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Investigação criminal
Prof. Edison Burlamaqui
false
Descrição Aspectos relevantes do procedimento de investigação criminal e do
inquérito policial.
Propósito O inquérito policial é um procedimento administrativo informativo
destinado a apurar a existência de infração penal e de sua autoria com a
finalidade de fornecer ao titular da ação penal elementos suficientes
para promovê-la. Na prática, é importante entender que ele se trata de
um procedimento prévio à propositura da ação, tendo uma extrema
relevância na colheita inicial da prova e servindo como um verdadeiro
filtro processual.
Preparação Antes de iniciar, tenha em mãos o Código de Processo Penal (CPP).
Objetivos
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Módulo 1
Inquérito policial
Identificar conceitos,
princípios e regras
referentes ao inquérito
policial.
Módulo 2
Procedimento do
inquérito
Distinguir as fases do
inquérito.
Módulo 3
Conclusão,
arquivamento e
acordo de não
persecução
Analisar as hipóteses de
arquivamento do inquérito
ou de acordo de não
persecução penal.
Introdução
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Começaremos nosso estudo analisando os conceitos iniciais relacionados
ao inquérito, inclusive seu valor probatório. Adicionalmente,
apresentaremos suas principais características com o objetivo principal
facilitar a compreensão de tal procedimento.
Em seguida, analisaremos especificamente o conjunto de atos
procedimentais que compõe o inquérito policial, iniciando pela sua
instauração. Nesse momento, também verificaremos as competências e as
responsabilidades da autoridade policial responsável pela presidência do
inquérito.
Por fim, falaremos sobre as hipóteses de arquivamento do inquérito e
sobre suas consequências processuais. Adicionalmente, considerando sua
enorme importância e o fato de se tratar de um instituto novo da justiça
consensual penal, analisaremos o acordo de não persecução penal.
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Mobile User
1 - Inquérito policial
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar conceitos, princípios e regras referentes ao
inquérito policial.
Ligando os pontos
Você conhece o procedimento do inquérito policial, assim como seus
pressupostos e as características que o regem? Para entendermos melhor tais
conceitos, analisaremos um caso fictício.
João foi denunciado pela prática do crime de roubo majorado pelo concurso de
agentes (art. 157, §2º, II, do Código Penal - CP). Tal prática se fundou em oitiva
da vítima em sede policial, na qual ela narrou a dinâmica do roubo, indicando
João como autor do fato.
A denúncia foi recebida, sendo João devidamente citado para apresentar sua
resposta à acusação. A defesa dele a refutou e, ao final, requereu a absolvição
sumária do acusado.
Na ocasião, foram arroladas testemunhas e juntados os documentos
pertinentes. Com a confirmação do recebimento da denúncia, uma audiência de
instrução e julgamento foi designada.
Durante essa audiência, a vítima não foi encontrada para prestar depoimento,
tendo o policial que realizou sua oitiva em sede policial apenas confirmado sua
assinatura no termo de declaração, não sendo capaz de lembrar mais detalhes.
As testemunhas de defesa apresentaram informações sobre a conduta do
acusado, o qual, por sua vez, permaneceu em silêncio.
Após a apresentação das alegações finais, sobreveio a sentença: João foi
condenado pela prática do crime de roubo majorado com base tão somente no
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condenado pela prática do crime de roubo majorado com base tão somente no
depoimento e no reconhecimento da vítima realizado em sede policial.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar
esses pontos?
Questão 1
O inquérito policial é um procedimento administrativo prévio
cuja finalidade é buscar um substrato para a propositura de
eventual ação penal. Com base nessa finalidade e conforme
destaca a doutrina, o inquérito policial é um procedimento
A
inquisitivo, disponível, escrito, sigiloso e
indispensável.
B
inquisitivo, indisponível, escrito, público e
dispensável.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
Conforme entende a doutrina majoritária, é uma característica
do inquérito policial ser um procedimento inquisitivo,
indisponível, escrito, sigiloso e dispensável.
Questão 2
Como vimos no caso narrado, o inquérito policial é de grande
importância, muitas vezes auxiliando até na instrução
processual penal. Sobre o inquérito, marque a alternativa
correta.
C
inquisitivo, indisponível, oral, público e
dispensável.
D
inquisitivo, disponível, escrito, sigiloso e
dispensável.
E
inquisitivo, indisponível, escrito, sigiloso e
dispensável.
A
A autoridade policial pode mandar arquivar os
autos de inquérito.
B
É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, já documentados em
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Alternativa A (incorreta): segundo o art. 17 do CPP, a autoridade
policial não pode mandar arquivar os autos de inquérito.
Alternativa B (correta): conforme entendimento consolidado
pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Súmula Vinculante 14,
é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício
do direito de defesa. Alternativa C (incorreta): de acordo com o
art. 20 do CPP, a autoridade assegurará no inquérito o sigilo
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
sociedade. Alternativa D (incorreta): segundo o art. 9º do CPP,
todas as peças do inquérito policial serão, num só processo,
reduzidas a escrito ou datilografadas, sendo, nesse caso,
B
procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
C
A autoridade assegurará no inquérito a
publicidade necessária à elucidação do fato ou
a exigida pelo interesse da sociedade.
D
As peças do inquérito policial não precisam ser
reduzidas a escrito ou datilografadas e
rubricadas pela autoridade.
E
O inquérito policial é um procedimento
indispensável, não podendo o titular da ação
penal, se ele dispuser dos indícios mínimos
necessários para o oferecimento da inicial
acusatória, o dispensar.
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Mobile User
reduzidas a escrito ou datilografadas, sendo, nesse caso,
rubricadas pela autoridade. Alternativa E (incorreta): para a
doutrina, o inquérito policial é um procedimento dispensável.
Dessa forma, ele se trata de uma peça meramente informativa,
podendo o titular da ação penal, se dispuser dos indícios
mínimos necessários para o oferecimento da inicial acusatória,
dispensar o inquérito.
Questão 3
Após a leitura do caso concreto, foi possível verificar que o juiz entendeu
pela condenação de João, mesmo não tendo a vítima comparecido em
juízo para prestar depoimento. Para isso, a autoridade judicial
fundamentou sua sentença em provas colhidas no inquérito policial.
Considerando tal situação e com base no CPP, argumente sobre o
entendimento do juiz.
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
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Página 8 de 63
Mobile User
ComNUCCI, G. de S. Curso de Direito Processual Penal. 18. ed. - Rio de Janeiro:
Forense, 2021.
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Página 63 de 63base no art. 155 do CPP, a doutrina entende que o inquérito
possui força probatória mitigada ou relativa, não podendo os
elementos colhidos durante o seu processamento serem um
fundamento exclusivo para um decreto condenatório.
Dessa forma, pode-se concluir que o juiz não agiu corretamente,
pois o inquérito policial tem valor probatório relativo. Além disso,
isoladamente, os elementos de informação não podem servir de
base exclusiva para um decreto condenatório.
Atos procedimentais do inquérito
O inquérito policial
Confira um breve apanhado sobre a natureza jurídica do inquérito policial e suas
características.

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O inquérito policial consiste em um conjunto de diligências realizadas pela
polícia investigativa para identificar as fontes de prova e a colheita de elementos
de informação quanto à autoria e à materialidade da infração penal com o
objetivo de possibilitar que o titular da ação penal possa ingressar em juízo. Sua
finalidade encontra-se descrita no art. 4º do CPP.
Dessa forma, o inquérito policial tem a natureza jurídica de um procedimento
administrativo. Ademais, por se tratar de mera peça informativa, em regra, os
eventuais vícios dele constantes não têm o condão de contaminar o processo
penal ao qual ele possa dar origem. Não é outro o entendimento (relatado pelo
então ministro do STJ Felix Fischer, da Quinta Turma) do Superior Tribunal de
Justiça (STJ):
[...] VIII - Eventual nulidade na oitiva da
recorrente no curso da investigação
preliminar não tem o condão de nulificar o
recebimento da denúncia e a ação penal
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Mobile User
deflagrada, tendo em vista que, por um
lado, existem elementos autônomos que
sustentam as decisões impugnadas; e, por
outro, eventuais vícios na fase extrajudicial
não contaminam o processo penal, dada a
natureza meramente informativa do
inquérito policial. Agravo regimental
desprovido.
(BRASIL, 2020)
O inquérito policial possui uma dupla finalidade. A primeira, é a de preservar os
direitos dos investigados, já que a existência prévia desse inquérito impede a
instauração de um processo penal infundado e temerário, resguardando a
liberdade do inocente e evitando custos desnecessários para o Estado.
Para além, o inquérito também possui uma finalidade preparatória, pois ele
busca fornecer elementos de informação quanto à autoria e à materialidade do
delito para que o titular da ação penal (Ministério Público ou Querelante)
ingresse em juízo, servindo ainda para acautelar meios de prova que poderiam
perecer com o decurso do tempo.
O inquérito possui força probatória mitigada ou relativa: os elementos colhidos
durante o seu processamento não podem constituir um fundamento exclusivo
para um decreto condenatório, conforme depreende-se do art. 155 do CPP. Com
base nesse dispositivo, a doutrina entende que elemento de informação não é
sinônimo de prova. Observe a diferença entre eles a seguir:
Elementos de Informação
São aqueles colhidos na
fase investigatória sem a
necessária participação de
todos os envolvidos no
caso, inclusive do réu.
Provas
São as que configuram os
elementos de convicção
produzidos, em regra, no
curso do processo judicial e,
por conseguinte, com a
necessária participação de

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Mobile User
necessária participação de
ambas as partes, sendo, por
isso, submetidas ao
contraditório e à ampla
defesa.
Ante o exposto, pode-se concluir que o inquérito policial tem valor probatório
relativo. Isoladamente, os elementos de informação não podem servir de base
exclusiva para um decreto condenatório.
Entretanto, tais elementos serão capazes de influenciar subsidiariamente o
convencimento do juiz no julgamento da causa quando outros indícios e provas
submetidos ao crivo do contraditório os confirmarem.
Características do inquérito
O inquérito policial tem diversas características que decorrem de sua natureza.
Assim, para entendermos melhor seu procedimento, precisamos conhecê-las.
Tal inquérito pode ser dividido em oito tipos de procedimentos:
De acordo com o art. 9º do CPP, todas as peças do inquérito policial
serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas, sendo,
nesse caso, rubricadas pela autoridade.
Apesar de o CPP não fazer ressalva à gravação audiovisual de diligências
realizadas no curso do inquérito policial, o registro dos depoimentos do
investigado, do indiciado, do ofendido e das testemunhas será, sempre
que possível, feito por meios ou recursos de gravação magnética,
estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive a audiovisual, destinada a
obter maior fidelidade das informações (art. 405, §1º, do CPP).
Procedimento escrito 
Procedimento dispensável 
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Mobile User
O inquérito é uma peça meramente informativa, podendo o titular da ação
penal, se dispuser dos indícios mínimos necessários para o oferecimento
da inicial acusatória, até dispensá-lo.
Tal procedimento tem a finalidade de investigar infrações penais,
coletando elementos de informação quanto à autoria e à materialidade
dos delitos. Dessa forma, a publicidade das investigações poderia
prejudicar seu curso e seu objetivo.
Apesar da previsão do art. 20 do CPP, tem prevalecido o entendimento de
que o advogado deve ter acesso aos autos do procedimento
investigatório caso a diligência realizada pela autoridade policial já tenha
sido documentada. Entretanto, na hipótese de diligências ainda em
andamento, não se deve falar em prévia comunicação ao advogado nem
ao investigado, já que o sigilo é inerente à própria eficácia da medida
investigatória.
Confira agora o teor da Súmula Vinculante 14, de acordo com BRASIL,
2009: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Tal característica se mostra extremamente controversa, pois o inciso XXI
do art. 7º do Estatuto da OAB, incluído pela Lei nº 13.245/2016, prevê que
o advogado tem direito de assistir seus clientes investigados durante a
apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo
interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os
elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados,
Procedimento sigiloso 
Procedimento inquisitorial 
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Mobile User
elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados,
direta ou indiretamente, podendo ele até, no curso da respectiva
apuração, apresentar suas razões e seus quesitos.
Desse modo, parte da doutrina questiona se ainda é possível afirmar que
o inquérito policial se trata de um procedimento inquisitorial. No entanto,
ainda prevalece o entendimento de que ele possui tal natureza.
Como veremos mais à frente, as atividades investigatórias estão
concentradas nas mãos de uma única autoridade (delegado de polícia ou
MP), que conduz a apuração de maneira discricionária, colhendo
elementos quanto à autoria e à materialidade do fato delituoso. Dessa
forma, o contraditório não é garantido de forma direta, sendo ele
proporcionado na modalidade diferida.
O inquérito, afinal, é conduzido de maneira discricionária pela autoridade,
que determina o rumo das diligências de acordo com as peculiaridades
do caso concreto.
Esse entendimento é possível, uma vez que incumbe ao delegado ou ao
MP a sua presidência. Logicamente, no caso dos crimes de ação penalpública condicionada à representação e de ação penal de iniciativa
privada, a instauração do inquérito policial está condicionada à
manifestação da vítima ou de seu representante legal.
A autoridade policial não pode mandar arquivar os autos de inquérito
policial, conforme se verifica da redação do art. 17 do CPP.
Procedimento discricionário 
Procedimento oficial 
Procedimento indisponível 
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Mobile User
Mesmo sendo possível a dilação de prazos e que a autoridade policial
possa requerer ao juiz a devolução dos autos para ulteriores diligências,
quando o fato for de difícil elucidação e o indiciado estiver solto, o
princípio constitucional da duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII,
da CF) impedirá que o inquérito policial tenha seu prazo de conclusão
prorrogado indefinitivamente.
Procedimento temporário 
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Sobre o inquérito policial, é correto afirmar que se trata de
A procedimento não sigiloso.
B procedimento acusatório.
C procedimento indisponível.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
O inquérito é um procedimento indisponível, pois a autoridade policial não
pode mandar arquivar os autos de inquérito policial. Não se deve confundir tal
característica com a dispensabilidade, a qual, na verdade, se refere à
possibilidade de o inquérito ser dispensado quando o titular da ação penal
dispuser de um substrato mínimo necessário para o oferecimento da peça
acusatória.
Questão 2
(UFMT - PJC/MT - 2022) Segundo as prescrições do CPP (Decreto-Lei nº
3.689/1941 e alterações) acerca do inquérito policial, a autoridade policial
não poderá
C procedimento indisponível.
D procedimento não oficial.
E procedimento não discricionário.
A
apreender os objetos que tiverem relação com o fato
delituoso após eles serem liberados pelos peritos criminais.
B representar acerca da prisão preventiva.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
De acordo com o art. 17 do CPP, a autoridade policial não pode mandar
arquivar os autos de um inquérito.
C
cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades
judiciárias.
D
realizar as diligências requisitadas por membro do Ministério
Público.
E
mandar arquivar autos de inquérito por falta de base para a
denúncia.
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2 - Procedimento do inquérito
Ao final deste módulo, você será capaz de distinguir as fases do inquérito.
Ligando os pontos
Você conhece o procedimento do inquérito policial, as formas de instauração, o
indiciamento, a atuação investigativa da autoridade policial e sua conclusão?
Para compreendermos melhor tais regras, vamos observar a seguir um caso
fictício.
Um membro do Ministério Público (MP) recebeu uma denúncia anônima de que
suspeitos estariam praticando tráfico de drogas em determinada localidade.
Com base nessa informação, o MP requisitou à autoridade policial a abertura de
um inquérito policial para investigar tais fatos.
O delegado inicialmente determinou que policiais sob seu comando fossem até
o local para verificar o imóvel indicado na denúncia anônima e identificar
eventuais pessoas que residiam na localidade. Ao retornarem para a delegacia,
os agentes informaram que o imóvel estava em péssimas condições e que
perceberam a movimentação de duas pessoas dentro da residência.
Com base em tais informações, o delegado determinou que eles observassem o
imóvel durante uma semana, verificando quem efetivamente residia no local e
uma eventual movimentação suspeita. Sete dias depois, os policiais informaram
que, após o prazo concedido pela autoridade policial, conseguiram identificar
dois homens residindo no local e que, durante todo o período, principalmente no
horário noturno, diversas pessoas estranhas entravam e saíam do local,
permanecendo pouco tempo dentro do imóvel.
Ante o relatado, o delegado enviou o relatório com essas investigações para o
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MP, que requereu à autoridade judiciária a expedição de um mandado de busca e
apreensão, sendo tal pedido deferido. Durante o cumprimento desse mandado,
uma grande quantidade de drogas foi apreendida, sendo os dois homens presos
em flagrante.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar
esses pontos?
Questão 1
O inquérito policial é um procedimento administrativo que pode
ser iniciado por meio de requerimento do MP. Sobre as formas
de instauração do inquérito, marque a alternativa correta.
A
O inquérito policial não pode ser instaurado
mediante o requerimento da autoridade
judiciária.
B
Mesmo quando houver requisição do MP, a
autoridade policial não será obrigada a instaurar
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Parabéns! A alternativa D está correta.
Segundo o art. 5º, §3º, do CPP, qualquer pessoa do povo que
tiver conhecimento da existência de infração penal em que
caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito,
comunicá-la à autoridade policial, a qual, após verificar a
procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
Questão 2
A autoridade policial é responsável por coordenar as
investigações durante o inquérito policial. Desse modo, é dever
dessa autoridade
o inquérito policial.
C
Quando houver requerimento do ofendido, a
autoridade policial estará obrigada a instaurar o
inquérito policial.
D
Qualquer pessoa do povo que tiver
conhecimento da existência de infração penal
em que caiba ação pública poderá, verbalmente
ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial,
a qual, após verificar a procedência das
informações, mandará instaurar inquérito.
E
Nos crimes que se processam mediante uma
ação penal pública condicionada à
representação, é prescindível a realização dela
para que o inquérito seja instaurado.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
De acordo com o art. 6º do CPP, logo que tiver conhecimento
da prática da infração penal, a autoridade policial deverá, entre
outras ações, dirigir-se ao local, providenciando para que não
se alterem o estado e a conservação das coisas até a chegada
dos peritos criminais.
Questão 3
Após a leitura do caso concreto, foi possível verificar que o membro do
MP determinou a instauração do inquérito policial com base em mera
denúncia anônima. De forma adicional, ao fim das investigações,
A
dirigir-se ao local, providenciando para que não
se alterem o estado e a conservação das coisas
até a chegada dos peritos criminais.
B
apreender os objetos que tiverem relação com o
fato, mesmo antes de eles serem liberados
pelos peritos criminais.
C
requerer à autoridade judiciária a colheita de
todas as provas que servirem para o
esclarecimento do fato e de suas
circunstâncias.
D
não ouvir o ofendido, uma vez que ele tem o
direito de não produzir provas contra si.
E determinar busca e apreensão domiciliar.
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Página 22 de 63
determinou-se a busca e apreensão no local, sendo os suspeitos presos
em flagrante. Considerando tal situação, o magistrado agiu corretamente
ao determinar a busca e apreensão com base em investigações iniciadas
após umadenúncia anônima?
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04147/index.html?brand=wyden# 22/10/2024, 19:57
Página 23 de 63
Segundo o entendimento doutrinário e jurisprudencial, a denúncia
anônima não autoriza, por si só, a propositura de ação penal ou
mesmo, na fase de investigação preliminar, o emprego de métodos
invasivos de investigação, como interceptação telefônica ou a busca
e apreensão. Entretanto, tais elementos são capazes de constituir
fonte de informações e de provas que não podem ser simplesmente
descartadas pelos órgãos do Poder Judiciário.
Conforme decisão das cortes superiores, em caso de denúncia
anônima, a autoridade policial tem de realizar investigações
preliminares para confirmar a sua credibilidade. Uma vez confirmada
a aparência mínima de procedência, um inquérito policial – por meio
do qual a autoridade policial buscará outros meios de prova –
precisa ser instaurado.
Dessa forma, considerando as diligências realizadas, o magistrado
agiu dentro da legalidade o magistrado que autorizou a busca e
apreensão.
Formas de instauração
As formas de instauração do inquérito
policial
Confira agora, de forma resumida, as formas de instauração do inquérito policial
(em especial, da instauração de inquérito em casos de crimes de ação penal

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(em especial, da instauração de inquérito em casos de crimes de ação penal
pública incondicionada).
Crimes de ação penal pública incondicionada
Nos crimes de ação penal pública incondicionada, o inquérito policial, segundo o
art. 5º do CPP, pode ser instaurado de três modos:
De ofício;
Mediante requisição da autoridade judiciária ou do MP;
A requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
Por força do princípio da obrigatoriedade, caso a autoridade policial tome
conhecimento do fato delituoso a partir de suas atividades rotineiras, ela deverá
instaurar o inquérito policial independentemente da provocação de qualquer
pessoa.
Quanto à possibilidade de a autoridade judiciária requisitar a instauração de
inquérito policial, a doutrina sustenta que tal previsão não se coaduna com a
adoção do sistema acusatório pela Constituição Federal, pois tal atuação violaria
o princípio da imparcialidade. Para os defensores dessa doutrina, o
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o princípio da imparcialidade. Para os defensores dessa doutrina, o
procedimento correto seria encaminhar as informações acerca da prática de
ilícito penal ao MP, o qual, sendo o responsável pela persecução penal, vai
determinar a instauração do inquérito.
Quanto ao requerimento do ofendido ou de quem o represente, prevalece o
entendimento no sentido de que incumbe ao delegado verificar a procedência
das informações a ele trazidas, evitando-se, dessa maneira, a instauração de
investigações temerárias e abusivas. Com isso, convencendo-se de que a notitia
criminis é totalmente infundada e sem qualquer respaldo jurídico ou material.
MP
Sobre a requisição feita pelo MP, a autoridade policial é obrigada a instaurar o
inquérito policial por força do princípio da obrigatoriedade, que impõe às
autoridades o dever de agir diante da notícia da prática de infração penal.
Exemplo
Na hipótese de fato atípico ou quando a punibilidade está extinta, a autoridade
policial deve indeferir o requerimento do ofendido para instauração de inquérito
policial.
Em seu art. 5º, §3º, o CPP aborda ainda a possibilidade de qualquer pessoa do
povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação
pública, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, devendo
ela, após verificar a procedência das informações, mandar instaurar um
inquérito. Entretanto, essa hipótese trata de mera faculdade do cidadão, não
tendo ele o dever de noticiar a prática de infração penal para a autoridade
policial.
Uma última forma de instauração do
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Uma última forma de instauração do
inquérito em crimes de ação penal
pública incondicionada é por meio do
auto de prisão em flagrante delito. A
despeito de não constar
expressamente no art. 5º do CPP, ele
constitui uma das formas de
instauração do inquérito policial,
funcionando o próprio auto como a
peça inaugural da investigação.
As autoridades públicas – notadamente aquelas envolvidas na persecução
penal – têm, por força do princípio da obrigatoriedade, o dever de noticiar fatos
possivelmente criminosos. Caso contrário, elas podem responder
administrativamente e incorrer no crime de prevaricação.
Prevaricação
Caso comprovado no qual a inércia se deu para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal (art. 319 do Código Penal).
Crimes de ação penal pública condicionada e de
ação penal de iniciativa privada
Nos crimes de ação penal pública condicionada, a deflagração da persecução
penal, conforme destaca o art. 5º, §4º, do CPP, está subordinada à
representação do ofendido ou à requisição do ministro da Justiça. Já naqueles
de ação penal de iniciativa privada, segundo o art. 5º, §5º, do CPP, a autoridade
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de ação penal de iniciativa privada, segundo o art. 5º, §5º, do CPP, a autoridade
policial somente poderá instaurar o inquérito a requerimento de quem tenha
qualidade para propor a ação penal (queixa-crime), ou seja, o ofendido, embora
ele possa ser formulado, no caso de morte ou ausência do ofendido, por seu
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Nos dois tipos de crime de ação penal, a instauração do
inquérito policial também pode se dar em virtude do auto de
prisão em flagrante, cuja lavratura está condicionada ao
requerimento da vítima ou de seu representante legal.
Vale ressaltar, por fim, que o requerimento é condição de procedibilidade do
próprio inquérito policial, sem o qual a investigação sequer pode ter início.
Notitia criminis
Antes de prosseguirmos com a análise do procedimento do inquérito, é
importante tratarmos da figura da notitia criminis. Essa figura basicamente é o
conhecimento (espontâneo ou provocado) por parte da autoridade policial
acerca de um fato delituoso. A notitia criminis pode subdividir-se em:
Notitia criminis
de cognição
imediata (ou
espontânea)
Ocorre quando a
autoridade policial toma
conhecimento do fato
Notitia criminis
de cognição
mediata (ou
provocada)
Acontece quando a
autoridade policial toma
conhecimento da
Notitia criminis
de cognição
coercitiva
Advém de uma
autoridade policial
tomar conhecimento do
fato delituoso por meio
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conhecimento do fato
delituoso por meio de
suas atividades
rotineiras, como, por
exemplo, por meio da
imprensa.
conhecimento da
infração penal graças a
um expediente escrito,
por exemplo, mediante
requisição do MP.
fato delituoso por meio
da apresentação do
indivíduo preso em
flagrante.
A delatio criminis é uma espécie de notitia criminis consubstanciada na
comunicação de uma infração penal feita por qualquer pessoa do povo à
autoridade policial, e não pela vítima ou por seu representante legal.
A doutrina e a jurisprudência ainda consideram a chamada notitia criminis
inqualificada (também conhecida como denúncia anônima). De acordo com o
entendimento doutrinário e jurisprudencial, a denúncia anônima não autoriza, por
si só, a propositura de ação penal ou até mesmo, na fase de investigação
preliminar, o emprego de métodos invasivos de investigação, como a
interceptação telefônica ou a busca e apreensão. Entretanto, ela é capaz de
constituir uma fonte de informaçõese de provas que não pode ser simplesmente
descartada pelos órgãos do Poder Judiciário.
Conforme decisão das cortes superiores, em caso de denúncia anônima, a
autoridade policial tem de realizar investigações preliminares para confirmar a
sua credibilidade. Uma vez confirmada a aparência mínima de procedência, deve
ser instaurado um inquérito policial por meio do qual a autoridade policial
buscará outros meios de prova.
Atenção!
Por ser um meio de prova utilizado apenas em ultima ratio, a interceptação
telefônica só poderá ser empregada quando for imprescindível para provar o
crime, estando esgotados os demais meios de prova possíveis e viáveis.
Indiciamento
Indiciamento é o ato de atribuir a autoria (ou participação) de uma infração
penal a uma pessoa. De acordo com o art. 2º, §6º, da Lei nº 12.830/13, ele é
privativo do delegado de polícia e se dá por ato fundamentado mediante análise
técnico-jurídica do fato, que precisa indicar a autoria, a materialidade e suas
circunstâncias.
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circunstâncias.
A condição de indiciado poderá ser
atribuída já no auto de prisão em
flagrante ou até no relatório final do
delegado de polícia. Logo, uma vez
recebida a peça acusatória, o
indiciamento não é mais possível, já
que se trata de ato próprio da fase
investigatória.
Para que haja um indiciamento, é
indispensável a presença de
elementos informativos suficientes
que apontem a autoria e a
materialidade do delito. Ademais, o
indiciamento funciona como um
poder-dever da autoridade policial, já
que, presentes os elementos
informativos a indicar a autoria ou
participação do investigado, não resta
à autoridade policial outra alternativa
senão sua aplicação.
Por fim, o indiciamento configura um constrangimento quando a autoridade
policial, sem contar com elementos mínimos de materialidade delitiva, lavra o
termo respectivo e nega ao investigado o direito de ser ouvido e de apresentar
documentos.
Dica
Nessa hipótese, a jurisprudência tem admitido a possibilidade de impetração de
habeas corpus com a finalidade de sanar o constrangimento ilegal daí
decorrente, buscando-se, com isso, o chamado desindiciamento.
Atuação investigativa da autoridade policial
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Segundo o art. 6º do CPP, logo que tiver conhecimento da prática da infração
penal, a autoridade policial deverá:
Dirigir-se até o local, providenciando para que o estado e a conservação
das coisas não sejam alterados até a chegada dos peritos criminais.
Apreender os objetos que tiverem relação com o fato após sua liberação
pelos peritos criminais.
Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de
suas circunstâncias.
Ouvir o ofendido.
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Ouvir o ofendido.
Ouvir o indiciado, devendo o respectivo termo ser assinado por duas
testemunhas que tenham ouvido sua leitura.
Fazer o reconhecimento de pessoas e coisas, assim como acareações.
Determinar, se for caso, a realização do exame de corpo de delito e de
quaisquer outras perícias.
Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e juntar aos autos sua folha de antecedentes.
Averiguar a vida pregressa do indiciado sob o ponto de vista individual,
familiar e social, além de sua condição econômica, sua atitude e seu
estado de ânimo antes, durante e depois do crime, assim como quaisquer
outros elementos que contribuam para a apreciação do seu temperamento
e caráter.
Colher informações sobre a existência de filhos, anotando suas respectivas
idades e se eles possuem alguma deficiência, assim como o nome e o
contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos indicado pela
pessoa presa.
Conforme o art. 7º do CPP, para verificar a possibilidade de uma infração ter sido
praticada de determinado modo, a autoridade policial pode realizar a reprodução
simulada dos fatos desde que ela não contrarie a moralidade ou a ordem
pública. Por fim, conforme dispõe o art. 13 do CPP, também incumbe a tal
autoridade fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias para
instrução e julgamento dos processos, realizar as diligências requisitadas pelo
juiz ou pelo MP, cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades
judiciárias e representar acerca da prisão preventiva.
Conclusão do inquérito policial
Prazo para conclusão
De acordo com o art. 10, caput, do CPP, o inquérito deverá terminar no prazo de
10 dias se o indiciado tiver sido preso em flagrante ou se estiver preso
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preventivamente, sendo contado o prazo, nessa hipótese, a partir do dia em que
se executa a ordem de prisão ou, quando ele estiver solto mediante fiança ou
sem ela, no prazo de 30 dias. Quando o fato for de difícil elucidação e o indiciado
estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos para
diligências ulteriores, as quais serão realizadas no prazo marcado pelo juiz,
aponta o art. 10, §3º, do CPP.
Se o indiciado estiver preso, a doutrina majoritária entende que, se houver
elementos para a prisão cautelar do agente, ou seja, prova da materialidade e
indícios de autoria, também haverá elementos para o oferecimento da denúncia,
mostrando-se inviável a devolução dos autos do inquérito policial à autoridade
policial para a realização de diligências complementares.
Existem outros prazos para a conclusão do inquérito policial a depender do
crime e do procedimento a ser adotado, como veremos a seguir:
 Justiça Federal
Conforme o art. 66 da Lei nº 5.010/1966, o prazo será de 15
dias (prorrogável por mais 15) se o acusado estiver preso e
de 30 dias (prorrogável por mais 30) caso ele esteja solto.
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Relatório
O relatório é uma peça elaborada pela autoridade policial de conteúdo
eminentemente descritivo. Um esboço com as principais diligências levadas a
efeito na fase investigatória precisa ser realizado nele, havendo até a indicação
dos motivos pelos quais algumas delas não tenham sido realizadas.
No relatório, a autoridade policial deve abster-se de fazer
qualquer juízo de valor, pois tal opinião tem de ser formada
pelo MP, titular da ação penal e responsável por verificar a
viabilidade do oferecimento da denúncia. Informa o art. 10,
§1º, do CPP que, uma vez concluída a investigação policial,
os autos do inquérito policial precisam ser encaminhados
primeiramente ao Poder Judiciário e apenas depois ao MP.
 Hipótese de apuração de crimes previstos na Lei
Conforme a Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas), o prazo é
de 30 dias (prorrogável por mais 30) se ele estiver preso e
de 90 dias (prorrogável por mais 90) se estiver solto. Já na
apuração de crimes previstos na Lei nº 1.521/1951 (Crimes
Contra Economia Popular), o prazo é o mesmo
independentemente de o indivíduo estar preso ou solto: 10
dias.
 Inquérito militar
De acordo com o art. 20 do Decreto-Lei nº 1.002/1969 (CPP
Militar), o prazo será de 20 dias se o acusado estiver preso e
de 40 dias (prorrogável por mais 20) se ele estiver solto.
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primeiramente ao Poder Judiciário e apenas depois ao MP.
O relatório é uma peça elaborada pela autoridade policial de conteúdo
eminentemente descritivo. Um esboço com as principais diligências levadas a
efeito na fase investigatória precisa ser realizado nele, havendo até a indicação
dos motivos pelos quais algumas delas não tenham sido realizadas.
No relatório, a autoridade policial deve abster-se defazer qualquer juízo de valor,
pois tal opinião tem de ser formada pelo MP, titular da ação penal e responsável
por verificar a viabilidade do oferecimento da denúncia. Informa o art. 10, §1º, do
CPP que, uma vez concluída a investigação policial, os autos do inquérito policial
precisam ser encaminhados primeiramente ao Poder Judiciário e apenas depois
ao MP.
No entanto, a doutrina moderna sustenta que tal dispositivo não foi
recepcionado pela Constituição Federal, pois a necessidade de remessa inicial
dos autos ao Poder Judiciário viola o sistema acusatório. Esse, porém, não é o
entendimento do STF, que, afirmando a recepção do §1º do art. 10 do CPP pela
Constituição, apontou como inconstitucional a lei estadual que previa a
tramitação direta do inquérito entre a polícia e o MP.
Uma vez recebidos os autos do inquérito policial, dispõe o art. 19 do CPP que,
nos crimes em que não couber ação pública, os autos serão remetidos ao juízo
competente, etapa na qual aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu
representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante
traslado. No crime de ação penal pública, os autos do inquérito policial são
remetidos ao MP. Esse órgão pode:
Entendimento do STF
ADI 2886. Relator(a): ministro Eros Grau. Relator(a) p/ acórdão: ministro Joaquim
Barbosa. Tribunal Pleno. Julgado em 3/4/2014. Publicado em: 5/8/2014.
Oferecer a denúncia.
Requerer o arquivamento do inquérito.
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Requisitar novas diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
Declinar de sua competência.
Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova,
acompanharão os autos do inquérito, o qual, por sua vez, terá de acompanhar a
denúncia ou a queixa sempre que servir de base a uma ou a outra.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(Ibade – ISE/AC - 2021) Acerca do inquérito policial, é correto afirmar que
A o ofendido não poderá requerer diligências no inquérito.
B
a autoridade policial mandará arquivar os autos do inquérito
assim que ele for concluído.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
Segundo o art. 16 do CPP, o MP não poderá requerer a devolução do inquérito
à autoridade policial senão para novas diligências imprescindíveis ao
oferecimento da denúncia.
Questão 2
(NC-UFPR – PC/PR - 2021) A partir de uma notitia criminis, a autoridade
policial da delegacia de Goioerê/PR instaurou um inquérito policial (IP) em
desfavor de L. R. pela prática do crime previsto no art. 171, §2º, inciso III, do
Código Penal (defraudação de penhor). Após várias diligências, a autoridade
entendeu que o fato é atípico. Nesse caso, a autoridade policial deverá
C
depois de arquivado o inquérito, a autoridade policial não
poderá proceder a novas pesquisas mesmo se tiver notícia de
outras provas.
D
o inquérito pode ser iniciado mesmo sem a representação do
ofendido, nos casos de ação penal pública condicionada à
representação.
E
concluído o inquérito, o Ministério Público só poderá devolvê-
lo à autoridade policial em caso de novas diligências
imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
A
elaborar o relatório e encaminhar o IP à corregedoria para o
arquivamento.
B elaborar o relatório e encaminhar o IP a juízo.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Segundo o art. 10, §1º, do CPP, a autoridade fará um minucioso relatório do
que tiver sido apurado e enviará os autos para o juiz competente.
C encaminhar o IP ao Ministério Público para o arquivamento.
D
arquivar o IP e comunicar o arquivamento ao distribuidor
criminal.
E
arquivar o IP e comunicar o arquivamento à Corregedoria da
Polícia Civil.
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3 - Conclusão, arquivamento e acordo de não persecução
Ao final deste módulo, você será capaz de analisar as hipóteses de arquivamento do inquérito ou de
acordo de não persecução penal.
Ligando os pontos
Você conhece o acordo de não persecução penal, assim como seus requisitos e
seu procedimento? Para entendermos melhor tal instituto, veremos um caso
fictício.
Pedro foi preso em flagrante pela prática do crime de furto com emprego de
chave falsa (art. 155, §4º, do CP). Conduzido até a delegacia, ele prestou
depoimento, assim como os policiais responsáveis pela sua prisão.
Em seguida, Pedro foi levado para a audiência de custódia. Considerando que ele
era primário e possuía residência fixa, o magistrado lhe concedeu a liberdade
provisória, aplicando a medida cautelar de comparecimento mensal em juízo.
No entanto, o inquérito policial referente ao crime de furto supostamente
praticado por Pedro foi concluído, tendo sido encaminhado ao MP. Esse órgão,
por sua vez, o intimou a comparecer ao MP acompanhado de advogado ou
representado por um defensor público caso tenha interesse em celebrar um
acordo de não persecução penal.
Pedro compareceu ao MP, que aceitou o acordo de não persecução penal. Ele
confessou a prática do crime e se comprometeu a prestar serviços à
comunidade pelo período de um ano. Em seguida, o acordo foi encaminhado
para o magistrado competente, o qual, porém, deixou de homologá-lo por
entender que as condições propostas pelo MP e aceitas por Pedro eram
insuficientes.
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Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar
esses pontos?
Questão 1
Para a celebração de acordo de não persecução penal, existem
diversos requisitos a serem observados. São requisitos para a
celebração do ANPP
Parabéns! A alternativa D está correta.
Segundo o art. 28-A do CPP, é possível propor o ANPP na
hipótese de infrações penais sem violência ou grave ameaça e
com pena mínima inferior a quatro anos.
A ser hipótese de arquivamento do inquérito.
B a confissão informal e não circunstanciada.
C
a infração penal com ou sem violência ou grave
ameaça.
D
a infração penal com pena mínima inferior a
quatro anos.
E
a não aceitação das condições propostas pelo
Ministério Público.
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Questão 2
Além dos requisitos positivos para o oferecimento do ANPP, a
legislação prevê requisitos negativos para sua admissibilidade.
Assim, em tais situações, ainda que estejam presentes os
requisitos do art. 28-A, caput, do CPP, o acordo não pode ser
oferecido. Marque a alternativa que indica um desses
requisitos negativos.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Complementando os requisitos de admissibilidade do ANPP, o
§2º do art. 28-A do CPP traz hipóteses que, uma vez presentes,
impossibilitam a propositura do acordo, sendo, assim,
chamadas de requisitos negativos de admissibilidade. Por isso,
não caberá acordo de não persecução penal: “I - Se for cabível
transação penal de competência dos juizados especiais
A Ser cabível a transação penal.
B Não ser o investigado reincidente.
C
Ter sido o agente beneficiado nos três anos
anteriores ao cometimento da infração com
acordo de não persecução penal, transação
penal ou suspensão condicional do processo.
D
Ter o agente praticado crimes sem violência ou
grave ameaça.
E Ter o agente praticado crimes contra idoso.
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transação penal de competência dos juizados especiais
criminais; II -Se o investigado for reincidente ou se houver
elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual,
reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações
penais pretéritas; III - Ter sido o agente beneficiado nos cinco
anos anteriores ao cometimento da infração, com acordo de
não persecução penal, transação penal ou suspensão
condicional do processo; e IV - Nos crimes praticados no
âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra
a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do
agressor” (BRASIL, 1941).
Questão 3
Após a leitura do caso concreto, foi possível verificar que o magistrado
não concordou com a proposta de acordo de não persecução penal
oferecida pelo Ministério Público (MP) e aceita por Pedro. Considerando
tal situação, poderia o magistrado recursar a homologação do acordo?
Quais medidas podem ser adotadas pelo MP?
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
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Uma vez formalizado, o acordo deve ser submetido a controle pelo
Poder Judiciário nos termos do art. 28-A, §5º a §8º, do CPP,
podendo o juiz, se considerar as condições dispostas no ANPP
inadequadas, insuficientes ou abusivas, devolver os autos ao MP a
fim de que a proposta de acordo seja reformulada com a
concordância do investigado e de seu defensor.
É importante destacar que o juiz, sob pena de violação ao sistema
acusatório, não pode se ater aos critérios de conveniência e
oportunidade que levaram ou não o MP à celebração do acordo.
Dessa forma, cabe ao Poder Judiciário verificar apenas se o acordo
obedeceu aos ditames legais e à voluntariedade do investigado,
bem como se a medida é proporcional.
Vale mencionar ainda que, caso o juiz se recuse a homologar o
acordo, não concordando o Ministério Público (MP) em reformulá-lo,
o MP precisa recorrer de tal decisão por intermédio de recurso em
sentido estrito com fundamento no art. 581, XXV, do CPP. No
entanto, se concordar com a decisão judicial que não homologou o
acordo, o membro do órgão deverá apresentar a denúncia pertinente
ao caso concreto ou complementar as investigações nos termos do
art. 28-A, §8º, do CPP.
Arquivamento do inquérito policial
Com base na redação original do art. 28 do CPP, a doutrina entende que o
arquivamento do inquérito policial é um ato complexo, já que envolve o prévio
requerimento formulado pelo órgão do MP e a posterior decisão da autoridade
judiciária competente. Dessa forma, dispõe o art. 28 do CPP o seguinte:
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judiciária competente. Dessa forma, dispõe o art. 28 do CPP o seguinte:
Se o órgão do Ministério Público, ao invés
de apresentar a denúncia, requerer o
arquivamento do inquérito policial ou de
quaisquer peças de informação, o juiz, no
caso de considerar improcedentes as
razões invocadas, fará remessa do
inquérito ou peças de informação ao
procurador-geral, e este oferecerá a
denúncia, designará outro órgão do MP
para oferecê-la ou insistirá no pedido de
arquivamento, ao qual só então estará o
juiz obrigado a atender.
(BRASIL, 1941)
Ocorre que a Lei nº 13.964/2019 (Lei Anticrime) alterou a referida sistemática,
dispensando a apreciação judicial para o arquivamento do inquérito policial.
Dessa forma, a nova redação retirou do juiz o papel de controlador desse
arquivamento, determinando que o membro do MP, ao ordenar que seja
arquivado o inquérito policial ou quaisquer peças informativas da mesma
natureza, encaminhe o procedimento para a instância de revisão ministerial para
fins de homologação.
Dessa maneira, o arquivamento do inquérito policial passou, com a nova lei, a ser
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Dessa maneira, o arquivamento do inquérito policial passou, com a nova lei, a ser
analisado única e exclusivamente no âmbito do MP. Além disso, essa lei trouxe a
obrigação de o órgão ministerial dar ciência à vítima, ao investigado e à
autoridade policial sobre a decisão de arquivamento. Dessa maneira, observe
como o referido dispositivo dispõe:
Segundo Brasil (2019), ordenado o arquivamento do inquérito policial ou
de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do
Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade
policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial
para fins de homologação, na forma da lei.
§1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o
arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do
recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância
competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei
orgânica. §2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em
detrimento da União, estados e municípios, a revisão do arquivamento do
inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem
couber a sua representação judicial.
Entretanto, é importante ressaltar que o ministro do STF Luiz Fux, no bojo das
ADIs 6300, 6305, 6299 e 6298, decidiu suspender o novo art. 28 do CPP que
versa sobre o arquivamento do inquérito policial até o julgamento do mérito da
ação, além de outros dispositivos da nova legislação. O fundamento principal
para tal decisão é que o STF precisa discutir a constitucionalidade desses
dispositivos antes de implementar a sua efetivação. Por isso, ainda se aplica a
redação antiga.
Revisão do arquivamento 
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Fundamentos do arquivamento
O CPP não dispõe sobre as causas que dão ensejo ao arquivamento do inquérito
policial. Dessa forma, a doutrina afirma que esse arquivamento deve ser
requerido:

Art. 395 do CPP
Tanto nas mesmas
hipóteses de rejeição da
inicial acusatória previstas
no art. 395 do CPP (inépcia
da inicial, ausência de
pressupostos ou condições
da ação e ausência de justa
causa).

Art. 397 do CPP
Quanto naquelas que
autorizam a absolvição
sumária e têm previsão no
art. 397 do CPP
(excludentes de
culpabilidade ou de ilicitude,
atipicidade e causas
extintivas da punibilidade).
A doutrina entende que os aspectos relativos à culpabilidade do agente e à
ilicitude da conduta são irrelevantes no momento do oferecimento da denúncia.
Entretanto, parte dela, por motivo de economia processual e para não submeter
o indivíduo ao constrangimento de responder a um processo penal, defende a
possibilidade de arquivamento do inquérito nos casos em que existe a absoluta
certeza quanto à existência de uma causa de exclusão da culpabilidade ou de
uma causa de exclusão da ilicitude.
No entanto, destacamos que, na hipótese de inimputabilidade por doença mental

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No entanto, destacamos que, na hipótese de inimputabilidade por doença mental
ao tempo do fato, a denúncia precisa ser oferecida para a eventual condenação e
aplicação de medida de segurança.
Coisa julgada
Segundo a doutrina e a jurisprudência, a decisão a determinar o arquivamento do
inquérito forma, em certas hipóteses, coisa julgada apenas formal. Isso
acontece quando o arquivamento decorre da ausência de pressupostos
processuais ou de condições para o exercício da ação penal, assim como da
ausência de justa causa para o exercício da ação penal. Entretanto, haverá a
formação de coisa julgada formal e material quando o inquérito for arquivado
por:
Atipicidade da conduta.
Existência de causas excludentes de ilicitude.
Existência de causa excludente da culpabilidade.
Existência de causa extintiva da punibilidade.
O STF possui o entendimento de que o inquérito policial arquivado por
excludente de ilicitude pode ser reaberto,não formando coisa julgada material.
Entretanto, o STJ pensa de maneira diversa, defendendo que, nesse caso, há
coisa julgada material, não podendo o inquérito ser reaberto.
Por fim, precisamos indicar que, se a extinção da punibilidade é declarada com
base em uma certidão de óbito falsa, a decisão não está protegida pelo manto
da coisa julgada material. Apesar de haver divergência doutrinária sobre esse
tópico, prevalece no STF o entendimento penal (HC 104998/SP: relator ministro
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tópico, prevalece no STF o entendimento penal (HC 104998/SP: relator ministro
Dias Toffoli, 14/12/2010) de que a certidão de óbito falsa é inexistente, sendo
possível a retomada da persecução penal.
Outras espécies de arquivamento
Os arquivamentos estão divididos nos seguintes tipos:
Para a doutrina, ele ocorre quando o MP deixa de se manifestar
expressamente sobre todo o conteúdo do inquérito, omitindo da denúncia
os crimes ou os agentes que foram objeto da investigação. Entretanto, tal
modalidade de arquivamento não é admitida pelo STF por ausência de
previsão legal.
Ocorre se o membro do MP deixa de oferecer a denúncia por entender
que o crime não é de sua atribuição. Nessa hipótese, deve-se requerer a
remessa dos autos ao órgão competente.
Se o juízo originário discordar do membro do MP e entender ser ele
competente, será preciso aplicar, por analogia, o disposto no art. 28 do
CPP, remetendo os autos ao procurador-geral de Justiça.
Acontecerá se a ação penal for da competência originária do procurador-
geral e ele requerer o arquivamento. Nessa hipótese, é inviável a
aplicação do art. 28 do CPP em sua redação anterior (alteração
promovida pelo pacote anticrime). No entanto, é possível haver um
recurso administrativo ao Colégio de Procuradores nos termos do art. 12,
XI, da Lei nº 8.625/1993.
Arquivamento implícito 
Arquivamento indireto 
Arquivamento originário 
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XI, da Lei nº 8.625/1993.
Aparece na falta de condição de procedibilidade, como na hipótese de
ausência de representação nos crimes de ação penal pública
condicionada. Desse modo, havendo a retratação da representação pela
vítima antes do oferecimento da denúncia nos termos do art. 25 do CPP,
é possível o arquivamento – e ele será provisório exatamente pelo fato de
a vítima poder representar novamente. Quando o prazo da representação
estiver esgotado, ele se tornará um arquivamento definitivo.
Nos crimes de ação penal de iniciativa privada, sabendo-se quem é o
autor do crime, o pedido de arquivamento tem de ser acolhido como
forma de renúncia tácita, o que vai causar a extinção da punibilidade.
Entretanto, não sendo conhecida a autoria, não se pode falar em renúncia
tácita, sendo possível admitir o pedido de arquivamento do inquérito
policial feito pelo ofendido.
Acordo de não persecução penal (ANPP)
Uma novidade introduzida pela Lei nº 13.964/2019 foi a possibilidade de o MP
celebrar o ANPP com o investigado. Instrumento da chamada justiça penal
consensual, esse acordo possui, entre outros exemplos, objetivos semelhantes
aos da:
Arquivamento provisório 
Arquivamento acolhido como forma de renúncia tácita 
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
Transação penal

Suspensão condicional
do processo

Suspensão condicional
da pena
Dessa forma, o ANPP pode ser conceituado como o instituto de caráter pré-
processual e de direito negocial celebrado entre o representante do MP e o
investigado, que está devidamente assistido. Graças a ele, o titular da ação penal
deixa de oferecer a denúncia desde que sejam cumpridas determinadas
condições.
O acordo de não persecução penal (ANPP)
Confira agora uma apresentação do instituto do ANPP de forma breve,
abordando seus requisitos e as vedações para o oferecimento de acordo ao
investigado pelo MP.
Requisitos
Segundo o art. 28-A do CPP, não sendo um caso de arquivamento e tendo o
investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal
sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a quatro anos, o MP
pode propor um ANPP desde que ele seja necessário e suficiente para a
reprovação e a prevenção do crime.

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reprovação e a prevenção do crime.
Para isso, as seguintes condições precisam ser ajustadas cumulativa e
alternativamente, como consta no Decreto-Lei nº 3689/1941:
I
reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de
fazê-lo;
II
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renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo MP como
instrumentos, produto ou proveito do crime;
III
prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período
correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de 1/3 a
2/3, em local a ser indicado pelo juízo da execução;
IV
pagar prestação pecuniária a entidade pública ou de interesse social, a
ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como
função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente
lesados pelo delito;
V
ou cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo MP,
desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada.
Analisando tal dispositivo legal, é importante destacar inicialmente que o ANPP
só poderá ser formulado na etapa investigativa quando ele não for hipótese de
arquivamento do inquérito, isto é, quando houver indícios de autoria e de prova
da materialidade suficientes para a propositura da ação penal.
A confissão formal e circunstanciada da infração penal ainda é exigida e deve
ser registrada. Já o investigado precisa estar acompanhado de defesa técnica
que possa lhe instruir. Por conta de tal exigência, entende-se que a confissão
precisa envolver todos os elementos do crime, não podendo o investigado incluir
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precisa envolver todos os elementos do crime, não podendo o investigado incluir
quaisquer elementos que excluem o crime ou o isentam de pena.
Para a aferição da pena mínima inferior a quatro anos, serão
consideradas as causas de aumento de pena e de diminuição
aplicáveis ao caso concreto (art. 28-A, §1º, do CPP).
Ao indicar que o ANPP deve ser oferecido quando necessário e suficiente para a
reprovação e a prevenção do crime, o legislador deixa a cargo do MP a avaliação
da viabilidade de seu oferecimento. Entretanto, entende-se que esse órgão deve
indicar os motivos pelo qual, mesmo quando estejam presentes os demais
requisitos de admissibilidade, não oferece a proposta de acordo.
A doutrina entende que – como já foi pacificado pelo STJ e pelo STF no caso de
transação penal e do sursis processual – o oferecimento do ANPP precisa ser
encarado como poder-dever do MP, e não como um direito público subjetivo do
investigado.
Complementando os requisitos de admissibilidade do ANPP, o §2º do art. 28-A
do CPP traz hipóteses que, uma vez presentes, impossibilitam a propositura do
acordo, sendo, assim, chamadas de requisitos negativos de admissibilidade. Por
isso, de acordo com o Decreto-Lei nº 3689/1941, não caberá um acordo de não
persecução penal:
I
se for cabível transação penal de competência dos juizados especiais
criminais;
II
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se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que
indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se
insignificantes asinfrações penais pretéritas;
III
ter sido o agente beneficiado nos cinco anos anteriores ao cometimento
da infração, com acordo de não persecução penal, transação penal ou
suspensão condicional do processo;
IV
nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou
praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em
favor do agressor.
Controle judicial
Uma vez formalizado, o acordo deve ser submetido a controle pelo Poder
Judiciário nos termos do art. 28-A, §5º a §8º, do CPP.
O juiz, sob pena de violação ao sistema acusatório, não pode
se ater aos critérios de conveniência e oportunidade que
levaram ou não o MP à celebração do acordo. Dessa forma,
cabe ao Poder Judiciário verificar apenas se o acordo
obedeceu aos ditames legais e à voluntariedade do
investigado, bem como se a medida é proporcional.
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O juízo de legalidade não se restringe apenas à legalidade estrita. É possível que
um juiz analise a proporcionalidade da medida, recusando a homologação na
hipótese em que as condições do acordo são inadequadas, insuficientes ou
abusivas.
Caso o juiz se recuse a homologar o acordo, não concordando o Ministério
Público (MP) em reformulá-lo, o MP deve recorrer de tal decisão por meio de
recurso em sentido estrito com fundamento no art. 581, XXV, do CPP. Porém, se
concordar com a decisão judicial que não homologou o acordo, o membro do
MP precisa apresentar a denúncia pertinente ao caso concreto ou complementar
as investigações nos termos do art. 28-A, §8º, do CPP.
Saiba mais
Segundo o art. 3º-B, XVII, do CPP (suspenso pelo STF), cabe ao juiz das
garantias conhecer o ANPP. Entretanto, enquanto não for julgada a ADI que
discute a constitucionalidade desse juiz, tal incumbência caberá ao juiz natural
da futura e eventual ação penal.
Execução e cumprimento do ANPP
Caso verifique a legalidade, a voluntariedade e a proporcionalidade do acordo, o
juiz vai homologá-lo judicialmente e devolver os autos ao MP para que ele inicie
seu cumprimento perante o juízo da execução penal (art. 28, §6º, do CPP). A fim
de preservar os interesses da vítima, a lei prevê que ela tem de ser intimada
acerca da homologação do acordo e de seu descumprimento (art. 28-A, §9º, do
CPP).
Vale ressaltar que a celebração e o cumprimento do ANPP
não constarão na certidão de antecedentes criminais, salvo
para que se possa verificar, nos termos do art. 28, §12º, do
CPP, se outro acordo foi celebrado nos cinco anos anteriores.
Essa informação tem a finalidade de impedir a celebração de
novo ANPP no referido prazo, aponta o art. 28, §2º, III, do
CPP.
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CPP.
Por fim, cumpridos todos os termos do acordo de não persecução penal, o
resultado será a extinção da punibilidade. Tal extinção é declarada pelo juízo
competente nos termos do art. 28-A, §13º, do CPP.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Em regra, é possível desarquivar o inquérito policial quando se está
fundamentado na
Parabéns! A alternativa B está correta.
Via de regra, a decisão que determina o arquivamento do inquérito policial faz
coisa julgada formal. Desse modo, após o arquivamento, os autos do
inquérito poderão ser desarquivados a requerimento da autoridade policial
em caso de descoberta de novas provas, conforme dispõe a Súmula 524 do
STF, que diz: “Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a
requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada sem
A atipicidade do fato.
B descoberta de novas provas.
C decadência do direito de representação do ofendido.
D comprovação de coação moral irresistível.
E menoridade do autor do fato.
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requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada sem
novas provas.”
Questão 2
(CESPE – MPE/AP - 2021) Considerando a hipótese de que a decisão judicial
transitada em julgado tenha homologado o arquivamento de inquérito policial
a pedido do MP estadual, assinale a opção correta de acordo com as
disposições processuais penais em vigor.
A
O arquivamento do inquérito policial por insuficiência de
provas produz coisa julgada material.
B
O acolhimento do pedido pelo juiz possibilita ao ofendido ou a
seu representante legal o manejo da queixa subsidiária.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
Segundo a doutrina e a jurisprudência, em certas hipóteses, a decisão que
determina o arquivamento do inquérito formará coisa julgada apenas formal.
Isso ocorrerá quando o arquivamento decorrer da ausência de pressupostos
processuais ou condições para o exercício da ação penal e da ausência de
justa causa para o exercício da ação penal.
Considerações finais
Como vimos nesse conteúdo, é possível definir o inquérito policial como o
conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária com a finalidade de
investigar infrações penais e colher elementos necessários para a propositura da
ação penal. Dessa forma, sua finalidade, conforme dispõe o art. 4º do CPP, é a
C
O oferecimento de denúncia pelo mesmo crime, devido a
novas provas, caracteriza, em regra, violação do princípio que
veda a revisão pro societate.
D
A decisão judicial de arquivamento por insuficiência
probatória possui efeitos de coisa julgada formal.
E
Da sentença homologatória do arquivamento, cabe recurso
em sentido estrito.
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ação penal. Dessa forma, sua finalidade, conforme dispõe o art. 4º do CPP, é a
apuração das infrações penais e da sua autoria.
Adicionalmente, por meio do estudo realizado, identificamos que o inquérito
policial possui função relevante, já que funciona como um filtro para que não
sejam propostas ações penais temerárias, ou seja, sem lastro probatório
mínimo. Analisamos ainda as competências e as obrigações da autoridade
policial responsável pela presidência do inquérito, conseguindo perceber sua
importância na busca pelas provas da materialidade do crime e dos indícios
mínimos de autoria.
Da mesma forma, verificamos os principais direitos dos investigados. Em
seguida, estudamos as hipóteses de arquivamento do inquérito policial e suas
consequências processuais.
Por fim, descrevemos o acordo de não persecução penal, observando que tal
instrumento contribui para a redução do número de ações penais em curso, além
de garantir, graças à aplicação de medidas diversas das penas restritivas de
liberdade, que condutas ilícitas sejam desestimuladas.
Podcast
Ouça agora as características do inquérito policial, bem como os
desdobramentos possíveis após a conclusão deste procedimento.

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Leia o Título 3 do seguinte livro de Renato Brasileiro de Lima: Manual de
processo penal - volume único.
Referências
BRASIL. Casa Civil. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de
Processo Penal.
BRASIL. Secretaria-Geral. Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019. Aperfeiçoa
a legislação penal e processual penal.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo regimental no recurso ordinário em
habeas corpus: AgRg no RHC 124024 PR 2020/0036259-8 - inteiro teor.
Publicado em: 29 set. 2020.
LIMA, R. B. de. Manual de processo penal - volume único. 10. ed. Salvador:
JusPodivm, 2021.

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