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Gabarito (C)
36. FCC/ TRF - 5ª REGIÃO- Analista Judiciário – Área Administrativa – 2017
A Superintendência de uma autarquia municipal do setor de transportes editou um decreto
estabelecendo a redução da velocidade em determinado trecho de uma estrada, como forma de
prevenção de acidentes, cuja violação passou a configurar nova infração de trânsito passível de
ser apenada com multa e pontuação na carteira de habilitação dos condutores. Identificou-se,
em razão de apuração de denúncia anônima, que o trecho da estrada onde havia sido
determinada a redução da velocidade coincidia com o local onde recentemente haviam sido
fixados outdoors de propaganda, precedidos de contratação com a Municipalidade. Parecia
conveniente, portanto, que a velocidade fosse reduzida naquele trecho, o que potencializaria a
exposição dos outdoors. Considerando os fatos narrados,
a) a atuação da autarquia é independente e autônoma e, como tal, não pode ser questionada,
considerando que referido ente possui personalidade jurídica própria, em especial porque o ente
não captura ganhos porventura direcionados ao Município.
b) o ato editado pela autarquia excedeu os limites formais do poder normativo atribuído ao
Executivo, tendo em vista que decreto é ato privativo do Chefe do Executivo, bem como
materiais, dado que a esse ato não seria permitido inovar no ordenamento jurídico,
independentemente da competência constitucional para legislar nessa matéria.
c) o decreto editado possui vícios apenas de cunho material, porque instituiu nova infração,
passíveis de serem sanados com a revogação desta consequência, remanescendo válida a
redução de velocidade operada.
d) a atuação da autarquia pode ter excedido os limites do poder de polícia e editado ato com
desvio de finalidade, sendo necessária prova do dolo e, em especial, do abuso de poder
praticado, para que seja viável o desfazimento do ato.
e) violou os poderes conferidos à Administração pública, porque ainda que o conteúdo seja
inerente ao poder disciplinar, dirigido a todos os administrados, o ato praticado deveria ter
adotado a forma de Resolução ou Portaria.
Comentários:
Primeiramente, reparem que a regulamentação do trânsito consiste em manifestação do poder
de polícia administrativa.
Além disso, na parte final do enunciado, o examinador colocou sob suspeição a finalidade da
alteração de velocidade, a qual, potencialmente, teria se desviado do interesse público. No
entanto, não foram dados mais detalhes a respeito, capazes de confirmar a suspeita.
Há, todavia, duas circunstâncias que chamam mais a atenção nesta questão:
(a) a edição de um decreto regulamentar por alguém que não é o Chefe do Poder Executivo, o
que caracteriza excesso de poder por parte da Superintendência da Autarquia. Lembro que a
expedição de decreto regulamentar é competência indelegável (CF, art. 84, parágrafo único), de
sorte que há um vício de iniciativa neste ato normativo (irregularidade quanto à forma).
Antonio Daud, Equipe Antonio Daud, Equipe Antonio Daud 2
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