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55 KARL FISCHER e VOLTAMETRIA I. Determinação biamperométrica de Água pelo Método Karl Fischer Bibliografia • Sherman, F., Kuselman, I., Drug Develop and Ind Pharmacy, 25 (10) p. 1115, 1999. • Assunção, M.H.M.T., Medeiros, R.A., Madi, A., Fatibello-Filho, O., Quím. Nova, 31 (7) p.1743, 2008. • http://www.sigmaaldrich.com/analytical- chromatography/video/hydranal/one-component- video.html (vídeo em inglês). Objetivos Determinar o conteúdo de água em álcool combustível. Familiarização com a técnica e as particularidades envolvidas na determinação de água em amostras reais. Aparelhagem O sistema de titulação automático dispõe de bureta de 10 mL acoplada a reservatório de reagente de Karl Fischer modificado (composto por I2, SO2 e imidazol, em metanol), reservatório metanol anidro, detector biamperométrico (par de eletrodos de Pt), sistema de agitação e de injeção e aspiração de líquido da célula de reação. O equipamento reduz automaticamente a velocidade de adição de reagente ao se aproximar do ponto final. 1. Introduzir na célula, volume de metanol anidro (ou etanol anidro) até cobrir os eletrodos. Titular (condicionar) com reagente de Karl Fischer os vestígios de água absorvida na célula e presentes no solvente até detecção do ponto final (quanto mais hidratado o metanol, maior o desperdício de reagente de KF). 2. Padronização: Preencher uma seringa até cerca de 1 mL e anotar seu peso. Adicionar, com a seringa, 1 ou 2 gotas de água à célula e titular. Pesar novamente a seringa, e anotar a diferença na massa obtida, correspondente à massa transferida à célula. Anotar a temperatura ambiente e o volume gasto de reagente de KF na titulação. Outro procedimento seria adicionar à célula quantidade conhecida de água destilada (10,0 µL). Titular, anotar o volume gasto e repetir (sem esvaziar a célula) até conseguir 3 resultados concordantes. Alternativamente, é usado certa massa de Tartarato de sódio dihidratado (já que pipetar 10 µL de água é impreciso). 3. Determinação do teor de água numa amostra de álcool combustível. Pipetar 100 µL na célula e titular. Repetir até encontrar 3 resultados concordantes. Esvaziar a célula (por aspiração, sem abrir a tampa) no final do experimento, lavando com pequenas porções de metanol. 4. Adicionar uma ponta de espátula de ácido ascórbico, titular e anotar o volume gasto na titulação. Roteiro para o Relatório a) Equacione as reações envolvidas e indique qual a função de cada um dos reagentes presentes na solução de Karl Fisher. Explique a importância do controle de pH. b) Explique a técnica de detecção do PF utilizado, esquematizando o sinal medido (mas não mostrado) vs. volume de titulante. Há técnicas alternativas de detecção do PF na titulação de KF? Explique. c) Por que o ácido ascórbico adicionado consumiu o reagente de Karl Fischer? Explique e exemplifique com outros tipos de interferências previsíveis para o método de Karl Fischer? d) Determine o teor percentual de água (V/V e m/m) na amostra álcool combustível e verifique se o valor encontrado está em conformidade com a legislação. II. Voltametria Cíclica Bibliografia • Aleixo, L.M., Voltametria: Conceitos e Técnicas. • http://chemkeys.com/br/2003/03/25/voltametria-conceitos-e- tecnicas/ • Pisoschi, A.M., Danet, A.F., Kalinowski, S., J. Automated. Methods and Managment in Chemistry, 2008. • http://downloads.hindawi.com/journals/jammc/2008/937651.p df • W. Okiei, M. Ogunlesi, L. Azeez, V. Obakachi, M. Osunsanmi, G. Nkenchor, Int. J. Electrochem. Sci., 4 (2009) 276 - 287 • http://www.electrochemsci.org/papers/vol4/4020276.pdf Objetivo Familiarização com a técnica de voltametria e parâmetros de reversibilidade. Determinação do teor de ácido ascórbico em comprimido de vitamina C contendo zinco. Introdução As técnicas eletroquímicas, em especial, as voltamétricas, apresentam-se como excelente ferramenta analítica no estudo espécies inorgânicas e orgânicas –como fármacos– que participem de processos de transferência de carga em eletrodos. Na sua forma mais simples, a voltametria consiste em variar gradualmente o potencial aplicado entre um eletrodo de trabalho (ET) e um eletrodo de referência (ER), ambos imersos numa solução, e registrar a corrente que flui pelo circuito devido à transferência de carga na interface do ET quando ocorrem processos de oxidação ou redução de espécies eletroativas. A posição das ondas voltamétricas sobre o eixo de potencial se relaciona com a identidade das espécies e a magnitude da corrente é função da sua concentração. Varredura linear do potencial seguida de reversão do sentido (onda triangular) possibilita a observação do processo de eletrodo direto e inverso (p.ex., redução do material oxidado durante a varredura inicial), originando um voltamograma cíclico, exemplificado na Figura. Quando a velocidade do processo de eletrodo é alta o suficiente para que o equilíbrio entre as concentrações das formas oxidada e reduzida de um sistema seja ditada pela equação de Nernst (pesquisar!), a reação eletroquímica é dita reversível. Voltamogramas cíclicos obtidos em diversas velocidades de varredura (ν) proporcionam informações sobre a cinética de reações eletroquímicas e reações químicas acopladas, sendo considerado reversível o processo que atender aos seguintes critérios (identif. dos parâmetros, vide figura): • EPa – EPc ≈ 59/n mV (25ºC) • iPa/iPc ≈ 1 • iP α ν1/2 66 Experimental Instrumentação e célula eletroquímica: a aplicação dos sinais de potencial e o registro da corrente será feito por um potenciostato interfaceado a um computador. No cabeçote da célula serão montados 3 eletrodos, a serem conectados ao potenciostato e imersos na solução a estudar: um ET e um eletrodo auxiliar (EA) de platina e um ER de Ag|AgCl, KCl 3 mol/L. O potenciostato faz fluir a corrente entre o ET e EA e mede o potencial do ET em relação ao ER (pelo qual não passa corrente). Salvo indicação distinta, ajustar os parâmetros de varredura em: Einicial = - 400mV, Efinal = 800 mV; ν = 100 mV/s; ∆E = 10 mV por degrau; e filtro n°2 (para atenuar ruído). Entre os experimentos e ao término, lavar a célula e os eletrodos com água destilada. Não se esquecer de polir o eletrodo entre as medidas, nem de trazer o comprimido de vitamina C. Se houver dúvidas quanto à preparação do padrão de ácido ascórbico e da amostra do mesmo, pergunte ao monitor ou professor. Verifiquem com cuidado a conexão dos eletrodos no potenciostato. Estudo dos critérios de reversibilidade: Adicionar à célula 10,0 mL água destilada e obter o voltamograma (branco); adicionar 200 µL da solução [Fe(CN)6]4- 0,2 mol/L à célula, homogeneizar e registrar voltamogramas nas seguintes velocidades: 25, 50, 100 e 200 mV s-1 e aplicar os critérios de reversibilidade estudados em sala de aula e repita este procedimento usando 10,0 mL do eletrólito suporte (KNO3 0,1 mol/L). Aplique o procedimento estudado para a solução de hexacianoferrato para o ácido ascórbico aplicando os mesmos critérios de reversibilidade citados anteriormente. Sugestão: Gravar os dados de cada experimento numa pasta com o nome QFL238-2011, dando a cada arquivo um nome iniciado pelo número do grupo seguido de N (noturno) ou D (diurno=integral), ex.: 05D-FeCN30mVs-1. Não se esquecer de comparar e discutir os resultados obtidos experimentalmente no relatório. Estudoeletroanalítico do ácido ascórbico: Dissolver 1 comprimido da amostra de vitamina C contendo em 25 mL de água destilada. Caso haja dúvidas na preparação da amostra, pergunte ao monitor ou professor. Transferir a solução da amostra para um balão de 50,0 mL, completando com água destilada. Homogeneizar. Lavar a célula, adicionar 10,0 mL de KNO3 0,1 mol/L e registrar o voltamograma. Adicionar 1,00 mL da amostra diluída, homogeneizar e registrar o voltamograma. Adicionar à célula 200 µL da solução padrão de ácido ascórbico (anotar concentração),homogeneizar, registrar o voltamograma. Repetir fazendo mais 3 adições e gravar os dados. Não se esquecer de comparar os resultados obtidos eletroanaliticamente com os valores nominais constantes no rótulo da amostra de vitamina C. Dúvidas relacionadas à estequiometria de soluções, perguntar ao monitor ou professor. Roteiro para o Relatório Durante a aula de laboratório: a) Desenhar esquematicamente a célula voltamétrica e suas ligações com o potenciostato. b) Explicar a função do potenciostato e de cada um dos três eletrodos. Entregar ao responsável, com indicação do grupo. c) Copiar os dados (instruções abaixo), preservando os originais no computador. No relatório posterior: d) Qual a finalidade do eletrólito? Explique o comportamento observado para o voltamograma do par [Fe(CN)6]3-/[Fe(CN)6]4- em água destilada. e) Compare os voltamogramas de [Fe(CN)6]3-/[Fe(CN)6]4- e do ácido ascórbico quanto à reversibilidade, indicando os valores dos parâmetros utilizados. f) Quais as reações envolvidas na voltametria do ácido ascórbico? g) Determine o teor de vitamina C na amostra (massa/massa) com base na curva de adição de padrão (corrente de pico x concentração adicionada de ácido ascórbico, com correção de diluiçãoФ). Inclua o gráfico e os cálculos no relatório. h) Por que se escolheu o método da adição de padrão (mais trabalhoso) neste caso, ao invés de curva de calibração simples? i) Descreva outro método instrumental de determinação de vitamina C. Instruções de uso dos arquivos de dados: i) No software do potenciostato Com a janela principal aberta, clicar na aba Curves. Na aba Curves, localize a opção Use comma as decimal mark e deixe-a selecionada. Depois, clique no botão Export selected... e aguarde abrir uma janela com nome Export curve e salve o voltamograma obtido. O voltamograma obtido terá extensão .csv (comma separated values, ou valores separados por vírgula). ii) No software OriginPro® 7.0 Na janela principal, clique em Import Multiple ASCII e abrirá uma janela com o título Import Multiple ASCII. Na janela, na caixa “Nome” digite *.csv e tecle Enter. Este comando servirá para filtrar os arquivos com essa extensão. Depois, selecione os arquivos para importar e em seguida clique em “Add File(s)”. Selecione também a opção New worksheet na opção Import each file as. Depois, clique em OK. Ф . adic. à célula padrão AA adic padrão AA AA total total eletrólito amostra C V C V sendo V V V × = = + 77 O programa irá importar os dados selecionados. Para gerar os voltamogramas, selecione um dos conjuntos de dados, selecione a coluna B(Y) e clique com o botão direito. Aponte para Plot – Line e clique com o botão esquerdo. Deste modo o voltamograma será recuperado. Pode-se editar os eixos clicando duas vezes sobre os nomes Y Axis Title e X Axis Title e colocar os eixos correspontes de corrente e potencial, respeitando as escalas e os eletrodos utilizados. iii) Utilizando o software Excel® (versões 2007/2010) Clique no botão do Office ou na aba “Arquivo”. Na janela “Abrir”, localize a caixa “Nome” e digite *.csv teclando Enter em seguida. Isto irá filtrar os arquivos com essa extensão e selecione o arquivo desejado para abrir. Ao contrário do Origin®, o Excel® não abre múltiplos arquivos de uma só vez, sendo necessário abrir um por um em novas planilhas. Para fazer isso, localize o comando “Adicionar planilha” ou pressionar as teclas Shift+F11. Com o arquivo aberto no Excel®, selecione as colunas A e B, clique na aba “Inserir”, clique em “Dispersão” e selecione a opção “Dispersão com Linhas Retas e Marcadores”. O gráfico aparecerá desta forma ao lado dos dados selecionados. Para que os eixos apareçam, selecione o gráfico, aponte para “Layout do gráfico” e selecione o “Layout 1”. O gráfico aparecerá deste modo. os títulos são editáveis clicando-se duas vezes sobre os nomes para adicionar os eixos.
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