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TGP - Institutos Fundamentais do Processo Civil. 2ºAÇÃO Direito à fundamental prestação jurisdicional ou Direito de Ação; “O direito das partes pedir a atividade jurisdicional do Estado e de participar necessariamente de seu desenvolvimento processual, a fim de buscar a tutela de um direito violado”. Diante da inércia da Jurisdição – surgiu a necessidade do Direito de Ação ou Direito de pleitear. Premissas: Constitui um direito subjetivo público e abstrato de pleitear junto ao Poder Judiciário uma decisão sobre uma pretensão; Natureza Jurídica do Direito de ação Concreta – decisão favorável; Abstrata – decisão de conteúdo indeterminado; Relativamente concreta – a parte tem direito a uma decisão efetiva e devidamente fundada no ordenamento jurídico; ENTENDA QUE: O Direito de Ação existe independente do Direito Material; O Direito de Ação é dirigido ao Estado e não ao Réu. (via reflexa); sendo que ao réu é dirigida a pretensão; O Direito de ação do réu constitui um direito de defesa. O réu é titular de uma série de poderes, faculdades e deveres, que configuram um direito à tutela jurisdicional de caráter negativo; PRINCIPAIS ELEMENTOS QUE CONSTITUEM O DIREITO DE AÇÃO: Acesso aos órgãos jurisdicionais; Devido processo legal; Decisão motivada e fundada no ordenamento jurídico; Execução e medidas cautelares; Recurso; PLANOS NORMATIVOS: 1) Constitucional – Genérico e incondicional: Inafastabilidade do controle jurisdicional. 2) Processual – Não é genérico e incondicional, pois está ligada à uma pretensão (condições da ação). Para Liebman – “Pode ser considerada existente a ação se estiverem presentes às condições da ação”. CONDIÇÕES DA AÇÃO LEGITIMIDADE - Artigo 3º do CPC: Quem pode promover a ação ou em face de quem, pode ser movida? Quem tem titularidade ativa ou passiva da ação; Critérios para determinar a legitimidade para agir: Legitimidade no direito em geral – relação entre o sujeito de um ato jurídico e o direito objeto do ato. Exemplo: a parte legitima para realizar um contrato de compra e venda é o proprietário da coisa vendida. “Coincidência entre o titular do direito que se defende em juízo e o titular da ação, ou seja, a legitimidade de agir deriva da titularidade do direito deduzido em juízo”. É possível saber quem é titular de um direito deduzido em juízo - não seria a ação o meio pelo qual na sentença elegeríamos de quem é o direito posto em juízo. A legitimidade para agir é estabelecida em função de uma situação jurídica afirmada no processo, não concreta, real ou existente, coisa que só pode aparecer na sentença. Diferença entre direito existente e meramente afirmado; Premissas: Pertinência subjetiva com a ação; O sujeito deve manter uma relação com um Direito Material; Duplicidade de pólos: Ativo X Passivo; Legitimidade Extraordinária (substituição processual) artigo 6º parte final do CPC. FORMAS: Exclusiva ou concorrente. Características: Dissociação entre os sujeitos legitimados para agir em juízo e os titulares da situação jurídica substancial afirmada em juízo; Estrita legalidade da hipótese de substituição, exceto aquelas por vontade das partes; Existência de uma relação jurídica entre o substituído e o substituto, que é considerada pelo legislador, a ponto de permitir o exercício de direito alheio; DIFERENÇA ENTRE LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA E REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. Na substituição o substituto promove os atos, e o substituído apenas sobre os efeitos. Na representação, o representado é parte e sofre os efeitos. (Ex: Pai e Sucessão). LEGITIMIDADE DOS ENTES COLETIVOS para defesa dos interesses coletivos e difusos. Trata de legitimidade ordinária e não por substituição processual, pois o grupo de esta agindo em juízo esta na defesa de seus direitos; INTERESSE “Dupla acepção” Sinônimo de pretensão ocorrida no Direito Material; Necessidade de recorrer ao Judiciário – Interesse Processual; INTERRESE PROCESSUAL – necessidade de buscar a tutela. Interesse de agir – é a necessidade que tem alguém de recorrer ao Estado e dele obter proteção para o direito que julgue ter sido violado ou ameaçado. (José de Albuquerque Rocha) Origem: Resistência de alguém (declarada ou inércia); Exigência legal da intervenção do Judiciário; ( Ex:anulação de casamento). Vedação de uma jurisdição privada; CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO DO INTERESSE DE AGIR Afirmação do autor que a situação jurídica foi violada ou esta sendo ameaçada; No Direito Penal é preciso que haja a existência de indícios do ilícito; LIMITES da Necessidade de recorrer – Artigo 4º do CPC. INTERESSE DE AGIR E INTERESSE MATERIAL A doutrina dominante – exige a necessidade de recorrer em conjunto com a utilidade no mundo objetivo. Tendo como exceção o parágrafo único. O parágrafo único faculta ao autor requerer um provimento declaratório ainda que tenha de plano o direito ao pedido de condenação. Exemplo: Ter um título executivo válido, podendo pleitear a sua execução direta, mas requer a declaração de certeza do título. Segundo o parágrafo único é possível? Duas explicações para o parágrafo único: Ou como uma simples explicação de uma faculdade permitida pelo sistema – Nesta acepção o interesse de agir é independente da utilidade prática; Ou como exceção do sistema – Nesta acepção o interesse de agir é dependente da utilidade prática; POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO Buscar uma pretensão (tese) prevista no ordenamento Jurídico Brasileiro. “Avaliação preliminar que o juiz deve fazer sobre a viabilidade, em tese, da situação afirmada no processo pelo autor a luz do ordenamento jurídico estatal”. (José de Albuquerque Rocha) * Subordinação do Direito de Ação à existência de um Direito Material do Autor – Teoria Concretista. Chiovenda “a ação depende de uma vontade da lei em favor do autor”. * Desvinculação do Direito de Ação subjetivo a análise de um Direito Material favorável – Teoria da Ação como Direito Abstrato. Para existência da ação basta que o pedido seja juridicamente possível sem ter dependência com sua procedência. NA PRÁTICA – desde que exista na ordem legal providência igual á requerida, o pedido é juridicamente possível. Evita: atividade jurisdicional inútil. Pedido impossível: Ex: Prisão por dívida. “Requisitos previamente estabelecidos na lei” Ex: Notificação prévia para propor certas ações. O que seria: Possibilidade jurídica ou interesse processual? No Brasil a doutrina entende que trata de Possibilidade jurídica. CARÊNCIA DE AÇÃO Ocorre quando ausentes às condições da ação. Momento para decretação: Despacho inicial (artigo 295, II e III, e parágrafo único III do CPC); Despacho saneador – após a resposta do réu (artigo 329 combinado com o artigo 267, VI do CPC); Sentença; ELEMENTOS INDENTIFICADORES DA AÇÃO: Objetivo – distinguir e individualizar cada ação; Evita - repetição de demandas – litispendência e a coisa julgada; Elementos da ação: 1) As partes – Sujeito ativo e passivo (devidamente identificados); 2) O pedido – Objeto da ação – onde incide a atuação jurisdicional: 2.1) Aspecto genérico – tipo de provimento (condenação, declaração, constituição, cautelar ou de execução); 2.2) Aspecto específico – bem jurídico pretendido; 3) Causa de Pedir – Fato do qual surge o direito: Próxima – Fundamentos Jurídicos que justificam o pedido; Remota – Fatos constitutivos do direito pretendido; Demonstração que o Fato praticado pelo réu é contrario ao Direito. DIFERENÇA ENTRE OS FUNDAMENTOS JURÍDICOS E FUNDAMENTOS LEGAIS: Fundamento Jurídico = Causa de pedir; Fundamento Legal = norma legal que apóia a pretensão, feita pelo Juiz (formula o enquadramento legal); CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES QUANTO AO TIPO DE PROVIMENTO: Conhecimento: declaratórias, constitutivas, condenatórias; Execução; Cautelar; QUANTO AO PROCEDIMENTO: Ordinárias; Sumárias; Especiais; AÇÕES TRABALHISTAS: QUANTO AOS TITULARES: Individuais e coletivas (dissídios coletivos); AÇÕES PENAIS: QUANTO À NATUREZA PÚBLICA OU PRIVADA: 1) Em geral a açãopenal é pública movida pelo Ministério Público: Incondicionada e condicionada (com manifestação de vontade); 2) Excepcionalmente a ação penal será privada;
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