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5º Módulo - Institutos Fundamentis do Direito Processual Civill - PROCESSO

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Institutos Fundamentais do Processo Civil
3ºPROCESSO
Conceito de processo
“Uma relação jurídica de direito público, traduzida num método de que se servem as partes para buscar a solução do direito para os conflitos de interesses”.
MATERIAL - Conflito de interesse = Direito
PROCESSUAL - Conflito em juízo = lide
Veja que o este conceito de processo é de cunho finalístico e teleológico (que é o estudo das finalidades).
O DIREITO PROCESSUAL INSTRUMENTALIZANDO O DIREITO MATERIAL - O alcance dessa finalidade é buscar a solução do direito, aplicando a norma ao caso concreto (lei ao fato).
O processo é um instrumento (físico) através da qual a jurisdição (Estado – lide) atua. 
Em latim processo, procedere = SEGUIR ADIANTE.
CONCEITO DE PROCESSO COMO ATOS ENCADEADOS
Podemos encarar o processo pelo aspecto dos atos que lhe dão corpo e da relação entre eles, e igualmente pelo aspecto das relações entre os seus sujeitos.
Processo quer dizer movimento, e isso se entendiam como organização encadeada de atos processuais, do início ao fim do processo, idéia que é, sem dúvida muito mais afeita ao conceito de procedimento.
DIFERENÇA ENTRE FINALIDADE E ATOS ENCADEADOS
Vejam que existe uma diferença entre o processo que tem como finalidade a função de resolver aquela parcela do conflito de interesse submetida a atividade estatal, e como atos processuais em seqüência.
 
PROCESSO E PROCEDIMENTO
Conceito de procedimento
Procedimento é meramente o mecanismo pelo qual se operam os processos diante da jurisdição.
Procedimento é o meio pelo qual a lei estampa os atos e fórmulas da ordem legal do processo.
* Perceber o meio pelo qual se instala, desenvolve e termina o processo.
* Coordenadas de atos que se sucedem.
Processo e procedimento, UNIÃO DE NECESSIDADES, compõem, somando-se um a outro, a relação jurídica processual.
O PROCESSO como dado substancial e o PROCEDIMENTO como aspecto formal, de ordem estrutural. 
ATRAVÉS do procedimento – que o processo se desenvolve, com toda a sua complexa seqüência de atos, entre si ligados, de forma a proporcionar condições para que exista o provimento jurisdicional que ponha fim à lide.
Para o processo – é importante a relação jurídica processual (sujeitos e finalidades)
Para o procedimento – é importante o movimento da relação processual no tempo.
Exemplo: processo – nadar / procedimento – costa, peito, borboleta.
Processo – viajar / procedimento – carro, ônibus, avião. 
COMPETÊNCIA EM MATÉRIA DE PROCESSO E DE PROCEDIMENTO
- A competência exclusiva da União Federal – matéria processual (art. 22, inc. I da CF).
- A competência concorrente entre União e Estados – matéria de procedimento (art. 24, XI da CF).
 Competência concorrente
Normas processuais gerais a União – artigo 24, § 1º da CF.
Normas específicas aos Estados – como ao encadeamento dos atos processuais, á sua forma, o tempo de sua realização e o lugar em que devam ser realizados. 
 
OBJETO DO PROCESSO – é mecanizar a jurisdição (fazer o direito agir)
A relação jurídica substancial (primária) tem como objeto a regulação da conduta das pessoas com referência a determinado bem (a vida, dinheiro, imóvel, etc).
A relação jurídica processual (secundária) tem como objeto o serviço jurisdicional que o Estado tem o dever de prestar, que se consuma com o provimento final em cada processo (sentença de mérito). 
* No processo de conhecimento o provimento é a sentença. 
* No processo de execução forçada civil o provimento é a satisfação do direito do credor. 
Artigo 269 do CPC - Sentença com julgamento do mérito – tutela jurisdicional efetivada.
Artigo 267 do CPC - Sentença sem julgamento do mérito – ausência de tutela jurisdicional.
Objeto do processo como a prestação trazida pelo demandante para ser apreciada pelo juiz – a subordinação do interesse alheio ao próprio.
“O objeto das normas processuais é a disciplina do modo processual de resolver os conflitos e controvérsias mediante a atribuição ao juiz dos poderes necessários para resolve-los e, às partes, de faculdades e poderes destinados à eficiente defesa de seus direito, além da correlativa sujeição à autoridade exercida pelo juiz”.
Disciplinar o poder jurisdicional para resolver os conflitos.
Regular as atividades das partes litigantes sujeitas ao poder do juiz.
Imposição da atividade das partes e do juiz.
TIPOS DE PROCESSO
Como existe uma diversidade de provimento jurisdicional, a classificação do processo será feita pelo tipo de pedido daquele provimento.
Em vista do tipo de resultado desejado pela parte é possível classificar os processos.
Os tipos de processos serão definidos através do pedido formulado pela parte requerente.
Processo de Conhecimento:
È aquele em que a parte realiza afirmação de direito, demonstrando sua pretensão de vê-lo reconhecido pelo Poder Judiciário, mediante a formulação de um pedido, cuja solução será ou no sentido positivo ou no sentido negativo, conforme esse pleito da parte seja resolvido por sentença de procedência ou de improcedência.
FATOS – FUNDAMENTOS – PROVAS - PEDIDO
PROVAS:
A pretensão deve ser acompanhada de provas que demonstram a veracidade de seu direito (autor), ou que demonstre a inexistência desse direito (réu). 
 AMPLA COGNIÇÃO – convicção – neste processo o autor deve formar o convencimento do magistrado que vai decidir segundo os fundamentos e provas apresentados.
Analisando de todos os fatos alegados pelas partes, e formando um convencimento e proferindo a sua decisão. 
Ex. p. 112, Curso avançado
O processo de conhecimento admite diversos tipos de ações (procedimentos) conforme o tipo de provimento jurisdicional – ou seja, de acordo com o resultado desejado pela parte.
Ex: ação declaratória, condenatória, constitutiva, mandamental.
Podendo ser acumuladas as diversas pretensões em um único processo.
Processo de execução - provimento judicial coativo de um direito definitivo.
Esse tipo de processo presta-se para operar modificações no mundo empírico (no mundo dos fatos), das quais se dê o pleno cumprimento àquilo que se tenha decidido na sentença de um processo de conhecimento.
De nada valeria um sentença de mérito condenatória, se não pudesse coativamente fazer valer essa decisão judicial diante de um réu renitente, ou seja aquele que condenado resiste a cumprir espontaneamente o provimento jurisdicional, ou seja descumpri a ordem.
Retira forçosamente o patrimônio para transforma-lo em dinheiro, que servira para o pagamento do débito.
Execução com base em título extrajudicial – confere força executiva ao título.
Processo Cautelar
O autor procura uma medida cautelar, para garantir a eficácia do processo principal, ou mesmo de um processo de execução.
A finalidade deste tipo de processo é evitar a frustração de seus efeitos concretos.
Requisitos para concessão da medida - liminar
 Fumus boni iuris – existência, ainda que mínima da plausibilidade do direito de que afirma ser titular. 
Periculum in mora – existência de risco do esvaziamento do resultado do processo, em razão do tempo ou de atos do réu tendentes à sua frustação.
Ex: alienação de bens, desaparecimento de menores.
Tutela antecipada
Diferença de antecipação dos efeitos da sentença – própria da antecipação de tutela, artigo 273 do CPC. 
NATUREZA JURÍDICA DO PROCESSO
O que se pretende é saber qual o tratamento jurídico adequado ao processo.
* Caráter público do processo; jurisdição.
CARATER HISTÓRICO - Desde que o processo adotou a justiça pública, não é a criação arbitraria da vontade humana, mas imposição do próprio julgamento.
JULGAMENTO DE DIREITO - A pessoa que coloca o seu direito para ser discutido num processo esta adstrita a seus efeitos (procedente ou improcedente).
PROCESSO COMO CIÊNCIA AUTÔNOMA - O juiz primeiramente julga a matéria processual – geralmente argüidas em preliminares, depois passa a análise do mérito. 
O Estado (JUIZ) e as partes (AUTOR e RÈU) estão no processo, interligados por um liame jurídico, ou seja, cada pessoaé titular (DIREITOS E DEVERES) de uma situação jurídica, sendo exigida a pratica de certos atos do procedimento.
O que liga estas pessoas, o nexo entre elas é a relação jurídica.
Todos os participantes (Juiz, autos, réu) do processo têm direitos e deveres, correlatos (entre si).
O processo como uma espécie de relação jurídica – vinculo que une duas ou mais pessoas, com direitos e deveres recíprocos.
RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL
Autor – juiz – réu / piramidal
Pensemos na igualdade entre as pessoas envolvidas no processo, e no liame jurídico que lhes envolvem.
Assistentes – não integra a relação jurídica processual.
Litisconsortes – vários autores ou réus.
Formação – duas etapas
MOMENTO INICIAL – ANTES DA CITAÇÃO -1º propositura da ação, momento linear, artigo 263 do CPC. 
SEGUNDO MOMENTO - 2º citação do réu; artigo 219 do CPC.
Somente após estas etapas a relação jurídica esta formada, completamente.
Alguns autores adotam a relação jurídica processual, como angular, autor e juiz e réu e juiz, jamais entre autor e réu.
AS PARTES NÃO SE ENCONTRAM NA RELAÇÃO JURÍDICA ANGULAR.
Artigo 214, caput do CPC, citação como pressuposto de existência do processo, ou seja, antes da citação não há processo.
Citação como elemento constitutivo do processo. 
SEM CITAÇÃO O PROCESSO NÃO EXISTE?
Da possibilidade de desistência antes da citação.
Nulidade da sentença, através de ação rescisória, quando a parte deveria ser citada ou integrar como litisconsorte necessária.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OU DA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL
Com a propositura da ação nasce o processo – com a citação válida a relação jurídica processual é regularmente formada.
Diante da autonomia do Direito Processual em relação ao Direito Material, existem também os pressupostos da Relação Jurídica Processual.
Artigo 267, IV do CPC.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS – são requisitos necessários à constituição (existência) e desenvolvimento (validade) regular da relação jurídica processual (do processo). 
Pois o processo poderia nascer (existir), mas não prosseguir (valido).
Segundo Misael Montenegro Filho: “Ao lado das condições da ação, os pressupostos processuais apresentam-se como condições mínimas de constituição do seu desenvolvimento válido e regular, de modo que ausência de um pressuposto impõe a extinção do processo sem a resolução do mérito, a teor do inciso IV do art.267 do CPC, produzindo a coisa julgada formal, permitindo a propositura de nova ação assentada nos mesmos elementos (partes, causa de pedir e pedido)”.
QUAL ENTÃO A DIFERENÇA ENTRE EXISTÊNCIA E VALIDADE?
A validade não se confunde com a existência. Mesmo o processo inválido se forma e tem existência. 
DIFERENÇAS ENTRE PRESUPOSTOS PROCESSUAIS E CONDIÇÃO DA AÇÃO.
Pressupostos processuais, dizem respeito apenas à existência e validade da relação processual;
Condições da ação se relaciona com a possibilidade ou não de obter-se, a sentença de mérito dentro de um processo válido;
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE EXISTÊNCIA E VALIDADE
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE EXISTÊNCIA
1) PETIÇÃO INICIAL
Instrumento físico sobre o qual exercemos o nosso direito de ação e invocamos a tutela jurisdicional. 
Artigo 262 primeira parte do CPC;
Petição inepta – artigo 295, parágrafo único do CPC – requisitos para que a peça processual possa validamente dar início ao processo. DEFEITOS FORMAIS DA PETIÇÃO INICIAL. 
2) JURISDIÇÃO
O pedido deve ser formulado a um órgão jurisdicional, investido na função estatal.
3) CITAÇÃO
Para a formação da relação jurídica processual deve ocorrer a efetiva citação, momento em que o processo passa a existir.
A citação apta a produzir seus fins é aquela que promove a formação da relação jurídica processual.
FORMA da citação, requisitos, artigo 211 á 233 do CPC
4) CAPACIDADE POSTULATÓRIA
É diferente de capacidade para ser parte na relação jurídica processual.
Trata-se de vir em juízo através de um advogado, devidamente habilitado, através de um documento de procuração.
Como pressuposto para existência do processo é aplicado ao autor não ao réu.
Artigo 37, parágrafo único do CPC, prazo e conseqüências.
Estatuto da OAB – artigo 4º
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE VALIDADE
Existem para o desenvolvimento válido e regular do processo.
1) PETIÇÃO INICIAL APTA
Requisitos que a lei considera indispensáveis para que a petição inicial produza seus efeitos, parágrafo único do artigo 295 do CPC.
2) ÓRGÃO JURISDICIONAL COMPETENTE E JUIZ IMPARCIAL
A competência processual é a aptidão que a lei processual confere a determinado órgão do Poder Judiciário para exercer a jurisdição no caso concreto. 
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA – Ex: Juiz estadual decidindo litígio da exclusiva competência da Justiça Federal. 
A imparcialidade “não tomar partido” colocar-se em uma situação neutra. 
Impedimentos artigo 134 do CPC.
A suspeição não é considerada como pressuposto processual. Artigo 135 do CPC.
3) CAPACIDADE DE AGIR E CAPACIDADE PROCESSUAL
Igualdade entre capacidade para estar em juízo de ordem civil e de estar em juízo defendendo seus direitos e obrigações. ABSOLUTAMENTE INCAPAZES (representados) RELATIVAMENTE INCAPAZES (assistidos)
Exceção: Pedido de emancipação e suprimento de consentimento para o casamento.
Artigo 7º do CPC.
Capacidade de alguns entes despersonalizados, não tem capacidade civil, mas tem capacidade para estar em juízo. Ex: Condomínio, espólio, massa falida, sociedade de fato.
É imprescindível à capacidade postulatória.
 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO DO PROCESSO
Advogado falecido ou perda da habilitação no curso do processo.
Curador especial – artigo 9º do CPC.
Réu citado via edital – nomeação de curador.
Intimação do Ministério Público – artigo 82 e 84 do CPC.
Petição inapta que não foi indeferida liminarmente – e houver a possibilidade de emenda.
CONVALIDAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS POR DETERMINAÇÃO DO JUIZ
Hipóteses em que o juiz pode determinar o ajuste de alguns pressupostos.
Falta de capacidade postulatória;
Incompetência absoluta, declinação da competência;
Incapacidade relativa, insuficiência de representação da pessoa jurídica, outorga uxória, poderá ser suprida.
 PRESUPOSTOS PROCESSUAIS NEGATIVOS
Estão fora da relação jurídica Processual, que pretende ser verificada sua existência e validade.
1) LITISPENDÊNCIA
O artigo 219 do CPC - determina a possibilidade de dependência a outro processo.
São dois ou mais objetos como a mesma parte, contendo o mesmo pedido e idêntica causa de pedir – artigo 301, IV, § 1º e 2º do CPC.
2) COISA JULGADA
Momento processual em que a parte decisória da sentença se torna firme e imutável.
Decorre do princípio da segurança jurídica, onde o mesmo pedido não poderá ser mais objeto de uma nova ação judicial.
Artigo 268 com Artigo 267, V do CPC. 
3) CONVENÇÃO OU ARBITRAGEM
QUAIS SÃO OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS?
A demanda regularmente formulada (artigo 2º do CPC); Petição inicial.
A capacidade de quem formula a demanda;
A investidura do destinatário da demanda, ou seja, qualidade do juiz como competente;

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