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Monitoria II unidade Outubro/2024 Jequié - Ba Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB Departamento de Ciências e Tecnologias - DCT Componente Curricular de Farmacoterapia Docente: Tuany Santos Souza Monitora: Rosana Machado Agenda Correção do Estudo dirigido PARTE I Quiz Kahoot PARTE II Com base na fisiopatologia da asma e da DPOC, diferencie esses dois quadros clínicos. Q.1 Q.1 Há hiperresponsividade brônquica, causando episódios recorrentes de sibilos, aperto no peito, falta de ar e tosse Afeta principalmente os pulmões e está associada ao tabagismo Há obstrução progressiva do fluxo aéreo Não totalmente reversível, com destruição dos alvéolos (enfisema) e bronquite crônica Envolve várias células, como mastócitos, eosinófilos e linfócitos T Marque V para verdadeiro e F para falso, reescreva da maneira correta as alternativas incorretas. ( ) A asma é uma doença inflamatória crônica de vias aéreas que envolve a participação de diversas células e componentes celulares. ( ) É caracterizada pela limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação do fluxo aéreo é usualmente progressiva e associada a uma inflamação. ( ) Na asma há a presença de linfócitos TCD4 + e eosinófilos. ( ) O DPOC é mediado por imunoglobulinas E( IgE) produzidas em resposta à exposição a proteínas estranhas( poeira e ácaro). ( ) As características clínicas da asma são crises recorrentes de dispneia, sensação de aperto no tórax e sibilos, frequentemente associados à tosse. ( ) Suas características fisiológicas marcantes do DPOC são constrição disseminada e reversível dos brônquios e aumento acentuado na sensibilidade brônquica aos estímulos inalados; sua característica patológica é inflamação linfocítica e eosinofílica da mucosa brônquica. Essas alterações são acompanhadas por “remodelamento”. Q.2 ( ) Os analgésicos opióides estão entre os fármacos mais efetivos disponíveis para a supressão da tosse. Esse efeito é com frequência obtido com doses abaixo daquelas necessárias para a produção de analgesia. ( ) As drogas agonistas alfa-adrenérgicas com ação descongestionante nasal podem ser divididas em dois grupos: aminas não catecólicas (a1) e derivados imidazólicos (a2). ( ) Os anti-histamínicos nas reações alérgicas do trato respiratório agem predominantemente como antagonistas dos receptores da histamina H2. ( ) Os anti-histamínicos representam as drogas mais eficazes no tratamento da rinossinusite alérgica e não alérgica com eosinofilia, por conseguirem reduzir o processo inflamatório da mucosa, diminuindo a hiper-reatividade nasal. Q.2 (V) A asma é uma doença inflamatória crônica. (F) A limitação do fluxo aéreo na asma é reversível, enquanto na DPOC é progressiva e não totalmente reversível. (V) Na asma, há linfócitos TCD4+ e eosinófilos. (F) O DPOC não é mediado por IgE, essa resposta é mais típica em alergias, como na asma. (V) As características clínicas da asma incluem crises recorrentes de dispneia, sensação de aperto no peito e sibilos. (F) O DPOC tem como característica a obstrução não reversível, enquanto a asma apresenta constrição brônquica reversível. (V) Os opioides são eficazes na supressão da tosse. (V) As drogas alfa-adrenérgicas têm ação descongestionante nasal. (F) Os anti-histamínicos agem predominantemente como antagonistas dos receptores H1, e não H2. (V) Os anti-histamínicos são eficazes no tratamento de rinossinusite alérgica. Q.2 Esquematize em uma tabela os fármacos utilizados no manejo da asma, citando um exemplo de cada classe Q.3 Classe Exemplo Beta 2 agonista de longa duração – LABA Formoterol Beta 2 agonista de curta duração -SABA Salbutamol Corticoide Inalatório (CI) Budesonida Antagonistas de Receptores de Leucotrienos Montelucaste Antagonistas Muscarínicos de Longa Ação (LAMA) Brometo de ipatrópio Metilxantinas Teofilina Q.3 Paciente de 8 anos de idade chegou à UPA acompanhado da mãe com sintomas respiratórios de cansaço e tosse há 4 dias. O responsável relata que há 4 dias o paciente vem apresentando um quadro de tosse com expectoração e dificuldade de realizar atividades diárias, principalmente pela manhã. Afirma que o filho já teve outros quadros assim quando mais novo e que sempre era tratado com nebulização com o fenoterol. Nega outros sintomas e nega alergia a medicamentos. Diante disso o médico receitou os seguintes exames: VEF1, testes de provocação brônquica e testes de alergias. Os resultados dos exames levaram à confirmação do quadro de asma, receitando ao paciente um SABA, o salbutamol. Q.4: Caso clínico Com bases no dados acima responda: A farmacoterapia está correta, qual farmacoterapia preconizada nesse tipo de caso? 1. Discorra sobre os efeitos adversos dos medicamentos citados acima e seus mecanismos de ação? 2. Quais as intervenções não farmacológicas podem ser adotadas nesse caso? 3. Q.4: Caso clínico O uso de SABA, como salbutamol, está correto para o alívio imediato. No longo prazo, corticoides inalatórios seriam recomendados. Salbutamol (SABA): Pode causar tremores, taquicardia, hipocalemia (baixo nível de potássio) e, em casos raros, arritmias cardíacas. Seu mecanismo de ação envolve a estimulação dos receptores beta-2 adrenérgicos nas vias aéreas, causando relaxamento dos músculos brônquicos. Q.4: Caso clínico Intervenções Não Farmacológicas: Educação do paciente e da família sobre a asma e seus desencadeadores. Evitar alérgenos conhecidos, como poeira e pólens. Controle de fatores desencadeantes, como o tabagismo passivo. Monitoramento dos sintomas e uso adequado de dispositivos inalatórios. Plano de ação para gerenciamento de exacerbações. Mantenha um ambiente livre de fumaça e alérgenos. Q.4: Caso clínico ma menina de 10 anos com história de asma mal controlada é levada pela mãe ao serviço de emergência com taquipneia e sibilos inspiratórios e respiratórios audíveis. Está pálida, recusa-se a ficar deitada e parece muito assustada. Seu pulso está em 120 bpm e a frequência respiratória em 32/min. A mãe relata que a menina acabou de se recuperar de uma gripe leve e estava bem até esta tarde. A criança faz uso de inalador (salbutamol), mas “apenas quando realmente necessário”, porque seus pais temem que ela se torne muito dependente do medicamento. A mãe administrou duas inalações imediatamente antes de se dirigir ao hospital, mas diz que o “medicamento parece não ter ajudado em nada”. Q.5: Caso clínico Com base nos dados acima responda: Que medidas emergenciais estão indicadas? 1. Como deve ser alterado o tratamento em longo prazo?2. Q.5: Caso clínico A paciente demonstra os efeitos desestabilizadores de uma infecção respiratória sobre a asma, e os pais demonstram a fobia comum (e perigosa) de “usar demais” broncodilata dores e esteroides inalatórios. A criança apresenta sinais de falência respiratória iminente, incluindo sua recusa a ficar deitada, o medo e a taquicardia – que não pode ser atribuída à dose mínima de salbutamol administrada. As etapas imediatas essenciais são administrar oxigênio em alto fluxo e iniciar nebulização com salbutamol. Recomenda-se a adição de ipratrópio à solução de nebulização. Deve-se administrar um corticosteroide (metilprednisolona, 0,5 a 1 mg/kg) intravenoso. Sugere-se ainda avisar a unidade de tratamento intensivo, uma vez que um paciente com broncospasmo grave que entre em fadiga pode evoluir rapidamente para insuficiência respiratória e a intubação pode ser difícil. . Q.5: Caso clínico Presumindo-se que essa paciente se recupere, ela irá necessitar de ajustes no tratamento antes da alta. O preditor mais forte de crises graves de asma é sua ocorrência prévia. As sim, essa paciente necessita de tratamento com controlador em longo prazo, particularmente um corticosteroide inalatório, além de instruções sobre como agir em caso de sinto mas graves. A instrução pode ser simplificada orientando a própria criança e seus pais a, em caso de crise grave que os deixe assustados, utilizar até quatro aplicaçõesde salbu tamol a cada 15 minutos. Contudo, se as primeiras quatro aplicações não trouxerem alívio significativo, ela pode receber as quatro seguintes a caminho da emergência. A paciente também deve receber uma prescrição de prednisona com instruções para administrar 40 a 60 mg por via oral em caso de crise grave, mas para não aguardar por seu efeito caso a respiração continue muito acelerada mesmo após o uso de salbutamol. Q.5: Caso clínico Esquematize em uma tabela os fármacos antitussígenos, descrevendo seus mecanismos de ação, quando devem ser utilizados e como são divididos( narcóticos e não narcóticos) diferenciando-os. Q.6 Classificação Exemplo Mecanismo de ação/ indicação Narcótico Codeína Age suprimindo o centro da tosse no cérebro, reduzindo o reflexo da tosse. É indicada para a tosse seca ou irritante. Narcótico Dextrometorfano Atua no sistema nervoso central, inibindo o reflexo da tosse. É usado para tratar a tosse seca ou irritante. Não narcótico Benzonatato Anestesia as terminações nervosas na via aérea, diminuindo a sensação de tosse. É indicado para a tosse seca ou irritante. Não narcótico Guaifenesina Auxilia na liquidação das secreções respiratórias, tornando a tosse mais produtiva. É apropriada para a tosse com muco ou secreções. Não narcótico Bromidrato de Difenidramina Age como antagonista dos receptores de histamina, reduzindo a tosse. É usado para tratar a tosse seca ou irritante. Q.6 Sobre os fármacos mucolíticos e expectorantes, descreva quais os principais representantes desses grupos e qual é o seu mecanismo de ação. Q.7 Mucolíticos: são medicamentos que ajudam a afinar o muco nas vias aéreas, tornando-o mais fácil de ser expelido. Eles são indicados para condições em que o muco é espesso e difícil de ser eliminado. Os principais representantes dos mucolíticos incluem: N-Acetilcisteína (NAC): Este medicamento age quebrando as ligações dos mucoproteínas, tornando o muco mais fluido e menos viscoso. É usado em doenças pulmonares obstrutivas crônicas, fibrose cística e outras condições com produção de muco excessivo. Bromexina: Atua aumentando a secreção de líquido nas vias aéreas, o que ajuda a tornar o muco mais fino. É utilizado no tratamento de doenças respiratórias com acúmulo de muco, como bronquite crônica. Q.7 Expectorantes: são medicamentos que estimulam a tosse e o reflexo da expectoração, ajudando a eliminar o muco das vias aéreas. Eles são indicados quando o objetivo é facilitar a remoção do muco. O principal representante dos expectorantes é: Guaifenesina: A guaifenesina atua aumentando a quantidade de líquido nas vias aéreas, tornando o muco menos viscoso e mais fácil de ser eliminado. É usado em condições como resfriados, bronquite e outras doenças com muco espesso. Q.7 De acordo com o conteúdo estudado, descreva sobre os usos clínicos dos fármacos usados nas doenças gastrintestinais. Q.8 inibidores de bomba de prótons (IBP), como omeprazol Q.8 Úlceras pépticas e refluxo gastroesofágico Protetores Gástricos: Misoprostol, Sucralfato Q.8 São usados para proteger a mucosa gástrica e duodenal, ajudando na prevenção de lesões e úlceras causadas por medicamentos anti- inflamatórios não esteroides (AINEs) ou pelo uso prolongado de IBPs Antiácidos: Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio Q.8 São utilizados para aliviar a azia, queimação e desconforto gástrico causados pelo excesso de ácido no estômago. Também podem ser usados no tratamento de úlceras gástricas e duodenais. Antagonistas dos Receptores H2: Cimetidina, Ranitidina Q.8 São utilizados para tratar úlceras, DRGE e prevenir úlceras de estresse Antiespasmódicos: Diciclomina, Mebeverina Q.8 São usados para aliviar espasmos e cólicas gastrointestinais, como na síndrome do intestino irritável. Antieméticos: Ondansetron, Metoclopramida, Dimenidrinato Q.8 São utilizados para prevenir ou aliviar náuseas e vômitos em situações como enjoo de movimento, quimioterapia, radioterapia ou infecções gastrointestinais. Agentes Antidiarreicos: Loperamida, Racecadotrila Q.8 São utilizados para reduzir a frequência e a liquidez das fezes em casos de diarreia aguda ou crônica. Agentes Antidiarreicos: Loperamida, Racecadotrila. Q.8 São utilizados para reduzir a frequência e a liquidez das fezes em casos de diarreia aguda ou crônica. Laxantes: Lactulose, Bisacodil, Polietilenoglico Q.8 São usados para tratar constipação e promover a evacuação intestinal. Existem diferentes tipos de laxantes, como os emolientes, os estimulantes e os osmóticos, que atuam de maneiras distintas. Esquematize em uma tabela os fármacos usados nas doenças gastrintestinais descrevendo sucintamente seu mecanismo de ação, efeitos colaterais e interações medicamentosas. Q.9 IBPs (Omeprazol) Inibem a bomba de prótons no estômago, reduzindo a produção de ácido. Dor abdominal, diarreia, risco de infecções, osteoporose. Podem interferir na absorção de outros fármacos. Q.9 Antagonistas H2 (Ranitidina) Bloqueiam os receptores H2 no estômago, reduzindo a produção de ácido. Dor de cabeça, constipação, diarreia. Interferem com a absorção de alguns medicamentos Q.9 Protetores Gástricos (Sucralfato) Formam um revestimento protetor na mucosa gástrica. Constipação, náusea, diarreia. Podem reduzir a absorção de outras drogas. Q.9 Antiespasmódicos (Diciclomina) Aliviam espasmos intestinais. Boca seca, tontura, confusão. Pode causar sonolência em combinação com outros depressores do sistema nervoso central. Q.9 Laxantes (Lactulose) Aumentam a retenção de água no intestino, amolecendo as fezes. Diarreia, cólicas abdominais. Pode afetar a absorção de outros medicamentos. Q.9 Antieméticos (Ondansetron) Bloqueiam os receptores de serotonina no cérebro, reduzindo a náusea e o vômito. Cefaleia, constipação, tontura. Podem interagir com outros medicamentos que afetam a serotonina Q.9 Agentes Antidiarreicos (Loperamida) Diminuem a motilidade intestinal e reduzem a diarreia. Constipação, náusea, dor abdominal. Pode afetar a absorção de outros medicamentos. Q.9 Agentes Antidiarreicos (Loperamida) Diminuem a motilidade intestinal e reduzem a diarreia. Constipação, náusea, dor abdominal. Pode afetar a absorção de outros medicamentos. Q.9 Sobre os fármacos que estimulam a motilidade gastrointestinal assinale a alternativa incorreta: a- Os fármacos que aumentam a pressão do esfincter esofágico inferior são úteis na DRGE. b- Os fármacos que melhoram o esvaziamento gástrico são úteis na gastroparesia e no retardo do esvaziamento gástrico pós-cirúrgico. c- Os agentes que estimulam o intestino delgado são benéficos para o íleo pós- operatório ou para a pseudo-obstrução intestinal crônica. d- Os fármacos capazes de estimular de forma não seletiva a função motora do intestino (fármacos procinéticos) apresentam significativa utilidade clínica potencial Q.10 Alternativa D Q.10 Os fármacos capazes de estimular de forma não seletiva a função motora do intestino (fármacos procinéticos) apresentam significativa utilidade clínica potencial. SELETIVAMENTE De acordo com a ação dos fármacos utilizados no tratamento de doenças ácido- pépticas, preenchas as colunas a seguir: 1- Agentes de Revestimento e prostaglandinas ( ) diminuem a secreção de ácido; 2- Antagonistas dos Receptores H2 ( ) neutralizam o ácido; 3- Antiácidos ( )promovem a defesa da mucosa; 4- Dieta, Tabaco e Álcool ( )modificam os fatores de risco; Q.11 De acordo com a ação dos fármacos utilizados no tratamento de doenças ácido- pépticas, preenchas as colunas a seguir: 1- Agentes de Revestimento e prostaglandinas ( 2) diminuem a secreção de ácido; 2- Antagonistas dos Receptores H2 (3 ) neutralizam o ácido; 3- Antiácidos (1)promovem a defesa da mucosa; 4- Dieta, Tabaco e Álcool ( 4)modificam os fatores de risco; Q.11 Sabendo-se que o trânsito do alimento através do intestino pode ser agilizado por diferentes tipos de fármacos, como laxativos, emolientes fecais e purgativos estimulantes, disserte sobre quando devem ser utilizados esses fármacos acima e cite exemplo de medicamentos dessas classes e seus mecanismos de ação. Q.12 Laxativos: Quando devem ser utilizados: Os laxativos são indicados para aliviar a constipação, que é caracterizada por fezes duras e dificuldade na evacuação. Eles são usados para tornar as fezes mais macias e facilitar a passagem. Exemplos de medicamentos:Lactulose, psyllium, bisacodil. Mecanismo de ação:Os laxativos podem atuar de diferentes maneiras, como aumentando o teor de água nas fezes, estimulando o movimento intestinal ou amolecendo as fezes. Q.12 Emolientes Fecais (Amolecedores de Fezes): Quando devem ser utilizados: Os emolientes fecais são indicados para pessoas que têm dificuldade em evacuar devido a fezes duras e secas. Eles ajudam a amolecer as fezes para facilitar a defecação. Exemplos de medicamentos: Docusato de sódio. Mecanismo de ação: Os emolientes fecais funcionam reduzindo a tensão superficial das fezes, permitindo que a água seja misturada mais facilmente, tornando as fezes mais macias. Q.12 Purgativos Estimulantes: Quando devem ser utilizados: Os purgativos estimulantes são usados em situações em que é necessária uma evacuação rápida do intestino, como preparação para cirurgias ou procedimentos diagnósticos. Exemplos de medicamentos: Bisacodil, picossulfato de sódio. Mecanismo de ação: Os purgativos estimulantes atuam diretamente nos músculos do intestino, aumentando as contrações e promovendo a evacuação rápida. Q.12 T.B.F é um estudante de curso de pós-graduação, de 24 anos de idade. Apresenta-se com boa saúde, apesar de estar consumindo aproximadamente dois maços de cigarro e tomando cinco xícaras de café por dia. Neste momento, encontra-se estressado devido à proximidade do prazo de entrega de sua tese de informática. Além disso, vem tomando dois comprimidos de aspirina por dia nos últimos dois meses, devido a uma lesão do joelho sofrida enquanto esquiava durante as férias de inverno.Nessas últimas duas semanas, Tom começou a sentir uma dor em queimação na parte superior do abdome, que aparece 1 a 2 horas após a ingestão de alimento. Além disso, essa dor o acorda frequentemente por volta das 3 h da madrugada. Q.13: Caso clínico A dor é habitualmente aliviada com a ingestão de alimento e o uso de antiácidos de venda livre. Com o aumento da intensidade da dor, Tom decide consultar o seu médico, o Dr. X, no hospital local. O Dr. X verifica que o exame do abdome é normal, exceto por uma hipersensibilidade epigástrica à palpação. Discute as opções de exames diagnósticos com Tom, incluindo uma seriografia gastrintestinal superior e um exame endoscópico. Tom escolhe submeter-se à endoscopia. Durante o exame, uma úlcera é identificada na porção proximal do duodeno, na parede posterior. A úlcera mede 0,5 cm de diâmetro. Efetua-se uma biópsia de mucosa do antro gástrico para a detecção de Helicobacter pylori. O diagnóstico é de úlcera duodenal. O resultado da biópsia indica presença de H. pylori. Q.13: Caso clínico De acordo com dados acima, responda: Com base nos seus estudos, os exames utilizados para diagnóstico estão corretos, qual a sua interpretação? 1. De acordo com o quadro do paciente qual a farmacoterapia mais indicada, descreva seus mecanismos de ação? 2. Por meio da sua resposta à questão acima descreva os principais efeitos adversos e interações medicamentosas dos fármacos? 3. Quais medidas não farmacológicas podem ser adotadas para melhora do quadro do paciente? 4. Q.13: Caso clínico Seriografia Gastrointestinal Superior: É um exame de imagem que envolve a ingestão de um contraste que reveste o trato gastrointestinal e permite a visualização das estruturas internas, incluindo a identificação de úlceras. Endoscopia: É um procedimento em que um tubo flexível com uma câmera é inserido na garganta do paciente e passa pelo esôfago e estômago até o duodeno. Isso permite a visualização direta das estruturas internas do trato gastrointestinal, incluindo úlceras, além de permitir a realização de biópsias. Q.13: Caso clínico Seriografia Gastrointestinal Superior: É um exame de imagem que envolve a ingestão de um contraste que reveste o trato gastrointestinal e permite a visualização das estruturas internas, incluindo a identificação de úlceras. Endoscopia: É um procedimento em que um tubo flexível com uma câmera é inserido na garganta do paciente e passa pelo esôfago e estômago até o duodeno. Isso permite a visualização direta das estruturas internas do trato gastrointestinal, incluindo úlceras, além de permitir a realização de biópsias. Q.13: Caso clínico Padrão-ouro para o diagnóstico de úlceras pépticas, permitindo visualização direta e biópsia para detecção de H. pylori Com base no diagnóstico de úlcera duodenal e na presença de Helicobacter pylori, o tratamento geralmente envolve a seguinte farmacoterapia: Inibidores da Bomba de Prótons (IBPs), como o omeprazol, para reduzir a acidez gástrica. Antibióticos,como claritromicina e amoxicilina ou metronidazol, para erradicar a infecção por H. pylori. Q.13: Caso clínico Mecanismo de Ação: IBPs: Inibem a bomba de prótons no estômago, reduzindo a produção de ácido gástrico. Antibióticos: Destroem ou inibem o crescimento de Helicobacter pylori. Principais Efeitos Adversos e Interações Medicamentosas: IBPs: Efeitos colaterais incluem dor de cabeça, diarreia e, em uso prolongado, um aumento no risco de fraturas e infecções. Podem interagir com outros medicamentos, reduzindo sua absorção. Antibióticos: Podem causar efeitos colaterais como náusea, diarreia e alergias. Devem ser usados com cautela em pacientes com alergias a antibióticos. Q.13: Caso clínico Medidas Não Farmacológicas: Mudanças na dieta: Evitar alimentos que desencadeiam sintomas, como alimentos picantes, ácidos, cafeína e álcool. Redução do estresse: Gerenciar o estresse pode ajudar a reduzir os sintomas da úlcera. Parar de fumar: O paciente deve ser aconselhado a interromper o consumo de cigarros, uma vez que o tabagismo pode agravar as úlceras. Q.13: Caso clínico Uma mulher de 21 anos procura atendimento médico, acompanhada dos pais, para discutir as opções de tratamento da doença de Crohn. A paciente foi diagnosticada há dois anos, e, com base na colonoscopia e na radiografia do intestino delgado, foi confirmado o comprometimento do íleo terminal e da parte proximal do cólon. Ela foi inicialmente tratada com mesalazina e budesonida com resposta satisfatória; entretanto, nos últimos dois meses, sofreu recidiva dos sintomas. Está com queixas de fadiga, cólica, dor abdominal e diarreia não sanguinolenta com até 10 evacuações por dia, tendo perdido 6,8 kg de peso. A paciente não apresenta nenhuma outra história clínica ou cirúrgica significativa. As medicações atuais consistem em mesalazina, 2,4 g/dia, e budesonida, 9 mg/dia. Q.14: Caso clínico O exame abdominal revela sensibilidade dolorosa à palpação sem defesa no quadrante inferior direito; não há massas palpáveis. No exame perianal, não há sensibilidade dolorosa à palpação, nem fissuras ou fístulas. Os exames laboratoriais são notáveis pela presença de anemia e níveis elevados de proteína C-reativa. Com bases nos dados acima, responda: Quais as opções para o controle imediato dos sintomas e da doença? 1. Quais as opções de tratamento em longo prazo?2. Q.14: Caso clínico De modo alternativo, os pacientes com doença de Crohn moderada a grave que não respondem à mesalazina podem ser tratados com a administração concomitante de um fármaco anti-TNF e imunomoduladores, produzindo taxas de remissão mais altas do que qualquer um dos fármacos isoladamente e podendo melhoraros resultados em longo prazo Q.14: Caso clínico Os objetivos imediatos da terapia consistem em melhorar os sintomas de dor abdominal, diarreia, perda de peso e fadiga dessa mulher. Outros objetivos, igualmente importantes, consistem em reduzir a inflamação intestinal, na esperança de impedir a evolução para estenose intestinal, fistulização e necessidade de cirurgia. No momento, uma opção é “avançar” a terapia com a administração de um ciclo lento e gradual de corticosteroides sistêmicos (p. ex., prednisona) durante 8 a 12 semanas, a fim de se obter um controle rápido dos sintomas e da inflamação, enquanto se inicia também o tratamento com um imunomodulador (p. ex., azatioprina ou mercaptopurina) na esperança de conseguir uma remissão em longo prazo da doença. Q.14: Caso clínico Para o tratamento em longo prazo da doença de Crohn, após o controle inicial dos sintomas, as opções podem incluir: Imunossupressores: Uso de medicamentos imunossupressores, como azatioprina, metotrexato ou tiopurinas, para reduzir a resposta imune inflamatória e manter a remissão. Agentes Biológicos: Terapias com anticorpos monoclonais, como infliximabe, adalimumabe ou vedolizumabe, podem ser indicadas para controlar a inflamação em casos refratários ou quando a doença não responde adequadamente a outras terapias. Modificadores da Composição da Microbiota: Medicamentos como o vedolizumabe, que atuam seletivamente no trato gastrointestinal, podem ser utilizados para controlar a inflamação. Cirurgia: Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para remover áreas do intestino gravemente afetadas ou tratar complicações, como obstruções ou fístulas. Em um paciente de 45 anos, com histórico de dor epigástrica intermitente, piora com a ingestão de alimentos e alívio com antiácidos, relata episódios de náuseas sem vômitos. Relata consumo moderado de álcool e uso ocasional de anti- inflamatórios não esteroides (AINEs). A endoscopia digestiva alta revela erosões na mucosa antral sem sinais de sangramento ativo e a ultrassonografia abdominal indica presença de cálculos na vesícula biliar sem dilatação do ducto biliar comum. Considerando o manejo clínico inicial adequado, qual das seguintes opções é a mais indicada? Q.15 a) Iniciar terapia com inibidores da bomba de prótons e agendar colecistectomia laparoscópica. b) Prescrever antieméticos e dieta líquida até resolução dos sintomas. c) Administrar antibioticoterapia direcionada para Helicobacter pylori baseada em teste respiratório de ureia positivo. d) Indicar uso de antiespasmódicos e observação clínica para colicistopatia sintomática. e) Realizar esfincterotomia endoscópica retrograda para remoção de cálculos biliares. Q.15 Alternativa A Q.15 Iniciar terapia com inibidores da bomba de prótons e agendar colecistectomia laparoscópica. QUIZ KAHOOT Referências BRUNTON, L. L. et al. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. 2112p. KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – CONITEC/MS. Key recommendations for primary care from the 2022 Global Initiative for Asthma (GINA) update. OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!