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MATERIAL CLÍNICO O sucesso de um bom exame de urocultura está diretamente relacionado à coleta e ao transporte adequados. Para isso se faz necessário orientar corretamente o paciente que irá realizar o procedimento de coleta. O ideal é ter orientações escritas, preferencialmente que possam auxiliar no entendimento do processo de coleta. COLETA O ideal é a coleta da primeira urina da manhã ou a retenção da urina na bexiga durante pelo menos 2 a 3 horas antes de realizar o exame. A retenção por 4 horas ou mais diminui o número de resultados falso-negativos. Colher a amostra de urina em frasco estéril, com tampa de rosca e boca larga, sempre que possível antes da antibioticoterapia. A urina para a urocultura deve ser preferencialmente coletada na unidade de atendimento do laboratório, evitando atrasos no processamento da amostra, com consequente multiplicação bacteriana e resultados falso-positivos ou de difícil interpretação. O ideal é que a amostra não permaneça a temperatura ambiente por mais de 30 minutos, assim, caso a urocultura não possa ser processada nesse período, a urina deverá ser refrigerada imediatamente após a coleta, sendo que o transporte ao laboratório também deverá ser feito sob refrigeração. A recomendação de autores é que as amostras que não possam ser processadas em até 1 hora devam ser mantidas refrigeradas (2-8ºC) para prevenir o crescimento bacteriano. Para laboratórios que realizam coleta de urina domiciliar ou em posto de coleta, uma alternativa à refrigeração é a utilização de conservante bacteriostático ou laminocultivo. TIPOSDEAMOSTRAS Amostra Aleatória Primeira Amostra da Manhã Segunda Amostra da Manhã Amostra de urina de 24 horas A amostra de urina de jato médio – é a amostra mais comum submetida à cultura. Para minimizar a contaminação, recomenda-se que o paciente realize higiene prévia da região genital com água e sabonete neutro, desprezando o primeiro jato de urina, e colhendo o jato médio em frasco apropriado. Amostra de urina de qualquer jato – é a amostra obtida de pessoas de idade que não conseguem fazer retenção urinária para a micção. Fazer higiene conforme descrito na coleta de urina jato médio. Amostras pediátricas e geriátrica Saco coletor Coleta de Urina sonda vesical de demora Amostra cateterizada Punção SuprapúbicaAmostras Especiais COLETASESPECIAIS Amostra de urina com uso de saco coletor – é a amostra obtida de crianças ou idosos que não conseguem ter um controle esfincteriano. Fazer higiene prévia da região genital. Colocar o saco coletor de forma asséptica. Trocar o coletor a cada intervalo de 45 minutos a 1 hora para evitar assaduras, repetindo a higiene em cada troca. Urina de paciente com cateterismo vesical – essa amostra não é ideal para cultura, pacientes com cateter de longa duração sempre apresentarão bacteriúria por uma ampla variedade de microrganismos, devido à formação de biofilme. Se houver a solicitação, recomenda-se a substituição do cateter antes da coleta de urina para cultura, principalmente se estiver presente por duas semanas ou mais, para reduzir a influência do biofilme. NÃO DEVEM SER OBTIDAS AMOSTRAS DE RECIPIENTES COLETORES UTILIZADOS EM HOSPITAIS (COMADRES, PAPAGAIOS) OU DIRETAMENTE DA BOLSA COLETORA DE PACIENTES CATETERIZADOS. TRANSPORTE O ideal é que as amostras de urina sejam sempre transportadas refrigeradas ou em no máximo 1 hora à temperatura ambiente (20 a 25C) e processadas rapidamente ao chegar no laboratório. Amostras não processadas devem ser mantidas refrigeradas, podendo ser processadas em até 24 horas. É importante ressaltar que Escherichia coli, por exemplo, duplica-se a cada 20 minutos e o transporte inadequado pode alterar significativamente a contagem bacteriana, resultando em uroculturas falso positivas. VOLUME O volume mínimo de urina que pode ser recebido vai depender do método de cultura empregado. Em geral, para cultura, 2mL são suficientes. Para realizar o exame de uroanálise, geralmente são necessários 10mL de urina, mas o volume pode variar dependendo do método utilizado. Slide 1 Slide 2 Slide 3: COLETA Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7: TIPOS DE AMOSTRAS Slide 8 Slide 9 Slide 10: COLETAS ESPECIAIS Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15: TRANSPORTE Slide 16 Slide 17: VOLUME Slide 18 Slide 19