloqueio à comunicabilidade de computadores, realizado junto às empresas fabricantes; 
informacional - denúncias de tortura realizadas pelos EUA na prisão de Guantanamo, 
contrariando todo seu discurso moralista de respeito aos direitos civis ... 
Inúmeros estudos sobre globalização tentam mapear este fenômeno social: alguns 
analistas negam seu ineditismo, remontando ao período das grandes navegações (su-
premacia de Portugal e Espanha, durante a Idade Moderna); outros afirmam se tratar 
de um período único na história da civilização humana, devido à inexistência de outro 
modelo capaz de enfrentar ou mesmo sugerir um novo caminho; num outro polo, 
analistas franceses, inicialmente, contestaram o termo globalização (anglo-saxão) 
preferindo a expressão mundialização para caracterizar o mesmo processo social; hoje, 
devido à sua liquidez, o termo globalização tornou-se hegemônico.
Independente da discussão sobre seu ineditismo ou da inexistência de outro modelo, 
 
 
Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
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a globalização alterou a vida no planeta. Segundo seus críticos, a globalização repre-
senta o braço sociocultural da política neoliberal, servindo assim para legitimar a nova 
ordem social. Para o economista Stiglitz a globalização não vem contribuindo para a 
equidade social e a redução dos conflitos, ao contrário, agravou problemas sociais 
devido à prática neoliberal. Seus defensores alegam que as críticas não devem recair 
sobre o processo de globalização, pois este intensificou as relações comerciais des-
centralizando a oferta de empregos. Os erros no sistema refletem a permanência das 
atividades do Estado no que tange ao controle das taxas de juros e à incompetência, 
ou à falta de interesse, em realizar as reformas ligadas à tributação, comprometendo 
assim a eficácia das propostas globalizantes.
Brasil anos 90
Os anos 90 marcaram um novo momento na história do mundo ocidental. A supre-
macia hegemônica conquistada pelos EUA através do poder econômico e militar lhe 
permitiu galgar o posto de xerife da nova ordem mundial. No Brasil, os últimos anos 
da década de 80 permitiram ao cidadão viver experiências autoritárias (tropas inva-
dindo e executando trabalhadores na CSN/1988) e democráticas (disputa eleitoral em 
89, deixando frente a frente duas ideologias antagônicas: o neoliberalismo de Collor/
PRN apoiado pela burguesia nacional e os grupos Civita/Marinho de mídia privada 
e o socialismo de Lula/PT, com apoio das esquerdas e a força de suas Caravanas). 
A vitória de Collor alinhou o projeto econômico brasileiro 
com a economia internacional. Logo, a ortodoxia das polí-
ticas neoliberais passou a ser implementada tendo efeito 
direto sobre a cidadania formal estabelecida. Privatizações, 
iniciadas ainda no governo Sarney; ataque ao Estado/
funcionalismo público, sob o rótulo de marajás; confisco 
dos rendimentos; proposta de desregulamentação da CLT 
e abertura da economia para o novo capital internacional 
financeiro substituíram a euforia do propalado progresso 
modernizante pela dura realidade do aumento dos índices 
de desemprego. O trabalhador sentiu o golpe, e sem au-
mento de salários, e com a falência dos direitos sociais, o 
padrão de vida foi a “nocaute”.
A população passou, em pouco tempo, a acompanhar le-
targicamente as denúncias de corrupção no governo Collor. 
A cidadania participativa foi iniciada pela sociedade civil 
organizada no Movimento pela Ética na Política. No dia 1º 
de junho de 1992, foi iniciada a CPI, e logo, o PT passou 
a exigir o afastamento do presidente. No dia 11 de agosto, 
jovens pararam a Avenida Paulista para protestar. A certeza 
da impunidade, a demagogia e a arrogância levaram o presidente a conclamar a popu-
lação a uma demonstração pública de apoio nas cores verde e amarelo (remetendo ao 
período da campanha). O episódio, ocorrido no dia 18 de agosto, passou a ser chamado 
de domingo negro (cor que simbolizou o repúdio da população) e foi o estopim de uma 
série de manifestações exigindo o impeachment de Collor, culminando com a renúncia 
e a condenação no Senado, impondo-lhe inelegibilidade por oito anos.
Diversos estudos acadêmicos associam a mobilização dos jovens, denominada caras-
pintadas, à minissérie da Rede Globo “Anos Rebeldes”, iniciada em 14 de julho, que 
possuía como tema a participação política dos jovens na década de 60 e a contesta-
ção à ditadura militar. Logo, a música tema da minissérie passou a ser entoada nas 
manifestações ... caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento num sol de 
 
Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
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quase dezembro, eu vou ... os jovens, alguns pela primeira vez, experimentavam a 
participação político-cidadã. 
O impeachment de Collor não inaugurou um novo momento político para o Brasil, 
nem mesmo entre os jovens. As denúncias que levaram Collor à renúncia não foram 
comprovadas. Posteriormente, o tesoureiro da campanha de 89, PC Farias, e a sua 
namorada, Suzana Marcolino, foram mortos 
sob condições misteriosas. Com eles morreu a 
explicação de todo esquema de corrupção do 
governo. Em 2007, Fernando Collor tomou pos-
se no Senado Federal (mandato de oito anos), 
e hoje, no PTB, é presidente da Comissão de 
infraestrutura do Senado.
O governo Itamar Franco prosseguiu na im-
plementação do neoliberalismo, sendo inten-
sificado durante os oitos anos do governo 
Fernando Henrique Cardoso (FHC). Sob a 
bandeira do Plano Real, e tendo como ga-
roto propaganda o preço do frango, o PSDBtornou-se o maior partido político do período. 
A partir do governo federal, o PSDB mudou 
a lógica política do País, pois permeou a política local alcançando redutos regionais. 
Posteriormente, seriam descobertos esquemas de corrupção (mensalão, propinoduto 
e outros) que permitiram a hipertrofia do partido. A prática não foi restrita ao grupo 
liderado por FHC, pois o PT, alavancado pelo desejo de mudança da população, chegou 
à presidência da República com Lula. Logo, figuras centrais do partido tiveram seus 
nomes envolvidos no mesmo esquema de corrupção. Em nenhum dos casos a socie-
dade civil fez uso de sua cidadania para invadir as ruas e entoar cantos e gritos de 
protesto... Talvez sentisse falta de um estopim poderoso para alavancar seus espíritos 
e, principalmente, o imaginário.
Para participar do fórum leia o texto e o vídeo indicado: 
Escolher 2 videos e assistir para o fórum 4
Favela naval - ninguém esquece, chega de violência, queremos paz (vídeo)
http://www.youtube.com/watch?v=jt7zq4xh_za&feature=fvsr
Jornal nacional - o massacre do carandiru 1992 (vídeo)
http://www.youtube.com/watch?v=ouxmszowxh4
Rio - candelaria massacre – brazil (vídeo)
http://www.youtube.com/watch?v=h_9w8f1js0q&feature=related
Massacre de eldorado dos carajás completa 13 anos (vídeo)
http://www.youtube.com/watch?v=20vmaxx-czg&feature=related
Arrastão em ipanema (vídeo)
http://www.youtube.com/watch?v=zwfu5wvujd0
Briga no futebol (1995) - guerra de torcidas, violência, pancadaria (vídeo)
http://www.youtube.com/watch?v=ralr6lmehh4&feature=related
 
Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
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Pós-modernidade
A definição de pós-modernidade só estará cristalizada quando deixar de ser o próprio 
tempo presente, ou seja, vivemos a pós-modernidade e devido sua contemporaneidade 
as transformações ainda se encontram em curso. É possível identificar 
algumas características deste período: primeiro - os arcabouços que alicer-
çaram a modernidade passaram a ser questionados, do discurso moral ao 
científico; segundo – ocorre uma aceleração da vida cotidiana decorrente 
das novas tecnologias, oriundas da comunicação e dos transportes; ter-
ceiro – existe um processo de desterritorialização (intensa mobilidade que 
possibilita a formação de hibridismos culturais e processos de desenraiza-
mento dos indivíduos), redefinindo o global e o local, originando o glocal; 
quarto – há um discurso claramente metalingüístico e ideologizante que 
não busca explicações e recusa definições, tendo como prática, o subter-
fúgio de neologismos para (re)nomear experiência já cristalizadas e assim 
apagar (deletar) construções históricas.
Um rápido mapeamento das análises de diversos cientistas nos propicia o seguinte 
panorama: Jean-François Lyotard, pioneiro na utilização do termo, apresenta a pós-
modernidade como fim dos sistema explicativos grandiosos e generalistas; Fredric 
Jameson a identifica como braço cultural da lógica neoliberal; Jürgen Habermas 
atribuiu em sua análise um caráter conservador a pós-
modernidade, indicando o ataque direto desta aos ideais 
iluministas; Zygmunt Bauman substituiu o uso da palavra 
pós-modernidade por modernidade líquida, sintetizando 
a idéia de fluidez em relação a modernidade; seguindo a 
linha de substituição do termo pós-modernidade, Gilles Li-
povetsky cria a hipermodernidade objetivando demonstrar 
que determinadas características da modernidade passaram 
a ser exacerbadas.
Analisar os vídeos “música brasileira na época da ditadura militar parte 2 - redemo-
cratização do brasil” ajudará muito nesta discussão.
Vamos dar início a nossa conversa? 
No ambiente virtual acesse acessórios - fórum. 
Esperamos você por lá!
 
 
Cidadania contemporânea e pós-moderna - Módulo 3 Cidadania
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Para saber um pouco mais sobre a pós-modernidade, leia:
Stuart hall - a identidade em questão : “identidade cultural na pós-modernidade”
Http://www.Angelfire.Com/sk/holgonsi/hall1.Html
Saiba mais
Que tal organizar os conhecimentos que você adquiriu até agora e colocar em prática o que você 
realmente aprendeu?
Vamos lá! Acesse o ambiente virtual: ACESSÓRIOS - FÓRUM
Participe!
Saiba mais
Até esse ponto, já temos um conjunto de informações bastante significativo sobre a cidadania 
contemporânea e pós-moderna e esse é um bom momento para compartilharmos nossas experiências, 
reflexões e opiniões a respeito deste tema e aprendermos de forma colaborativa. Participe do nosso 
FÓRUM!
Saiba mais
Virtualmente
Acesse a SALA DO TUTOR. Poste a sua dúvida e em 24h você receberá uma orientação. Os 
Orientadores Acadêmicos desta disciplina estarão à disposição para ajudá-lo.
PRESENCIALMENTE
No laboratório de Informática das Unidades UNISUAM
Dúvidas
Anexo - Atividades Cidadania
Bloco de notas
e anotações
Este espaço é para você anotar suas observações com relação a 
disciplina estudada.
Importante:
Leia todas as orientações passo a passo no “Tutorial do Aluno” de como realizar suas Atividades.
Anexo - Atividades Cidadania
Anexo - Atividades Cidadania

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