Prévia do material em texto
10 UNIVERSIDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL ANA EDNEIDE DE LIRa soares CURSO DE FARMÁCIA RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA HOSPITALAR CURRAIS NOVOS 2023 ANA EDNEIDE DE LIRA SOARES RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA HOSPITALAR Relatório do Estágio Supervisionado em farmácia hospitalar apresentado como requisito obrigatório para a obtenção da pontuação necessária na disciplina de Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar Orientador: Prof. Ms. Flávia Soares Lassie CURRAIS NOVOS 2023 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO 3 2. INTRODUÇÃO 4 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS...........................................................................6 3.1 Conhecimento da farmácia Hospitalar..................................................................10 3.2 Organização e controle de estoque.......................................................................10 3.3 Análise de prescrição dos medicamentos............................................................10 3.4 Dispensação de medicamentos e correlatos........................................................10 4. ESTUDOS DE CASO..............................................................................................11 5. TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO..........................................................19 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................20 7. REFERÊNCIAS.....................................................................................................21 1. APRESENTAÇÃO O atual relatório é referente ao Estágio Supervisionado em Farmácia hospitalar, realizado entre os dias nove à vinte e três de Outubro, com carga horária total de 60 horas. Realizado no Hospital Maternidade Garibaldi Alves Filho, que está localizado na Av. Sílvio Bezerra de Melo, 1168- Centro, Lagoa Nova, Rio Grande do Norte, CNPJ 04.368.243/0001-38. Dentre os muitos aspectos realçados em seu plano estratégico, o Hospital Maternidade Garibaldi Alves Filho, visa a garantia do uso racional dos medicamentos. Assim, emerge o valor incontestável das habilidades e conhecimentos farmacêuticos, bem como do farmacêutico hospitalar na colocação em prática da eficácia, qualidade e segurança exigidas a todo o circuito do medicamento. Durante os estágios, somos instigados a enxergar, na prática, tudo aquilo que é visto em sala de aula. Trazendo à tona, a realidade profissional de um farmacêutico bem como a abrangência de possibilidades nos mais diversos campos de atuação. O estágio em Farmácia Hospitalar possibilita aos alunos um contato direto com a rotina prática, permitindo-lhes que instituam um conceito do que foi absorvido para que possa ser adaptado ou incrementado as instituições de atuação, validando e tornando prático, seus conhecimentos e habilidades adquiridos em sala de aula. Dessa forma, o principal objetivo do estágio diz respeito a visão e compreensão da responsabilidade e importância do profissional farmacêutico no âmbito hospitalar. Demonstrando que cada ação tomada para o gerenciamento da Farmácia, reflete diretamente no resultado do funcionamento do hospital de forma geral. 2. INTRODUÇÃO Para o correto funcionamento de um hospital, é indispensável a existência de serviços farmacêuticos acompanhado de uma gestão e serviços eficazes. Tendo em vista que a Farmácia Hospitalar recebe, armazena e distribui materiais e medicamentos para todo o Hospital, cada ação tomada afeta o funcionamento de todo o ambiente, visto que é a Farmácia Hospitalar que tem o papel de prestar assistência farmacêutica, gerindo toda a parte do planejamento estratégico refletindo no tratamento positivo do paciente e ajudando no orçamento do hospital. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), pela resolução nº 300, de 30 de janeiro de 1997, regulamenta o exercício profissional em farmácia de unidade hospitalar, de natureza pública ou privada. Segundo essa resolução, a farmácia de unidade hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa, sendo desenvolvidas atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares. A Lei n° 11.788, de 25 De Setembro de 2008, diz que “ o estágio como ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no âmbito de trabalho, que visa a preparação para o trabalho produtivo do estudante. O estágio integra o itinerário formativo do estudante e faz parte do projeto pedagógico do curso.” Por isso, o estágio torna-se indispensável ao decorrer da trajetória do estudante do curso de Farmácia, tendo em vista que toda e qualquer prática, quando aplicada com eficiência, garantirá existo no exercício futuro da profissão. A assistência farmacêutica se refere a um conjunto de ações que estão voltadas ao acesso e uso racional dos medicamentos, bem como quando associada à atenção farmacêutica, que diz respeito a relação direta do farmacêutico com paciente, ambas tem por finalidade alertar e assegurar que o paciente esteja ciente da importância do uso racional dos medicamentos. A princípio, o principal objetivo do estágio em Farmácia Hospitalar, é proporcionar ao graduando uma visão de suas atividades no âmbito hospitalar. Durante a execução desse, são desenvolvidas práticas relacionadas à administração farmacêutica, ao gerenciamento de estoque e à logística hospitalar, à farmacotécnica, participação em comissões de farmácia e terapêutica e infecção hospitalar, e monitorização do tratamento prestado ao paciente, que é considerado o principal objetivo da Farmácia Hospitalar pela SBRAFH. Diante do proposto anteriormente, o estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar foi de suma importância para melhor compreensão da execução de práticas que visam capacitar o educando para excelência no exercício de sua profissão. 3. ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO 3.1. Conhecimento da farmácia hospitalar: De início, ao iniciarmos o estágio, o farmacêutico hospitalar nos familiariza com o ambiente. Vemos que a Farmácia Hospitalar é o setor responsável pelo armazenamento, controle e distribuição dos medicamentos e insumos, responsáveis por auxiliar a recuperação dos pacientes, nas mais diversas alas do ambiente hospitalar. De acordo com cada caso, o profissional farmacêutico orienta o uso racional de medicamentos conforme sua eficácia e cada necessidade específica. 3.2. Organização e controle de estoque: Os estoques das farmácias hospitalares abrigam uma grande diversidade de itens, tornando mais difícil o planejamento da relocação de material. Cada grupo de medicamentos ou materiais hospitalares tem determinadas especificidades, por exemplo: preço, consumo, prazos de validade, o ideal é que o administrador dos estoques utilize mecanismos separando os produtos em grupos que possuam características semelhantes (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2001). Os estoques, composto por medicamentos e material hospitalar, são considerados insumos relevantes para a proteção e a recuperação da saúde, por isso, no processo de controle do estoque, é necessário planejar ou pelo menos ter uma perspectiva do resultado gerado por essa atividade (FRANCISCHINI, 2009), já que segundo Dias (2009, p.07) “sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ela funciona como amortecedor entre vários estágios até a entrega final do produto”. Durante o estágio, compreendemos a importância de organizar o estoque por ordem alfabética, com letras maiúsculas e minúsculas juntas, para reforçar a atenção do profissional quanto a serventia do medicamento, prazo de validade e outros. Também tivemos a oportunidade de conhecer o CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico), local responsável pela distribuição de medicamentos e materiais entre setores do hospital. Este espaço atua como um suporte às ações farmacêuticas, gerando maior contribuição para o êxito da assistência ao paciente e credibilidade dos serviçosfarmacêuticos. 3.3. Análise de prescrição dos medicamentos: A prescrição, segundo à Política Nacional de Medicamentos é o "Ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente com a respectiva posologia (dose, frequência de administração e duração do tratamento) (BRASIL,1998) A prescrição médica é um dos fundamentos a ser cuidado de modo que se alcance a racionalização, a qualidade e a segurança da terapia farmacológica. Cabe a história da farmácia hospitalar a frase “ao doente certo, o medicamento certo”, que reflete uma preocupação crescente com a qualidade e segurança do medicamento orientado para o paciente (BRASIL, 1994). Em meio a complexidade das terapias medicamentosas e descrições, Melo et al. (2003), fundamentaram o farmacêutico como o profissional tecnicamente qualificado para otimizá-las, prevenindo, detectando e corrigindo Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM). Esses problemas podem ser compreendidos como "resultados clínicos negativos, derivados da farmacoterapia, que, por diversos fatores, conduzem ao não alcance dos objetivos terapêuticos ou ao surgimento de efeitos indesejados (COMITÊ DE CONSENSO, 2002) A avaliação da prescrição médica pelo farmacêutico hospitalar é “o momento de maior interferência e interação do farmacêutico com o prescritor”, por possibilitar a atuação em caráter preventivo e ainda corretivo (LARA, 2009, p.14). Durante o dia-a-dia, uma quantidade considerável de prescrições se faz presente na farmácia hospitalar, destinadas aos mais diversos setores do hospital. A partir desse cenário, a qualidade da prescrição hospitalar se baseia e depende de determinados indicadores, sendo eles: média de medicamentos por prescrição; de medicamentos prescritos pelo nome genérico e com base na padronização do hospital; de antimicrobianos prescritos; de medicamentos injetáveis e de psicotrópicos. Alguns grupos de medicamentos requerem uma atenção mais criteriosa. Embora a maioria dos medicamentos possua uma margem terapêutica segura, alguns fármacos possuem risco inerente de lesar o paciente quando ocorre falhas no processo de utilização. Os antibióticos é uma das classes de medicamentos mais prescritas em todo mundo (FEITOSA, 2006). Apesar disso, seu uso tem sido restrito, tanto em âmbito comercial como hospitalar, em virtude das consequências da sua utilização inadequada como efeito terapêutico insuficiente, reações adversas, efeitos colaterais, interações medicamentosas e aumento da resistência bacteriana aos antimicrobianos (WHO, 2003). Nesse contexto, compreende-se a necessidade do farmacêutico. Profissional conhecedor dos medicamentos, e então, do desenvolvimento da resistência dos antimicrobianos, o farmacêutico ocupa um lugar de destaque, seja no controle de compras e padronização de antibióticos, no armazenamento e qualidade dos produtos utilizados ou, sobretudo por estar diretamente empenhado no combate aos erros de prescrições de antibióticos. Sua contribuição também está em ações as quais estão intimamente voltadas para o aconselhamento a cerca do uso correto dos medicamentos e identificação dos principais problemas de saúde da comunidade. Outro grupo de medicamentos que requer bastante atenção são os psicotrópicos, estes, antes de dispensados necessitam de um registro efetuado pelo farmacêutico responsável como protocolo de segurança da ANVISA. A prescrição e farmacoterapia de injetáveis também requer seu cuidado, apesar da necessidade em determinadas situações, a administração de injetáveis, pode trazer sérias consequências quando prescritos ou aplicados de forma equivocada, como por exemplo dificuldade de reversão no caso das reações anafiláticas, reações adversas, necrose teciduais, dentre outras. (OMS, 1993 apud FARIAS et al., 2007). Diante do proposto anteriormente, a participação do farmacêutico na prescrição médica hospitalar é a melhor maneira de garantir a segurança, o acesso e a qualidade dos medicamentos aos pacientes, sem intenção de exercitar o diagnóstico, ou intervir na conduta terapêutica, sendo desta forma, possível desenvolver mais facilmente a relação terapêutica. 3.4. Dispensação de medicamentos e correlatos: De acordo com à Lei 13.021/14, Art. 14. É responsabilidade do farmacêutico, na dispensação de medicamentos, garantir a eficácia e a segurança da terapêutica prescrita, além de observar os aspectos técnicos e legais do receituário A dispensação dos medicamentos é um mecanismo que permite ao farmacêutico estabelecer uma relação de proximidade e confiança com o seu paciente, garantindo a este a entrega adequada e racional dos medicamentos. O farmacêutico hospitalar é responsável por todo o ciclo do medicamento, desde a sua seleção (ativos e fornecedores), controles, armazenamento, até a última etapa do ciclo: a dispensação e uso pelo paciente. Além disso, durante a dispensação dos medicamentos, o farmacêutico hospitalar é responsável por orientar tanto os pacientes internos quanto ambulatoriais, tendo em vista cooperar na eficácia do tratamento, na redução dos custos e voltando-se sempre para a pesquisa, que atua como campo de aprimoramento profissional. Possíveis erros na dispensação de medicamentos ou quaisquer falhas no processo acabam resultando um desfalque no tratamento. Podendo, inclusive, resultar em efeitos colaterais e reações adversas, propondo riscos a saúde do paciente. Como resultado para essa negligência, o farmacêutico pode responder administrativamente ao Conselho Regional de Farmácia (CRF). Ou até mesmo a processos judiciais, por negligência e imprudência, assumindo riscos permanentes ou temporais. Diante disso, analisamos que dispensar medicamentos de forma segura e humanizada, é uma das principais atribuições inserida em uma farmácia hospitalar. Durante o estágio, pudemos vislumbrar, na prática, a utilização da distribuição por meio do Sistema de Dose Unitária, responsável por promover a medicação unitariamente, de acordo com à necessidade específica de cada paciente. 4. Teoria em pratica- estudos de caso A evolução histórica da farmácia hospitalar no Brasil está vinculada à estruturação do complexo médico industrial. No século XX, o farmacêutico era o profissional de referência para a sociedade nos aspectos do medicamento. Além de dispensar o medicamento, o farmacêutico hospitalar era responsável também, pela manipulação. A sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) foi criada em 1995 e têm contribuído para o desenvolvimento da assistência farmacêutica hospitalar. Segundo a SBRAFH (1997), farmácia hospitalar é uma unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção de hospitais e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao paciente. Para auxiliar na resolução desta atividade você poderá acessar os livros que estão disponíveis em nossa biblioteca virtual, a seguir temos algumas sugestões de livros que estão disponíveis em: Minha Biblioteca, e algumas resoluções e portarias que regulamentam as atividades no ambiente hospitalar. · JULIANI, R.GM. Organização e Funcionamento de Farmácia Hospitalar. 1.ed. São Paulo: Érica: Saraiva, 2016. · FARIA, C.O. et al. Farmácia Hospitalar. Porto alegre: SGAH, 2019. · Portaria Nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010. Aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4283_30_12_201 0.html. · RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004. Regulamento técnico de funcionamento para os serviços de terapia antineoplásica. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/rdc0220_21_09_ 2004.html. · Portaria nº 272, de 8 de abril de 1998. Regulamento técnico para a terapia denutrição parenteral. Analise o estudo de caso a seguir: Estudo de Caso 1 - Estrutura da Farmácia Hospitalar A direção clínica do hospital solicitou ao farmacêutico hospitalar que readequasse o sistema de distribuição de medicamentos do hospital visando diminuir os gastos com os medicamentos, diminuir os erros de medicação, melhorar o controle e a gestão do estoque da farmácia, diminuir os estoques de medicamentos nos postos de enfermagem, além de favorecer a integração do farmacêutico com a equipe de saúde. O farmacêutico analisou os recursos humanos e a infraestrutura disponível e avaliou que em um primeiro momento, só seria possível a implantação de um sistema que dispensasse medicamentos necessários para um dia de tratamento para cada paciente. Responda: a) Quais são os objetivos principais da gestão da farmácia hospitalar? Resp: Os principais objetivos da gestão da farmácia hospitalar são: · Promover o abastecimento ideal de medicamentos para atender às necessidades dos pacientes; · Controlar e gerenciar o estoque de medicamentos de maneira eficaz; · Promover a segurança na distribuição e administração dos medicamentos, reduzindo erros de medicação; · Minimizar os custos relacionados à aquisição e armazenamento de medicamentos; · Integrar o farmacêutico à equipe de saúde, contribuindo para a qualidade do atendimento ao paciente; b) A farmácia hospitalar deve estar localizada em área de livre acesso e circulação, tanto para atender à distribuição de medicamentos de pacientes internados e ambulatoriais, como para receber visitas de técnicos e de fornecedores o que justifica a sua localização em ponto estratégico que facilite a troca de informações. O dimensionamento da área física de uma farmácia hospitalar tem relação direta com as atividades a serem desenvolvidas, que são, por sua vez, determinadas pelo perfil assistencial e pela complexidade do cuidado prestado no hospital. Quais são os principais ambientes da Farmácia Hospitalar? Esquematize através de um desenho qual é a estrutura física necessária para o funcionamento de uma farmácia hospitalar, identificando cada área e relacionando quais são as atividades que são desempenhadas no local. Resp: Os principais ambientes da Farmácia Hospitalar são: 1. Área de recebimento de medicamentos e materiais: onde são recebidos e conferidos os produtos farmacêuticos; 2. Área de armazenamento: responsável pelo armazenamento adequado dos medicamentos, seguindo critérios de temperatura, umidade e segurança; 3. Área de dispensação: onde são preparadas as doses individuais de medicamentos para cada paciente, de acordo com as prescrições médicas elaboradas; 4. Área de controle de qualidade: para realizar análises e testes de qualidade nos medicamentos; 5. Área administrativa: para realizar atividades de gestão, como controle de estoque, compras e registros. Área Recepção e inspeção Manipulação de NPT CAF Manipulação de Citotóxicos Área de distribuição Área de unitarização de doses Sala de Chefia Sala de diluição de germicidas Área administrativa Manipulação Magistral e Oficinal Sala de reunião Depósito de Material de Limpeza (DML) Área de medicamentos sujeitos a controle especial (Portaria nº344/1998) Fracionamento C) Pensando na temática proposta pelo estudo de caso, explique qual será o sistema de distribuição de medicamentos que poderá ser implantado no hospital? Quais são as vantagens e desvantagens desse sistema de distribuição? Justifique. Resp: Diante do proposto por o estudo de caso, o melhor Sistema que pode ser utilizado é o Sistema de Dose Unitária. Considerado o melhor sistema de distribuição de medicamentos, garante todos os objetivos de acordo com o esquema terapêutico prescrito. A medicação é dispensada unitariamente, nas doses certas, de acordo com à necessidade do paciente. Depois são adicionadas em um plástico, lacradas e identificadas para utilização pessoal. D) O sistema de distribuição de medicamentos deve se basear nas características do hospital e deve ser um sistema racional, eficiente, econômico e seguro. Descreva quais são os tipos de sistemas de distribuição de medicamentos que podem ser utilizados nos hospitais, relacionando as vantagens e desvantagens de cada um. Resp: Os tipos de sistemas variam, podendo ser classificados nos seguintes tipos: · Sistema coletivo: Este apesar do fácil acesso para uso imediato dos medicamentos, a farmácia acaba tento participação mínima no processo, gerando consequências negativas para o Hospital e paciente. · Sistema individualizado: É um sistema que apresenta eficácia em sua durabilidade, com a medicação separada para um período de 24h. Os estoques periférico dos setores são reduzidos, além de influenciar para menor quantidade de erros quanto a medicação, pois se tem acesso a prescrição médica. Entretanto, ainda ocorrem erros com os medicamentos e existe a ausência de controle efetivo do estoque e faturamento. · Sistema de Dose Unitária: É considerado o melhor sistema de distribuição de medicamentos. Pois garante todos os objetivos de acordo com o esquema terapêutico prescrito. Torna-se eficaz por reduzir a probabilidade de erros de medicação e a medicação é dispensada em doses organizadas. Entretanto, é necessário o aumento de recursos humanos e infraestrutura da farmácia e é necessário um investimento significativo ao início do sistema. e) Quais são as atividades farmacêuticas que podem ser realizadas nos hospitais? Resp: A farmácia hospitalar tem abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa. São desenvolvidas atividades ligadas à dispensação e distribuição de medicamentos, produção, armazenamento, controle e materiais médico-hospitalares às unidades hospitalares. Estudo de Caso 2 - Atividades realizadas na Farmácia Hospitalar O farmacêutico hospitalar é o profissional responsável por atividades clínicas, administrativas e consultivas com o objetivo de promover a racionalização de custos, o uso racional de medicamentos e a orientação aos pacientes, além de atuar na gestão da logística farmacêutica e participar das comissões hospitalares, sendo referência na promoção da saúde por meio da assistência farmacoterapêutica. Esse profissional tem uma conduta interdisciplinar, integrando a farmácia hospitalar com os demais serviços e unidades clínicas. De acordo com a Resolução no 492, de 26 de novembro de 2008, que regulamenta o exercício profissional no setor público e privado, as principais atribuições do farmacêutico foram agrupadas em cinco grandes áreas: atividades logísticas, controle de qualidade, atividades intersetoriais, atividades focadas no paciente, atividades de manipulação/ produção. a) Em oncologia, o farmacêutico é o principal instrumento para a qualidade da farmacoterapia. Suas atribuições excedem a simples dispensação da prescrição médica, ou ainda a manipulação propriamente dita. Sua atuação é importante em várias etapas da terapia antineoplásica. Pensando na manipulação de antineoplásicos, descreva quais são as condições mínimas necessárias que são exigidas para a manipulação de antineoplásicos. Resp: · Área exclusiva: Existe a necessidade de haver uma área exclusiva para a manipulação de antineoplásicos, separada de outras atividades farmacêuticas. Equipamentos de proteção individual (EPIs): Os profissionais envolvidos na manipulação devem utilizar EPIs adequados, como luvas, avental, óculos de proteção e máscara. Fluxo unidirecional: A manipulação dos antineoplásicos deve seguir um fluxo unidirecional, evitando a contaminação cruzada. Cabine de segurança biológica (CSB): A manipulação precisa ser realizada em uma CSB, que é um equipamento que fornece uma barreira física entre o operador e os antineoplásicos, evitando o risco de exposição. Treinamento adequado: Os profissionais envolvidos devem receber treinamento adequado sobre as boas práticas de manipulação de antineoplásicos e sobre os procedimentos de segurança a seremseguidos. Limpeza e descontaminação: A área de manipulação e os equipamentos precisa. ser regularmente limpos e descontaminados para evitar a contaminação dos antineoplásicos. Monitoramento ambiental: Deve ser realizado um monitoramento ambiental regular para verificar a presença de resíduos de antineoplásicos no ambiente de trabalho. b) A nutrição parenteral compreende uma solução ou uma emulsão composta, basicamente, por aminoácidos, lipídios, carboidratos e eletrólitos. É uma formulação estéril e epirogênica, acondicionada em bolsa plástica, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou à manutenção de tecidos, órgãos e sistemas. O Setor de Nutrição Parenteral do Serviço de Farmácia do hospital é o setor responsável pela seleção, pela aquisição, pelo armazenamento, pela manipulação e dispensação das formulações de nutrição parenteral. Pensando na manipulação da nutrição parenteral, descreva quais são as condições mínimas necessárias que são exigidas para a manipulação de nutrição parenteral. Resp: Para manipulação da nutrição parenteral, são necessárias condições mínimas de higiene e esterilidade. O ambiente de manipulação presta estar limpo e controlado, com fluxo laminar de ar para evitar contaminação. Os profissionais envolvidos devem usar equipamentos de proteção como luvas, toucas e máscaras. Os equipamentos e materiais utilizados devem ser esterilizados e armazenados com segurança. 5. TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da experiência vivenciada, conclui-se que o estágio é uma maneira excelente de aperfeiçoamento que proporciona ao aluno maturidade e conhecimento. Na Farmácia Hospitalar, são ofertadas condições de desenvolver habilidades, analisar criticamente situações sobre a terapêutica medicamentosa dentro dos critérios éticos profissionais, prestar atenção farmacêutica com eficiência, atendendo à carência do paciente e participar da rotina hospitalar. A introdução do estágio em Farmácia Hospitalar, nas grades curriculares, sugere a formação de um profissional comprometido e qualificado, além de proporcionar a ele uma visão clara e ampla desta área de exercício profissional que desperta a capacidade de combinar conhecimento técnico, clínico e administrativo. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, V. M. T. Avaliação de Indicadores de Medicamentos: Importância para a Qualidade na Prescrição Médica. R. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde, São Paulo, v. 2 n.3, p. 31 -35, 2011. ARRAIS, P. S.; BARRETO, M. L.; COELHO, H. L. Aspectos do processo de prescrição e dispensação de medicamentos na percepção do paciente: estudo de base populacional, em Fortaleza, Ceará, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n.4, p. 927-937, 2007. CAVALLINI,M; BISSON,M. Farmácia Hospitalar: um Enfoque em Sistemas de Saúde. 2edição, 2010. COIMBRA, J.A.H.; VALSECHI, E.A.S.de S.; CARVALHO, M.D.de B.; PELLOSO, S.M. Sistema de distribuição de medicamentos por dose unitária: reflexões para a prática da enfermagem CARVALHO, Felipe Dias et al. Farmacêutico Hospitalar: conhecimento, Habilidades e atitudes. Barueri – Sp: Editora Manole Ltda., 2014. 299 p. SOLANGE CECILIA CAVALCANTE DANTA. Farmácia e Controle das Infecções Hospitalares. Farmácia Hospitalar, Brasília, v. 80, n. 3, p. 1-20, Mar. image1.jpeg